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Extinção de Punibilidade - NP1

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Extinção de Punibilidade – NP1
Reabilitação
Conceito
A reabilitação é a declaração judicial de que estão cumpridas ou extintas as penas impostas ao sentenciado (ou condenado), que assegura o sigilo dos registro sobre o processo e atinge os efeitos da condenação.
O intuito da reabilitação e facilitar a readaptação do condenado, concedendo-se (ou decretando o sigilo) certidões dos livros do juízo ou folha de antecedentes, sem menção da condenação e permitindo-se o desempenho de certas atividades administrativas, politicas e civis das quais o condenado foi privado em decorrência da condenação.
Prazo para requerimento
A reabilitação poderá ser requerida após 02 anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena principal ou terminar a sua execução, computando-se o período de prova do SURSIS e do livramento condicional, sem que haja revogação.
Condições
Conforme o disposto no Artigo 94 do Código Penal, para requerer a reabilitação, o condenado deve satisfazer as seguintes condições:
A) ter tido domicilio no pais pelo prazo referido no caput do art. 94 docódigo penal:
B) ter tido, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado.
C) ter ressarcido o dano causado pelo delito, ou demonstrado a absoluta impossibilidade de o fazer ate o dia do pedido, ou exigido documento que comprove a renuncia da vitima ou navação da divida.
Efeitos da Reabilitação:
A reabilitação assegura o sigilo dos registros sobre o processo e a condenação. Esse sigilo, entretanto, e relativo, pois, conforme o disposto no art. 748 do código processo penal, pode ser quebrado quando se tratar de informações solicitadas por juiz criminal.
Art. 748. A condenação ou condenações anteriores não serão mencionadas na folha de antecedentes do reabilitado, nem em certidão extraída dos livros do juízo, salvo quando requisitadas por juiz criminal.
Revogação da reabilitação
Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa.
Duas condições, que são cumulativas, devem incidir na hipótese para que haja revogação da reabilitação. O reconhecimento da reincidência e a cominação de pena, que não a de multa.
Cogita-se, então, um limite temporal à revogação da reabilitação – a sentença em que se julga infração penal anterior a 05 anos não tem o condão de afetar o benefício, já que este é o limite temporal da reincidência.
A natureza da sanção cominada – de outro lado – também pode ser inócua à revogação, já que, pela pena de multa também não pode cogitar a revogação do benefício.
Norteada pela cláusula rebus sic stantibus , e de acordo com o artigo 95 doCódigo Penal, a reabilitação criminal será revogada de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa.
O dispositivo estabelece o motivo pelo qual a reabilitação será revogada: condenação, como reincidente, à pena que não seja pecuniária (privativa de liberdade ou restritiva de direitos). 
Conforme o próprio dispositivo, a revogação pode ocorrer de ofício ou a requerimento do Ministério Público. A vítima e o assistente de acusação não são legitimados.
Medida de segurança
Conceito
Medida de segurança é forma de sanção penal aplicada ao inimputável, ou seja, àquele acometido de doença mental (ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado). A medida de segurança tem por finalidade a prevenção de novos crimes, bem como um fim curativo, com o que se evita que o inimputável volte a cometer um ato antijurídico. (Nucci, 2008, p. 541)
Atualmente, vigora do Brasil o sistema vicariante, que significa que o juiz só poderá aplicar a pena ou a medida de segurança.
Espécies
São duas as espécies de medida de segurança, a internação e o tratamento ambulatorial.
A internação é feita em hospital psiquiátrico ou em estabelecimento similar (art. 96, I, CP). É cabível para se para a conduta cometida pelo inimputável é prevista pena de reclusão (art. 97, CP).
Já o tratamento ambulatorial consubstancia-se no comparecimento periódico ao médico para acompanhamento (art. 96, II, CP). Cabível se o fato for previsto como crime com pena de detenção (art. 97, CP).
Extinção de punibilidade
Dispõe o art. 96, parágrafo único, que se ocorrer a extinção de punibilidade, não será aplicada medida de segurança.
Prazo de duração
Por não ser pena, a medida de segurança tem prazo indeterminado, enquanto perdurar a periculosidade do agente, no entanto,  terá um prazo mínimo, que será fixado pelo juiz, entre 1 e 3 anos (art. 97, § 1º, CP).
A medida de segurança cessará, após a realização de perícia médica, que conclua que não mais representa perigo à sociedade. A primeira perícia deverá ser feita após término do prazo mínimo estabelecido pelo juiz e sucessivamente, pelo prazo de um ano, até a constatação de que cessou a periculosidade do agente (art. 97, § 2º, CP).
A desinternação será sempre condicional, de modo que será restabelecida a situação anterior se o agente vier a praticar fato indicativo de sua periculosidade, no prazo de um ano (art. 97, § 3º, CP). Trata-se de uma espécie de revogação da desinternação pela periculosidade do agente.
Se submetido a tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação, se for necessária a medida para fins curativos (art. 97, § 4º, CP).
Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável
O art. parágrafo único do art. 26, CP, cuida do semi-imputável e prevê diminuição da pena, de 1/3 a 2/3. Contudo, caso o condenado precise de “especial tratamento curativo”, poderá a pena ser substituída por tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 a 3 anos (art. 98, CP).
Imposição da Medida de Segurança para Inimputável.
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial.
Prazo da Medida.
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos.
Perícia Médica.
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução.
Desinternação ou Liberação Condicional.
Com efeito, deve-se ter em mente que, com a desinternação, o paciente deixa o tratamento realizado em regime de internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico e dá início ao tratamento em regime ambulatorial. Ainda está em tratamento, contudo não há mais necessidade de continuar internado. Entretanto, pode acontecer que, pelo exame de cessação de periculosidade, verifique-se que o paciente já se encontra cabalmente restabelecido da patologia que o solapava, sendo que, neste caso, o juiz determinará sua liberação. Ou seja, não mais estará obrigado a prosseguir o tratamento, seja em regime de internação ou por tratamento ambulatorial.
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade.
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
Direitos do Internado
O artigo 3º da LEP assegura aos presos e aos internados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. Entre os direitos do internado estão o de ser tratado dignamente, em local adequado e por profissionais competentes; o de ser submetido a tratamento adequado a proporcionar sua cura e recuperação e conseqüente retorno ao convívio social; o direitode ser submetido à perícia médica anual para verificação da cessação de periculosidade; o direito de ser defendido por advogado de sua confiança ou, na ausência, por profissional nomeado pelo Juiz (art. 41 c/c. art. 42 e arts. 99, 100 e 101 da LEP).
Ação Penal
Ação Pública 
Pública incondicionada
Caracteriza-se assim a ação penal pública incondicionada por ser a promovida pelo Ministério Público sem que esta iniciativa dependa ou se subordine a nenhuma condição, tais como as que a lei prevê para os casos de ação penal pública condicionada, tais como representação do ofendido e requisição do ministro da Justiça.
Na ação penal incondicionada, desde que provado um crime, tornando verossímil a acusação, o órgão do Ministério Público deverá promover a ação penal, sendo irrelevante a oposição por parte da vítima ou de qualquer outra pessoa. É a regra geral na moderna sistemática processual penal.
Dolosos contra a vida sempre será pública incondicionada.
- Infanticídio 
- Feminicídio 
- Instigação ao suicídio
- Instigação ao aborto
- Homicídio doloso
Pública condicionada
Embora continue sendo do Ministério Público a iniciativa para interposição da ação penal pública, neste caso, esta fica condicionada à representação do ofendido ou requisição do ministro da Justiça. “São crimes em que o interesse público fica em segundo plano, dado que a lesão atinge primacialmente o interesse privado”.
No caso da ação penal pública condicionada, o ofendido autoriza o Estado a promover processualmente a apuração infracionária. A esta autorização dá-se o nome de representação, com a qual o órgão competente, ou seja, o parquet, assume o dominus litis, sendo irrelevante, a partir daí, que venha o ofendido a mudar de idéia.
Quando a ação penal for condicionada, a lei o dirá expressamente, trazendo, em geral ao fim do artigo, o preceito de que somente proceder-se-á mediante representação.
Ação Privada
É aquela que deve ser promovida pelo próprio ofendido por meio de queixa – crime intentada não pelo Ministério Público, mas por advogado a serviço do chamado querelante. 
Ação Penal privada Personalíssima 
Na ação privada personalíssima, somente o ofendido pode atuar e, em caso de morte ou declaração de ausência, ninguém poderá substituí-lo. Operar-se-á a extinção de punibilidade pela decadência, acaso a queixa – crime ainda não houver sido intentada porque ninguém mais poderá fazê-lo, ou por perempção acaso o processo já esteja instaurado, pois ninguém poderá prosseguir.
Ação Penal privada Exclusiva
No entanto, o que a destaca da primeira é que na ação penal privada simplesmente exclusiva (não personalíssima), no caso de morte ou declaração de ausência do ofendido, este poderá ser substituído na titularidade do direito de ação nos termos do artigo 31, CPP e artigo 100, § 4º., CP, por seu “cônjuge, descendente, ascendente ou irmão”.
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública 
São aqueles casos em que, diversamente das ações penais privadas exclusivas, a lei não prevê a ação como privada, mas sim como pública (condicionada ou incondicionada). Ocorre que o Ministério Público, Titular da Ação Penal, fica inerte, ou seja, não adota uma das três medidas que pode tomar mediante um Inquérito Policial relatado ou quaisquer peças de informação (Propor o arquivamento, Denunciar ou requerer diligências). Para isso o Ministério Público tem um prazo que varia em regra de 5 dias para réu preso a 15 dias para réu solto. Não se manifestando (ficando inerte) nesse prazo, abre-se a possibilidade para que o ofendido, seu representante legal ou seus sucessores (art. 31, CPP c/c art. 100, § 4º., CP), ingressem com a ação penal privada subsidiária da pública. Isso tem previsão constitucional (artigo 5º., LIX, CF) e ordinária (artigos 100, § 3º., CP e 29, CPP).
Ação Penal no Crime Complexo
Crime Complexo
O crime complexo pode ser entendido como a junção de dois ou mais crimes. Um grande exemplo é o crime de roubo, que é composto por um constrangimento, ameaça ou violência acrescido do furto. Com a ocorrência do crime complexo, há o desaparecimento dos crimes autônomos. Porém, para que o crime complexo seja consumado é necessário que todo o tipo penal seja realizado. 
Ação Penal enquadrada ao crime complexo
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público.
Cabe ação pública incondicionada se qualquer um (ou apenas um) dos crimes cometidos dever ser apurado por o MP.
Representação
Irretratabilidade da Representação
Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.
Depois que a vítima promove a representação, manifestando interesse na responsabilização criminal do autor do fato, a lei confere a ela a possibilidade de se retratar, para não ver ele processado. 
O marco final para tal arrependimento é até antes do oferecimento da denúncia pelo Ministério Público.
Oferecida a denúncia, não é há mais espaço à retratação.
Decadência do Direito de Representação.
O artigo 103 do Código Penal prevê que 
“Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito do direito de queixa ou representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia”. 
O artigo 38 do Código de Processo Penal estipula a questão de igual modo. Assim, sempre, o prazo que deve ser levado em conta como termo inicial é aquele referente ao dia em que o ofendido toma conhecimento do dito crime, podendo ou não ser o mesmo da data do fato.
Nos crimes que dependem de representação ou de queixa por parte da vítima para que seja possível a persecutio criminis, tem-se como necessário que essa manifestação, formal ou não (a depender do caso), seja procedida dentro do mencionado prazo decadencial, sob pena de se fazer presente o fenômeno da decadência e restar impossibilitado o prosseguimento de qualquer eventual procedimento penal com relação ao fato.
Direito de Queixa
A ação penal privada se exerce mediante a apresentação da queixa crime, que é uma petição. Sua apresentação pura e simples não é suficiente.Para ser recebida a queixa crime deve estar acompanhada de elementos probatórios suficientes para sustentar a acusação, como o inquérito ou outras peças de informação.
Exercício do Direito de Queixa pelo Ofendido
A pessoa ofendida poderá exercer o seu direito de queixa pessoalmente, desde que quem receba tenha capacidade postulatória.
Caso contrário, a queixa deve ser subscrita por advogado, ao qual deve ser outorgada procuração com poderes especiais para fazê-lo.
Na procuração devem constar o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo se isso depender de diligências a serem requeridas ao juízo penal. Se houver irregularidades na procuração poderão ser corrigidas se o querelante também assinar a queixa.      
Exercício do Direito de Queixa pelo "CADI"
Se o ofendido falecer ou for declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação já iniciada passa para o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI).
Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa crime, terá preferência o cônjuge, e, em seguida o ascendente, descendente e por último o irmão. Se o querelante desistir ou abandonar a ação, qualquer uma das partes poderá dar prosseguimento a ela.
Ministério Público
A queixa crime, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do processo (CPP, Art.45).
O Ministério Público poderá aditar a queixa crime para poder incluir circunstâncias que possam influir na caracterização do crime,em sua classificação, ou ainda na fixação da pena.
Exemplo: local do crime, dia e hora do crime, dados pessoais do acusado, meios empregados, motivação do crime, dentre outras circunstâncias. O Ministério Público não poderá aditar a queixa para imputar aos acusados novos crimes, ou para nela incluir outros infratores além dos já existentes. O Ministério Público deverá intervir em todos os termos do processo, sob pena de nulidade (art. 46, §2º e 564, III, d, CPP).
Rejeição de recebimento de queixa
Oferecida a queixa crime, o juiz deverá proferir despacho recebendo-a ou rejeitando-a.
A queixa será rejeitada nas seguintes situações (CPP, Art.395):
A queixa crime será rejeitada quando for manifestamente inepta, incompreensível para o réu.
A queixa crime será rejeitada quando faltar requisitos essenciais para a existência ou validade da relação processual (ex: juiz incompetente - rejeitar).
A queixa crime será rejeitada quando faltar condições para o exercício da ação penal (ex: se quem responde pela conduta não for o autor do crime - rejeitar).
A queixa crime será rejeitada quando faltar justa causa para o exercício da ação penal (se o crime ocorreu em situação de legítima defesa - rejeitar, justo motivo).
Se o juiz rejeitar a queixa crime caberá recurso em sentido estrito - RESE.
Se o juiz receber a queixa crime não caberá recurso, mas poderá ser impetrado um habeas corpus processual, em caso de ilegalidade.
O habeas corpus não é um recurso, mas uma ação de impugnação.
Prazo: Se o juiz receber a queixa, ordenará a citação do acusado para poder responder a à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias.
Queixa Crime e Decadência
A decadência é a perda do direito de queixa pelo decurso do tempo (6 meses contados da data do conhecimento do autor da infração penal).
No caso da ação privada subsidiária da pública esse prazo de 6 meses é contado da data em que termina o prazo do Ministério Público.
A decadência do direito de queixa, no caso da ação penal exclusivamente privada, extingue e punibilidade. 
O prazo decadencial é interrompido quando há oferecimento da queixa ao juízo.
Queixa Crime e Renúncia
A renúncia é a manifestação de vontade do ofendido de não promover a ação penal. É a desistência da ação, antes do seu ajuizamento.
A renúncia é unilateral, não dependendo do consentimento do autor da infração.
A renúncia pode ser expressa por petição ou por declaração a ser apresentada à autoridade competente.
A renúncia pode ser tácita quando houver atitudes incompatíveis com a vontade de ajuizar a ação. Exemplo: reconciliação entre as partes.
Queixa Crime e Perdão
O perdão é a desistência da ação penal privada, já ajuizada.
O perdão é bilateral pois deve ser aceito pelo querelado (autor da infração).
Ou seja, o querelante (ofendido ou representantes) poderá desistir da ação (perdão), depois de ajuizada a ação penal.
Mas o querelado (agressor) tem que concordar com essa desistência.
O querelado (agressor) pode não aceitar o perdão. O agressor pode ser inocente e querer continuar com o processo para provar a sua inocência.
Se o perdão for aceito, extingue-se a punibilidade do agente infrator.
Extinção da Punibilidade 
Morte do agente
A extinção pela morte do agente se dá pela impossibilidade de punir o criminoso em função de sua morte. O juiz, em posse da certidão de óbito decretará a extinção da punibilidade
Anistia
A Anistia ocorre quando uma lei extingue o crime e seus efeitos, beneficiando todas as pessoas que tenham praticado o determinado crime. 
Anistia é uma lei. Questões criminais só podem ser legisladas na esfera federal. Isso significa que só o Congresso Nacional (que é quem faz leis na esfera federaL) pode conceder anistia. 
Ela atinge todos os efeitos penais decorrentes da prática do crime, referindo-se, assim a fatos e não a pessoas. Pode ser concedida antes ou depois do trânsito em julgado da sentença condenatória, beneficiando todas as pessoas que participaram do crime ou excluindo algumas delas, por exigir requisitos pessoais.
Pode, ainda, exigir a aceitação de obrigações por parte do condenado ou não impor nenhuma restrição. Porém, o beneficiado poderá não concordar com as condições impostas na lei. Concedida a anistia, não pode ser revogada por outra lei, nos termos do art. 5º, XXXVI, da Constituição da República.
Ex: Preso anestiado que é reincidente, volta a ser primário como se não tivesse cometido delito.
 
Graça
A graça, ou indulto individual, é o ato que visa beneficiar pessoas determinadas, não relacionando a fatos criminosos. A graça, portanto, é concedida levando-se em consideração a pessoa.
Para sua concessão é necessário a provocação do interessado. A competência para sua declaração é do Presidente da República, que poderá delegá-la aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República e Advogado-Geral da União (art. 84, parágrafo único da CRFB/1988).
Para a concessão da graça pressupõe-se a existência de sentença penal condenatória com trânsito em julgado, ao menos para a acusação (podendo haver recurso manejado pela defesa pendente de julgamento).
Este instituto atinge somente o efeito penal principal sentença que aplica a pena ou a medida de segurança, não atingindo, portanto, os efeitos penais secundários e os extrapenais.
A concessão de graça ao indivíduo não ilide os efeitos da reincidência, diferentemente da anistia.
A graça é sinônimo de clemência.
Pode ser total ou parcial. Será total quando alcança a sanção imposta ao condenado, caracterizando-se como causa extintiva da punibilidade e parcial quando não importar em extinção da punibilidade, acarretando, apenas, a redução da pena ou sua substituição por outra mais branda.
O ato que concretiza esse instituto é o Decreto Presidencial.
Em uma pequena síntese: a graça é o perdão individual, leva em consideração a pessoa e não o fato.
Indulto
O indulto coletivo visa beneficiar certo grupo de condenados que preencham determinados requisitos. Para sua concessão não há necessidade de provocação pelo interessado pois que, para sua concessão as autoridades competentes agem espontaneamente.
O instituto do indulto coletivo apresenta um viés político criminal pois que, comumentemente visa antecipar o cumprimento da pena, esvaziando as unidades prisionais e, assim, criando vagas para os que vierem a ser condenados.
A competência para sua concessão, tal qual a graça, é do Presidente da República que poderá igualmente delegá-la aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República e Advogado-Geral da União.
Para sua concessão pressupõe a existência de sentença penal condenatória com trânsito em julgado ao menos para a acusação.
O indulto coletivo atinge somente o efeito penal principal da sentença (pena ou medida de segurança), não exercendo qualquer efeito sobre as consequências penais secundárias e as extrapenais.
Ele pode ser total ou parcial. Quando parcial, chama-se comutação.
No caso da concessão de indulto coletivo haverá reincidência penal.

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