Buscar

curso 13398 aula 19 v1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 19
Engenharia Civil p/ FUNAI - (Cargo: Engenheiro Civil) - com videoaulas
Professor: Marcus Campiteli
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 49 
 
 
AULA 19: GEOTECNIA E CONTENÇÕES 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1 
1. MECÂNICA DOS SOLOS 2 
1.1 Tensões no Solo 2 
1.2 Determinação das Pressões Geostática 9 
2. CONTENÇÃO DE TALUDES E PARAMENTOS 9 
2.1 Introdução 9 
2.2 Muros 10 
2.3 Cortinas 20 
2.4 Escoramentos 21 
2.5 Paramentos 21 
3. QUESTÕES COMENTADAS 31 
4. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 44 
5. GABARITO 49 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49 
 
Olá pessoal, esta é a aula de Geotecnia e Contenções. 
O capítulo 1 desta aula baseia-se no curso de Mecânica dos 
Solos da Ilustríssima professora Maria José Cândido, ministrado no 
IME. 
Bons estudos e boa sorte ! 
 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 49 
 
 
MECÂNICA DOS SOLOS 
1 ± INTRODUÇÃO 
 A Mecânica dos Solos é o ramo matemático da Geotecnia, pois 
tem como característica a aplicação de uma teoria previamente 
desenvolvida, às necessidades de um problema prático. Aplica aos 
solos os princípios básicos da mecânica, incluindo a cinemática, a 
dinâmica, a mecânica dos fluidos e dos materiais. 
1.1 ± TENSÕES NO SOLO 
 Do ponto de vista microscópico, todos os corpos são compostos 
de moléculas, partículas discretas, conectadas umas às outras por 
forças de atração e repulsão. Na ausência de qualquer força externa 
agindo sobre ele, um corpo permanece em equilíbrio e não sofre 
deformações. Entretanto, na solução dos problemas de engenharia, 
onde em geral são necessárias previsões de resistência e 
deformações de estruturas ou materiais em decorrência de 
carregamentos, não seria conveniente a necessidade da 
determinação do deslocamento de cada partícula ou o cálculo da 
força de interação, em cada par de moléculas. 
 Assim, para fins práticos, ignora-se a natureza molecular da 
matéria e, portanto, as descontinuidades e as variações, a nível 
microscópico. Adota-se a hipótese abstrata de que a matéria, seja 
sólida, líquida ou gasosa, é um meio contínuo e como tal o material 
distribui-se, continuamente, em todo o espaço considerado, sem 
deixar intervalos ou vazios. 
1.1.1 ± Conceito de Tensão 
 As forças de massa são aquelas que atuam em todo o volume 
do corpo, como por exemplo, as resultantes de um campo 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 49 
 
 
gravitacional e magnético. Dimensionalmente são especificadas em 
termos de força por unidade de volume do corpo. 
 As forças de superfície existem, somente, pela pressão entre 
dois corpos. Consequentemente, atuam na superfície externa dos 
corpos e são transmitidas indiretamente ao interior. Definem-se em 
termos de força por unidade de área. A pressão de um fluido sobre a 
superfície de um corpo, a carga uniformemente distribuída sobre uma 
viga, as cargas de uma fundação sobre o terreno e as forças devidas 
ao vento constituem exemplos de forças de superfície. 
 Um corpo se encontra em equilíbrio, quando as forças internas 
e as forças externas são iguais em valor e de direções opostas. 
 As grandezas de tais forças são usualmente definidas por sua 
intensidade, ou seja, pela força que atua sobre a unidade de área da 
superfície considerada. No estudo das forças internas essa 
intensidade denomina-se tensão. 
 Cabe ressaltar que o valor da tensão está vinculado a um 
determinado plano. Mudando-se o plano será obtido novo vetor 
representativo da tensão. 
1.1.2 ± Conceito de Tensão Total nos Solos 
 Um corpo de solo é composto por um conglomerado complexo 
de partículas, cujas dimensões variam de valores microscópicos, nas 
argilas, a valores macroscópicos nos pedregulhos e matacões. As 
partículas sólidas apresentam-se arrumadas de várias formas e 
orientações, deixando vazios entre elas, os quais podem estar 
preenchidos com água, ar ou ambos. Em consequência, para a 
aplicação convencional do contínuo aos problemas da mecânica dos 
solos, são necessárias algumas considerações adicionais e a 
introdução do conceito de pressão média. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 49 
 
 
 Na figura (a) a seguir��D�iUHD�HOHPHQWDU�Ʃ$��GHILQLGD�QR�LQWHULRU�
de uma massa de solo, seria aparentemente contínua. Observada de 
forma ampliada, constata-se que o plano secciona tanto partículas 
sólidas como os vazios (b). Com uma maior ampliação, evidencia-se 
TXH�D� IRUoD�Ʃ)�VHUi�DSOLFDGD� WDQWR�QDV�SDUWtFXODV�GR� VROR�FRPR�QRV 
vazios. 
 
 Nesse caso, não teria sentido definir tensões no ponto, mas 
valores médios das tensões distribuídas pelas partículas e vazios, 
denominadas tensão normal total (ı��H�WHQVmR�WDQJHQFLDO�WRWDO �IJ�� 
 Portanto, em mecânica dos solos o termo tensão refere-se à 
tensão macroscópica, definida pela relação entre a força atuante e a 
área total. 
 Tensão = Força / Área Total 
 
a) Tensão Vertical Total 
 Em diversas situações, o comportamento dos solos está 
relacionado à tensão decorrente da ação da gravidade sobre a massa 
de solo. Como exemplo, na figura a seguir consta o perfil de um 
terreno, com a superfície plana e horizontal, formado por dois 
horizontes de diferentes materiais. Na face horizontal do elemento de 
solo, situado a uma profundidade Z abaixo da superfície, atuará 
apenas a tensão vertical, decorrente do peso das camadas de solo, 
acima do elemento. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 49 
 
 
 
 Se o solo for constituído de n camadas com espessura e peso 
específico Hi e peso específico DŽi, a pressão vertical total, no 
elemento, será calculada pela expressão: 
 
 Os pesos específicos adotados devem considerar todos os 
elementos presentes no solo. Assim, nos solos saturados, devem 
incluir os grãos minerais do solo e a água dos vazios, ou seja, o peso 
HVSHFtILFR�VDWXUDGR��DŽsat). 
 No exemplo da figura acima, onde o terreno tem apenas duas 
FDPDGDV�H�R�QtYHO� G¶DJXD�VH�HQFRQWUD�D�XPD�SURIXQGLGDGH Za, será 
adotado o peso específico saturado da camada inferior e o peso 
específico aparente da camada superior, conforme a seguir: 
 
1.1.3 ± Conceito de Pressão Neutra 
 Foi mencionado, anteriormente, que os vazios dos solos podem 
estar preenchidos por um ou mais fluidos. Cada um desses fluidos 
poderá estar sob pressão e, provavelmente, as pressões de cada 
fluido serão diferentes. Neste curso, serão considerados os solos 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof.Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 49 
 
 
saturados onde o único fluido presente é a água, que como uma 
camada contínua, preenche todos os vazios e envolve as partículas do 
solo. A pressão atuando na água dos vazios denomina-se pressão 
neutra (u). 
 Quando uma massa de água contida num recipiente está em 
equilíbrio, conforme a figura (a) seguinte, a pressão da água varia 
linearmente com a profundidade na forma u = h. DŽa, sendo h a 
profundidade do plano considerado e DŽa o peso específico da água. 
Levando-se em conta que na superfície da água atua a pressão 
atmosférica patm, a pressão total ou absoluta a um profundidade h 
terá o valor 
p = patm + u 
com a distribuição representada na figura (b): 
 
 A mecânica dos solos adota, como pressão de referência, a 
pressão atmosférica e usa em seus cálculos a pressão manométrica, 
definida pela diferença: 
u = p ± patm = h. DŽa 
 Inserindo-se tubos piezométricos a diferentes profundidades, a 
água se elevará até a superfície. Diz-se, então, que não existe 
excesso de pressão hidrostática na massa de água, ou seja, a 
pressão representada pela coluna de água no tubo piezométrico, 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 49 
 
 
decorre apenas, das posições relativas dos piezômetros ao plano de 
referência. 
 
 Enchendo-se o reservatório com solo seco, de modo que a água 
preencha seus vazios e a superfície do solo saturado coincida com a 
superfície livre anterior da água, as alturas das colunas de água nos 
piezômetros, não se alterarão. 
 Portanto, a pressão neutra dos solos saturados, quando a água 
estiver em equilíbrio, poderá ser calculada pela expressão acima, isto 
é, u = DŽa.ha, onde há é a profundidade do ponto em questão, em 
UHODomR�j�VXSHUItFLH�GR�OHQoRO�G¶iJXD� 
 
1.1.4 ± Princípio da Tensão Efetiva 
 Com base em resultados de experiências de laboratório, em 
1936, Terzaghi enunciou o chamado princípio da tensão efetiva, 
estabelecendo que o comportamento de um solo depende de uma 
combinação da tensão total e da pressão neutra e não de seus 
valores individuais. 
 Este princípio é provavelmente o conceito mais simples e 
importante da mecânica dos solos. Compõe-se de duas afirmativas: 
 a) Todos os efeitos mensuráveis, decorrentes de uma variação 
de tensões, tais como, compressão, distorção e resistência ao 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 49 
 
 
cisalhamento são exclusivamente devidos à variação da tensão 
efetiva. 
 b) Nos solos saturados, a tensão efetiva é definida pela 
expressão u ± ı = ıĻ� 
 Existem instrumentos que permitem a medida direta, no 
terreno, da tensão total e da pressão neutra. Entretanto, a tensão 
HIHWLYD��ıĻ��Vy�SRGHUi�VHU�DYDOLDGD�HP�IXQomR�GH��ı��H��X��� 
 Para o entendimento do significado do princípio da tensão 
efetiva, serão considerados a seguir três corolários: 
 - Corolário 1: Dois solos com as mesmas características 
geotécnicas, submetidos a tensões totais e pressões neutras 
diferentes, terão idênticos comportamentos de engenharia, se as 
tensões efetivas forem iguais. 
 - Corolário 2: Se um solo é carregado ou descarregado, sem 
variação de volume e sem sofrer qualquer distorção, não ocorrerão 
modificações na tensão efetiva. 
 - Corolário 3: Um solo sofrerá uma expansão (aumento de 
volume ) e uma compressão (diminuição de volume ) se somente a 
pressão neutra, respectivamente, aumentar ou diminuir. 
a) Significado Físico da Tensão Efetiva 
 A tensão efetiva, em qualquer ponto de uma massa de solo é, 
aproximadamente, a força suportada pelo esqueleto sólido, expressa 
por unidade de área. 
 A pressão efetiva controla a variação de volume e a resistência 
de uma massa de solo. 
 A elevação das tensões efetivas induzirá a diminuição dos 
vazios do solo. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 49 
 
 
 
1.2 ± DETERMINAÇÃO DAS PRESSÕES GEOSTÁTICAS 
 Na solução de muitos problemas geotécnicos, tais como os 
relativos ao estudo dos recalques, capacidade de carga dos solos e 
empuxos de terra, necessita-se do conhecimento das tensões 
existentes no terreno ou seja das tensões in situ, em várias 
profundidades. Quando essas tensões são produzidas pelo peso das 
camadas de solo, sobrejacentes a um determinado plano, são 
denominadas tensões geostáticas. 
 No estudo das tensões geostáticas estuda-se a distribuição da 
pressão total, pressão neutra e pressão efetiva, em diversas 
profundidades de um terreno. 
 
2 - CONTENÇÃO DE TALUDES E ESCORAMENTOS 
 
2.1 ± INTRODUÇÃO 
Quando uma massa de solo ou rocha apresenta uma superfície 
permanentemente inclinada com a horizontal, diz-se que ela constitui 
um TALUDE. 
Todos os taludes apresentam a tendência natural de buscar 
uma forma mais estável, em direção a horizontal ou seja, encontram-
se numa situação de instabilidade, sujeitos a movimentos e a 
rupturas. 
Contenção é todo elemento ou estrutura destinado a 
contrapor-se a empuxos ou tensões geradas em maciço cuja condição 
de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavação, corte ou 
aterro. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 49 
 
 
As contenções devem suportar os empuxos exigidos pelo 
terreno, para garantir sua estabilidade, fazendo as funções de 
paramento e de escoramento. O paramento está ligado à estabilidade 
local e o escoramento à estabilidade global. 
A relação entre a resistência do maciço e a resultante das ações 
(peso do maciço, água, sobrecargas etc), evolui desfavoravelmente 
com o aumento da profundidade (usualmente com o quadrado da 
profundidade). 
Muros são estruturas corridas de contenção constituídas de 
parede vertical ou quase vertical apoiada numa fundação rasa ou 
profunda. Podem ser construídos em alvenarias (de tijolos ou 
pedras) ou em concreto (simples ou armado) ou ainda, de 
elementos especiais. Sua fundação pode ser direta, rasa e corrida 
ou profunda, em estacas ou tubulões. 
Escoramentos são estruturas provisórias executadas para 
possibilitar a construção de outras obras. São utilizados mais 
comumente para permitir a execução de obras enterradas ou o 
assentamento de tubulações embutidas no terreno. 
Cortinas são contenções ancoradas ou apoiadas em outras 
estruturas, caracterizadas pela pequena deslocabilidade. 
Reforços do terreno são construções em que um ou mais 
elementos são introduzidos no solo com a finalidade de aumentar sua 
resistência para que possa suportar as tensões geradas por um 
desnível abrupto. Nesta categoria enquadram-se o Solo Reforçado, 
a Terra Armada e o Solo Grampeado ou Pregado. 
 
2.2 ± MUROS 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 49 
 
 
a) Muros de Gravidade são estruturas corridas, massudas, que se 
opõem aos empuxos horizontais pelo peso próprio. Em geral são 
empregadas para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores a 
cerca de 5 m. Podem ser construídos de concreto simples, ciclópico 
ou com pedras, argamassadas ou não. 
A largura da seção transversal é da ordem de 40% da altura a 
ser arrimada. 
 
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 49 
 
 
 
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP 
 
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 49 
 
 
 
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 49 
 
 
Fonte: <http://www.maccaferri.com.br > 
 
 
 
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP 
 
 
Fonte: <http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf > 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 49 
 
 
 
Fonte: <http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf > 
 
b) Muros "Atirantados" são estruturas mistas em concreto e 
alvenaria de blocos de concreto ou tijolos, com barras quase 
horizontais, contidas em planos verticais perpendiculares ao 
paramento do muro, funcionando como tirantes, amarrando o 
paramento a outros elementos embutidos no maciço, como blocos, 
vigas longitudinais ou estacas. São construções de baixo custo 
utilizadas para alturas até cerca de 3 m. 
c) Muros de Flexão são estruturas mais esbeltas, com seção 
transversal em forma de "L" que resistem aos empuxos por 
flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço arrimado, que se 
apóia sobre a base do ³L´, para manter-se em equilíbrio. No mais das 
vezes são construídos em concreto armado, tornando-se, em geral, 
antieconômicos para alturas acima de 5 a 7 m, conforme a figura a 
seguir: 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 49 
 
 
 
d) Mistos - São muros com características intermediárias entre os 
supracitados, que funcionam, portanto, parcialmente pelo peso 
próprio e parcialmente a flexão, utilizando parte do terrapleno 
como peso para atingir uma condição geotêxtil de equilíbrio. 
e) Muros de Contrafortes são os que possuem elementos verticais 
de maior porte, chamados contrafortes ou gigantes, espaçados, em 
planta, de alguns metros, e destinados a suportar os esforços de 
flexão pelo engastamento na fundação. O paramento do muro, nesse 
caso, é formado por lajes verticais que se apoiam nesses 
contrafortes, conforme a figura a seguir: 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 49 
 
 
Como nos muros de flexão, o equilíbrio externo da estrutura é 
conseguido tirando-se proveito do peso próprio do maciço animado, o 
qual se apóia sobre a sapata corrida ou laje de fundação. A diferença 
em relação aos muros de flexão é essencialmente estrutural. Os 
gigantes ou contrafortes podem ser construídos para o lado externo 
do paramento vertical ou embutidos no terrapleno animado. 
A largura das fundações, no caso de se tratar de sapata corrida 
é, em média, da ordem de 40% da altura a ser arrimada. 
Com fundação direta, em geral a condição crítica de equilíbrio é 
a relativa à translação, o que pode exigir a construção de um dente 
vertical na fundação para mobilizar uma parcela maior de resistência 
a esse deslocamento. 
f) Muros de Gabiões são muros de gravidade constituídos pela 
superposição de "gaiolões" de malhas de arame galvanizado cheios 
com pedras cujos diâmetros mínimos devem ser superiores à 
abertura de malha das gaiolas. São empregados para faixas de 
alturas da mesma ordem de grandeza das dos muros de gravidade. 
São construídos posicionando-se os gabiões no local em que 
deverão ficar, enchendo-os com pedras de mão para formar as 
sucessivas fiadas que formarão um arrimo de gravidade. 
Tipos de Muros de Gabiões: 
- Caixa: em forma de paralelepípedo retângulo 
- Colchões Reno: reduzida espessura: 15, 20 ou 30 cm. 
- Cilíndricos ou dos tipos sacos ou bolsa: constituídos por 
um único pano de tela que forma um cilindro aberto em uma 
extremidade (do tipo saco), ou do lado (do tipo bolsa). 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 49 
 
 
 
 
 
Fonte: <http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf > 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 49 
 
 
 
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP 
 
g) "Crib Wall" (Parede de engradados) são estruturas formadas 
por elementos pré-moldados de concreto armado ou de madeira ou 
aço, que são montados no local, em forma de "fogueiras" justapostas 
e interligadas longitudinalmente, cujo espaço interno é cheio de 
preferência com material granular graúdo. 
São construídas montando-se as peças pré-moldadas das 
sucessivas "fogueiras", no próprio local e enchendo os espaços 
centrais, de preferência, com material granular graúdo (brita grossa 
ou pedras de mão). São estruturas capazes de se acomodar a 
recalques das fundações e funcionam como arrimos de gravidade. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 49 
 
 
 
 
Fonte: <http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php/Crib_wall> 
 
2.3 ± CORTINAS 
Cortinas são contenções que, pelo fato de serem ancoradas ou 
acopladas a outras estruturas, mais rígidas, apresentam menor 
deslocabilidade, o que pode levar os maciços contidos a comportar-se 
em regime elastoplástico, dando origem a solicitações maiores do que 
as calculadas no equilíbrio limite. Nessas condições, a "rigidez 
relativa" da cortina tem influência na distribuição e na intensidade 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e QuestõesProf. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 49 
 
 
dos empuxos sobre a cortina, os quais, por sua vez, dependem dos 
deslocamentos e das deformações na interface "solo-cortina". 
Qualitativamente, diz-se que uma cortina ou parede é flexível 
quando seus deslocamentos, por flexão, são suficientes para 
influenciar significativamente a distribuição de tensões aplicadas pelo 
maciço. Rígidas são cortinas cujas deformações podem ser 
desprezadas. 
As ancoragens são barras ou tirantes embutidos no próprio 
maciço a ser arrimado, localizadas em planos perpendiculares a uma 
cortina, funcionando a tração, com um comprimento que lhe confira 
capacidade para se contrapor aos empuxos gerados por esse maciço, 
servindo, na extremidade livre, de apoio à própria cortina de arrimo. 
 
 
Fonte: <http://www.geosonda.com.br/cortina.php> 
 
2.4 ± ESCORAMENTOS 
Os escoramentos compõem-se, de um modo geral, dos 
seguintes elementos: "paredes", "longarinas", "estroncas" e 
"tirantes". 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 49 
 
 
a) Parede: é a parte em contato direto com o solo a ser contido. E, 
mais comumente, vertical e formada por materiais como madeira, 
aço ou concreto. Quando formada por pranchas de madeira, pode ser 
contínua ou descontínua. 
b) Longarina: é um elemento linear, longitudinal, em que a parede 
se apoia. Em geral é disposta horizontalmente e pode ser constituída 
de vigas de madeira, aço ou concreto armado. 
c) Estroncas ou escoras: são elementos de apoio das longarinas. 
Dispõem-se, portanto, no plano horizontal das longarinas, sendo 
perpendiculares às mesmas. Podem ser constituídas de barras de 
madeira ou aço. 
Têm o mérito de não utilizar os terrenas adjacentes à 
contenção e de serem reutilizáveis. 
 
d) Tirantes: são elementos lineares introduzidos no maciço contido e 
ancorados em profundidade por meio de um trecho alargado, 
denominado bulbo. Trabalhando a tração, podem suportar as 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 49 
 
 
longarinas em lugar das estroncas, quando essa solução for mais 
adequada ou econômica. 
Em certas circunstâncias é o único sistema de escoramento 
exequível como, por exemplo, em muitos casos de contenção de 
encostas. 
As perfurações para instalação dos tirantes podem provocar 
recalques nas edificações vizinhas, as injeções para fixação dos 
mesmos levantamento do terreno e a protensão destes pode 
introduzir esforços horizontais nas fundações das edificações 
adjacentes. 
 
2.5 ± PARAMENTOS 
a) Estacas-Prancha 
As estacas-prancha metálicas são implantadas através de 
cravação por percussão ou por vibração. 
Devido ao sistema de ligação entre as estacas pranchas, elas 
formam um paramento estanque que evita o fluxo d'água e o 
carreamento de material para o interior das escavações e, portanto, 
dependendo do comprimento de sua "ficha'' e das características do 
subsolo, podem dispensar, muitas vezes, a utilização de sistemas de 
rebaixamento do lençol freático. 
Podem ser utilizadas com qualquer tipo de escoramento. 
O escoramento inferior das estacas-prancha é proporcionado 
pelas próprias "fichas" que, também, suportam os esforços verticais 
atuantes no paramento. 
 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 49 
 
 
b) Perfil Pranchado 
Este tipo de paramento é muito utilizado em obras de 
contenções implantadas acima do lençol freático e em solos que 
podem, por um efeito de arqueamento (areias) ou devido à sua 
coesão (siltes e argilas), permanecer estáveis, ao menos 
temporariamente, de modo a permitir a escavação do terreno, entre 
perfis, para instalação do prancheamento. 
O espaço necessário para a sua implantação é, geralmente, 
pequeno (20 cm a 40 cm). 
O perfil pranchado pode ser utilizado com qualquer tipo de 
escoramento. 
Abaixo do N.A., geralmente só podem ser implantadas com 
auxílio de sistemas de rebaixamento do lençol freático. 
 
Fonte: <http://sete.eng.br> 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 49 
 
 
 
Fonte: <http://sete.eng.br> 
 
c) Paramentos com Estacões 
São cortinas constituídas por estações escavados com lama 
bentonítica, estações revestidos com camisas metálicas e também 
cortinas de tubulões executados a céu aberto. 
Solução muito adotada na execução de contenções em que o 
solo a ser contido é constituído por argilas médias, rijas e duras ou 
solos, acima do N.A., que apresentam uma certa coesão que permite 
espaçar os estações ou tubulões para compensar o maior consumo de 
concreto e aço, por m2 de paramento, decorrente de sua forma 
circular. 
No caso de estacões justapostos, sempre haverá entre eles um 
espaço de pelo menos 5 cm a 10 cm ou até mais, no caso de 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 49 
 
 
contenções profundas (problema de vertical idade), por onde fluirá 
para dentro da escavação água e solo. Este problema pode ser 
resolvido fazendo-se um tratamento das juntas através de injeções 
químicas (injeções de cimento são pouco eficazes) ou através de 
colunas Jet Grout. 
 
 
d) Cortinas com Microestacas ou Estacas Tipo Raiz 
Estacas de pequeno diâmetro não são os elementos mais 
apropriados para serem utilizados como paramento de uma 
contenção, pois, tendo pouca capacidade para resistir a momentos 
fletores devido a sua reduzida seção transversal, exigem um maior 
número de pontos escorados, e apresentam, como no caso dos 
estações, os mesmos problemas de justaposição com o agravante de 
se ter um maior número de juntas por m2 de paramento. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 49 
 
 
Seu emprego tem sido limitado a situações onde outros 
sistemas se mostram inviáveis. 
e) Cortinas com Estacas Tipo Hélice Contínua 
Tudo o que foi dito com relação às cortinas constituídas por 
estações se aplica às cortinas executadas com estacas tipo hélice. 
Devido ao processo executivo, elas apresentam como vantagem 
em relação aos estações o fato de não utilizarem lama bentonítica e 
ou camisas metálicas para conter o terreno e ter uma velocidade de 
execução bem maior. 
O processo de colocação da armadura, neste tipo de estaca, 
não permite que ela, dependendo do seu comprimento, seja 
totalmente armada. Por este motivo a sua utilização em contençõesfica limitada a paramentos cuja altura incluindo o comprimento da 
ficha seja igual ou inferior ao comprimento da estaca possível de ser 
armado. 
f) Colunas "Jet Grout" 
As colunas "Jet Grout" nada mais são que colunas de 
solo/cimento e, como tal, têm pouca resistência à tração, não sendo, 
por este motivo, muito utilizadas como paramento, a não ser em 
casos de contenção de pequena altura ou em paramentos cuja forma 
induza tensões predominantemente de compressão como no caso de 
contenções de paredes de poços circulares. 
Podendo ser executadas secantes umas às outras, as colunas 
"Jet Grout" formam um paramento "estanque". 
Elas são estruturas provisórias e, portanto, não substituem a 
contenção definitiva. 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 49 
 
 
g) Estruturas de Gravidade 
Muros de concreto, muros de "gabiões", "Crib Walls". 
Estes tipos de contenção, devido sua concepção estrutural, 
dispensam a utilização de escoramentos. 
De construção relativamente simples e econômica, são pouco 
utilizadas em obras de fundação, uma vez que, na maioria das vezes, 
o espaço disponível para a implantação destas estruturas é 
insuficiente. 
Para serem implantadas abaixo do N.A. exigem a instalação de 
sistemas de rebaixamento. Têm sido utilizadas como estruturas 
definitivas em contenções com alturas até 6m. 
h) Muros de Flexão 
Como as estruturas de gravidade, dispensam a utilização de 
escoramentos. 
São, também, de construção relativamente simples, mas, como 
sua implantação quase sempre implica escavações a maior e 
reaterros, têm sido pouco utilizados em obras de fundação. 
Necessitam ser implantados em terrenos com boas 
características de fundação ou sobre fundações profundas. 
Para serem implantados abaixo do N.A., exigem a instalação de 
sistemas de rebaixamento. 
Têm sido utilizados como estruturas definitivas em contenções 
com altura geralmente não superior a 8 metros. 
i) Cortinas 
Este sistema consiste na execução de paramentos de concreto 
armado ou concreto projetado armado (com tela), por trechos ou em 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 49 
 
 
"cachimbos", geralmente escorados por tirantes ou bermas durante a 
fase executiva e pela estrutura definitiva quando da obra pronta. 
Tem sido utilizado para conter escavações em solos, acima do 
N.A., que tenham suficiente resistência para permanecerem estáveis, 
ao menos temporariamente, até a instalação da contenção. 
O processo executivo é geralmente lento e demanda muita mão 
de obra para as escavações confinadas e acertos dos taludes. 
As cortinas têm sido muito utilizadas (com tirantes definitivos) 
como estrutura permanente na contenção de encostas. 
j) Paredes-diafragma 
O processo executivo de paredes-diafragma (moldadas "in loco" 
ou pré-moldadas) permite executar da superfície do terreno ao longo 
de todo o perímetro da contenção uma parede contínua de concreto 
armado, sem provocar vibrações ou desconfinar o terreno adjacente 
praticamente em qualquer tipo de solo, acima ou abaixo do N.A.. 
Permite realizar com relativa facilidade, segurança e economia 
escavações profundas mesmo junto a edificações já existentes. 
As paredes-diafragma têm um desempenho melhor que os 
outros tipos de paramento, pois: 
‡� SRGHP� VHU� LPSODQWDGDV� HP�TXDVH� TXDOTXHU� WLSR de terreno, 
mesmo em areias finas submersas, sem rebaixamento do lençol 
freático; 
‡�SRGHP�VHU� LPSODQWDGDV�VHP�SURYRFDU�YLEUDo}HV� mesmo em 
camadas de areias muito compactas e argilas muito duras; 
‡�IRUPDQGR�XP�SDUDPHQWR��HVWDQTXH���HYLWDP�R fluxo de água 
para o interior da escavação possibilitando que esta, entre os 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 49 
 
 
paramentos, seja executada, na maioria das vezes, somente com 
esgotamento superficial. 
‡� H[HFXWDGDV� XVXDOPHQWH� FRP� HVSHVVXUDV� YDULDQGR de 30 cm 
até 120 cm (em obras especiais já foram executadas paredes com 
espessuras de 240 cm), podem ser utilizadas em contenções de 
pequena ou grande altura. 
‡�VH�FRQIRUPDP�PHOKRU�DR�SHUtPHWUR�GD�FRQWHQomR e podem ser 
utilizadas com qualquer tipo de escoramento. 
No caso em que se utilizam tirantes como escoramento, 
dispensam a execução das vigas (longarinas metálicas ou de 
concreto) para distribuição das cargas. 
Na implantação de subsolos, abaixo do N.A., elas podem trazer 
grande economia adicional quando, penetrando em camada de baixa 
permeabilidade, situada abaixo dos subsolos, formam com esta uma 
caixa "estanque", permitindo substituir a laje de subpressão por um 
sistema de drenagem. 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 49 
 
 
O processo executivo de paredes-diafragma exige a utilização 
de equipamentos pesados e de grande porte e, portanto, não é 
possível executá-las em locais onde estes equipamentos não 
conseguem ter acesso. A presença de matacões é outro fator que 
pode inviabilizar a utilização das paredes-diafragma. 
 
3 - QUESTÕES COMENTADAS 
 
1) (90 ± TCE-GO/2014 ± FCC) Considere o perfil geotécnico 
da figura abaixo. 
 
Dados: 
Peso específico natural do silte arenoso =15,0 kN/m3. 
3HVR� HVSHFtILFR� GD� DUHLD� DFLPD� GR� QtYHO� G¶iJXD� �1$�� �����
kN/m3. 
Peso específico saturado da areia =18,0 kN/m3. 
Peso específico saturado da areia siltosa =19,5 kN/m3. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 49 
 
 
 O valor da tensão efetiva, em kPa, no ponto B (cota ± 8 m) é 
(A) 38,5. 
(B) 97,5. 
(C) 116. 
(D) 136. 
(E) 156. 
įefetiva B �įtotal B ± uB 
įefetiva B = (2.15) + (17,5.4) + (18.2) ± (2.10) 
įefetiva B = 116 kPa 
Gabarito: C 
 
2) (32 ± Chesf/2012 ± Cesgranrio) Observe a figura a 
seguir que HVTXHPDWL]D�XP�VROR�QR�TXDO�R�QtYHO�G¶iJXD��1$��
coincide com o nível do terreno (NT). 
 
Considerando-se o peso específico da água 10 kN/m3, a 
tensão efetiva vertical no ponto P, em kPa, vale 
(A) 40 
(B) 44 
(C) 74 
(D) 84 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 49 
 
 
(E) 124 
 ıefetiva �ıtotal ± u 
 ıefetiva = (21 ± 10).4 = 44 kN/m2 
Gabarito: B 
 
3) (45 ± Desenv. Estado de São Paulo/2014 ± VUNESP) 
Uma amostra indeformada de solo foi retirada a 12 metros de 
profundidade, e sua tensão efetiva nesta profundidade é de 
60 kPa. Sabendo-se que a tensão de pré-adensamento da 
amostra é de 120 kPa, portanto, a razão de 
sobreadensamento do solo (OCR ± OverConsolidation Ratio) 
é 
(A) 0,5. 
(B) 2. 
(C) 22. 
(D) 60. 
(E) 72. 
 O pré-adensamento representa a tensão a que a amostra de solo 
esteve submetida ao longo de sua história, conduzindo o solo a um 
estado mais denso do que normalmente adensado. Isso porque 
alguns contatos entre partículas podem apresentar plastificados a 
assim permanecerem mesmo com o descarregamento do solo, 
gerando uma parcela de resistência adicional nos solos pré-
adensados. 
 A razão de pré-adensamento OCR é definida como: 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 49 
 
 
 Logo, o OCR solicitado é: 120 kPa/60 kPa = 2 
 
Gabarito: B 
 
4) (112 ± FUB/2008 - Cespe) As cortinas atirantadas são 
estruturas de arrimo executadas em concreto armado que 
aumentam a estabilidade de taludes fundamentalmente 
devido ao seu elevado peso. 
Conforme vimos, as cortinas atirantadas consistem na execução 
de paramentos de concreto armado escorados por tirantes. 
As ancoragens são barras ou tirantes embutidos no próprio 
maciço a ser arrimado, localizadas em planos perpendiculares a uma 
cortina, funcionando a tração, com um comprimento que lhe confira 
capacidade para se contrapor aos empuxos gerados por esse maciço, 
servindo, na extremidade livre, de apoio à própria cortina de arrimo. 
Portanto, a estabilidade é garantida pelas ancoragens 
embutidas no maciço e não peso seu peso, até porque são estruturas 
esbeltas e leves. 
A descrição da questão refere-se aos muros de gravidade. 
Gabarito: Errada 
 
5) (40 ± TRF3/2014 ± FCC) Considere a afirmação: 
 ³$V� SDUHGHV-diafragma são painéis de concreto, geralmente 
armado, pré-fabricados ou moldados in loco com a função de 
contenção em escavações de subsolo. Os painéis são 
executados por meio do preenchimento de trincheiras 
escavadas com o uso contínuo de lama ( I ) , cuja função é 
estabilizar as paredes de escavação e contrabalançar o 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 49 
 
 
empuxo causado pelo lençol freático no terreno. Para a 
escavação, é empregado o equipamento ( II )�´� 
As lacunas I e II são preenchidas, correta e respectivamente, 
por 
�$��PRQWPRULORQLWD���FODP�VKHOO�KLGUiXOLFR� 
�%��EHQWRQtWLFD��íWLSR�UHWURHVFDYDGHLUD� 
�&��EHQWRQtWLFD���FODP�VKHOO�KLGUiXOLFR� 
�'��PRQWPRULORQLWD��íSHUIXUDWUL]� 
�(��GH�TXDUW]R��í��Flam shell hidráulico 
 'H�DFRUGR�FRP�R�OLYUR�³)XQGDo}HV��7HRULD�H�3UiWLFD´��GD�3,1,��R�
processo executivo de paredes-diafragma (moldadas in loco ou pré-
moldadas), que permite executar da superfície do terreno ao longo de 
todo o perímetro da contenção uma parede contínua de concreto 
armado, sem provocar vibrações ou desconfinar o terreno adjacente 
praticamente em qualquer tipo de solo, acima ou abaixo do N.A. 
revolucionou, desde a sua introdução, no fim dos anos 50, a 
Engenharia de Fundações por permitir realizar com relativa facilidade, 
segurança e economia, escavações profundas mesmo junto a 
edificações já existentes. 
 As paredes-diafragma têm um desempenho melhor que os 
outros tipos de paramento, pois: 
 - podem ser implantadas em quase qualquer tipo de terreno, 
mesmo em areias finas submersas, sem rebaixamento do lençol 
freático; 
 - podem ser implantadas sem provocar vibrações, mesmo em 
camadas de areias muito compactas e argilas muito duras; 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 49 
 
 
 - formando um paramento "estanque", evitam o fluxo de água 
para o interior da escavação possibilitando que esta, entre os 
paramentos, seja executada, na maioria das vezes, somente com 
esgotamento superficial; 
 - executadas usualmente com espessuras variando de 30 cm 
até 120 cm (em obras especiais já foram executadas paredes com 
espessuras de 240 cm), podem ser utilizadas em contenções de 
pequena ou grande altura; 
 - se conformam melhor ao perímetro da contenção e podem ser 
utilizadas com qualquer tipo de escoramento. 
 
 A presença de matacões pode inviabilizar a utilização das 
paredes-diafragma. 
 $FHUFD�GD�H[HFXomR��GH�DFRUGR�FRP�R�OLYUR�³)XQGDo}HV��7HRULD�
H� 3UiWLFD´�� GD� 3,1,�� D� execução da parede-diafragma pressupõe a 
estabilização das paredes da escavação, já que esta é feita sem 
revestimento. Desta forma deve-se utilizar durante a escavação 
lama bentonítica, que é uma mistura de bentonita e água em 
proporção conveniente. 
 Com relação ao equipamento de escavação, de acordo com o 
DUWLJR�³)XQGDo}HV�H�&RQWHQo}HV´�GD�5HYLVWD�,QIUDHVWUXWXUD�8UEDQD�� o 
clamshell é um equipamento amplamente empregado para escavação 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 49 
 
 
do solo na execução de paramentos com paredes-diafragma. A 
ferramenta, que está presente em grandes obras de infraestrutura 
urbana (como as do metrô, por exemplo), tem como principal 
característica a capacidade de executar paredes retangulares com 
espessura entre 30 cm e 1,40 m. 
 
<http://www.infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/15/artigo258468-1.aspx> 
Gabarito: C 
 
6) (45 ± Defensoria-SP/2013 - FCC) A solução de 
estabilização de taludes cujo princípio é restringir os 
deslocamentos e transferir os esforços de uma zona 
potencialmente instável para uma zona estável através da 
inserção de barras de aço envolvidas por calda de cimento no 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 49 
 
 
maciço de solo natural, na direção horizontal ou oblíqua, é 
conhecida por 
(A) geossintético. 
(B) gabião. 
(C) terra armada. 
(D) muro de arrimo. 
(E) solo grampeado. 
 'H�DFRUGR�FRP�R�OLYUR�³)XQGDo}HV��7HRULD�H�3UiWLFD´��GD�3,1,��R�
solo grampeado constitui-se em estabilização rápida, temporária ou 
permanente, de taludes naturais e escavações por meio da 
introdução de reforços no maciço, aliada normalmente a revestimento 
de concreto projetado armado com tela de aço eletrossoldada ou 
fibras de aço. 
 Segundo o mesmo livro, os reforços são instalados no solo sem 
tensão, sendo a mesma mobilizada somente após a deformação do 
conjunto. 
 
 6HJXQGR�R�DUWLJR�³)XQGDo}HV�H�&RQWHQo}HV�± 6ROR�*UDPSHDGR´�
da Revista Infraestrutura Urbana, o grampeamento de solo é um 
procedimento de contenção aplicado a cortes em maciços de terra. O 
sistema utiliza, basicamente, chumbadores, concreto projetado e 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 49 
 
 
drenagem, e tem como objetivo estabilizar taludes de corte deforma 
temporária ou, o que é mais comum, permanente. Tem execução 
relativamente rápida e custo relativamente baixo se comparado a 
outras tecnologias. A contenção ocorre por conta da ancoragem de 
chumbadores sub-horizontais, que atuam de forma passiva, e são 
introduzidos no maciço e depois fixados com calda de cimento. 
 
<http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/2/artigo213006-2.aspx> 
 Na contenção com solo grampeado, a ancoragem é feita em 
toda a extensão do chumbador e não apenas no nicho final. A 
superfície é recoberta com uma tela metálica e revestida com 
concreto projetado. A aplicação do sistema permite a contenção de 
taludes por meio da instalação de uma ancoragem passiva, ou seja, 
que só atua quando o terreno se movimenta. É uma solução 
associada a cortes na encosta, embora possa ser utilizado em aterros 
instáveis. A técnica é menos dispendiosa que a cortina atirantada e 
aplicável apenas em solos firmes; do contrário, a terra pode escorrer 
por entre os grampos. Pode ser empregada em diversas situações, 
principalmente em taludes ou escavações íngremes em solos, sendo 
um meio mais econômico quando comparado com sistemas de 
contenção atirantados. 
Gabarito: E 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 49 
 
 
 
7) (39 ± TRF3/2014 ± FCC) A instalação de barras sub-
horizontais de aço ou de materiais resistentes à tração em um 
maciço de terra tem a finalidade de estabilizar taludes de 
corte ou de escavação, sendo que essas inserções funcionam 
de forma ativa ou passiva. Como exemplo de contenção com 
ancoragem passiva NÃO se pode citar 
(A) a cortina atirantada. 
(B) a terra armada. 
(C) o solo grampeado. 
(D) o solo reforçado com geossintéticos. 
(E) o muro de gabiões. 
 6HJXQGR� R� DUWLJR� ³)XQGDo}HV� H� &RQWHQo}HV� ± Cortinas 
$WLUDQWDGDV´�GD�5HYLVWD�,QIUDHVWUXWXUD�8UEDQD��DV�FRUWLQDV�DWLUDQWDGDV�
são muros robustos feitos principalmente com concreto e que, em 
paralelo, exigem intervenções no solo para dar sustentação à obra. 
As cortinas ancoradas são usadas quando o espaço disponível é 
restrito e a instalação da ancoragem ativa (tirantes) não irá 
interferir em outras estruturas. Vale lembrar que a cortina atirantada 
é um método de ancoragem que se apoia no interior do solo. Por 
isso, é imprescindível aprofundar os tirantes até que fiquem fora da 
zona de movimentação. Do contrário, a estrutura é carregada em 
caso de deslizamento. Por isso, embora seja citada pelos especialistas 
como uma estrutura de contenção em áreas urbanas, é preciso 
observar as condições do terreno para sua execução. As 
desvantagens ainda são o alto custo e o prazo (longo) de execução. 
Gabarito: A 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 49 
 
 
8) (68 ± Petrobras/2004 ± Cespe) Em um muro de arrimo 
feito com gabiões e reaterro executado com solo 
predominantemente siltoso não é necessário sistema de 
drenagem ou filtro, devido ao nível de compactação 
conseguido nos gabiões. 
 Os muros de gabiões são muros de gravidade constituídos pela 
superposição de gaiolas de malhas de arame galvanizado cheios com 
pedras cujos diâmetros mínimos devem ser superiores à abertura de 
malha das gaiolas. 
 Portanto, a desnecessidade de sistema de drenagem deve-se à 
elevada permeabilidade do muro de gabião, por ser preenchido por 
pedras com diâmetros elevados. 
Gabarito: Errada 
 
9) (45 ± TCM-GO/2015 ± FCC) Quando a escavação não 
puder ser contida apenas com a presença de taludes, deve ser 
previsto o escoramento das paredes do corte. A figura a seguir 
indica dois elementos que compõem uma estrutura provisória 
de escoramento. 
 
As indicações (1) e (2) são denominadas, respectivamente, 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 49 
 
 
(A) longarina e estroncas. 
(B) estronca e longarinas. 
(C) longarina e tirantes. 
(D) berma e tirantes. 
(E) estronca e tirantes. 
 A Longarina é um elemento linear, longitudinal, em que a 
parede se apoia. Em geral é disposta horizontalmente e pode ser 
constituída de vigas de madeira, aço ou concreto armado. 
 As Estroncas ou escoras são elementos de apoio das 
longarinas. Dispõem-se, portanto, no plano horizontal das longarinas, 
sendo perpendiculares às mesmas. Podem ser constituídas de barras 
de madeira ou aço. 
 Portanto a longarina é representada pelo elemento (1) e as 
estroncas pelo elemento (2). 
Gabarito: A 
 
10) (105 ± MPOG/2012 ± Cespe) As estroncas trabalham à 
tensão de tração na ancoragem de escoramentos de 
escavações no solo. 
Conforme vimos, as estroncas ou escoras são elementos de 
apoio das longarinas, conforme a figura a seguir: 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 49 
 
 
 
Podem ser constituídas de barras de madeira ou aço. 
Têm o mérito de não utilizar os terrenas adjacentes à 
contenção e de serem reutilizáveis. 
Conforme se pode ver na figura, as estroncas trabalham à 
compressão. 
Gabarito: Errada 
 
11) (107 ± MPOG/2012 ± Cespe) Os muros de arrimo médios 
e altos de perfis retangulares apresentam menor relação 
custo/benefício se comparados aos muros de arrimo baixos e 
de mesma geometria. 
'H�DFRUGR�FRP�$QW{QLR�0ROLWHUQR��QR� OLYUR� ³&DGHUQR�GH�0XURV�
GH�$UULPR´��RV�PXURV�GH�DUULPR�SRU�JUDYLGDGH�RX�SHVR�UHWDQJXODUHV�
são econômicos somente para pequeníssimas alturas. 
Portanto, os muros retangulares médios e altos apresentam 
custos maiores. 
Gabarito: Errada 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 49 
 
 
4 ± QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 
1) (90 ± TCE-GO/2014 ± FCC) Considere o perfil geotécnico 
da figura abaixo. 
 
Dados: 
Peso específico natural do silte arenoso =15,0 kN/m3. 
3HVR� HVSHFtILFR� GD� DUHLD� DFLPD� GR� QtYHO� G¶iJXD� �1$�� �����
kN/m3. 
Peso específico saturado da areia =18,0 kN/m3. 
Peso específico saturado da areia siltosa =19,5 kN/m3. 
 O valor da tensão efetiva, em kPa, no ponto B (cota ± 8 m) é 
(A) 38,5. 
(B) 97,5. 
(C) 116. 
(D) 136. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 49 
 
 
(E) 156. 
 
2) (32 ± Chesf/2012 ± Cesgranrio) Observe a figura a 
VHJXLU�TXH�HVTXHPDWL]D�XP�VROR�QR�TXDO�R�QtYHO�G¶iJXD��1$��
coincide com o nível do terreno (NT). 
 
Considerando-se o peso específico da água 10 kN/m3, a 
tensão efetiva vertical no ponto P, em kPa, vale 
(A) 40 
(B) 44 
(C) 74 
(D) 84(E) 124 
 
3) (45 ± Desenv. Estado de São Paulo/2014 ± VUNESP) 
Uma amostra indeformada de solo foi retirada a 12 metros de 
profundidade, e sua tensão efetiva nesta profundidade é de 
60 kPa. Sabendo-se que a tensão de pré-adensamento da 
amostra é de 120 kPa, portanto, a razão de 
sobreadensamento do solo (OCR ± Over Consolidation Ratio) 
é 
(A) 0,5. 
(B) 2. 
(C) 22. 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 49 
 
 
(D) 60. 
(E) 72. 
 
4) (112 ± FUB/2008 - Cespe) As cortinas atirantadas são 
estruturas de arrimo executadas em concreto armado que 
aumentam a estabilidade de taludes fundamentalmente 
devido ao seu elevado peso. 
 
5) (40 ± TRF3/2014 ± FCC) Considere a afirmação: 
 ³$V� SDUHGHV-diafragma são painéis de concreto, geralmente 
armado, pré-fabricados ou moldados in loco com a função de 
contenção em escavações de subsolo. Os painéis são 
executados por meio do preenchimento de trincheiras 
escavadas com o uso contínuo de lama ( I ) , cuja função é 
estabilizar as paredes de escavação e contrabalançar o 
empuxo causado pelo lençol freático no terreno. Para a 
escavação, é empregado o equipamento ( II )�´� 
As lacunas I e II são preenchidas, correta e respectivamente, 
por 
(A) montmoriloQLWD���FODP�VKHOO�KLGUiXOLFR� 
�%��EHQWRQtWLFD��íWLSR�UHWURHVFDYDGHLUD� 
�&��EHQWRQtWLFD���FODP�VKHOO�KLGUiXOLFR� 
�'��PRQWPRULORQLWD��íSHUIXUDWUL]� 
�(��GH�TXDUW]R���FODP�VKHOO�KLGUiXOLFR 
 
6) (45 ± Defensoria-SP/2013) A solução de estabilização de 
taludes cujo princípio é restringir os deslocamentos e 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 49 
 
 
transferir os esforços de uma zona potencialmente instável 
para uma zona estável através da inserção de barras de aço 
envolvidas por calda de cimento no maciço de solo natural, na 
direção horizontal ou oblíqua, é conhecida por 
(A) geossintético. 
(B) gabião. 
(C) terra armada. 
(D) muro de arrimo. 
(E) solo grampeado. 
 
7) (39 ± TRF3/2014 ± FCC) A instalação de barras sub-
horizontais de aço ou de materiais resistentes à tração em um 
maciço de terra tem a finalidade de estabilizar taludes de 
corte ou de escavação, sendo que essas inserções funcionam 
de forma ativa ou passiva. Como exemplo de contenção com 
ancoragem passiva NÃO se pode citar 
(A) a cortina atirantada. 
(B) a terra armada. 
(C) o solo grampeado. 
(D) o solo reforçado com geossintéticos. 
(E) o muro de gabiões. 
 
8) (68 ± Petrobras/2004 ± Cespe) Em um muro de arrimo 
feito com gabiões e reaterro executado com solo 
predominantemente siltoso não é necessário sistema de 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 49 
 
 
drenagem ou filtro, devido ao nível de compactação 
conseguido nos gabiões. 
 
9) (45 ± TCM-GO/2015 ± FCC) Quando a escavação não 
puder ser contida apenas com a presença de taludes, deve ser 
previsto o escoramento das paredes do corte. A figura a seguir 
indica dois elementos que compõem uma estrutura provisória 
de escoramento. 
 
As indicações (1) e (2) são denominadas, respectivamente, 
(A) longarina e estroncas. 
(B) estronca e longarinas. 
(C) longarina e tirantes. 
(D) berma e tirantes. 
(E) estronca e tirantes. 
 
10) (105 ± MPOG/2012 ± Cespe) As estroncas trabalham à 
tensão de tração na ancoragem de escoramentos de 
escavações no solo. 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR
Engenharia Civil ʹ FUNAI/2016 
Teoria e Questões 
Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 19 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 49 
 
 
11) (107 ± MPOG/2012 ± Cespe) Os muros de arrimo médios 
e altos de perfis retangulares apresentam menor relação 
custo/benefício se comparados aos muros de arrimo baixos e 
de mesma geometria. 
 
5 ± GABARITO 
1) C 2) B 3) B 4) Errada 
5) C 6) E 7) A 8) Errada 
9) A 10) Errada 11) Errada 
 
 
 
6 ± REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
- Lima, Maria José C. Porto de. Mecânica dos Solos ± Volume II. 
Apostila do Curso de Fortificação e Construção. Instituto Militar de 
Engenharia ± IME. 
- Lima, Maria José C. Porto de. Obras de Terra ± Volume II. 
Apostila do Curso de Fortificação e Construção. Instituto Militar de 
Engenharia ± IME. 
- Vários Autores. Fundações: Teoria e Prática. 2ª Edição. São 
Paulo. Pini: 1998. 
 
 
08800678700
08800678700 - FRANCISCO VIANA DE MESQUITA JUNIOR

Continue navegando