Buscar

Meios Adequados para soluções de conflitos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MASC 
ASPECTOS SÓCIO-HISTÓRICOS
aula 3 - 25/02/2019
Ms. Ana Catão
Universidade São Judas Tadeu
 
UMA MUDANÇA CULTURAL PROFUNDA
um novo cenário jurídico
Crise da Modernidade… Crise do Estado / Crise da Democracia / Crise do 
Poder Judiciário
NO DIREITO, abre-se espaço para: 
- Ampliação da concepção de Acesso à Justiça
- Valorização do pluralismo jurídico
- Entronização de uma cultura de afirmação dos Direitos Humanos no 
cotidiano (via da Educação em Direitos Humanos)
- Descentralização: política, corporações de ofício, organizações sociais, 
igreja, universidades
Poder difuso, presente em vários setores reflete no sistema normativo, 
nas formas de controle social.
- Convivência de vários sistemas jurídicos (dir. romano, canônico, dos 
senhores feudais, dos mercadores…)
- Sociedade verticalizada (fé e revelação, verdade dogmática)
Fatores que contribuem para o surgimento da modernidade diante dessa 
sociedade fragmentada e pluralista
- quebra de paradigma na astronomia (do geo ao heliocentrismo)
- valorização da racionalidade cartesiana, a dúvida como método de 
produção do conhecimento (matriz da produção das verdades 
científicas)
- ciências naturais (do teocentrismo ao antropocentrismo / dignidade do 
ser humano, sujeito razão passa a ser grande ator da história)
Cultura jurídica antes da modernidade européia - 
Idade Média
Vetores do pensamento moderno
- Reforma protestante (livre pensamento, acesso direto à verdade, 
recompensa na terra / individualismo e competitividade)
- Humanismo renascentista (foco na dignidade do homem)
- Revoluções burguesas (restringem poder do soberano e garantem 
direitos aos cidadãos) 
Teoria do contrato social para explicar origem da sociedade humana 
(reunião dos homens, e não criação de Deus)
- Iluminismo (enciclopedistas sec XVIII)
Estrutura-se uma cultura jurídica centralizadora em que tradições e 
costumes (direito consuetudinário) perdem espaço para o direito legislado.
→ O Estado, que representa vontade popular (burocracia), é poder político 
centralizado, fonte do direito (monismo jurídico).
Cultura jurídica da modernidade européia
Valor da Justiça perde centralidade para o valor da Segurança jurídica 
(certeza, estabilidade, previsibilidade)
Violência do Estado é legitimada (apenas essa)
Criam-se atores secularizados para cuidar da Justiça (burocracia vinculada 
ao Estado e autônoma)
Pilares sociais dessa cultura jurídica moderna:
- capitalismo (fator economico)
- burguesia de classe média (agentes sociais)
- liberalismo - valor central da liberdade (visão de mundo)
- Estado Nação - agente legítimo produtor de juridicidade (estrutura do 
poder)
→ mundo moderno = mundo da codificação (Direito Estatal)
monismo (XVIII-XIX): Estatalidade, Unicidade, Positividade
Cultura jurídica da modernidade européia
Crise: colapso de um modelo histórico / disfuncionalidade de um 
sistema/ contradições estruturais de uma dada sociedade
Krisis/ crivo/ peneira → possibilidade de fazer novas escolhas
Cenário 
- crise de legitimidade do Estado
- poder judiciário que não oferece mais previsibilidade/estabilidade
- Justiça estatal não consegue responder às demandas da coletividade
Paradigma: cjto de verdades temporárias de uma configuração histórica, 
que atende às necessidades humanas daquela configuração de forças.
A constelação de crenças, valores, técnicas, etc..., 
partilhadas pelos membros de uma comunidade 
determinada (Thomas Kuhn)
Crise da Modernidade - Novos paradigmas
Mesmo o Direito Moderno não é produto apenas dos códigos e da 
interpretação dos juízes no tribunal.
É produto de uma sociedade de lutas, de processos históricos
Desde década de 70
Busca por formas, mais céleres, menos burocráticas, mais flexíveis, mais 
informais, mais efetivas de se fazer Justiça.
→ surge a necessidade de contemporizar segurança e flexibilidade
Revisitação de formas de se fazer justiça de povos originários
Validação de normatividades não oficiais
Crise do Direito Moderno - Novos paradigmas
- Há múltiplas manifestações normativas 
existentes na sociedade;
- Que podem, ou não, ser reconhecidas pelo 
Estado / Poder político;
- Podem ou não estar em conflito
- Expressam necessidades humanas, de 
coletividades (existenciais, econômicas, 
políticas, …);
- Anti-monista centralizador absoluto: há gama 
de normatividades (estatal e da sociedade) que 
promovem controle social.
Pluralismo Jurídico 
Alternativa ao individualismo fragmentário, 
atomístico
- sentido estrito, sentido amplo, sentido 
integrado;
- acesso à tutela jurisdicional
- justiça social
- escopo jurídico, social e político (acesso à 
info/orientação jurídica e todos os MASC) = 
acesso à ordem jurídica justa)
- 3 ondas renovatórias (Cappelletti e Garth):
1 - assist jud aos pobres
2 - interesses difusos e coletivos
3 - técnicas processuais adequadas e formação 
dos operadores do direito (Economides)
Acesso à Justiça 
acesso à ordem jurídica justa, um direito 
fundamental (ART. 5º, XXXV)
Desde o início da década de 1980, quando o sistema processual brasileiro 
passou por grandes e revolucionárias transformações, com a criação dos 
Juizados Especiais de Pequenas Causas (1984) e a aprovação da Lei da Ação 
Civil Pública (1985) — com posterior aprovação do Código de Defesa do 
Consumidor (1990), que trouxe no campo processual grandes inovações, 
em especial a disciplina mais completa e o aperfeiçoamento das ações 
coletivas —, o conceito de acesso à justiça passou por uma importante 
atualização: deixou de significar mero acesso aos órgãos judiciários para a 
proteção contenciosa dos direitos para constituir 
 acesso à ordem jurídica justa.
KAZUO WATANABE
Acesso à Justiça 
acesso à ordem jurídica justa, um direito 
fundamental (ART. 5º, XXXV)
Vem se entendendo que o papel do Judiciário não se deve 
limitar à solução dos conflitos de interesses, em atitude 
passiva e pelo clássico método da adjudicação por meio de 
sentença, cabendo-lhe utilizar todos os métodos adequados de 
solução das controvérsias, em especial os métodos de solução 
consensual, e de forma ativa, com organização e oferta de 
serviços de qualidade para esse fim. A mediação e a 
conciliação passaram, assim, a integrar o instrumental do 
Judiciário
KAZUO WATANABE
Acesso à Justiça 
acesso à ordem jurídica justa, um direito 
fundamental (ART. 5º, XXXV)
A justiça é “obra coletiva”, na precisa afirmativa do 
magistrado e professor Dr. José Nalini, não somente no 
sentido de que, na organização do Judiciário e nos serviços por 
ele prestados na solução dos conflitos de interesses no plano 
judicial, deve haver a participação das próprias partes e de 
toda a sociedade, e não apenas do Estado, como também 
no sentido de que a própria sociedade, por suas instituições, 
organizações e pessoas responsáveis, também deve organizar 
e oferecer os serviços adequados de prevenção e solução 
dos conflitos de interesses. KAZUO 
WATANABE
Acesso à Justiça 
acesso à ordem jurídica justa, um direito 
fundamental (ART. 5º, XXXV)
Insuficiência da mera declaração de direitos. 
Deseja-se a sua efetivação - concretização da 
dignidade da pessoa humana e do respeito 
mútuo.
Democratizar a democracia - entronização de 
uma cultura de participação (democratização 
do saber poder)
Direitos Humanos
princípio de ação
A prática judicial, ao racionalizar dogmaticamente 
os conflitos subjetivos, recria-os em termos 
dessubjetivados, dando corpo aos conflitos 
jurídicos, chamados litígios
1. Desapropriação do próprio discurso, 
transformado em jargão jurídico 
(dessubjetivação/objetivação)
2. Conformação do conflito à norma jurídica 
(positivismo)
3. Imposição de uma temporalidadeprópria, 
burocrática, que afasta a emissão e a recepção 
dos discursos (formalismo/burocracia)
De um paradigma formalista a um paradigma relacional
A prática judicial, ao racionalizar dogmaticamente 
os conflitos subjetivos, recria-os em termos 
dessubjetivados, dando corpo aos conflitos 
jurídicos, chamados litígios
4. O dever de prova e de atendimento a
formalidades processuais varre aspectos mais 
subjetivos do discurso conflitivo trazido 
inicialmente pelas partes 
(formalismo/dessubjetivação)
5. Há transferência do ato decisório (cultura de 
sentença)
De um paradigma formalista a um paradigma relacional
- participação
- autonomia
- acertamento horizontal e pluralista
- definição do justo de acordo com os envolvidos 
/ atendimento às necessidades mútuas
- relação pessoal com a norma 
- interpessoalidade / solidariedade
- saber compartilhado
- funcionamento em redes complexas
Ocasiona/reforça a construção de uma ética 
relacional e coletiva.
De um paradigma formalista a um paradigma relacional
Referências Bibliográficas
● CAPPELLETTI, Mauro e GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Trad. Ellen Gracie 
Northfleet. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor, 1988.
● ECONOMIDES, Kim. Lendo as ondas do “Movimento de Acesso à Justiça”: 
epistemologia versus metodologia? CIDADANIA, justiça e violência/ Organizadores 
Dulce Pandolfi…[et al]. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getulio Vargas, 1999. 
Disponível em:
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/6742/39.pdf?sequence=1&isAllowed=y
● KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 
2005.
● SADEK, Maria Teresa. Direitos e sua concretização - judicialização e meios 
extrajudiciais. Disponível em:
http://ec2-34-201-249-83.compute-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2017/04/CadernosFGVProjet
os_30_solucaodeconflitos.pdf 
● WATANABE, Kazuo. Depoimento. Disponível em:
http://ec2-34-201-249-83.compute-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2017/04/CadernosFGVProjet
os_30_solucaodeconflitos.pdf 
● WOLKMER,. Pluralismo Jurídico.Disponível em:
http://www.forumjustica.com.br/wp-content/uploads/2013/02/Antonio-Carlos-Wolkmer-Pluralismo-juridic
o.pdf

Outros materiais