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Fisiologia da Termorregulação

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TRABALHO DE FISIOLOGIA VETERINÁRIA 
TERMORREGULAÇÃO 
 
 
 
 
WESLEY WILLIAN BASSOLI 
MANOELA SANCHES 
JOSIANE DE SOUZA 
Medicina Veterinária – 3º Semestre 
 
Professora: Paula Fernanda Gubulin Carvalho 
A termorregulação é realizada por um sistema que consiste em termorreceptores centrais e 
periféricos, um sistema de condução aferente, o controle central de integração dos impulsos térmicos e um 
sistema de respostas eferentes levando a respostas compensatórias. É fundamental que os seres vivos 
disponham de estratégias para regular a temperatura do corpo e de acordo com elas os animais são 
classificados como homeotérmicos ou endotérmicos e pecilotérmicos ou ectotérmicos. 
 Os ectotérmicos variam sua temperatura corporal de acordo com a temperatura do ambiente, mas 
controlam essa variação por métodos comportamentais. Por exemplo, o lagarto fica exposto ao sol pela 
manhã e se esconde do sol durante o resto do dia para evitar o hiperaquecimento. Os Endotérmicos 
conseguem manter sua temperatura corporal constante na presença de variações significativas de 
temperatura ambiente. Essa característica traz vantagens e desvantagens. Os homeotérmicos podem 
sobreviver em uma ampla variedade de ambientes e podem ficar ativos no inverno. Porém, eles precisam 
ingerir mais alimento que outros animais, pois para manter sua temperatura necessitam de processos 
metabólicos que demandam grande quantidade de energia. Já os ectotérmicos são capazes de sobreviver a 
longos períodos sem alimento porque precisam de muito menos energia para a manutenção do seu 
metabolismo. O calor é um subproduto de todos os processos que envolvem carboidratos, gorduras e 
proteínas, podendo ter também origem externa. O metabolismo mínimo que mantém o organismo vivo 
pode ser medido pela taxa metabólica basal. 
 Existem muitas estratégias fisiológicas que aumentam os benefícios e diminuem os custos da 
termorregulação. Ao aumentar o ritmo de batimentos cardíacos, os lagartos aumentam o bombeamento de 
sangue através do corpo e por consequência a taxa de troca de calor, sendo o inverso também verdadeiro. 
Isso implica esquentar ou esfriar num menor tempo (lagartos são capazes de realizar desvios cardíacos, ou 
seja, enviar sangue do ventrículo para a circulação pulmonar ou sistêmica e evitar um dos circuitos). A forma 
e o tamanho do corpo afetam consideravelmente o controle fisiológico da termorregulação. Considerando-
se somente as propriedades físicas, animais maiores deveriam esquentar e resfriar mais lentamente que 
animais menores, e a razão para o fenômeno é a chamada inércia térmica. A posição do corpo em relação ao 
sol e a sombra é controlada pelo comportamento do animal. As mudanças posturais são um método 
eficiente de aumentar ou diminuir a absorção de energia térmica. 
 Os impulsos termais aferentes provêm de receptores anatomicamente distintos ao frio e ao calor, os 
quais podem ser periféricos ou centrais. Também existem receptores termossensíveis localizados na pele e 
nas membranas mucosas, que medeiam a sensação térmica e contribuem para a ocorrência dos reflexos 
termorregulatórios. Esses receptores também respondem à sensação mecânica. Existe uma faixa de 
temperatura (ex: humanos - 36,7º a 37,1ºC) na qual não há resposta efetora. Temperaturas abaixo ou acima 
desses limiares desencadeiam respostas efetoras. Esse controle termorregulatórios perde efetividade em 
animais idosos e adoecidos. 
 A resposta comportamental é a resposta termorregulatória mais eficaz, porém outros mecanismos 
são importantes, como a resposta vasomotora, que se caracteriza pela vasodilatação em resposta ao calor e 
pela vasoconstrição e piloereção em resposta ao frio (tremor) que aumenta o consumo de oxigênio e a 
taxametabólica em resposta ao frio e a sudorese em resposta ao calor. 
 A febre é uma elevação da temperatura corpórea, resultante de modificações provocadas por 
pirogênicos que são substâncias extremamente potentes que atuam sobre o hipotálamo, aumentando o 
ponto fixo para a temperatura corpórea. Quando o hipotálamo é exposto ao pirogênio, o ponto fixo se eleva 
e o animal inicia respostas para conservar e produzir o calor até que a temperatura corpórea alcance o novo 
ponto fixo, o animal mantém seu corpo à nova temperatura até que o pirogênio seja metabolizado e sua 
produção cesse. Quando isso ocorre, o ponto fixo abaixa novamente para o normal, e o animal inicia 
mecanismos de perda de calor para diminuir a temperatura corpórea. Neste momento a sudorese costuma 
ser expressiva. A hipertermia é a condição de aumento da temperatura corporal motivada pela falta de 
condições de dissipação do calor. Em climas quentes e úmidos é difícil os animais conseguirem trocar calor 
porque não pode ocorrer resfriamento eficaz por evaporação. Isso também ocorre quando cães ficam 
fechados dentro de carros ao sol. À medida que a temperatura corporal aumenta, a taxa metabólica também 
aumenta, produzindo mais calor. Além disso, o ofego ou a sudorese, ou ambos, acarretam desidratação e 
colapso circulatório, dificultando ainda mais a transferência de calor para a pele. Quando a temperatura 
corpórea ultrapassa 41,5 a 42,5ºC a função celular fica seriamente prejudicada e o animal perde a 
consciência. Já a hipotermia ocorre quando o débito de calor ultrapassa sua produção, de forma que a 
temperatura corpórea cai a níveis perigosos. Na natureza, a hipotermia em geral ocorre devido a exaustão 
dos mecanismos metabólicos de defesa contra o frio. O tremor pode persistir por longos períodos, causando 
depleção de reservas de glicogênio do músculo esquelético e do fígado, bem como queda do glicogênio do 
músculo cardíaco. Os recém-nascidos parecem ser mais capazes de sobreviver a baixas temperaturas 
corpóreas que animais adultos e, aparentemente, cordeiros leitões e filhotes de cães em coma podem ser 
reaquecidos e sobreviver. 
 Na hibernação, alguns mamíferos mantém uma alta temperatura corporal, principalmente sob 
condições de temperatura ambiental favorável, mas abandonam a homeotermia no frio. Durante o sono de 
inverno, a temperatura corporal cai e permanece em nível apenas ligeiramente acima da temperatura 
ambiental. Se a temperatura corporal cai a níveis próximos ao congelamento, o animal acorda e se reaquece 
rapidamente. A maioria dos hibernadores acorda periodicamente de modo rítmico e cada breve despertar 
envolve considerável dispêndio de energia. 
 Nos ruminantes a formação de calor nos diversos tecidos corporais é variável. Nos pré-estômagos 
dos ruminantes a formação de calor aumenta no decorrer dos processos microbianos da digestão da 
forragem, de maneira que a temperatura do rumem se situa 1 a 2 graus acima da temperatura retal. Nos 
ruminantes são formadas quantidades consideráveis de calor no rumem através de transformações dos 
ácidos graxos voláteis. A extensão do calor obtido depende do volume de alimentos e da digestibilidade da 
ração. Com aumento temperatura ambiente acima de 30ºC, diminui a ingestão de alimentos e a produção de 
leite cai. Animais mantidos no pasto procuram locais com sombra, reduzindo o pastejo e aumentando 
também a necessidade de água. 
 
 
Bibliografia 
Hall, G. &. (2011). Tratado de Fisiologia Médica. Elsevier. 
José Reinaldo Cerqueira Braz - Professor Titular do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de 
Medicina de Botucatu, U. (Julho/Setembro de 2015). Revista - Neurociências. Fonte: 
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2005/RN%2013%20SUPLEMENTO/Pages%20from
%20RN%2013%20SUPLEMENTO-2.pdf 
Nunes, R. B. (s.d.). Instituto de Biociências - USP. Fonte: IB - USP: 
http://www.ib.usp.br/~rbrandt/EL/fisiologia.htm 
Paiva, O. M. (19 de Março de 2015). Academia.Edu. Fonte: Academia: 
http://www.academia.edu/16104833/Transporte_placent%C3%A1rio_de_gases_-_Revis%C3%A3o 
Universidade Federal Fluminense. (28 de Agosto de 2017). Fonte: UFF: 
http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/termorregulacao.htmROCHA, N.C.; MORAES, I.A. Termorregulação nos animais. Homepage da Disciplina Fisiologia Veterinária da 
UFF. 2017. 
 
	Bibliografia

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