Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Serpentes Venenosas IDENTIFICAÇÃO E ACIDENTES COM SERPENTES PEÇONHENTOS ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS Jararaca 88,2% Cascavel 8,2% Surucucu 2,9% Coral 0,7% • O acidente botrópico é causado por serpentes do gênero Bothrops,dentre as quais destacam-se a jararaca, a urutu; • Veneno de ação proteolítica,neurotóxica e anticoagulante. Bothrops spp. • Acidente botrópico geralmente causa dor, edema (inchaço) e equimoses (manchas roxas). • Tardiamente as bolhas podem surgir e até necrose. • Outra complicação acontece quando bactérias que vivem na boca da serpente causam infecção na pele do paciente. • Além das alterações, o sangue pode se tornar incoagulável, predispondo a hemorragias que podem por em risco a vida. Bothrops spp. ESPÉCIE (Nome atual!) NOME ANTERIOR NOME POPULAR Bothrocophias hyoprora (Amaral, 1935) Bothrops hyoprorus¸ Porthidium hyoprora Jararaca-nariguda, jararaca-bicuda Bothrocophias microphthalmus (Cope, 1876) Bothrops microphthalmus¸ Porthidium microphthalmus Jararaquinha Bothrops alcatraz (Marques, Martins & Sazima, 2002) Bothropoides alcatraz Jararaca-de-Alcatraz Bothrops alternatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) Rhinocerophis alternatus Urutu-cruzeiro, cruzeira Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) Jararaca, surucucu, combóia Bothrops bilineatus (Wied, 1825) Bothriopsis bilineata Bico-de-papagaio, papagaia, jararaca-verde Bothrops brazili Hoge, 1954 Jararaca Bothrops cotiara (Gomes, 1913) Rhinocerophis cotiara Cotiara Bothrops diporus (Cope, 1862) Bothropoides diporus, Bothrops neuwiedi diporus Jararaca-pintada Bothrops erythromelas (Amaral, 1923) Bothropoides erythromelas Jararaca-da-seca Bothrops fonsecai (Hoge & Belluomini, 1959) Rhinocerophis fonsecai Jararaca Bothrops insularis (Amaral, 1921) Bothropoides insularis Jararaca-ilhôa Bothrops itapetiningae (Boulenger, 1907) Rhinocerophis itapetiningae Jararaca Bothrops jararaca (Wied, 1824) Bothropoides jararaca Jararaca Bothrops jararacussu Lacerda, 1884 Jararacuçu Bothrops leucurus Wagler, 1824 Jararaca Bothrops lutzi (Miranda-Ribeiro, 1915) Bothropoides lutzi¸ B. iglesiasi, B. neuwiedi neuwidi, B. n. pihauyensis Jararaca-pintada Bothrops marajoensis Hoge, 1966 Jararaca Bothrops marmoratus (Silva & Rodrigues, 2008) Bothropoides marmoratus Jararaca-pintada Bothrops mattogrossensis (Amaral, 1925) Bothrops mattogrossensis, B. neuwiedi bolivianus, B. n. mattogrossensis Jararaca-pintada, boca-de-sapo Bothrops moojeni Hoge, 1966 Jararaca. caissaca Bothrops muriciensis Ferrarezzi & Freire, 2001 Jararaca Bothrops neuwiedi (Wagler, 1824) Bothropoides neuwiedi, B. neuwiedi goyazensis, B. n. meridionalis, B. n. paranaensis, B. n. urutu Jararaca-pintada Bothrops pauloensis (Amaral, 1925) Bothropoides pauloensis, B. neuwiedi pauloensis Jararaca-pintada Bothrops pubescens (Cope, 1870) Bothropoides pubescens, B. neuwiedi pubescens Jararaca-pintada Bothrops pirajai Amaral, 1923 Jararaca Bothrops taeniatus (Wagler, 1824) Bothriopsis taeniata, Bothrops castelnaudi Jararaca-estrela, jararaca-cinza Serpentes responsáveis pelo envenenamento Botrópico com seus respectivos nomes científicos anteriormente usados na literatura e seus nomes populares: 27 espécies - Família Viperidae Crotalus spp. • Esse acidente é causado pelas serpentes do gênero Crotalus, conhecidas por cascavéis. • As manifestações clínicas deste acidente são precoces (três horas); • Veneno de ação hemolítica e neurotóxica. • O acidente crotálico pode provocar fraqueza, turvação da vista, queda das pálpebras e paralisia de músculos da face. • Pode queixar-se também de dores musculares e apresentar urina escura. • Apenas inchaço e formigamento discretos. • Em alguns casos, não é possível identificar o ferimento das presas. Crotalus spp. • O acidente laquésico é causado pelas serpentes do gênero Lacheis,conhecidas por surucucu. • Inoculam grande quantidade de veneno. Lachesis muta ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS • O acidente causado pela surucucu ou surucucu-picode-jaca ocorre somente na Amazônia e na Mata Atlântica. • Assim como no acidente botrópico, há dor, edema, equimose e podem surgir bolhas, infecção e necrose. • Além das hemorragias, pode haver também sudorese, náuseas e vômitos, cólicas abdominais, diarréia,diminuição da freqüência dos batimentos cardíacos e queda da pressão arterial. Micrurus spp. • O acidente elapídico se caracteriza pelo veneno é tóxico para os nervos,músculos, provoca turvação visual, queda das pálpebras e paralisia muscular que pode comprometer a respiração do paciente. • Não há manifestações locais importantes. Coral-verdadeira (Micrurus lemniscatus) Coral-verdadeira (Micrurus hemprichii) • As serpentes do gênero Micrurus, que são as corais, causam este tipo de acidente. • A ação neurotóxica deste veneno manifesta-se precocemente e determina casos graves • A diferença da coral falsa é que nesta,os anéis não contornam todo corpo da cobra. Micrurus spp. ESPÉCIE NOME ANTERIOR NOME POPULAR Leptomicrurus collaris (Schlegel, 1837) Micrurus collaris Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Leptomicrurus narduccii (Jan, 1863) Micrurus narduccii Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Leptomicrurus scutiventris (Cope, 1870) Micrurus scutiventris Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus albicinctus Amaral, 1926 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus altirostris (Cope, 1859) Micrurus frontalis altirostris Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus annelatus (Peters, 1871) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus averyi Schmidt, 1939 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus brasiliensis Roze, 1967 Micrurus frontalis brasiliensis Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus corallinus (Merrem, 1820) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus decoratus (Jan, 1858) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus filiformis (Günther, 1859) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus frontalis (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) Micrurus f. frontalis Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus hemprichii (Jan, 1858) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus ibiboboca (Merrem, 1820) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus isozonus (Cope, 1860) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus langsdorffii Wagler, 1824 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus lemniscatus (Linnaeus, 1758) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus nattereri Schmidt, 1952 Micrurus surinamensis nattereri Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus mipartitus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus pacaraimae Carvalho, 2002 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus paraensis Cunha & Nascimento, 1973 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus psyches (Daudin, 1803) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus putumayensis Lancini, 1962 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus pyrrhocryptus (Cope, 1862) Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus remotus Roze, 1987 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus silviae Di-Bernardo, Borges-Martins & Silva, 2007 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus spixii Wagler, 1824 Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus surinamensis (Cuvier, 1817) Micrurus surinamensis surinamensis Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Micrurus tricolor Hoge, 1956 Micrurus frontalis tricolor Coral-verdadeira, coral ou cobra-coral Serpentes responsáveis pelo envenenamento Elapídico com seus respectivos nomes científicos anteriormente usados na literatura e seus nomes populares: 30 espécies da família ElapidaeSINAIS E SINTOMAS GERAIS DOS ACIDENTES • Dor local intensa • Marcas de picada (a cobra peçonhenta deixa duas marcas de presas, a não peçonhenta deixa várias marcas em forma de elipse); • Edema, vermelhidão e bolhas; • Dificuldades respiratórias; • Queda da pálpebra e distúrbios visuais; SINAIS E SINTOMAS GERAIS DOS ACIDENTES • Alteração no nível de consciência • Reação anafilática • Náuseas e vômitos • Convulsões • Relato de alteração da cor (escura) e quantidade (diminuída) da urina. TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR • Devemos manter a vítima em repouso absoluto e não deixá-la locomover-se • Remover anéis, pulseiras, braceletes, e outros adornos; • O local da picada deve ser lavado com água e sabão, protegendo o local da lesão com curativo de gaze seca; • Transportar ao hospital indicado e se possível e seguro, capture o animal, levando-o ao hospital de destino da vítima, em recipiente adequado; TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR • Somente soro específico cura o envenenamento provocado por picadas quando aplicado adequadamente; • Não devemos fazer qualquer tratamento caseiro como torniquete;sucção, perfuração, pó de café ,fumo e outros; • Nos casos de acidentes com escorpiões, o risco de vida aumenta quando a vítima tiver idade abaixo de 07 anos e acima de 50 anos ou ainda vítima que apresente distúrbios orgânicos graves. ÁGILFA: Tipo de dentição característica das serpentes sem aparelho inoculador de peçonha. Os dentes são maciços e sem canal inoculador de peçonha. Estas serpentes atacam, geralmente, por constrição. Exemplos: sucuri, jiboia, etc. OPISTÓGLIFA: Tipo de dentição característica de determinadas espécies de serpentes, cujos dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior, apresentando, assim, perigo altamente reduzido para o homem. Dentição característica de alguns membros da família Colubridae como a falsa- coral, muçurana, entre outras. PROTERÓGLIFA: tipo de dentição característica das serpentes da família Elapidae. Apresentam dois dentes inoculadores de peçonha na parte anterior do maxilar superior, de carácter marcadamente forte, não retráteis. Exemplos: coral-verdadeira e serpentes marinhas. SOLENÓGLIFA: Dentição característica das serpentes da família Viperidae. Os membros desta família possuem dois dentes retrácteis, inoculadores de uma potente peçonha de caráter neurotóxico, hemotóxico e ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior. Dependendo da espécie, a peçonha é mais ou menos forte, sendo normalmente o suficiente para ser fatal ao ser humano. Os dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque, permitindo ao animal inocular uma quantidade de peçonha maior do que uma serpente da família das proteroglifas. Isso agrava ainda mais a consequência da mordida. Exemplos: cascavel, jararaca, surucucu, urutu, etc. Coleta de Répteis Busca Ativa -Através de armadilhas de queda ou ativamente, através da procura dos espécimes (Martins, 1994) -Usar equipamentos de segurança para procurar e manusear os animais Coleta de Répteis Armadilhas de queda CERTO ERRADO Conservados em meio líquido como os anfíbios: Fixação: formol 10% Conservação: álcool 70 % Preparação de Répteis
Compartilhar