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Introdução
O objetivo desse trabalho é exemplificar as técnicas e as etapas da execução de uma obra. O princípio que deve nortear qualquer construção, grande ou pequena é o de fazer uma obra com alta qualidade, no menor tempo possível e ao menor custo, aproveitando ao máximo o rendimento das ferramentas e da mão de obra. Este é considerado o princípio fundamental das construções.
Logicamente é difícil, senão impossível, fazer-se a obra perfeita, mas deve-se procurar, por todos os meios, aproximar-se desta situação. Para que isto seja possível torna-se necessário, acentuada atenção e ter um conhecimento geral em todas as fases de construção. 
Serviços Preliminares
Os serviços preliminares são aqueles considerados como se fossem serviços de apoio à execução do serviço principal. Serão programados e executados conforme as necessidades locais. Antes de iniciar a obra ou reforma, é importante destacar a necessidade de um profissional (engenheiro ou arquiteto) para dar suporte técnico, quando o mesmo através de uma visita técnica, irá elaborar os estudos iniciais para em seguida, desenvolver os diversos projetos, aprovações, legalizações, licenças e despesas pertinentes.
Ainda nesta fase, o “dono da obra” de posse dos projetos, deve se conscientizar de que é muito importante fazer a orçamentação da obra, pois isto, lhe dará uma visão do custo total da construção e o seu controle mensal, evitando-se assim surpresas na execução em cada fase construtiva.
Terreno
O terreno faz parte integrante de qualquer construção, afinal é ele que dá sustentação ao peso e também determina características fundamentais do projeto em função de seu perfil e de características físicas como elevação, drenagem e localização.
Para efeito prático de uma construção, é preciso conhecer o comportamento que se espera de um solo quando este receber os esforços. Para tanto, a Mecânica dos Solos divide os materiais que cobrem a terra em alguns grandes grupos:
Rochas (terreno rochoso);
Solos arenosos;
Solos siltosos;
Solos argilosos.
Assim, antes de comprá-lo é conveniente fazer um roteiro contendo localização, área a ser construído, zoneamento urbano.
Foto Google imagens, terrenos - Carmésia MG.
 
Foto Google imagens, terrenos - Carmésia MG.
Projeto
Projeto é a concretização de uma ideia concebida, fundamentada em parâmetros pré-estabelecidos e organizada segundo planos ou passos concretos e racionalizados, que concorrem para a realização daquele objetivo original. 
O ideal é que se tenha a assessoria de profissionais especializados desde o primeiro momento em que se cogitou fazer uma obra. Um profissional de confiança para ajudar na escolha do terreno até a elaboração e execução do projeto. 
Foto Google imagens, projetos – Carmésia MG.
Aprovação do projeto
Verifiquem na Prefeitura (ou no CREA) quais são as exigências para aprovar a planta e autorizar a construção com licença para iniciar a obra. (respeitando sempre os Planos diretores – PDM ou PDU – da cidade onde será construída a obra).
Topografia
Este levantamento será utilizado para melhor posicionamento da sua casa, irá definir uma melhor conformação da casa em relação ao terreno. Distribuição, pavimentos, estrutura, e Foto Google imagens, topografia do terreno – Carmésia MG.
Sondagem
Depois de definido o terreno e o projeto deverá ser feita a sondagem do terreno. Esta sondagem irá identificar a resistência do solo, a existência de lençóis freáticos e outras características.
É realizada contando o número de golpes necessários à cravação de parte de um amostrador no solo realizada pela queda livre de um martelo de massa e altura de queda padronizada. A execução dessa sondagem é um processo repetitivo, que consiste em abertura do furo, ensaio de penetração e amostragem a cada metro de solo sondado. Requisitos técnicos a serem preenchidos pela sondagem:
Determinação dos tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade de interesse do projeto;
Determinação das condições de compacidade ou consistência em que ocorrem os diversos tipos de solo;
Determinação da espessura das camadas constituintes do subsolo;
Informação completa sobre a ocorrência de água no subsolo.
Foto Google imagens, sondagem do terreno – Carmésia MG
Foto Google imagens, sondagem do terreno – Carmésia MG
Limpeza do terreno
Com o projeto aprovado e com as autorizações em mãos, é possível começar efetivamente a obra. A limpeza do terreno irá prepará-lo para a chegada das máquinas e do pessoal da obra. Durante esta limpeza poderá ocorrer à necessidade de supressão vegetal (retirada de árvores).
Quando há demolições:
Nem sempre, é técnica ou economicamente viável a utilização de construções existentes no terreno para aproveitamento, sendo muitas vezes necessária a sua completa remoção, antes mesmo da implantação do canteiro, caracterizando uma etapa de serviços de demolições. A demolição é um serviço perigoso na obra, pois é comum mexer-se com edifícios bastante deteriorados e com perigo de desmoronamento. E não é só isto, pois neste serviço "as coisas caem, desabam".
O resíduo originado de uma demolição pode ser bastante significativo exigindo o seu manuseio com equipamentos de grande porte e quando não for possível sua utilização dentro do próprio terreno deverá se retirado.
Terraplanagem
Com base na planta e levantamento topográfico marcam-se os níveis da obra. Nesta fase são feitos os cortes no terreno e a movimentação de terra. Assim, é feita a marcação do dimensionamento e níveis adequados ao projeto. É muito importante a definição correta dos níveis.
Tipos de movimentos de terra
Quando for necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma das seguintes situações:
Corte
Geralmente é a mais desejável uma vez que minimiza os possíveis problemas de recalque que o edifício possa vir a sofrer.
Aterro
Corte + aterro
Não se faz necessária a retirada do solo para regiões distantes, minimizando as atividades de transporte, uma vez que poderá haver a compensação do corte com o aterro necessário.
Níveis, cortes
Nesta fase geralmente utiliza-se um trator para o trabalho pesado. Na movimentação de terra o ideal é que haja uma compensação entre aterro e desaterro, tirando terra de um lado e passando para outro, para que não haja necessidade de retirar ou colocar terra extra no terreno. A área de aterro formada deverá ser compactada. A utilização do trator geralmente é computada por hora e deve-se planejar muito bem a atuação do tratorista para minimizar o tempo e o trabalho.
Instalação e Locação da Obra
Instalação
É dada em função do número de trabalhadores, evitando que sejam contíguas à obra.
Escritórios – posição que permita o controle visual da obra. 
Almoxarifados – 0,20 a 0,60m2 por trabalhador dependem da obra. 
Carpintaria – espaço compatível quando a tecnologia for concreto armado. 
Vestiários, Sanitários – superfície de 1 a 2m2 por trabalhador; e 1 a 2 sanitários para cada 50 operários.
Oficinas – de acordo com os componentes a serem produzidos (pré-moldados).
Alojamentos – indispensáveis para obras fora do perímetro urbano (aluguel de casas próximas à obra).
Locação
A locação da obra é a projeção, ou seja, o processo de transferência da planta baixa do projeto da edificação para o terreno, ou seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces, as paredes, as aberturas, etc.
Na fase de execução da locação da obra deve se adotar o máximo rigor possível. A presença do Engenheiro Civil nesta fase é muito importante.
Deve-se ter em mente que os elementos de locação deverão permanecer na obra por um tempo razoável, até que se possam transferir para a edificação os pontos de referência definitivos.
Existem dois processos de locação de obras, locação por cavaletes e locação por tábua corrida.
Locação (gabarito) por cavaletes
Este tipo de locação se for usado deve ser somente para pequenas obras residenciais ou galpões, onde os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes. Estes sãoconstituídos de duas estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas.
Devemos sempre que possível, evitar esse processo, pois não nos oferece grande segurança devido ao seu fácil deslocamento com batidas de carrinhos de mão, tropeços, etc.
Depois de distribuídos os cavaletes, previamente alinhados conforme o projeto é esticado linhas para determinar o alinhamento do alicerce e em seguida inicia-se a abertura das valas.
O correto é primeiro marcar o centro da vala com um prego maior e depois as laterais das valas com pregos menores para não confundirem na hora de esticar as linhas para a escavação.
 
Locação (gabarito) por tábua corrida
Este método é executado cravando-se no solo cerca de 50cm os pontaletes de pinho de (3″x3″ ou 3″x4″) ou varas de eucalipto a uma distância entre si de 1,20m a 1,50m, a uma distância aproximadamente de 1,20m a 1,50m da vala, para poder se locomover e colocar a terra que será retirada da vala.
Nos pontaletes serão pregadas tábuas na volta toda da construção (geralmente de 15 ou 20cm), em nível e aproximadamente 1,00m do solo. Pregos fincados na tábuas com distâncias entre si iguais às distâncias entre os eixos da construção, são identificados na longitudinal (nas duas laterais) que pode ser marcadas com letras e na transversal (nas duas laterais) são marcados números onde são pintados na face vertical interna das tábuas para determinar os alinhamentos. Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao de mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame está marcado um eixo da construção.
 
Passo a Passo para confecção do gabarito:
Tendo o ponto de referência já definido, devem-se seguir os seguintes passos.
Conferir a referência e limitar o terreno a partir do alinhamento, marcando os limites do terreno;
Marcar uma das faces do gabarito a 1,2m da futura construção (1,2n a 1,5m), considerando como a obra vai ficar no terreno;
Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes espaçados de 1,2m a 1,5m e alinhados rigorosamente por uma das faces, e depois disso eles devem ser nivelados;
A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do gabarito, usando triângulos retângulos para garantir a ortogonalidade do conjunto;
Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca;
Dependendo do método de locação utilizado ou da existência de projeto de locação, faz-se a marcação no topo da tábua interna colocando pregos de tamanhos diferentes para identificar eixos, faces laterais de paredes, etc. Marcar na tábua a linha de pilares com tinta esmalte vermelha;
Marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena metálica e efetuar a conferência;
Com duas linhas de nylon esticadas a partir das marcações do gabarito e no cruzamento das linhas transferirem as coordenadas das estacas para o terreno, usando um fio de prumo marcar o ponto exato da estaca, cravando um piquete;
Sempre as marcações das cotas da locação de eixos devem ser por medidas acumuladas para não acontecer erros na hora dos lançamentos das medidas.
Portanto, esta é a execução correta para essas ações que garante a boa qualidade da uma obra, pois, se a locação for feita corretamente, toda a obra estará dentro dos padrões desejados e necessários.
Conferência do Esquadro da Construção
É indispensável saber traçar perpendiculares sobre o terreno, pois é através delas que marcamos os alinhamentos das paredes externas, da construção, determinando assim o esquadro. Isto serve de referência para locar todas as demais paredes.
Um método simples para isso consiste em formar um triângulo através das linhas dispostas perpendicularmente, cujos lados meçam 3 – 4 e 5m (teorema de Pitágoras), fazendo coincidir o lado do ângulo reto com o alinhamento da base
Outro método consiste na utilização de um esquadro metálico (geralmente 0,60×0,80×1,00m) para verificar o ângulo reto.
O esquadro deve ficar tangenciando as linhas sem as tocá-las, quando as linhas ficarem em paralelas ao esquadro garantimos o ângulo reto.
 
Locação de estacas
Serão feitas inicialmente a locações de estacas, visto que qualquer marcação das “paredes” irá ser desmarcada pelo deslocamento de equipamentos mecânicos. O posicionamento das estacas é feito conforme a planta de locação de estacas, fornecida pelo cálculo estrutural.
A locação das estacas é definida pelo cruzamento das linhas fixadas por pregos no gabarito. Transfere-se esta interseção ao terreno, através de um prumo de centro.
No ponto marcado pelo prumo, crava-se uma estaca de madeira (piquete), com dimensões 2,5×2,5×15,0cm
Utilizando o gabarito, podemos passar todos os pontos das estacas para o terreno, utilizando como já descrito a linha o prumo de centro e estacas de madeira.
Locação da Forma de Fundação “paredes”
Devemos locar a obra utilizando os eixos, para evitarmos o acúmulo de erros provenientes das variações de espessuras das paredes.
Em obras de pequeno porte ainda é usual o pedreiro marcar a construção utilizando as espessuras das paredes. No projeto de arquitetura adotamos as paredes externas com 25 cm e as internas com 15 cm, na realidade as paredes externas giram em torno de 24 a 27 cm e as internas 12 a 14,5cm difícil de serem desenhadas a pena nas escalas usuais de desenho 1:100 ou 1:50, por isso da adoção de medidas arredondadas que podem acumular erros. Hoje com o uso de softwares específicos ficou bem mais fácil.
Infraestrutura ou Fundações
A definição de fundações consiste no elemento estrutural que executa a função de transmitir a carga de toda a estrutura ao solo sem que provoque a ruptura do terreno de fundação ou do próprio elemento de ligação, cujos recalques sejam satisfatoriamente absorvidos pelo conjunto da estrutura.
É a base (elemento) que sustenta uma edificação, distribuindo o peso da mesma forma que o terreno possa suportá-la.
Tipos de fundações 
Existem vários tipos de fundações que basicamente falando, podem ser divididas em 2 grupos, fundações diretas ou rasas e as indiretas ou profundas.
Fundação direta ou rasa
A fundação direta ou rasa tem sido muito utilizada em residências, pois sua execução é bastante simples. A superestrutura é ligada à fundação através de pilares e se caracteriza pela transmissão da carga da estrutura ao solo através das pressões distribuídas sob a sua base. Neste grupo estão incluídos as sapatas isoladas, as sapatas corridas e o radier.
É importante lembrar que a fundação direta não é recomendada caso o terreno apresente aterro, solo não compactado, argila mole, areia fofa ou água.
Sapata (conceito)
Definida pela NBR 6122/2010 como um “elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente dispostas para este fim”.
Sapata isolada
Este tipo de fundação é mais utilizado para transmitir as cargas concentradas dos pilares, em terrenos que possuam boa resistência e permitam a execução de fundações diretas. A sapata isolada possui dimensões de base, largura e profundidade de acordo com a carga a transmitir ao solo.
Para construção deste tipo de fundação deve ser uma camada de concreto magro com espessura de aproximadamente 10 cm como base. As sapatas são interligadas entre si através de vigas baldrames, que servem de apoio para a execução da alvenaria. Ele pode ter formato quadrado, retangular, circular.
Sapata corrida
Este tipo de fundação é mais utilizado para transmitir as cargas distribuídas ao longo das paredes, em terrenos que possuam boa resistência e permitam a execução de fundações diretas. A sapata corrida possui largura e profundidade de acordo com a carga a transmitir ao solo. Para a construção deste tipo de fundação deve ser feita uma camada de concreto magro com espessura de aproximadamente 10 cm como base.
Com isso a sapata ficará nivelada no terreno. Lembre que a face superior deverá estar reta para receber a parede e deverá impermeabilizar o baldrame.Radier
Utilizado principalmente na construção de casas térreas e sobrados, o radier é um tipo de fundação superficial ou direta que distribui toda a carga da edificação de maneira uniforme no terreno. É uma laje contínua e maciça de concreto que se apresenta como alternativa vantajosa, em muitos casos, às fundações profundas.
Fundação indireta ou profunda
Este tipo de fundação é mais utilizado para transmitir as cargas concentradas dos pilares, em terrenos que possuam pouca resistência ou que contenham água muito próxima à superfície, onde não é possível a execução de fundações diretas. Inclui as estacas e os tubulões, que buscam atingir o terreno firme em grandes profundidades, geralmente superior a 3,00 metros. As estacas podem ser executadas por cravação com uso de bate-estacas ou podem ser perfuradas através de equipamentos próprios. Já os tubulões são escavados na terra. É importante saber que cada um desses tipos de estacas apresenta diferencial em relação à resistência à água e à movimentação. Não se recomenda a cravação de estacas pré-moldadas em locais que possuam construções vizinhas, uma vez que a vibração no terreno causada pela penetração das estacas no solo pode danificar estas residências.
Estacas de concreto
São divididas em pré-moldadas e moldadas “in loco”.
As pré-moldadas não são recomendadas para terrenos com camadas de pedregulhos, com profundidades variáveis e próximos à construções vizinhas em estado precário, pois a cravação das mesmas produz vibração e danifica tais edificações.
Pré-moldadas
As estacas de concreto pré-moldadas utilizadas em residências podem ser: vibrada, centrifugadas e a pretendida.
Vibrada:
É fabricada com armadura longitudinal de aço e é vibrada com aparelho manual e, por isso, não forma “bicheira”. Suporta de 20 a 40 toneladas.
Centrifugada:
Fabricada pelo método de centrifugação à alta velocidade. Apresenta armadura longitudinal de aço especial de alta resistência e suporta cargas de 25 a 60 toneladas.
Protendida:
Suportam cargas de 16, 20 e 30 toneladas, Este tipo de estaca possui cantos vivos, é quadrada e apresenta aço especial de alta resistência, três vezes maior que a estaca centrifugada.
Moldadas “in loco”
Já as estacas de concreto moldadas “in loco” podem ser brocas, perfuradas, tipo Strauss.
Brocas:
São perfuradas manualmente com uma ferramenta denominada trado. Por se tratar de escavação manual, atinge profundidades de 3,00 a 4,00 metros e possui baixa capacidade de cargas, na ordem de 6 a 8 toneladas.
Estaca tipo Strauss:
Este tipo de estaca é bastante utilizado em terrenos encharcados, é executado em qualquer profundidade, não precisa de bate-estacas e é recomendado para casos em que as que as estacas pré-moldadas não podem ser utilizadas.
Estaca perfurada:
É estacas perfuradas mecanicamente, através de perfuratrizes com uma ponta tipo saca-rolha. Por se tratar de escavação mecânica, atinge profundidades de até 12 metros e possui alta capacidade de cargas, podendo atingir 60 toneladas.
Estas estacas não são executadas com armadura e apresentam pontas de ferro nas extremidades para ancoragem nos blocos de fundação.
Tubulões
A execução de uma fundação em tubulão consiste na escavação manual ou mecânica, de um poço, até encontrar um solo com tensão admissível prevista em projeto, e na abertura de uma base alargada neste terreno a fim de transmitir a carga do pilar através de uma pressão compatível com as características do terreno.
Estacas de madeira
As estacas de madeira não são mais utilizadas hoje em dia, com exceção das residências situadas em locais específicos como no mangue, por exemplo, onde as estacas ficam permanentemente mergulhadas na água. A madeira mais usada é o eucalipto descascado, que possui formato roliço, diâmetro de 18 à 35 cm, estrutura reta e cumprimento que varia entre 5 e 8 metros.
Entre as vantagens da estaca de madeira estão a resistência, o custo acessível, a disponibilidade no mercado e o fácil transporte, porém, quando em contato com a água, sua vida útil é reduzida de 8 a 10 anos. As estacas de madeira, mesmo quando em locais onde ficarão submersas, são capazes de suportar uma carga que pode variar de 10 a 15 toneladas, conforme o seu diâmetro.
Estacas de aço
As estacas de aço são fabricadas em aço laminado, em forma de “H”. Apesar de serem mais utilizadas em edifícios, elas são usadas em residências quando o terreno possui solo muito mole. Este tipo de estaca também é recomendado para casos quando há a necessidade de uma fundação cravada com menor efeito de vibração e, também é ideal para apoiar pilares de divisa.
As vantagens das estacas de aço são a facilidade de manuseio, de cravação, de corte e de emenda, além da disponibilidade em qualquer comprimento. As suas desvantagens são o preço alta e ação da ferrugem ou oxidação a que estão sujeitas quando estão em contato com a água.
Custos das fundações
Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10% do custo total da construção; porém, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a 10 vezes o custo da fundação mais apropriada para o caso. O custo da fundação aumenta também em casos em que as características de resistência do solo são incompatíveis com os esforços que serão a ele transferidos, pois nestas situações, elementos de fundação mais complexos são exigidos, podendo-se ter, inclusive, a necessidade de troca de solo, com reaterro e compactação. Tudo isto levando a custos, muitas vezes, não previstos inicialmente.
Superestrutura, Supra Estrutura ou Estrutura
Superestrutura é um elemento de uma estrutura que se projeta acima da linha de base. No caso de um edifício, representa geralmente a parte do edifício situado acima do solo, em contraste, com a subestrutura do subsolo. Para barcos, é a área acima do convés principal. Há uma série de preocupações do ponto de vista de engenharia a serem consideradas na concepção e construção da superestrutura.
Ao projetar uma superestrutura, é necessário considerar a pressão e força que ela irá exercer na construção acabada e equilibrar isso para abordar as preocupações sobre a segurança e estabilidade. O tamanho da superestrutura se revela um fator importante na concepção de base, já que a base da estrutura deve ser capaz de suportar todo o peso em carga.
 Na construção civil, pode haver preocupações acerca da integridade estrutural em sismos e ventos fortes e de uma técnica conhecida como isolamento de base pode ser usada para reduzir a tensão.
A superestrutura é também a parte altamente visível de uma estrutura. Ele precisa ser revestido com materiais de proteção para manter o interior da estrutura protegido das intempéries e também pode ser decorada para torná-la mais interessante visualmente. Detalhes ornamentais podem ser usados para cobrir o revestimento, pintado com listras, logotipos e outros. Inspeções periódicas são realizadas para garantir que a estrutura ainda é boa, verificando questões como o desenvolvimento da ferrugem, buracos, e outras questões.
Estrutura metálica 
O sistema construtivo em aço apresenta diferenciais importantes se comparado ao método convencional, em concreto armado.
A multiplicidade da construção metálica possibilita a utilização do aço em obras como edifícios de escritórios e de apartamentos, residências, habilitações populares, pontes, passarelas, viadutos, galpões, supermercados, shoppings centers, lojas, entre outros.
Uma das vantagens é a liberdade no projeto de arquitetura, permitindo a elaboração de projetos arrojados e de expressão arquitetônica marcante. Outro ponto é o ganho de área útil. As seções dos pilares e das vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fatores muito importantes, principalmente em garagens.
A flexibilidade é outro beneficio. A estrutura metálica mostra-se especialmente indicada nos casos onde há necessidade de adaptações, reformas e mudança de ocupação de edifícios.Além disso, torna mais fácil a passagem de utilidades como água, ar condicionado, eletricidade, esgoto, telefonia e informática. O sistema construtivo é perfeitamente compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto vertical como horizontal, admitindo desde os mais convencionais – tijolos, blocos e lajes moldadas in loco – até componentes pré-fabricados – lajes, painéis de concreto e painéis drywall.
A estrutura metálica também proporciona menor prazo de execução, a fabricação da estrutura em paralelo com a execução das fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de serviços simultaneamente, a diminuição de fôrmas e escoramentos, e o fato da montagem da estrutura não ser afetada pela ocorrência de chuvas, pode levar a uma redução de até 40% no tempo de execução, quando comparado com os processos convencionais.
A racionalização de materiais e mão-de-obra é outro ponto positivo. Em uma obra, por meio de processos convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A estrutura metálica possibilita a adoção de sistemas industrializados, fazendo com que o desperdício seja sensivelmente reduzido.
Por serem mais leves, as estruturas metálicas também podem reduzir em até 30% o custo das fundações.
Estrutura convencional
Concreto simples
Concreto é um material de construção resultante da mistura de um aglomerante (cimento), com agregado miúdo (areia), agregado graúdo (brita) e água em proporções exatas e bem definida.
Atualmente, é comum a utilização de um novo componente – os “aditivos”, destinados a melhorar ou conferir propriedades especiais ao concreto. A pasta formada pelo cimento e água atua envolvendo os grãos dos agregados, enchendo os vazios entre eles e unindo esses grãos, formando uma massa compacta e trabalhável. A função dos agregados é dar ao conjunto condições de resistência aos esforços e ao degaste, além de redução no custo e redução na contratação. Após a mistura, obtém-se o concreto fresco, material de consistência mais ou menos plástica que permite a sua moldagem em formas. Ao longo do tempo, o concreto endurece em virtude de reações químicas entre o cimento e a água (hidratação do cimento).
A resistência do concreto aumenta com o tempo, sua propriedade marcante é a elevada resistência aos esforços de compressão aliada a uma baixa resistência a tração.
Concreto misturado a mão:
Espalhe a areia, formando uma camada de uns 15 cm;
Sobre a areia, coloque o cimento;
Com uma pá ou enxada, mexa a areia e o cimento até formar uma mistura bem uniforme;
Espalhe a mistura, formando uma camada de 15 cm a 20 cm;
Coloque as pedras sobre esta camada, misturando tudo muito bem;
Faça um monte com um buraco (coroa) no meio e
Adicione e misture a água aos poucos, evitando que ela escorra.
Concreto armado
Concreto armado é um material de construção resultante da união do concreto simples e de barras de aço, envolvidos pelo concreto, com perfeita aderência entre os dois materiais, de tal maneira que resistam ambos solidariamente aos esforços a que foram submetidos.
Para composição do concreto armado, pode-se indicar esquematicamente:
Cimento + água = pasta
Pasta + agregado miúdo = argamassa
Argamassa + agregado graúdo = concreto
Concreto + armadura de aço = concreto armado
Alvenaria
Alvenaria é a pedra sem lavra com que se erigem paredes e muros mediante seu assentamento com ou sem argamassa de ligação, em fiadas horizontais ou em camadas parecidas, que se repetem sobrepondo-se umas sobre as outras.
Alvenaria também pode ser conceituada como sendo o sistema construtivo de paredes e muros, ou obras similares, executadas com pedras, com tijolos cerâmicos, blocos de concreto, cerâmicas e silicocalcário, assentados com ou sem argamassa de ligação.
As alvenarias recebem ainda as seguintes denominações:
Alvenaria ciclópica - executada com grandes blocos de pedras, trabalhadas ou não;
Alvenaria insossa - executadas com pedras ou blocos cerâmicos, assentados sem argamassa, denominados também de “alvenaria seca”;
Alvenaria com argamassa - executadas com argamassa de ligação entre os elementos, sendo também denominadas:
Alvenaria hidráulica - executadas com argamassas mistas 1:4/8 (argamassa básica de cal e areia 1:4, adicionando-se cimento na proporção de uma parte de cimento para 8 partes de argamassa básica);
Alvenaria ordinária - executada com argamassas de cal (1:4 - argamassa de cal e areia).
Alvenaria de vedação - painéis executados com blocos, entre estruturas, com objetivo de fechamento das edificações.
Alvenaria de divisão - painéis executados com blocos ou elementos especiais (drywall – gesso acartonado), para divisão de ambientes, internamente, nas edificações.
Tipos de alvenaria
Quanto aos materiais, as alvenarias podem ser executadas com:
Pedras naturais
Pedras irregulares: 
Usando-se pedras em estado natural, simplesmente encaixadas entre si ou assentadas com argamassa;
Pedras regulares:
Usando-se pedras naturais trabalhadas, com formas regulares ou não, assentadas com juntas secas ou juntas argamassadas, alinhadas ou desencontradas (travadas).
Pedras artificiais
Blocos de concreto:
São elementos produzidos com dimensões de 19x19x39 cm e 15x19x39 cm, vazados com resistência a compressão de até 30 MPa, assentados com argamassa, ou podem ser utilizados em sistemas de construção em alvenaria armada.
Blocos silicocalcário: 
São elementos produzidos com areia e cal vivas endurecidas ao vapor sobre pressão elevada, com as mesmas características dos blocos de concreto.
Blocos de concreto leve: 
 São elementos de concreto leve, fabricados a partir de uma mistura de cimento, cal, areia e pó de alumínio, autoclavado, que permite a formação de um produto de elevada porosidade, leve, resistente e estável. O produto é apresentado em blocos ou painéis, com dimensões e espessuras variadas, que permitem a execução de paredes de vedação e lajes.
Tijolos cerâmicos:
Elementos fabricados por prensagem ou extrusão da argila, que após um processo de pré-secagem natural, passa pelo processo de queima controlada sob alta temperatura, produzindo blocos maciços ou furados com dimensões padronizadas e normatizadas. São tradicionalmente utilizados nas alvenarias de vedação nas construções.
Blocos de solo-cimento:
São elementos fabricados a partir da massa de solos argilosos ou areno-argilosos mais cimento Portland, com baixo teor de umidade, em prensa hidráulica, formando tijolos maciços. Podem ser construídas também, paredes monolíticas, através do apiloamento da massa em formas deslizantes, entre pilares guia.
Tipos de tijolos
De acordo com as necessidades do projeto e a disponibilidade técnica e econômica pode-se especificar o material cerâmico de vedação dentro de uma vasta oferta de tipos de tijolos encontrados no mercado. Os de uso mais comum atualmente são tijolos de 4, 6 e 8 furos e ainda, em menor frequência, os tijolos de 2 furos e maciços. A seguir, são mostrados os tijolos mais usados e suas características:
Tijolos cerâmicos
	
Características
	
	
	
	Dimensões para orçamento
	
5 x 10 x 20
	
10 x 10 x 20
	
10 x 15 x 20
	Quantidade por metro quadrado alvenaria de ½ vez (a chato)
	
76
	
46
	
46
	Quantidade por metro quadrado alvenaria de ½ vez (de espelho)
	
42
	
46
	(alv. ¾)
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Processos de assentamento e juntas de argamassa
Assentamento com juntas desencontradas
Processo de assentamento
Sistemas e dimensões de paredes
Tipos de assentamento tradicionais de tijolos maciços:
Tipos de amarrações consideram-se alvenarias amarradas as que apresentam juntas verticais descontínuas. A seguir, nas figuras, são mostrados os tipos de amarrações mais comuns para tijolos maciços ou de dois furos. Os esquemas também são válidos para outros tipos de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto
Tipos de juntas
A forma escolhida para o acabamento das juntas nas alvenarias aparentes pode influir na qualidade e na durabilidade. Nas figuras a seguir,são mostrados os tipos de juntas mais comuns, incluindo algumas que não são recomendadas, tendo em vista os problemas que poderão provocar em termos de infiltração de umidade, retenção de poeira, formação de musgo, estética etc. Em seguida são mostrados alguns tipos de fresadores manuais usados no acabamento das juntas em alvenaria aparente.
Proteção das alvenarias na execução de vãos
Com a finalidade de absorver tensões que se concentram nos contornos dos vãos (portas e janelas), oriundas de deformações impostas é necessário prever a execução de vergas, contravergas e cintas de amarração. A verga é o elemento estrutural localizado sobre o vão e a contravergas é o reforço colocado sob a abertura, como mostra a figura a seguir:
Vergas e contravergas para vãos de até 1,0 m pode-se executar o reforço no próprio local conforme mostra a figura a seguir:
Para vãos de 1,0 a 2,0 m, as vergas podem ser executadas in loco ou pré-moldadas. No caso da opção ficar em pré-moldadas haverá um ganho em termos de produtividade. As dimensões mínimas estão mostradas na figura a seguir:
Paredes altas - nas alvenarias com altura superior a 3,0 m, deverão ser previstas cintas de amarração intermediárias, dimensionadas, sobretudo, para absorver a ação de cargas laterais. Acima de 5,0 m de altura, as paredes deverão ser dimensionadas como alvenaria estrutural.
Encunhamento das paredes
Na elevação do fechamento das alvenarias de vedação, durante a cura da argamassa ocorre uma pequena redução de dimensões. Por esse motivo, junto às lajes ou vigas superiores, após um tempo mínimo de 10 dias, deve-se executar o encunhamento, que é realizado com o assentamento na última fiada com tijolos cerâmicos maciços (cozidos) um pouco inclinados com argamassa relativamente fraca (1: 3: 12 a 15 - cimento/cal hidratada/areia). Essa prática vem, no entanto, sendo substituída pela utilização de novos materiais e técnicas com o objetivo de obter um melhor rendimento, como por exemplo:
Cimento expansor - argamassa pronta para uso à base de cimento, que com a adição de água expande-se ocupando o espaço deixado ou ocorrido com a retração;
Polietileno expansor - produto com alta aderência que aplicado por meio de aerossol aumenta de volume.
Ligações com estruturas de concreto
Ligação da parede com pilares de concreto - junto às faces das peças de concreto que terão ligação com a alvenaria, após limpeza do desmoldante, deverá ser aplicado chapisco (traço 1:3 de cimento e areia). Nas ligações com pilares, poderão ser melhoradas com a colocação de ferros de espera (ferro-cabelo) chumbados durante a própria concretagem do pilar (dobrados e encostados na face interna da forma), ou com ferros de 6 mm embutidos em furos de 10 a 12 cm, executados com broca vídea de 8 mm e colados com resina epóxi (Compound da SIKA), após a desforma, com espaçamento médio de 50 cm e transpasse de 50 cm.
Nos encontros de paredes, onde não haja amarração, tratar a junta com selante flexível (mastique garantindo acabamento e estanqueidade) e o embutimento de tela de estuque na argamassa de revestimento (20 cm para cada lado da junta) para evitar o destacamento do mesmo.
Glossário na área de execução de alvenaria
Alvenaria estrutural – ou alvenaria armada é o tipo de alvenaria autoportante usada em edificações dispensando as estruturas convencionais (viga e pilar) e requer projetos e técnicas construtivas especiais. 
Argamassa de assentamento – é a mistura de aglomerantes (cimento e cal) e agregado (areia) em traço apropriado para assentamento de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto.
Escantilhão – é uma régua de madeira ou metálica de comprimento igual ao pé-direito, com dispositivos que permitem a graduação das fiadas nas alturas desejadas. Os escantilhões, se bem utilizados (pessoal treinado) pode promover grandes ganhos em termos de produtividade e de qualidade (prumos e níveis).
Estuque – tipo de alvenaria artesanal que utiliza argamassa mista ou gesso sobre telas de arame ou ripas finas de madeira.
Facear – é o procedimento de alinhamento vertical dos tijolos em uma das faces, geralmente a externa, para compensar possíveis diferenças de dimensões dos tijolos.
Ferros-cabelo – são armaduras fixadas nos pilares e que se estendem nas fiadas da alvenaria.
Fresador ou frisador – ferramenta manual utilizada para dar acabamento nas juntas em alvenaria aparente.
Graute – tipo de concreto com agregados em dimensão reduzida (areia e pedrisco) utilizado para preencher o vazio das peças armadas (blocos e tijolos) na alvenaria estrutural. Na composição de graute pode-se usar cal hidratada (10% do volume do cimento).
Marcação ou locação – é a colocação das primeiras fiadas das paredes com a marcação dos vãos, sendo executadas com grande cuidado para obedecer o projeto. A marcação é geralmente feita pelo mestre junto com pedreiro responsável pelo levantamento das paredes com o uso de esquadros, réguas, níveis de mangueira e bolha, linhas e prumos. Em grandes obras deve-se usar equipamentos topográficos (teodolito e nível).
Marcos ou aduelas – são seis tacos de madeira chumbados nas laterais dos vãos de portas com a finalidade de servir como elemento de ligação da alvenaria e o caixão da porta.
Nível de mangueira – é a ferramenta simples constituída de uma mangueira transparente (diâmetro de até 13 mm) cheia d’água utilizada para marcar e controlar o nível (cotas) nos vários pontos da obra. Pode ser substituído elo nível de tambor que utilizam o mesmo princípio, embora com mais segurança nas marcações.
Prumada – é o alinhamento vertical da alvenaria, termo empregado pelo pessoal de obra para designar a necessidade de fazer ou verificar o alinhamento utilizando o prumo de pedreiro.
Tratamentos – térmicos, acústicos e impermeabilizações 
Proteção Acústica
São os tratamentos executados para prover o  necessário conforto acústico nos diversos compartimentos.
Para tanto, na elaboração do projeto deverão  ser estabelecidas as seguintes condições:
Nível de som exterior, com conhecimento da massa de tráfego, condições urbanísticas vegetação, indústrias vizinhas, presenças de aerovias e aeroportos  com medições em decibéis.
Nível admissível de som no recinto, em função  das  atividades que nele serão exercido, medida em decibéis, determinado o acordo com a Tabela  da norma -101 da ABNT.
A queda de nível de  som obtido com o emprego  de materiais  isolantes, cujas características estão prescritas nas normas NB-101 da ABNT.
Para materiais que não figurem naquela relação, serão utilizados dados fornecidos pelo fabricante, desde que atestados por laboratórios idôneos, no caso  do I.N.T. ou I.P.T.
Cuidados especiais serão adotados no projeto,  quando a abertura de vãos – portas  e janelas – que, preferivelmente, serão duplas, com ajuste perfeito aos batentes e calafetagem  perfeita impedindo a passagem de ar.
Para o isolamento sonoro através de pisos, serão utilizados, além dos mesmos materiais citados, borracha em lençol,  tapetes felpudos de espessura variável, borracha  esponja, lã de vidro, cortiça ou materiais similares.
Em casos especiais tais como, salas de operação, salas de hibernação e congêneres, em hospitais, será possível recorrer a pisos flutuantes sobre  suportes  elásticos, ou forros falsos com material de alto teor de absorção suspensos e fixados em entarugamentos de madeira ou outro processo recomendado tecnicamente.
Toda vez que se tornar necessária a utilização de camada de  ar intermediária, sus espessura deverá ser inferior a 10  cm, e evitadas  ligações rígidas entre as placas.
Os métodos de execução são os mesmos que regulam o emprego dos materiais para outros fins,  tais como alvenaria de tijolos, chapas de fibras comprimidas perfuradas, vidros  ou equivalentes
Condicionamento Acústico
É o tratamento executados nos auditórios e grandes  áreas no sentido  de estabelecer as melhores condições de audibilidade no recinto. Para  tanto, na  elaborações do projeto serão determinadas as posições das fontes sonoras,a distribuição  dos sons diretos e  refletidos.
Poderão ser empregados  deflectores ou difusores, conforme o fim a que se destina a operação.
O cálculo de tempo de reverberação será feito com o  emprego de fórmulas de Sabrine ou Eyring e os coeficientes de  absorção, por metro quadrado, será os  constantes das Normas NB-1011 da ABNT.
Para os materiais não relacionados nas de normas os seus fabricantes fornecerão os coeficientes por unidade de área e para diferentes frequências, em ciclos por segundo.
Os métodos de execução seguem os utilizados  corretamente no emprego dos materiais para outros fins  da construção.
A utilização de cortinas, para-ventos ou estofados, ficará condicionada ao seu emprego permanente.
Tratamento anti-vibratório
Os equipamentos de proteção destinados a reduzir a transmissões nocivas ao bem estar ou perturbação das atividades humanas repousam, normalmente em placas de concreto que são isoladas dos blocos de fundações, por intermédio  de dispositivos de alta resistência, que poderão ser classificados entre os seguintes:
Molas
Calços
Lençóis de borracha
Lençóis de cortiça
Camada de betume ou mastique asfáltico
Camadas de materiais fibrosos
Juntas flexíveis
Braçadeiras elásticas
O projetista deverá verificar a  permanência da elasticidade dos dispositivos adotados, recomendando-se a falta de indicações mais  exatas, a não ultrapassagem dos seguintes valores:
Calços ou lençóis de borracha - 0,3 Kg/cm2.
Calços de Cortiça  -  0,1 Kg/cm2
Mastique Asfáltico - 0,2 Kg/Cm2
Camada de escória - 0,2 Kg/cm2
Lã de vidro -0,8 Kg/cm2
O projetista deverá verificar, além disto, a existência de conjugados de frenagem que, modificando a distribuição de pressões possam conduzir  ao esmagamento do material de proteção.
As molas juntas flexíveis ou braçadeiras elásticas, só deverão ser empregadas após convenientemente projetadas, nos pontos de vista  estáticos ou dinâmicos.
Os calços, lençóis de borracha, mastique asfáltico, materiais fibrosos, escórias, lã  de  vidro só deverá ser empregado após adoção de cuidados especiais quanto à drenagem de óleos de lubrificação e outros que, tendo a afinidade com aqueles materiais, possam fazer a sua resistência.
As placas de apoio serão isoladas da pavimentação por meio de juntas verticais convenientemente calafetadas com os mesmos materiais empregados na absorção das vibrações e cuja espessura é a mesma camada horizontal.
Todos os dutos que chega, à plataforma de montagem, deverão ser providos de juntas flexíveis a fim de não transmitirem, também, vibrações.
Tratamento Térmico
Estão considerados, aqui, os serviços necessários para executar o tratamento térmico no interior do edifício, com finalidade de isolamento de calor e frio. Não é considerado  neste capítulo o tratamento térmico sobre a laje, uma vez que este serviço faz parte integrante da impermeabilização e está especificado naquele sistema.
Cobertura
As coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a proteção das edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes condições:
funções utilitárias: impermeabilidade, leveza, isolamento térmico e acústico;
funções estéticas: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos elementos, textura e coloração;
funções econômicas: custo da solução adotada, durabilidade e fácil conservação dos elementos.
Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve observar os fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que determinam os detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada situação.
Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre especificado, o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação e escoamento, tais como:
Detalhes inerentes ao projeto arquitetônico: rufos, contra rufos, calhas, coletores e canaletas;
Detalhes inerentes ao projeto hidráulico: tubos de queda, caixas de derivação e redes pluviais.
Tipos de cobertura
De acordo com os sistemas construtivos das coberturas, ou seja, quanto às características estruturais determinadas pela aplicação de uma técnica construtiva e/ou materiais utilizados podem classificar as coberturas em:
Naturais
Coberturas minerais: são materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas (placas), muito utilizadas na antiguidade (castelos medievais) e mais  recentemente apenas com finalidade estética em superfícies cobertas com acentuada declividade (50% < d >100 %). Atualmente, vem sendo substituída por materiais similares mais leves e com mesmo efeito arquitetônico (placas de cimento amianto);
 Coberturas vegetais rústicas (sapé): de uso restrito a construções provisórias ou com finalidade decorativa, são caracterizadas pelo uso de folhas de árvores, depositadas e amarradas sobre estruturas de madeiras rústicas ou beneficiadas.
c) coberturas vegetais beneficiadas: podem ser executadas com pequenas tábuas (telhado de tabuinha) ou por tábuas corridas superpostas ou ainda, em chapas de papelão betumado;
Coberturas com membranas: caracterizadas pelo uso de membranas plásticas (lonas), assentadas sobre estruturas metálicas ou de madeiras ou atarantadas com cabos de aço - tensas estruturas, ou ainda, por sistemas infláveis com a utilização de motores insufladores;
Coberturas em malhas metálicas: caracterizadas por sistemas estruturais sofisticados, em estruturas metálicas articuladas, com vedação de elementos plásticos, acrílicos ou vidros.
Coberturas tipo cascas: caracterizadas por estruturas de lajes em arcos, em concreto armado, tratadas com sistemas de impermeabilização;
Terraços: estruturas em concreto armado, formadas por painéis apoiados em vigas, tratados com sistemas de impermeabilização, isolamento térmico e assentamento de material para piso, se houver tráfego;
Telhados: são as coberturas caracterizadas pela existência de uma armação -sistema de apoio de cobertura, revestidas com  telhas (materiais de revestimento). É o sistema construtivo mais utilizado na construção civil, especialmente nas edificações.
Coberturas planas
As coberturas planas são caracterizadas por superfícies planas, ou planos de cobertura, também denominados de panos ou águas de uma cobertura. Na maior parte dos casos, os planos de cobertura têm inclinações (α - ângulo) iguais e, portanto, declividades (d%) iguais. No caso do  revestimento superior de uma edificação ter inclinação máxima de α = 75º, a área é identificada como cobertura. 
Para α > 75º o revestimento é denominado fechamento lateral.
A cobertura deve ter inclinação mínima que permita o escoamento das águas das chuvas, e direcionada segundo o plano (projeto) de captação dessas águas. As coberturas horizontais têm inclinação entre 1 a 3% e as consideradas inclinadas tem caimento igual ou maior de 3%. Quanto à inclinação das coberturas, as mesmas podem ser classificadas em:
Coberturas com pequenas declividades, denominadas terraços;
Coberturas em arcos;
Coberturas planas em superfícies inclinadas, determinadas por painéis de captação d’água.
Os sistemas de apoio de coberturas planas podem ser executados em: madeira, metal ou concreto armado (podendo ser misto, também). A escolha e definição do material são determinadas pelas exigências técnicas do projeto, como o estilo, a função, os custos vão de sustentação, etc. Quanto à definição estrutural, as armações de coberturas podem ser executadas com os seguintes sistemas:
Madeira
Sistema de vigas e arcos treliçados em madeira maciça
Sistema de vigas e arcos treliçados em madeira colada
Sistema de treliças tipo tesouras
Sistema tipo cavalete
Metal
Sistemas de vigas e arcos treliçados
Sistemas de estruturas especiais (treliças espaciais etc.)
Concreto armado
Sistemas de vigas pré-moldadasSistemas de pórticos
Sistemas de estruturas especiais integradas
Elementos do projeto arquitetônico
Nos projetos arquitetônicos, a determinação dos planos de cobertura compõe e determina a Planta de Cobertura, elaboradas nas escalas: 1:100, 1:200 ou 1:500. Neste elemento de arquitetura definem-se linhas divisórias, denominadas: espigão, água furtada, cumeeira e calhas.
Devem ser indicados por setas ortogonais aos lados do polígono de cobertura, a orientação da declividade dos panos. Junto da seta, deve ser especificada a Inclinação (angulo αº) que o plano de cobertura faz com a horizontal - ou Declividade - tangente trigonométrica da inclinação, indicada pela letra d (d = h/d = tag α %).
Especificações do projeto arquitetônico
Correspondência entre inclinação (αº) e declividade (d%):
Altura das cumeeiras, também chamada de Ponto de Cobertura - é a relação entre a altura máxima da cobertura e o vão. O Ponto varia entre os limites de 1:2 a 1:8 nos telhados.
Acabamentos laterais de coberturas:
1. Oitão - elevação externa em alvenaria de vedação acima da linha de forro (pé-direito), que ocorrem com a eliminação das tacaniças (planos de cobertura de forma triangular, limitado pela linha lateral da cobertura e dois espigões);
2. Platibandas - elevação de alvenarias acima da linha de forro, na mesma projeção das paredes, com objetivo funcional de proteção das coberturas;
3. Beiradas - caracterizadas pela projeção das estruturas de apoio de cobertura além da linha de paredes externas, e a inexistência da execução de acabamento com forro;
4. Beirais - caracterizados pela projeção das estruturas de apoio de cobertura além da linha de paredes externas, com a execução de forros. Em algumas definições arquitetônicas, executam-se os prolongamentos das lajes de forro em balanço estrutural, além da linha de paredes externas.
5. Detalhes complementares
6. Elementos de captação de águas: canaletas, calhas e ralos;
7. Iluminação e ventilação zenital: claraboias e domos.
Tipos de telhados
Uma água (meia água)
Caracterizada pela definição de somente uma superfície plana, com declividade, cobrindo uma pequena área edificada ou estendendo-se para proteger entradas (alpendre)
Duas águas
Caracterizada pela definição de duas superfícies planas, com declividades iguais ou distintas, unidas por uma linha central denominada cumeeira ou distanciadas por uma elevação (tipo americano). O fechamento da frente e fundo é feita com oitões.
Três águas
Caracterizada como solução de cobertura de edificações de áreas triangulares, onde se definem três tacaniças unidas por linhas de espigões.
Quatro águas
Caracterizada por coberturas de edificações quadriláteras, de formas regulares ou irregulares.
Múltiplas águas
Coberturas de edificações cujas plantas são determinadas por superfícies poligonais quaisquer, onde a determinação do número de águas é definida pelo processo do triângulo auxiliar.
Cobrimento ou telhamento
O mercado oferece uma diversidade de materiais para telhamento de coberturas, cuja escolha na especificação de um projeto depende de diversos fatores, entre eles o custo que irá determinar o patamar de exigência com relação à qualidade final do conjunto, devendo-se considerar as seguintes condições mínimas:
Deve ser impermeável, sendo esta a condição fundamental mais relevante;
Resistente o suficiente para suportar as solicitações e impactos;
Possuir leveza, com peso próprio e dimensões que exijam menos densidade de estruturas de apoio;
Deve possuir articulação para permitir pequenos movimentos;
Ser durável e devem manter-se inalteradas suas características mais importantes;
Deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico.
Chapa de aço zincado
Existem perfis ondulados, trapezoidais e especiais;
Podem ser obtidas em cores, com pintura eletrostática;
Permitem executar coberturas com pequenas inclinações;
Podem ser fornecidas com aderência na face inferior de poliestireno expandido para a redução térmica de calor;
Principais fornecedores: chapas dobel (sueca), mini kalha tekno e perkrom.
Telhas autoportantes
Executadas com chapas metálicas ou concreto protendido, em perfis especiais (autoportantes) para vencer grandes vãos, variando de 10 a 30 metros, em coberturas planas e arcadas, sem a existência de estrutura de apoio;
Utilizadas em construções de galpões industriais, agrícolas, esportivos, hangares etc.;
Principais fornecedores: kalha tekno, imasa, pimental, macmetal, cimasa, cassol, consid etc.
Telhas de alumínio
É o material mais leve, e de maior custo;
Fornecidas em perfil ondulados e trapezoidais;
Refletem 60% das irradiações solares, mantendo o conforto térmico sob a cobertura. São resistentes e duráveis;
Cuidado deve ser observado para não apoiar as peças diretamente sobre a estrutura de apoio em metal ferroso, às peças devem ser isoladas no contato; 
Principais fornecedores: Alcan, Alcoa, asa, belmetal etc.
Telhas plásticas
Fornecidas em chapas onduladas e trapezoidais, translúcidas e opacas, de PVC ou Poliester e em cores;
Principais fornecedores: Goyana, Tigre, Plagon, Trorion etc.
Telhas cerâmicas
São tradicionalmente usadas na construção civil;
Tipos principais: francesa, colonial, plan, romana, plana ou germânica.
Telhas de vidro
Formatos similares às telhas cerâmicas;
Utilizadas para propiciar a iluminação zenital.
Telhas de fibrocimento
São fabricadas com cimento Portland e fibras de amianto, sob pressão;
Incombustíveis, leves, resistentes e de grande durabilidade;
Fácil instalação, existindo peças de concordância e acabamento, e exigindo estrutura de apoio de pouco volume;
Perfis variados e também autoportantes, com até 9,0 m de comprimento.
Telhas de chapas compensadas e aluminizadas
Feitas com lâminas de madeira compensada, coladas a alta pressão; 
Incombustíveis;
Alta resistência mecânica, suportando peso de cinco pessoas;
Refletem os raios solares, permitindo temperaturas interiores mais baixas;
Dimensões das peças: c = 2,2 m, l = 1,00 m, e = 6 mm
Telhas de concreto
Telhas produzidas com traço especial de concreto leve, proporcionando um telhado com 10,5 telhas por metro quadrado e peso de 50 kg/m2;
Perfis variados com textura em cores obtidas pela aplicação de camada de verniz especial de base polímero acrílica;
Alta resistência das peças, superior a 300 kg.
Chapas de policarbonato
Apresentadas em chapas compactas (tipo vidro) ou alveolares, transparentes ou translúcidas, em cores, praticamente inquebráveis (resistência superior ao do vidro em 250 vezes), baixa densidade, resistentes a raios ultravioleta, 
Flexíveis, material auto extinguível não gerando gases tóxicos quando submetido a ação do fogo;
A aplicação de chapas de policarbonato, devido a variedade de tipos e espessuras, é a solução para inúmeras indicações, tais como: coberturas em geral, luminosos, blindagem, janelas e vitrines etc.;
Basicamente as chapas de policarbonato podem ser instaladas em qualquer tipo de perfil: de aço, alumínio ou madeira, porém, é necessário que tenham  boa área de apoio e folga para a dilatação térmica.
Estruturas de apoio tipo tesouras
As armações tipo tesouras correspondem ao sistema de vigas estruturais treliçados, ou seja, estruturas isostáticas executadas com barras situadas num plano e ligadas umas ao outras em suas extremidades por articulações denominadas de nós, em forma de triângulos interligados e constituindo uma cadeia rija, apoiada nas extremidades.
Tipos de tesouras
Independente do material a ser utilizado na execução de estruturas tipo tesoura as concepções estruturais são definidas pelas necessidades arquitetônicas do projeto e das dimensões da estrutura requerida, onde podemos ter os seguintes esquemas:
Elementos de uma tesoura e terminologia
Para orientar a comunicação com o pessoal nas obras a terminologia das peças que compõem um telhado é a seguinte:
Detalhes de ligações dos elementos – sambladuras e entalhes
São tipos de ligações práticas entre duas peças demadeiras definidas após verificação das resistências das superfícies de contato ao esmagamento e, às vezes, ao cisalhamento de um segmento da peça (caso específico dos nós extremos da tesoura).
Detalhes dos elementos de amarração
São os elementos de amarração e de ancoragem que proporcionam a ligação que deve existir entre a edificação e a cobertura. Usualmente os elementos de amarração são constituídos de barras, braçadeiras, cantoneiras ou chapas de aço colocados de forma a fixar as tesouras ou cavaletes firmemente nas lajes, vigas ou paredes da construção de forma a suportar os possíveis esforços médios de arrancamento ou movimentação da cobertura (ventos, chuva,  e dilatação térmica).
 
Detalhes dos elementos de ancoragem
Os elementos de ancoragem são necessários quando são maiores os esforços de arrancamento da estrutura de cobertura, exigindo dessa forma a execução de dispositivos de aprisionamento das tesouras com maior critério. Nos esquemas a seguir são mostrados sete tipos de ancoragem mais usuais e seus resultados em termos de desempenho (carga média de ruptura).
Detalhes dos elementos de captação de água
Os elementos de captação de águas pluviais de coberturas compõem o sistema de coleta e condução das águas que vai desde o telhado propriamente dito até ao sistema público de destinação dessas águas (drenagem superficial e subterrânea da via pública). Em geral os elementos de captação e condução são executados em chapas de ferro galvanizado, mas pode ser de PVC rígido, fibrocimento ou concreto armado impermeabilizado. Na tabela a seguir são relacionadas as chapas de ferro galvanizado usuais existentes no mercado:
A colocação e fixação dos elementos de captação de água devem ocorrer pouco antes do arremate final do telhado e o engenheiro deve verificar os seguintes pontos antes de liberar a continuidade dos trabalhos, pois é prudente evitar retorno de operários sobre a cobertura para fazer reparos para não causar danos às telhas e acessórios e com isso provocar infiltrações e goteiras:
Conferir as emendas (soldas e rebites);
Verificar se o recobrimento mínimo é respeitado (8 cm em telhados comuns);
Fazer um teste de vazamento e caimento (ver se água fica parada em pontos da calha);
Ver se existem juntas de dilatação em calhas com mais de 20 m;
verificar os pontos de impermeabilização.
GLOSSÁRIO NA ÁREA DE EXECUÇÃO DE COBERTURAS
Água – é o tipo de caimento dos telhados em forma retangular ou trapezoidal (meia-água, duas águas, três, quatro águas).
Alpendre - cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas ou vãos. Geralmente, fica localizada na entrada da edificação.
Amianto – originado do mineral chamado asbesto, composto por filamentos delicados, flexíveis e incombustíveis. É usado na composição do fibrocimento.
Beiral – parte da cobertura em balanço que se prolonga além da prumada das paredes.
Caibros – peças e madeira de média esquadria que ficam apoiadas sobre as terças para distribuir o peso do telhado.
Calha – é canal ou duto em alumínio, chapas galvanizadas, cobre, PVC ou latão que recebe as águas das chuvas e as leva aos condutores verticais. 
Cavalete – é a estrutura de apoio de telhados feita em madeira, assentada diretamente sobre laje.
Chapuz – é o calço de madeira, geralmente em forma triangulas que serve de apoio lateral para a terça ou qualquer outra peça de madeira.
Claraboia – é a abertura na cobertura, fechada por caixilho com vidro ou outro material transparente, para iluminar o interior.
Contrafrechal – é a viga de madeira assentada na extremidade da tesoura.   
Cumeeira – parte mais alta do telhado no encontro de duas águas.
Empena, oitão ou frontão - cada uma das duas paredes laterais onde se apoia a cumeeira nos telhados de duas águas.
Espigão – interseção inclinada de águas do telhado.
Frechal – é a componente do telhado, a viga que se assenta sobre o topo da parede, servindo de apoio à tesoura. Distribui a carga concentrada das tesouras sobre a parede.
Platibanda – mureta de arremate do telhado, pode ser na mesma prumada das paredes ou com beiral.
Policarbonato - Material sintético, transparente, inquebrável, de alta resistência, que pode substituir o vidro, proporcionando grande luminosidade.
Recobrimentos – são os transpasses laterais, inferior e superior que um elemento de cobrimento (telha) deve ter sobre o seguinte.
Rincão (água furtada) – canal inclinado formado por duas águas do telhado.
Ripas – são as peças de madeira de pequena esquadria pregadas sobre os caibros para servir de apoio para as telhas.
Tacaniças – é uma água em forma triangular.
Terças – são as vigas de madeira que sustentam os caibros do telhado, paralelamente à cumeeira e ao frechal.
Tirante – é a viga horizontal (tensor) que, nas tesouras, está sujeita aos esforços de tração.
Treliça – é a armação formada pelo cruzamento de ripas de madeira. Quando tem função estrutural, chama-se viga treliça e pode ser de madeira ou metálica.
Varanda – área coberta ao redor de bangalôs (casas térreas), no prolongamento do telhado.
Instalações elétricas e de telefone
Em geral, a leitura de um projeto de instalações elétricas é simples, mas exige algum conhecimento de eletricidade. É importante, por exemplo, saber diferenciar os fios fase, neutro e terra. No entanto, as legendas e as notas gerais ajudam a entender a planta.
Basicamente, o projeto determina a quantidade e a localização das tomadas, dos pontos de luz e qual a capacidade de carga de cada um. Vale lembrar que alguns equipamentos domésticos consomem mais energia e isso precisa ser discutido na fase de projeto para que sejam planejados circuitos específicos, com mais potência.
A planta demonstrada a seguir é de um apartamento-tipo, de um edifício residencial de 11 andares. Nesse edifício há quatro apartamentos por pavimento, todos com a mesma planta de elétrica, com cinco circuitos cada, sendo dois desses com tensão de 220 V. Reproduzimos apenas uma, pois o esquema elétrico é igual para todos.
 
 
O diagrama bifilar no desenho representa o quadro de luz do apartamento. Nele constam quantos e quais circuitos existem. Nesse apartamento são cinco circuitos, sendo dois específicos: um para máquina de lavar louças, representado pelo no 4 e a sigla M.L.L.; e outro, com a sigla M.S.R. e o no 5, para máquina de secar roupas. As linhas indicadas com RES. são espaços vazios no quadro, reservados para eventuais instalações futuras.
	NOTAS GERAIS
	01 - CONDUTORES E ELETRODUTOS NÃO DIMENSIONADOS SERÃO DE #2,5 mm E Ø3/4", EXCETO PARA FIOS RETORNO DE ILUMINAÇÃO QUE SERÃO DE #1,5 mm
02 - CONDUTORES TERRA NÃO DIMENSIONADOS SERÃO DE #2,5 E ISOLAÇÃO NA COR VERDE
03 - TODA A TUBULAÇÃO UTILIZADA NESTE PROJETO SERA EM PVC
04 - PONTOS DE LUZ INCANDESCENTE SEM INDICAÇÃO DE POTÊNCIA SERÃO DE 100 W
05 - TODOS OS CIRCUITOS DE TOMADA DE USO GERAL NÃO DIMENSIONADOS SÃO DE #2,5 mm, E ATERRADAS, EXCETO CIRCUITO DE USO GERAL DA COZINHA QUE SERÁ #4 mm
06 - NOS SHAFTS/ESPAÇOS DE CONSTRUÇÃO DAS PRUMADAS ELÉTRICAS DEVERÃO SER CRIADAS BARREIRAS CORTA-FOGO EM TODOS OS ANDARES, COM AS PASSAGENS DE CABOS DE ELETRODUTOS OBTURADOS EM TODAS AS EXTREMIDADES, PARA EVITAR A SAÍDA DE GASES NOCIVOS/TÓXICOS
07 - TODAS AS CAIXAS SERÃO 4"x2", EXCETO ONDE INDICADO
08 - O FOGÃO DEVERÁ POSSUIR CORDÃO DE ALIMENTAÇÃO ESPECIAL, CONFORME ORIENTAÇÃO DO FABRICANTE
09 - ONDE HOUVER INSTALAÇÃO APARENTE PARA O SISTEMA DE ALARME DE INCÊNDIO, DEVERÁ SER UTILIZADO ELETRODUTO ANTICHAMAS
10 - PARA ÁREAS MOLHÁVEIS SERÃO UTILIZADAS TOMADAS DE 20 A, DEMAIS TOMADAS SERÃO DE 10 A.
 
Com a legenda é possível decifrar a maioria dos símbolos da planta, como os traços, que indicam por onde passam os eletrodutos. Se a linha for contínua, o eletroduto passa pelo teto; se for tracejada, passa pelo piso.
Instalações hidro sanitárias
São relativas às instalações de água fria e esgoto. A água, além de ser necessária para a higiene pessoal dos operários, é a matéria prima para alguns materiais como concretos eargamassas. Assim, é necessário que se tenha quantidade suficiente e que a mesma apresente qualidade compatível com as necessidades. Tanto para a higiene pessoal quanto para o uso no preparo dos materiais básicos no canteiro, recomenda-se uso de água da rede pública, a qual apresenta qualidade garantida.
No caso de inexistência da rede pública de água no local da obra, caso pouco comum, deve-se verificar a possibilidade de expansão da rede junto à concessionária. Em casos onde não existe a rede e nem mesmo plano para a expansão da existente, tem-se como alternativa a perfuração de poços no local da obra ou ainda a compra da água, que comumente é entregue através de caminhões.
Vale observar que nos casos de obras de grande porte e longa duração, a água de poço, desde que adequada às condições de uso, pode tornar-se uma alternativa economicamente mais viável, ainda que exista a rede local.
As instalações hidros sanitárias, nomeadamente água e esgoto, têm como finalidade fazer a distribuição da água, em quantidade suficiente e promover o afastamento adequado das águas servidas, criando desta forma, condições favoráveis ao conforto e segurança dos usuários.
Normas
• NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria;
• NBR 7198/1993 – Instalações Prediais de Água Quente;
• NBR 7229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques 
sépticos;
• NBR 8160/1983 – Instalações Prediais de Esgotos Sanitários;
• NBR 13969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento 
complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação.
Instalações de água fria 
As instalações de água fria correspondem ao conjunto de tubulações, conexões e acessórios que permitem levar a água da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro da habitação.
A distribuição de água poderá ser feita através dos seguintes sistemas:
Distribuição direta
Distribuição indireta
Distribuição mista
Distribuição direta
Todos os aparelhos e torneiras são alimentados diretamente pela rede pública.
Distribuição indireta 
Todos os aparelhos e torneiras são alimentados por um reservatório superior alimentado diretamente pela rede pública.
Distribuição indireta sem recalque
• A água potável vem diretamente da rede pública, quando houver pressão suficiente até o reservatório superior, que alimenta por gravidade os pontos de água.
Distribuição indireta com recalque
• Quando a pressão da rede pública não for suficiente para alimentar o reservatório superior, utiliza-se outro de cota reduzida, geralmente localizado no pavimento térreo, denominado de reservatório inferior (ou subterrâneo) de onde a água é recalcada, por meio de bombas, para o reservatório superior (ou elevado) e a partir deste é feita a distribuição por gravidade para o interior da edificação.
Distribuição indireta hidropneumática
Este processo dispensa o reservatório superior e a distribuição é ascendente, a partir de um reservatório de aço onde a água fria pressurizada. Estes equipamentos requerem manutenção preventiva periódica.
• Distribuição mista – associação dos sistemas direto e indireto, parte pela rede pública e parte pelo reservatório superior.
Instalações prediais de água quente 
As instalações de água quente são realizadas pelos seguintes sistemas:
Individual
O sistema de aquecimento é individual quando alimenta uma única peça de utilização. Ex.: chuveiros, torneiras.
Central Privado
O sistema de aquecimento é central privado, quando alimenta várias peças de utilização de um único domicílio. Ex.: aquecedor de acumulação e reservatório de água quente.
Central coletivo
O sistema de aquecimento é central coletivo, quando alimenta peças de utilização de vários domicílios ou várias unidades. Ex.: edifício de apartamentos, hotéis, motéis, hospitais etc.
Instalações prediais de esgoto sanitário 
O despejo de esgoto sanitário poderá ser feito através das seguintes formas:
Direto
O esgoto é lançado diretamente do coletor predial ao coletor público, quando a profundidade do mesmo não exceder à do coletor público.
Aparelhos e metais sanitários 
Principais Louças Sanitárias
As principais louças sanitárias que integram as instalações de uma residência, instaladas na fase final de acabamento são a pia ou cuba de louça, vaso sanitário e bidê que fazem parte do banheiro.
Quanto à cozinha, geralmente se usa cuba de aço inox e na área de serviço tanque de louça ou de aço inox.
Principais Metais Hidro Sanitários
São chamados de metais sanitários, os dispostos para controle de água utilizado nas instalações, como torneiras, registros, válvulas de descarga, caixas de descarga, e válvulas de escoamento de pias. Estes dispositivos são usados em conjunto com as louças sanitárias de banheiro como vaso sanitário, lavatórios e bidês, e com as cubas de cozinha e tanques de lavar roupa.
Hoje em dia existem também dispositivos de controle feitos de PVC como torneiras, registros e válvulas. Entretanto a tradição acaba prevalecendo quanto ao nome, que ainda faz alusão prevalente aos materiais feitos em metal.
Principais Peças e Dispositivos de Esgoto
Os principais dispositivos usados nas instalações de esgoto são as válvulas de escoamento das pias e tanques, os sifões utilizados em pias, as caixas e ralos sifonados, os ralos simples, as caixas de passagem e caixa de gordura.
Caixa d´Água
A caixa de água é o principal dispositivo das instalações hidráulicas, pois serve para armazenar a água que será servida, assim como é partir dela que é feita a ramificação das canalizações que levam pontos de água aos diversos pontos e aparelhos da casa ou apartamento.
Esquadrias
Existe uma infinidade de tipos de portas e janelas para uma casa, quanto ao estilo ou aparência, quanto à funcionalidade, como quanto ao material com o qual é produzida.
Indo muito além das aparências e pensando no clima
É um erro pensar em esquadrias pensando apenas no "estilo da construção", da mesma forma que é errado construir uma casa em estilo colonial, com telhados de pouca inclinação em local onde neva.
Pensar apenas em "estilo arquitetônico" sob o ponto de vista estético não faz sentido em alguns casos. É preciso pensar também em funcionalidade, ou seja, uma casa tem como função primordial ser um abrigo confortável.
Se uma casa é construída em local predominantemente frio, deve ser projetada de modo a proteger os moradores do frio, e aproveitar alguns recursos naturais para manter a temperatura interna agradável, isto é, além de usar recursos artificiais.
Se a casa é construída em clima quente, deve ser pensada no sentido de ser um abrigo ou refúgio, onde os moradores encontrem temperaturas interiores mais amenas, aproveitando aos máximos recursos naturais, como ventos predominantes, e adotando estratégias que impeçam que muito do calor do exterior passe para o interior de uma residência.
Uma casa bem pensada, é a combinação de vários elementos, e as esquadrias são uma parte do todo, que juntos tornarão uma casa agradável e funcional. Portanto, as esquadrias não podem ser pensadas somente em termos de beleza ou estilo, mas também em termos de funcionalidade. Isto implica em pensar no local onde se constrói a casa e considerar os fatores climáticos. Precisa-se de muita vedação ou se pelo contrário, precisa de muita ventilação, ver se o sistema de venezianas é adequado, etc.
Em climas onde existem longos períodos de frios e longos períodos de calor, é preciso pensar em esquadrias que sejam flexíveis quanto à possibilidade de boa ventilação no verão, e boa vedação contra ventos frios no inverno.
Materiais de Esquadrias
As portas e janelas, em sua forma mais tradicional são de madeiras fabricadas em todos os tipos e modelos. Entretanto são muito usadas também as esquadrias de ferro, geralmente do tipo janelas com folhas de correr ou vidros. Esquadrias de alumínio têm substituído cada vez mais as esquadrias de ferro e de madeira, principalmente no caso de edifícios de apartamentos. Existe aindacomo opção, as janelas de pvc, um material plástico ou derivado do petróleo.
As esquadrias de madeira, ferro ou alumínio podem ser encomendadas sob medida ou encontradas prontas em lojas de materias de construção, em tamanhos padronizados.
Tipos de Esquadrias
Quanto ao tipo e forma de funcionamento, os modelos são variados, e aqui estão listados os modelos principais e básicos.
Existem as janelas com duas folhas de correr com painéis de vidro, tendo ou não uma combinação de venezianas com sistema sanfonado de abrir independentes. Existem também os modelos tipo guilhotina, igualmente com painéis de vidro, onde as folhas das janelas deslizam verticalmente para serem abertas.
E existem as portas e janelas com duas folhas que se abrem com dobradiças, contendo parte em painel de vidro e parte em venezianas, sendo que ambas as partes podem ser vedadas por portinholas, uma para permitir ou vedar entrada de luz, ou para permitir ou vedar a ventilação. Este é um tipo de janela muito funcional, ideal para climas onde existem estações frias e quentes.
Quanto à forma e aparência, existem portas e janelas retangulares como em arco, geralmente em estilo moderno e funcional, algumas fazendo referência ao estilo colonial.
Tipos de Portas
Existe uma grande variedade de tipos de portas quanto ao seu material e sistema de fabricação, como também quanto ao estilo, revestimento e opções de acabamento.
São encontradas no mercado portas em madeira maciça, ou feitas com duas floras de compensado que fecham as faces maiores tendo no seu interior ripas longitudinais que podem ser ou não espaçadas entre si.
Estas portas que não são de madeira maciça, apresentam duas opções de acabamento, podendo ser compradas para serem emassadas e pintadas ou já revestidas com folheado de algum tipo de madeira, ou seja, uma fina camada de madeira nobre que vem colada sobre a porta, para receber como acabamento verniz ou cera. Os tipos mais comuns de revestimento de portas de madeira prensada são o mogno, imbuia, cedro, e cerejeira entre outros.
As portas de madeira maciça geralmente são feitas de canela, cedro, mogno e outros tipos de madeira de lei.
Quanto à aparência funcionalidade, existem vários tipos, como portas lisas que são as mais comuns, portas almofadadas ou entalhadas que são mais nobres e mais caras. Algumas possuem também painéis de vidro, e podem ter forma de arco.
Tradicionalmente, um tipo de batente muito comum era feito em peroba, mas geralmente a madeira dos batentes acompanham o material da portão, principalmente se for de porta de madeira maciça para ser envernizada ou encerada.
Contramarco
Quando a alvenaria está sendo levantada, ou seja, enquanto as paredes estão sendo erguida, a boa técnica construtiva recomenda colocar um contramarco nos vão deixados para as portas e janelas. Trata-se de um quadro de madeira resistente, feito do mesmo material usado para as portas e janelas.
O contramarco funciona como um caixilho provisório, para que o vão fique bem demarcado na junção da alvenaria e emboço com o vão da porta. Assim não se corre o risco que manchar com cimento ou argamassa o batente ou armação de madeira das portas e janelas, que vão entrar dentro destas, e que serão colocadas somente na fase de pintura.
O uso de contramarco nem sempre está presente em todas as obras, pois em função da evolução dos materiais de esquadrias, e novos métodos de construção, nem sempre se fazem mais necessários em função da simplificação da construção nos dias de hoje.
Esquadria é o nome usado para denominar portas, janelas, portões, marcos, caixilhos, venezianas, persianas, gradis e outros.
Passo 1
O que fazer: Na construção de uma casa, os batentes das portas e das janelas de madeira são fixados diretamente nos tarugos chumbados nas paredes.
Passo 2
O que fazer: Os batentes devem ser nivelados e esquadrejados. Ou seja, devem sempre estar alinhados com as portas ou as janelas que irão prender e nivelados em relação ao piso ou parede.
 Passo 3
O que fazer:  Deve-se deixar espaço para o acabamento do piso, quando marcar as soleiras das portas e a altura dos peitoris das janelas.
Passo 4
O que fazer: No caso de portas e janelas, as esquadrias são fabricadas em diversos materiais.
 
Passo 5
O que fazer: No geral, as esquadrias de ferro já vêm prontas com chumbador ou grapa ou rabo de andorinha para serem instaladas nos vãos.
Revestimentos de parede
Revestimentos são todos os procedimentos utilizados na aplicação de materiais de proteção e de acabamento sobre superfícies horizontais e verticais de uma edificação ou obra de engenharia, tais como: alvenarias e estruturas. Nas edificações, consideraram-se três tipos de revestimentos: revestimento de paredes, revestimento de pisos e revestimento de tetos ou forro.
Os revestimentos de paredes têm por finalidade regularizar a superfície, proteger contra intempéries, aumentar a resistência da parede e proporcionar estética e acabamento. Os revestimentos de paredes são classificados de acordo com o material utilizado em revestimentos argamassados e não-argamassados.
Revestimentos argamassados
Os revestimentos argamassados são os procedimentos tradicionais da aplicação de argamassas sobre as alvenarias e estruturas com o objetivo de regularizar e uniformizar as superfícies, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamentos dos painéis e quando se trata de revestimentos externos, atuam como camada de proteção contra a infiltração de águas de chuvas. O procedimento tradicional e técnico é constituído da execução de no mínimo de três camadas superpostas, contínuas e uniformes: chapisco, emboço e reboco.
Chapisco
Chapisco é argamassa básica de cimento e areia grossa, na proporção de 1:3 ou 1:4, bastante fluída, que aplicada sobre as superfícies previamente umedecidas e tem a propriedade de produzir um véu impermeabilizante, além de criar um substrato de aderência para a fixação de outro elemento.
Emboço
O emboço é a argamassa de regularização que deve determinar a uniformização da superfície, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamento dos painéis e cujo traço depende do que vier a ser executado como acabamento. É o elemento que proporciona uma capa de impermeabilização das alvenarias de tijolos ou blocos e cuja espessura não deve ser maior que 1,5 cm. O emboço é constituído de uma argamassa grossa de cal e areia no traço 1:3. Usualmente adiciona-se cimento na argamassa do emboço constituindo uma argamassa mista, em geral nos traços 1/2:1:5; 1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e areia).
Para a execução do emboço é necessário ter decorrido um tempo mínimo de carência da aplicação do chapisco de 3 dias e que preferencialmente os elementos embutidos das paredes tenham sido executados, as tubulações hidráulicas e elétricas, os rasgos devidamente preenchidos, os batentes das portas colocados ou com os tacos dos batentes assentados, contramarco dos caixilhos e preferencialmente o contra piso executado (neste caso, cuidar de proteger o contra piso contra prováveis incrustações de argamassas). Antes, ainda, de iniciar a execução do emboço é conveniente fazer uma limpeza da superfície, caso não tenha sido feita antes da aplicação do chapisco, retirando sujeira acumulada (poeiras, graxas, desmoldantes, tintas etc.). Nas figuras a seguir são mostradas as etapas executivas do emboço.
Colocação dos tacos ou taliscas – são pequenas peças de madeira ou de ladrilhos cerâmicos colocados sobe a superfície a ser revestida e que servirá de referencia para o acabamento. Usa-se fixar os tacos com a mesma argamassa que vai ser utilizada no emboço. Os tacos devem ser aprumados e nivelados nas distâncias indicadas na figura, redobrando o cuidado em relação ao alinhamento em que se encontram os registros, as tomadas d’água, caixas dos interruptores e tomadas elétricas. Se necessário, fazer os ajustes nesses elementos para obedecer o plano de acabamento (prumo) desejado.
Execução das mestras – depois que os tacos estiverem consolidados (2 dias, no