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Tricomoníase: DST prevalente

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Tricomoníase 
Caroline Medeiros 
 Doença sexualmente transmissível de distribuição 
mundial; 
 Doença não-viral mais prevalente; 
 Atinge principalmente pessoas (idades entre 15 e 49 
anos); 
 170 milhões casos anuais no mundo; 
 4,3 milhões de casos por ano no Brasil (MS, 2006); 
 
 Epidemiologia 
 Fatores de risco: status socioeconômico, idade, 
atividade sexual, n° de parceiros, outras DSTs; 
 Sobrevive em água tratada e em piscinas; 
 Prevalência mulheres 
Cerca de 25 a 50% das mulheres positivas são 
assintomáticas; 
 Amplificação da transmissão de outras DSTs 
 
 Epidemiologia 
Trichomonas vaginalis. 
 Agente etiológico 
 Morfologia 
 Forma evolutiva do parasito 
Trofozoíto 
- Piriforme ou oval 
- Polimórfica 
- Hábitat: trato genito-urinário 
masculino e feminino 
- pH = 5 – 7,5; T= 20 a 40°C 
 
 Reprodução 
 Divisão binária 
 Mecanismos de transmissão 
1. Relação sexual 
2. Outras formas de infecção 
 - Durante o parto 
 - roupa íntima 
 - toalhas 
 - instalações sanitárias 
 - piscinas 
 
Recém-nascidas 
• Passagem pelo canal de parto 
• 5% dos neonatos 
• Ação do estrógenos 
• Infecção é autolimitada 
 Mecanismos de transmissão 
Meninas 
• Incomum 
• pH vaginal não é favorável 
• deve ser cuidadosamente analisado 
 Mecanismos de transmissão 
Relação 
sexual 
 Trofozoítos 
 
 Reproduz-se por 
divisão binária 
longitudinal 
 
 Não formam 
cistos 
 
 Ciclo de vida  Monoxênico 
 
 pH vaginal Lactobacillus acidophilus 
A capacidade de adesão tem papel muito importante na 
patogênese 
Adesão dá-se através de proteínas: adesinas, integrinas 
 Cisteína-proteinases extracelulares - digerem mucinas e 
imunoglobulinas locais. 
 O funcionamento das proteínas do parasito é modulado 
pelo ferro. 
 
 Mecanismos da Patogênese 
 Mecanismos da Patogênese 
 Fagocitose de hemáceas – aquisição de ferro 
 
 Produção de moléculas citotóxicas do parasita é 
influenciada pela concentração de estrógenos 
 Mecanismos da Patogênese 
 Período menstrual 
 
do número de parasitos na vagina 
dos fatores de virulência 
Exacerbação dos sintomas 
 Sistema Complemento 
 Manifestações Clínicas 
Ampla variedade 
Fatores : Condições individuais 
 Virulência do patógeno 
 Número de parasitos infectantes 
 Manifestações Clínicas 
 Na mulher 
 Variável – assintomático/agudo/crônico 
 Período de incubação – 3 a 20 dias 
Vaginite aguda: 
 
•Corrimento vaginal fluido, bolhoso e abundante de cor amarelo-
esverdeada e de odor fétido; 
•Prurido ou irritação vulvovaginal; 
•Dor durante as relações sexuais (dispareunia de intróito); 
•Dor ao urinar (disúria); 
• Freqüência miccional (poliúria).; 
• Dor pélvica 
 
Vaginite crônica: sintomas leves 
 Manifestações Clínicas 
DST – J Bras Doenças Sex Transm 2010; 22(2): 73-80 
 Na mulher 
Vagina e cérvice 
 
Colpitis macularis 
 Manifestações Clínicas 
 
 Classificada em três grupos: 
 No homem: 
 Manifestações Clínicas 
 
• Forma assintomática 
• Forma aguda – uretrite purulenta abundante 
• Forma sintomática leve – escasso corrimento, disúria, prurido e 
hiperemia do meato uretral 
Complicações: prostatite, epididimite; cistite. 
 Patologia 
 Sérias complicações de saúde; 
 A infecção promove: 
 
 
 Transmissão do HIV 
 Problemas relacionados com a gravidez 
Predispõe a doença inflamatória pélvica 
 Câncer cervical 
 Infertilidade 
 Patologia 
 Problemas relacionados com a gravidez 
• Ruptura prematura de membrana; 
• Parto prematuro 
• Baixo peso ao nascer 
• Endometrite pós- parto 
• Natimorto 
• Morte neonatal 
 Patologia 
 Problemas relacionados com a fertilidade 
• Risco de infertilidade é duas vezes maior; 
• Resposta inflamatória danifica as células ciliadas da mucosa 
tubária; 
• Risco de infertilidade – após vários episódios de 
Tricomoníase 
 Patologia 
 Aumento da transmissão do HIV pode estar relacionado a: 
Agressiva Resposta imune celular no local 
Inflamação do epitélio 
vaginal e exocérvice 
uretra 
Infiltração de leucócitos 
 Patologia 
 Aumento da transmissão do HIV pode estar relacionado a: 
Formação de pontos 
hemorrágicos na mucosa 
( Porta de entrada) 
Acesso do vírus a 
corrente sanguínea 
 
Pontos hemorrágicos na mucosa 
Inflamação 
(Porta de saída) 
dos níveis viral nos 
fluidos corporais 
Linfócitos 
infectados na região 
HIV – negativo + 
Tricomoníase 
HIV – positivo + 
Tricomoníase 
• Risco 8 vezes maior de exposição e transmissão do 
HIV entre parceiro sexual não-infectado. 
Homens soropositivos para HIV 
com uretrite sintomática e 
Trichomonas tiveram 70X mais 
RNA viral no sêmen do que homens 
HIV positivos não infectados com 
Trichomonas. 
 Aumento da transmissão do HIV pode estar relacionado a: 
 Aumento da transmissão do HIV pode estar relacionado a: 
T. vaginalis Inibidor de protease 
Bloqueia o ataque do HIV 
 Clínico 
Manifestações clínicas comuns a outras DSTs 
 Laboratorial 
 Diagnóstico 
 Necessária e essencial para o diagnóstico da Tricomoníase 
Tratamento adequado Controle da propagação 
da infecção 
 Coleta da amostra 
 
 Diagnóstico Laboratorial 
 Mulher 
• Material: secreção vaginal 
- Não realizar a higiene vaginal anterior a colheita do material; 
- Não ter feito uso de medicamentos triconomicidas nos últimos 
15 dias; 
- Primeiros dias após a menstruação os tricomonas são + 
abundantes. 
• Recomendações: 
 Diagnóstico Laboratorial 
 Coleta da amostra 
 
• Swab 
 Coleta da amostra 
 
 Diagnóstico Laboratorial 
 Homem 
• Materiais: secreção uretral, urina (1° jato), esperma, 
secreção prostática e material sub-prepucial 
• Recomendações: 
-Não ter feito uso de medicamentos triconomicidas nos últimos 
15 dias. 
- Secreção uretral: comparecer ao local da coleta pela manhã sem 
ter urinado no dia 
 Coleta da amostra 
 
 Diagnóstico Laboratorial 
 Homem 
 Coleta da amostra 
 
 Diagnóstico Laboratorial 
 Homem 
-Sêmen: amostra fresca obtida pela masturbação em recipiente 
estéril. 
- Urina: matinal (1° jato). 
- Secreção prostática: massagem prostática por via retal. 
- Material subprepucial: swab molhado em solução salina 
 Exame microscópico de preparações a fresco ou coradas 
 Diagnóstico Laboratorial 
 Exames 
Cultura do parasito (resultados em 3 a 7 dias) 
 Profilaxia 
 Prática de sexo seguro; 
 Uso de preservativos; 
 Abstinência de contatos sexuais com pessoas infectadas; 
 Não compartilhar objetos íntimos; 
 Tratamento imediato e eficaz. 
 
 Instituído sob supervisão médica e deve incluir todos os 
parceiros sexuais 
 
Derivados nitroimidazólicos: 
 
 Metronidazol 
 contra-indicado para grávidas (1º trimestre) 
 linhagens de parasitas resistentes na Europa 
 
 Tinidazol 
 
 Ornidazol 
 
 Nimorazol 
 Tratamento 
 Exercícios 
1) Exemplifique algumas complicações de saúde advindas da 
Tricomoníase. 
2) Qual queixa clínica apresentada pela mulher a faz procurar 
assistência médica na Tricomoníase. 
3) Explique como a infecção por Trichomonas vaginalis pode 
amplificar a transmissão do HIV. 
4) Qual a forma infectante e a forma patogênica do T.vaginalis 
5) Cite os fatores que influenciam a incidência da 
Tricomoníase. 
6) Identifique as formas de transmissão da Tricomoníase. 
Tricomoníase 
Caroline Medeiros

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