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1 
 
 
DISCIPLINA: ECO03003 – Contabilidade Intermediária 
PROFESSORA: Romina Batista de Lucena de Souza 
 
UNIDADE 5. ATIVO NÃO CIRCULANTE: INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO 
E INTANGÍVEL 
 
Pela nova estrutura do Balanço Patrimonial, definida pela Comissão de Valores 
Mobiliários, na Deliberação nº 488/05, os grupos Ativo Permanente e Realizável a Longo 
Prazo passam a constituir o Ativo Não Circulante, que contém: Realizável a Longo Prazo, 
o Investimento, o Imobilizado, o Intangível. 
 
1 INVESTIMENTOS 
1.1 CONCEITO 
 De acordo com o estabelecido no inciso III do artigo 179 da Lei nº 6.404/1976, 
classificam-se como investimentos, as contas representativas das participações 
permanentes em outras sociedades e dos direitos de qualquer natureza, não classificáveis 
no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo, e que não se destinem à 
manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
 
 1.2 CLASSIFICAÇÃO 
 Conforme o dispositivo legal supracitado, existem duas modalidades de 
investimentos que devem figurar neste subgrupo do Ativo Não Circulante: 
a. Participações permanentes em outras sociedades; 
e 
b. Direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante ou no Ativo 
Realizável a Longo Prazo. 
 
 
 
2 IMOBILIZADO 
 2.1 CONCEITO 
 Conforme estabelece o inciso IV do artigo 179 da Lei nº 6.404/1976, considera-
se Ativo Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os 
benefícios, riscos e controle desses bens. 
 
2.2 CLASSIFICAÇÃO DE BENS NO ATIVO IMOBILIZADO 
Um dos principais objetivos da Lei 11.638/2007 é a busca pela maior 
transparência das Demonstrações Contábeis das empresas. O que se almeja com isso é 
que instrumentos contábeis como o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração de 
Resultado do Exercício (DRE), entre outros, reflitam, de fato, a realidade econômica e 
financeira das entidades. 
Diante disso, a Lei 11.638/2007 alterou a redação original do Inciso IV do Art. 
179 da Lei 6.404/76, referente à classificação das contas patrimoniais, o qual determinava 
que no ativo imobilizado deveriam ser incluídos os bens “destinados a manutenção das 
2 
 
atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade...” (Lei 
6.404/76, art. 179, IV, alterado pela Lei 11.638/2007). Já a redação atual, promovida pela 
Lei 11.638/2007 determina que devem ser classificados: 
no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa 
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de 
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e 
controle desses bens; (BRASIL, 2007, grifo nosso) 
Entende-se por riscos “as possibilidades de perdas devidas à capacidade ociosa ou 
obsolescência tecnológica e de variações no retorno em função de alterações nas 
condições econômicas” (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC, 2008, 
A) e por benefícios a “expectativa de funcionamento lucrativo durante a vida econômica 
do ativo e de ganhos derivados de aumentos de valor ou de realização do valor residual”. 
(CFC, 2008, A). Nota-se a primazia da essência sob a forma na aplicação dessa 
modificação, o que prevalece “são os riscos, benefícios e controle do bem, e não quem 
detém a propriedade”. 
Entende-se por Controle desses bens o arrendamento mercantil financeiro. Esse 
item passa a integrar o Ativo Imobilizado, ou seja, incorporou os bens que não são de 
propriedade da entidade, mas cujos controles, riscos e benefícios são por ele exercidos. 
 
2.2.1 Arrendamento mercantil 
 
Leasing ou arrendamento mercantil é o contrato pelo qual uma pessoa jurídica 
(arrendadora) entrega a outra pessoa, física ou jurídica (arrendatário), por tempo 
determinado, um bem comprado pela primeira de acordo com as especificações ditadas 
pela segunda, sendo facultado ao arrendatário, ao término do contrato, a compra do bem, 
mediante o pagamento de um preço residual, oferecendo assim, recursos para a aquisição 
de bens sem que o arrendatário tenha que dispor de capital (Lei nº 6.099, de 12/09/1974, 
e alterada pela Lei nº 7.132, de 26/11/1983). 
 
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 
ARRENDADOR: 
- Pela Venda do bem por meio de leasing: 
D – Contas a Receber (AC) 
C – Receitas Financeiras a Apropriar (Conta Redutora de AC/ANC) 
C – Receitas de Vendas (Conta de Resultado) 
- Pela apropriação mensal das Receitas Financeiras: 
D – Receitas Financeiras a Apropriar 
C – Receitas Financeiras 
- Contabilização dos Recebimentos: 
D – Banco c/ Movimento 
C – Contas a Receber 
ARRENDATÁRIO: 
3 
 
- Pelo recebimento do bem objeto de arrendamento: 
D – Imobilizado (ANC) 
C – Arrendamento Mercantil a Pagar (PC/PNC) 
- Pelo registro dos encargos financeiros a apropriar: 
D – Encargos Financeiros a Apropriar 
C – Arrendamento Mercantil a Pagar 
- Pela apropriação dos encargos financeiros incorridos: 
D – Encargos Financeiros 
C – Encargos Financeiros a Apropriar 
- Pelo pagamento das contraprestações: 
D – Arrendamento Mercantil a Pagar 
C – Banco c/ Movimento 
- Pelo registro da depreciação 
D – Despesas c/ depreciação 
C – Depreciação Acumulada 
 
2.2.2. Natureza do Ativo Imobilizado 
Ativo imobilizado compreende bens físicos usados nos negócios da entidade, com 
vida útil superior a um ano e não destinados a venda. As normas contábeis do ativo 
imobilizado estão previstas no CPC 27 – Ativo Imobilizado. 
 Esse pronunciamento define ativo imobilizado como o item tangível que: 
a) É mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços para 
aluguel a outros, ou para fins administrativos; e 
b) Se espera utilizar por mais de um período. 
 
Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os 
decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses 
bens. 
2.2.3 Reconhecimento 
O custo de um ativo imobilizado somente deve ser reconhecido ser forem atendidas 
as seguintes condições: 
a) For provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a 
entidade; e 
b) O custo do item puder ser mensurado confiavelmente. 
 
2.2.4 Conforme a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado (CPC 27) temos: 
 
Em relação à mensuração: 
Item 16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende: 
4 
 
(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não 
recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; 
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e 
condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela 
administração; 
 
Em relação à depreciação: 
Item 53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu 
valor residual. 
Item 55. A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou 
seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela 
administração. 
 
2.3 SUBTRAÇÕES DO IMOBILIZADO 
 
 2.3.1 Depreciação 
É a perda referente aos bens materiais. Recebe esse nome quando se refere a bens 
do Ativo Imobilizado. 
Por que depreciar? Quando a empresa compra bens para uso próprio, ela efetua 
um gasto. Esse gasto, considerado investimento, não pode ser contabilizado como despesa 
no momento em que a compra foi efetuada. Entretanto, esses bens, sendo utilizados pela 
empresa, desgastam-se,perdem valor. Por esse motivo é feita a depreciação. Por meio 
dela, a empresa pode considerar como despesa o valor gasto na aquisição dos seus bens 
de uso. 
A partir do primeiro mês de instalação e colocação do bem, em condições de 
produzir, será iniciada a contagem do tempo, para cálculo da depreciação. 
O valor contábil do bem é obtido pelo valor original, menos a depreciação 
acumulada referente ao mesmo bem. 
 Chama-se valor residual o valor que sobra, depois de terminada a vida útil do bem 
(e a depreciação), ou seja, valor residual = Custo de aquisição – depreciação. O valor 
residual é a parcela do custo de aquisição que não está sujeita a depreciação. 
 
ATENÇÃO: Obras de arte, prédios não alugados (nem utilizados) e terrenos não 
são depreciáveis. 
 
O valor contábil de um bem depreciado corresponde à diferença entre o custo de 
aquisição (este pode sofrer acréscimos posteriores) e a depreciação acumulada. Assim, se 
um equipamento foi adquirido por $12.000 e possui uma depreciação acumulada de 30%, 
teremos: 
 
 12.000 x 30% 
Equipamentos $ 12.000 
Depreciação acumulada $ 3.600.................... Valor contábil = $ 8.400 
 
O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado, conforme CPC 
27 (Ativo Imobilizado) item 67: 
a) Por ocasião de sua alienação; ou 
b) Quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com sua utilização 
ou alienação. 
Exemplo de baixa de bem deteriorado: 
5 
 
A administração da Entidade X decidiu baixar uma máquina do ativo imobilizado 
devido ao fato de que o bem estava deteriorado. Na data da baixa, o valor de custo da 
máquina era de $ 2.000 e a depreciação acumulada, $ 1.600. A Entidade X faria o seguinte 
lançamento contábil: 
 
D – Depreciação Acumulada_Máquina (Ativo Imobilizado)...........................$ 1.600 
D – Perda com a baixa de ativo imobilizado (Resultado).................................$ 400 
C – Custo de aquisição_Máquina (Ativo Imobilizado)....................................$ 2.000 
 
Exemplo de baixa de bem por venda e com lucro: 
A administração da Entidade X vendeu a vista um veículo do ativo imobilizado 
por $ 500. Na data da baixa o valor de custo do veículo era de $ 3.000, e a depreciação 
acumulada, $ 2.600. A Entidade X faria o seguinte lançamento contábil: 
 
D – Caixa (Ativo Circulante)..........................................................................$ 500 
D – Depreciação Acumulada de Veículos (Ativo Imobilizado).....................$ 2.600 
C – Custo de Aquisição - Veículos (Ativo Imobilizado)................................$ 3.000 
C – Ganho com a baixa de Ativo Imobilizado (Resultado)............................$ 100 
 
Exemplo de baixa de bem por venda e com prejuízo: 
A administração da Entidade X vendeu a vista um veículo do ativo imobilizado 
por $ 250. Na data da baixa o valor de custo do veículo era de $ 3.000, e a depreciação 
acumulada, $ 2.600. A Entidade X faria o seguinte lançamento contábil: 
 
D – Caixa (Ativo Circulante).......................................................................$ 250 
D – Depreciação Acumulada de Veículos (Ativo Imobilizado)..................$ 2.600 
D – Perda com a baixa de Ativo Imobilizado (Resultado)..........................$ 150 
C – Custo de Aquisição - Veículos (Ativo Imobilizado).............................$ 3.000 
 
Valor Residual 
É quanto se espera recuperar do valor do bem no final da sua vida útil. Se 
consideramos a efervescência da tecnologia, em que a cada dia ou a cada hora surge uma 
nova para substituir a anterior, é pouco provável determinar na data presente (hoje) quanto 
se espera recuperar no final da sua vida útil. Se uma empresa adquire um equipamento 
industrial hoje e coloca em operação normal, hoje terá que se determinar quanto se espera 
recuperar no final da sua vida útil, por exemplo, daqui a dez anos. A constante mudança 
tecnológica não permite sequer dizer quanto este equipamento industrial estará valendo 
daqui a um ano, dois anos, imagine tentar determinar o seu valor residual num prazo mais 
longo. 
Nota: 
Em face da dificuldade de se determinar o valor recuperável no final da vida útil 
(valor residual), a praxe é considerar o valor residual a zero, razão pela qual a depreciação 
é calculada sobre o valor original do bem. (Contabilidade Geral para Concurso Público. 
José Carlos Marion, Walter Nobuyuri Yamada, 2. Ed., São Paulo: Altas, 2010. p.219.). 
 
Valor depreciável 
É o custo de um ativo menos o seu valor residual. 
 Assim, no exemplo anterior, se fosse estimado um valor residual de $ 2.000, sendo a 
depreciação acumulada de 30%, teríamos: 
 ($ 12.000 - $ 2.000) x 30% 
6 
 
- Equipamentos $ 12.000 
 
- Depreciação acumulada $ 3.000.................... Valor contábil = $ 9.000 
 
Exemplificando valor contábil: 
Um veículo comprado por R$ 10.000,00, sendo sua depreciação de 20% ao ano, 
já foi depreciado por 3 anos, teremos: 
 
Custo de aquisição R$ 10.000,00 
Valor da depreciação R$ 6.000,00 
Valor contábil do bem R$ 4.000,00 
 
 
Exemplificando o valor residual: 
Um outro veículo comprado por R$ 10.000,00, sendo sua depreciação de 20% ao 
ano, já foi depreciado por 3 anos, e tem uma previsão de realização de R$ 1.000,00 ao 
final do seu período de depreciação. 
 
(+) Custo de aquisição R$ 10.000,00 
(-) Valor residual R$ 1.000,00 
(=) Base cálculo para calcular a depreciação R$ 9.000,00 
Valor da depreciação R$ 5.400,00 
Valor contábil do bem R$ 3.600,00 
 
Taxa Anual da Depreciação 
 Para cálculo da taxa anual de Depreciação é necessário estimar a vida útil do bem, 
isto é, quanto ele vai durar, levando em consideração as Causas Físicas (o uso, o desgaste 
natural e a ação dos elementos da natureza) e as Causas Funcionais (a inadequação e o 
obsoletismo, considerando o aparecimento de substitutos mais aperfeiçoados). 
 Então, a taxa de Depreciação Anual é estabelecida em função do prazo de vida 
útil do bem a depreciar. Assim, se um bem pode ter a duração de cinco anos, admite-se 
uma taxa anual de 20%, isto porque a taxa anual corresponde à divisão de 100% pelo 
número de anos do prazo de vida útil do bem. 
 Os prazos usualmente admitidos, bem como as respectivas taxas de depreciação, 
dos bens mais comuns em quase todo tipo de empresa são: 
 
Contas Vida útil estimada Taxas (% a.a) 
Computadores 5 anos 20% a.a 
Imóveis, exceto terrenos 25 anos 4% a.a 
Instalações 10 anos 10% a.a 
Móveis e Utensílios 10 anos 10% a.a 
Veículos 5 anos 20% a.a 
Fonte: Moura, Osni (2009, p. 239). 
 
 Antes do advento da Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007, que promoveu 
importantes alterações na Lei das Sociedades por Ações, era prática comum entre os 
contadores do Brasil, adotar os tempos de vida útil e respectivas taxas fixadas pela 
Secretaria da Receita Federal. A partir de 1º de janeiro de 2008, esse procedimento 
mudou. 
7 
 
No que tange à vida útil de um ativo, o CPC 27 – Ativo Imobilizado preconiza 
que ela é determinada em função do tempo em que a entidade espera que ele seja útil para 
suas operações. Por outro lado, a vida econômica de um bem, é o período em se espera 
que esse bem seja utilizado (que seja útil), independente do usuário. Entretanto, a 
entidade, por meio de sua política de gestão, pode considerar o uso do ativo por um 
período “X” e, após aliená-lo para outro usuário, para o qual esse ativo ainda terá utilidade 
(CPC, 2009, C). Diante disso, infere-se que a vida útil e a vida econômica de um bem 
nem sempre são iguais. 
 Inicialmente deve-se estimar um tempo de vida útil econômica para o bem, que 
poderáser baseado nos critérios anteriores, porém, periodicamente as empresas deverão 
efetuar análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado a fim de que 
sejam revisados e ajustados os critérios utilizados para a determinação da vida útil 
econômica estimada e para cálculo da depreciação. 
Depreciação de bens adquiridos usados 
Diante da incerteza de como determinar a vida útil de um bem adquirido usado, e 
consequentemente taxa anual de depreciação, é que a Instrução Normativa nº 103, de 
17/10/84, propõe que para determinação da taxa se passe a considerar como prazo de vida 
útil o maior entre os seguintes: 
a. metade do prazo de vida útil admissível para o bem adquirido novo; ou 
b. restante da vida útil do bem, considerada em relação à primeira instalação ou 
utilização. 
A opção “b” traz como fator limitante à necessidade de se saber a data de 
instalação ou início da utilização do bem em outra empresa, ou seja, quando começou a 
ser depreciado, o que nem sempre é possível. 
 Exemplo: 
No tocante à opção “a”, imaginemos que a empresa “ABC Ltda” tenha adquirido 
móveis usados; informações colhidas na empresa vendedora indicam que esses móveis já 
estavam em uso por seis anos, e que o prazo normal de depreciação desses móveis, caso 
fossem novos, seria de 10 anos, ou seja, a uma taxa norma de depreciação de 10% ao ano. 
Nesse caso, devemos tomar como base para cálculo da depreciação o previsto no item 
“a”, por ser a metade da vida útil do bem. Com isso, consideramos a vida útil de cinco 
anos, com uma taxa anual de 20%. 
Em outra hipótese, imaginemos que a empresa “ABC Ltda” tivesse adquirido 
móveis usados já em uso há quatro anos, e que o prazo normal de depreciação desses 
móveis, caso fossem novos, seria de 10 anos. Nesse caso, devemos tomar como base para 
cálculo da depreciação o restante da vida útil do bem, em relação à primeira instalação, 
pois como o bem tinha sido utilizado por quatro anos, o tempo a ser depreciado de seis 
anos é superior ao previsto na opção “a”. 
 
Métodos de Cálculo de Depreciação 
O reconhecimento da perda de capacidade de geração de caixa, comumente 
conhecida como depreciação, pode ser feito de diversas formas, entre as quais destacam-
se: 
 
a. método linear; 
b. método da soma dos anos da vida útil; 
c. método das unidades produzidas. 
 
a. MÉTODO LINEAR 
8 
 
Também conhecido como método das quotas constantes, é o mais utilizado devido 
a sua simplicidade no cálculo e por ser aceito pela legislação fiscal. Caracteriza-se pela 
utilização de quotas constantes ou iguais durante a vida útil do bem, sendo o custo 
distribuído em função do tempo. 
 
Exemplo: 
Custo dos Bens (Veículos) R$ 10.000,00 
Valor Residual R$ 2.000,00. 
Vida útil: 5 anos. 
Taxa anual de depreciação: 100% / 5 = 20% a.a. 
Pede-se: cálculo da depreciação anual com e sem valor residual. 
 
a. Cálculo sem valor residual 
20% x 10.000,00 = R$ 2.000,00 p/ ano 
 
b. Cálculo com valor residual 
20% x 8.000,00 = R$ 1.600,00 p/ ano 
 
Contabilização sem valor residual no 1º ano: 
D- Despesas c/ Depreciação...........................................................$ 2.000 
 C- Depreciação Acumulada de Veículos.......................................$ 2.000 
 
b. MÉTODO SOMA DOS ANOS DA VIDA ÚTIL OU MÉTODO DE COLE 
 A utilização deste método consiste em aplicar quotas de depreciação decrescentes 
em função da vida útil do bem. Esse método pressupõe a determinação de um 
denominador constante que é a soma dos algarismos dos anos da vida útil do bem. 
Imaginemos que determinado bem tenha a vida útil de cinco anos. Nesse caso, 
teremos: 1+2+3+4+5= 15 ou 5 (5+1) : 2 = 15. 
 O numerador da fração é o número de anos restantes da vida útil do bem 
multiplicado pelo custo do bem, menos o valor residual quando estimado. 
 
 
Exemplo: 
A entidade comprou um ativo imobilizado em 10/01/20X3 pelo valor de R$ 10.000, com 
valor residual estimado em zero e vida útil estimada em cinco anos. 
Ano Fração Valor depreciável Depreciação 
Anual 
1 5/15 10.000 3.333 
2 4/15 10.000 2.666 
3 3/15 10.000 2.000 
4 2/15 10.000 1.333 
5 1/15 10.000 668 
Total 10.000 
 
c. MÉTODO DAS UNIDADES PRODUZIDAS 
 Consiste em estipular a taxa de depreciação com base no número de unidades 
produzidas pelo bem no período. 
 A quota de depreciação a ser apropriada em cada período é resultado da divisão 
do número de unidades produzidas no período pelo número de unidades estimadas a 
serem produzidas pelo bem durante sua vida útil. 
9 
 
Exemplo: 
Suponhamos que uma determinada máquina industrial tenha sua capacidade máxima de 
produção estimada em 50.000 unidades. Considerando que no primeiro mês de operação 
produziu 200 unidades, veja como calcularemos a taxa de depreciação do respectivo 
período: 
Cálculo: 
50.000 unidades = 100% 
200 unidades = x 
 logo: 
200 x 100/50.000 = 0,4% 
ou 
Quota anual = __nº de unidades produzidas no período__ 
nº de unidades estimadas durante a vida útil 
 
Quota anual = 200/50.000 x 100 = 0,4% 
 
Exemplo: 
A entidade comprou um ativo imobilizado em 10/01/20X3 pelo valor de R$ 10.000, com 
valor residual estimado em zero. A entidade estimou que esse bem produziria 8.000 
unidades durante toda a sua vida útil e em 20x3 esse ativo imobilizado produziu 1.500 
unidades. 
Custo do bem 10.000 
Valor residual (0) 
Valor depreciável 10.000 
Quantidade estimada de unidades que o bem produziria toda a sua 
vida útil 
:8.000 
Quantidade de unidades produzidas pelo bem em 20x3 x1.500 
Depreciação de 20x3 1.875 
 
Nessa metodologia a depreciação reflete o nível de produção do ativo imobilizado. 
A depreciação do imobilizado administrativo é debitada em despesa de depreciação 
diretamente no resultado do exercício e a depreciação do imobilizado utilizada na 
produção de produtos é debitada como custo de fabricação diretamente no estoque (Ativo) 
de produtos em elaboração. 
 
Depreciação Acelerada 
 As taxas de depreciação que eram fixadas pela Legislação do Imposto de Renda 
são para uma jornada normal de trabalho (turno de 8 horas). Portanto, quando ocorre a 
adoção de dois ou três turnos de 8 horas, quanto aos bens móveis comprovadamente 
utilizados, poderão ser adotados os coeficientes de aceleração de 1,5, quando são dois 
turnos. Isto porque é admissível que o uso do bem reduzirá a sua vida útil. 
 Assim, se a empresa está trabalhando em dois e três turnos, a taxa de Depreciação 
será: 
Bem Taxa Normal x Coeficiente Taxa 
Acelerada 
Turno 
Máquinas 10% x 1,5 15% 2 
Ferramentas 20% x 1,5 30% 2 
Máquinas 10% x 2,0 20% 3 
Ferramentas 20% x 2,0 40% 3 
 
10 
 
Depreciação de edificações 
As seguintes normas devem ser observadas, com relação à depreciação de edifícios e 
construções: 
a) a depreciação deve ser registrada a partir da conclusão da obra e do início da 
utilização do bem; 
b) o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do 
terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial. 
c) Não é admitida a depreciação: 
 - terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções; 
- prédios ou construções alugados nem utilizados pelo proprietário na 
produção dos seus rendimentos ou que sejam destinados à revenda; 
- bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como as obras 
de arte e as antiguidades; 
- bens para os quais haja registro de exaustão. 
 
Outras informações importantes sobre depreciação 
 Quando a depreciação acumulada atingir 100% do valor do bem (custo de 
aquisição) e estando o referido bem ainda em uso na empresa, não haverá mais cálculo 
nem contabilização dedepreciação desse bem, permanecendo na contabilidade o bem 
pelo valor original e a conta Depreciação Acumulada por valor idêntico, até que 
baixado. A contabilização da baixa do bem do Imobilizado é feita debitando-se a conta 
Depreciação Acumulada e creditando-se a conta que registra o respectivo bem. A baixa 
de bens do Imobilizado se dá por alienação (venda), doação, troca, perecimento, sinistro 
e furto. 
 Os gastos com manutenção e reparos só devem ser integrados ao Imobilizado 
(somados ao item que sofreu a manutenção e reparo se, e somente se, tal manutenção 
aumentar a vida útil do bem). Caso contrário, os gastos com a manutenção devem 
reconhecidos como despesa do período em que foram incorridos. 
 Reavaliação de bens do Ativo Imobilizado consiste em atribuir novos valores, em 
que o bem e o valor acrescido é a diferença entre o valor reavaliado e o registrado 
contabilmente. A reavaliação é procedimento espontâneo da entidade e deverá obedecer 
a determinados preceitos legais para ter validade jurídica. 
 A Lei nº 11.638/07 prevê a substituição do conceito de Reserva de Reavaliação 
pelo conceito de Ajustes de Avaliação Patrimonial, admitindo ajustes de valores que 
reduzem ativos (valores negativos), enquanto o conceito de Reserva de Reavaliação só 
admite valores positivos. O artigo 5º da Lei nº 11.638/07 prevê a possibilidade de a 
empresa manter os saldos existentes nas reservas de reavaliação até a sua efetiva 
realização, caso não foram estornados em 2008. 
 
2.3.2 Exaustão 
Conceito 
 Exaustão é o nome que se dá ao esgotamento dos recursos naturais, esgotamento 
esse que tem origem na extração com finalidade econômica. Nesse tópico, o assunto será 
tratado sob dois enfoques, a saber: 
a. exaustão de recursos minerais; e 
b. exaustão de recursos florestais. 
 
 As taxas anuais são calculadas pela relação percentual entre a extração de cada 
período e o volume total estimado (possança) da reserva natural. 
11 
 
 Outra forma de cálculo das taxas de exaustão é com base no prazo (contratual) da 
concessão (quando há uma concessão do governo). 
 
Exaustão de Recursos Minerais 
De acordo com os arts. 271 a 274 do RIR/94, pode-se computar como custo ou 
encargo, em cada exercício, a importância correspondente à diminuição do valor dos 
recursos minerais, resultante de sua exploração. 
 A quota anual de exaustão será determinada como base no custo de aquisição e 
corrigida monetariamente, entendendo-se, assim, que o tratamento é o mesmo adotado 
pelo procedimento de cálculo da depreciação. 
 
Determinação da Quota 
 A quota de exaustão será determinada tomando-se por base o seguinte: 
a. pelo volume da produção do ano; ou 
b. em função do prazo de concessão. 
 
a) PELO VOLUME DA PRODUÇÃO DO ANO 
Nesse caso, considera-se como parâmetro para a determinação da exaustão a 
quantidade explorada no período, em função do total previsto para a jazida. A título de 
exemplo, imaginemos a seguinte situação: 
a. custo da mina.................................................................................... 120.000,00 
b. capacidade de exploração total.......................................................... 10.000 t 
c. exploração anual prevista..................................................................... 2.000 t 
d. prazo de término da concessão............................................................ 5 anos. 
 
Supondo que a exploração do primeiro ano fosse de 2.500 t, teríamos: 
Cálculo da taxa de exaustão do período: 
2.500 t (exploração do período) / 10.000 t (capacidade de exploração total) x 100 = 25%. 
Cálculo da exaustão do período: 
% da capacidade total explorada x custo da jazida. 
25% x 120.000,00 = $ 30.000,00 (exaustão do período). 
 
b) EM FUNÇÃO DO PRAZO DE CONCESSÃO 
Quando a produção for inferior à capacidade anual prevista, a exaustão será 
determinada em função do prazo de concessão. 
 Aproveitando os dados do exemplo anterior, imaginemos que a exploração anual 
não tenha atingindo as 2.000 t previstas, ou seja, tenham sido retiradas apenas 1.500 t. 
Nesse caso, o parâmetro para o cálculo da exaustão será o prazo para o término da 
concessão, isto é, 20% a.a. Dessa forma, a quota de exaustão do período será de $ 
120.000,00 x 20% = $ 24.000,00. 
 
Exaustão de Recursos Florestais 
 A importância correspondente à diminuição do valor dos recursos florestais, 
resultante de exploração, será computada como custo ou encargo do exercício em que 
ocorrer tal exploração. 
 Para determinar a quota de exaustão, toma-se como parâmetro o custo de 
aquisição ou de plantio dos recursos florestais, devendo-se também avaliar a dimensão da 
floresta a ser explorada ou o prazo do contrato de exploração. 
 
Determinação da Quota 
12 
 
 Para cálculo da quota de exaustão serão observados os seguintes critérios: 
a. Quando se tratar de floresta natural, em que seja impossível a 
contagem das árvores existentes, pode-se calcular a quota pelo 
percentual de exploração em relação ao volume total da floresta. 
 
Exemplo: 
Numa área florestal correspondente a 100 hectares, que no final do exercício ou período-
base, teve-se a área de 25 hectares utilizada na exploração, tem-se consequentemente um 
percentual de exploração sobre o volume total da floresta de 25%. E esse será o percentual 
a ser aplicado sobre o valor da floresta registrado no ativo no início do exercício. 
a. Quando se tratar de florestas plantadas, onde existe a possibilidade de se fazer a 
contagem das árvores existentes, toma-se por base o percentual da quantidade de 
árvores extraídas no decorrer do exercício em relação à quantidade total de árvores 
que existia no início do período. 
 
Exemplo: 
Numa área de floresta onde foram plantadas 5.000 árvores e cortadas no decorrer do 
exercício 1.000, conclui-se que o percentual de corte de árvores em relação ao total 
existente no início do exercício é de 20%. 
 
Forma de Contabilização: 
D- Despesa de Exaustão 
 C- Exaustão Acumulada 
Nos anos seguintes, a taxa será calculada com base no que foi extraído durante o 
ano (ou mês). No final do ano, a conta Despesa de Exaustão é encerrada, tal que foi 
explicado no tópico referente à Depreciação. 
 
Redução ao Valor Recuperável (Impairment) 
 O teste de impairment é um teste para avaliar a PERDA de recuperabilidade dos 
benefícios econômicos futuros que um ativo irá gerar para entidade. Assim, se o valor 
recuperável exceder o contábil, não há que se falar em ajustes. Aumentar o valor contábil 
constitui uma Reavaliação e este procedimento foi proibido pela Lei 11.638/2007. 
 O objetivo do Teste de Impairment é estabelecer procedimentos para garantir que 
os ativos de uma entidade não sejam registrados por um valor superior aquele que pode 
ser recuperado pela geração de benefícios ou alienação. Isto é, objetiva que os ativos 
estejam contabilizados dentro do limite dos valores correspondentes ao seu retorno 
econômico esperado. Logo, o impairment test, visa mensurar a capacidade de retorno 
financeiro dos ativos de longa duração (permanentes), permitindo adequar a capacidade 
de geração de benefícios que o bem possui ao seu valor contábil. 
As empresas são dinâmicas e os gestores podem mudar a utilização de seus ativos, 
na busca de melhores desempenhos, ou em função de adequação a novas realidades 
econômicas ou sociais. Portanto, não tem sentido reconhecer inicialmente um ativo ao 
seu valor de custo e mantê-lo reconhecido até o fim de sua vida útil por esse valor, 
obviamente reduzido de sua depreciação ou amortização, sem um acompanhamento da 
alteração de seu uso pelos gestores. No momento de aquisição ou formação de um ativo, 
o gestor racional decide investirnele quando o valor presente líquido (VPL) dos fluxos 
de caixa esperados para esse ativo é positivo. No entanto, mudanças no plano de utilização 
do ativo ocasionam um VPL diferente do inicial. Portanto, a empresa deve verificar se o 
novo VPL, que é o valor esperado de recuperação pelo uso desse ativo, é superior ao valor 
13 
 
contábil líquido no momento da alteração. Caso não seja, este deverá ser baixado até o 
valor recuperável. 
 
3 ATIVO INTAGÍVEL 
3.1 CONCEITO 
 Pelo texto da Lei das Sociedades Anônimas: “amortização é a perda de valor de 
capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e 
quaisquer outros, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam 
bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado”. 
A amortização é a perda do valor dos bens intangíveis. 
Os ativos intangíveis são aqueles que não têm existência física, ou seja, não se 
pode tocar, mas tem valor econômico e são direitos da Entidade. As normas contábeis de 
ativos intangíveis estão previstas no CPC 04. 
Exemplos: 
Direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder 
Público, Marcas e Patentes, Softwares e o fundo de comércio adquirido. 
 
Os bens sujeitos à amortização estão classificados no Ativo Não-Circulante – 
Intangíveis. 
 Na fase de desenvolvimento de projeto interno, a entidade pode em alguns casos 
identificar um ativo intangível e demonstrar que este gerará prováveis benefícios 
econômicos futuros, uma vez que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais 
avançada do que a fase da pesquisa. 
 Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativa de 
adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico. Os gastos com pesquisa 
devem ser reconhecidos de imediato como despesa na demonstração do resultado quando 
incorridos. 
 Durante a fase de pesquisa de projeto interno a entidade não está apta a demonstrar 
a existência ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. 
Portanto, tais gastos devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos, devendo 
ser contabilizados da seguinte forma: 
D – Despesas c/ Pesquisa (Conta de Resultado)..........................xxx 
C – Banco c/ Movimento (Conta de AC)........................................xxx 
São exemplos de atividades de pesquisa: 
a) as destinadas à obtenção de novo conhecimento; 
b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou 
outros conhecimentos; 
c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas 
ou serviços; e 
d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para 
materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou 
aperfeiçoados. 
 
Desenvolvimento é aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros 
conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de materiais, dispositivos, 
produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou substancialmente aprimorados, antes 
do início da sua produção comercial ou do seu uso. São gastos efetuados, quando a 
entidade tem a convicção de que o projeto vai dar certo e gerará benefícios econômicos 
futuros. 
14 
 
 Os custos da fase de desenvolvimento de um projeto interno devem ser 
reconhecidos como ativo intangível quando a empresa puder demonstrar que cumpriu 
com todas as exigências do CPC 04. 
 Durante a fase de do desenvolvimento de um projeto interno, a entidade pode, em 
alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que este gerará prováveis 
benefícios econômicos futuros, já que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais 
avançada do que de pesquisa. 
 A entidade poderá contabilizar os gastos incorridos no ativo intangível, conforme 
demonstrado abaixo: 
D – Intangível (ANC).............................xxx 
C – Banco c/ Movimento (AC)...............xxx 
 
São exemplos de atividades de desenvolvimento: 
a) projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou pré-
utilização; 
b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova 
tecnologia; 
c) projeto, construção e operação de fábrica piloto, desde que já não esteja em escala 
economicamente viável para produção comercial; e 
d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos, 
produtos, processos, sistemas e serviços novos ou aperfeiçoados. 
A vida útil de ativo intangível deve levar em consideração apenas a manutenção futura 
exigida para mantê-lo no nível de desempenho avaliado no momento da estimativa de sua 
vida útil e capacidade e intenção da entidade para atingir tal nível. 
 
3.1.1 Amortização do Intangível 
Os ativos intangíveis devem ser amortizados quando houver característica 
contratual ou legal que apresente efetivamente o tempo (prazo) de uso. 
No âmbito fiscal, para fins de Imposto de Renda, o RIR/99, art. 327 destaca que 
o intangível poderá ser amortizado da seguinte forma: 
a. o número de anos restantes de existência do direito (Lei nº 
4.506/64, art. 58); 
b. o número de períodos de apuração em que deverão ser usufruídos 
os benefícios decorrentes das despesas registradas no ativo diferido. 
 
O CPC 04, que trata sobre Ativo Intangível, determina em seu item 88 normas 
relativas a avaliação da sua vida útil e consequentemente a sua amortização. Assim o 
Ativo Intangível deverá ser classificado da seguinte forma: 
a. Se o item do Ativo Intangível tiver vida útil indefinida, este não 
deverá ser amortizado; 
b. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado. 
c. 
O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida está disposto, no 
item 97da NBC TG 04, o valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida 
deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A 
amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para 
uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa 
funcionar da maneira pretendida pela administração. 
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido 
para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda, de 
15 
 
acordo com a NBC TG 31, que trata desse tema, ou, ainda, na data em que ele é baixado, 
o que ocorrer primeiro. O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo 
pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse 
padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. A despesa de amortização 
para cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser que outra norma contábil 
permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo. 
 
Amortização e sua contabilização 
 A contabilização da amortização é bastante simples, e, a título de exemplo, 
imaginemos a seguinte situação: 
 
Exemplo: 
A empresa ABC Ltda, incorreu na contratação de direitos autorais no valor de $ 1.200,00, 
cuja amortização está prevista para um período de cinco anos. 
a. Cálculo da amortização mensal 
a.1. valor a ser amortizado......................................................$ 1.200,00 
a.2. número de meses............................................................. 60 
 $ 1.200,00 / 60 = $ 20,00 
Contabilização 
D- Despesas c/ Amortização (Conta de Resultado) ..................................................$ 20,00 
C- Amortização Acumulada de Direitos Autorais (Conta Redutora do Ativo) ......$20,00. 
 
Efeitos da Amortização 
 Os efeitos são semelhantes aos da Depreciação, porém, são usadas contas próprias. 
 
Exemplo: 
“Despesas deAmortização” e “Amortização Acumulada”. Cabem, aqui, as mesmas 
considerações que foram feitas a respeito da Depreciação Acumulada referente a uma 
conta retificadora do Ativo, diminuindo o saldo do valor original até o limite do mesmo, 
corrigido monetariamente, ou mesmo reavaliado. 
 Não confundir Amortização de Intangível (a perda do valor do Ativo Intangível, 
contabilizadas como despesa) com Amortização de Financiamento (pagamentos de 
parcelas de dívidas). 
 
4 EXERCÍCIOS – ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
4.1 Coloque “V” se afirmativa for Verdadeira e “F” se for Falsa: 
a. ( ) Amortização corresponde à perda de capitais aplicados em ativos intangíveis. 
b. ( ) As novas depreciações deverão ser apuradas com base na vida útil dos ativos, e 
não mais com base nas taxas fiscais. 
c. ( ) Obras de Arte sofrem depreciação. 
d. ( ) São contas pertencentes/registradas no subgrupo Ativos Intangíveis: licenças, 
patentes, marcas, direitos autorais, arrendamento mercantil financeiro. 
e. ( ) A redação atual da Lei Societária estabelece que o Ativo, no Balanço Patrimonial, 
terá as contas dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas 
registrados no grupo do Ativo Circulante e do Ativo Não Circulante. Estabelece, ainda, a 
composição do Ativo Não Circulante por Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, 
Imobilizado e Intangível. Considerando-se os Intangíveis gerados internamente, os gastos 
incorridos na fase de pesquisa devem ser classificados como: despesa reconhecida no 
resultado do exercício em que o gasto ocorreu. 
16 
 
f. ( ) Na compra de bens usados, a taxa de depreciação a ser utilizada será fixada com 
base na metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo ou no restante da vida 
útil do bem e será a menor das duas. 
g. ( ) Em relação a bens móveis utilizados em dois turnos de 8 horas, a taxa admissível 
de depreciação será o dobro da taxa para um turno de operação. 
h. ( ) A quota de depreciação pode ser contabilizada a partir da época em que o bem é 
instalado, posto em serviço ou em condições de produzir. 
i. ( ) A contabilização do ativo intangível baseia-se na sua vida útil e, consequentemente, 
um intangível com vida útil definida deve ser amortizado periodicamente, o que se aplica 
nos casos de intangíveis com vida útil indefinida. 
j. ( ) Uma operação de arrendamento mercantil efetuada por prazo de cinco anos, na qual 
identifica-se a transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto 
do contrato, cuja propriedade será transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá 
ser registrada: em conta de Imobilizado. 
 
4.2 A Cia Tudo Novo, adquiriu os seguintes ativos imobilizados em maio de 19x1: 
 
- Veículos, no valor de $ 50.000, com uma taxa anual de depreciação de 20% a.a; 
- Móveis e Utensílios, no valor de $ 45.000 e Máquinas e Equipamentos, no valor de $ 
78.000, ambos com uma taxa anual de depreciação de 10%a.a; 
Pede-se: 
a) Qual o valor da despesa dedutível a ser contabilizada em 31/12/19x1? 
b) Efetuar as respectivas contabilizações. 
 
4.3 A empresa ABC Ltda. possui uma máquina industrial que opera em dois turnos 
diários, perfazendo um total de 16 horas. Em função do desgaste (mais de um turno 
de trabalho), o contador da empresa efetuou a depreciação acelerada. Nesse sentido, 
solicitamos a você que nos auxilie no cálculo e na contabilização da depreciação do 
referido bem em 31/12, na qual deve como valor de aquisição $ 45.000,00, com taxa 
de depreciação 10% a.a. 
 
4.4 A Cia. X adquiriu, em janeiro de 2002, o direito de uso de um processo de extração 
de minério, por R$ 50.000,00, pelo prazo de 5 anos. No mesmo mês e ano, adquiriu uma 
mina, cujo deposito de minério foi estimado em 348.000 toneladas, tendo custado R$ 
600.000,00. Sabendo-se que a Companhia registra as provisões para retificação de ativo 
uma vez por ano, por ocasião de encerramento do exercício social, pede-se: 
a) Determinar o valor e contabilizar a amortização do direito de uso do processo no 
primeiro ano de operações; 
b) Supondo que no primeiro ano a Cia. extraiu da mina 87.000 toneladas de minério, 
determinar o valor e contabilizar a exaustão do exercício. 
 
5.1 QUESTÕES DO EXAME DE SUFICIÊNCIA E CONCURSO PÚBLICO 
 
EXAME DE SUFICIÊNCIA (Questão 22) Bacharel em Ciências Contábeis (2012_2) 
Questão 1 - Uma prefeitura estabeleceu que seus bens seriam depreciados pelo método 
da soma dos dígitos. No dia 2.1.2009,foi adquirida e colocada em funcionamento uma 
máquina nova para recuperação de estradas no valor deR$45.000,00, com vida útil de 10 
anos. 
17 
 
Considerando como base apenas a depreciação, o valor da Depreciação Acumulada e do 
Valor Líquido Contábil, será de, respectivamente: 
a) R$22.090,91 e R$22.909,09 no final do 8º ano. 
b) R$27.818,18 e R$17.181,82 no final do 3º ano. 
c) R$32.727,27 e R$12.272,73 no final do 5º ano. 
d) R$36.818,18 e R$8.181,82 no final do 7º ano. 
 
EXAME DE SUFICIÊNCIA(Questão 20) Bacharel em Ciências Contábeis (2013_1) 
Questão 2. O Ativo Imobilizado de uma determinada repartição pública estava assim 
constituído em 31.12.2011: 
Itens Custo de 
Aquisição 
Vida 
útil 
Valor 
Residual 
Depreciação 
Acumulada 
Veículos R$60.000,00 4 anos R$12.000,00 R$36.000,00 
Máquinas e 
Equipamentos 
R$150.000,00 10 
anos 
R$20.000,00 R$39.000,00 
Móveis e Utensílios R$20.000,00 10 
anos 
R$2.000,00 R$5.400,00 
Instalações R$150.000,00 15 
anos 
R$15.000,00 R$27.000,00 
Total R$ 380.000,00 R$ 107.400,00 
 
No decorrer do ano de 2012, não houve novas aquisições e nem baixas e não foram 
alterados os critérios de vida útil e valor residual. 
Considerando as informações fornecidas, o valor contábil do Ativo Imobilizado 
apresentado no Balanço Patrimonial em 31.12.2012 é de: 
a) R$143.200,00. 
b) R$230.600,00. 
c) R$236.800,00. 
d) R$239.500,00. 
 
EXAME DE SUFICIÊNCIA (Questão 33) Bacharel em Ciências Contábeis (2013_1) 
Questão 3 - Uma sociedade empresária adquiriu uma máquina, no dia 14.6.2012, por 
R$190.000,00. Para deixar a máquina em condições de produzir, arcou ainda com gastos 
de R$12.000,00 referentes à instalação, concluída em 31.7.2012. Em1º.8.2012, a máquina 
estava em condições de funcionamento e, em 1º.10.2012, começou a ser utilizada na 
produção. A empresa estima que a vida útil da máquina é de oito anos e utilizará o método 
das quotas constantes para cálculo da depreciação. O valor residual estimado para a 
máquina é de R$10.000,00. 
De acordo com a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, ao final do ano de 2012, o saldo da 
conta Depreciação Acumulada relativo à máquina será de: 
a) R$5.625,00. 
b) R$6.000,00. 
c) R$9.375,00. 
d) R$10.000,00.

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