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© História do Brasil I22 CRONOGRAMA DA DISCIPLINA – HISTÓRIA DO BRASIL I CICLOS DE APRENDIZAGEM PERÍODO O QUE PRECISO ESTUDAR? ENCONTROS PRESENCIAIS E CONTEÚDOSO QUE PRECISO FAZER? Ciclo de Aprendizagem 1 1ª semana 07/02 a 16/02/15 CPE ADÃO; SANCHES; SALDANHA (2013, Unidade 1). Fique atento à(às) data(s) de encontro(s) presencial(is). Confira seu calendário acessando o link: <http://claretianobt. com.br/calendarios> 2ª semana 16/02 a 23/02/15 CPE ADÃO; SANCHES; SALDANHA (2013, Unidade 2). 3ª semana 23/02 a 02/03/15 CPE ADÃO; SANCHES; SALDANHA (2013, Unidade 3). Ciclo de Aprendizagem 2 4ª semana 02/03 a 09/03/15 0 – 0,5 Atividade 5ª semana 09/03 a 16/03/15 CPE ADÃO; SANCHES; SALDANHA (2013, Unidade 4). 6ª semana 16/03 a 23/03/15 CPE ADÃO; SANCHES; SALDANHA (2013, Unidades 5 e 6). 7ª semana 23/03 a 30/03/15 0 – 0,5 Interatividade Ciclo de Aprendizagem 3 8ª semana 30/03 a 06/04/15 CPEBENTIVOGLIO (2013, Unidade 1). 9ª semana 06/04 a 13/04/15 CPE BENTIVOGLIO (2013, Unidades 2 e 3). 10ª semana 13/04 a 20/04/15 0 – 0,75 Interatividade 11ª semana 20/04 a 27/04/15 0 – 0,25 Questões on-line Ciclo de Aprendizagem 4 12ª semana 27/04 a 04/05/15 CPEBENTIVOGLIO (2013, Unidade 4). 13ª semana 04/05 a 11/05/15 0 – 0,75 Atividade/Prática 14ª semana 11/05 a 18/05/15 CPEBENTIVOGLIO (2013, Unidade 5). 15ª semana 18/05 a 25/05/15 CPEBENTIVOGLIO (2013, Unidade 6). Ciclo de Aprendizagem 5 16ª semana 25/05 a 01/06/15 0 – 0,25 Questões on-line 17ª semana 01/06 a 08/06/15 CPE SIQUEIRA, L. O nascimento da América portuguesa no contexto imperial lusitano. Considerações teóricas a partir das diferenças entre a historiografia recente e o ensino de história. Revista História, Franca, v. 28, n. 1, 2009. Disponível na Biblioteca Virtual Scielo: <http://ref.scielo.org/bdt4yn> 18ª e 19ª semanas 08/06 a 22/06/15 CPE CARVALHO, J. M. D. João e as histórias dos Brasis. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 28, n. 56, 2008. Disponível na Biblioteca Digital Scielo: <http://ref.scielo.org/jrzy4r> 20ª semana 22/06 a 29/06/15 Correção de provas substitutivas 21ª semana 29/06 a 06/07/15 Correção de provas complementares Legenda CPE Compromisso Pessoal de Estudos Interatividade/Atividade Questões on-line HISTÓRIA DO BRASIL I CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD História do Brasil I – Prof. Ms. Rodrigo Touso Dias Lopes Olá, pessoal! Meu nome é Rodrigo Touso Dias Lopes. Sou professor e historiador formado pela Unesp – Universidade Estadual Paulista, onde realizei mestrado em História, com ênfase na área de História e Cultura Social. Desenvolvi, durante este curso, um trabalho relacionado a diversos discursos políticos e pessoais, a respeito da transferência da Corte portuguesa para seus territórios na América, de diplomatas portugueses que viviam na virada do século 18 para o século 19. Creio ser interessante buscarmos, através do tempo, as vozes que construíram um cotidiano próprio, por meio da análise do que escreveram em documentos, cartas, bilhetes e, também, por meio das artes plásticas, da música, da arquitetura e da alimentação. Meu estímulo para a docência consiste nessa busca pela vivacidade da História, desejando que ela se torne uma atividade cada vez mais dinâmica e instigante. e-mail: rodrigo.touso@claretiano.edu.br Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação HISTÓRIA DO BRASIL I Plano de Ensino(PE)/Guia de Estudos(GE) Prof. Ms. Rodrigo Touso Dias Lopes Batatais Claretiano 2014 © Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP) Trabalho realizado pelo Claretiano – Centro Universitário Cursos: Graduação História do Brasil I Versão: fev./2015 Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva Vice-Reitor: Prof. Ms. Pe. José Paulo Gatti Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Ms. Pe. José Paulo Gatti Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida Coordenador Geral de EaD: Prof. Ms. Artieres Estevão Romeiro Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional Preparação Aline de Fátima Guedes Camila Maria Nardi Matos Carolina de Andrade Baviera Cátia Aparecida Ribeiro Dandara Louise Vieira Matavelli Elaine Aparecida de Lima Moraes Josiane Marchiori Martins Lidiane Maria Magalini Luciana A. Mani Adami Luciana dos Santos Sançana de Melo Patrícia Alves Veronez Montera Raquel Baptista Meneses Frata Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Simone Rodrigues de Oliveira Revisão Cecília Beatriz Alves Teixeira Eduardo Henrique Marinheiro Felipe Aleixo Filipi Andrade de Deus Silveira Juliana Biggi Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz Rafael Antonio Morotti Rodrigo Ferreira Daverni Sônia Galindo Melo Talita Cristina Bartolomeu Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa Eduardo de Oliveira Azevedo Joice Cristina Micai Lúcia Maria de Sousa Ferrão Luis Antônio Guimarães Toloi Raphael Fantacini de Oliveira Tamires Botta Murakami de Souza Wagner Segato dos Santos Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. Claretiano – Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação SUMÁRIO PlAnO DE EnSInO (PE)/GUIA DE ESTUDOS (GE) 1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................................7 2 DADOS GERAIS DA DISCIPLINA .....................................................................................................................................8 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA ..........................................................................................................9 4 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ..................................................................................................................................20 5 CONSIDERAÇÕES GERAIS ..............................................................................................................................................20 6 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ...................................................................................................................................................20 7 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ..................................................................................................................................20 8 E-REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................................................21 PE/GE Plano de Ensino(PE)/ Guia de Estudos(GE) 1. APRESENTAÇÃO Seja bem-vindo! Você iniciará o estudo de História do Brasil I, uma das disciplinas que compõem os cursos de Graduação na modalidade EaD, que pretende formar um profissional consciente dos desafios que irá enfrentar e das possibilidades de contribuir para uma aprendi- zagem significativa e transformadora. Para efeitos didáticos, a disciplina História do Brasil I está dividida em cinco Ciclos de Aprendizagem e terá os seguintes Cadernos de Referência de Conteúdo (CRC) como materiais de estudo: • ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretia- no, 2013 (confira no Material de Apoio). • BENTIVOGLIO, J. C. História doBrasil II. Batatais: Claretiano, 2013 (confira no Material de Apoio). A proposta desta disciplina será apresentar a você, futuro educador, como se deu a Histó- ria do Brasil desde a chegada dos portugueses até a proclamação da República, em 1889. Sub- jacente a esses grandes processos, você estudará a formação do povo brasileiro, de sua cultura, da religiosidade, os problemas sociais, as tradições, as sociabilidades etc. Nesta disciplina, articulam-se conteúdos e habilidades importantes para a sua formação como professor de História e, também, como historiador. 8 © História do Brasil I 2. DADOS GERAIS DA DISCIPlInA Ementa O contexto e o imaginário europeu à época da expansão ultramarina. O choque cultu- ral entre as culturas ameríndias, africanas e europeias na colonização. Contradições sociais e políticas no período colonial. Brasil, século 19: o processo de emancipação política do Brasil. Dimensões econômica, social e política no período imperial. Sociedade e cultura. Construção do Estado, manutenção da ordem, da propriedade e a afirmação da autoridade política. Período regencial: conflitos e regionalismos. Cultura política e relações de poder. Itinerários da escravi- dão no Império. Projetos políticos para a Nação: o liberalismo brasileiro em questão. A crise do Império e o advento da República. Objetivo geral Os alunos da disciplina História do Brasil I na modalidade EaD do Claretiano, dado o Sis- tema Gerenciador de Aprendizagem e suas ferramentas, serão capazes de compreender o pro- cesso de conquista e colonização da América portuguesa, além de conhecer as contradições e as tensões da política e da sociedade colonial brasileira ao longo dos séculos 16, 17 e 18. Os alunos também irão compreender a crise do sistema colonial, conhecerão o processo de Inde- pendência do Brasil e todo o período imperial brasileiro, especialmente a construção do Estado Nacional, as características sociais, econômicas e políticas desse processo. Com esse intuito, os alunos contarão com recursos técnico-pedagógicos facilitadores de aprendizagem, como Material Didático Mediacional, bibliotecas físicas e virtuais, ambiente vir- tual, bem como acompanhamento do professor responsável, do tutor a distância e do tutor presencial, complementado por debates no Fórum. Ao final desta disciplina, de acordo com a proposta orientada pelo professor responsá- vel e pelo tutor a distância, terão condições de interagir com argumentos contundentes, além de dissertar sobre comparações, asserções e demonstrações sobre os temas desta disciplina e, posteriormente, fundamentar de maneira crítica sua prática educacional/profissional. Para esse fim, levarão em consideração as ideias debatidas na Sala de Aula Virtual, por meio de suas fer- ramentas, bem como o que produziram durante o estudo. Objetivos específicos (Para que ensinar e aprender?) A disciplina de História do Brasil I tem como objetivo específico a compreensão da História do Brasil durante os seus cinco primeiros séculos, ou seja, os períodos colonial e imperial. Nesse contexto, os alunos conhecerão o contexto português das grandes navegações; o sistema administrativo adotado na América portuguesa; a religiosidade e o sincretismo religioso fruto do encontro de civilizações; a escravidão de africanos; a formação de um mercado interno e das regiões da América portuguesa; a plantation e a instalação do sistema colonial português na América. Além desses temas, os alunos estudarão o processo de emancipação política brasileira, desde os primeiros abalos, ainda no século 18, com a Inconfidência Mineira, a vinda da corte portuguesa para a América, a Independência e os reinados de D. Pedro I e D. Pedro II. © Plano de Ensino(PE)/Guia de EStudos(GE) 9 Claretiano - Centro Universitário 3. ORIEnTAÇÕES PARA O ESTUDO DA DISCIPlInA Os cinco Ciclos de Aprendizagem desta disciplina, cada qual correspondendo a um grupo de conteúdos apresentados na Ementa, incluem momentos de aprendizagem a distância e de encontros presenciais. Encontros presenciais O(s) encontro(s) presencial(is) representa(m) momentos importantes para o contato com seus colegas de curso e tutores presenciais, com a finalidade de promover interação, propiciar momentos de atividades práticas e de avaliação. Fique atento à(s) data(s) de encontro(s) presencial(is), confira o seu calendário e anote. Lembre-se de que as datas são sujeitas à alteração. Por isso, é importante que você sempre consulte o calendário antes de ir ao polo. Basta acessar o link: <www.claretianobt.com.br/ calendarios>. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Ciclos de Aprendizagem a Distância ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Os Ciclos de Aprendizagem serão organizados semanalmente para que você possa alcançar uma aprendizagem que lhe permita o aprofundamento dos conteúdos expostos nesta disciplina. 1º CIClO DE APREnDIzAGEM A DISTânCIA Conteúdos A descoberta do novo mundo pelos portugueses. A ocupação do território, a exploração econômica, o trabalho escravo e a religiosidade dos povos da América portuguesa. 1ª semana Problematização Por que os portugueses se jogaram ao mar? Como se deu o encontro entre o Velho e o Novo Mundo? Como se deram os primeiros anos da colonização portuguesa na América? Por que se formaram capitanias hereditárias? Orientações gerais Nesta 1ª semana, propomos que você acesse a Sala de Aula Virtual (SAV), leia as orien- tações de seu tutor a distância, verifique o cronograma e os materiais postados no Material de Apoio e faça a leitura atenta do Guia Acadêmico do Curso, deste Plano de Ensino/Guia de Estu- dos, para, em seguida, pesquisar os materiais indicados. O que preciso estudar? ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 1 (confira no Material de Apoio). © História do Brasil I10 O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 2ª semana Problematização Qual o propósito da colonização portuguesa na América? Como se organizou o trabalho escravo e a escolha pela plantation? Orientações gerais Nesta 2ª semana, propomos que você reflita sobre as questões da problematização e con- tinue a leitura indicada na 1ª semana. O que preciso estudar? ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 2 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 3ª semana Problematização O que significa "em nome de Deus"? Como se deu a formação da religiosidade na América portuguesa? Havia uma religião ou algumas religiões na América? Orientações gerais Nesta 3ª semana, propomos que você reflita sobre as questões da problematização e con- tinue a leitura indicada na 1ª semana. O que preciso estudar? ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 3 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 2º CIClO DE APREnDIzAGEM A DISTânCIA Conteúdos Das brechas no sistema à crise do antigo sistema colonial. A Inconfidência Mineira e o processo de Independência do Brasil. © Plano de Ensino(PE)/Guia de EStudos(GE) 11 Claretiano - Centro Universitário 4ª semana Problematização Por que os portugueses se jogaram ao mar? Como se deu o encontro entre o Velho e o Novo Mundo? Por que se formaram capitanias hereditárias? Qual opropósito da colonização portuguesa na América? Como se organizou o trabalho escravo e a escolha pela plantation? Como se deu a formação da religiosidade na América portuguesa? Orientações gerais Nesta 4ª semana, propomos que você retome as leituras realizadas nas semanas anterio- res e desenvolva a atividade indicada no item O que preciso fazer? O que preciso estudar? ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades 1, 2 e 3 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Atividade no Portfólio Objetivos • Compreender o início da ocupação portuguesa na América. • Refletir sobre o processo de criação do Antigo Sistema Colonial na América portugue- sa. Descrição da atividade A partir do seu estudo, caracterize o primeiro século de ocupação portuguesa na América, incluindo a chegada dos portugueses, as primeiras expedições e a montagem do sistema de capitanias hereditárias. Coloque suas considerações no Portfólio. 1) Quais razões levaram os portugueses a se lançarem ao mar no final do século 15? Pontuação A atividade vale de 0 a 0,5. Critérios de avaliação Na avaliação desta atividade, serão utilizados como critérios: • utilização da norma padrão da Língua Portuguesa e das normas da ABNT; • coerência, concisão e coesão; • compreensão dos textos estudados; • capacidade de análise do conteúdo e síntese de ideias; • articulação entre o tema e as considerações apresentadas. 5ª semana Problematização Quais as principais características da ocupação portuguesa entre o sul e o norte do Brasil? O que foram as "brechas" no sistema colonial? © História do Brasil I12 Orientações gerais Na 5ª semana, propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 4 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 6ª semana Problematização O que foi a Inconfidência Mineira? Como se deu a crise do sistema colonial? Como ocorreu o processo de Independência do Brasil? Orientações gerais Nesta 6ª semana, propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades 5 e 6 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 7ª semana Problematização O que foram as "brechas" no sistema colonial? O que foi a Inconfidência Mineira? Como se deu a crise do sistema colonial? Como ocorreu o processo de Independência do Brasil? Orientações gerais Nesta 7ª semana, propomos que você retome as leituras realizadas nas duas semanas anteriores e desenvolva a interatividade indicada no item O que preciso fazer? O que preciso estudar? ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades 4, 5 e 6 (confira no Material de Apoio). © Plano de Ensino(PE)/Guia de EStudos(GE) 13 Claretiano - Centro Universitário O que preciso fazer? Interatividade no Fórum Objetivos • Refletir sobre as causas da Inconfidência Mineira. • Compreender amplamente o processo de crise no antigo sistema colonial. Descrição da atividade A partir do seu estudo, discuta com seus colegas e com seu tutor, respondendo o que foi a Inconfidência Mineira, quais as suas principais causas e seus principais personagens? 1) Quais as principais causas da Inconfidência Mineira e as suas consequências no final do século 18? Pontuação A interatividade vale de 0 a 0,5. Critérios de avaliação Na avaliação desta atividade, serão utilizados como critérios: • utilização da norma padrão da Língua Portuguesa e das normas da ABNT; • coerência, concisão e coesão; • compreensão dos textos estudados; • capacidade de análise do conteúdo e síntese de ideias; • articulação entre o tema e as considerações apresentadas. 3º CIClO DE APREnDIzAGEM A DISTânCIA Conteúdos A transferência da Corte portuguesa para a América. O período joanino e o processo de Independência do Brasil. 8ª semana Problematização Como se deu a transferência da Corte portuguesa para a América portuguesa? Quais pro- jetos políticos sustentaram o processo de Independência do Brasil? Orientações gerais Na 8ª semana, propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? BENTIVOGLIO, J. C. História do Brasil II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 1 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. © História do Brasil I14 9ª semana Problematização Como foram os primeiros anos após a Independência na política e na sociedade? O que a Independência significou para os escravos? Orientações gerais Nesta 9ª semana, propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? BENTIVOGLIO, J. C. História do Brasil II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades 2 e 3 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 10ª semana Problematização Como se deu a transferência da Corte portuguesa para a América portuguesa? Quais pro- jetos políticos sustentaram o processo de Independência do Brasil? Como foram os primeiros anos após a Independência na política e na sociedade? O que a Independência significou para os escravos? Orientações gerais Nesta 10ª semana, propomos que você retome as leituras realizadas nas duas semanas anteriores e desenvolva a interatividade indicada no item O que preciso fazer? O que preciso estudar? BENTIVOGLIO, J. C. História do Brasil II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades 1, 2 e 3 (con- fira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Interatividade no Fórum Objetivos • Refletir sobre o processo de Independência brasileiro. • Compreender como se deram as mudanças e as permanências após a Independência do país. Descrição da atividade Nas últimas semanas estamos estudando sobre a independência do nosso país. Chegou o momento de sintetizar esse conhecimento. Por isso, reflita, estude, pesquise, responda e debata com seus colegas e com seu tutor no Fórum sobre as seguintes questões: 1) Como ocorreu o processo de independência do Brasil? © Plano de Ensino(PE)/Guia de EStudos(GE) 15 Claretiano - Centro Universitário 2) Quais as principais mudanças e os principais personagens desse processo? Pontuação A atividade vale de 0 a 7,5. Critérios de avaliação Na avaliação desta atividade, serão utilizados como critérios: • utilização da norma padrão da Língua Portuguesa e das normas da ABNT; • coerência, concisão e coesão; • compreensão dos textos estudados; • capacidade de análise do conteúdo e síntese de ideias; • articulação entre o tema e as considerações apresentadas. 11ª semana Problematização Como se deu a transferência da Corte portuguesa para a América portuguesa? Quais pro- jetos políticos sustentaramo processo de Independência do Brasil? Como foram os primeiros anos após a Independência na política e na sociedade? O que a Independência significou para os escravos? Orientações gerais Nesta 11ª semana, você deverá responder às Questões on-line, um instrumento avaliati- vo, com perguntas objetivas, que compõe a avaliação formativa (continuada). Tem como objeti- vo contribuir para que você expresse suas aprendizagens em relação aos conteúdos trabalhados até o momento. Ao final do período de uma semana, você terá acesso às respostas e à correção automática. O que preciso estudar? Retome as leituras do que foi estudado até o momento. O que preciso fazer? Responder às Questões on-line, disponibilizadas na Sala de Aula Virtual, no prazo de uma semana. Pontuação As Questões on-line valem de 0 a 0,25. 4º CIClO DE APREnDIzAGEM A DISTânCIA Conteúdos A consolidação do Império, os partidos políticos, o processo abolicionista e o ocaso do Império no Brasil. © História do Brasil I16 12ª semana Problematização Como se deu a consolidação do Império brasileiro? A modernidade chegou ao Império? O que foi a belle époque no Brasil? Orientações gerais Nesta 12ª semana, propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? BENTIVOGLIO, J. C. História do Brasil II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 4 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 13ª semana Problematização Como era vista a escravidão no Império? Como se deu a consolidação do Império brasilei- ro? A modernidade chegou ao Império? O que foi a belle époque no Brasil? Orientações gerais Nesta 13ª semana, propomos que você retome as leituras realizadas nas duas semanas anteriores e desenvolva a interatividade indicada no item O que preciso fazer? O que preciso estudar? BENTIVOGLIO, J. C. História do Brasil II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades 3 e 4 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Projeto de Prática ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Título do Projeto Diferentes visões sobre a escravidão no Brasil Entrega do Projeto 13ª Semana \1. Descrição do Projeto A escravidão tem sido um tema recorrente e, por vezes, controverso da historiografia brasileira, como você estudou recentemente na Unidade 3 do material de História do Brasil II. Nesse contexto, a atividade que propomos agora é uma avaliação crítica dos materiais didáticos de História, no que diz respeito à temática da escravidão. Pesquise em um livro didático de sua escolha como a escravidão é abordada, refletindo se o livro identifica os escravos partindo de sua origem na África ou não; se o livro mostra diferentes tipos de escravos que viviam no Brasil Imperial; como o livro aborda a sociabilidade dos escravos, onde moravam, suas relações familiares, sua religiosidade e como são representados em imagens. Além disso, reflita como o livro trata o processo abolicionista, qual o papel da princesa Isabel e qual a condição dos escravos antes e depois dessa Abolição. 2. Público-alvo © Plano de Ensino(PE)/Guia de EStudos(GE) 17 Claretiano - Centro Universitário Alunos do curso de Graduação. 3. Objetivos • Refletir sobre a escravidão durante o Império brasileiro, como a historiografia a avalia e como o livro didático traduz esse debate. • Realizar um estudo prático e crítico a respeito do modo como a escravidão é tratada pelos livros didáticos. 4. Realização e postagem A Prática deverá ser realizada individualmente, o que não impede que os alunos se reúnam em grupo para discussão. Cabe observar que cada aluno deverá desenvolver e postar o seu próprio projeto na Sala de Aula Virtual (SAV), na ferramenta Prática (Portfólio). Observação: não será permitida a entrega de textos iguais. Cópias de textos da internet, mesmo que parcialmente, não serão aceitas. 5. Carga horária Entre em contato com seu tutor para obter informações referentes à carga horária prevista para esta atividade de prática. 6. Metodologia Seu trabalho deverá ser composto por três etapas, da seguinte forma: Etapa 1: Selecione, identifique e descreva, criticamente, como livro didático trata a temática da escravidão, com base nos elementos descritos no Tópico Descrição do projeto. Etapa 2: Faça uma reflexão pessoal, comparando a abordagem do livro com os conteúdos estudados na disciplina, analisando como a história da escravidão no Brasil está ali retratada e se há ligações com as questões atuais da temática afrodescendente na obra escolhida. 7. Avaliação e validação da prática Para aprovação e validação da atividade de Prática você deverá cumprir criteriosamente os objetivos propostos no projeto. Essa atividade também fará parte da avaliação continuada desta disciplina (vale de 0 a 0,75). É fundamental que você cumpra esta atividade em sua totalidade. Caso contrário, estará automaticamente em regime de dependência da Prática desta disciplina. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 14ª semana Problematização Como se deram as formações dos partidos liberal e conservador no Império? Qual a matriz econômica do café no século 19? Orientações gerais Nesta 14ª semana, propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? BENTIVOGLIO, J. C. História do Brasil II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 5 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. © História do Brasil I18 15ª semana Problematização Como foi o processo abolicionista no Império? Como ocorreu a crise do Império e a sua queda? Orientações gerais Nesta 15ª semana, propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? BENTIVOGLIO, J. C. História do Brasil II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 6 (confira no Material de Apoio). O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 5º CIClO DE APREnDIzAGEM A DISTânCIA Conteúdos A história do Brasil sob a perspectiva do professor de História: como o ensino de História assimila as produções historiográficas sobre o Brasil Colonial e Imperial? 16ª semana Problematização Como foi o processo abolicionista no Império? Como ocorreu a crise do Império e a sua queda? Orientações gerais Nesta 16ª semana, você deverá responder às Questões on-line, um instrumento avaliati- vo, com perguntas objetivas, que compõe a avaliação formativa (continuada). Tem como objeti- vo contribuir para que você expresse suas aprendizagens em relação aos conteúdos trabalhados até o momento. Ao final do período de uma semana, você terá acesso às respostas e à correção automática. O que preciso estudar? Retome as leituras do que foi estudado até o momento. O que preciso fazer? Responder às Questões on-line, disponibilizadas na Sala de Aula Virtual, no prazo de uma semana. Pontuação © Plano de Ensino(PE)/Guia de EStudos(GE) 19 Claretiano - Centro Universitário As Questões on-line valem de 0 a 0,25. 17ª semana Problematização Como os alunos do Ensino Fundamental e Médio conhecem a história do Brasil? Como o conhecimento histórico é assimilado pelos livros didáticos de História do Brasil? Orientações gerais Na 17ª semana,propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? SIQUEIRA, L. O nascimento da América portuguesa no contexto imperial lusitano. Conside- rações teóricas a partir das diferenças entre a historiografia recente e o ensino de história. Re- vista História, Franca, v. 28, n. 1, 2009. Disponível na Biblioteca Virtual Scielo: <http://ref.scielo. org/bdt4yn>. Acesso em: 30 jan. 2013. O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 18ª e 19ª semanas Problematização Como a historiografia assimilou as comemorações dos duzentos anos da vinda da corte portuguesa para o Brasil? Orientações gerais Nestas semanas propomos que você realize a leitura indicada, reflita sobre as questões da problematização e tire eventuais dúvidas com seu tutor. O que preciso estudar? CARVALHO, J. M. João e as histórias dos Brasis. Revista Brasileira de História, São Pau- lo, v. 28, n. 56, 2008. Disponível na Biblioteca Digital Scielo: <http://www.scielo.br/pdf/rbh/ v28n56/14.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2013. O que preciso fazer? Ler e estudar os conteúdos propostos. Caso tenha dúvida, entre em contato com seu tutor a distância pela lista ou pelo 0800. 20ª semana Correção de Provas Substitutivas. 21ª semana Correção de Provas Complementares. © História do Brasil I20 4. AVAlIAÇÃO DA APREnDIzAGEM Observe, a seguir, as informações referentes à avaliação. AVAlIAÇÕES VALOR TOTAL FORMAS VAlOR PARCIAl MODAlIDADE LOCAL Avaliação Formativa 5,0 Atividades e Interatividades 3,0 a distância Ambiente Virtual Avaliação Intermediária 2,0 presencial Polo Avaliação Somativa 5,0 Prova Dissertativa 3,0 presencial Polo Avaliação Semestral Integrada 2,0 presencial Polo TOTAL 10,0 mínimo de 4 formas 7,0 pontos presenciais e 3,0 a distância 6,0 pontos – média para aprovação 5. COnSIDERAÇÕES GERAIS A História do Brasil colonial e imperial é o conteúdo basilar para o trabalho de um pro- fessor de História. Aos professores não basta apenas conhecer a história, mas também saber contextualizar seus conhecimentos e debater, com base neles, os mais variados aspectos da vida social e política brasileira na atualidade: o trabalho, a exploração do homem e da terra, a famí- lia, religiosidade, sexualidade e marginalidade, a cultura e as tradições, as festividades antigas e atuais. Ao conhecer a História do Brasil, você torna-se capacitado para esse exercício importante de relacionar os conteúdos! Esperamos que esta disciplina o tenha ajudado a compreender melhor a nossa história, a fim de que esse aprendizado faça parte da sua formação como professor de História. 6. BIBlIOGRAFIA BÁSICA ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995. MATTOS, I. R. O tempo saquarema. São Paulo: Hucitec, 1987. 7. BIBlIOGRAFIA COMPlEMEnTAR CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. FREYRE, G. Casa grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: 1958. HOLANDA, S. B. O Brasil monárquico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. MAXWELL, K. A devassa da devassa. A inconfidência mineira: Brasil e Portugal (1750-1808). São Paulo: Paz e Terra, 1985. MELLO, E. C. Rubro veio. O imaginário da restauração pernambucana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000. NOVAIS, F. (Org.). Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. Coleção História da vida privada no Brasil, v. 2. PRADO, C. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1972. SOUZA, L. M. S. O diabo na Terra de Santa Cruz. São Paulo: Cia. das Letras, 1986. VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. © Plano de Ensino(PE)/Guia de EStudos(GE) 21 Claretiano - Centro Universitário 8. E-REFERÊnCIAS CARVALHO, J. M. João e as histórias dos Brasis. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 28, n. 56, 2008. Disponível na Biblioteca Digital Scielo: <http://www.scielo.br/pdf/rbh/v28n56/14.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2013. SIQUEIRA, L. O. nascimento da América portuguesa no contexto imperial lusitano. Considerações teóricas a partir das diferenças entre a historiografia recente e o ensino de história. Revista História, Franca, v. 28, n. 1, 2009. Disponível na Biblioteca Virtual Scielo: <http://ref.scielo.org/bdt4yn>. Acesso em: 30 jan. 2013. HISTÓRIA DO BRASIL I CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD História do Brasil I – Profª. Drª. Maria Cecília de Oliveira Adão, Prof. Dr. Everton Luis Sanches e Prof. Dr. Flávio Henrique Dias Saldanha Olá! Sou Maria Cecília de Oliveira Adão, doutora em História PolíƟ ca pela Unesp (Franca), membro do GEDES (Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional) e professora do ClareƟ ano. Pesquiso questões relacionadas ao estudo de gênero e às Forças Armadas. E-mail: ceciliaoadao@yahoo.com.br Sou Everton Luis Sanches, professor de História, diretor de teatro amador, ator e dramaturgo. Também trabalhei um pouquinho com TV e vídeo. Em meu mestrado e em meu doutorado, realizados no curso de História e Cultura da Unesp (Franca-SP), pesquisei a men- sagem deixada por Charles Chaplin em seus fi lmes e sua relação com o período histórico. Sou casado e não tenho fi lhos. Gosto mui- to de cinema, teatro e música. Meu principal hobby é tocar e cantar, apesar de dedicar pouco tempo a isso. E-mail: evertonsanches@zipmail.com.br Olá. Meu nome é Flávio Henrique Dias Saldanha. Sou formado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto, bem como mestre e doutor em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Franca-SP. Particularmente, considero a História uma disciplina interessante e, além disso, intrigante. Afinal, se quisermos transformar o que nós somos no presente, devemos primeiro conhecer quem nós fomos no passado. Nesse sentido, es- pero que, neste Caderno de Referência de Conteúdo História do Bra- sil I, possamos aprender e compreender bastante nossa complexa formação nacional naquilo que diz respeito à constituição de uma sociedade colonial, escravocrata e devotada ao fornecimento de matérias-primas para a metrópole portuguesa. E-mail: fhsaldanha@hotmail.com Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação HISTÓRIA DO BRASIL I Maria Cecília de Oliveira Adão Everton Luis Sanches Flávio Henrique Dias Saldanha Batatais Claretiano 2013 Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação © Ação Educacional ClareƟ ana, 2010 – Batatais (SP) Versão: dez./2013 981 A176h Adão, Maria Cecília Oliveira História do Brasil I / Maria Cecília Oliveira Adão, Everton Luis Sanches, Flávio Henrique Dias Saldanha – Batatais, SP : Claretiano, 2013. 242 p. ISBN: 978-85-8377-059-6 1. Análise crítica do contexto e do imaginário europeus à época da expansão ultramarina. 2. O choque cultural entre as culturas ameríndias, africanas e européias na constituição da sociedade colonial. 3. Contradições sociais e política colonial na América portuguesa. 4. Contextualização dos estudos e debates historiográficos sobre o período e análise de documentos históricos. I. Saldanha, Flávio Henrique Dias. II. Sanches, Everton Luis. III. História do Brasil I.CDD 981 Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional Coordenador de Material DidáƟ co Mediacional: J. Alves Preparação Aline de Fátima Guedes Camila Maria Nardi Matos Carolina de Andrade Baviera CáƟ a Aparecida Ribeiro Dandara Louise Vieira Matavelli Elaine Aparecida de Lima Moraes Josiane Marchiori MarƟ ns Lidiane Maria Magalini Luciana A. Mani Adami Luciana dos Santos Sançana de Melo Luis Henrique de Souza Patrícia Alves Veronez Montera Rita Cristina Bartolomeu Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Simone Rodrigues de Oliveira Bibliotecária Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Revisão Cecília Beatriz Alves Teixeira Felipe Aleixo Filipi Andrade de Deus Silveira Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz Rodrigo Ferreira Daverni Sônia Galindo Melo Talita Cristina Bartolomeu Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa Eduardo de Oliveira Azevedo Joice Cristina Micai Lúcia Maria de Sousa Ferrão Luis Antônio Guimarães Toloi Raphael Fantacini de Oliveira Tamires Botta Murakami de Souza Wagner Segato dos Santos Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. Claretiano - Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br SUMÁRIO CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9 2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO .......................................................................... 10 UNIDADE 1 ͵ EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 35 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 35 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 36 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 41 5 EXPANSÃO MARÍTIMA: MOTIVAÇÕES PORTUGUESAS ................................. 42 6 PRIMEIROS CONTATOS: TUPIS ........................................................................ 55 7 REPRESENTAÇÕES DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL ................................... 58 8 ESCAMBO E FEITORIAS .................................................................................... 63 9 CAPITANIAS HEREDITÁRIAS E GOVERNOͳGERAL ........................................... 68 10 TEXTOS COMPLEMENTARES ............................................................................ 70 11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 77 12 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 77 13 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................. 78 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 78 UNIDADE 2 ͵ SENTIDO DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NO SUL DO EQUADOR 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 81 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 81 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 82 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 84 5 SENTIDO DA COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA ............................ 84 6 TRABALHO ESCRAVO ........................................................................................ 94 7 PLANTATION AÇUCAREIRA: SANGUE, SUOR E AÇÚCAR NO BRASIL COLONIAL.......................................................................................................... 105 8 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 114 9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 116 10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 116 11 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................ 117 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 117 UNIDADE 3 ͵ IGREJA E RELIGIOSIDADES NA AMÉRICA PORTUGUESA 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 119 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 119 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 119 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 123 5 RELIGIOSIDADE POPULAR NA AMÉRICA PORTUGUESA ............................... 123 6 SINCRETISMO RELIGIOSO ................................................................................ 132 7 IRMANDADES RELIGIOSAS: AUTONOMIA E DEPENDÊNCIA ......................... 137 8 TEXTO COMPLEMENTAR ................................................................................. 145 9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 147 10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 148 11 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................. 148 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 149 UNIDADE 4 ͵ AS DIFERENTES COLONIZAÇÕES DO NORTE, SUDESTE E SUL: PECUÁRIA, BANDEIRAS, OURO E DIAMANTES 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 151 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 151 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 152 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 153 5 “BOOM” POPULACIONAL DO CENTROͳSUL: OURO E DIAMANTES .............. 156 6 PRODUÇÃO PARA O MERCADO INTERNO: PECUÁRIA E AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA ............................................................................................. 163 7 BRECHAS NO SISTEMA: REBELIÕES COLONIAIS E QUILOMBOS ................... 168 8 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 180 9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 183 10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 183 11 EͳREFERÊNCIA................................................................................................... 184 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 184 UNIDADE 5 ͵ ILUMINISMO NA AMÉRICA PORTUGUESA 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 187 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 187 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE............................................... 187 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 190 5 CRISE DO ANTIGO REGIME: O DIREITO A REBELIÃO CONTRA A TIRANIA E A OPRESSÃO ................................................................................... 190 6 CRISE DO SISTEMA COLONIAL......................................................................... 192 7 PARADOXO DO ILUMINISMO PORTUGUÊS: MARQUÊS DE POMBAL ........... 194 8 INCONFIDÊNCIA MINEIRA: “LIBERDADE AINDA QUE TARDIA” .................... 199 9 CONJURAÇÃO DOS ALFAIATES: IDEIAS FRANCESAS NA BAHIA .................... 205 10 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 207 11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 212 12 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 212 13 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................ 213 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 213 UNIDADE 6 ͵ VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL 1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 215 2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 215 3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 216 4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 218 5 CORTE PORTUGUESA NO BRASIL .................................................................... 219 6 ABERTURA DOS PORTOS E REINO UNIDO ...................................................... 224 7 REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 ........................................................ 229 8 PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA: UM REI PORTUGUÊS NO BRASIL INDEPENDENTE ................................................................................................ 231 9 TEXTO COMPLEMENTAR ................................................................................. 237 10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 239 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 240 12 EͳREFERÊNCIAS ................................................................................................ 241 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 242 EA D CRC Caderno de Referência de Conteúdo Ementa ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Análise crítica do contexto e do imaginário europeus à época da expansão ul- tramarina. O choque cultural entre as culturas ameríndias, africanas e europeias na constituição da sociedade colonial. Contradições sociais e política colonial na América portuguesa. Contextualização dos estudos e debates historiográfi cos sobre o período e análise de documentos históricos. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1. INTRODUÇÃO Neste primeiro contato com a história de nosso país, você terá a oportunidade de conhecer os principais desafios encontra- dos durante o processo de colonização deste território e as con- tradições entre os indígenas nativos e os invasores/colonizadores portugueses, além de conhecer as polêmicas que ocuparam estu- diosos de modo geral e historiadores empenhados em entender a formação de nosso país. Alguns assuntos abordados são polêmicos, tornando neces- sário trazer à tona um pouco da trajetória realizada pela historio- © História do Brasil I10 grafia ao tratar deles. Como em toda discussão realizada pelo his- toriador em seu ofício, foi preciso fazer alguns recortes entre o grande número de possibilidades interpretativas, autores e obras importantes a serem consultados para a escrita das unidades. Também foi necessário delinear os temas explorados, de modo a abarcar as preocupações pertinentes a esta primeira etapa de es- tudo sobre a história do Brasil, oferecendo as bases necessárias para que você possa dar continuidade aos seus estudos. Dessa maneira, tentamos contemplar aquilo que pareceu in- dispensável ao desenvolvimento do conhecimento acerca da am- plitude sociocultural e política de nosso país, dos seus conflitos e da sua composição humana. Esperamos que você tenha um bom aproveitamento duran- te o estudo! 2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO Abordagem Geral Prof. Ms. Rodrigo Touso Dias Lopes Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu- dado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. No entanto, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do qual você possa construir um referencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no futuro exercício de sua profis- são, você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabi- lidade social. Vamos começar nossa aventura pela apresentação das ideias e dos princípios básicos que fundamentam este Caderno de Referência de Conteúdo. Claretiano - Centro Universitário 11© Caderno de Referência de Conteúdo No Caderno de Referência de Conteúdo História do Brasil I, estudaremos a formação do nosso país desde o seu descobri- mento, passando por todo o período colonial, até chegarmos às margens do Ipiranga, com a independência do Brasil em relação a Portugal. Você deve ter em mente, no entanto, que a história não se desenvolve de maneira linear nem é perfeitamente encadeada, como se os quatro séculos de colonialismo, como se todo esse pas- sado de exploração e dependência do nosso país servisse apenas de mola propulsora para levar os homens do início do século 19 a darem um grito de liberdade às margens do córrego do Ipiranga. Seria mais fácil compreender a história se ela, de fato, fosse assim. Mas, ao contrário, nossa história parece mais fruto de um grande choque ocorrido no início do século 16. Um choque criado a partir da colisão de três culturas distin- tas: a europeia, representada pelos portugueses; a indígena, exis- tente na América; e a africana, forçada a participar desse encon- tro. Vamos ver isso melhor? Você saberia dizer quem eram esses homens europeus e por que eles vieram para este lado do Atlântico a partir do final do século 15? O historiador Boris Fausto (1994), em seu volumoso com- pêndio de História do Brasil, e, também, o historiador inglês dedi- cado à civilização ibérica Charles Boxer (2001), em seu O Império Marítimo Português, admitem, pelo menos, quatro características que colocaram os ibéricos, mas, principalmente, os portugueses, em posição de se jogarem ao mar antes de seus outros contempo- râneos. São elas: a situação política portuguesa, o gosto pela aven- tura, o desenvolvimento técnico e, claro, a atração por ouro e especiarias. Vamos ver, brevemente, a seguir, cada uma dessas características. © História do Brasil I12 A situação política portuguesa antes da expansão marítima era um pouco diferente da de outros reinos europeus. Portugal, no século 15, era um reino unificado, menos sujeito a levantes inter- nos, como era o caso da França, da Inglaterra, da Itália e mesmo da Espanha. Desde a Revolução de Ávis, entre os anos de 1383 e 1385, o poder político foi centralizado na figura do rei português, e, ao redor dele, reagruparam-se setores importantes da sociedade, como, por exemplo, a nobreza e os comerciantes, forjando a orga-nização burocrática do Estado. Portugal firmava-se, então, como um reino unificado e, por- tanto, capaz de colocar sua população à serviço de uma empreita- da como a exploração comercial marítima. Essa população, que seria quem, efetivamente, iria a outros lugares, conquistando o mundo, leva-nos para a segunda caracte- rística que coloca os portugueses em posição de realizar a expan- são: o gosto pela aventura. Aventura, aqui, não quer dizer que esses homens pudessem ser mais radicais que outros quaisquer, mas, sim, que a visão de mundo deles era, em muito, diferente da que temos hoje. Vamos ver isso nas palavras de Boris Fausto (1994, p. 23): Há cinco séculos, estávamos muito distantes de um mundo intei- ramente conhecido, fotografado por satélites, oferecido ao desfru- te por pacotes de turismo. Havia continentes mal ou inteiramente desconhecidos, oceanos inteiros ainda não atravessados. As cha- madas regiões ignotas concentravam a imaginação dos povos eu- ropeus, que aí vislumbravam, conforme o caso, reinos fantásticos, habitantes monstruosos, a sede do paraíso terrestre. Para você ter uma ideia, Colombo escreveu em suas cartas que chegou a ver três sereias pulando para fora do mar ao lado da sua embarcação, mas que ficou decepcionado, porque elas não eram tão bonitas como ele imaginara. Outra característica fundamental para a expansão marítima foi o desenvolvimento técnico, e este pode ser exemplificado pela Claretiano - Centro Universitário 13© Caderno de Referência de Conteúdo invenção de três importantes instrumentos: o quadrante, o astro- lábio e a caravela. O quadrante e o astrolábio possibilitavam que os navegantes soubessem da sua localização por meio de medições utilizando a altura relativa aos astros, podendo, assim, além de se localizarem, gerar as referências que melhorariam a qualidade das cartas car- tográficas portuguesas, enquanto a caravela, sendo uma embarca- ção mais versátil, permitiu que realizassem viagens mais longas e mais rápidas. Por fim, a quarta característica dos portugueses: a atração por ouro e especiarias. O ouro era utilizado como moeda há mui- to tempo; além disso, ele adornava palácios, igrejas e corpos, por isso, a compreensão da sua busca é bastante simples. Mas você saberia dizer qual a razão de as especiarias serem tão procuradas? Antes da invenção dos modernos refrigeradores, o único modo de se conservar a carne depois de morto o animal era utili- zar o calor do fogo ou do próprio sol e o sal, mais frequentemente uma combinação deles, o que podia resultar em carne de sol, car- ne seca, carne estrelada ou defumada. O resultado, naquela época, era eficiente, mas não muito agradável ao paladar, o que fazia que a pimenta fosse bastante cara, porque ela disfarçava bem o que a comida não tinha de bom. Mas não apenas a pimenta: a noz-moscada, a canela, o gen- gibre, o cravo, o anis, o açafrão e, até mesmo, o café e o açúcar foram, por certo período, comercializados como especiarias. É claro que essas quatro características de que falamos agora não eram exclusivas dos portugueses. Genoveses e espanhóis, por exemplo, também se aventuravam cada vez mais longe. Assim, jogados ao mar em busca de ouro e especiarias, apoiados numa técnica que se servia do astrolábio, do quadrante e da caravela e tendo no imaginário o mundo fantástico próprio daquele período, chegaram os portugueses ao Brasil. Mas como será que foi esse desembarque? © História do Brasil I14 Após 44 dias de viagem, a maior armada portuguesa até en- tão posta ao mar para ir até as Índias pela rota descoberta por Vasco da Gama chegou ao Brasil. Existem muitas controvérsias sobre as condições dessa via- gem e sobre a coincidência da descoberta envolvendo o conheci- mento das correntes marítimas do Atlântico, o clima propício na- quela época do ano, a aparente naturalidade do encontro, o fato de ser uma armada de tantas naus (13 no total) e, principalmente, a assinatura do Tratado de Tordesilhas, que, seis anos antes de se acharem, oficialmente, as terras brasileiras, convencionou a Portu- gal a posse das terras após 370 léguas de Cabo Verde. De qualquer maneira, são pouquíssimos os países que pos- suem uma certidão de batismo como a nossa: a carta de Pero Vaz de Caminha. Tendo permanecido inédita por mais de dois séculos, essa carta faz a narrativa do que se passou na chegada da frota de Cabral ao Brasil, registrando as impressões de Caminha sobre a terra e as pessoas. Há outros dois relatos conhecidos sobre a viagem de Cabral ao Brasil, a saber: o relato do piloto anônimo, que acrescenta in- formações sobre a continuação da viagem às Índias; e a carta de Mestre João, que também estava na frota, dando conta das dificul- dades do uso do astrolábio e do quadrante por culpa do balanço nas caravelas. O desembarque foi registrado muito tempo depois, em óleo sobre tela, pelo pintor acadêmico Oscar Pereira da Silva (1922), numa tela chamada Descobrimento do Brasil, ou Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500, que pode ser vista no site disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/ aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=obra&cd_ verbete=2952&cd_obra=6248&cd_idioma=28555>. Acesso em: 25 out. 2010. Claretiano - Centro Universitário 15© Caderno de Referência de Conteúdo Tendo sido aluno de outro grande pintor brasileiro, Victor Mei- relles, Oscar Pereira da Silva teve preocupações semelhantes às de seu mestre, ou seja, construir uma iconografia da história nacional. Para percebermos isso, veremos, na Unidade 1, como Victor Meirelles retratou a primeira missa ocorrida no Brasil. A tela é de 1861 e representa muito mais a intenção do homem do século 19 na construção da história pátria do que o que pode ter se passado naquela primeira missa, ocorrida em 1500. Você poderá observar na tela, por exemplo, que Meirelles mostra os indígenas assombrando-se e admirando-se com a che- gada da cruz e do português ao território “brasileiro” e aceitando- -os pacificamente. Talvez, pacificamente até demais. Na arte do século 19, ainda veremos, pelo menos, mais dois exemplos de como a arte produziu, a partir de seus traços, o ima- ginário em relação ao indígena: com a tela Moema, também de Victor Meirelles, pintada em 1866, e com O Último Tamoio, de Ro- dolfo Amoedo, pintada em 1883. A obra Moema pode ser encontrada no site disponível em: <http://www.masp.art.br/servicoeducativo/ assessoriaaoprofessor-ago06.php>. Acesso em: 26 out. 2010. Já a obra O Último Tamoio pode ser encontrada no site disponível em: <http://www.museuvictormeirelles.org.br/ agenda/2010/oficina_marilizchristo.htm>. Acesso em: 26 out. 2010. Em ambas as obras, o mito do bom selvagem é evocado, bem como a ideia de identidade e de solidariedade entre jesuítas e indígenas. Mas será que essas imagens correspondem à história do índio no Brasil colonial? O encontro entre portugueses e indígenas variou de natu- reza muito rapidamente, segundo as fontes. O encontro descrito por Pero Vaz de Caminha em 1500, como vimos, e a viagem des- crita pelo diário da nau Bretoa em 1511 mostram situações bem © História do Brasil I16 diferentes ao longo dos dez anos iniciais da conquista: enquanto Caminha observou a gentileza e a beleza dos índios – e das índias! –, o diário da nau Bretoa dá conta da leva, para Portugal, de mais de 5.000 toras de pau-brasil, 3.000 peles de onças, 600 araras vivas e 35 escravos índios, oficialmente, os primeiros escravos da nossa história. Durante as três primeiras décadas que seguiram o descobri- mento, a exploração portuguesa na América seguiu, em grande parte, o modelo do qual a nau Bretoa foi exemplo: expedições sis- temáticas para retirar do território a maior quantidade de madeira que fosse possível. Havia, também,algumas expedições de segurança, princi- palmente depois de percebido o interesse francês nas terras re- cém-descobertas. Esse interesse francês deu impulso para que o governo por- tuguês se decidisse pela organização e, depois, pela colonização do território, para que a exploração fosse garantida. Assim, em 1530, deu-se a expedição de Martin Afonso de Souza, que redun- dou na fundação de São Vicente em janeiro de 1532 e na escolha, em março do mesmo ano, do modelo de capitanias hereditárias para a colonização do Brasil. A ideia, que já havia dado certo nos Açores e na Ilha da Ma- deira, era a de dividir a costa brasileira em faixas que variavam entre 30 e 100 léguas e dar aos homens que as governassem pode- res extraordinários, reservando ao rei apenas o direito à suserania, semelhante ao da Europa feudal. Em contrapartida, os donatários deveriam arcar com todas as despesas de ocupação, transporte, exploração e administração das suas faixas de terra. De acordo com Caio Prado Jr. (1999), em História Econômica do Brasil, não aparecendo nenhum grande fi- dalgo interessado na empreitada, as capitanias recaíram sobre 12 indivíduos de pequena expressão econômica e social. Claretiano - Centro Universitário 17© Caderno de Referência de Conteúdo Caio Prado Jr., (1999, p. 31) complementa que: [...] a maior parte deles fracassará na empresa e perderá nelas to- das as suas posses (alguns até a vida), sem ter conseguido estabe- lecer no Brasil nenhum núcleo fixo de povoamento. Apenas dois tiveram sucesso; e um deles foi grandemente auxiliado pelo Rei. De fato, dos 12 homens que aceitaram o desafio, quatro nunca vieram para cá. Dos oito restantes, três morreram sem mui- ta demora, um foi acusado de heresia e mandado para a Inquisi- ção em Portugal, três simplesmente falharam e um teve sucesso: Duarte Coelho, na capitania de Pernambuco. Assim, concordando com Caio Prado Jr. (1999), tivemos, além do sucesso particular de Duarte Coelho, apenas a capitania de São Vicente como sobrevivente, esta que havia sido fundada pela expedição anterior de Martin Afonso de Souza e que nunca mais veria seu donatário. Ainda que somente essas duas capitanias vingassem, seu modelo de exploração da terra alterou a economia e o modo de vida dos envolvidos no processo. Era o início da plantation, basea- da no trabalho escravo e na cultura em larga escala da cana-de- -açúcar. A escolha do açúcar como produto de exploração privilegia- do nas terras da colônia seguiu a mesma lógica da escolha das capi- tanias: era a extensão da lógica portuguesa, já aplicada na Madeira e em Açores, também ao plano econômico. Como a exploração do pau-brasil era monopólio da Coroa, a cana-de-açúcar figurava uma escolha certeira. Mas certeira do ponto de vista estritamente econômico, pois a sua cultura abriu a brecha para a ganância do lucro exagerado e para a devastação das florestas existentes aqui, quer fosse para plantar, quer fosse para fazer arder as fornalhas. Além disso, foi a mola para a exploração em larga escala de indígenas e para o tráfico de homens e mulheres feitos escravos no continente africano e trazidos pra cá para animar esse sistema com seu trabalho compulsório por mais três séculos. © História do Brasil I18 Inicialmente vindos da Guiné, depois, de Angola e, por fim, da Costa da Mina, entre 9 e 13 milhões de africanos embarcaram em seu continente rumo ao Brasil. Um terço nunca chegou; morreu na viagem, vítima de vários tipos de doenças e problemas que poderiam ter a bordo dos na- vios negreiros, conhecidos como tumbeiros. O poeta Castro Alves, em Navio Negreiro, escrito em 1880, lembrou-se desses homens e mulheres, fazendo um ataque à escravidão no Brasil. O verso é sobre a aparência de opulência e festa brasileira, que escondia a vergonha de haver sido criado um país sob o sistema escravista. Existe um povo que a bandeira empresta Pr’a cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia?!... Silêncio!... Musa! chora, chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto... Até agora, falamos das causas que permitiram a Portugal ser pioneiro na expansão marítima e do choque de civilizações do qual resultou o Brasil colonial; choque esse representado pelos portu- gueses, pelos indígenas e pelos africanos. Falamos, também, dos modos de exploração do território, com a extração do pau-brasil e, depois, com o plantio da cana-de- -açúcar. Agora, enfocaremos um produto que, do seu surgimento ao aparente esgotamento de sua extração, mudou a fisionomia da co- lônia: o ouro. Iniciada no final do século 17, a mineração, por todo o século 18, era a atividade econômica mais rentável praticada na colônia, rivalizada apenas pelo próprio tráfico de escravos africanos. De fato, durante todo o século, calcula-se que, aproximada- mente, 850 toneladas de ouro foram extraídas das Minas Gerais brasileiras. Mas você sabe o que foi feito de toda essa riqueza? Claretiano - Centro Universitário 19© Caderno de Referência de Conteúdo De acordo com Caio Prado Jr. (1999, p.57), agora, em sua obra Formação do Brasil Contemporâneo: [...] ao contrário do que se dá na agricultura e em outras atividades da colônia, a mineração foi submetida desde o início a um regime especial de minuciosa e rigorosa disciplina. Disciplina posta em exercício para que a Coroa pudesse ab- sorver essa riqueza. Toda área de mineração, assim que desco- berta, deveria ser anunciada às autoridades locais competentes. Elas faziam a demarcação da área aurífera e dos lotes de minera- ção que seriam distribuídos aos mineradores. Esses lotes de terra eram conhecidos como datas. O descobridor da área era o primeiro a escolher a sua data; a Fazenda Real escolhia em segundo lugar, e essa área seria, depois, vendida em leilão público. Para os demais mineradores presentes, a repartição era feita por sorte, cabendo a cada um uma data cor- respondente ao número de escravos que possuía. O organismo que deveria administrar tudo isso, bem como dar conta dos problemas envolvendo mineradores, era a Intendên- cia de Minas. Todo o ouro extraído das áreas datadas deveria ser levado para as Casas de Fundição; lá, ele seria fundido em barras cunha- das e quintado, ou seja, seria subtraída de seu total a parte fixada pela Coroa como imposto, e, por fim, certificado, isto é, entregue ao portador original com um certificado de sua origem e, é claro, com um aviso de que, desse ouro, já foi tirada a parte da Coroa. Como podemos perceber, as Casas de Fundição e as Inten- dências de Minas eram órgãos bastante centralizadores de poder, pois deveriam lotear as áreas auríferas, administrar o processo, vigiar a extração, legislar e julgar incidentes, além de cobrar os im- postos – o quinto. Mas, de tudo o que deveria fazer, a cobrança do imposto foi no que a Intendência mais se especializou. Veja o que afirmou Caio Prado Jr (1999, p. 58): “[...] os mineiros que se arranjassem lá © História do Brasil I20 como fosse possível, porque em caso contrário havia as derramas, os confiscos, as masmorras do Limoeiro ou as deportações para a costa da África”. Como a Coroa fixava a quantia anual que ansiava receber como quinto, frequentemente, a mineração não extraía ouro o suficiente que chegasse a completar a parte desejada da Coroa portuguesa. Na verdade, Lisboa não era o destino final do ouro, ele apenas passava por lá rumo à Inglaterra, que, por acordos comer- ciais, como o famoso tratado de Methuen, conseguia vender seus produtos a Portugal, literalmente, a peso de ouro. Quando a quantia não era alcançada seguidamente, uma derrama era anunciada, ou seja, a cobrança, de uma vez, dos valo-res atrasados dos quintos dos anos anteriores. Essa cobrança não era feita na Casa de Fundição sobre o ouro extraído, mas, sim, a partir de um senso que indicava os bens em ouro que os morado- res das zonas auríferas possuíam; bens esses que os soldados da Coroa se encarregavam de buscar. Aliás, é importante que você saiba que o mote da Inconfi- dência Mineira foi a declaração de que haveria uma derrama em fevereiro de 1789. A região de Vila Rica, hoje, Ouro Preto, após quase um sé- culo como área de exploração aurífera, portanto, administrada e vigiada pela Intendência de Minas, tornou-se uma sociedade mais burocratizada e, consequentemente, mais urbana: ourives esta- beleciam-se na cidade, bem como toda uma gente que vivia de oferecer aos mineiros o restante da base material que, justamen- te por serem mineiros, não tinham meios de suprir: comerciantes de várias espécies, mercadores, prestadores de serviços, artistas e poetas. Além disso, os filhos das classes abastadas, ligadas à admi- nistração da Coroa, os quais haviam estudado em Coimbra ou na França, chegavam por lá, trazendo consigo as ideias do Iluminismo para dentro da zona aurífera. Claretiano - Centro Universitário 21© Caderno de Referência de Conteúdo Assim, a mistura entre o Iluminismo, às vezes, republicano de alguns mineiros ilustrados, a sua posição hegemônica dentro da estrutura administrativa colonial e a ameaça da Coroa com mais um desmando, cobrando deles e dos demais moradores das Minas pelo ouro não extraído, foram o que forjou a Inconfidência Mineira. A ideia era aproveitar a derrama para promover a revolução. De acordo com o historiador inglês Kenneth Maxwell (1973), seria fundada uma república liberal, cuja capital deveria ser São João del Rey. Tomás Antônio Gonzaga seria o novo presidente, o ferro se- ria explorado para o avanço técnico da nação, o distrito diaman- tino seria liberado, hospitais e universidades seriam criadas, e, quem sabe, até a escravidão seria abolida. Pelo menos, os planos, ainda que vagos, eram esses. No entanto, tendo vazado a ideia de um levante local, a ad- ministração colonial suspendeu a derrama, desarticulando o movi- mento. Depois, os envolvidos começaram a ser acusados e presos; dentre eles, estavam Tomás Antônio Gonzaga e Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Cláudio Manuel da Costa foi encontra- do morto na Casa dos Contos, em Vila Rica, oficialmente tendo se suicidado. Malogrado o levante, restava uma lição a ser dada. Coube a Tiradentes o papel de representar todos os envolvidos na Inconfi- dência, bem como de representar a própria Inconfidência e a sua luta por liberdade no que Boris Fausto (1994) chamou de grande encenação da Coroa, buscando mostrar sua força e desencorajar futuras rebeldias. A única sentença de morte mantida foi a de Tira- dentes, tendo ele sido enforcado e, depois, esquartejado em 1792. As ideias liberais que serviram de inspiração para o movi- mento mineiro foram responsáveis por insuflar outras regiões con- tra os desmandos dos governos absolutistas, como a revolta na Ilha de Santo Domingo, hoje, Haiti, em 1792, e a Revolução Fran- cesa, em 1798. © História do Brasil I22 Tendo saído vitorioso da revolução, Napoleão não tardou a tentar conquistar o restante da Europa, incluindo a Inglaterra. Contra isso, Portugal representava uma importante peça a ser con- trolada, pois, como vimos, os acordos seculares assinados entre Inglaterra e Portugal criavam uma verdadeira brecha inglesa no continente e era preciso fechá-la. Em 1807, as tropas francesas, então aliadas à Espanha, in- vadiram Portugal rumo a Lisboa, com o general francês Junot à frente. A decisão do governo português era dramática: ceder ao bloqueio dos franceses, negando à Inglaterra acesso ao continente europeu, ou ceder aos interesses ingleses, fazendo guerra contra a poderosa França. Sobre essa situação, o historiador David Rabelo (1997) comparou Portugal a um marisco, espremido entre o mar (a Inglaterra) e o rochedo (a França). Obrigado a escolher, optou D. João VI, o príncipe regente, pela vinda da Corte portuguesa para suas terras americanas, o Bra- sil. Com essa saída, Portugal aliava-se definitivamente à Inglaterra e rompia com os franceses. A saída, no entanto, mantinha o que Portugal tinha de essen- cial, pois a Coroa portuguesa permanecia sobre uma cabeça portu- guesa, e as terras do Brasil não passavam para o domínio nem de ingleses nem de franceses. O embarque é famoso: em três dias, quase 15 mil pessoas embarcaram em naus da Coroa e da Inglaterra, bem como em ou- tras tantas embarcações particulares que se amontoavam no por- to de Lisboa. Uns dizem que D. João embarcou na calada da noite, outros dizem que o fez disfarçado. O certo, em ambos os casos, é que a última coisa que D. João podia querer era chamar a atenção dos que ficariam em terra. Chegando ao Rio de Janeiro, D. João não encontrou, de cer- to, uma capital propriamente dita: era uma cidade portuária, sem Claretiano - Centro Universitário 23© Caderno de Referência de Conteúdo infraestrutura básica adequada, que, literalmente, da noite para o dia, se viu acrescida de 15.000 habitantes e foi alçada à sede admi- nistrativa do reino. A adaptação não foi fácil: um presídio virou palácio, e alguns moradores tiveram suas casas desapropriadas para se tornarem moradia dos que chegavam; ademais, foram abertos jornais (A Ga- zeta do Rio de Janeiro), teatros, bibliotecas, academias literárias e científicas, bancos e, também, o Jardim Botânico. Os portos foram abertos para o comércio com as nações ami- gas, ou seja, com a Inglaterra, mas, desse fato, também tirou o Rio de Janeiro seus benefícios. Como principal porto e com a sede da monar- quia, a população do Rio de Janeiro nos anos imediatamente poste- riores à vinda da Corte viu-se dobrar de 50 para 100 mil pessoas. Um núcleo urbano considerável, como o Brasil nunca havia visto, foi formado, o que não quer dizer que o convívio entre cario- cas e lusitanos fosse absolutamente pacífico: para os portugueses, era apenas a colônia vestida de metrópole. Essa posição ficaria mais clara na medida em que a Europa se livrava do furacão napoleônico. Muitos portugueses desejavam aproveitar essa oportunidade para promover a restauração do país à situação anterior à vinda da Corte para o Rio. Mas as transformações ocorridas na cidade e no povo, no en- tanto, não davam mais espaço para retrocessos. Vamos ver como Boris Fausto (1994, p. 129) estabeleceu essa ideia: [...] a independência se explica por um conjunto de fatores, tanto internos como externos, mas foram os ventos trazidos de fora que imprimiram aos acontecimentos um rumo imprevisto pela maioria dos atores envolvidos, em uma escalada que passou da defesa da autonomia brasileira à idéia de independência. Esses ventos de fora foram a queda de Napoleão e, também, a Revolução Liberal do Porto, ocorrida em Portugal em 1820. © História do Brasil I24 Com a vinda da Corte, Portugal entrou numa grave crise que se expressava de diversas formas: crise econômica pela falta de co- mércio com o Brasil, crise política pela ausência do governo central e crise militar, já que foi um marechal inglês quem deu as cartas em Portugal na ausência do rei. O caráter da Revolução do Porto, no Brasil, era contraditório: de um lado, questionavam-se os aspectos absolutistas do gover- no, exigindo que se elaborasse uma Constituição; de outro lado, ansiava-se pelo retorno do Rei e, com ele, de todo um status que era vigente dez anos antes. D. João VI, com receio de também perder o status de rei em Portugal, regressou em 1821 e levou consigo parte dos portugue- ses que vieram com ele. No Brasil, ficou seu filho Pedro como re- gente. Nesse mesmo ano, em Lisboa, são formadas as
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