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apg 28 – istS objetivos 1. Compreender a epidemiologia, etiologia, transmissão, fatores de predisposição, manifestações clinicas, diagnóstico e complicações das ISTs (T. vaginalis, C.albicans, G. vaginalis, C. tracomatis, Mycoplasma sp. E N. gonorrhoeae). Tricomoniase - T. vaginalis - IST; - Marcador de comportamento sexual de alto risco, já está normalmente associada a outras DSTs; epidemiologia - Nos EUA, estimativas calcularam que 7,4 milhões de casos novos de tricomoníase ocorram anualmente; etiologia - Trichomonas vaginalis; - Protozoário anaeróbico, flagelado, parasitose extracelular; - Habitam glândulas parauretrais femininas e masculinas; - Período de incubação de 3-4 semanas. transmissão - Essencialmente sexual; fatores de risco - Múltiplos parceiros. manifestações clínicas - Homens: quando acometidos na uretra ou próstata são assintomáticos; - Mulheres: 10 – 25% são assintomáticas; pode levar a vaginite por desequilíbrio imunológico; · Secreção amarelada ou esverdeada copiosa, espumosa e fétida; · edema e eritema da mucosa afetada, algumas vezes com prurido e irritação; · Manchas de morango: áreas hemorrágicas no colo uterino; diagnóstico - Lâmina preparada a fresco: visualização direta do protozoário móvel; - pH maior que 6 da secreção vaginal. complicações - Fator de risco para transmissão de HIV; - Contagiosa em homens e mulheres; - Mulheres: aumenta os riscos de infertilidade tubária e doença inflamatória pélvica (DIP) atípica e está associada às complicações como nascimento prematuro nas gestantes; - Homens: causa comum de uretrite não gonocócica e infertilidade. Candidíase/monilíase - C.albicans - Não é sexualmente transmissível; - Recorrente quando há mais de 4 episódios em 1 ano; epidemiologia - Segunda causa principal de vulvovaginite nas mulheres EUA, em que cerca de 75% das mulheres em idade fértil têm um episódio ao longo de suas vidas: 40 a 45% têm duas ou mais infecções; etiologia - Candida albicans; - Fungo; - Candida globrata e Candida tropicalis, causam candidíase complicada; transmissão - Autoinoculação; fatores de risco - Tratamento recente com antibióticos: causa a supressão da flora bacteriana protetora normal; - Altos níveis hormonais: ocorre normalmente em período gestacional ou com o uso de anticoncepcionais orais que levam ao aumento do glicogênio vaginal; - Diabetes melito ou infecção por HIV descontrolada: imunossupressão. manifestações clínicas - Prurido vaginal e secreções brancas e espessas semelhantes ao coalho, mas de aspecto fino; - Prurido vaginal associado a irritação, eritema, edema, disúria e dispareunia; - Secreção: branca, espessa e inodora; - Obesidade: a doença pode se proliferar nas dobras de pele sob mamas, abdome e região inguinal. diagnóstico - Visualização direta: Presença de hifas ou esporos em lâmina de preparo a fresco com hidróxido de potássio a 20%; - pH da secreção vaginal: feito com papel de tornassol, com valor menor que 4,5; - Cultura: deve ser realizada quando a lâmina a fresco é negativa, mas a quadro clinico condizente com candidíase. complicações - Candidíase disseminada, sendo aguda (sistêmica) e crônica (órgão específico). vaginose bacteriana - G. vaginalis/Mycoplasma sp. epidemiologia - Tipo mais prevalente de infecção vaginal; - A prevalência anual dessa infecção é de cerca de 21,2 milhões de pessoas na faixa etária de 14 a 49 anos; etiologia - G. vaginalis; - Mycoplasma sp.; transmissão - Não relação de transmissão com a via sexual, mas essa pode ser uma catalizadora do quadro; fisiopatologia - Redução acentuada dos lactobacillus da flora vaginal e crescimento acentuado de microrganismos como Gardnerella vaginalis, espécies de Mobiluncus, Mycoplasma hominis e vários anaeróbios; - Aumento da conversão dos peptídios vaginais em várias aminas que, diante de pH alto, tornam-se voláteis e exalam odor fétido; - G. vaginalis: devido ao pH ácido, elas se aderem a células epiteliais esfoliativas e formam células coladas (células epiteliais escamosas cobertas por massas de cocobacilos, geralmente com grandes grumos de microrganismos flutuando livremente ao redor da célula); - M. hominis: tem sua proliferação acentuada pela presença de aminas; fatores de risco - Parceiros sexuais múltiplos, parceiro sexual recente, aplicação de duchas vaginais e escassez de lactobacilos vaginais; - Tabagismo. manifestações clínicas - Secreção branco-acinzentada fina com odor fétido de peixe; - Não há presença de ardor, prurido ou eritema; diagnóstico - Clinico, quando há no mínimo 3 das seguintes características: • Secreção branca, fina e homogênea; • Odor de peixe (aminas) exalado quando uma gota de solução salina é aplicada nas secreções; • pH vaginal maior que 4,5 (em geral, na faixa de 5 a 6); • “Células coladas” típicas nas preparações a fresco examinadas ao microscópio. - Teste das aminas; - Teste da fita de pH. complicações - Aumento do risco de DIP, trabalho de parto prematuro, ruptura prematura das membranas, corioamnionite e endometrite puerperal; - Assintomática: infecções pós-operatórias, inclusive DIP pós-aborto, celulite do coto de histerectomia e endometrite pós-cesariana. clamídia - C. tracomatis - DST epidemiologia - DTS mais prevalente nos EUA, com incidência duas vezes maior que a gonorreia; - No Brasil não é uma doença de notificação compulsória. etiologia - Bactéria intracelular obrigatória; - Chlamydia trachomatis; - Causa: uretrite não gonocócica nos homens e DIP nas mulheres. - Tipos A, B e C: causam tracoma e ceratoconjuntivite crônica; - Tipo D – K: infecções genitais; - Tipos L1, L2 e L3: linfogranuloma venéreo; transmissão - Países industrializados: Sexual; - Países subdesenvolvidos: Mosquitos, objetos contaminados e contato pessoal não sexual; fisiopatologia - Corpúsculos elementares e reticulares (não são contagiosos e não sobrevivem fora do corpo); - Ciclo: 1. Corpúsculos elementares se fixam nas células do hospedeiro em 48 hrs; 2. Processo de ingestão (semelhante a fagocitose); 3. Dentro da célula ele se transforma em corpúsculo reticulado e passa a se reproduzir por um período de 36 hrs; 4. Condensação para corpúsculo elementar e lise celular. fatores de risco - Relação sexual sem uso de preservativo, múltiplos parceiros sexuais; manifestações clínicas - Assintomática ou clinicamente inespecífica; - Secreção cervical mucopurulenta; - Colo do útero hipertrofiado, eritematoso, edemaciado e friável; - Homens: uretrite (inclusive com eritema e hipersensibilidade no meato uretral), secreção peniana purulenta e prurido uretral - Lesões mucocutâneas evidenciadas por erupções papuloescamosas que tendem a localizar-se nas palmas das mãos e nas plantas dos pés de pacientes; diagnóstico - Evidencia presuntiva: demonstração de leucócitos polimorfonucleares em coloração de GRAM na secreção peniana ou cervical; - Teste com anticorpo fluorescente direto e o ensaio imunossorvente ligado a enzima (falso positivo em grupos de baixo risco); - Amplificação do ácido nucleico - NAAT (PCR); - Não é realizado cultura. complicações - Doença ocular grave no RN e levar a cegueira; - Síndrome de Reiter: uretrite, conjuntivite e artrite das articulações que sustentam peso, inclusive joelhos e articulações sacroilíacas e vertebrais; - Mulheres: artrite reativa; gonorreia - N. gonorrhoeae epidemiologia - Acomete mais mulheres que homens; - 25 milhões novas infecções por ano, entre idades de 20-24 anos. etiologia - Causado pela bactéria Neisseria gonorrhoeae; - Gonococo do tipo diplococo Gram-negativo piogênico (i. e., formador de pus) intracelular obrigatório; transmissão - Ser humano é seu único hospedeiro; - Porta de entrada: sistema geniturinário, olhos, orofaringe, região anorretal ou pele; - Ocorre geralmente por relações sexuais ou por transmissão perinatal; - Pode ocorrer por inoculação na mucosa, como no caso de transmissão pelo canal de parto em RN, que leva a conjuntivite gonocócica (se não tratada pode levar a cegueira); fisiopatologia - A evidencia de infecção ocorre de 2-7 dias da exposição; - Mulheres: começa na uretra anterior,nas glândulas uretrais acessórias, nas glândulas de Bartholin ou Skene e no colo do útero; - Se não for tratada, a gonorreia espalha-se dos focos iniciais para os segmentos proximais do sistema geniturinário; - Homens: se instala na próstata e no epidídimo; fatores de risco - Idade igual ou inferior a 25 anos; - Parceiro sexual recente ou múltiplos. manifestações clínicas - Assintomáticos; - Homens: dor uretral e secreção amarelo-cremosa, algumas vezes sanguinolenta; quando crônica afeta a próstata, epidídimo e glândulas periuretrais; - Mulheres: secreção urinária ou genital incomum, disúria, dispareunia (dor em relação sexual), dor ou hipersensibilidade pélvica, sangramento vaginal diferente (inclusive sangramento depois de relações sexuais), febre e proctite (inflamação do reto); diagnóstico - Clinico; - Teste de Coloração pelo Gram, cultura, NAAT (PCR); - Homens sintomáticos: coloração em GRAM; - Homens e mulheres assintomáticos: cultura; - Cultura: a amostra deve ser coletada na endocérvice, uretra, canal anal ou orofaringe; complicações - Síndrome da infecção amniótica: ruptura prematura das membranas, nascimento prematuro e risco aumentado de morbimortalidade neonatal; - Mulheres: endometrite, salpingite, DIP e infertilidade por infecção ascendente; - Infecção gonocócica disseminada (acometimento bacteriêmico dos espaços articulares, das valvas cardíacas, das meninges e de outros órgãos e tecidos do corpo); referencias NORRIS, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737876. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Acesso em: 17 mai. 2023.
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