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Implantação, Controle e Avaliação Estratégica “Apesar de tudo, à medida que avançamos para a terra desconhecida do amanhã, é melhor ter um mapa geral e incompleto, sujeito a revisões, do que não ter mapa nenhum.” Alvin Toffler, in Powershift Processo do Planejamento Estratégico IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA A estratégia pode ser posta em prática por meio de 3 mecanismos: ◦ Planejamento da área funcional. ◦ Políticas. ◦ Planos Operacionais. IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA (a) Planejamento nas Áreas Funcionais: ◦ Planejar o emprego de pessoas e recursos em conformidade com os objetivos da empresa. ◦ Define as linhas de ação que colocarão os objetivos estratégicos em ação. IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA (a) Planejamento nas Áreas Funcionais: Marketing: administra as relações da empresa com o mercado. Produção: administra os fornecimento dos produtos da empresa aos clientes. Desenvolvimento de produtos: administra as modificações e inovações da empresa. Finanças: administra o capital financeiro da empresa. Recursos Humanos: Administra a relação da empresa com seus empregados. IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA (b) Políticas no Plano Funcional: ◦ São decisões programadas que orientam outras decisões no dia-a-dia da empresa. ◦ Coordenam as pessoas, atividades e decisões dentro da organização. ◦ Fazem a ligação entre as estratégias e as pessoas, atividades e decisões. ◦ Orientam os gerentes em situações que exigem decisão e julgamento. IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA (c) Planos Operacionais: ◦ São instrumentos para a implementação da estratégia da empresa. ◦ Cronogramas, decisões, orçamentos, projetos, normas e procedimentos. ◦ Muitas vezes são chamados de Plano de Trabalho ou Instruções de Trabalho. 1º passo – definir a matriz de coordenação A elaboração de uma matriz de coordenação será essencial para orientar e distribuir a carga de responsabilidade entre os setores, departamentos e níveis hierárquicos. Devem ser indicadas as diretorias envolvidas e seu nível de envolvimento, de acordo com cada projeto estratégico. 2º passo – Plano de Ação A estratégia nada significa até que se transforme em ação. Para tanto, a concretização das estratégias deve ser pautada nos Planos de Ação. Segundo Cavalcanti (2001), as ações detalhadas no plano devem considerar: ◦ Tempo (há ações que são permanentes, sem prazo de término, enquanto outras são temporárias, com início e fim definidos; ◦ Relevância (avaliar quais produzem maior impacto para atingir o objetivo)[1]; ◦ Prioridades (a hierarquização ajuda a otimizar recursos e esforços); ◦ Recursos (avaliar quais ações não exigem recursos adicionais e impacto para orçamento). 3º - Projetos Estratégicos e Orçamentos Para cada um dos objetivos, sugere-se a elaboração de Projetos Estratégicos, que identificam as necessidades, por exemplo, quanto à: ◦ informatização, diversificação, terceirização, focalização ou outro quesito que permite à empresa dar respostas mais ágeis às mudanças do ambiente competitivo. Destaca-se que deve constar o orçamento para cada projeto estratégico, pois este representa o teste da viabilidade dos objetivos e estratégias, funcionando como um “filtro” antes de submeter o Plano Estratégico à apreciação e aprovação da Diretoria ou Conselho. Projetos Estratégicos É importante observar que não se trata de preparar um orçamento detalhado, trata-se de trabalhar com grandes números que permitam avaliar do ponto de vista financeiro. Para ajudar na preparação do orçamento, duas perguntas podem orientar: ◦ a) Quanto custa? ◦ b) Temos ou podemos captar esses recursos? (a idéia chave dessa etapa não é formular orçamento e sim assegurar recursos para viabilizar a implantação, garantindo-se com o que se pode,o que se quer atingir). 4 – Divulgar e buscar compromisso Após a aprovação formal, quando se obtém também a garantia dos recursos para implantá-los, chega o momento de divulgação das informações e busca do compromisso nos diferentes níveis hierárquicos. Para que este seja reforçado e perene, é vital a criação de parceria com os funcionários, através de mecanismos de motivação. Comunicando e monitorando a estratégia Durante todo o processo de implementação é fundamental que haja convergência das ações definidas e de possíveis medidas corretivas com MISSÃO, VISÃO E VALORES da empresa Planos de Incentivo As empresas têm utilizado programas de incentivo, como: ◦ Participação nos lucros e resultados (PLR), ◦ Avaliação de desempenho vinculada à bonificação, ◦ entre outros. Outro elemento importante é que as ações propostas devem considerar a cultura organizacional, cabendo aos gestores a função das crenças, objetivos e práticas da estratégia, que podem ou não ser compatíveis com a cultura da empresa. Desafios na divulgação O desafio de construir o futuro da empresa também de ações para que as pessoas sejam capacitadas, com treinamentos que levem à consciência da sintonia de seus comportamentos e os princípios organizacionais. Cabe à diretoria da empresa decidir que grau de abertura é mais conveniente e estratégico para a divulgação do seu plano. Ao tomar essa decisão, é avaliado o benefício de seus funcionários conhecerem como e onde a empresa quer chegar, sem ignorar o risco de seus concorrentes serem informados sobre seus passos. 5º - Avaliar resultados Muitos planejamentos estratégicos padecem de inexistência ou ineficiência de um acompanhamento sistemático. Todavia, o que se espera do acompanhamento não é uma atuação reativa, e muito menos passiva. Quando se acompanha e se constata que algo pode não ocorrer, de imediato deve ser aplicada uma ação corretiva, evitando problemas maiores. ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA ESTRATÉGIA O monitoramento consiste em acompanhar e avaliar a execução da estratégia, com base nos indicadores usados para elaborar o plano estratégico. Alguns indicadores são: ◦ Participação dos clientes e mercados no faturamento. ◦ Participação dos produtos no faturamento. ◦ Evolução das vantagens competitivas da empresa e dos concorrentes. ◦ Participação no mercado e colocação em relação aos concorrentes. ◦ Evolução do faturamento. ◦ Grau de realização dos objetivos estratégicos. Medindo resultados Para quem vamos medir o desempenho ? ◦ Acionistas? ◦ Clientes ? ◦ Mercado de capitais? ◦ Comunidade ? ◦ Empregados ? Quais parâmetros? Financeiros? Operacionais? … Ferramentas para acompanhar o desempenho do plano estratégico ◦ BSC – Balanced Score Card Ferramentas para medir valor ◦ EVA - Economic Value Added ◦ ROI Outros sistemas de medição de desempenho O uso adequado de ferramentas de medição de desempenho agrega segurança e transparência aos negócios Ações para a manutenção dos resultados Devem ocorrer reuniões periódicas para seu acompanhamento, preferencialmente mensais, coordenadas pelo principal executivo, que terá autoridade hierárquica para cobrar resultados dos coordenadores dos objetivos. Para a avaliação dos resultados e possível alteração na “rota”, sugere-se que sejam observados: ◦ Indicadores de desempenho (crescimento da empresa, rentabilidade, participação no mercado, qualidade, produtividade, etc.); ◦ Acompanhamento dos Planos de Ação e dos Projetos Estratégicos (avaliação dos relatórios, prazos e responsabilidades); ◦ Acompanhamento dos Princípios (a sintonia do processo é equilibrada pelos Princípios que devem pautas as decisões e comportamentos, preservando a integridade das Declarações Estratégicas); Ações para a manutenção dos resultados Ressalta-se que o Plano Estratégico depende da sintonia entre a empresa e o ambiente competitivo. Neste sentido, precisa ser atualizado periodicamente para acompanhar as mudanças relevantes do ambiente. Assim, o roteiro para se formular um Plano Estratégico pode ser dividido em dois conjuntos: ◦ Permanente, menos afetado pelas mudanças do ambiente, ◦ Influenciável pelas alterações do ambiente. Ambos, porém, devem ser periodicamente submetidos a processos de atualização. Aprendizagem Durante a implantação a empresa deve estar aberta para aprender e, não em poucas vezes, reajustar os rumos. Este aprendizado deve ocorrer sempre: durante o processo de implantação e também ao final de todo o processo, quando a organização olha para trás, avalia os resultados da estratégia anterior e reinicia um novo ciclo de planejamento estratégico. O plano estratégico nunca dominará todos os detalhes, a realidade é sempre mais rica e dinâmica do que o intelecto humano pode conceber. Definir e implantar estratégias é um processo de tentativa e erro. Aprendizagem Mintezberg e all (2000) enumera algumas premissas do aprendizado estratégico: ◦ A natureza complexa e imprevisível do ambiente das organizações, associado à difusão do conhecimento necessário à implantação da estratégia, exclui a possibilidade de controle absoluto. ◦ Embora os lideres possam aprender , o mais comum é que a organização como um sistema coletivo, é que aprenda. ◦ O papel do líder não é conceber e prescrever estratégias, mas administrar o processo estratégico de forma que o aprendizado ocorra mais rapidamente. Aprendizagem Peter Senge do MIT estabelece 5 princípios para o aprendizado organizacional: ◦ Raciocínio sistêmico é a capacidade de entender um sistema na sua íntegra. Por exemplo, um gestor pode decidir cortar gastos com matéria prima de qualidade para aumentar seus lucros. Isso pode até acontecer no curto prazo, mas os efeitos no longo prazo podem ser desastrosos. ◦ Domínio pessoal refere-se às qualidades que cada integrante de uma organização de aprendizagem deve desenvolver: paciência, saber ouvir, ver a realidade de maneira objetiva e concentrar energias para atingir objetivos. Estas qualidades são pré-requisitos para o trabalho em equipe e a aprendizagem. Aprendizagem Modelos mentais referem-se a ideias profundamente arraigadas e que influenciam nossa maneira de encarar o mundo e, muitas vezes, são compartilhadas não só em uma empresa específica, mas em toda uma indústria. ◦ Um exemplo é o dos fabricantes de automóveis americanos, que até 1980 seguiam o modelo do consumidor comprando carros grandes e luxuosos, com grande consumo de gasolina. A falta de atenção para o nicho de clientes de carros pequenos e econômicos permitiu que os fabricantes japoneses saíssem na frente e o ocupassem. Aprendizagem Os objetivos comuns (ou sonho compartilhado) têm seu efeito potencializado quando os membros da equipe desenvolvem a capacidade de transmitir aos outros a imagem de futuro que pretendem criar. O aprendizado em equipe é importante para fazer algo próprio à organização e não copiável. O aprendizado em equipe constitui vantagem competitiva para a organização, pois se o aprendizado se resumir a um só indivíduo, caso ele seja contratado por um concorrente, a empresa perde o conhecimento e o diferencial. ◦ Para que o aprendizado ocorra dentro da equipe a organização deve desenvolver a transversalidade ou a quebra de barreiras entre departamentos, entre grupos e cargos. Consequências do aprendizado ◦ Possibilidade de aprender tanto no fracasso quanto com o sucesso; ◦ Dar importância ao reexame periódico das estratégias; ◦ Assumir que os gestores e trabalhadores próximos às atividades de design, manufatura e venda, por exemplo, frequentemente sabem mais destas atividades que seus gestores; ◦ Procurar ativamente disseminar o conhecimento em todas as áreas para garantir que o conhecimento relevante esteja à disposição de que a utiliza e encoraja as interações. ◦ Consumir tempo e energia investigando além das próprias fronteiras do seu conhecimento. Gestão do Conhecimento no Planejamento Estratégico O planejamento estratégico é intrinsecamente relacionado à gestão do conhecimento. No processo de tomada de decisão, os gestores necessitam do conhecimento detalhado de todos os aspectos da organização para delinear a estratégia organizacional e comunicar de forma eficaz com os membros da organização. Gestão do Conhecimento no Planejamento Estratégico O processo de execução é um conjunto específico de comportamentos e técnicas que as organizações precisam dominar para realizarem a Estratégia, para obterem vantagens competitivas ou para atenderem bem aos seus usuários. A Gestão do Conhecimento reúne as práticas necessárias para apoiar a organização no registro das Lições Aprendidas na Execução da Estratégia, onde subsidia o Planejamento Estratégico e, dialeticamente, é influenciada por ele. Gestão do Conhecimento no Planejamento Estratégico A implantação da Estratégia depende do comprometimento de todos na organização e esse comprometimento é conseguido quando as organizações também se comprometem com as aspirações dos seus colaboradores, em questões que vão além dos salários e gratificações. Para tanto, deve-se recorrer mais uma vez da Gestão do Conhecimento, no sentido de derrubar as barreiras que impedem a aprendizagem.
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