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Da estrutura da norma jurídica

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IESB
Disciplina: Introdução ao Direito
Assunto: Resumo do texto ''Da Estrutura da Norma Jurídica'' de Miguel Reale
Professor(a): Neide Malard
Aluno(a): Maria Thamyres de Souza Almeida Matrícula:1511010520
Da Estrutura da Norma Jurídica
As normas jurídicas foram criadas para disciplinar a vida do homem em sociedade, que necessita delas para reger seu comportamento. A norma é o principal elemento do direito, elas têm por objetivo enunciar uma obrigatoriedade ou exigibilidade. Segundo alguns autores como Hans kelsen, as normas podem ser reduzidas a um juízo hipotético, onde se ''F é, deve ser C'', segundo eles toda norma contém a previsão da ocorrência de um fato e sempre que um comportamento corresponde a esse fato advém uma consequência, que segundo Kelsen é uma sanção ou pena. 
Porém, essa teoria não pode ser aplicada a todas as normas, mas somente, as destinadas a reger o comportamento dos indivíduos, as normas de organização, por exemplo, não permitem essa redução visto que enunciam apenas o que deve ser cumprido, de forma objetiva e categórica sem termos condicionais.
As normas caracterizam-se por serem estruturas proposicionais que tem por objetivo enunciar uma forma de organização ou de conduta que devem ser cumpridas de maneira objetiva e obrigatória por isso, segundo Reale não podem ser redutíveis a um juízo hipotético visto que nem sempre há o termo condicional para o cumprimento de determinada regra. 
Ainda segundo Reale, as normas não são modelos estáticos sejam destinadas a reger ações, comportamentos ou organizações, elas sempre mudam, se implicam e se correlacionam, dispondo-se num sistema no qual umas são subordinantes e outras subordinadas, primárias ou secundárias, subsidiárias ou complementares, de modo que sempre possa haver uma norma para determinado tipo de ação.
São consideradas normas primárias, aquelas que são destinadas a reger o comportamento e as formas de ação e secundárias aquelas destinadas a reger as formas de organização da sociedade, também tidas como instrumentais. As normas de reconhecimento foram criadas para identificar e classificar as normas primárias segundo um ordenamento jurídico de modo a facilitar sua aplicação.
As normas de conduta tem uma estrutura binada e é a elas que se aplica o esquema ''Se F é, deve ser'', onde (Se F é...) corresponde ao fato-tipo, onde existe a ocorrência de um fato concreto e o agente responsável por tal fato sofre as consequências do seu comportamento que já estão predeterminadas na norma de maneira objetiva e obrigatória (...C). Porém mesmo essa junção de duas proposições hipotéticas sendo importantíssima não extingue o problema do modelo normativo, pois, tomando que a consequência de um fato é obrigatória, prevê-se um objetivo a ser atingido, realizando-se algo valioso e impedindo a ocorrência de valores negativos, essa proposição lógica entre fato e valor é chamada de normativismo concreto onde, o Direito se atualiza como fato, valor e norma. 
Para que uma norma jurídica seja considerada válida, ela precisa ter todos os seguintes requisitos: o da validade formal ou técnico-jurídica (vigência), o da validade social (eficácia ou efetividade) e o da validade ética (fundamento).
Vigência- Uma norma é considerada vigente quando preenche todos os requisitos necessários a sua feitura ou elaboração, estando em conformidade com a lei.
Eficácia ou efetividade- É a aplicação da norma jurídica enquanto momento da conduta humana.
Fundamento- É a razão pela qual uma norma é criada, o fim objetivado por ela.

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