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Níveis de Prevenção

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Prof. Rodrigo Augusto Xavier de Sousa Barros 
Educação em Saúde, Promoção de Saúde
e Prevenção de Doenças
Promoção de saúde
O discurso da saúde pública e as perspectivas de redirecionar as práticas de saúde, a partir das duas últimas décadas, vêm articulando-se em torno da ideia de PROMOÇÃO DA SAÚDE.
Promoção é um conceito tradicional, definido por Leavell e Clarck (1976) como um dos elementos do NÍVEL PRIMÁRIO de atenção em medicina preventiva.
Este conceito foi retomado e ganhou mais ênfase recentemente, especialmente no Canadá, EUA e países da Europa ocidental.
Promoção de saúde 
A revalorização da promoção da saúde resgata, com um novo discurso, o PENSAMENTO MÉDICO SOCIAL do século XIX, afirmando as relações entre saúde e condições de vida;
MOTIVAÇÃO CENTRAL: Controlar os custos desmedidamente crescentes da assistência médica
Tornou-se uma proposta o enfrentamento dos problemas de saúde pública, pincipalmente das doenças crônicas (Buss, 2000).
A Configuração do discurso da 'nova saúde pública’ - se deu no contexto: sociedades capitalistas neoliberais. 
UM DOS EIXOS BÁSICOS DO DISCURSO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE É FORTALECER A IDEIA DE AUTONOMIA DOS SUJEITOS E DOS GRUPOS SOCIAIS. 
A perspectiva conservadora da promoção da saúde reforça a tendência de DIMINUIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DO ESTADO, DELEGANDO, PROGRESSIVAMENTE, AOS SUJEITOS, A TAREFA DE TOMAREM CONTA DE SI MESMOS (Lupton, 1995; Petersen, 1997).
Promoção de saúde 
Promoção de saúde
A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, no Canadá, em 1986 que estabeleceu uma série de princípios éticos e políticos, definindo os campos de ação.
 De acordo com o documento, promoção da saúde […] o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo […] saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas […] a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.
Perspectivas MAIS progressistas enfatizam: 
A elaboração de políticas públicas intersetoriais, voltadas à melhoria da qualidade de vida das populações. 
Promover a saúde alcança, dessa maneira, uma abrangência muito maior do que a que circunscreve o campo específico da saúde:
Incluindo o ambiente em sentido amplo,
Atravessando a perspectiva local e global,
Além de incorporar elementos físicos, psicológicos e sociais.
Promoção de saúde 
Promoção de saúde
O termo PROMOÇÃO DA SAÚDE foi mudando ao longo do tempo e, atualmente, associa-se a valores como: vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria. 
Algumas vezes pode-se encontrar sua definição relacionada à ideia de “responsabilização múltipla”:
Envolve as ações:
Estado (políticas públicas saudáveis),
Dos indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais),
Do sistema de saúde (reorientação do sistema de saúde),
De parcerias intersetoriais (BUSS, 2003).
PROMOÇÃO DE SAÚDE
A promoção da saúde é o resultado de um conjunto de fatores :
Sociais, econômicos, políticos e culturais, coletivos e individuais, que se combinam de forma particular em cada sociedade e em conjunturas específicas, resultando em sociedades mais ou menos saudáveis.
Então, para promover a saúde, é preciso enfrentar os chamados determinantes sociais da saúde.
Promoção de saúde
A promoção da saúde se refere às ações sobre os condicionantes e determinantes sociais da saúde, dirigidas a impactar favoravelmente a qualidade de vida. 
Por isso, caracterizam-se fundamentalmente por:
Uma composição intersetorial e, intra-setorialmente, pelas ações de ampliação da consciência sanitária – direitos e deveres da cidadania, educação para a saúde, estilos de vida e aspectos comportamentais.
Promoção de saúde 
Promoção de saúde
'Promover' tem o significado de dar impulso a; fomentar; originar; gerar (Ferreira,1986). 
Promoção da saúde define-se, tradicionalmente, de maneira bem mais ampla que prevenção, pois refere-se a medidas que "não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais"(Leavell & Clarck, 1976: 19).
 As estratégias de promoção enfatizam a transformação das condições de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos problemas de saúde, demandando uma abordagem intersetorial (Terris, 1990)
Prevenção
O termo 'prevenir' tem o significado de "preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize" (Ferreira, 1986).
 A prevenção em saúde "exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença" (Leavell & Clarck, 1976:17).
 As ações preventivas definem-se como intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações. 
Objetivo: controle da transmissão de doenças infecciosas e a redução do risco de doenças degenerativas ou outros agravos específicos. 
Etiologia e Prevenção
Etiologia na fase pré-patológica
Anterior à resposta biológica inicial do organismo.
Agentes, fatores de risco envolvidos, a intensidade das exposições, suscetibilidade do organismo.
Etiologia na fase patológica
Processos que ocorrem no interior do corpo humano e que se sucedem a partir da resposta orgânica inicial, os quais são responsabilizados pela infecção.
Critérios diagnósticos, tratamentos condizentes
Prevenção
Classificação das Medidas preventivas
Evitam as doenças ou as suas consequências
Esporádicas, endêmicas ou epidêmicas
Exemplos:
Cloração da água
Pasteurização do leite
Controle de vetores
Imunização dos suscetíveis
Educação em saúde da população
Classificação das Medidas preventivas
Medidas inespecíficas e específicas
Prevenção primária, secundária e terciária
Cinco níveis de prevenção
Medidas universais, seletivas e individualizadas
Medidas Inespecíficas e Específicas
Inespecíficas
Gerais, amplas;
Objetivam promover o bem-estar das pessoas;
Específicas
Restritas;
Incluem técnicas próprias para lidar com o dano a saúde.
Medidas Inespecíficas e Específicas
Exemplo: Doença de Chagas
Prevenção Primária, Secundária e Terciária
Fase
Promoção de saúde
Proteção específica
Diagnóstico e tratamento precoce
Limitação do dano
Reabilitação
Primária
Prevenção da ocorrência
Secundária
Prevenção da evolução
Terciária
Reabilitação
Níveis de prevenção
1º
2º
3º
4º
5º
Prevenção
Medicina social: urbanização crescente, causalidade social das doenças...
Pasteur e koch: microscopia, mo na causa das doenças , e produzem fármacos e imunizantes... Aglomerações em cidades com altos índices de mortalidade...
Teoria multicausal: surgimento da ecologia e a HND... A HND descreve a doença desde a sua insipiência no meio ambiente até o seu desenvolvimento no organismo doente
As mudanças sociais e e econômicas da sociedade ao longo da história demonstram o caráter complexo do processo saúde-doença, que é uma associaçao dinamica e processual transdiciplinar,,, a HND reduz o processo de saúde-doença a um aspecto naturalista na relaçãi humana.
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Prevenção Primária, Secundária e Terciária
Prevenção Primária
Manutenção da saúde;
PREVINE A OCORRÊNCIA;
Ex.: Saneamento ambiental e educação para a saúde.
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Prevenção Primária, Secundária e Terciária
Prevenção Secundária
Fase subclínica
Não pretende “curar”
PREVINEM A EVOLUÇÃO DA DOENÇA E DE RISCOS POTENCIAIS (reincidências, complicações, sequelas e óbito)
Ex.: Antibióticos; aspirina, em pctes com IAM; anticoagulantes na TVP
Prevenção Primária, Secundária e Terciária
Prevenção Terciária
Fase final do processo (“estacionária”)
Visa desenvolver a capacidade residual do indivíduo;
Atenua a invalidez e promove o ajustamento do paciente às condições irremediáveis
Reabilitação.
Cinco Níveis de Prevenção
PERÍODO PRÉ-PATOLÓGICO
PERÍODO PATOLÓGICO
Interação de Fatores
Alterações precoces → Primeiros sintomas → DoençaAvançada → Convalescença
Promoção da saúde
Educação sanitária
Nutriçãoadequada
Habitação
Emprego e salários
Necessidades básicas
Proteção específica
Vacinação
Pré-natal
Quimioprofilaxia
Fluoretaçãoda água
Eliminação de agentes carcinogênicos
Diagnóstico e tratamento precoces
Rastreamento
Periódicos
Auto-exame
Intervenções médicas ou cirúrgicas precoces
Limitação do dano
Acesso facilitado a serviços de saúde
Tratamento médico ou cirúrgico adequados
Hospitalização em função das necessidades
Reabilitação
Terapia Ocupacional
Fisioterapia
Melhores condições de trabalho para o deficiente
Educação do público para aceitação do deficiente
Órtesese próteses
Prevenção Primária
Prevenção Secundária
Prevenção Terciária
Medidas Preventivas
Equivalência de Termos
1ºNível
2º Nível
3º Nível
4º Nível
5º Nível
Promoção da Saúde
Proteção Específica
Diagnóstico Precoce Tratamento oportuno
Limitaçãodo dano
Reabilitação
Prevenção Primária
Prevenção Secundária
Prevenção Terciária
Prevenção
Cura
Reabilitação
Promoção
Proteção
Recuperação
Medidas Universais, Seletivas e Individualizadas
Universais
Recomendadas a todas as pessoas
São aplicadas com ou sem assistência profissional
Ex.: Dieta balanceada, exercícios regulares e higiene dental
Medidas Universais, Seletivas e Individualizadas
Seletivas
Aconselhada somente para subgrupos da população, com alto risco de adoecer;
Faixa etária, sexo, ocupação ou outra característica marcante;
Ex.: Vacinação anti-rábica em veterinários, uso de EPI, abstinência de álcool e fumo durante a gravidez.
Medidas Universais, Seletivas e Individualizadas
Individualizadas
Indicada caso a caso
Aplicada na presença de um condição que coloca o indivíduo em alto risco para desenvolvimento futuro da doença.
Exames clínicos ou laboratoriais;
Ex.: Quimioprofilaxia contra a tuberculose, controle da hipertensão e da diabetes.
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