Buscar

modalidade de inventario judicial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE 4
SEÇÃO 2 E 3
SEÇÃO 2
Modalidades de Inventário
Podemos dizer que as modalidades de inventário são definidas em razão da presença ou não de herdeiros incapazes, do consenso entre eles e de testamento. Portanto, a depender da constatação de cada um desses fatores, ter-se-á um procedimento adequado, que poderá ser facultativo ou obrigatório. 
Inventario judicial: chamado de solene ou ordinário, por estar revestido de uma série de solenidades previstas nos artigos 610 a 658 do Código de Processo Civil, será adequado quando houver conflito entre os herdeiros e sobre a partilha (apesar de ser admitido também caso haja consenso entre as partes). Mas, apesar de seu aspecto litigioso, o inventário judicial ainda guarda a finalidade administrativa de arrecadação do acervo hereditário, tratando, assim, apenas de questões patrimoniais.
a) Prazo: o legislador determina que o inventário deverá ser aberto no prazo de dois meses e finalizado nos 12 meses subsequentes;
 b) Competência: será no último domicílio do falecido, conforme art. 1.785 do Código Civil, devendo ser observadas as condições específicas previstas no art. 48 do referido Código. 
 c) Recolhimento do imposto de transmissão causa mortis: Identificados os bens que serão inventariados, dá-se vista à Fazenda Pública para se manifestar sobre os valores atribuídos aos bens, pelos herdeiros ou inventariante, que servirão de base de cálculo para o imposto (art. 629). 
d) Avaliações: não havendo consenso sobre os valores atribuídos aos bens, é possível ser determinada, pelo juiz, a realização da avaliação dos bens (art. 634). 
e) Últimas declarações: após todas as manifestações dos interessados, o inventariante deve apresentar as últimas declarações (art. 636), que se revelam na peça processual própria para que haja a exposição das últimas informações eventualmente necessárias para desfecho do inventário. 
f) Partilha: resolvidas todas as controvérsias, o juiz homologará ou julgará a partilha (art. 651, 652, 654), determinando a expedição do formal de partilha, que será título hábil a promover o registro da transmissão dos bens herdados para os sucessores.
Arrolamento: revela-se em um procedimento de jurisdição voluntária que visa à redução de atos e simplicidade de prazos. Esse procedimento é subdividido em arrolamento comum e arrolamento sumário. 
- Arrolamento sumario – será utilizado independentemente do valor da herança, desde que exista consenso entre as partes e os herdeiros sejam capazes. Neste, os herdeiros apresentam o plano de partilha ao juiz que somente o homologa, em um procedimento de jurisdição voluntária, portanto não decide. 
- Arrolamento comum – utiliza-se quando este levando-se em conta o valor do patrimônio. O valor do patrimônio será igual ou inferior a mil salários mínimos, conforme arts. 664, 665 e 667 do Código de Processo Civil. Se houver algum herdeiro incapaz, será necessário o consenso entre as partes e o Ministério Público, que devem acordar sobre a partilha nos termos do art. 665 do Código de Processo Civil.
Inventario extrajudicial: faz-se necessário que, além da ausência de litígio, os herdeiros sejam maiores, capazes e inexista testamento, consoante artigo 610, § 1o e 2o do Código de Processo Civil, regulamentado pela Resolução 35 do CNJ (BRASIL, 2007). 
a) Testamento: expressamente, a lei veda a realização do inventário extrajudicial quando há testamento. Mas já há recentes decisões judiciais autorizando sua realização, quando, então, o tabelião não poderá negar-se a lavratura. 
b) Capacidade: exige-se que sejam os herdeiros maiores e capazes para que o inventário seja feito extrajudicialmente sendo considerados capazes, inclusive, o emancipado e o que se tornou capaz em decorrência de qualquer causa que leve a cessação da incapacidade do herdeiro.
c) União estável: o art. 20 da Resolução 35 do CNJ (BRASIL, 2007) exige a presença de outros herdeiros que possam, declaradamente, reconhecer a existência da união estável para que o inventário extrajudicial seja lavrado quando envolva direitos de companheiros. Mas há de se sustentar, contudo, a desnecessidade disso, já que uma prova incontroversa da união estável poderia ser suficiente. 
d) Prazo: a lei não prevê um prazo específico para o inventário extrajudicial, de modo que há de se observar as mesmas informações ditas quanto ao inventário judicial.
e) Advogado: apesar de ser um inventário extrajudicial, a presença do advogado ou defensor público na lavratura da escritura é indispensável, consoante prevê o art. 12 da Resolução 35 do CNJ.
g) Inventariante: não obstante o inventário extrajudicial seja ultimado em um único ato, de acordo com o art. 32 da Resolução 35 do CNJ (BRASIL, 2007), é obrigatória a nomeação de um inventariante que possa representar o espólio. 
h) Custas e emolumentos: como todo ato notarial, serão devidos os emolumentos a serem cobrados de acordo com a tabela vigente, estabelecida pela Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado ao qual o Tabelionato esteja submetido. É possível os herdeiros requererem o benefício da justiça gratuita.
i) Rito facultativo: o inventário extrajudicial não é obrigatório, de modo que, sempre que quiserem, os herdeiros podem optar por ele, sendo possível, inclusive, que eles peçam a suspensão ou a desistência da via judicial para a realização do inventário pela via extrajudicial, conforme dispõe o art. 2o da Resolução do CNJ (BRASIL, 2007). Destaca-se, também, que a via extrajudicial é permitida às sucessões abertas antes da vigência da Lei 11.441/07 ou quando já em curso o inventário judicial, como esclarece o art. 30 da Resolução do CNJ.
j) Título hábil a registro: as escrituras de inventário e partilha são títulos hábeis para o registro civil e o registro imobiliário necessários para a transferência de bens e direitos e demais atos necessários à materialização das transferências de bens e levantamento de valores.
k) Competência: como a lei nada dispõe de forma específica sobre a competência do inventário extrajudicial, deve-se observar as mesmas informações ditas anteriormente quanto ao inventário judicial. Mas há de ser destacado que, considerando a natureza relativa da competência territorial do inventário, o art. 1o da Resolução 37 de 2007 do CNJ tratou de deixar claro que “para a lavratura dos atos notariais de que trata a Lei no 11.441/07, é livre a escolha do tabelião de notas, não se aplicando as regras de competência do Código de Processo Civil” (BRASIL, 2007). 
Quando houver apenas um herdeiro este receberá a carta de adjudicação – e não formal de partilha, como nos demais inventários com a presença de mais de um herdeiro. 
inventário conjunto: situação em que, apesar do patrimônio e, por conseguinte, o acervo hereditário, ser individual, admite-se o processamento do inventário de mais de uma pessoa ao mesmo tempo, por mera economia processual, o que se dará nas situações previstas no art. 672 do Código de Processo Civil, quais sejam: quando há identidade de pessoas entre as quais devam ser repartidos os bens; quando as heranças são deixadas pelos dois cônjuges ou companheiros; quando há dependência de uma das partilhas em relação à outra.
inventário negativo: Embora ele não seja obrigatório nem esteja literalmente previsto em lei, ele serve, especialmente, para dar publicidade e certeza jurídica de que alguém, ao falecer, não deixou bens a inventariar, eximindo os herdeiros de suas dívidas, ao que dá o nome de benefício de inventário. Ele se apresenta como um procedimento de jurisdição voluntária, e a decisão judicial tem eficácia meramente declaratória da inexistência de bens. 
Não será necessária a realização de inventário se os únicos bens deixados pelo falecido corresponderem a algum dos casos previstos na Lei 6.858/80, conforme prevê o art. 666 do Código de Processo Civil. Trata-se de valores referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao Fundo de Participação PIS-Pasep. Nesses casos, bastará os herdeiros requererem um alvará judicialpara levantarem a quantia.
SEÇÃO 3
Partilha
Como a transmissão da posse e da propriedade dos bens, em razão da herança, se dá com a morte, “a partilha é simplesmente declarativa, e não atributiva de direito”. Verifica-se que o próprio Código de Processo Civil, no art. 648, dispõe quais são as regras a serem obedecidas para definição da partilha, tendo em vista que não será somente o valor dos bens que deverão ser considerados; quais sejam: 
(I) a máxima igualdade possível quanto ao valor, à natureza e à qualidade dos bens; 
(II) a prevenção de litígios futuros; 
(III) a máxima comodidade dos coerdeiros, do cônjuge ou do companheiro, se for o caso.
Os herdeiros podem definir a partilha de forma consensual ou litigiosa. 
Se consensual, desde que os herdeiros sejam capazes e não haja testamento, a partilha poderá ser definida em instrumento público (quando é feito o inventário extrajudicial, sendo desnecessária a homologação judicial, pois a própria escritura pública será um título hábil a transmitir a titularidade dos bens); por instrumento particular (que se dará por escrito particular ou termo nos autos, do que dependerá homologação judicial; 
havendo litígio, a partilha será definida em juízo, sendo julgada por sentença.
para que seja feita a partilha, é necessário o pagamento dos credores ou a separação de bens suficientes para a quitação deles, para que se dê início ao procedimento da partilha.
sendo feita a partilha, os herdeiros serão responsáveis proporcionalmente à parte que lhes couber na herança. Assim sendo, a existência de dívidas não pode impedir que seja ultimado o inventário (art. 663); inclusive, dívida com a Fazenda Pública não impede o julgamento da partilha, desde que seu pagamento esteja garantido (art. 654, parágrafo único). 
 
Verifica-se que do monte total serão retirados as dívidas, os legados e o imposto de transmissão mortis causa, alcançando-se, assim, o morte mor ou monte partível. Assim, resolvida a questão das dívidas, se os herdeiros não chegarem a um consenso sobre a partilha considerando o monte líquido da herança, eles terão o prazo de 15 dias para formularem o pedido de quinhão, indicando os bens que preferem e, em seguida, o juiz proferirá a decisão de deliberação da partilha, resolvendo os pedidos das partes e designando os bens que devam constituir quinhão de cada herdeiro e legatário (art. 647).
Definida em sentença, o juiz deliberará sobre a partilha, cabendo ao partidor elaborar seu esboço, indicando os pagamentos aos herdeiros, na seguinte ordem: 
(I) dívidas atendidas, 
(II) meação do cônjuge; 
(III) meação disponível; e 
(IV) quinhões hereditários, a começar pelo coerdeiro mais velho (art. 651). A ordem prevista neste artigo expõe exatamente a lógica de identificação do acervo e seus sucessores.
Após elaborado o esboço da partilha, as partes devem se manifestar no prazo comum de 15 dias, sendo, então, a partilha lançada nos autos (art. 652). Pago o imposto de transmissão causa mortis ou garantido seu pagamento, bem como depois de juntada aos autos a certidão ou informação negativa de dívida para com a Fazenda Pública, o juiz julgará a partilha por sentença (art. 654, caput e parágrafo único).
Julgada ou homologada a partilha, com o trânsito em julgado da sentença, será expedido a favor de cada um dos herdeiros o formal de partilha, que instrumentalizará os termos da partilha, constituindo-se no título hábil para registro nos respectivos e competentes órgãos e serventias para transferência da titularidade dos bens (art. 515, inciso IV). 
A chamada “partilha em vida” refere-se à possibilidade de o autor da herança promover a distribuição dos seus bens entre seus herdeiros, seja por testamento ou doação. Se por testamento, o testador deverá respeitar a legítima .
Quando feita por doação: se móveis, as doações podem ser operadas por instrumentos particulares ou públicos, assim como se admite a doação verbalizada, desde que a tradição (entrega) do bem ocorra em ato imediatamente (incontinenti) seguinte (art. 541). 
A partilha em vida por meio de doação:
- impossibilidade de ser feita a doação integral do seu patrimônio, sem que seja feita a reserva de bens suficientes para sua subsistência.
- respeitar a legítima dos herdeiros necessários, pois a partilha em vida, pela qual se faz a doação por ascendentes a favor de seus descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.
Colação: consiste na “restituição, ao monte, das liberalidades recebidas em vida, para obter-se as igualdades dos quinhões hereditários, ao se realizar a partilha”.
 os bens transferidos aos herdeiros por meio de partilha em vida não são arrolados no inventário do doador. No entanto, é necessário que esses bens sejam trazidos para conferência para que se verifique se, de fato, foi respeitada a legítima, pois se os contemplados em excesso forem herdeiros, trazidos os bens à colação, será feita à devida compensação.
o princípio da igualdade dos quinhões não é de ordem pública, de modo que, se os herdeiros, em comum acordo, alcançarem uma composição que lhes trará quinhões desiguais, não poderá o juiz negar a homologar a partilha nesses termos. 
O herdeiro que não apresenta espontaneamente o objeto recebido será intimado a fazê-lo, e se ainda assim ocultar ou negar recebimento de bens por liberalidade do autor da herança, eximindose de colacionar, sofrerá a pena de sonegação de bens da herança, que corresponde a “perder o que recebeu” .
Sobrepartilha: nada mais é do que deixar para fazer, em momento posterior, a partilha de bens situados em lugar remoto, alvo de litígio ou de demora e difícil liquidação, bem como dos bens a que se tomou conhecimento somente depois de ultimada a partilha e, ainda, os que, porventura, tenham sido sonegados.

Continue navegando