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Administração pública

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Administração Pública
TCE-PE
Organização do Estado e 
da Administração Pública
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Organização do Estado e da Administração Pública
Prof. Vinicius Ribeiro 
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
Apresentação .............................................................................................3
1. Evolução da Administração Pública ............................................................7
1.1. Modelos Teóricos ...............................................................................7
1.2. Detalhando o Gerencialismo ................................................................13
2. Gestão Pública x Gestão Privada .............................................................29
3. Organização da Administração Pública .....................................................39
3.1. Órgão ............................................................................................48
3.2. Outros Aspectos da Organização ........................................................51
4. Resumo da Aula....................................................................................62
Bibliografia ..............................................................................................65
Questões de Concurso ...............................................................................66
GABARITO ...............................................................................................82
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Organização do Estado e da Administração Pública
Prof. Vinicius Ribeiro 
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Apresentação
Olá, pessoal, tudo bem com você? 
Se você estava procurando um excelente curso de Administração Pública 
para o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco...
Um curso com um professor que é analista legislativo na Câmara dos Deputados...
Um curso que te faça preparar antecipadamente para trabalhar no lugar abaixo...
Então está aqui o curso!!!
Administração Pública – TCE-PE
Esta matéria faz parte dos conhecimentos básicos de todos os cargos ofertados. 
São quase 40 vagas ofertadas para os 5 diferentes cargos do concurso!!! 
São Auditores de Controle Externo e Analistas de Gestão!!! Nada mau!!!
E os vencimentos, einh?? Tem vencimento de R$ 11 mil, de R$ 15 mil e até 
de R$ 18 mil!!!!
VINICIUS RIBEIRO
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha 
com as leis orçamentárias. Aprovado no concurso de Consultor de 
Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na 
Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para 
Concursos, publicado pela editora GEN. Professor de cursos online para 
concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e Orçamento 
no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa 
no CNJ e no STF; e Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA 
em Negócios Internacionais e Comércio Exterior na FGV.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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Prof. Vinicius Ribeiro 
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Eu imagino que você esteja reunindo todo o material de estudo para o(s) con-
curso(s) pretendido(s). Sendo assim, é hora de fazer um planejamento realis-
ta dos estudos até o dia da prova. 
Calcule o tempo diário médio de estudos, reúna os materiais que vai utilizar e...
Comece!!!
Os professores adoram colocar frases motivacionais nos seus cursos. Eu tenho 
uma particularidade: gosto de colocar algumas brincadeiras para quebrar o gelo. 
Permita-me:
Fala, papito, vamos 
pra night!!!
Esse lance de estudar 
para concurso é uma 
perda de tempo!!!
Sabe de nada, 
inocente!!!
Agora vamos ao que interessa!!!
Como será o curso, professor? 
O foco deste curso, ministrado em 09 aulas, é capacitá-lo para resolver a pro-
va de Administração Pública do TCE-PE. 
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Meu objetivo aqui é fazer com que você acerte as questões desta disciplina e 
que isso contribua para a sua aprovação no concurso...
Este curso de teoria e exercícios comentados tem como foco a banca do concur-
so: CESPE. 
Praticaremos várias questões dessa banca para que você fique craque na CESPE!!
Estudar de forma correta é fundamental. O candidato precisa ser organizado, 
traçar metas realistas e cumpri-las. Depois é só fazer a prova e esperar a sua 
medalha que, na verdade, é um belo crachá!!!!
Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras complementares...
A minha resposta: depende do nível e da disponibilidade de cada um. O edital 
será todo abordado em nossas aulas. De qualquer forma, ao final da aula, está 
citada a bibliografia básica.
Aprofundando ou não em livros, é fundamental que o aluno diversifique seus 
estudos com as outras matérias do certame. 
É essencial que o candidato não deixe de lado aquela matéria na qual possui um 
conhecimento prévio, mas não suficiente para gabaritar. 
Opte por estudar umas três matérias (direito, português, administração ge-
ral) ao longo do dia. No outro dia, você estuda outras três!!
Assim, você vê um pouco de todas as matérias do edital em poucos dias, deixando 
sempre a cabeça fresquinha com os mais variados conhecimentos.
A estrutura da aula será a seguinte: exposição da teoria combinada com a 
resolução de questões...
Ao final da aula, coloco mais questões para você praticar!!!
Fórum! O fórum de dúvidas é um importante mecanismo de aprendizado e de 
valorização do aluno...
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À medida que as perguntas são feitas, respondo conforme ordem de postagem. 
As perguntas são respondidas em um prazo médio de 3 dias úteis.
Antes de começar, duas dicas: 
Redes Sociais: dê uma passadinha depois no meu Face e no meu Insta!! Esses 
são outros canais de comunicação que podemos ter.
@professorviniciusribeiro
www.facebook.com/ProfessorViniciusRibeiro
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1. Evolução da Administração Pública
1.1. Modelos Teóricos
Vamos entender a evolução da Administração Pública no Brasil e no mundo, que 
começa no patrimonialismo, passa pela burocracia e culmina no que chamamos de 
gerencialismo.Administração Pública Patrimonialista
Dentro da classificação da Administração Pública, a primeira delas, na ordem 
cronológica, é a patrimonialista, também chamada de clássica.
O patrimonialismo é considerado uma privatização (rent-seeking) do Estado 
para o príncipe e seus nobres.
Nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas, o aparelho do Estado é 
considerado uma extensão do poder do soberano. Há uma “confusão” entre o que 
é de quem. Os servidores possuem status de nobreza real, sendo seus cargos cha-
mados de prebendas. 
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A res publica (coisa pública) não se diferencia das res principis (coisa do prínci-
pe). O rei e os nobres não distinguem se o fax é da repartição ou da sua casa. Tudo 
bem: não existia fax naquela época. Mas, alguém deve estar pensando que já viu 
esse filme, e um filme tão atual quanto “A Era do Gelo 4”. Pois é, podemos afirmar 
que o patrimonialismo perdura nos dias de hoje, não é?
Importante destacar que, no Brasil, mesmo com a Proclamação da República 
em 1889, esse modelo continuou vigente por algumas décadas. A república do 
“café (São Paulo) com leite (Minas Gerais – um belo estado)” manteve a estrutura 
patrimonialista, com uma democracia bastante incipiente, rudimentar.
Vejamos o quadro abaixo.
Administração Pública Patrimonialista
• Momento histórico: monarquia;
• Agentes: rei, nobres;
• Privatização do Estado e democracia fraca;
• Preocupação com controle: nota “0”;
• Corrupção e Nepotismo: nota “10”;
• Cargos como prebendas ou sinecuras: benefícios fáceis, sem esforços, troca 
de favores;
• Res publica = res principis (coisa pública = coisa do príncipe).
Administração Pública Burocrática
No mundo, a administração burocrática surge na segunda metade do século 
XIX, no auge do Estado Liberal. O objetivo era combater o nepotismo e a corrup-
ção, entraves para o capitalismo, para o desenvolvimento dos mercados. Trata-se 
do modelo racional-legal.
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Influenciado pelos ideais de Weber, Getúlio Vargas opta pelo modelo burocrático 
a partir de 1930. É possível dizer que a estrutura da Administração Pública brasilei-
ra começa nesse período, quando o Governo cria o DASP (Departamento Adminis-
trativo do Serviço Público) em 1936. Antes, não há uma estrutura, até pela mistura 
que se fazia entre o público e o privado no patrimonialismo.
O DASP foi responsável por realizar os principais concursos no país até meados 
da década de 80, quando foi extinto.
Considerando todo o problema advindo do patrimonialismo, Vargas institui uma 
administração com rígidos controles, com hierarquia no serviço público, com for-
malismo e com impessoalidade. Todas essas características visavam combater a 
corrupção, o nepotismo. 
Outra grande contribuição da burocracia é a meritocracia. É a partir de 30 no Brasil 
que se começa a valorizar o mérito no trabalho, a promover funcionários em face 
de mérito nas suas realizações. Essa é a meritocracia. 
Veja bem. Não estou falando que a meritocracia “bombou” desde então. Sabemos 
que ainda hoje ela não está plenamente implantada, com cargos políticos sobre-
pondo o mérito a cargos técnicos. Estou dizendo que essa ideia de promover por 
mérito começou com Vargas, ok?
Vejamos o quadro abaixo.
Administração Pública Burocrática
• Combate à corrupção, centralização;
• Controle de gastos, de processos: atividades-meio;
• Hierarquia, divisão do trabalho e rigidez;
• Rotinas controladas e estabelecidas;
• Formalismo e impessoalidade.
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1. (ESAF/SMF-RJ/2010) No Brasil, o modelo de administração burocrática:
a) atinge seu ápice ao final da década de 1950, com a instalação do Ministério da 
Desburocratização. 
b) emerge nos anos 1930, sendo seu grande marco a criação do DASP. 
c) permanece arraigado, em sua forma weberiana, até nossos dias, sendo esta a 
razão da falência do modelo gerencial. 
d) deve-se mais à política do café com leite que ao início do processo de industria-
lização. 
e) foi completamente substituído pelo modelo gerencial implantado ao final do sé-
culo XX1.
1 Letra b. Vejamos por item: a) Questão de lógica. Como o ápice da burocracia ocorreria com o Ministério da 
DESburocratização?; b) nossa resposta. O DASP, criado na década de 30, era o responsável, por exemplo, 
pela realização dos concursos públicos no país; c) falar que está arraigado é exagerado. Características per-
manecem, mas é o modelo gerencial que prevalece hoje, pelo menos na teoria; d) característica do patrimo-
nialismo; e) Não podemos falar que a substituição foi completa. Os modelos convivem entre si.
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2. (ESAF/MF/2014) A dominação burocrática proposta por Weber estabeleceu os 
seguintes atributos da organização racional-legal, exceto:
a) A concentração do trabalho
b) A hierarquia
c) A existência de regras gerais de funcionamento.
d) A separação entre propriedade pessoal e organizacional
e) A seleção de pessoal com base em qualificação técnica2.
Administração Pública Gerencial/Sistêmica – Nova Gestão Pública
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo e o Brasil passaram a 
“aumentar” o Estado, com o intuito de prover o cidadão de mais serviços, como 
saúde, educação, previdência social. Essa expansão do Estado gerou um “incha-
mento” da máquina pública. Chegou um momento em que os contribuintes (tax 
payers) percebem a quantidade de tributos pagos e a baixa qualidade do serviço 
público. Bem atual, não é? Bem semelhante ao “vem pra rua” de 2013.
Juntamente com a expansão do Estado após 45, o desenvolvimento tecnológico 
e a globalização mundial foram marcas do final do século XX (anos 1900). Esses 
fatores (expansão do Estado, tecnologia e globalização) foram determinantes para 
deixar à mostra grandes problemas da burocracia. Uma coisa era controlar o Esta-
do quando ele era pequeno, com tecnologia 0, sem muitas relações com o mundo. 
Outra coisa é você “engessar”, controlar algo grande, tecnológico e globalizado, 
concorda?
2 Letra a. A burocracia prega a hierarquia, as regras, a separação de propriedades e a seleção com base 
em questões técnicas. No entanto, ela não se caracteriza pela concentração do trabalho. Na verdade, outra 
característica da burocraciaé a divisão/especialização do trabalho.
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Vejamos o quadro abaixo:
Administração Pública Gerencial
• Foco em resultados;
• Idéias de Margaret Thatcher trazidas pelo Ministro Bresser Pereira ao Brasil;
• Eficiência e Eficácia;
• Redução de custos;
• Autonomia dos Administradores;
• Descentralização.
3. (ESAF/RECEITA FEDERAL/2014) Considerando-se os modelos teóricos de Admi-
nistração Pública: patrimonialista, burocrático e gerencial, é correto afirmar que:
a) a Administração Pública burocrática acredita em uma racionalidade absoluta, 
pregando o formalismo, rigidez e o rigor técnico.
b) a Administração Pública burocrática pensa na sociedade como um campo de 
conflito, cooperação e incerteza, na qual os cidadãos defendem seus interesses e 
afirmam suas posições ideológicas.
c) a Administração Pública burocrática prega a descentralização, com delegação de 
poderes, atribuições e responsabilidades para os escalões inferiores.
d) a Administração Pública Gerencial é autorreferente e se concentra no processo, em 
suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida.
e) a Administração Pública Gerencial assume que o modo mais seguro de evitar 
o nepotismo e a corrupção é pelo controle rígido dos processos com o controle de 
procedimentos3.
3 Letra a. Essa é a nossa resposta; b) É a administração gerencial que tem essa visão. A burocracia vê racio-
nalidade absoluta. O gerencialismo percebe que existem conflitos, diferenças, posições ideológicas; c) Isso é 
característica do gerencialismo; d) Essas são disfunções da burocracia; e) Isso quem prega é a burocracia.
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Importante destacar que não há um abandono da burocracia pelo gerencialismo. 
Esse tipo de administração também busca aproveitar conceitos importantes da ad-
ministração burocrática. Não há total ruptura.
1.2. Detalhando o Gerencialismo
No estudo da evolução da Administração Pública (patrimonialismo, burocracia 
e gerencialismo), as diversas reformas que foram implantadas com vistas à admi-
nistração gerencial são conhecidas como a Nova Gestão Pública – NGP (New Pu-
blic Management – NPM). E é nesse momento que se pode perceber claramente a 
evolução dos conceitos de eficiência, eficácia e efetividade (esses dois últimos se 
inserindo praticamente no mesmo momento). 
A NPM pode ser dividida em três diferentes momentos que ocorreram em di-
versos países, tendo destaque na Grã-Bretanha, da saudosa Margaret Thatcher. 
Na terra da Rainha, essa NPM ficou conhecida como Managerialism. Vejamos um 
quadro ilustrativo.
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Alguns conceitos:
Equidade: garantir o direito de todos com imparcialidade. Igualdade. Tratar 
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida das suas desigual-
dades. Eu não posso tratar um deficiente físico como eu trato uma pessoa sem 
deficiência física. É preciso, por exemplo, construir rampas, disponibilizar estacio-
namento exclusivo, etc.
Eficiência: fazer certo as coisas. Utilizar os recursos da melhor maneira possí-
vel, fazendo mais (produtos) com menos (insumos, mão de obra, recursos finan-
ceiros), sem desperdícios. É ser produtivo, ter bom desempenho.
Eficácia: fazer a coisa certa. É fazer o que é certo para se alcançar um objetivo. 
É o alcance dos objetivos.
Efetividade: fazer o que tem que ser feito. É causar o melhor impacto possível 
com as ações, é alcançar resultados. Além de atingir o resultado, é preciso gerar 
benefícios à sociedade.
Sou eficiente se produzo um carro utilizando 5 pessoas, sendo que antes eu 
utilizava 10. Sou eficaz se produzo o carro planejado. Sou efetivo se o carro 
produzido gera impactos na sociedade, como a satisfação dos clientes ou a 
diminuição da emissão de poluentes.
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4. (ESAF/CGU/2006) Correlacione a coluna A com a coluna B e escolha a opção 
correta.
a) A1-B7; A2-B1; A3-B4
b) A3-B6; A4-B3; A5-B2
c) A1-B5; A2-B7; A4-B4
d) A2-B3; A4-B4; A5-B6
e) A1-B3; A3-B2; A5-B44
4 Letra a. Vamos fazer a relação completa: Administração: estudo das organizações; organização: conjunto 
de pessoas e de recursos deliberadamente estruturados para alcançar objetivos; eficiência: uso racional dos 
recursos; eficácia: alcance de metas pré-definidas; efetividade: relaciona-se com impacto dos resultados.
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5. (ESAF/RECEITA FEDERAL/2009) Assinale a afirmativa correta.
a) Algo não pode ser efetivo se não for eficiente.
b) Tudo que é eficaz também é eficiente.
c) Algo pode ser eficaz e não ser eficiente.
d) Tudo que é efetivo também é eficiente.
e) Algo não pode ser eficaz se não for eficiente5.
As Bases do Gerencialismo
Dentro de um contexto de governos neoliberais da década de 80 do século pas-
sado, com Ronald Regan, nos Estados Unidos, e sua amiga Margaret Thatcher, na 
Inglaterra, começam a ser implantados os ideários do gerencialismo. 
Embora o contexto inicial fosse neoliberal, logo se percebeu que o Estado Mí-
nimo era inviável para o gerencialismo. A razão disso são as demandas cada vez 
maiores dos cidadãos por melhores e mais diversificados serviços, ou seja, as pes-
soas não querem um Estado que apenas cuida da educação e da saúde. 
Em vez de um Estado Mínimo, a ideia passa a ser a de um Estado Menor, que 
ao menos regule determinadas atividades. Nesse formato, grande parte dos inves-
timentos em infraestrutura e das prestações de serviços é realizada por parte da 
iniciativa privada. Ao Estado, cabe regular as atividades para garantir o bom fun-
cionamento. Daí, surgem as agências reguladoras.
As agências reguladoras são autarquias instituídas sob regime especial (apenas 
autarquias, se falarmos na esfera federal), criadas para regular o serviço público, 
fruto da privatização de alguns serviços. Com essas privatizações, criou-se a neces-
sidade de regular o mercado,para não deixar simplesmente nas mãos da iniciativa 
privada. Daí, surgiram a ANATEL, ANAC, ANTAQ, ANA, ANTT, etc.
5 Letra c. Vejamos os itens: a) a efetividade pode ser acompanhada de ineficiência; b) a eficácia também 
convive com a ineficiência; c) essa é a nossa resposta; d) não necessariamente. É possível haver efetividade 
convivendo com ineficiência; e) é posso alcançar meu objetivo sem ser eficiente, abusando dos recursos.
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Diferente das agências reguladoras são as agências executivas: autarquias (ou 
fundações públicas de direito público ou privado) que recebem essa qualificação 
(de agência executiva). Para alcançarem esse status, as autarquias celebram um 
contrato de gestão com o ministério supervisor. Nesse contrato, são estabelecidos 
direitos e obrigações.
As agências executivas ganham essa qualificação com o foco no alcance de re-
sultados, é a chamada contratualização de resultados. Com a qualificação, essas 
agências passam a gozar de mais ampla autonomia gerencial, orçamentária e fi-
nanceira.
É uma via de mão dupla. Se, por um lado, há maior autonomia, por outro, existe 
a obrigação de atingir metas.
Os motivos que fazem com que o poder público recorra à iniciativa privada 
resumem-se em fatores econômicos e culturais. De um lado, as despesas públi-
cas aumentaram demasiadamente, passando a ser contestadas pelos contribuintes 
(taxpayers); a baixa produtividade do setor público em meio a uma interferência 
de objetivos sociais com os objetivos econômicos; as empresas passam a exercer 
pressão sobre os mercados públicos devido às suas estratégias de crescimento. Na 
outra ponta (cultural), temos as inovações tecnológicas (transporte e telecomuni-
cação), que favorecem uma cultura de autonomia. Além desses problemas, existe 
a própria necessidade do sistema social de se renovar.
Nesse contexto, a gestão pública passa a ser dominada pela incorporação de 
princípios de mercado, pelas teorias administrativas, por programas de qualidade 
que procuram elevar os níveis de produtividade das organizações públicas. 
Gerencialismo Puro
Em um primeiro momento, o gerencialismo focou na eficiência, considerando o 
cidadão como um contribuinte (taxpayers), ou seja, aquele que financia o sistema. 
No Brasil, tão importante foi a eficiência que essa passagem da burocracia para 
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o gerencialismo é marcada pela Emenda Constitucional n. 19/1998. Essa emen-
da introduziu nos princípios da Administração Pública (legalidade, impessoalidade, 
moralidade e publicidade) a eficiência.
A reforma gerencial no Brasil é marcada por um documento chamado PDRAE: 
Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Esse documento data de 1995 e foi 
elaborado sob a batuta do então Ministro Bresser Pereira, no Governo FHC (95-2002).
O gerencialismo se aproveitou da ineficiência da burocracia, que criou um Estado 
autorreferenciado, com o controle nos gastos como marca. Devemos nos lembrar 
também das disfunções da burocracia: excesso de formalismo, apego aos regula-
mentos, resistência a mudanças, processo decisório lento, etc.
O grande foco dessa fase era sanar os problemas que advieram da burocracia, 
por meio da redução de gastos públicos e do aumento da produtividade do setor 
público, ou seja, buscava-se a eficiência governamental. 
Como instrumento para a implantação desses objetivos que buscam a economia, 
o Estado passou a efetuar práticas de privatização, desregulamentação (deixar 
para o mercado a organização de determinado setor), devolução de atividades go-
vernamentais à iniciativa privada.
As pessoas eram vistas como meros contribuintes (taxpayers), ou seja, aqueles 
que estão preocupados com a aplicação eficiente do recurso arrecadado, sem que 
isso gere desperdícios. No gerencialismo puro, funciona a lógica fiscal.
O foco era os taxpayers justamente pela crise que ocorrera no Estado do Bem-
-Estar, que se viu incapaz de atender às demandas da sociedade. Isso gerou a re-
volta dos contribuintes, que não viam seus recursos serem devidamente aplicados.
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Outras características do gerencialismo puro: aplicação de conhecimentos/teo-
rias oriundas da iniciativa privada; foco na administração voltada para a mudança 
de cultura no setor público. Sabemos que essa mudança ainda não obteve êxito no 
Brasil, pois a fama do serviço público brasileiro remonta à época burocrática das-
peana (do DASP). 
Com relação à eficiência, fundamental passou a ser o corte de custos: redução 
salarial, demissões, racionalização de processos, etc.
Vejamos os problemas/críticas da primeira fase do gerencialismo:
Consumerism
Uma vez que o gerencialismo puro não melhorou a prestação dos serviços, sur-
gem novas tendências que visam à efetividade, à qualidade no setor público.
Nesse segundo momento, chamado de consumerism, a preocupação estende-se 
para a qualidade (efetividade). O usuário do serviço público agora é visto como um 
cliente/consumidor, em alusão aos termos utilizados nas empresas. A satisfação do 
cliente vira o foco e a qualidade do serviço, a ferramenta principal. No consumerism, 
funciona a lógica gerencial.
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A ideia era fazer com que o setor público ficasse mais ágil e competitivo, des-
centralizando serviços, implantando inovações para o atendimento ao público, in-
centivando a competição entre os órgãos públicos. 
Essa descentralização é fundamental. É a partir dela que surge a Administração 
indireta e suas entidades. Fazendo a distinção: Administração direta são os Minis-
térios e seus órgãos, ou as secretarias, no caso dos Estados e Municípios. A Admi-
nistração indireta são as autarquias (IBAMA), fundações (IBGE), empresas públicas 
(CAIXA ECONÔMICA) e sociedades de economia mista (PETROBRAS). 
A utilização da Administração indireta é uma forma de descentralização, con-
ceito do gerencialismo. Descentralizar é dar autonomia para essas empresas e 
autarquias criadas. Autonomia de decisão, o que acelera a execução, melhorando 
o serviço público. Já imaginou se tudo tivesse que passar pelos Ministros? Iria de-
morar um pouco, não é?
É no consumerism que surge o paradigma do cliente na gestão pública. Assim, a 
partir da implantação da qualidadee da flexibilidade visando ao melhor atendi-
mento possível, o conceito de cliente, até então utilizado somente nas empresas, é 
transportado para o setor público.
Além da descentralização, que busca a proximidade entre o usuário dos serviços e 
a Administração Pública, são criados mecanismos para tentar evitar problemas com 
a execução dos serviços.
Até então, não existia, no setor público, o conceito de competição. Uma vez sendo 
os serviços todos exclusivos, todos representando um monopólio, os consumidores 
não possuem alternativas para escolher. 
A ideia então é copiar as bases do funcionamento do mercado. O estímulo à concor-
rência subsidia a qualidade dos serviços, já que aquele que estiver prestando um 
serviço de maneira insatisfatória perde espaço para serviços de qualidade.
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Vejamos os problemas/críticas do consumerism.
Ausência da separação de conceitos entre o consumidor do mercado e o do 
serviço público.
Nem sempre é possível implantar a competição de serviços públicos.
Public Service Oriented – PSO
Diante desses princípios da iniciativa privada, surge uma problemática: como 
garantir a equidade em um contexto de privatização.
É fato que o setor privado visa ao lucro, não possuindo preocupação com igual-
dade entre as pessoas. Aquele que paga mais, tem o melhor serviço prestado: é a 
valorização do “bom” cliente. 
Entretanto, não é assim que a “banda deve tocar” no setor público. Como já 
falamos, é preciso tratar todos de forma igual (não esquecendo a desigualdade dos 
desiguais). 
Vejamos o exemplo da Grã-Bretanha. Até os anos 80, os serviços públicos eram 
produzidos e gerenciados pelo Estado, no modelo de monopólios naturais, para que se 
garantisse a generalização dos serviços e condições para o desenvolvimento industrial. 
Margaret Thatcher modifica radicalmente esse panorama: os serviços de água, 
gás, energia e telecomunicações passam por um processo de privatização, que faz 
com que esses setores se tornem rentáveis, gerando mais interesse do setor priva-
do. Essa rentabilidade e o lastro na capacidade de pagamento dos usuários criam 
dois fenômenos: cherry picking (cereja do bolo) e o social dumping (dano social).
Cherry picking: processo de luta das empresas para a dominação das zonas 
mais rentáveis ou em acelerado crescimento.
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Social dumping: desprezo pelas classes mais pobres.
A consequência desses fenômenos é a criação de guetos com pouco acesso aos ser-
viços públicos. O direcionamento dos auxílios aos mais necessitados não é mais tratado 
no âmbito da gestão dos serviços, mas no contexto das políticas sociais do Estado.
Nesse último momento, o public service oriented, a evolução parte para a equi-
dade/justiça, relacionada com a responsabilização. O usuário é visto como um ci-
dadão. Essa mudança de cliente para cidadão é fundamental. O tratamento de um 
cliente é proporcional ao que ele gasta. Com o cidadão, isso não acontece.
Agora, o cidadão tem, além de direitos, obrigações perante a sociedade, como 
a fiscalização da “coisa pública”, devendo cobrar os maus gestores.
A descentralização promovida pela PSO não visa somente à eficiência do serviço 
ou à qualidade do atendimento. Na public service oriented, a descentralização é 
uma forma de promover a participação política dos cidadãos.
É importante mencionar que cidadão diferencia-se de cliente devido à sua conota-
ção coletiva.
6. (ESAF/MTE/2010) As seguintes afirmações espelham entendimentos corretos 
sobre a Nova Gestão Pública (NGP), exceto: 
a) a NGP é um movimento cuja origem remonta às mudanças havidas nas admi-
nistrações públicas de alguns países a partir da década de 1970, principalmente 
nos Estados Unidos e na Inglaterra. 
b) o consumerismo consiste em uma reorientação do gerencialismo puro, mais 
voltada à racionalização e tendo como ponto central a satisfação das necessidades 
dos cidadãos, consumidores de serviços públicos. 
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c) a NGP nasceu gerencialista nos anos 1980, tendo sido fortemente inspirada nas 
reformas minimalistas e na proposta de aplicação da tecnologia de gestão empre-
sarial ao Estado. 
d) nos anos 1990, o Public Service Oriented resgatou os conceitos de transparên-
cia, dever social de prestação de contas, participação política, equidade e justiça, 
introduzindo novas ideias ao modelo gerencial puro. 
e) desde o início, a experiência brasileira em NGP aponta para uma forte retomada 
do estado do bem-estar social e do desenvolvimentismo burocrático, ideal reforça-
do pela recente crise do mercado financeiro internacional6.
7. (ESAF/MPOG/2009) Podendo ser identificada como uma perspectiva inovadora 
de compreensão, análise e abordagem dos problemas da Administração Pública, 
com base no empirismo e na aplicação de valores de eficácia e eficiência em seu 
funcionamento, a Nova Gestão Pública propõe um modelo administrativo dotado 
das seguintes características, exceto: 
a) direcionamento estratégico. 
b) limitação da estabilidade de servidores e regimes temporários de emprego. 
c) maior foco nos procedimentos e menor foco nos produtos e resultados. 
d) desempenho crescente e pagamento por desempenho/ produtividade. 
e) transparência e cobrança de resultados (accountability)7. 
6 Letra e. O gerencialismo surge com a crise do Estado do Bem-Estar Social, que se vê incapaz de atender às 
diversas demandas da sociedade. Portanto a NGP nega esse modelo de Estado, pregando um Estado Menor, 
efetivado mediante regulações. Nem precisamos falar do restante da questão, que faz alusão à burocracia.
7 Letra c. Vejamos item por item: a) ter direcionamento estratégico significa ter visão global da Administra-
ção Pública para poder entender o ambiente em que ela está inserida e traçar metas para serem cumpridas. 
Certo; b) regimes estáveis de serviços públicas são oriundos da administração burocrática. Sabemos que, 
no Brasil, os regimes continuam; c) foco nos procedimentos é marca da burocracia. Errado; d) conceitos 
originados do gerencialismo puro. Certo; e) conceitos oriundos do PSO. Certo.
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Dimensões da Reforma na Administração Pública
A reforma na Administração Pública pode ser vista sob algumas dimensões. Va-
mos aelas:
• Dimensão institucional-legal: formada pelas mudanças necessárias no 
campo normativo e legal da Administração;
• Dimensão política: voltada para o contexto político, no qual entra a dimen-
são institucional-legal também;
• Dimensão cultural: baseia-se na mudança de valores burocráticos para ge-
renciais;
• Dimensão-gestão: põe em prática as novas ideias gerenciais e oferece à 
sociedade um serviço público efetivamente mais barato, mais bem controlado 
e com a melhor qualidade;
• Dimensão econômica: está voltada para o mercado.
PDRAE 
Vamos falar um pouco mais sobre o Plano.
Elaborado pelo então Ministério da Administração Federal e da Reforma do Esta-
do – MARE, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) representou 
a tentativa de implantação do gerencialismo no Brasil. De maneira mais concreta, 
o PDRAE introduziu dispositivos na Constituição Federal de 1988 com o intuito de 
colocar a Carta Magna em consonância com as pretensões de uma Administração 
Pública Gerencial.
O principal dispositivo foi a introdução do princípio da eficiência para a Adminis-
tração Pública. Juntamente com a eficiência, o Plano buscava flexibilizar a estabi-
lidade do funcionalismo público, permitindo a existência de regimes jurídicos dife-
renciados. A ideia era conferir um caráter mais gerencial na atuação dos servidores. 
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Essa questão do regime por vezes se alterou no Brasil e, hoje (desde 2007), pre-
valece a regra de apenas um regime (Regime Jurídico Único – RJU), que determina 
que os entes devem ter apenas um regime. No caso da União, esse regime é o es-
tatutário (em contraposição ao regime celetista), nos termos da Lei n. 8.112/1990. 
O Plano também entrou no campo das aposentadorias. A ideia era definir uma 
idade mais razoável para se aposentar, sendo essa aposentadoria proporcional ao 
tempo de contribuição do servidor. 
O PDRAE, ao fazer uma análise do contexto histórico, destaca três aspectos re-
lacionados à crise do Estado:
• Crise fiscal:
 – Perda do crédito;
 – Poupança pública negativa.
• Esgotamento da estratégia estatizante por meio de:
 – Estado do bem-estar social – países desenvolvidos;
 – Substituição de importações – terceiro mundo;
 – Estatismo – países comunistas.
• Superação da maneira de se administrar → superação da Administração Pú-
blica burocrática. Sempre lembrando que o gerencialismo não abandona por 
completo seus preceitos.
O PDRAE destaca tentativas anteriores de reforma da Administração Pública bu-
rocrática, salientando que essas experiências foram marcadas ou pelo foco na ex-
tinção/criação de órgãos, ou pela instituição de estruturas para funcionar de forma 
paralela à estrutura existente para flexibilizar a rigidez burocrática:
• Governo JK (1956-1961). Foram criadas comissões especiais:
 – Comissão de Estudos e Projetos Administrativos: foco na simplificação dos 
processos administrativos e reformas ministeriais.
 – Comissão de Simplificação Burocrática: elaboração de projetos voltados 
para reformas globais; descentralização de serviços.
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• Reforma de 67 (Decreto-Lei n. 200/1967): uma grande tentativa de su-
perar a rigidez burocrática. É considerado o primeiro momento de admi-
nistração gerencial no Brasil. Nesse Decreto foram realizadas/buscadas:
 – Transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas 
e sociedades de economia mista (descentralização funcional);
 – Instituição do planejamento e do orçamento como princípios de racionali-
dade administrativa;
 – Reunião da competência e da informação no processo decisório.
A Reforma de 67 gerou uma dualidade de órgãos, criando núcleos de eficiên-
cia e competência na Administração indireta oriunda da descentralização (ilhas de 
excelência) e mantendo estruturas arcaicas e ineficientes na Administração direta.
Voltando ao PDRAE, são destacados quatro setores no contexto do Aparelho do 
Estado, a saber:
Núcleo Estratégico
• setor que define leis/políticas públicas.
• local de tomada de decisão em nível estratégico.
• corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e ao 
Presidente da República, Ministros e seus assessores diretos (âmbito do Poder 
Executivo).
Núcleo Estratégico
• serviços que só podem ser feitos pelo Estado.
• exercício do poder de regulamentar, fiscalizar e fomentar (poder extroverso).
• exemplo: cobrança de impostos, polícia, serviço de trânsito.
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Núcleo Estratégico
• Estado e organizações públicas não-estatais atuam simultaneamente.
• O Estado está presente nesse setor dada a sua importância: educação e saú-
de.
Núcleo Estratégico
• área de atuação das empresas.
• atividades que geram lucro, mas que ainda estão no aparelho do Estado de-
vido ao alto grau de investimento ou da característica de monopólio do setor.
• exemplo: infraestrutura.
Para aqueles que queiram fazer uma leitura maior a respeito do PDRAE, segue 
o link onde está disponível o Plano:
http://www.bresserpereira.org.br/Documents/MARE/PlanoDiretor/planodiretor.pdf
8. (ESAF/FUNAI/2016) Analise os itens a seguir e assinale a opção correta.
I – A criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 
1938, pode ser considerada um importante marco para o início da profissio-
nalização na Administração Pública brasileira em nível federal.
II – O Decreto-Lei 200 de 1967, ao reorganizar a estrutura da Administração 
Pública federal e estabelecer a divisão entre Administração Pública direta e 
indireta, demarca o início das práticas burocráticas no Estado brasileiro.
III – O movimento de publicização de serviços não-exclusivos do Estado, pautado 
pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado de 1995, evidencia uma 
forma de Administração Pública orientada pela abordagem gerencialista.
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a) Somente I está correto.
b) Somente III está correto.
c) Somente I e II estão corretos.
d) Somente I e III estão corretos.
e) Somente II e III estão corretos8.
9. (ESAF/ANAC/2016) O aparelho do Estado é composto por quatro setores distintos:
(1) Núcleo estratégico.
(2) Atividades exclusivas.
(3) Serviços não exclusivos.
(4) Produção debens e serviços para o mercado.
Leia os trechos a seguir e ordene-os de acordo com os itens citados anteriormente.
( )� Corresponde à área de atuação empresarial, que explora atividades econômi-
cas com fins lucrativos, mas que ainda permanecem no aparelho do Estado.
( )� Corresponde ao governo em sentido lato. É o setor que define as leis e as 
políticas públicas e cobra seu cumprimento. É o mais alto nível de decisão do 
governo.
( )� Corresponde ao setor em que o Estado atua simultaneamente com outras or-
ganizações públicas não estatais e privadas. As instituições desse setor não 
possuem o poder de Estado.
( )� É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São 
serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado ─ o poder de regula-
mentar, fiscalizar e fomentar. 
8 Letra d. I) De fato, a criação do DASP no Governo Vargas implanta importantes medidas, como a merito-
cracia e o concurso público; II) Não é bem assim. O Decreto-Lei n. 200/1967 é uma tentativa de tornar o 
Estado mais gerencial; III) De fato, o PDRAE faz parte de um movimento gerencialista. São quatro os setores 
pensados: núcleo estratégico, atividades exclusivas, serviços não exclusivos e produção de bens e serviços 
para o mercado.
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a) 1, 3, 4, 2
b) 4, 1, 3, 2
c) 4, 3, 1, 2
d) 4, 3, 2, 1
e) 3, 4, 1, 29
2. Gestão Pública x Gestão Privada
Temos visto que, sob vários aspectos, a gestão pública tem utilizado teorias 
administrativas oriundas da Administração Privada. Entretanto, por mais que esses 
modelos sejam aplicados no setor público, há diferenças que devem persistir entre 
as gestões pública e privada.
A mais importante diferença diz respeito à legalidade. O princípio da Legalida-
de, juntamente com a Impessoalidade, a Moralidade, a Publicidade e a Eficiência 
– acrônimo LIMPE, está expresso no caput do art. 37 da Constituição Federal de 
1988. Esses cinco são os princípios norteadores da Administração Pública.
Além de ser um princípio da Administração Pública, também está consignado 
em outra parte da Carta Magna. Trata-se do art. 5º, em que são elencados os di-
reitos e deveres individuais e coletivos. 
Nos termos preconizados, o agente público deverá agir em conformidade com 
os ditames da Lei, só podendo fazer o que a lei permite.
Mas e aí, professor? Você está querendo dizer que a Administração Privada 
é contra a lei? Tudo que ela faz é ilegal? De forma alguma. O que muda, para o 
agente privado, é que ele pode fazer tudo o que a lei não proíbe. Assim, no setor 
privado, há mais liberdade e flexibilidade para agir.
9 Letra b. I) o empresariado deve atuar no fornecimento de bens e serviços para o mercado; II) definir leis 
e políticas públicas está no topo, sendo o núcleo mais estratégico; III) serviços não exclusivos permitem a 
participação tanto do Estado quanto da iniciativa privada; IV) se só o Estado pode realizar, estamos falando 
de atividades exclusivas, como a fiscalização, a regulamentação e o fomento.
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Vejamos outras divergências existentes entre os setores:
Interesse: como sabemos, o setor público está direcionado para o interesse da 
coletividade (o bem-estar de todos os cidadãos). Por outro lado, a Administração 
privada visa à satisfação dos stakeholders*.
*Stakeholders são as partes interessadas na empresa. São os agentes afeta-
dos positiva ou negativamente pelas decisões da organização. Nesse sentido, 
podem ser considerados os funcionários ou os acionistas, por exemplo. Pode-
mos também considerar como stakeholders os fornecedores e clientes.
Recursos: quem financia o setor público? Nós, os contribuintes. Trabalhamos 
4 meses do ano para isso, não é? Cerca de 1 trilhão de reais já foram arrecadados 
este ano no país; é mole? Pagamos tributos (em que estão incluídos os impostos, 
as taxas, as contribuições) para o funcionamento da Administração Pública e para 
que ela devolva esse financiamento em serviços públicos de saúde e educação, em 
estradas construídas/reformadas, em aeroportos sem filas, etc. Tudo aquilo que 
estamos acostumados a receber, só que não. 
Além disso, o setor público é financiado por empréstimos. São as chamadas 
operações de crédito.
No caso da gestão privada, as empresas possuem recursos próprios ou oriun-
dos de investidores (capital de terceiros) para que elas funcionem. E quem paga 
a conta? Os clientes. Por meio de suas compras, os clientes permitem o funciona-
mento da empresa.
Controle: a atuação dos agentes públicos, uma vez que eles lidam com recur-
sos públicos (recursos da coletividade), deve ser controlada. O povo confere ao 
servidor público o poder de atuar em seu nome. O agente público passa a ser um 
agente agindo em nome da população. Além da população, os agentes são contro-
lados pelos seus pares, por subordinados, por superiores e por órgãos específicos. 
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Na Administração Privada, isso não ocorre. Os controles realizados no setor 
privado restringem-se a controles de qualidade mínima de produtos, como as pa-
dronizações da ABNT. A Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma entidade 
privada, sem fins lucrativos, responsável pela normalização técnica no Brasil, for-
necendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
Cabe falar também do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e 
Tecnologia), que é autarquia federal que objetiva fortalecer as empresas nacionais, 
aumentando sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à 
melhoria da qualidade de produtos e serviços.
Alguns setores da economia são regulados devido às suas importâncias estra-
tégicas. Esse é o caso do setor aéreo, de petróleo, de transportes rodoviários, de 
comunicações, etc.
Objetivos: toda a atuação da Administração Pública deve estar voltada para 
um único foco: o cidadão. Esse conceito vem evoluindo ao longo do tempo. Na Pu-
blic Service Orientation – PSO (conceito oriundo da administração gerencial), essa 
definição ganhou o formato que conhecemos hoje. 
Com relação à gestão privada, o foco é o lucro. Não adianta aquela visão de que 
lucro é algo “ruim”, que é “feio pensar em lucro”. Não, o lucro é, sim, a razão de ser 
das empresas. Sem lucros, elas não existem.
Na gestão pública, é possível que haja lucro também. Nas empresas públicas, 
que fazem parte da Administração indireta, o lucro também é visado. Mas o objetivo 
maior, no setor público, deve ser sempre o atendimento às necessidades do cidadão.
Concorrência: no setor público, normalmente não há concorrência. Os serviços 
são monopolizados. Só o Estado, por exemplo,cuida da segurança pública. No caso 
do setor privado, normalmente os mercados são caracterizados pela concorrência 
natural, ou seja, há vários concorrentes em cada ramo da indústria. 
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A partir dessa diferença, podemos inferir que, geralmente, não há competição 
no setor público e que no setor privado a competição é acirrada. Uma vez havendo 
competição, o modo de atuar das empresas deve ser diferente. Elas devem buscar 
a excelência (produtos com qualidade, bom atendimento, inovação, eficiência) em 
seus serviços para não perder fatia (share) de mercado.
No setor público, há também a busca pela excelência. Mas o motivo é outro: a 
razão gira em torno do seu objetivo, que é atender às crescentes necessidades do 
cidadão.
Privacidade: com pequenas exceções (relacionada à segurança pública, por 
exemplo), não há privacidade na Administração Pública. Aliás, um dos princípios 
constitucionais da Administração Pública, como vimos, é a publicidade. A Admi-
nistração deve publicar todos os seus atos, visando à transparência e facilitando o 
controle (accountability). 
Na Administração Privada, a privacidade pode ser fundamental para o sucesso 
nos negócios. Um segredo de negócio desvendado pode ser a razão do fracasso de 
uma empresa. 
Lançamentos de produtos e serviços normalmente são guardados a sete chaves. 
Esse é um assunto tão sério no meio empresarial que há autores que aconselham 
as organizações a tomarem conta inclusive do seu lixo, ou seja, elas não podem 
deixar nenhum vestígio. Os segredos industriais são fundamentais.
Carreiras e Promoções: desde a administração burocrática implantada por 
Getúlio Vargas na década de 30, criando o DASP (Departamento Administrativo do 
Setor Público), o sistema de carreiras e promoções no setor público encontra-se estru-
turado. Assim, não há discricionariedade (liberdade na atuação) para a autoridade 
determinar o modo de desenvolvimento das carreiras e estruturar as promoções. 
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Na gestão pública, as promoções são determinadas ou pelo mérito (meritocracia – 
conceito aproveitado pelo gerencialismo) ou pelo critério de antiguidade. O agente 
público sempre está vinculado às normas que dizem respeito a carreiras e promoções.
No setor privado, a flexibilidade é total, ficando sempre a critério do administra-
dor a maneira como estruturar as carreiras e promoções. A revisão e reestrutura-
ção são comuns, já que não há entraves legais para frear a atuação dos gestores. 
Contratação: a realização de concursos públicos é a regra no setor público. 
Assim, o ingresso no serviço público se dá geralmente pela aprovação nesses certa-
mes. Veja como isso está consignado no inciso II do art. 37 da Constituição Cidadã 
de 1988:
Art. 37, II – A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia 
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea-
ções para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Diferença básica entre cargo e emprego público: 
• Cargo público: regido pelo Estatuto do Servidor Público (Lei n. 8.112/1990). 
São os chamados estatutários. Geralmente, os cargos públicos estão presen-
tes na Administração Pública direta (ministérios e seus órgãos; presidência 
da república e seus órgãos) e em parte da Administração Pública indireta (nas 
autarquias e fundações públicas);
• Emprego público: regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho – De-
creto-Lei n. 5.452/1943). São os chamados celetistas. Geralmente, os em-
pregos públicos estão presentes somente na outra parte da Administração 
indireta (empresas públicas e sociedades de economia mista).
Agora, veja que há uma ressalva no dispositivo mencionado. Trata-se da nome-
ação de cargos em comissão, que são de livre nomeação e exoneração. O que isso 
quer dizer? O agente público possui liberdade para nomear e para exonerar (demi-
tir sem caráter punitivo) os detentores de cargo em comissão. 
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Quando alguém que já é servidor público detém cargo em comissão e perde 
esse cargo, o funcionário continua no serviço público. “Apenas” deixa de ser chefe, 
juntamente com a perda de seus direitos e deveres de chefia. 
Além dos concursos normais, há também os chamados concursos temporários. 
Em determinadas circunstâncias, o órgão público pode realizar esse tipo de certa-
me para admitir servidores temporários, que permanecerão no cargo por tempo 
determinado, mesmo sendo permitida a prorrogação do tempo de permanência.
A contratação no setor privado é bastante diferente. Como sempre, a flexibili-
dade (discricionariedade; desvinculação a normas) é a característica. As empresas 
contratam de acordo com seus interesses, podendo considerar a escolaridade, a 
experiência, a capacidade, o bom relacionamento com alguém que já esteja dentro 
da empresa, etc. 
O recrutamento (atração de profissionais) e a seleção de funcionários não pos-
suem um formato pré-determinado, como são os concursos (de provas ou de pro-
vas e títulos) no setor público. Assim, as empresas podem fazer entrevistas indivi-
duais, provas, dinâmicas de grupo, etc. Elas podem inclusive não fazer nada disso, 
contratando diretamente, caso tenha o aval dos gestores.
Ainda com relação à contratação, os cargos e empregos públicos são acessíveis 
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei.
No setor Privado, ressalvadas as exigências da profissão (a contratação de um en-
genheiro civil, por exemplo), não há restrições legais nem com relação a estrangeiros.
Estrutura: a maneira como o setor público se estrutura é mais tradicional, ain-
da nos dias atuais, com hierarquias mais verticalizadas (vários níveis de chefia). Na 
Administração privada, mais moderna, a estrutura é mais horizontalizada e flexível, 
com equipes multidisciplinares autônomas, sempre voltadas para o atendimento ao 
cliente e buscando enfrentar o dinamismo do mercado, que, além de ser globaliza-
do, está em constante mudança. 
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Embora a gestão pública ainda possua uma estrutura mais tradicional, elavem 
seguindo os passos da gestão privada. Um grande exemplo é a descentralização, 
que vem sendo adotada na gestão pública desde a década de 60. Essa descentra-
lização permite maior agilidade na tomada de decisões, uma vez que permite que 
agentes que estejam em contato com o problema decidam. 
Essa descentralização é fundamental nos dias de hoje, em que os ambientes 
são extremamente instáveis. As constantes mudanças requerem agilidade, que é 
marca da descentralização.
Custo-Benefício: na gestão privada, as decisões relacionadas ao processo pro-
dutivo giram em torno da análise do custo-benefício. O gestor sempre questiona 
se compensa fabricar determinado produto, se esse bem trará retorno financeiro à 
organização.
No caso do setor público, essa história é diferente. O custo-benefício pode até 
ser considerado. Porém, mais importante do que isso são as funções sociais do Es-
tado, como a de redistribuir a renda para a população.
Impessoalidade: esse é outro princípio da Administração Pública consignado 
na Carta Magna. O agente público não pode agir subjetivamente, por interesses 
próprios, etc. Ele deve ser impessoal em suas decisões. 
Essa impessoalidade garante a equidade no atendimento aos cidadãos. Essa 
equidade significa tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual 
na medida de suas desigualdades. 
Quer ver um exemplo disso? Reserva de vagas para pessoas com deficiência. 
Esse é um tratamento diferenciado para pessoas que possuem necessidades es-
pecíficas. Isso, desde que previsto em lei, é totalmente possível. Outro exemplo? 
Regras de preferência em licitação para microempresas.
Na gestão privada, não há essa restrição. O que se passa na cabeça do presi-
dente é o que vale. No setor privado, é totalmente possível e compreensível efetuar 
diferenciação de mercado. A empresa pode escolher atender a um grupo específico 
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(segmentando a sua atuação). Esse grupo pode ser uma classe econômica, um 
bairro específico, pessoas com determinada faixa etária, etc.
Olhando para o dicionário, segmentação é “Reduzir a segmentos”. Segmento, 
por sua vez, é a parte de um todo. Sendo assim, segmentar um mercado significa 
reduzi-lo em partes menores. 
Para Kotler, segmentar um mercado é “identificar e agrupar grupos distintos de 
compradores que podem exigir produtos e/ou compostos de marketing separados”. 
Vejamos um quadro-resumo com as divergências.
Critério Público Privado
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As diferenças entre a Administração Privada e a Pública são fundamentais para 
entendermos os seus funcionamentos. Depois que estudamos essa parte, fica mais 
fácil compreender as convergências entre as duas Administrações. Por eliminação, 
podemos deduzir em que se assemelham as gestões.
Por exemplo: ambas as Administrações precisam realizar um planejamento; focar 
no sucesso do cliente/cidadão; buscar usar ferramentas que visem à qualidade/exce-
lência; mirar a eficiência, a efetividade e a eficácia, ter postura empreendedora, etc.
10. (ESAF/ANAC/2016) Quanto à convergência e à diferença entre a gestão pública 
e a gestão privada, julgue os itens a seguir, classificando-os como certos ou erra-
dos. A seguir escolha a opção correta.
I – Na Gestão Pública, a obtenção de receitas é derivada de tributos (impostos, 
taxas e contribuições), de caráter compulsório, sem a devida contrapartida 
em termos de prestação direta de um serviço, enquanto na Gestão Privada a 
receita advém da venda de produtos e serviços e é paga pelos clientes. 
II – Quanto aos destinatários das ações empreendidas, pode-se afirmar que na 
Gestão Pública é o cliente, indivíduo que manifesta seus interesses no mer-
cado, enquanto na Gestão Privada é o cidadão, membro da sociedade que 
possui direitos e deveres. 
III – No que se refere aos mecanismos de controle, pode-se afirmar que, na Ges-
tão Pública, o controle é político, por meio de eleições periódicas dos gover-
nantes, enquanto na Gestão Privada, o controle é do mercado, por meio da 
concorrência com outras organizações. 
IV – A tomada de decisão na Gestão Pública é mais rápida, buscando sempre a 
racionalidade, enquanto na Gestão Privada as decisões são mais lentas, in-
fluenciadas por variáveis de ordem política. 
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V – A sobrevivência das organizações na Gestão Pública tem tempo de existência 
indeterminado: o Estado não vai à falência, enquanto na Gestão Privada a 
sobrevivência depende da eficiência organizacional. 
Estão corretos apenas os itens
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, III e V10.
11. (ESAF/ESAF/2015) Embora sejam espécies do mesmo gênero, a Administra-
ção Pública e a Administração Privada possuem peculiaridades específicas. Por isso 
mesmo, quando contrapostas, convergências e divergências se revelam. Nesse 
contexto, é correto afirmar:
a) o fato de pagar impostos habilita o contribuinte a demandar, da Administração 
Pública, tratamento idêntico ao de quando realiza uma transação comercial junto à 
iniciativa privada.
b) a cooperação entre o setor público e o setor privado é dispensável, haja vista 
ser mais interessante que este último se dedique, tão somente, ao aperfeiçoamen-
to da produção de bens e da oferta de serviços.
c) por ser possível ao Estado financiar-se de maneira ilimitada, quer pela emissão 
de moeda quer pelo aumento de tributação, o planejamento financeiro na Adminis-
tração Pública é pouco relevante.
10 Letra e. I) Perfeito. No setor privado, essa relação é direta. No setor público, o IPVA não serve necessaria-
mente para arrumar estradas. Pode servir para construir hospitais; II) conceitos invertidos; III) é isso. No 
mercado, a concorrência e os clientes ditam as regras. No setor público, temos eleições que, em tese, punem 
os ruins e beneficiam os bons políticos. Em tese, é lógico; IV) conceitos invertidos; V) é isso. Na gestão pri-
vada, é preciso sempre conquistar os clientes, manter lucros, controlar dívida. No setor público, que não vai 
à falência, essas questões infelizmente são colocadas de lado.
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d) o controle dos cidadãos sobre as ações legais dos burocratas é indireto e se dá 
quando, pelo voto, avaliam o desempenhoda burocracia ao estabelecer quais polí-
ticos devem ser eleitos ou reeleitos.
e) diferentemente do que ocorre na gestão pública, a boa prática recomenda ao 
administrador privado sentir-se livre para decidir sem considerar as demandas de 
quaisquer grupos de interesse11.
3. Organização da Administração Pública
Administração Direta e Indireta
Como em vários conceitos no Direito, o significado de Administração Pública 
possui um sentido amplo e outro estrito. 
Sentido Amplo: abrange os órgãos de governo, seja exercendo função política 
(estabelecimento das políticas públicas), seja exercendo função meramente admi-
nistrativa (execução das políticas públicas).
Sentido Estrito: sempre parte de um sentido amplo, no nosso caso, o sentido 
estrito é a Administração Pública que abrange somente os órgãos e pessoas jurí-
dicas que executam políticas públicas, ou seja, função meramente administrativa.
Há outra maneira de classificar a Administração Pública, também em dois sen-
tidos diferentes. Vejamos.
Sentido Subjetivo, Formal e Orgânico
• Conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes inseridos na Administração 
Pública, de acordo com o ordenamento jurídico;
• Diz respeito ao sujeito (subjetivo) – “quem realiza”.
11 Letra d. a) Mercado e setor público possuem diferentes relações entre clientes/cidadão e empresa/órgão 
público; b) essa cooperação é essencial; c) planejamento financeiro é fundamental. Estamos vendo a dete-
rioração das contas públicas não é à toa; d) essa é a nossa resposta; e) as demandas precisam ser conside-
radas, já que o lucro advém das vendas e a comercialização depende de haver clientes interessados.
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Sentido Subjetivo, Formal e Orgânico
• Atividades próprias da função administrativa;
• O foco é “no que é realizado” – funcional.
No sentido formal, o poder público manifesta-se por meio de atos administra-
tivos. Em alguns casos, esses atos são dotados de autoexecutoriedade, ou seja, 
podem ser materialmente implementados, inclusive pelo uso da força.
Dentro da função administrativa (sentido funcional), temos as seguintes ativi-
dades:
Serviço público: o que é executado, geralmente, sob o regime de direito pú-
blico, visando ao interesse público.
Polícia administrativa: limitações impostas ao exercício de atividades na ini-
ciativa privada, como a fiscalização.
Fomento: incentivo à atuação privada em atividades de utilidade pública.
Intervenção: intervenção do Estado no setor privado, como a desapropriação 
de propriedade privada e a intervenção do domínio econômico.
No sentido subjetivo, temos os agentes públicos. Vejamos o seu conceito:
Agentes Públicos: toda pessoa física que exerce atribuição pública em sentido 
amplo (mandato, cargo, emprego ou função pública), sendo funcionário público 
ou não, de forma remunerada ou não, de maneira temporária ou não.
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Um ponto importante é que, no Brasil, é adotado o critério formal/subjetivo/or-
gânico, importando quem faz, quando nos referimos à Administração Pública. Des-
sa forma, vamos entender, agora, a estrutura da Administração Pública brasileira. 
E o significado de Governo? Governo possui uma conotação política. O Governo 
Dilma, por exemplo, comandava o país de acordo com a ideologia do Partido dos 
Trabalhadores, influenciada pelos partidos da coligação. Agora temos o Governo 
Temer, com outra maneira de administrar o país. E assim vai!!
Assim, Governo possui critérios mais políticos do que técnicos. Eu posso tam-
bém falar que é o conjunto de órgãos e poderes, mas sempre com o viés político e 
de representação popular.
Já o Estado é a pessoa jurídica, é o país, é a União. O Estado fica, o Governo 
passa. Há políticas de Estado (vacinação) e há políticas de Governo (Minha Casa 
Minha Vida).
Organização Administrativa da Administração Pública
Para falarmos da organização administrativa, a melhor maneira é começarmos 
ilustrando, desenhando a organização. Vejamos a ilustração para entendermos 
quem está inserido no conceito de Administração Pública no sentido formal/subje-
tivo/orgânico.
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Administração Pública
D
e
s
c
o
n
c
e
n
tr
a
ç
ã
o
Direta Indireta
Descentralização por 
outorga
Autarquias
Desconcentração
Fundações
Desconcentração
Empresa Pública
Desconcentração
Sociedade de 
Economia Mista
Desconcentração
A organização do Estado Brasileiro se traduz na estruturação da Administração 
Pública, que abrange órgãos e entidades dos três Poderes (legislativo, executivo 
e judiciário) de todos os entes (a União, os Estados, o DF e os Municípios). 
Como podemos ver na ilustração, a Administração Pública é integrada exclusi-
vamente pelos órgãos da Administração direta (órgãos que integram as pessoas 
políticas: União, Estados, DF e Municípios) e pelas entidades da Administração in-
direta, assim definidas pelo Decreto-Lei n. 200/1967 (autarquias, fundações públi-
cas, empresas públicas e sociedades de economia mista). 
É importante ressaltar que, quando falamos na direta, falamos, principalmen-
te, dos órgãos, que não possuem personalidade jurídica. Por outro lado, quando 
falamos na indireta, falamos em entidades, que possuem personalidade jurídica. 
Guardem essa diferença. 
Reparem na palavra grifada: exclusivamente. As entidades permissionárias, as 
concessionárias, etc., não entram nessa estrutura.
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Há mais um detalhe importante no desenho: a descentralização e a desconcen-
tração, ações que objetivam agilizar a prestação dos serviços. Falemos desses ins-
titutos, além, é claro, da centralização e concentração, que são processos inversos 
e possuem o objetivo de aumentar o controle dos serviços.
Primeiro par de conceitos: concentração e desconcentração. A desconcentração, 
que sempre envolve apenas uma pessoa jurídica, é a distribuição de competên-
cias no âmbito da própria estrutura. 
A desconcentração pode ocorrer na Administração direta, quando, por exemplo, 
a União distribui competência entre os seus órgãos (Ministério da Educação, Minis-
tério do Trabalho, por exemplo). Esse instituto acontece também na Administração 
indireta, quando uma empresa pública cria departamentos para execução de de-

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