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[Resumo] Embrio - Desenvolvimento do sistema cardiovascular

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Embriologia Raul Bicalho – Turma 103 
 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR / Prof. Marcos 
 
 Introdução: 
 Primeiro sistema a funcionar no embrião 
 Surge no meio da terceira semana 
 Desenvolvimento precoce, visto que há aumento das demandas de oxigênio e nutrientes por conta do 
rápido crescimento do embrião 
 Necessidade de um método mais eficiente do que a difusão 
 
 Origem do sistema cardiovascular: 
 Mesoderma esplâncnico (forma o primórdio do coração) 
 Mesoderma paraxial, lateral e faríngeo 
 Células da crista neural 
 
 
Embriologia Raul Bicalho – Turma 103 
 
 
 Organização e localização do coração: 
 A princípio o coração primitivo é mais anterior e superior à membrana orofaríngea 
 Com o dobramento do embrião, o coração vai ficando numa posição mais inferior e anterior no corpo, 
inferiormente à membrana orofaríngea 
 
 Desenvolvimento inicial do coração e vasos: 
 Aparecimento de um par de cordões endoteliais – os cordões angioblásticos – no mesoderma cardiogênico 
(esplâncnico) (3ª semana) 
 Canalizam-se para formar dois tubos cardíacos delgados 
 Com o dobramento lateral do embrião, os tubos endocárdicos cardíacos se fundem para formar um único 
tubo cardíaco 
 A fusão dos tubos se estende em direção craniocaudal. 
 Com a formação do tubo cardíaco é possível identificar: A geleia cardíaca (tecido conjuntivo 
frouxo/gelatinoso que dará origem ao endocárdio, revestimento endotelial interno do coração), o 
miocárdio (formado pelo mesoderma esplâncnico que circunda a cavidade pericárdica) e o mesocárdio 
dorsal (prega que conecta o coração à parede dorsal, depois degenera deixando o coração teoricamente 
“livre” na cavidade pericárdica, visto que ainda é suspenso pelos vasos aferentes e eferentes) 
 
Embriologia Raul Bicalho – Turma 103 
 
 Desenvolvimento das estruturas: 
 Tubo endotelial: Torna-se o endocárdio (revestimento interno endotelial do coração) 
 Miocárdio primitivo: Torna-se o miocárdio (parede muscular do coração) 
 Células mesoteliais que surgem da superfície externa do seio venoso: Tornam-se o epicárdio (pericárdio 
visceral) 
 
 Formação da alça cardíaca: 
 O coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas, ficando dividido em 5 partes: 
 Tronco arterioso (extremidade cranial): Formará a Aorta e o Tronco pulmonar. 
 Bulbo cardíaco: Formará o ventrículo direito, Aorta e Tronco Pulmonar 
 Ventrículo: Formará o ventrículo esquerdo 
 Átrio primitivo: Formará a maior parte dos átrios 
 Seio venoso (extremidade caudal): Formará a veia cava superior e parte do átrio direito 
 O tronco arterioso (extremidade cranial) é contínuo com o saco aórtico do qual as artérias dos arcos faríngeos 
surgem. Já o seio venoso (extremidade caudal) é fixado pelo septo transverso. 
 O coração tubular sofre um giro para a direita (giro destro) formando uma alça em forma de U que resulta 
em um coração com o ápice voltado para a esquerda. À medida que o coração se dobra, o átrio e o seio venoso 
se tornam dorsais/posteriores ao tronco arterioso, bulbo cardíaco e ventrículo. 
 Parte cranial: dobramento ventral, caudal, para a direita 
 Átrio (caudal): dobramento dorsocranial para a esquerda 
 
Embriologia Raul Bicalho – Turma 103 
 
 Circulação no coração primitivo/Circulação no embrião que não passou ainda pelo processo de septação do 
canal atrioventricular: Inicialmente, a circulação pelo coração primitivo é do tipo fluxo e refluxo; entretanto, 
ao final da quarta semana, contrações coordenadas do coração resultam em um fluxo unidirecional. O sangue 
entra no seio venoso a partir do embrião (através das veias cardinais comuns), da placenta em 
desenvolvimento/saco coriônico (através das veias umbilicais) e da vesícula umbilical (através das veias 
vitelinas). 
 
 
 
 
 Seio venoso: 
 O seio venoso é o polo venoso do coração primitivo recebendo o sangue drenado do embrião e se divide 
em corno direito e corno esquerdo. Em cada corno do seio venoso chega 1 veia cardinal comum, 1 veia 
umbilical e 1 veia vitelínica 
 
 Na oitava semana do desenvolvimento, forma-se uma anastomose entre as veias cardinais anteriores 
esquerda e direita, resultando na formação da veia braquiocefálica esquerda desviando o fluxo sanguíneo 
do lado esquerdo para o lado direito, levando a degeneração da parte caudal da veia cardinal anterior 
esquerda. 
 A veia cardinal anterior direita e a veia cardinal comum direita darão origem a veia cava superior (VCS) 
 Com o aumento do aporte sanguíneo da placenta, há a formação de uma comunicação entre a veia 
umbilical esquerda e a veia cava inferior, chamado de ducto venoso, possibilitando a passagem direta do 
sangue oxigenado por dentro do fígado chegando ao coração 
 A veia vitelínica esquerda regride enquanto a veia vitelínica direita forma a maior parte do sistema porta 
hepático e parte da veia cava inferior 
 Relação da alteração do seio venoso com a formação do átrio direito: O seio venoso inicialmente se abre na 
parede dorsal do átrio primitivo e se divide em corno direito e corno esquerdo, onde chegam as veias. A 
formação de duas anastomoses, uma a partir da transformação das veias vitelinas e umbilicais, e outra com 
a formação da veia braquiocefálica, faz com que o corno direito do seio venoso receba uma grande 
quantidade de sangue resultando no aumento significativo do seu tamanho, e fazendo com que o orifício 
sinoatrial se desloque para a direita se abrindo na região do átrio primitivo que dará origem ao átrio direito 
adulto, ou seja, o corno direito do seio venoso incorpora-se à parede do átrio direito, formando sua parede 
lisa 
Seio venoso  Átrio primitivo  Canal atrioventricular  Ventrículo primitivo  
Bulbo cardíaco  Tronco arterioso  Saco aórtico  Artérias dos arcos faríngeos 
 Aorta dorsal  Distribuição pelo embrião, placenta e vesícula umbilical 
Embriologia Raul Bicalho – Turma 103 
 
 O restante da superfície interna anterior da parede atrial e a bolsa muscular cônica, a aurícula direita, 
possuem uma aparência trabeculada e rugosa, visto que é derivada diretamente do átrio primitivo 
 O corno esquerdo diminui de tamanho originando o seio coronário, que irá drenar o sangue através das 
veias coronárias 
 
 
 Septação do coração primitivo: 
 A divisão do canal atrioventricular, átrio primitivo, ventrículo e trato de saída de fluxo ocorrem 
simultaneamente 
 Septação do canal atrioventricular: 
 Tem início com a formação dos coxins endocárdios (massas de tecido da geleia cardíaca), nas paredes 
ventral e dorsal do canal atrioventricular 
 Os coxins endocárdicos são invadidos por células mesenquimais levando a um aumento de tamanho 
destes, resultando na sua aproximação e consequente fusão, dividindo o canal atrioventricular em canais 
atrioventriculares direito e esquerdo 
 
 
Embriologia Raul Bicalho – Turma 103 
 
 Septação do átrio primitivo: 
 Resulta na formação do átrio direito e no átrio esquerdo 
 Tem início com o surgimento do septo primário – septum primum. O septo primário se forma no teto 
do átrio primitivo, e se desenvolve em um movimento descendente, em direção aos coxins endocárdicos 
que estão se fusionando 
 Neste momento, o espaço entre o septo primário descendente e o coxin endocárdico forma o forame 
primário – foramen primum, que é uma comunicação temporária entre os dois átrios em formação 
 O septo primário vai crescendo e se fusiona com o coxin endocárdio fechando o forame primário e 
resultando no septo atrioventricular primitivo. No entanto, parte do septo primário (mais superior) sofre 
apoptose formandouma segunda comunicação entre os átrios direito e esquerdo, o forame secundário 
– foramen secundum 
 Imediatamente ao lado do septo primário, haverá a formação do septo secundário – septum secundum, 
que consiste em uma membrana muscular espessa, que também se desenvolve em um movimento 
descendente, recobrindo gradualmente o forame secundário, porém sem o fechar 
 Desta forma, o forame secundário dará origem ao forame oval, e o septo primário aderido aos coxins 
endocárdicos formará a valva do forame oval, impedindo o refluxo do sangue do átrio esquerdo para o 
átrio direito 
 Após o nascimento, o forame oval se fecha funcionalmente devido à pressão do sangue ser mais alta no 
átrio esquerdo do que no átrio direito. Aproximadamente aos 3 meses de idade, a valva do forame oval 
se fusiona com o septo secundário, formando a fossa oval 
 
Embriologia Raul Bicalho – Turma 103 
 
 Diferença adicional dos átrios: Enquanto o átrio direito primitivo aumenta de tamanho pela incorporação 
do corno direito do seio venoso, o átrio esquerdo primitivo também está se expandindo. Inicialmente, 
uma única veia pulmonar embrionária se desenvolve como uma protuberância da parede atrial 
esquerda posterior, logo à esquerda do septo primário. Essa veia adquire conexão com as veias dos 
brotos pulmonares em desenvolvimento. Com o decorrer do desenvolvimento, a veia pulmonar e suas 
4 ramificações são incorporadas ao átrio esquerdo, formando a grande parte da parede lisa do átrio 
adulto 
 Septação do ventrículo: 
 Dá-se em movimento ascendente, do assoalho do ventrículo em direção ao coxin endocárdio, a partir de 
uma massa muscular denominada septo interventricular 
 Inicialmente este septo cresce por adição de miócitos vindos dos ventrículos esquerdo e direito em 
formação. Porém, mais tarde haverá a proliferação ativa dos mioblastos do septo 
 Até a sétima semana do desenvolvimento, entre a borda livre do septo e o coxin endocárdico fusionado 
haverá um espaço denominado de forame interventricular, possibilitando a comunicação entre os dois 
ventrículos 
 O fechamento do forame interventricular e a formação da parte membranácea do septo interventricular 
resultam da fusão de tecidos de três origens: a crista bulbar direita, a crista bulbar esquerda e o coxim 
endocárdico 
 Após estes eventos, o tronco pulmonar está em comunicação com o ventrículo direito e a aorta se 
comunica com o ventrículo esquerdo 
 
 A cavitação das paredes ventriculares forma uma trama esponjosa de feixes musculares – as trabéculas 
cárneas. Alguns desses feixes formam os músculos papilares e as cordas tendíneas 
 
 Formação das valvas cardíacas: 
 As válvulas atrioventriculares (valvas tricúspide e mitral) são desenvolvidas através da proliferação de 
tecido em torno dos canais atrioventriculares 
 As válvulas semilunares se desenvolvem a partir de três proliferações do tecido subendocárdico em torno 
dos orifícios da aorta e do tronco pulmonar, sendo remodeladas e cavitadas para formar três cúspides de 
parede delgada 
 
Embriologia Raul Bicalho – Turma 103 
 
 Septação do bulbo cardíaco e do tronco arterioso: 
 Durante a quinta semana do desenvolvimento, a proliferação ativa de células mesenquimais nas paredes 
do bulbo cardíaco resulta na formação de cristas bulbares. 
 Estruturas semelhantes se formam no tronco arterioso, as cristas troncais, que são contínuas com as cristas 
bulbares 
 À medida que as células da crista neural migram através da faringe primitiva para alcançarem as cristas, 
estas sofrem uma rotação de 180° em espiral, e quando as cristas se fusionam formam o septo aórtico-
pulmonar 
 Este septo divide o bulbo cardíaco e o tronco arterioso em dois canais arteriais, a parte ascendente da aorta 
e o tronco pulmonar 
 Devido à espiralização do septo aórtico-pulmonar, o tronco pulmonar gira ao redor da parte ascendente da 
aorta

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