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Aspectos Importantes nas Organizações.MARCIA_CRUZ.05

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AN02FREV001/REV 4.0 
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ASPECTOS IMPORTANTES NAS 
ORGANIZAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
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CURSO DE 
ASPECTOS IMPORTANTES NAS 
ORGANIZAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1 ASPECTOS IMPORTANTES NAS ORGANIZAÇÕES 
1.1 COGNIÇÃO 
1.2 MOTIVAÇÃO 
1.3 EQUIPES E GRUPOS DE TRABALHO 
1.4 LIDERANÇA 
1.5 COMUNICAÇÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 ASPECTOS IMPORTANTES NAS ORGANIZAÇÕES 
 
 
As organizações de trabalho são compostas por pessoas que fazem com 
que ela exista e possa atingir seus objetivos e propósitos dentro do ambiente ao qual 
está inserida. 
Os colaboradores das organizações são pessoas dotadas de sentimentos, 
emoções, percepções, anseios, medos entre outras características que os fazem ser 
diferentes uns dos outros. São estas diferenças que fazem com que a organização 
progrida e se desenvolva. Para tratarmos deste assunto abordaremos alguns 
aspectos importantes que estão presentes em todas as organizações e que o 
psicólogo organizacional deve conhecer para desenvolver seu trabalho. 
 
 
1.1 COGNIÇÃO 
 
 
Para estudar as pessoas dentro das organizações de trabalho temos duas 
opções: considerar as pessoas como pessoas (com características próprias de 
personalidade, aspirações, valores atitudes, motivações e objetivos individuais) ou 
considerar as pessoas como recursos (com habilidades, capacidades, destrezas, 
conhecimentos e competências necessárias para as atividades de trabalho). A 
moderna gestão de pessoas procura tratar as pessoas como pessoas e ao mesmo 
tempo como importantes recursos organizacionais, mas deixando de lado a maneira 
tradicional de tratá-las somente como meios de produção, pois percebeu-se que 
essa maneira de visualizar as pessoas provocou fortes ressentimentos e conflitos 
trabalhistas, além de um gradativo distanciamento das pessoas em relação ao 
trabalho dentro da organização (CHIAVENATO, 2003). 
Segundo Zanelli (2009) a compreensão da mente humana e dos processos 
que geram o conhecimento é um grande desafio ao longo de toda história da 
humanidade. Quando falamos em cognição, a primeira ideia que nos vem à mente é 
 
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caracterizada pela noção restrita, leiga e difundida de atividade racional, intelectual e 
consciente. Esta noção esta ligada em uma concepção tradicional de mente que 
integra três grandes domínios referentes aos processos mentais básicos: 
pensamento (cognitivo), sensação (emocional) e vontade (conativo). Este modelo 
tripartite da mente humana associa-se à concepção cartesiana de mente. A visão de 
mente como uma substância de natureza imaterial, radicalmente diferente do corpo, 
configurando um mundo mental em oposição ao mundo físico, encontrou em René 
Decartes no século XVII seu grande sistematizador. 
Chiavenato (2003, p. 83) afirma: 
 
Que cognição significa a maneira pela qual uma pessoa percebe e 
interpreta a si própria e o ambiente. A cognição constitui o filtro pessoal por 
meio do qual cada pessoa vê a si mesma e sente e percebe o mundo que a 
circunda. É a tomada de conhecimento que estabelece a crença e a opinião 
pessoal a respeito de si ou do mundo exterior. (Chiavenato, 2003, p. 83). 
 
Para entendermos um pouco mais sobre a cognição abordaremos sobre a 
Teoria de Campo de Lewin e a Teoria de Dissonância Cognitiva de Festinger. 
Lewin (1935 apud CHIAVENATO, 2003 p. 84) coloca que para 
compreendermos o comportamento humano, precisamos conhecer duas suposições 
básicas: 
 
1. O comportamento humano é derivado da totalidade dos fatos 
coexistentes; 
2. Esses fatos coexistentes têm caráter de um campo dinâmico, no qual 
cada parte do campo depende de uma inter-relação dinâmica com as outras. É o 
conhecido Campo Psicológico. 
O Campo Psicológico é o espaço de vida que contém a pessoa e seu 
ambiente psicológico. É ambiente psicológico ou comportamental, ou seja, o que a 
pessoa percebe e interpreta do seu ambiente externo. Mais do que isso, é o 
ambiente relacionado com suas atuais necessidades. Objetos, pessoas ou situações 
podem adquirir valências no ambiente psicológico, delimitando um campo dinâmico 
de forças psicológicas. A valência é positiva quando objetos, pessoas ou situações 
podem ou prometem satisfazer às necessidades presentes da pessoa e é negativa 
quando podem ou prometem causar algum prejuízo ou dano. Os objetos, pessoas 
 
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ou situações carregadas de valência positiva geralmente atraem o indivíduo, 
enquanto as negativas tendem a causar-lhe repulsa ou fuga (CHIAVENTATO, 2003). 
Segundo Chiavenato (2003), o modelo de comportamento humano proposto 
por Lewin pode ser representado de forma esquemática pela equação: C=f (P, M), 
onde o comportamento (C) é resultado ou função (f) de interação entre a pessoa (P) 
e seu meio ambiente (M). A pessoa (P), nesta fórmula é determinada pelas 
características genéticas e pela aprendizagem por meio do seu contato com o meio. 
A teoria de campo esclarece que um mesmo objeto, situação ou pessoa podem ser 
percebidos e interpretados de maneiras diferentes por cada pessoa. 
A teoria da dissonância cognitiva de Festinger baseia-se na premissa de que 
toda pessoa se esforça para estabelecer um estado de consonância ou coerência 
com ela mesma. Se o indivíduo tem cognições sobre si mesmo e sobre seu 
ambiente que são inconsistentes entre si, então ocorre um estado de dissonância 
cognitiva. A dissonância cognitiva é um das principais fontes de inconsistência no 
comportamento humano. As pessoas não toleram a inconsistência, e quando ela 
acontece, o indivíduo está motivado para diminuir o conflito. Esse conflito chamamos 
de dissonância. O elemento cognitivo é como se fosse uma crença, conhecimento 
ou opinião que a pessoa tem em si mesmo ou do meio externo. Esses elementos 
cognitivos podem estar relacionados de três maneiras: dissonante, consonante ou 
irrelevante (CHIAVENATO, 1998). 
Assim o autor explica: 
1. Relação dissonante: quando a pessoa acredita que fumar é nocivo, 
mas continua fumando. Duas cognições que são contraditórias, a pessoa sabe do 
perigo, mas continua fumando. 
2. Relação consonante: quando acredita que fumar é danoso e, então, 
deixa de fumar. Duas cognições em relação consonante. 
3. Relação irrelevante: quando considera o fumo danoso à saúde e gosta 
de passear. Elementos com uma relação considerada irrelevante. 
Quando acontece uma relação dissonante, o indivíduo sente-se mal e para 
se livrar do conflito interno procura adotar uma das três alternativas abaixo: 
1. Pode diminuí-la, mudando suas cognições pessoas para sintonizá-las 
ou adequá-las à realidade externa. 
 
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2. Pode reduzi-la, tentando alterar a realidade externa e adaptá-la às suas 
cognições pessoais. 
3. Se não puder mudar suas cognições pessoais, nem a realidade 
externa, então o indivíduo pode conviver com o conflito interno
da relação 
dissonante ou inconsistente. 
A cognição permite ao individuo desenvolver referências para que ele possa 
se situar no mundo que o cerca e entendê-lo de maneira adequada. Destas duas 
abordagens – a teoria de campo e da dissonância cognitiva – conclui-se que o 
comportamento das pessoas está mais relacionado às suas percepções pessoais e 
subjetivas do que os fatos objetivos e concretos que existem da realidade. Assim, as 
pessoas se comportam não de acordo com a realidade propriamente dita, mas de 
acordo com a forma pela qual a percebem e a sentem conforme suas cognições 
pessoais (CHIAVENATO, 1998). 
 
 
FONTE: Portal Educação. 
 
 
Diante do que foi exposto sobre cognição podemos afirmar que ela interfere 
no modo como as pessoas lidam com seu trabalho no ambiente organizacional 
Esses aspectos envolvidos na maneira de perceber o ambiente externo está 
 
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relacionado com o outro aspecto importante em todos os trabalhadores que é a 
motivação. 
 
 
1.2 MOTIVAÇÃO 
 
 
Ao estudarmos os aspectos cognitivos e as diferenças individuais nas 
organizações de trabalho, devemos abordar também outra questão importante que é 
a motivação humana. 
Para Chiavenato (1998) é difícil definir motivação, pois esta é utilizada em 
sentidos diferentes. Ele coloca que a motivação deve funcionar em termos de forças 
ativas e impulsionadoras, ou seja, funciona como “desejo” e “receio”. As pessoas 
são diferentes no que se refere à motivação, pois as necessidades variam de 
indivíduo para indivíduo, produzindo diferentes padrões de comportamentos, valores 
sociais, e a capacidade para atingir objetivos. 
O ciclo motivacional se inicia com o surgimento de uma necessidade que 
desencadeia um comportamento, ou seja, toda vez que surge uma necessidade esta 
rompe com o estado de equilíbrio do organismo, causando certo desconforto, 
tensão, insatisfação e desequilíbrio, levando o indivíduo a um comportamento capaz 
de livrá-lo da tensão e do desconforto, segundo nos afirma Chiavenato (1998). Para 
este autor se este comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a satisfação da 
necessidade descarregando todas as tensões, fazendo com que o organismo atinja 
novamente seu estado de equilíbrio. Vale ressaltar que a satisfação de algumas 
necessidades é passageira, ou seja, a motivação humana é cíclica. 
Os seres humanos formam uma organização, porque esperam que a sua 
participação satisfaça suas necessidades individuais e para obter esta satisfação, as 
pessoas fazem certos esforços pessoais na empresa, pois esperam que a satisfação 
de suas necessidades sejam maiores do que o custo, e avaliam estes fatores por 
meio de seu sistema de valores. Sempre existe um relacionamento de intercâmbio 
entre os indivíduos e a organização; a maneira como os objetivos de cada um são 
satisfeitos, determina sua percepção do relacionamento, que poderá ser analisado 
 
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como satisfatório para que os indivíduos percebam que suas recompensas 
superaram as demandas feitas sobre ela. (CHIAVENATO, 1998). 
Existem diversas teorias motivacionais que são importantes para 
entendermos o comportamento humano. A teoria dos dois fatores de Herzberg será 
explicitada no presente estudo para melhor entendermos os processos 
motivacionais dentro das organizações de trabalho. 
Segundo Herzberg (apud CHIAVENATO, 1998, p. 83) a motivação das 
pessoas depende de dois fatores: 
 
Fatores Higiênicos: diz respeito às condições que rodeiam o indivíduo 
enquanto ele trabalha, englobando as condições físicas e ambientais do 
trabalho, os benefícios sociais, as políticas organizacionais, o tipo de 
supervisão recebida, a relação entre a chefia e os empregados, os 
regulamentos internos e as oportunidades existentes. Constituem os fatores 
tradicionais utilizados pelas empresas para obter a motivação dos 
colaboradores. A expressão higiene serve para refletir seu caráter 
preventivo e para mostrar que se destinam a impedir fontes de insatisfação 
no meio ambiente ou ameaças ao equilíbrio. Quando estes fatores 
higiênicos são muito bons, evitam a insatisfação, mas sua influencia sobre o 
comportamento não consegue elevar de modo duradouro a satisfação. 
Portanto quando são precários, levam a insatisfação, por isso são 
chamados de fatores insatisfacientes. 
Fatores Motivacionais: diz respeito ao conteúdo do cargo, às tarefas, 
funções e deveres ligados ao cargo em si. Produzem efeito duradouro de 
satisfação e aumento da produtividade acima dos níveis normais. O termo 
motivação engloba sentimentos de realização, crescimento, e de 
reconhecimento profissional, manifestados por meio das atividades e tarefas 
exercidas no trabalho. Quando os fatores motivacionais são ótimos, a 
satisfação se eleva significativamente, quando estão precários levam a 
insatisfação. Por isso são chamados de fatores satisfacientes. (Herzberg 
apud Chiavenato, 1998, p. 83). 
 
O autor coloca ainda que para introduzir maior dose de satisfação no 
trabalho é necessário implementar o enriquecimento de tarefas que consiste em 
aumentar a responsabilidade, objetivos e desafios das tarefas do cargo. 
Coda (1997) faz alguns questionamentos em relação ao desejo das 
empresas em querer os funcionários sempre motivados, dizendo que não existe uma 
contrapartida, ou seja, uma preocupação destas mesmas empresas em respeitar e 
garantir satisfação no trabalho para seus colaboradores. Sendo assim, pensa este 
autor que a motivação para o trabalho é ainda um grande desafio para as 
organizações, pois este assunto só recebe atenção quando a desmotivação interfere 
nos processos colando em risco o resultado das mesmas. 
 
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Segundo este autor estes fatores extrínsecos ligados a salário, benefícios, 
reconhecimento, chefia, colegas entre outros mais, precisam estar bem atendidos a 
partir da ótica dos colaboradores no ambiente de trabalho, pois são estes aspectos 
os elementos básicos formadores do clima organizacional que é o indicador do nível 
de satisfação ou insatisfação experimentada pelos colaboradores, influenciando na 
motivação. Sendo assim um dos desafios é então tentar descobrir suas 
necessidades ou carências, pois além dessas carências fazerem parte do todo 
organizacional, é preciso também que elas sejam entendidas. 
 
 
FONTE: Portal Educação. 
 
 
Sievers (1997, p. 54) reforça as colocações de Coda afirmando que “as 
empresas devem estar cientes de que, ao retirarem o reforçador extrínseco, a 
atitude que eles estimulavam desaparecerá, e isso pode dar origem a ambientes 
potencialmente frustrantes”. 
Quando analisamos as principais recomendações para apoiar nos processos 
motivacionais, percebe-se que muitas das sugestões são viabilizadas para o 
levantamento do nível de satisfação dos colaboradores, englobando às seguintes 
 
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questões: fornecer aos funcionários informações necessárias para desenvolver suas 
tarefas, garantir feedback frequentemente, envolver os colaboradores nas decisões 
que os afetam, criar canais de comunicação eficazes, investigar diretamente com os 
colaboradores o que os motiva, garantir reconhecimento ao bom trabalho realizado, 
comportamento mais acessível por parte das chefias, criar oportunidades para que 
os funcionários façam o que também consideram importante e prestar atenção às 
necessidades dos funcionários (CODA, 1997). 
Ao falar de motivação e satisfação no trabalho, surgem novos 
questionamentos, pois estes dois fatores quando apresentam baixos níveis dentro 
da organização, geram muitos problemas recorrentes na empresa que levará à 
prejuízos financeiros e interferirá no sucesso dos processos
organizacionais. 
Wagner (2003) afirma que a insatisfação no trabalho pode levar ao estresse 
podendo exercer grande impacto sobre a saúde e o bem-estar dos colaboradores. 
Sendo assim, as organizações arcam com grande parte dos custos de assistência 
médica dos funcionários. 
 
 
FONTE: Portal Educação. 
 
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Além das despesas com médicos, é também fonte de custos indiretos, por 
meio o absenteísmo e a rotatividade, sendo estes problemas organizacionais muito 
caros. O autor acrescenta que a insatisfação acelera a rotatividade de funcionários o 
que vem a prejudicar a organização em vários aspectos, pois quando as pessoas 
abandonam os seus trabalhos, as empresas perdem os investimentos feitos no 
desenvolvimento do colaborador e isto acaba revertendo em gratificação para a 
concorrência, que ganha um conhecimento muito grande sobre as operações da 
empresa original (WAGNER, 2003). 
Segundo Chiavenato (2004, p. 86), “ter funcionários não significa tê-los 
trabalhando durante todos os momentos do horário de trabalho”. As ausências dos 
colaboradores ao trabalho provocam distorções quando diz respeito ao volume e 
disponibilidade da força de trabalho. O número e a duração das ausências estão 
relacionados com a satisfação no trabalho. 
O absenteísmo é o tempo perdido quando os empregados não vêm ao 
trabalho, constituindo a soma dos períodos em que os funcionários se encontram 
ausentes, seja por falta, atraso ou por outros motivos. As causas e consequências 
do absenteísmo foram estudadas por meio de pesquisas que mostram que ele é 
afetado pela capacidade profissional das pessoas e pela motivação para o trabalho. 
Esta motivação pode ser afetada pelas práticas organizacionais, cultura de 
ausências, atitudes, valores e objetivos dos colaboradores. (CHIAVENATO, 2004). 
Diante do que foi exposto o podemos entender que o psicólogo 
organizacional ao atuar na gestão de pessoas precisa lidar diariamente com os 
fatores que envolvem a motivação humana, criando estratégias e políticas para 
manter um bom índice de motivação dos colaboradores de modo a manter a 
produtividade e bem-estar dentro da organização. 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3 EQUIPES E GRUPOS DE TRABALHO 
 
 
Dentro os fatores que contemplam as organizações de trabalho estão ainda 
presentes os aspectos que envolvem as equipes e grupos de trabalho, é por meio 
das equipes que os colaboradores trabalham para atingir os objetivos propostos 
para a execução do trabalho e alcance de metas e resultados. 
Albuquerque (2004) fez um estudo que mostra que todos nós nos diversos 
papéis que desempenhamos na vida, fazemos parte de diferentes grupos. Para ele 
um grupo é um conjunto entre duas ou mais pessoas, que para alcançar objetivos, 
necessita de algum tipo de interação, durante um intervalo de tempo considerado 
longo. Levando em consideração o funcionamento dos grupos o autor entende que 
as equipes de trabalho referem-se a um determinado tipo de grupo. 
Sendo assim um grupo passa a constituir-se numa equipe de trabalho, Nos 
grupos, a realização das tarefas depende de maneira fundamental do esforço 
individual, já nas equipes a realização do trabalho depende tanto do esforço 
individual como do esforço coletivo de todos os seus membros. Nos grupos cada um 
se responsabiliza pelos resultados de maneira individual e nas equipes, a 
responsabilidade pelo resultado final é compartilhado por todos (ALBUQUERQUE, 
2004). 
Para Moscovici (2003) não é fácil estabelecer parâmetros bem definidos na 
diferença entre grupos e equipes, pois a equipe é um grupo com funcionamento 
qualificado. Pode-se considerar equipe um grupo que entende seus objetivos e está 
disposto a alcançá-los, de forma compartilhada, sendo a comunicação entre os 
membros verdadeira e opiniões divergentes são estimuladas. Existe alto grau de 
confiança e os seus integrantes não tem medo de assumirem riscos e, como as 
habilidades dos membros complementam umas as outras possibilitam alcançar 
resultados. Os objetivos compartilhados determinam seu propósito e direção. O 
respeito, mente aberta e cooperação permitem a equipe investimentos constantes 
no próprio crescimento. 
 
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A autora enfatiza que um grupo torna-se equipe quando passa a prestar 
atenção em sua própria forma de operar procurando resolver sempre que necessário 
os problemas que afetam o desenvolvimento e o sucesso da equipe na execução 
dos trabalhos. Um grupo que se desenvolve como equipe incorpora à sua dinâmica 
as habilidades de diagnose e de resolução de problemas (MOSCOVICI, 2003). 
 
 
FONTE: Portal Educação. 
 
 
Segundo Chiavenato (1998) as equipes de trabalho operam de modo 
participativo na tomada de decisões. Um aspecto fundamental é a habilidade 
multifuncional. Cada integrante do grupo tem várias habilidades para desempenhar 
diferentes tarefas e são responsáveis por atingir resultados e metas. Têm autonomia 
para decidir sobre a distribuição das tarefas entre si, a programação do trabalho, 
treinam uns aos outros, avaliam a contribuição de cada um e são responsáveis pela 
qualidade do trabalho em grupo e pela sua melhoria permanente. 
O autor afirma ainda que os principais atributos para as equipes de alto 
desempenho são designados por: a participação, onde todos os integrantes estão 
comprometidos com o empowerment e autoajuda; a responsabilidade, onde todos se 
sentem responsáveis pelo resultado no desempenho das tarefas; a clareza de que 
 
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todos compreendem os objetivos da equipe; interação, todos se comunicam de 
forma aberta e confiável; flexibilidade, todos desejam sempre mudar e melhorar o 
desempenho; focalização, onde todos os integrantes se dedicam a atingir a 
expectativa do trabalho; criatividade, as novas ideias e talentos são valorizados de 
modo a beneficiar a equipe; e rapidez fazendo com que os membros da equipe 
atuem prontamente sobre os problemas e oportunidades. 
A procura pelos procedimentos que prometem a eficácia das equipes tende 
a ficar incrementados de acordo com o aumento na divulgação de relatos de equipes 
bem-sucedidas. Sendo assim nos relatos de sucesso devem ser cuidadosamente 
avaliados as evidências concretas do êxito atingido, a partir da implementação dos 
procedimentos, assim como as diferenças, entre a empresa em que ocorreu a 
experiência bem-sucedida e a empresa em que se está pretendendo implantá-lo 
(ALBUQUERQUE, 2004). 
De acordo com Spector (2002, p. 314): 
 
Existe uma crença que diz que o desempenho do grupo é superior ao 
individual em muitas tarefas. Esta crença esta baseada na noção de que 
algo surge da interação entre as pessoas, possibilitando que o grupo seja 
melhor do que a soma de seus membros. (Spector, 2002, p. 314). 
 
Sendo assim podemos dizer que as pessoas inspiram umas às outras a 
serem melhores do que seriam se estivessem trabalhando individualmente. 
 
 
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FONTE: Portal Educação. 
 
 
Uma equipe funcionar bem e de maneira eficaz, é preciso que haja uma 
definição clara de papéis para os seus membros. Os papéis denominados formais 
são determinados pela organização e são parte de uma descrição formal do 
trabalho, podendo haver até mesmo documentos ou descrições na empresa como 
meio comprobatório para esta definição (SPECTOR, 2002). 
Com o passar do tempo e o desenvolvimento dos trabalhos os papéis 
informais passam a surgir a partir da interação dos membros do grupo, ou seja, os 
grupos criam estes papéis informais que podem exceder os formais. Outro fator 
importante que precisa ser lembrado é que
a partir dos papéis determinados a cada 
um da equipe é necessário que haja uma coesão do grupo, pois ela é a força que 
atrai os seus membros e os mantém unidos e, para que ele seja coeso a maior parte 
dos integrantes deve estar fortemente motivada para se manter nele (SPECTOR, 
2002). 
Quando se faz referência à coesão do grupo é preciso entender que uma 
série de fatores estimula esta coesão. Entre as mais importantes estão: atitudes, 
valores ou interesses pessoais compartilhados, que tendem a sentir a atração 
 
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recíproca; acordo quanto ás metas da equipe; interação frequente e avaliação 
favorável. Estes fatores são de suma importância para que o grupo se mantenha 
coeso na realização do trabalho (WAGNER, 2003). 
Para Wagner (2003) as estruturas para desenvolvimento do trabalho, 
baseada em equipes, oferecem duas vantagens em relação às estruturas 
hierárquicas tradicionais. A primeira é que permitem à organização levar seus 
produtos ao mercado com maior rapidez. A segunda vantagem é que as estruturas 
baseadas em equipes eliminam as necessidades de níveis diferentes de 
gerenciamento, dando aos colaboradores maior autonomia nas tomadas de 
decisões que anteriormente eram somente de domínio dos gerentes. A autonomia 
produz um efeito muito positivo na motivação da mão de obra e a redução do 
número de gerentes diminui despesas para a organização. 
A progressão das equipes para uma maior autonomia exige algum tempo de 
esforços persistentes, reforço motivacional, e confiança na continuidade. Contudo 
traz compensações significativas. A melhoria não está somente na produtividade 
aumentada, proporciona principalmente mudanças positivas de atitudes dos 
colaboradores para com a gerência, a organização e o trabalho. Porém quando uma 
equipe se desenvolve, mas não alcança autonomia compatível com a sua 
competência, é possível que venham a surgir problemas relacionados à diminuição 
da efetividade e de criatividade, levando ao desapontamento dos seus membros, 
que acabam desistindo de resolver problemas emergentes (MOSCOVICI, 2003). 
Estudamos até aqui o processo que envolve os grupos e equipes de trabalho 
e diante de tudo o que vimos existe um fenômeno muito importante que ocorre em 
todas as equipes que não pode deixar de ser abordado para melhor entendermos os 
processos grupais dentro das organizações. Este fenômeno é a liderança. 
 
 
1.4 LIDERANÇA 
 
 
Lacombe (2005, p. 201) em seu estudo sobre liderança explica a origem 
etimológica da palavra liderar “que significa conduzir. Líder é o que conduz o grupo”. 
 
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Smircich (1997) afirma que o conceito de liderança permeia e estrutura a 
teoria e a prática nas organizações. A maneira pela qual se dá a compreensão da 
natureza de uma ação organizada e suas possibilidades. O conceito e prática da 
liderança encontram-se muito arraigadas no pensamento popular e a ausência dela 
é vista como uma ausência da organização. Existem muitas organizações que ficam 
paralisadas em ocasiões em que os colaboradores apelam para serem dirigidos, 
sentindo-se desorientados e desorganizados quando não estão sendo liderados por 
alguém. 
Para este autor a liderança ocorre no processo por meio do qual um ou mais 
membros da organização têm sucesso ao tentar retratar e determinar a realidade 
dos outros. Com efeito, as situações de liderança podem ser idealizadas como 
aquelas nas quais existe uma obrigação ou um direito percebido por certas pessoas 
em definir a realidade das demais. Pode-se observar que este processo nos grupos, 
onde a liderança ocorre naturalmente, os indivíduos atribuem liderança aqueles que 
organizam e estruturam a experiência de modo significativo. 
De acordo com Moscovici (2003, p. 17): 
 
A liderança de equipe é melhor exercida por pessoas que acreditam que 
precisam dos outros para o êxito da missão comum e que contribuem 
integralmente com a sua parte no trabalho do grupo. (Moscovici, 2003, p. 
17). 
 
Gardner (apud LACOMBE, 2005, p. 205) coloca as principais características 
do papel do líder nas organizações, sendo elas: estabelecer objetivos, motivar os 
liderados, criar, manter e administrar uma equipe de bom nível, explicar as razões 
do que deve ser feito, servir de símbolo para os colaboradores, representar 
externamente a equipe e renovar os sistemas complexos que ele lidera. 
 
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FONTE: Portal Educação. 
 
 
Spector (2002) volta sua atenção sobre as controvérsias existentes sobre o 
verdadeiro líder, pois para o autor dentro de uma organização é comum os líderes 
estarem associados à cargos de supervisão, mas ser um supervisor não garante que 
o indivíduo terá capacidade de influenciar os outros. Além disso, muitos líderes 
existentes em grupos e equipes dentro das organizações não têm um título formal 
pré-estabelecido. Estes são os chamados líderes informais que são escolhidos de 
acordo com a interação nos grupos de trabalho e podem exercer maiores influencias 
sob seus membros do que os líderes formais. 
Lacombe (2005) também faz considerações sobre o fato de líderes estarem 
com frequência associados a supervisores e também aos grandes executivos da 
empresa. Para este autor a liderança inicial é exercida pelo mais importante 
executivo da organização que pode ter o título de presidente ou membro do 
conselho administrativo. O fato é que esta figura lidera a empresa, projetando nela 
traços de sua personalidade trazendo consigo as qualidades e os defeitos, e é nele 
que origina o modelo de liderança que irá permear toda a organização por meio de 
filosofias, princípios, crenças e valores compartilhados. 
 
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Bergamini (1994) dá ênfase às diversas teorias que permeiam o estudo do 
fenômeno da liderança. Para ela, dentre os diversos aspectos sob os quais se 
estudou a liderança, percebe-se que alguns teóricos preocuparam-se principalmente 
com aquilo que o líder é, procurando mostrar traços e características de 
personalidade que sejam responsáveis pela sua eficácia. Outros dão ênfase quanto 
à concepção do líder, buscando entender aquilo que o líder faz, traçando assim 
diferentes estilos de liderança. Um terceiro grupo de estudiosos em liderança busca 
analisá-la em função das situações que determinam a eficácia do líder, tentando 
conhecer que variáveis do meio ambiente que podem influenciar no 
desenvolvimento do vínculo entre líder e seguidor. E por último existe também um 
grupo representativo de teóricos que aprofundam seus conhecimentos estudando 
sobre as motivações subjacentes às atividades de dirigir pessoas. 
Um dos estudos mais antigos sobre liderança diz respeito a teoria sobre a 
abordagem das características do líder. Ela está baseada na crença de que alguns 
indivíduos são melhores líderes do que outros e que é possível determinar as 
características de um bom líder. Alguns dos teóricos que defendem esta teoria 
argumentam que quem é um bom líder em uma situação, seria bom em qualquer 
outra (SPECTOR, 2002). 
Outra abordagem teórica destacada por este mesmo autor fala do 
Comportamento do Líder, “preocupando-se com que ele faz e não com quais devem 
ser as suas características pessoais” (SPECTOR, 2002, p. 336). Apesar dos estudos 
lidarem com comportamentos específicos, há certa concentração nos estilos de 
liderança que é um conjunto de comportamentos que representam a forma do líder 
em lidar com seus subordinados. 
De acordo com Gil (2001) uma das principais preocupações dos estudiosos 
desta teoria, foi estabelecer uma concentração dos estilos de liderança. Os 
elementos que auxiliam nesta tarefa foram as funções de liderança de acordo
com a 
escola clássica de administração e o movimento das relações humanas. A escola 
clássica dá ênfase ao interesse pelo trabalho, enquanto o movimento de relações 
humanas dá destaque o interesse pelas pessoas. Daí então o surgimento de dois 
estilos: um orientado para a tarefa (o líder autoritário) e outro para as relações 
humanas (o líder democrático). 
 
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FONTE: Portal Educação. 
 
 
O estudo sobre liderança é amplo e além das abordagens citadas existem 
outras teorias que buscam explicar como se dá o fenômeno da liderança. Uma delas 
é a teoria da contingência de Fiedler que afirma que a liderança é uma função da 
pessoa dependendo da situação vivenciada. Uma característica do líder e três 
características da situação definem a eficiência da liderança (SPECTOR, 2002). 
Segundo Gil (2001, p. 225) a teoria de Fiedler afirma que: 
 
A eficácia do grupo depende de uma combinação adequada entre o estilo 
do líder e a exigência da situação. Assim a eficácia do líder seria 
determinada pela interação da orientação do empregado com três variáveis 
situacionais básicas que influenciam a favorabilidade de uma situação para 
um líder: relações entre líder e membros do grupo; estrutura da tarefa; e 
posição de poder do líder. (Gil, 2001, p. 225). 
 
Olhando para além das teorias sobre liderança, Goleman (apud LACOMBE, 
2005, p. 211) traz considerações interessantes sobre o tema fazendo uma relação 
entre liderança e inteligência emocional. 
Para este autor, líderes altamente eficientes se diferenciam por um alto grau 
de inteligência emocional, englobando autoconhecimento, autocontrole, motivação, 
empatia e habilidade social. Pessoas que tem um bom nível de autoconhecimento 
 
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reconhecem como seus sentimentos afetam a si mesmo, aos outros e ao 
desempenho no trabalho. Revelam também a compreensão clara dos objetivos e 
valores. O autocontrole é um componente da inteligência emocional que nos livra de 
sermos prisioneiros dos nossos próprios sentimentos, ajudando a manter e a 
aumentar a integridade que não apenas é uma qualidade pessoal, mas sim força 
para a organização. A motivação é uma característica presente em todos os líderes, 
pois procuram obter êxito além das expectativas. A empatia é a qualidade mais 
facilmente reconhecida em um líder, pois ela significa considerar ponderadamente 
os sentimentos dos outros no processo de tomar decisões inteligentes. E, por último, 
a habilidade social que tende a fazer com que os líderes gerem um grande círculo 
de conhecimentos pessoais e procuram encontrar interesses comuns com estas 
pessoas, criando laços fortes com as pessoas que podem algum dia ajudá-lo. 
Diante do que foi exposto podemos ver que o líder ocupa papel fundamental 
na vida da organização e das equipes de trabalho, pois este deve ter a capacidade 
de motivar, direcionar e definir metas e objetivos incentivando os colaboradores a 
alcançar êxito na realização das tarefas. Portanto um bom líder ter características 
peculiares e traz bons resultados para sua equipe 
 
 
1.5 COMUNICAÇÃO 
 
 
Como vimos até agora uma organização de trabalho é composta por 
pessoas diferentes, com cargos diferentes e em vários níveis hierárquicos, que 
estão em constante interação, e devido a esta interação o processo de comunicação 
é um item que precisa ser estudado entendermos a dinâmica das organizações e as 
possíveis falhas que possam vir no sucesso dos processos organizacionais. 
Segundo Chiavenato (1998), os seres humanos não vivem de maneira 
isolada e nem são autossuficientes, pois se relacionam com outras pessoas e com o 
ambiente por meio da comunicação. A comunicação é a transferência de informação 
de um indivíduo para o outro, entretanto as organizações não podem se manter 
vivas sem a comunicação, pois esta é a rede que coordena e integra todas as suas 
partes. 
 
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O autor explica que a comunicação é um processo formado por cinco 
elementos fundamentais: emissor ou fonte, transmissor ou codificador, canal, 
receptor ou decodificador e destino. Em todo sistema de comunicação a fonte envia 
sinais e mensagens. O transmissor opera as mensagens enviadas pela fonte no 
sentido de codificá-la isto é, transformando-as em formas adequadas de canal. O 
canal conduz a mensagem sob novo formato para um local distante. O receptor 
decodifica e traduz a mensagem enviada ao canal e a transforma numa forma clara 
e compreensível ao destino. A comunicação somente é efetivada quando o destino 
compreende a mensagem. 
 
 
FONTE: Portal Educação. 
 
 
Vale ressaltar também que como a comunicação é um sistema aberto pode 
sofrer interferências e alterações por meio dos ruídos, o que virá a prejudicar o 
processo desencadeando certos problemas para a organização. Outro aspecto que 
merece destaque é que cada pessoa tem seus valores pessoais, motivações e suas 
percepções, ou seja, é como se cada um tivesse um filtro codificador, de modo a 
condicionar a aceitação de qualquer tipo de informação (CHIAVENATO, 1998). 
 
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Wagner (2003, p. 192) vem reforçar as colocações de Chiavenato afirmando 
que “uma série de fatores organizacionais, interpessoais e individuais podem 
dificultar a comunicação no interior de grupos ou organizações”. Para Drucker (apud 
LACOMBE, 2005) o maior filtro durante o processo de comunicação é a percepção 
que as pessoas têm do que ouvem, ou seja, ouvimos o que esperamos ouvir e 
percebemos o que queremos perceber. O inesperado não é todo captado, sendo 
ouvido de forma distorcida. 
Juntamente com as percepções de cada pessoa durante o processo de 
comunicação, temos as barreiras psicológicas individuais que também podem 
interferir na boa comunicação, sendo a tendência que as pessoas têm para julgar, 
avaliar, aprovar ou reprovar qualquer coisa ouvida e interpretá-las dentro de suas 
referências pessoais formada por seus valores, experiências e preconceitos. Uma 
forma de evitar que a mensagem seja destorcida é ver a ideia sob o ponto de vista 
da outra pessoa, sentir a maneira como ela se sensibiliza pela ideia e atingir seu 
quadro de referências, pois quanto mais fortes as emoções, mais altos são os níveis 
de distorções se tornando mais necessário atingir o quadro de referências 
(ROGERS, apud LACOMBE, 2005, p. 254). 
Alguns estudiosos já comparam a comunicação com o sistema nervoso 
central, visto que o sistema nervoso é uma rede integrada que funciona em 
diferentes níveis, assim como os sistemas de comunicação de uma organização. 
Quando algo ocorre de maneira incorreta no sistema nervoso, o problema pode ter 
graves efeitos para o resto do corpo e, isso é verdadeiro também para a 
comunicação organizacional, pois uma comunicação perdida ou feita de maneira 
ineficaz, que nunca chega ao setor determinado, pode atrapalhar o sucesso nos 
resultados do trabalho acordo (KRUMM, 2005). 
 
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FONTE: Portal Educação. 
 
 
O autor enfatiza que muitos erros na comunicação podem ser classificados 
como erros de omissão ou erros de inclusão. Os erros de omissão são vistos 
quando as informações são deixadas de lado, e são muito comuns devido a uma 
deficiência na filtragem das informações onde somente partes das mensagens são 
repetidas. Os erros de inclusão são resultantes de problemas decorrentes por 
alguma coisa adicionada ao processo de comunicação, onde são incluídos os 
exageros e sobrecarga de informações, ou seja, o colaborador recebe mais 
mensagens do que é capaz de manipular. 
A comunicação existe entre todos os membros da empresa e esta precisa 
pensar em estratégias
para que ela se torne eficaz e traga bons resultados para o 
dia a dia organizacional. É importante que a organização não perca de vista que é 
necessário realizar com frequência comunicação com seus colaboradores, pois isto 
pode melhorar a percepção dos mesmos com relação à organização e aperfeiçoar 
os processos. Porém, não basta apenas comunicar bem de cima para baixo. É 
 
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preciso saber ouvir os colaboradores proporcionando canais adequados para que a 
comunicação seja eficaz (LACOMBE, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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