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curso 13398 aula 17 v1

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Aula 17
Engenharia Civil p/ FUNAI - (Cargo: Engenheiro Civil) - com videoaulas
Professor: Marcus Campiteli
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
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AULA 17: PLANEJAMENTO E CONTROLE 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1 
1. INTRODUÇÃO 2 
2. METODOLOGIAS 9 
3. CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO 21 
4. QUESTÕES COMENTADAS 27 
5. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 74 
6. GABARITO 95 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 96 
 
E aí pessoal, animados! 
A bibliografia principal adotada nesta aula é o livro 
Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras, do 
autor Carl V. Limmer, e o livro Planejamento e Controle de Obras, do 
autor Aldo Dórea Mattos. 
Pessoal, a introdução desse assunto é repleta de conceitos de 
planejamento e controle. Em seguida, entraremos nas metodologias e 
cronograma, que eu considero mais simples de guardar as 
informações. 
Bons estudos ! 
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS 
 
1 ± INTRODUÇÃO 
 O projeto pode ser entendido como um conjunto de atividades 
que resultam na consecução de um objetivo, atendendo-se a 
parâmetros previamente fixados de prazo, custo, qualidade e 
risco. 
 As atividades componentes de um projeto devem ser 
necessárias e inter-relacionadas, caracterizando-se esse inter-
relacionamento por uma sequência lógica de execução, que cria uma 
dependência direta ou indireta de cada atividade em relação às 
demais. 
 O planejamento de um projeto é feito em nível estratégico 
e tático para ser, posteriormente, desenvolvido em nível 
operacional, constituindo-se então em programação. 
De um modo geral, os projetos industriais são executados 
obedecendo à seguinte sequência: 
- Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica1 
- desenvolvimento do Projeto de Engenharia Básico 
- Projeto de Engenharia Detalhado para Execução 
- Suprimento dos Insumos necessários à materialização do 
projeto; e 
- Construção 
Não há necessidade de se aguardar o fim de uma etapa para 
iniciar a seguinte, mas sim, ao se atingir certo grau de 
 
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 Avaliação da exeqüibilidade do projeto, considerando recursos tecnológicos disponíveis e a relação 
custo-benefício a ser obtida quando da utilização do produto resultante do projeto. 
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desenvolvimento de uma etapa, dela se extraem dados para iniciar a 
seguinte, ganhando-se com isso no prazo total de execução do 
empreendimento. 
Para atingir a produtividade desejada, é preciso que o 
gerenciamento de um projeto seja feito como um todo, 
concatenando-se recursos humanos, materiais, equipamentos e 
também políticos, de forma a obter-se o produto desejado ± a obra 
construída ± dentro dos parâmetros de prazo, custo, qualidade e risco 
previamente estabelecidos. 
Para tanto é necessário planejar e controlar o projeto, visto que 
planejar e controlar são atividades mutuamente exclusivas: 
uma não existe sem a outra. Uma não faz sentido sem a outra e 
podem ser consideradas como atividades de racionalização vinculadas 
a uma situação de escassez de recursos e à melhor forma de utilizá-
los. 
O controle permite avaliar a qualidade do que foi planejado e 
programado. Planejar é decidir por antecipação e controlar é 
conhecer e corrigir os desvios que venham a ocorrer em relação ao 
planejado. 
Inicialmente é preciso: 
- planejar a duração do projeto em todas as suas fases. Para 
isso se deve conhecer em detalhes cada componente do produto. 
Definir os tipos de insumos a serem empregados e, cruzando-os com 
os componentes do projeto, estabelecer um plano de contas; 
- estabelecer, também, a estrutura organizacional que irá 
implementar o projeto, definindo logo um responsável para cada 
componente do produto; 
- determinar as atividades requeridas para a materialização de 
cada componente; 
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- quantificar os recursos necessários à execução e saber como 
distribuí-los ao longo do tempo, obtendo-se o cronograma físico-
financeiro; 
- a partir dos custos orçados e do cronograma físico-financeiro, 
estabelecer o multiplicador dos custos (também conhecido como BDI) 
para chegar-se ao preço de venda; 
- em paralelo com tudo isso é preciso coletar dados durante a 
execução do projeto, transformá-los em informações e com elas 
alimentar o sistema de controle do projeto; 
- comparar o que foi planejado com os resultados obtidos e, se 
necessário, corrigir os desvios por meio de ordens de alteração às 
partes envolvidas. Tais correções de desvios são feitas nos 
cronogramas como também nos orçamentos planejados, tantas vezes 
quantas forem necessárias para manter o projeto no rumo desejado. 
Esse é um processo contínuo, que se desenvolve ao longo de todo o 
projeto, usando-se técnicas de planejamento para cronogramação 
(PERT, CPM, Precedência, Linha de Balanço) e para orçamentação 
(por correlação, por quantificação de insumos e por preços unitários), 
além de técnicas de controle, como a da aplicação do princípio de 
execução (o gerenciador só toma conhecimento das exceções) ou da 
aplicação do princípio de previsão (o gerenciador toma conhecimento 
de todos os resultados obtidos). 
Um fator pouco considerado no gerenciamento de projetos 
(obras) é o risco incorrido em cada decisão gerencial. O risco pode 
ser definido como a probabilidade de ocorrência de um evento e as 
consequências adversas decorrentes desse evento. 
O empreendimento da construção também se enquadra como 
uma indústria, a chamada indústria da construção, onde cada 
empreendimento se caracteriza por ser de duração relativamente 
curta e com um produto final fixo embora não rotineiro ± cada obra é 
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uma obra e é única. Ao contrário da produção fabril tradicional, os 
insumos se agregam ao produto, deslocando-se em torno dele. Por 
isso, necessita de uma organização específica no que se refere ao 
pessoal (mão de obra) que nela atua, da empresa que a promove, da 
forma de trabalho para a sua execução e de um sistema de 
informações gerenciais flexível e adaptável às mudanças constantes 
que ocorrem durante a execução da obra. 
O planejamento permite: 
- definir a organização para executar a obra; 
- tomar decisões; 
- alocar recursos; 
- integrar e coordenar esforços de todos os envolvidos; 
- assegurar boa comunicação entre os participantes da obra; 
- suscitar a conscientização dos envolvidos para prazos, 
qualidade e custos; 
- caracterizar a autoridade do gerente; 
- estabelecer um referencial para controle; 
- definir uma diretriz para o empreendimento. 
Os fracassos mais comuns do planejamento se atribuem a: 
- ausência de planos formais; 
- abandono prematuro do plano elaborado; 
- falta de confiança no plano; 
- plano elaborado para atender cliente; 
- visão de curto prazo do gerente; 
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- visão limitada do gerente; 
- modismo. 
O uso do planejamento formal requer: 
- análise sistemática; 
- previsão; 
- entendimento das atividades e de seus inter-relacionamentos; 
- uso de técnicas modernas (computadorizadas); 
- imaginação; 
- criatividade; 
- fantasia. 
Um plano tem que ser flexível. No entanto é preciso entender 
que mudar só é aconselhável quando o desvio entre o realizado e o 
planejado for significativo. Não se muda um plano por qualquer 
motivo. Mas, se o plano teimar em não corresponder àquilo que se 
está executando, que se verifiquem as premissas adotadas no 
planejamento, pois elas podem ser falsas. 
Para gerenciar um projeto é necessário planejá-lo e ao longo de 
sua execução controlá-lo, sendo preciso, para tanto e antes de tudo, 
conhecê-lo o melhor possível. Diz-se possível porque, no início, as 
informações sobre o projeto são escassas, uma vez que este não se 
encontra ainda cabalmente definido. A fim de conhecê-lo da melhor 
forma possível, é preciso proceder de maneira metódica, 
decompondo-o em elementos cada vez mais simples através da 
análise estruturada de seus componentes. 
Por outro lado, interessa a quem planeja saber que tipos e 
quantidades de insumos, como mão de obra, materiais e 
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equipamentos, serão gastos na materialização de cada elemento e, 
por meio da análise dos respectivos custos, determinar o custo do 
projeto. 
É ainda necessário, por meio da análise da estrutura 
operacional que deverá estar à frente da execução do projeto, 
caracterizar responsabilidades pela materialização de cada elemento 
do produto no qual se aplicam os diferentes tipos de insumos. 
A vida de um projeto compõe-se de quatro estágios básicos: 
concepção, planejamento, execução e finalização. 
- concepção: identificação da necessidade de um projeto ser 
implantado. Decidida a implantação, segue-se para a etapa de 
verificação da viabilidade técnica e econômica do projeto, geralmente 
definindo um plano preliminar de implantação, um projeto preliminar 
de engenharia, uma estimativa de custos e um cronograma 
preliminares, as possíveis condições de financiamento, a identificação 
de alternativas, a apresentação daquelas de maior atratividade para 
apreciação do proprietário e, finalmente, a definição da alternativa a 
ser implementada, bem como a obtenção da componente aprovação 
e da autorização para prosseguir na implementação do projeto. 
- planejamento: compreende o desenvolvimento de um plano 
de projeto que servirá de diretriz para a sua implementação, 
contendo desenhos, especificações de materiais, de equipamentos e 
técnicas de execução, cronogramas, orçamentos e diretrizes gerais. 
- execução: contempla o estabelecimento de uma estrutura 
organizacional para o gerenciamento e a implementação do projeto, a 
aquisição de recursos de materiais e mão de obra, a materialização 
dos componentes físicos do projeto, a garantia de qualidade, a 
avaliação do desempenho, a análise do progresso alcançado e as 
modificações de projeto ditadas pela retroalimentação do sistema. 
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- finalização: visa colocar em operação a obra construída, 
treinando-se, para isso, operadores; transferir sobras de materiais 
aos seus legítimos proprietários; documentar resultados; transferir 
responsabilidades; desmobilizar recursos e realocar a equipe 
envolvida na execução. 
 O planejamento e o controle de um projeto exigem o 
conhecimento deste, o mais detalhadamente possível, o que só pode 
ser alcançado por meio da análise dos elementos que o compõem, 
sendo, portanto, o primeiro passo para bem planejá-lo. 
 O caminho mais simples e imediato é o da análise dos 
componentes do projeto, procedendo-se à sua partição a partir do 
todo, até atingir-se um componente de porte adequado ao 
planejamento e controle de sua materialização. 
 /LPPHU� FLWD� 3DVFDO� QR� WUHFKR�� ³DFKR� LPSRVVtYHO� FRQKHFHU� DV�
partes sem conhecer o todo, nem conhecer o todo sem conhecer 
SDUWLFXODUPHQWH�DV�SDUWHV�´ 
 Para chegar ao conhecimento do todo, é necessário: 
 - analisar, de maneira detalhada e sistemática, todos os 
documentos (desenhos, especificações etc.) e demais informações 
disponíveis sobre o projeto, de forma a caracterizar, de maneira 
inequívoca, cada um dos elementos componentes do projeto; 
 - estabelecer critérios de análise do projeto em função de 
objetivos a serem alcançados, tais como: 
 - obtenção de elementos para o planejamento do projeto, 
o mais completo possível, em termos de prazos e custos; 
 - a tipologia dos insumos a serem aplicados, orçados e 
controlados; 
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 - a definição de responsabilidade pela aplicação correta 
dos insumso. 
 
2 - METODOLODIAS 
2.1 ± Estrutura Analítica do Projeto ou Estrutura Analítica de 
Partição do Projeto (EAP) 
 A EAP é uma das ferramentas mais importantes do gerente de 
projeto, pois objetiva dividir o projeto em componentes de tamanho 
adequado e, assim, permitir que seja conhecido em todos os seus 
detalhes. Além disso, ela permite metodizar a elaboração de 
estimativas de recursos, incluindo-se nestas a estimativa de custos, 
propiciando uma estimativa de custo com maior precisão. Ela 
também metodiza o planejamento do projeto através de uma visão 
global do mesmo e serve como ferramenta de controle. 
 De acordo com Mattos (2010), a maneira mais prática de 
identificar as atividades é por meio da elaboração da Estrutura 
Analítica do Projeto (EAP), que é uma estrutura hierárquica, em 
níveis, mediante a qual se decompõe a totalidade da obra em pacotes 
de trabalho progressivamente menores. A EAP tem a vantagem de 
organizar o processo de desdobramento do trabalho, permitindo que 
o rol de atividades seja facilmente checado e corrigido. 
Segundo o mesmo autor, para se planejar uma obra é preciso 
subdividi-la em partes menores. Esse processo é chamado 
decomposição. Por meio da decomposição, o todo ² que é a obra em 
seu escopo integral ² é progressivamente desmembrado em 
unidades menores e mais simples de manejar. Os grandes blocos são 
sucessivamente esmiuçados, destrinchados na forma de pacotes de 
trabalho menores, até que se chegue a um grau de detalhe que 
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facilite o planejamento no tocante à estipulação da duração da 
atividade, aos recursos requeridos e à atribuição de responsáveis. 
 No planejamento e no controle de um projeto, a informação é 
elementos essencial. A EAP funciona como elemento de comunicação, 
constituindo-se em verdadeiro dicionário do projeto para o 
entendimento preciso e uniforme de seus componentes por todos os 
envolvidos na sua concretização. 
 Ainda de acordo com Limmer, a EAP pode conter qualquer 
número de níveis de partição ou de desdobramento, não se devendo 
passar de 6 níveis, pois o detalhamento torna-se muito grande, sendo 
4 o número recomendável de níveis. 
 A EAP, também denominada de Estrutura de Elementos de 
Trabalho (EET), pode ser considerada como o primeiro passo para 
produzir umaestimativa de custos de um projeto, visto que ela 
proporciona um arcabouço sólido sobre o qual a estimativa pode ser 
erguida. Além da estimativa de custos, a EAP ou EET serve de base 
para o planejamento da duração do projeto. 
 Uma das mais significativas técnicas de partição é o uso de 
grupos de atividades ou pacotes de trabalho na codificação das 
contas de custo. 
Pacotes de trabalho são grupos selecionados de atividades de 
acordo com a estruturação do projeto. Eles caracterizam os tipos e as 
quantidades de serviços gerenciáveis para fins de planejamento 
(compreendida a orçamentação), de programação e de controle, com 
horizonte de duração facilmente discernível e que, preferencialmente, 
represente uma parte ou componente acabado do projeto ou da obra 
após sua execução. 
Seguem algumas propriedades da EAP, segundo Mattos (2010): 
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- cada nível representa um refinamento do nível imediatamente 
superior; 
- as subtarefas representam 100% do escopo da tarefa do nível 
imediatamente superior (regra dos 100%), ou seja, se um pacote de 
trabalho é desmembrado em três atividades, elas representam a 
totalidade do alcance do pacote de trabalho; 
- a soma do custo dos elementos de cada nível è igual a 100% 
do nível imediatamente superior; 
- o custo de cada elemento da estrutura equivale à soma dos 
custos dos elementos subordinados; 
- juntas, as atividades de nível mais baixo nos diversos ramos 
da EAP representam o escopo total do projeto; 
- uma mesma atividade não pode estar em mais de um ramo; 
- duas atividades são mutuamente excludentes: não pode haver 
sobreposição de trabalho entre elas (seria uma redundância 
desnecessária); 
- atividades não incluídas na EAP não tomam parte do projeto; 
- as atividades são relacionadas em ordem lógica de associação 
de idéias, não em ordem cronológica; 
- as atividades de nível mais baixo são mensuráveis e podem 
ser atribuídas a um responsável (pessoa ou equipe). 
De acordo com o mesmo autor, a EAP pode ser apresentada em 
3 diferentes configurações - árvore, analítica (ou sintética) e mapa 
mental, conforme os exemplos da figura a seguir: 
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a) EAP analítica 
A EAP na forma de listagem analítica ou sintética é a que os 
principais softwares de planejamento trabalham. 
Cada novo nível da EAP é "indentado" em relação ao anterior, isto 
é, as atividades são alinhadas mais internamente. Tarefas de um 
mesmo nível têm o mesmo alinhamento. Quanto mais indentadas as 
atividades, menor o nível a que pertencem, conforme a figura acima. 
A EAP analítica geralmente vem associada a uma numeração 
lógica, segundo a qual cada novo nível ganha um dígito a mais. Por 
isso, ela é mais indicada para relatórios, conforme a seguir: 
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b) EAP como mapa mental 
 Um mapa mental é um diagrama utilizado para representar 
ideias, que são organizadas radialmente a partir de um conceito 
central, conforme o item c da figura acima. A estrutura do mapa 
mental é de árvore, com ramos divididos em ramos menores, como 
na árvore de blocos. A diferença é que o mapa permite a criação da 
EAP de maneira que fixa mais a Imagem, centralizando a ideia central 
e o espírito de decomposição progressiva das idéias. 
Em relação à EAP por blocos, o mapa mental tem a vantagem de 
mostrar toda a decomposição do projeto em uma tela única. 
2.2. Curva S 
A curva S mostra a distribuição de um recurso, de forma 
cumulativa, podendo representar o projeto como um todo, em termos 
de homens-hora ou de moedas necessários à sua execução, assim 
como permite visualizar o ritmo de andamento previsto para a sua 
implementação. 
O ritmo é definido pelo coeficiente angular da curva. 
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2.3. Curva ABC 
 
A curva ABC decorre da classificação dos itens em ordem 
decrescente de importância relativa, expressa de forma percentual. 
3HVVRDO�� R� OLYUR� ³3ODQHMDPHQWR�� 2UoDPHQWDomR� H� &RQWUROH� GH�
3URMHWRV� H� 2EUDV´� GR� DXWRU� &DUO� /LPPHU� WUD]� XPD� H[SOLFDomR�
detalhada acerca de Curva ABC, que vale trazer aqui para vocês, com 
a seleção de alguns trechos reproduzidos nos parágrafos seguintes. 
De acordo com LIMMER (2009), para distinguir os itens mais 
importantes dos de menor importância, pode-se lançar mão do 
princípio de Pareto�� WDPEpP�FRQKHFLGR�FRPR�SULQFtSLR�GRV�³SRXFR�
VLJQLILFDWLYRV�H�PXLWRV�LQVLJQLILFDQWHV´� 
Baseando nesse princípio, F. Dixie criou a classificação ABC, 
aplicada ao controle de estoques nos processos industriais de 
produção. Essa classificação compõe-se de três faixas: a faixa A, que 
abrange cerca de 10% do total de todos os itens considerados e 
corresponde a cerca de 70% do valor total desses itens; a faixa B, 
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com cerca de 30% dos itens, correspondendo a cerca de 25% do 
valor total, e a faixa C, com aproximadamente 60% dos itens, 
equivalendo a apenas cerca de 5% dos itens totais. 
Pessoal, esses valores percentuais citados por Carl Limmer variam 
caso a caso. Por exemplo, em auditoria, para análise dos custos de 
uma obra pública, costuma-se considerar como faixa A o grupo de 
itens que representam 80% do valor total. Mas o que vale aqui é 
entender o que é classificação ABC e a correspondente curva ABC. 
Retornando ao livro do LIMMER (2009), os itens do conjunto 
devem ser ordenados por sua importância relativa, determinando-se 
o peso do valor de cada um em relação ao valor do conjunto, 
calculando-se em seguida os valores acumulados desses pesos. O 
número de ordem do item e o respectivo valor acumulado definem 
um ponto e, com uma série de pontos, a classificação ABC pode ser 
representada de forma gráfica, conforme figura a seguir: 
 
 
A classe A reflete os itens mais importantes e que merecem 
tratamento especial por parte do gerenciamento da obra, em termos 
de acompanhamento e controle. 
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No caso de obras de construção civil, o processo da curva ABC 
pode ser aplicada tanto para os itens de serviço como para os itens 
de insumos (materiais, mão de obra e equipamentos). 
Tranquilo curva ABC, não é pessoal? 
 
2.4 ± Método da Linha de Balanço ou do Tempo-Caminho 
Na construção civil as atividades têm, em geral, repetitividade 
muito baixa. O mesmo não ocorre em obras lineares, como a 
construção de rodovias, ferrovias, tubovias, conjuntos habitacionais, 
a até alguns tipos de edifícios em que, à exceção do térreo e da 
cobertura, os demais pavimentos são padronizados. Obras 
executadas com pré-moldados também se encaixam nesse critério. 
 Nas obras com baixa repetitividade o método usual de 
planejamento do tempo é o PERT/CPM, o diagrama de Roy ou de 
precedência e o cronograma de barras ou de Gantt. 
 Já nas obras com atividades repetitivas,pode-se usar no seu 
planejamento a técnica da linha de balanço (line of balance), 
também conhecida como técnica do tempo-caminho. 
 Essa técnica consiste basicamente em traçar, referidas a par de 
eixos cartesianos, linhas que representam, cada uma delas, uma 
atividade e seu respectivo andamento, conforme mostrado na figura 
abaixo. No eixo das abscissas marca-se o tempo e, no das ordenadas, 
os valores acumulados do andamento planejado para cada unidade 
do conjunto. 
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Fonte: Limmer (2009) 
 
2.5 ± Análise de Valor Agregado (Mattos, 2010) 
 A análise do valor agregado ou EVA (earned value analysis) é 
uma técnica adotada para a avaliação de desempenho de 
empreendimentos, que permite ao planejador ter uma clara noção da 
situação atual do projeto e fazer análises de variância e tendências a 
partir de resultados precisos obtidos a partir da integração de dados 
reais de tempo e custo. 
O método EVA compara o valor do trabalho planejado com o do 
trabalho realmente concluído para avaliar se os desempenhos de 
custo e programação do empreendimento estão de acordo com o 
planejado, por meio de indicadores de desempenho, que permitem 
antever o resultado provável do projeto em termos de custo e prazo. 
O ponto de partida para a implementação do EVA é o cronograma 
físico-financeiro. Este se baseia em uma EAP e gera como subproduto 
a curva S de custos, conforme a figura a seguir. A curva S serve de 
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parâmetro para a análise da relação entre o valor agregado e o valor 
planejado do trabalho em um dado período. 
 
O tripé de comparação envolve as seguintes grandezas: 
- Valor previsto (VP): é o custo que deveria ter sido incorrido no 
período de aferição. Ele corresponde ao custo orçado do trabalho 
agendado (ou planejado), ou seja, calculado de acordo com o 
orçamento/planejamento da obra. O VP não tem nada a ver com o 
que foi fisicamente realizado. Ele corresponde á linha de base. 
- Valor agregado (VA): o custo orçado do trabalho realizado. O 
VA refere-se ao custo orçado e não se relaciona com o custo real, ou 
seja, é o custo do que foi executado com base nos preços planilhados 
e não nos preços de mercado atualizados. 
- Custo real (CR): é o custo real do trabalho realizado, que 
representa quanto custou o que foi executado. O CR refere-se à 
realidade física e não se relaciona com o planejamento prévio da 
obra. 
As diferenças entre essas 3 dimensões de custo denominam-se 
variações (ou variâncias), que podem ser: 
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- variação de custo (VC): é dada pela diferença entre o valor 
agregado e o custo real. VC = VA ± CR. 
- variação de progresso ou de prazo (VPr): é dada pela 
diferença entre o valor agregado e o valor previsto. VPr = VA ± VP. 
Representa o desvio entre quanto trabalho foi produzido até a data 
de aferição e quanto deveria ter sido produzido de acordo com o 
planejado. Portanto, se VPr > VP, significa que houve execução maior 
que a prevista. 
O quadro abaixo mostra a interpretação para as possíveis 
combinações de VC e VPr (sinal positivo ou negativo): 
 
Há também o Índice de Desempenho de Custo (IDC), que é 
dado pelo quociente entre o valor agregado (VA) e o custo real (CR). 
O IDC mostra qual percentual do custo real o valor agregado 
representa, isto é, a que taxa o projeto tem conseguido converter o 
CR em VA. Segue o significado dos resultados desse índice: 
 
E o índice de desempenho de prazo (IDP), que é dado pelo 
quociente entre o valor agregado (VA) e o valor previsto (VP). 
 
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O IDP mostra qual percentual do valor previsto o valor agregado 
representa, isto é, a que taxa o projeto vem conseguindo converter o 
VP em VA: 
 
 
A estimativa no término (ENT) é uma previsão que se faz para o 
custo total do projeto até sua conclusão. 
A variação no término (VNT) é a diferença entre o custo total 
orçado (ONT) e o custo final projetado (ENT). A VNT representa o 
quanto acima ou abaixo do orçamento vamos estar ao final do 
projeto. 
E há o índice de desempenho de custos de recuperação 
(IDCR), também conhecido pela sigla TCPl, que é um parâmetro de 
projeção do EVA, é um indicador com foco no desempenho futuro, 
com o intuito de se encontrar o IDC do trabalho restante para que 
não haja estouro de orçamento, ou seja, serve para dar uma ideia do 
esforço que custa para recolocar o projeto nos eixos. 
Matematicamente, o IDCR é dado pelo quociente entre o trabalho 
restante e os fundos restantes: 
 
 
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Os parâmetros do método do valor agregado estão representados 
com relação à curva S do projeto, na figura a seguir: 
 
Fonte: Mattos (2010) 
 
A curva S feita no início do projeto representa a linha de base 
(baseline), que é a referência com a qual se compara o progresso 
realizado. 
 
3. CRONOGRAMAS FÍSICO E FÍSICO-FINANCEIRO 
Cronograma é uma representação gráfica da execução de um 
projeto, indicando os prazos em que deverão ser executadas as 
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atividades necessárias, mostradas de forma lógica, para que o 
projeto termine dentro de condições previamente estabelecidas. 
Pode ser apresentado como rede (gráficos PERT/CPM ou Roy) ou 
como gráfico de barras (gráfico de Gantt), sendo estes mais 
utilizados para mostrar partes detalhadas daqueles. 
O cronograma físico-financeiro de uma obra pode ser entendido 
como a representação gráfica do andamento previsto para a obra ou 
serviço, em relação ao tempo e respectivos desembolsos financeiros. 
O acompanhamento do cronograma físico permite aferir o 
cumprimento dos prazos e identificar e prevenir possíveis atrasos e o 
acompanhamento do cronograma financeiro permite informar os 
recursos necessários ao andamento da obra. 
No planejamento e no controle de projetos são usados dois tipos 
básicos de cronogramas: o cronograma em rede e o cronograma em 
barras. 
 
3.1 ± Cronogramas em Redes 
As redes podem ser representadas de duas maneiras: com as 
atividades em setas (AES) e as atividades em nós (AEN). 
 
a) Redes de Atividades em Setas (AES) 
Para a elaboração de uma rede AES são utilizadas correntemente 
duas técnicas de origem diversa: a PERT e a CPM. 
A técnica PERT (Program Evaluation and Review Technique ± 
Técnica de Avaliação e Revisão de Programas) é muito utilizado no 
planejamento, revisão e avaliação de projetos, sendo uma técnica 
que utiliza três estimativas de tempo para cada atividade da rede. 
A técnica PERT foi desenvolvida em 1957 para uso no 
Departamento de Defesa dos Estados Unidos na execução do Polaris, 
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23um míssil lançado de um submarino, projeto que envolveu 250 
empreiteiros, cerca de 9.000 subempreiteiros e a fabricação de 
70.000 componentes, muitos dos quais nunca antes produzidos em 
série. O prazo inicialmente previsto era de 5 anos mas, por razões 
políticas, objetivou-se reduzi-lo para 3 anos. Como não havia 
experiência com relação aos prazos de fabricação de cada 
componente, perguntou-se aos fabricantes que prazos máximo, 
normal e mínimo seriam necessários para produzir cada peça. Assim, 
se forem estimados o prazo mínimo ³D´�� R� SUD]R� Pi[LPR� ³E´� H� R�
SUD]R� QRUPDO� ³P´�� SRGH-se, através de tratamento estatístico, 
determinar o tempo esperado como sendo: ݐ௘௦௣௘௥௔ௗ௢ ൌ � ܽ ൅ ?݉ ൅ ܾ ? 
Em função desse tratamento estatístico, a técnica PERT é 
chamada de probabilística. 
A técnica CPM (Critical Path Method ± Método do Caminho 
Crítico), foi desenvolvida também em 1957 pela E. I. Dupont de 
Neymours, uma empresa de produtos químicos que, ao expandir seu 
parque fabril, resolveu planejar suas obras por meio da técnica de 
redes, considerando para as atividades as durações obtidas em 
projetos muito semelhantes executados por ela anteriormente. 
Assim, para uma dada atividade, a Dupont possuía em seus arquivos 
o registro do prazo e das condições em que fora executada, 
possibilitando a elaboração da rede com uma única determinação de 
prazo para cada atividade. Como para cada atividade é feita uma 
única determinação de prazo de duração, baseada em experiência 
pregressa, o CPM é chamado determinístico. 
Com o tempo, as duas técnicas foram se fundindo, passando-se a 
usar a denominação PERT/CPM para esse tipo de redes onde as 
atividades são representadas por setas. 
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A seta que representa a atividade caracteriza-se por um nó inicial 
³L´��GHQRPLQDGR�HYHQWR�GH�LQtFLR��H�SRU�XP�Qy�ILQDO�³M´��FKDPDGR�GH�
evHQWR�GH�ILP��e�RULHQWDGD�GH�³L´�SDUD�³M´�SRU�PHLR�GH�XPD�FDEHoD�GH�
seta e leva em cima a designação da atividade e embaixo a sua 
duração, conforme figura a seguir: 
 
Duas ou mais atividades podem ser sucessivas ou paralelas, sendo 
que estas podem ter ou as mesmas datas (eventos) de início, ou as 
mesmas datas de fim, ou as mesmas datas de início e de fim. 
Em atividades paralelas, quando representadas graficamente, as 
respectivas setas se superpõem, tornando-se difícil distingui-las. Para 
diferenciá-las, usa-se uma atividade fantasma (AF) ou atividade 
de conveniência, muda ou virtual, conforme figura a seguir: 
 
Em contraposição à atividade fantasma tem-se a atividade de 
espera, cuja característica é consumir apenas tempo e nenhum 
outro recurso. É o caso, por exemplo, do tempo gasto na cura do 
concreto após o seu lançamento e adensamento. 
O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo 
possível para a realização do projeto. 
Em uma rede pode haver mais de um caminho crítico. 
b) Redes de Atividades em Nós (AEN) 
A técnica de redes com as atividades representadas por meio 
de nós, conhecida também como Neopert ou Rede de 
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Precedências, foi desenvolvida pelo francês Roy. Os tempos de 
duração das atividades podem ser determinados de forma 
probabilística, como no PERT, ou de forma determinística, como no 
CPM, sendo as atividades ilustradas por retângulos, conforme figura a 
seguir: 
 
 
Na rede Roy não existe atividade fantasma, uma vez que 
as atividades paralelas, como B e C, na figura a seguir, são 
interligadas de maneira clara à atividade antecessora. 
 
 
3.2 ± Cronogramas de Barras 
 Também é denominado Gráfico de Gantt. 
 O cronograma de barras é a representação dos serviços 
programados numa escala cronológica de períodos expressos em dias 
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corridos, semanas, ou meses, mostrando o que deve ser feito em 
cada período. 
 Ele é construído listando-se as atividades de um projeto em 
uma coluna e as respectivas durações, representadas por barras 
horizontais, em colunas adjacentes, com extensão de acordo com a 
unidade de tempo adotada no projeto, de acordo com a figura a 
seguir: 
 
 O cronograma de barras tem, entretanto, a desvantagem de 
não mostrar com clareza a interdependência das atividades. Às 
vezes, indica-se essa interdependência por meio de setas 
pontilhadas, constituídas por linhas retas ou curvas, o que acaba 
tornando extremamente complexa uma figura que se pretende 
simples. Outra desvantagem é que as datas de início e de fim de uma 
atividade, assim como as folgas, devem ser definidas antes de se 
desenhar o cronograma. 
 Apresenta como vantagem a facilidade de aplicação e de 
entendimento, além da possibilidade de seu emprego como 
complemento de outras técnicas de programação. 
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 Ele é perfeitamente aplicável quando se lida com um número 
não muito grande de atividades e de durações relativamente curtas, 
como é o caso do detalhamento de pacotes de trabalho. 
 
4. QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
1) (41 ± MPU/2004 ± ESAF) Diversas ferramentas de 
planejamento podem ser utilizadas para a montagem de um 
cronograma físico para execução de obras. Com relação às 
ferramentas utilizadas para planejamento de obras, é 
incorreto afirmar que: 
a) a aplicação do método da Linha de Balanço se restringe a 
projetos de construção com serviços não repetitivos. 
b) os métodos PERT e CPM fundamentam-se na montagem de 
uma rede de trabalho que retrate o projeto real. 
c) o caminho crítico representa a seqüência de atividades que 
definem o prazo mínimo para realização de uma obra. 
d) o Diagrama de Gantt é um recurso gráfico que permite a 
visualização direta das datas de início e término das 
atividades previstas. 
e) a apresentação do planejamento PERT pode ser feita com o 
uso de diagramas de flechas ou de diagramas de blocos. 
De acordo com Limmer (1997), na construção civil as 
atividades têm, em geral, repetitividade muito baixa. O mesmo não 
ocorre em obras lineares, como a construção de rodovias, ferrovias, 
tubovias, conjuntos habitacionais, a até alguns tipos de edifícios em 
que, à exceção do térreo e da cobertura, os demais pavimentos são 
padronizados. Obras executadas com pré-moldados também se 
encaixam nesse critério. 
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Nas obras com baixa repetitividade o método usual de 
planejamento do tempo é o PERT/CPM, o diagrama de Roy ou de 
precedência e o cronograma de barras ou de Gantt. 
Já nas obras com atividades repetitivas, pode-se usar no 
seu planejamento a técnica da linha de balanço (line of balance), 
também conhecida como técnica do tempo-caminho. 
Portanto, o LWHP�³D´�HVWi�LQFRUUHWR�H�RV�GHPDLV�HVWmR�FRUUHWRV, 
podendo ser considerados didáticos. 
Gabarito: A 
 
2) (43 ± MPU/2004 ± ESAF) A curva S é uma ferramenta 
gráfica utilizada para controle da aplicação e consumo de 
recursos ao longo da execução de um empreendimento. Com 
relação a esta ferramenta, é incorreto afirmar que 
a) a curva Sdepende da existência de um planejamento 
adequado para o consumo de recursos durante a execução da 
obra. 
b) a curva S pode ser utilizada como ferramenta no controle 
do consumo de concreto durante a execução da obra. 
c) a curva S caracteriza os recursos a serem utilizados apenas 
em termos monetários, relacionando-os às datas previstas de 
utilização. 
d) a curva S pode ser utilizada na avaliação do progresso 
físico da obra em função do custo apropriado. 
e) a curva S apresenta sempre o consumo acumulado de 
recursos ao longo do tempo de construção. 
De acordo com Limmer (1997), a curva S mostra a distribuição de 
um recurso, de forma cumulativa, podendo representar o projeto 
como um todo, em termos de homens-hora ou de moedas 
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necessários à sua execução, assim como permite visualizar o 
ritmo de andamento previsto para a sua implementação. 
Portanto, o item C está incorreto ao restringir o uso da curva S 
apenas para os recursos em termos monetários. 
Os demais itens acabam sendo didáticos, por estarem corretos. 
Gabarito: C 
 
3) (19 ± CGU/2008 ± ESAF) A curva ABC representa os 
insumos em ordem decrescente de preço de um determinado 
serviço ou serviços de uma obra. Assinale a opção incorreta. 
a) A curva ABC é baseada no princípio de Pareto. 
b) O princípio de Pareto, no qual a curva ABC se baseia, indica 
que poucas causas usualmente concorrem para a maioria dos 
resultados. 
c) Apesar do nome, a curva ABC é um relatório, podendo ser 
representada graficamente. 
d) Em um gráfico hipotético da curva ABC, a tangente deve ser 
maior no início da curva. 
e) A curva ABC permite avaliar as variações significativas de 
custo em função da variação de preços de insumos. 
O gabarito preliminar forneceu o item D como incorreto, contudo 
esta questão foi anulada. 
Limmer (1997) apresenta um exemplo de gráfico hipotético da 
curva ABC, conforme a seguir: 
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 A curva ABC advém do custo total de cada item, em ordem 
decrescente de valor. As ordenadas correspondem ao valor 
acumulado desses custos. Logo, as primeiras ordenadas 
corresponderão a acréscimos maiores de valores, acréscimos estes 
que vão decrescendo item a item (abscissa). Logo, a tangente à 
curva vai reduzindo de um máximo inicial até um mínimo final. 
Logo, não consegui visualizar de que forma a tangente não 
seria maior no início da curva. 
Gabarito: Anulada 
 
4) (1 ± CGU/2012 ± ESAF) Para a construção de qualquer 
empreendimento, é necessário que exista planejamento, para 
definir a melhor forma de execução, e controle, que permita o 
gerenciamento, o acompanhamento e a adoção de correções, 
quando necessário. Com relação ao planejamento e controle, 
analise as afirmações abaixo. 
I. O método PERT - COM utiliza conceitos de redes (grados) 
para planejar e visualizar a coordenação das atividades do 
projeto. 
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Pessoal, houve erro de digitação no CPM, que saiu COM e em 
JUDIRV�� TXH� VDLX� FRPR� ³JUDGRV´�� &RQVLGHUDQGR� DV� SDODYUDV� &30� H�
grafos, a definição de PERT/CPM está correta. 
Contudo, a banca considerou esses erros de digitação e alterou 
o gabarito deste item de C para E. 
Cabe complementar que o PERT-CPM é um método de 
planejamento, replanejamento, e avaliação de progresso, com a 
finalidade de melhor controlar a execução de um programa ou 
projeto, utilizando os conceitos de Redes (grafos) para planejar e 
visualizar a coordenação das atividades do projeto. 
 
Gabarito Preliminar: Correta 
Gabarito Definitivo: Errada 
 
II. A Linha de Balanço é a técnica de planejamento e controle 
que considera cada tarefa representada por uma linha e os 
dias, semanas ou meses como colunas que determinam a 
duração de cada tarefa no projeto. 
De acordo com Carl Limmer, essa técnica consiste basicamente 
em traçar, referidas a par de eixos cartesianos, linhas que 
representam, cada uma delas, uma atividade e seu respectivo 
andamento. No eixo das abscissas marca-se o tempo e, no das 
ordenadas, os valores acumulados do andamento planejado para 
cada unidade do conjunto. 
Contudo, o tempo não é representado por colunas, a exemplo 
dos histogramas, mas por pontos na abscissa. 
Em suma, a Linha de Balanço é uma técnica de planejamento e 
controle que considera o caráter repetitivo das atividades de uma 
edificação. 
A descrição dada no comando deste item II refere-se ao 
Diagrama de Gantt. 
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Gabarito: Errada 
 
III. O planejamento de médio prazo, considerado como um 
segundo nível de planejamento, o tático, busca vincular as 
metas fixadas no plano principal com aquelas designadas no 
planejamento operacional. 
 
De acordo com Carl Limmer, o planejamento de um projeto é 
feito em nível estratégico e tático para ser, posteriormente, 
desenvolvido em nível operacional, constituindo-se então em 
programação. 
No trabalho de Antonio Gil Nogueira Filho e Bruno da Silva 
$QGUDGH�� LQWLWXODGR� ³3ODQHMDPHQWR� H� &RQWUROH� HP� 2EUDV� 9HUWLFLDLV´���
disponível no sitio <http://www.unama.br/novoportal/ensino/graduacao/cursos/ 
engenhariacivil/attachments/article/128/PLANEJAMENTO-CONTROLE-OBRAS-VERTICAIS.pdf> 
consta que: 
- No planejamento de longo prazo, os horizontes dos planos 
abrangem todo o período de construção e têm como principal objetivo 
a definição dos ritmos das atividades que constituem as grandes 
etapas e seus processos construtivos. 
- O planejamento em médio prazo tem como principal função 
ajustar os planos produzidos no planejamento de longo prazo. Estes 
ajustes devem ser interligados de modo a se compatibilizarem entre 
os recursos disponíveis, a capacidade de produção das equipes e o 
cumprimento de prazos e custos. Esse plano é considerado como 
um segundo nível de planejamento, o tático, que busca 
vincular as metas fixadas no plano principal com aquelas 
designadas no operacional. 2 (grifos nossos) 
 
2
 BALLARD, G. The last planner system of productions control. 2000. (Thesis) - Dpt. Of 
Civil Engineering, University of Birmingham, Birmingham, U.K., June, 2000. 
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Dentre as principais funções do planejamento de médio prazo 
destaca-se a de decompor o plano de longo prazo em pacotes de 
trabalho. 
- O planejamento de curto prazo tem por objetivo atingir a 
maior produtividade na consecução de uma atividade programada 
para ser executada num período entre cinco a quinze dias. Nesse 
tipo de planejamento operacional é necessário detalhar todos os 
recursos necessários e acercar-se de todas as condições favoráveis, 
fixando metas plausíveis, detectando as possíveis causas de 
variabilidade na execução e exercendo controle com ações rápidas e 
eficazes para corrigir os problemas3. (grifos nossos) 
No planejamento de curto prazo são designados os pacotes de 
trabalho para as equipes de produção,normalmente num horizonte 
de uma semana de trabalho, informando o local onde devem ocorrer 
as tarefas4. 
Critérios de qualidade para a elaboração do plano de curto 
prazo, considerados como a chave para a eficácia deste nível do 
planejamento5: 
a) Definição: os pacotes de trabalho devem ser bem definidos, 
de forma a permitir que após o período planejado, verifiquem-se os 
quais foram efetivamente concluídos; 
b) Disponibilidade: todos os recursos que são necessários para 
a realização das tarefas devem estar disponíveis; 
c) Seqüenciamento: o dimensionamento das tarefas deve ser 
adequado, de maneira que os pacotes de trabalho possam ser 
realizados seguindo um seqüenciamento que permita continuidade do 
fluxo de produção; 
 
3
 SERPELL BLEY, Alfredo. Administracion de operaciones de construccion. Santiago: 
Ediciones Universidad Católica de Chile, 1993. 
4
 TOMMELEIN, I. D.; BALLARD, G. Lookhead planning: screening and pulling. In: 
SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE LEAN CONSTRUCTION, 2, 1997, São Paulo. 
$QDLV«�6mR�3DXOR�,QVWLWXWR�GH�(QJHQKDULD�GH�6mR�3DXOR��/RJLFDO�6\VWHP������� 
5
 BALLARD, G. The last planner system of productions control. 2000. (Thesis) - Dpt. Of 
Civil Engineering, University of Birmingham, Birmingham, U.K., June, 2000. 
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d) Tamanho: os pacotes de trabalho devem levar em 
consideração a capacidade produtiva de cada equipe de produção; 
e) Aprendizagem: as razões para o não cumprimento dos 
planos devem ser identificadas e realizadas as ações corretivas 
necessárias. 
 Portanto, verifica-se que o comando deste item III corresponde 
ao que consta na tese de doutorado de Ballard, citada anteriormente. 
 
Gabarito: Correta 
 
IV. O planejamento de curto prazo, normalmente realizado em 
ciclos semanais, tem como principal função orientar 
diretamente a execução da obra. 
 
 Conforme acabamos de ver no item anterior, este comando 
está correto. 
 
Gabarito: Correta 
 
É correto apenas o que se afirma em 
 
a) I, III e IV. 
b) I, II e III. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
e) I e IV. 
 
Gabarito Preliminar: A 
Gabarito Definitivo: D 
 
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5) (13 ± CGU/2012 ± ESAF) Considere o cronograma físico-
financeiro e a composição de preço unitário apresentados a 
seguir e analise as afirmativas. 
 
 
 
I. O item alvenaria corresponde a aproximadamente 10% do 
valor total da obra e estará concluído no sexto mês. 
 
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 Correto, ela representa 10,04% e estará concluído no sexto 
mês conforme os dados da planilha de cronograma físico-financeiro. 
 
II. Até o quinto mês, mais de 60% da obra estará concluída. 
 
 De acordo com a planilha de cronograma físico-financeiro, até o 
quinto mês 60,03% da obra estará concluída. 
 
III. O desembolso acumulado até o terceiro mês da obra será 
de R$ 630.000,00. 
 
 Errado, o valor de R$ 630.000,00 corresponde ao valor medido 
no 3º mês. 
 
IV. Para cumprir o prazo do cronograma, com equipes 
trabalhando 44 horas por semana, será necessário ter na obra 
mais de 50 pedreiros no quinto mês para executar os serviços 
de alvenaria. 
 No 5º mês serão executados 7.400 m2 de alvenaria (50%). 
 De acordo com a composição anexa, cada pedreiro gasta 1,12 h 
para executar 1 m2 de alvenaria. Logo, serão gastas 8.288 horas de 
pedreiros, que divididos por 44 x 4 = 176 horas, resulta em 47,09 
pedreiros. 
 
V. O custo total com mão de obra para o serviço de alvenaria 
pode ser calculado pelo produto do custo horário com 
pedreiro, servente e operador de betoneira pela quantidade de 
alvenaria a ser executada. 
 
 Incorreta, pois para obtermos o custo total com mão de obra 
temos que multiplicar o custo horário (inclusos os encargos sociais) 
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pelo respectivo coeficiente de produtividade e pela quantidade de 
alvenaria. 
 
É correto apenas o que se afirma em 
 
a) I e II. 
b) I, II e III. 
c) II, IV e V. 
d) III, IV e V. 
e) I, II e V. 
 
Gabarito Preliminar: E 
Gabarito Definitivo: A 
 
6) (21 ± CGU/2012 ± ESAF) Sobre a programação de obras, 
assinale a opção correta. 
I. Para se definir a duração de uma atividade, pode-se usar os 
índices de produtividade das equipes de trabalho. 
II. Para se definir a duração de uma atividade, pode-se usar a 
estimativa de três pontos. 
III. A estimativa de três pontos é calculada a partir da média 
ponderada das durações otimistas, pessimistas e realista (ou 
mais provável), em que a duração realista tem peso 4 e as 
demais peso 1. 
a) Apenas o item I está correto. 
b) Apenas o item II está correto. 
c) Apenas os itens I e III estão corretos. 
d) Apenas os itens I e II estão corretos. 
e) Todos os itens estão corretos 
 
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Adotando-se a estimativa de 3 pontos não se define a duração 
de uma atividade, e sim estima-se, pois trata-se de um tratamento 
estatístico. Determina-se o tempo esperado. Por isso, a técnica PERT, 
que adota essa estimativa, é chamada de probabilística, conforme 
ensina Carl Limmer, no livro Planejamento, Orçamentação e Controle 
de Projetos e Obras. 
Com isso, o item II está errado. 
 
Gabarito: C 
 
7) (23 ± CGU/2012 ± ESAF) Uma técnica utilizada para 
gerenciar projetos no que se refere ao acompanhamento, 
monitoramento e controle é a Análise de Valor Agregado. 
Sobre a técnica, assinale a resposta correta. 
I. A partir desta técnica, é possível controlar o custo e o prazo 
de um empreendimento. 
A análise do valor agregado ou EVA (earned value analysis) é 
uma técnica adotada para a avaliação de desempenho de 
empreendimentos, que permite ao planejador ter uma clara noção da 
situação atual do projeto e fazer análises de variância e tendências a 
partir de resultados precisos obtidos a partir da integração de dados 
reais de tempo e custo. 
O método EVA compara o valor do trabalho planejado com o do 
trabalho realmente concluído para avaliar se os desempenhos de 
custo e programação do empreendimento estão de acordo com o 
planejado, por meio de indicadores de desempenho, que permitem 
antever o resultado provável do projeto em termos de custo e prazo. 
 
Gabarito: Correta 
 
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II. A técnica possui a limitação de não ser possível fazer 
estimativas para o término. 
 
Pelo método EVA pode-se aferir o desempenho do projeto até a 
data de aferição do progresso, com relação ao valor previsto, valor 
agregado e custo real. O conhecimento desses valores permite 
estimar quanto ainda falta gastar até sua conclusão, adotando-se 4 
premissas: 
- otimista: baseia-se no orçamento original, em que se assume 
que o trabalho remanescente serárealizado com o custo orçado antes 
do início do projeto: 
 
Onde: 
- EPT: estimativa para o término 
- ONT: orçamento no término ± soma total dos custos previstos 
para o projeto. 
- realista: baseia-se no desempenho de custos. Assume-se que o 
trabalho remanescente será realizado com o padrão de custos 
verificado até o momento. Para isso, a projeção é calculada com base 
no IDC até a data: 
 
- pessimista: baseia-se no desempenho de custos e prazo. 
Assume-se que o trabalho remanescente será realizado com o padrão 
de custos e prazo verificados até o momento. Os custos que ainda 
ocorrerão são estimados com base nos índices de desempenho de 
custo e de prazo até a data: 
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 - nova estimativa: faz-se novo orçamento para o trabalho que 
ainda tem de ser realizado. 
 
Gabarito: Errada 
 
III. O tripé de comparação para o uso da técnica envolve as 
seguintes grandezas: Valor Previsto, Valor Agregado e Custo 
Real. 
Exato, o tripé de comparação do EVA envolve as seguintes 
grandezas: 
- Valor previsto (VP): é o custo que deveria ter sido incorrido no 
período de aferição. Ele corresponde ao custo orçado do trabalho 
agendado (ou planejado), ou seja, calculado de acordo com o 
orçamento/planejamento da obra. O VP não tem nada a ver com o 
que foi fisicamente realizado. Ele corresponde á linha de base. 
- Valor agregado (VA): o custo orçado do trabalho realizado. O 
VA refere-se ao custo orçado e não se relaciona com o custo real, ou 
seja, é o custo do que foi executado com base nos preços planilhados 
e não nos preços de mercado atualizados. 
- Custo real (CR): é o custo real do trabalho realizado, que 
representa quanto custou o que foi executado. O CR refere-se à 
realidade física e não se relaciona com o planejamento prévio da 
obra. 
Gabarito: Correta 
 
a) Apenas o item I está correto. 
b) Apenas o item II está correto. 
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c) Apenas os itens I e II estão corretos. 
d) Apenas os itens I e III estão corretos. 
e) Todos os itens estão corretos. 
 
Gabarito: D 
 
8) (35 ± Metrô/2008 ± FCC) O mercado altamente 
competitivo fez com que muitas empresas da construção civil 
buscassem novos paradigmas de gestão. O gerenciamento de 
projeto é a coordenação eficaz e eficiente de diferentes 
recursos, atendendo-se a parâmetros pré-definidos de 
(A) custo, qualidade e técnica construtiva. 
(B) prazo, custo, flexibilidade e técnica construtiva. 
(C) prazo, custo, qualidade e risco. 
(D) prazo, qualidade e técnica construtiva. 
(E) custo, qualidade, flexibilidade e técnica construtiva. 
De acordo com Limmer, o projeto pode ser entendido como um 
conjunto de atividades que resultam na consecução de um objetivo, 
atendendo-se a parâmetros previamente fixados de prazo, custo, 
qualidade e risco. 
Gabarito: C 
 
9) (89 - ANAC/2012 - CESPE) O objetivo da gestão de 
projetos é executar o que foi disposto no escopo do projeto, 
de acordo com os parâmetros de custo, o prazo e a qualidade 
estipulados. 
O mesmo que vimos na questão anterior aplica-se na gestão de 
projetos, cujo objetivo é a execução do escopo do projeto atendendo-
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se a parâmetros previamente fixados de prazo, custo, qualidade e 
risco. 
Gabarito: Correta 
 
10) (42 ± Defensoria/2009 ± FCC) Sobre planejamento de 
obras, considere: 
I. O planejamento da construção consiste na organização para 
a execução e inclui o orçamento e a programação da obra. O 
orçamento contribui para a distribuição das atividades no 
tempo e a programação refere-se ao controle das relações 
econômicas relacionada às etapas da obra. 
 De acordo com González (2008), o planejamento da construção 
consiste na organização para a execução, e inclui o orçamento e a 
programação da obra. O orçamento contribui para a compreensão 
das questões econômicas e a programação é relacionada com a 
distribuição das atividades no tempo. 
Portanto, houve a troca entre orçamento e programação no 
texto. 
Gabarito: Errada 
II. O planejamento de médio prazo é mais geral, com baixo 
grau de detalhamento, considerando as grandes definições, 
tais como emprego de mão de obra própria ou terceirizada, 
nível de mecanização, organização do canteiro de obras, prazo 
de entrega, forma de contratação. 
De acordo com González (2008), o planejamento de longo 
prazo é mais geral, com baixo grau de detalhamento, 
considerando as grandes definições, tais como emprego de 
mão de obra própria ou terceirizada, nível de mecanização, 
organização do canteiro de obra, prazo de entrega, forma de 
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contratação (preço de custo ou empreitada), e relacionamento com 
o cliente. O plano inicial tem pequeno nível de detalhamento, em 
geral indicando macro-LWHQV�� WDLV� FRPR� ³IXQGDo}HV´�� ³HVWUXWXUD´��
³DOYHQDULD´�H�DVVLP�SRU�GLDQWH��(P�XPD�REUD�GH�GRLV�D�WUrV�DQRV��R�
plano da obra é definido em semestres, por exemplo. Esse nível é 
utilizado para a compreensão da obra e tomada de decisões de nível 
organizacional (gerência da empresa). 
No nível de planejamento de médio prazo trabalha-se com 
atividades ou serviços a serem executados nos 4 a 6 meses 
seguintes. Nesse nível de planejamento a atenção está voltada para a 
remoção de empecilhos à produção, através da identificação com 
antecedência da necessidade de compra de materiais ou contratação 
GH�HPSUHLWHLURV��³ORRNDKHDG�SODQQLQJ´��� 
O planejamento de curto prazo visa à execução 
propriamente dita. Esse planejamento desenvolve uma programação 
para um horizonte de 4 a 6 semanas, detalhando as atividades a 
serem executadas. Nesse caso, já há a garantia do fornecimento de 
materiais e mão de obra, bem como o conhecimento do ritmo normal 
da obra. Adota-se a idéia de produção protegida contra os efeitos da 
LQFHUWH]D� �³VKLHOGLQJ� SURGXFWLRQ´��� RX� VHMD�� DV� DWLYLGDGHV�
programadas têm grande chance de ocorrerem. É comum medir a 
qualidade desse plano através da medição do Percentual de Planos 
Concluídos (PPC), com a identificação das causas das falhas. Desta 
forma o planejamento das próximas atividades poderá ser 
aprimorado. 
Portanto, observa-se que o item II refere-se ao planejamento 
de longo prazo. 
Gabarito: Errada 
III. No nível de planejamento de longo prazo trabalha-se com 
atividades ou serviços a serem executados nos 4 a 6 meses 
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seguintes. Nesse nível de planejamento a atenção está voltada 
para a remoção de empecilhos à produção, através da 
identificação com antecedência da necessidade de compra de 
materiais ou contratação de empreiteiros. 
Conforme vimos no item anterior, o item III refere-se ao 
planejamento de médio prazo. 
Gabarito: Errada 
IV. Com a adoção da produção protegida contra os efeitos da 
incerteza, as atividades programadas têm grande chance de 
ocorrer, sendo comum medir a qualidade desse plano através 
da medição do Percentual dePlanos Concluídos (PPC), com a 
identificação das causas das falhas, condição para o 
aprimoramento do planejamento das próximas atividades. 
Conforme vimos nos comentários do item II, o item IV está de 
exatamente de acordo com a publicação de González (2008). 
Gabarito: Correta 
Está correto o que consta APENAS em: 
(A) III. 
(B) IV. 
(C) III e IV. 
(D) II e III. 
(E) II, III e IV. 
Gabarito: B 
 
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11) (90 - ANAC/2012 - CESPE) Uma das vantagens do 
emprego da estrutura analítica de projetos é a facilidade de 
identificação dos riscos. 
 De acordo com Mattos (2010), a maneira mais prática de 
identificar as atividades é por meio da elaboração da Estrutura 
Analítica do Projeto (EAP), que é uma estrutura hierárquica, em 
níveis, mediante a qual se decompõe a totalidade da obra em pacotes 
de trabalho progressivamente menores. A EAP tem a vantagem de 
organizar o processo de desdobramento do trabalho, permitindo 
que o rol de atividades seja facilmente checado e corrigido. 
Gabarito: Correta 
 
12) (78 ± TCE-AM/2012 ± FCC) A curva ABC 
I. é uma ferramenta utilizada para o gerenciamento focado 
nos itens mais importantes do ponto de vista financeiro de um 
projeto, materiais ou serviços. 
Ok, não é pessoal, está de acordo com o que vimos na aula. A 
classe A reflete os itens mais importantes e que merecem tratamento 
especial por parte do gerenciamento da obra, em termos de 
acompanhamento e controle. 
No caso de obras de construção civil, o processo da curva ABC 
pode ser aplicada tanto para os itens de serviço como para os itens 
de insumos (materiais, mão de obra e equipamentos). 
Gabarito: Correta 
II. representa os diversos insumos ou etapas de uma obra em 
ordem crescente de quantidade e volume. 
Conforme explicado por LIMMER (2009), os itens do conjunto 
devem ser ordenados por sua importância relativa, determinando-se 
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o peso do valor de cada um em relação ao valor do conjunto, 
calculando-se em seguida os valores acumulados desses pesos. O 
número de ordem do item e o respectivo valor acumulado definem 
um ponto e, com uma série de pontos, a classificação ABC pode ser 
representada de forma gráfica, conforme figura a seguir: 
 
 Portanto, os insumos ou etapas são ordenados em ordem 
decrescente de importância. 
Gabarito: Errada 
III. foi idealizada a partir do princípio de que um pequeno 
número de serviços ou insumos é responsável por uma parcela 
mais significativa do custo total da obra. 
De acordo com LIMMER (2009), para distinguir os itens mais 
importantes dos de menor importância, pode-se lançar mão do 
princípio de Pareto, também conhecido como princípio dos ³pouco 
significativos e muitos insignificantes´. 
Baseado nesse princípio, F. Dixie criou a classificação ABC, 
aplicada ao controle de estoques nos processos industriais de 
produção. Essa classificação compõe-se de três faixas: a faixa A, que 
abrange cerca de 10% do total de todos os itens considerados e 
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corresponde a cerca de 70% do valor total desses itens; a faixa B, 
com cerca de 30% dos itens, correspondendo a cerca de 25% do 
valor total, e a faixa C, com aproximadamente 60% dos itens, 
equivalendo a apenas cerca de 5% dos itens totais. 
Gabarito: Correta 
IV. é um método gráfico, de fácil visualização e que define 
com exatidão o caminho crítico de uma obra. 
Conforme vimos, a curva ABC não define o caminho crítico de 
uma obra. Este é definido pelo cronograma em rede PERT/CPM. 
O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo 
possível para a realização do projeto. 
Gabarito: Errada 
Está correto o que se afirma em 
(A) I e II, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II e III, apenas. 
(D) I, III e IV, apenas. 
(E) I, II, III e IV. 
Gabarito: B 
 
13) (65 ± TCE-PR/2011 ± FCC) A hierarquização de serviços e 
insumos em um processo de produção é de extrema 
importância. A classificação estatística de materiais, baseada 
no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos 
materiais baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor é 
denominada 
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(A) PERT/CPM. 
(B) curva ABC. 
(C) curva de Pareto. 
(D) curva 70/30. 
(E) curva PMBOK. 
De acordo com LIMMER (2009), para distinguir os itens mais 
importantes dos de menor importância, pode-se lançar mão do 
princípio de Pareto, também conhecido como princípio dos ³pouco 
significativos e muitos insignificantes´. 
Baseado nesse princípio, F. Dixie criou a classificação ABC, 
aplicada ao controle de estoques nos processos industriais de 
produção. Essa classificação compõe-se de três faixas: a faixa A, que 
abrange cerca de 10% do total de todos os itens considerados e 
corresponde a cerca de 70% do valor total desses itens; a faixa B, 
com cerca de 30% dos itens, correspondendo a cerca de 25% do 
valor total, e a faixa C, com aproximadamente 60% dos itens, 
equivalendo a apenas cerca de 5% dos itens totais. 
Gabarito: B 
 
14) (70 ± TCE-PR/2011 ± FCC) A curva ABC, utilizada para 
análise orçamentária e planejamento de obras, 
(A) é uma ferramenta de gerenciamento, focada nos itens 
menos importantes do ponto de vista financeiro de um 
projeto, materiais ou serviços. 
Ao contrário, a curva ABC ajuda a focar nos itens mais 
importantes. 
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Gabarito: Errada 
(B) representa os diversos insumos ou etapas de uma obra em 
ordem crescente de quantitativo. 
Ao contrário, a curva ABC ordena os itens em ordem 
decrescente de importância. 
Gabarito: Errada 
(C) permite gerenciar a obra ou serviço, através das folgas e 
interdependências, e as atividades fantasmas. 
O cronograma PERT/CPM é que permite visualizar as folgas e 
interdependências, assim como atividades fantasmas. 
Gabarito: Errada 
(D) é um método gráfico, de fácil visualização, que define com 
exatidão o caminho crítico de uma obra. 
Conforme vimos, a curva ABC não define o caminho crítico de 
uma obra. Este é definido pelo cronograma em rede PERT/CPM. 
O caminho crítico é aquele que demanda o menor tempo 
possível para a realização do projeto. 
Gabarito: Errada 
(E) foi idealizada a partir do princípio de que um pequeno 
número de serviços ou insumos é responsável por uma parcela 
mais significativa do custo total da obra. 
Exato, conforme vimos na questão anterior. 
Gabarito: E 
 
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15) (82 ± TCE-PI/2005 ± FCC) É correto afirmar que a curva 
ABC 
 
(A) tem sido usada para a gestão de compras. 
De acordo com Limmer, a classificação ABC permite concluir 
quais itens do projeto devem ser controlados. 
Portanto, a curva ABC é ferramente de controle em vez de 
compras. 
Gabarito: Errada 
(B) é obtida pela ordenação dos itens conformea sua 
importância absoluta. 
Errado, a ordenação ocorre pela importância relativa de cada 
item. 
(C) permite conhecer os itens de estoque considerados 
prioritários para aumentar a estocagem dos mesmos e facilitar 
a disponibilização para os usuários. 
Na verdade permite conhecer os itens de maior valor relativo 
para o seu maior controle. 
(D) é adotada como instrumento auxiliar na administração de 
materiais das empresas privadas, pois nas públicas não 
apresentam resultados práticos. 
O gerenciamento de obras públicas também demanda as 
técnicas de gerenciamento aplicadas pelo setor privado. Afinal, a 
racionalização dos recursos públicos é dever dos gestores. 
(E) permite identificar aqueles itens que requisitam 
tratamento adequado quanto a sua administração. 
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Exato, a curva ABC é ferramenta que permite selecionar 
racionalmente quais itens devem ser controlados, em função da sua 
importância relativa. 
Gabarito: E 
 
16) (84 ± TCE-AM/2008 ± FCC) A tabela abaixo mostra o 
cálculo de valores relacionados aos itens consumidos por uma 
construtora, em um período de 12 meses. 
 
 
De acordo com o conceito da Curva ABC, produtos estão 
corretamente classificados em: 
 
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Curva ABC: 
Parte A: itens mais relevantes em ordem decrescente: 
- P1 (30,4%), P6 (22,1%) e P5 (19%) = 71,5% 
Parte B: itens intermediários: selecionam-se os que 
representam entre 5% e 10% do total: P2, P3 e P4 
Parte C: itens menos relevantes: representam menos que 2%: 
P7 a P15. 
Já na primeira alínea encontram-se os itens corretamente 
classificados. 
Gabarito: A 
 
17) (15 ± SAEP/2014 ± VUNESP) Na figura, tem-se o 
cronograma físico-financeiro de uma obra pública apresentado 
na contratação e que foi atendido até o segundo bimestre. 
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O desembolso financeiro do realizado no segundo bimestre de 
construção foi de 
(A) R$ 29.000,00. 
(B) R$ 26.150,00. 
(C) R$ 31.200,00. 
(D) R$ 24.500,00. 
(E) R$ 27.500,00 
 No 2º bimestre realizaram-se 60% das fundações, 40% da 
alvenaria e 30% da estrutura. 
 Segue o desembolso do 2º bimestre = (60%.R$ 12.000,00) + 
(40%.30.000,00) + (30%.40.000,00) = R$ 7.200,00 + R$ 12.000,00 
+ R$ 12.000,00 = R$ 31.200,00 
Gabarito: C 
 
18) (42 ± Metrô-SP/2010 ± FCC) Considerando a 
orçamentação de contratos de serviços e obras civis, a 
planilha onde aparecem: unidade, quantidade, preço unitário, 
preço global, percentual de participação do insumo no 
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orçamento global e percentual de participação acumulado de 
cada insumo no orçamento global, é classificada como 
(A) Orçamento por Etapas. 
(B) Curva ABC. 
(C) Quantitativo Sequencial de Materiais. 
(D) Listagem de Composições de Serviços. 
(E) Listagem Resumida das Composições de Serviços. 
Conforme vimos na questão anterior, a descrição do comando 
da questão refere-se à Curva ABC. 
Gabarito: B 
 
19) (53 - TRE-PI/2009 ± FCC) Considere as seguintes 
afirmações sobre orçamentos e acompanhamento de obras: 
I. A curva ABC representa os diversos insumos ou etapas em 
ordem crescente de preço. Essa técnica baseia-se no princípio, 
segundo o qual um grande número de serviços ou insumos é 
responsável por uma parcela mais significativa do custo total 
da obra. 
Errado, pois a ordem é decrescente. 
II. O acompanhamento do cronograma físico permite aferir o 
cumprimento dos prazos e identificar e prevenir possíveis 
atrasos. 
Correto, pois o cronograma físico representa graficamente a 
execução de um projeto, indicando os prazos em que deverão ser 
executadas as atividades necessárias, mostradas de forma lógica, 
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para que o projeto termine dentro de condições previamente 
estabelecidas. 
III. O acompanhamento do cronograma financeiro permite 
informar os recursos necessários ao andamento da obra. 
Correto, pois o cronograma financeiro de uma obra representa 
graficamente o andamento previsto para a obra ou serviço, em 
relação ao tempo e respectivos desembolsos financeiros. 
IV. Preço é a importância necessária para que se obtenha um 
bem ou serviço. 
O orçamento é que representa o montante previsto para a 
obtenção dos bens ou serviços. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II e III. 
(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
Gabarito: C 
 
20) (87 - ANAC/2012 - CESPE) Tratando-se de custo de mão 
de obra, os percentuais de encargos sociais dos mensalistas e 
dos horistas são os mesmos, havendo diferenciação de custos 
apenas no valor do salário. 
 Conforme vimos na aula de Análise Orçamentária, para os 
mensalistas não incide nos encargos o repouso semanal remunerado, 
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feriados, auxílio-enfermidade, licença-paternidade e outros. Com isso, 
os encargos sociais dos mensalistas são menores que os dos horistas. 
Gabarito: Errada 
 
21) (34 ± Metrô/2009 ± FCC) Na análise do diagrama de 
flechas, no acompanhamento administrativo da obra por um 
técnico de manutenção civil, o caminho crítico é aquele 
(A) que apresenta a relação de eventos, com caminho mais 
curto entre as tarefas. 
(B) que possui maior número de tarefas na execução do 
projeto. 
(C) em que a tarefa ocorre antes do tempo previsto. 
(D) que utiliza um número maior de trabalhadores durante 
sua execução. 
(E) que demanda o menor tempo possível para a realização do 
projeto. 
 Conforme vimos nas questões anteriores, o caminho crítico é 
aquele que demanda o menor tempo possível para a realização do 
projeto. 
Gabarito: E 
 
22) (69 ± TCE-SE/2011 ± FCC) No cronograma de redes da 
figura, o tempo é indicado em dias. 
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A folga total possível de ser aplicada, em dias, no caminho das 
atividades A, D e L, sem comprometer o tempo definido pelo 
caminho crítico da obra, é 
 
(A) 28 (B) 23 (C) 18 (D) 16 (E) 10 
 
O prazo total entre os eventos 1 a 11 é o que totaliza maior 
número total de dias, no caso, 28 dias, no caminho das atividades C, 
F, I, K e M. 
As atividades A, D e L consomem (5 + 2 +3) dias = 10 dias. 
Portanto, a folga no caminho A, D e L, de forma a não haver 
atraso na obra é de (28 dias ± 10 dias) = 18 dias. 
 
Gabarito: C 
 
23) (67 ± TCE-CE/2010 ± FCC) Considere a rede PERT-CPM 
da reforma de uma residência, como representada na figura 
abaixo. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 17 
 
58 
 
 
Nessa rede, os círculos representam os eventos

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