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AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica ATENÇÃO FARMACÊUTICA Aula 09: Segurança, custo e eficácia medicamentosa AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Segurança e eficácia dos medicamentos; Fases para o desenvolvimento de novos fármacos; 1.Utilização de medicamentos não aprovados e em indicações não licenciadas; 1.Introdução à Farmacoeconomia. AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Pilares da terapia medicamentosa • Conformidade com padrões estabelecidos e especificações; • Necessidade das Boas Práticas de Fabricação; • Conjunto de exigências feitas pela autoridade sanitária necessárias à fabricação e controle de qualidade de produtos farmacêuticos a fim de que o resultado seja a produção de medicamentos seguros e eficazes; • No caso dos medicamentos, a conformidade pode não garantir o efeito desejado ou pode causar danos à saúde; • Dessa forma, a qualidade da terapia medicamentosa dependerá também de: QUALIDADE Qualidade Eficácia + Segurança AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Pilares da terapia medicamentosa Segurança A segurança de um medicamento é relativa, dado que todo o fármaco pode ser tanto prejudicial quanto benéfico; segurança utilidade Importância da pesquisa clínica para o desenvolvimento de novos fármacos; • Abrangem estudos de eficácia e segurança. Eficácia É a capacidade de um medicamento de produzir os efeitos benéficos pretendidos em um indivíduo de uma determinada população, em condições ideais de uso. Eficácia ≠ Efetividade AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Fase Pré-clínica: • Informações preliminares sobre atividade farmacológica e segurança in vitro (em modelos experimentais) e in vivo (animais de experimentação); • Mais de 90% das substâncias estudadas nessa fase são eliminadas — não demonstram suficiente atividade farmacológica/terapêutica ou demasiadamente tóxicas em humanos. Fase I: • Primeiro estudo em seres humanos em pequenos grupos de pessoas voluntárias, em geral sadias (20 a 100 indivíduos); • Propõem estabelecer uma evolução preliminar da segurança e do perfil farmacocinético e, quando possível, um perfil farmacodinâmico. FASES PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS Pesquisa clínica AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Fase II: • Primeiros estudos controlados em pacientes (doentes), para demonstrar atividade farmacológica da substância (100 a 300 voluntários) e confirmação da segurança a curto prazo. Fase III: • Estudos internacionais multicêntricos, com diferentes populações de pacientes para demonstrar eficácia e segurança com uso prolongado (800 a 3000 voluntários acompanhados por cerca de 3 anos); • Estudos de comparação contra placebo ou contra melhor esquema terapêutico disponível; • Passada essa fase, o fármaco pode pleitear a condição de medicamento. FASES PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS Pesquisa clínica AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica População superselecionada • Em geral, exclui crianças, gestantes, idosos e lactantes (órfãos terapêuticos); • Definições de uso restritas; • Adesão dos pacientes monitorados difere da utilização da população em geral; • Não avaliam todas as questões de segurança de um fármaco. Não basta ter qualidade garantida, é necessário que o processo de utilização também seja seguro! LIMITAÇÕES DOS ENSAIOS CLÍNICOS Fases para o desenvolvimento de novos fármacos AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Pós-comercialização do produto • Prioriza-se a notificação nos 5 primeiros anos de comercialização do produto; • Detectar eventos adversos pouco frequentes ou não esperados (vigilância pós-comercialização); • Surgimento de novas reações adversas e/ou confirmação da frequência de surgimento das já conhecidas e as estratégias de tratamento; • População maior e mais heterogênea; • Quadros clínicos variados; • Importância da farmacovigilância - interface entre a prática clínica e a regulação de medicamentos. Fase IV Fases para o desenvolvimento de novos fármacos AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Propósito Garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade desses produtos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais. Diretrizes voltadas à garantia da qualidade dos medicamentos • Regulamentação Sanitária de Medicamentos; • Reorientação da assistência farmacêutica; • Promoção do Uso Racional de Medicamentos; • Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos. POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS Medidas voltadas à garantia da qualidade, segurança e eficácia AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Altera a Lei 8080/90, para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); • Capítulo VIII - Da Assistência Terapêutica e da Incorporação de Tecnologia em Saúde; • Os medicamentos serão avaliados de acordo com: • Eficácia; • Segurança; • Efetividade; • Custo-efetividade. Lei 12401/11 Medidas voltadas à garantia da qualidade, segurança e eficácia AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica • Criação da ANVISA (1999); • Instalação da Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas); • Adoção das inspeções anuais nas fábricas para verificar se a condição de funcionamento respeita as Boas Práticas de Fabricação; • Obrigatoriedade de testes de biodisponibilidade para similares (RDC 133/03); • Menor risco: equivalência farmacêutica; • Risco médio e alto: equivalência farmacêutica e biodisponibilidade; • Impacto nos custos. OUTRAS MEDIDAS IMPORTANTES Medidas voltadas à garantia da qualidade, segurança e eficácia AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica • Reavaliação de medicamentos com associação de princípios ativos (RDC 134/03); • 4 ou mais associações: estudos clínicos de eficácia da associação e sua justificativa da mistura; • Bula com linguagem mais simples (RDC 140/03); • Cada princípio ativo terá uma bula padronizada; • Previsão de preço para medicamento novo (RDC 136/03). OUTRAS MEDIDAS IMPORTANTES Medidas voltadas à garantia da qualidade, segurança e eficácia AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Garantia da segurança e eficácia medicamentosa Abrange: • Uso off-label (sem indicação); • Compreende o uso em situações divergentes da bula de um medicamento registrado na Anvisa; • Pode incluir diferenças na indicação, faixa etária/peso, dose, frequência, apresentação ou via de administração. Uso de medicamentos não registrados: • Incluem aqueles medicamentos cuja formulação foi modificada (formulações extemporâneas), os utilizados anteriormente à concessão do registro ou importados sem registro na ANVISA. A UTILIZAÇÃO NÃO APROVADA DE MEDICAMENTOS AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica • Muito comum em crianças hospitalizadas; • Maior risco de reações adversas a medicamentos (RAM); • É uma decisão e responsabilidade profissionais; • Importância da participação do farmacêutico na obtenção dos resultados esperados na farmacoterapia. A UTILIZAÇÃO NÃO APROVADA DE MEDICAMENTOS Garantia da segurança e eficácia medicamentosaAULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Responsabilidades do farmacêutico • Divulgação de informação científica de qualidade; • Padronização de doses e esquemas posológicos; • Defesa dos direitos dos pacientes de receber tratamento medicamentoso seguro e eficaz; • Desenvolvimento de procedimentos para avaliação farmacêutica das prescrições médicas; • Dispensação; • Desenvolvimento de formulações extemporâneas para pacientes pediátricos e adultos promovendo a administração fácil, segura, eficaz e a adesão ao tratamento. A UTILIZAÇÃO NÃO APROVADA DE MEDICAMENTOS Garantia da segurança e eficácia medicamentosa AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Gastos com saúde (STORPIRTIS, et al. 2013): • EUA: 5,2% do PIB em 1960, 15% em 1993 e expectativa de 30% em 2030; • Brasil: 7,3% do PIB em 2001 . Gastos com medicamento (STORPIRTIS, et al. 2013): • Brasil: nos hospitais ocupam 35% dos gastos totais; • Necessidade de maximizar os benefícios com o uso dos recursos disponíveis; • Importância da Farmacoeconomia através da avaliação econômica. OS GASTOS COM A TERAPIA MEDICAMENTOSA O custo da terapia medicamentosa AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica De acordo com definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso racional de medicamentos é garantido: • Quando o paciente recebe o medicamento apropriado à sua necessidade clínica, na dose e posologias corretas, por um período de tempo adequado e ao menor custo para si e para a comunidade; • Desta forma, o custo também deve ser considerado um importante pilar da terapia medicamentosa. Lei 10.742/03 • Criação da Câmara Técnica de Medicamentos (CMED): estabelece os critérios para fixação e ajuste de preços dos produtos farmacêuticos. OS GASTOS COM A TERAPIA MEDICAMENTOSA O custo da terapia medicamentosa AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica • Área da economia da saúde que estuda a relação entre medicamentos e aspectos econômicos; • Enfoca; • Custos; • Diretos, indiretos e intangíveis; • Consequências da utilização: resultados desejáveis ou indesejáveis da terapia; • Outcomes: mortalidade, eventos adversos, tempo de hospitalização, de cura, qualidade de vida, adesão do paciente, entre outros. FARMACOECONOMIA O custo da terapia medicamentosa AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica O custo da terapia medicamentosa Tipos de análise: • Minimização de custo; • Custo-benefício; • Custo-efetividade; • Custo-utilidade. FARMACOECONOMIA AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Papel do farmacêutico • Sugestão de medicamentos alternativos com igual eficácia e segurança, mas com menor custo; • Ações educativas à equipe; • Ênfase nos medicamentos mais caros; Outras intervenções • Suspensão do medicamento, diminuição de dose, alteração da via de administração. FARMACOECONOMIA O custo da terapia medicamentosa AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica Papel do farmacêutico Resultado • Terapia medicamentosa mais adequada, melhoria da qualidade da assistência e redução de custos. Exemplo • Estudo de revisão sobre a atuação do farmacêutico na UTI (DASTA, 1994); • Economia de US$377,00 por paciente; • UTI de hospitais universitários: economia anual variando de US$18.000 a 500.000/ano. FARMACOECONOMIA O custo da terapia medicamentosa AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica BRASSICA, S. C. Capítulo 23 – O Papel do Farmacêutico na Utilização de Medicamentos Não Aprovados e em Indicações Não Licenciadas. In: STORPIRTIS, S; et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. RIBEIRO, E.; SECOLI, S. R. Capítulo 27 – Farmacoeconomia. In: STORPIRTIS, S; et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. SECOLI, Silvia Regina et al. Farmacoeconomia: perspectiva emergente no processo de tomada de decisão. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 10, supl. p. 287-296, Dec. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232005000500029&lng=en&nrm=isso>. Acesso em 14 fev. 2017. Saiba mais AULA 09: SEGURANÇA, CUSTO E EFICÁCIA MEDICAMENTOSA Atenção farmacêutica AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Segurança, custo e eficácia medicamentosa; Introdução à Farmacoeconomia; Papel do farmacêutico na utilização de medicamentos não aprovados e em indicações não licenciadas.
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