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organização de politicas da saúde - SUS - PROGRAMAS E ESTRATÉGIAS

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SUS: Programas e Estratégias
http://portalms.saude.gov.br
http://dab.saude.gov.br/portaldab/index.php
Programas e Estratégias
1. Estratégia De Saúde Da Família;
2. Núcleo De Apoio À Saúde Da Família;
3. Política Nacional De Saúde Mental;
4. Rede De Atenção Psicossocial - RAPS;
5. Consultório Na Rua;
6. Serviço De Assistência Domiciliar;
7. Academia Da Saúde;
8. HumanizaSus;
9. Práticas Integrativas E Complementares;
Programas e Estratégias
10. Rede Cegonha;
11. Programa Saúde Na Escola (PSE);
12. Politica Nacional De Alimentação;
13. Política Nacional De Saúde Bucal - Brasil Sorridente;
14. Política Nacional Da Saúde Dos Povos Indígenas;
15. Política Nacional De Saúde Integral Da População Negra;
16. Atenção Integral À Saúde Das Pessoas No Sistema Prisional;
17. Telessaúde Brasil Redes;
18. Sistema De Informação (DATASUS).
Conceitos:
A política: está consolidada em princípios e diretrizes gerais, de caráter estratégico ou gerencial. Geralmente é tranversalizada em todo o sistema. Construção da agenda estratégica contendo a identificação dos problemas prioritários de alcance geral (sistêmicos) e elaboração do plano propriamente dito.
Estratégia: planejamento que permite avaliar as fragilidades da gestão orientando os ajustes necessários.
Plano: se reporta a ações concretas que objetivam estabelecer, na prática, o relacionamento estado com os públicos estratégicos.
Rede: define um conjunto de entidades (objetos, pessoas, etc.) Interligados uns aos outros. Assim sendo, uma rede permite circular elementos materiais ou imateriais entre cada uma destas entidades, de acordo com regras bem definidas.
1. Estratégia de saúde da família;
A estratégia saúde da família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no país, de acordo com os preceitos do sistema único de saúde. É tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. 
Busca promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação e o uso de tabaco. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como uma porta de entrada do sistema único de saúde (SUS). 
Uma equipe multiprofissional (equipe de saúde da família – ESF) composta por, no mínimo:
médico generalista, ou especialista em saúde da família, ou médico de família e comunidade; 
enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família; 
auxiliar ou técnico de enfermagem; 
agentes comunitários de saúde. 
Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em saúde bucal. 
É prevista, ainda, a implantação da estratégia de agentes comunitários de saúde nas unidades básicas de saúde como uma possibilidade para a reorganização inicial da atenção básica com vistas à implantação gradual da ESF ou como uma forma de agregar os agentes comunitários a outras maneiras de organização da atenção básica. 
Cada equipe de saúde da família (ESF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe. 
2. Núcleo de apoio à saúde da família - NASF
O NASF é uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das equipes saúde da família, das equipes de atenção básica para populações específicas, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes.
Criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, o NASF deve buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do sus, principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários e ambientais dentro dos territórios.
Os núcleos de apoio à saúde da família (NASF) foram criados pelo ministério da saúde, em 2008, com o objetivo de apoiar a consolidação da atenção básica no brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações.
Atualmente, regulamentados pela portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, os núcleos são compostos por equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes de saúde da família (ESF), as equipes de atenção básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o programa academia da saúde.
Esta atuação integrada permite realizar discussões de casos clínicos, possibilita o atendimento compartilhado entre profissionais, tanto na unidade de saúde, como nas visitas domiciliares; permite a construção conjunta de projetos terapêuticos de forma que amplia e qualifica as intervenções no território e na saúde de grupos populacionais. Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco prioritário nas ações de prevenção e promoção da saúde.
Através da portaria 3.124, de 28 de dezembro de 2012, abriu-se a possibilidade de qualquer município do Brasil faça implantação de equipes NASF, desde que tenha ao menos uma equipe de saúde da família. 
Composição da equipe
A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas. Poderão compor a equipe os seguintes profissionais:
Médico acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.
3. Política nacional de saúde mental
A política nacional de saúde mental, apoiada na lei 10.216/01, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária, ou seja, uma mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade.
Conforme esta lei, todos os pacientes que padecem de transtornos mentais têm direito a ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, adequado às suas necessidades, bem como ser tratado com humanidade e respeito, e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade. Os pacientes deverão ser protegidos contra qualquer forma de abuso e exploração, tendo garantia de sigilo e respeito de sua doença.
Em dezembro de 2016 o governo de Michel Temer editou essa lei, criando um perigoso precedente para o ressurgimento do modelo manicomial.
Niveisde Complexidade
Nível Primário:
Unidade Básica de Saúde
 
Nível Secundário:
- Assistência Multidisciplinar de Média Complexidade em Saúde Mental (AMENT)
- Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
- Serviços de Urgência e Emergência
Nível Terciário:
- Hospitais Gerais
- Hospitais
Psiquiátricos Especializados
Serviços com Fins à Saúde:
- Unidade de Acolhimento (UA)
- Serviço Residencial Terapêutico (SRT)
- Comunidade Terapêutica
Programas Prioritários
 
 
Álcool e drogas:
Modelo de Cuidado
-Equipe de Consultório na Rua
- CAPS ADR (localizado na “cena de uso”)
- CAPS AD ou CAPS AD III
- Internação Hospitalar
- Comunidade Terapêutica
- Unidade de Acolhimento (UA)
 
Prevenção ao Suicídio:
 
-Repasse de Recursos para ProjetosIndividualizados para estados mais afetados
-Repasse de Recursos Centro de Valorização da Vida (CVV) 
Dica → assista aos filmes:
- O Holocausto Brasileiro 
- Bicho de sete Cabeças
4. Rede de Atenção Psicossocial - RAPS
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) foi instituída pela portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011, que traz o modelo de atenção em saúde mental a partir do acesso, na promoção de direitos das pessoas baseada na convivência dessas pessoas dentro da sociedade.
Além de mais acessível, essa política apresenta melhores resultados, inclusive na promoção dos direitos das pessoas que necessitam de cuidados de Saúde Mental. A rede ainda tem como objetivo articular ações e serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade.
Todos os serviços da RAPS são públicos e ampliam o acesso da população à atenção psicossocial através do acolhimento, acompanhamento contínuo e atenção às urgências e emergências, de forma a promover vínculos e garantir os direitos das pessoas que precisam de tratamento.
Na atenção básica, aqueles que têm necessidade de atendimento devido a transtornos mentais e/ou uso decorrente de álcool e outras drogas podem receber atendimento tanto nas unidades básicas de saúde, como nos núcleos de apoio à saúde da família e consultórios na rua. Isso permite um primeiro acesso ao sistema de saúde antes de um encaminhamento para os demais serviços que compõe a rede de atenção.
Diretrizes:
Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o exercício da cidadania;
Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as estratégias de cuidado com participação e controle social dos usuários e de seus familiares;
Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, incluídos os decorrentes do uso de substâncias psicoativas.
Objetivos:
Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;
Promover a vinculação das pessoas em sofrimento/transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção;
Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.
Requisitos:
Para ser instituída, a região de saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de:
I - atenção primária;
I - urgência e emergência;
III - atenção psicossocial;
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; eV - vigilância em saúde.
Rede de atenção à saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde.
5. Consultório na rua:
A estratégia consultório na rua foi instituída pela política nacional de atenção básica, em 2011, e visa ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, ofertando, de maneira mais oportuna, atenção integral à saúde para esse grupo populacional, o qual se encontra em condições de vulnerabilidade e com os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados. 
Chamamos de consultório na rua equipes multiprofissionais que desenvolvem ações integrais de saúde frente às necessidades dessa população. Elas devem realizar suas atividades de forma itinerante e, quando necessário, desenvolver ações em parceria com as equipes das unidades básicas de saúde do território. 
Ressalta-se que a responsabilidade pela atenção à saúde da população em situação de rua como de qualquer outro cidadão é de todo e qualquer profissional do sistema único de saúde, mesmo que ele não seja componente de uma equipe de consultório na rua (ECR). 
Desta forma, em municípios ou áreas em que não haja ECR, a atenção deverá ser prestada pelas demais modalidades de equipes da atenção básica. É importante destacar, ainda, que o cuidado em saúde da população em situação de rua deverá incluir os profissionais de saúde bucal e os NASF do território onde essas pessoas estão concentradas. 
Dica: 
Assista ao vídeo “A rua não é um mundo fora do nosso mundo”, disponível em < https://www.Youtube.Com/watch?V=ek9iwtv3hig>
6. Serviço de Assistência Domiciliar;
A atenção domiciliar (AD) é uma forma de atenção à saúde, oferecida na moradia do paciente e caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada à rede de atenção à saúde.
Com abordagens diferenciadas, esse tipo de serviço está disponível no sistema único de saúde (SUS). De acordo com a necessidade do paciente, esse cuidado em casa pode ser realizado por diferentes equipes. Quando o paciente precisa ser visitado com menos frequência, por exemplo, uma vez por mês, e já está mais estável, este cuidado pode ser realizado pela equipe de saúde da família/atenção básica de sua referência. Já os casos de maior complexidade são acompanhados pelas equipes multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e de apoio (EMAP), do Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) – melhor em casa.
A atenção domiciliar proporciona ao paciente um cuidado ligado diretamente aos aspectos referentes à estrutura familiar, à infraestrutura do domicílio e à estrutura oferecida pelos serviços para esse tipo de assistência. Dessa forma, evita-se hospitalizações desnecessárias e diminui o risco de infecções. Além disso, melhora a gestão dos leitos hospitalares e o uso dos recursos, bem como diminui a superlotação de serviços de urgência e emergência. O serviço de atendimento domiciliar, por meio do programa melhor em casa, é composto por diversos profissionais da saúde, que realizam atendimento no domicílio das pessoas que necessitam de cuidados de saúde mais intensivos. O acesso ao SAD é geralmente feito no hospital em que o usuário estiver internado ou ainda por solicitação da equipe de saúde da família/atenção básica ou da unidade de pronto atendimento (UPA).
Programa Melhor em Casa
Os pacientes que precisam de equipamentos e outros recursos de saúde e demandam maior frequência de cuidado, com acompanhamento contínuo, também podem ser assistidos pelo programa “melhor em casa”.
O melhor em casa é um serviço indicado para pessoas que apresentam dificuldades temporárias ou definitivas de sair do espaço da casa para chegar até uma unidade de saúde, ou ainda para pessoas que estejam em situações nas quais a atenção domiciliar é a mais indicada para o seu tratamento. A Atenção Domiciliar visa proporcionar ao paciente um cuidado mais próximo da rotina da família, evitando hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de infecções, além de estar no aconchego do lar.
O atendimento é realizado por equipes multidisciplinares, formadas prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta ou assistente social.
Outros profissionais (fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e farmacêutico) poderão compor as equipes de apoio. Cada equipe poderá atender, em média, 60 pacientes, simultaneamente.
7. Academia da saúde;
Programa academia da saúde é uma estratégia de promoção
da saúde e produção do cuidado para os municípios brasileiros que foi lançado em 2011. Seu objetivo é promover práticas corporais e atividade física, promoção da alimentação saudável, educação em saúde, entre outros, além de contribuir para a produção do cuidado e de modos de vida saudáveis e sustentáveis da população. Para tanto, o programa promove a implantação de polos do Academia da Saúde, que são espaços públicos dotados de infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados.
Atualmente é regido pelas portarias nº 1.707/GM/MS, de 23 de setembro de 2016, e nº 2.681/GM/MS, de 7 de novembro de 2013.
Programa academia da saúde adota uma concepção ampliada de saúde e estabelece como ponto de partida o reconhecimento do impacto social, econômico, político e cultural sobre a saúde. Por isso, apesar do nome, o programa não se restringe a realização de práticas corporais e atividades físicas e promoção da alimentação saudável. Mais do que isso, os polos foram concebidos como espaços voltados ao desenvolvimento de ações culturalmente inseridas e adaptadas aos territórios locais e que adotam como valores norteadores de suas atividades o desenvolvimento de autonomia, equidade, empoderamento, participação social, entre outros. 
A portaria nº 2.681 estabelece oito eixos em torno dos quais as atividades do polo devem ser desenvolvidas: práticas corporais e atividades físicas, promoção da alimentação saudável, mobilização da comunidade, educação em saúde, práticas artísticas e culturais, produção do cuidado e de modos de vida saudável, práticas integrativas e complementares, e planejamento e gestão.
ão se trata de um serviço isolado: o programa faz parte da estrutura organizacional das redes de atenção à saúde (RAS), como componente da atenção básica e, por isso, funciona também como porta de entrada no SUS.
De acordo com meta estabelecida no plano plurianual 2016-2019, o ministério da saúde deve custear 3.500 polos do programa academia da saúde. Trata-se de uma política pública capilarizada no território, visto que já alcançou cerca de 2.900 municípios brasileiros, de todas as unidades da federação, o que indica o compromisso do estado brasileiro com a promoção da saúde e de modos de vida saudáveis e sustentáveis em todo o território nacional.
8. HumanizaSus;
A política nacional de humanização (PNH), como política transversal ao SUS perpassa diferentes ações, políticas públicas e instâncias gestoras, foi constituída em 2003 e tem como foco a efetivação dos princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no brasil.
A PNH é vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS) e conta com uma equipe técnica sediada em Brasília, que realiza apoio técnico ao território através das secretarias estaduais de saúde por meio de acompanhamento aos projetos de implementação da PNH, que considera a análise dos problemas e desafios visando mudanças no modelo de atenção e gestão e sua indissociabilidade, tendo como foco as necessidades dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo de trabalho em saúde, valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho.
Objetivo:
A valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores. Fomento da autonomia e do protagonismo dos sujeitos e dos coletivos envolvidos no processo de saúde, visando aumento do grau de co-responsabilização, humanização da gestão e participação dos trabalhadores nos processos de decisão e estabelecimento de vínculos solidários na produção de saúde em rede.
Princípios:
Transversalidade
Indissociabilidade entre atenção e gestão
Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos
Método da Tríplice Inclusão:
Inclusão dos diferentes sujeitos (gestores, trabalhadores e usuários) no sentido da produção de autonomia, protagonismo e corresponsabilidade. 
- Modo de fazer: rodas;
Inclusão dos analisadores sociais ou, mais especificamente, inclusão dos fenômenos que desestabilizam os modelos tradicionais de atenção e de gestão, acolhendo e potencializando os processos de mudança. 
- Modo de fazer: análise coletiva dos conflitos, entendida como potencialização da força crítica das crises.
Inclusão do coletivo seja como movimento social organizado, seja como experiência singular sensível (mudança dos perceptos e dos afetos) dos trabalhadores de saúde quando em trabalho grupal. 
- Modo de fazer: fomento das redes.
9. Práticas integrativas e complementares (PIC):
A política nacional de práticas integrativas e complementares (PNPIC) contempla as áreas de homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, medicina tradicional chinesa/acupuntura, medicina antroposófica e termalismo social – crenoterapia, promovendo a institucionalização destas práticas no Sistema Único de Saúde (SUS). 
Objetivos:
Incorporar e implementar as práticas integrativas e complementares no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada ao cuidado continuado, humanizado e integral em saúde;
Contribuir ao aumento da resolubilidade do sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso;
Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades e;
Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde.
1. Estruturação e fortalecimento da atenção em PIC no sus;
2. Desenvolvimento de estratégias de qualificação em PIC para profissionais o SUS, em conformidade com os princípios e diretrizes estabelecidos para educação permanente;
3. Divulgação e informação dos conhecimentos básicos da PIC para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS, considerando as metodologias participativas e o saber popular e tradicional;
4. Estímulo às ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações;
5. Fortalecimento da participação social;
6. Provimento do acesso a medicamentos homeopáticos e fitoterápicos na perspectiva da ampliação da produção pública, assegurando as especificidades da assistência farmacêutica nestes âmbitos na regulamentação sanitária;
7. Garantia do acesso aos demais insumos estratégicos da PNPIC, com qualidade e segurança das ações;
8. Incentivo à pesquisa em PIC com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados;
9. Desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação da PIC, para instrumentalização de processos de gestão;
10. Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências da PIC nos campos da atenção, da educação permanente e da pesquisa em saúde;
11. Garantia do monitoramento da qualidade dos fitoterápicos pelo sistema nacional de vigilância sanitária.
10. Rede Cegonha:
A rede cegonha é uma estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida. 
Tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes. A proposta qualifica os serviços ofertados pelo sistema único de saúde (SUS) no planejamento familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério (28 dias após o parto).
Centros De Parto Normal
Entre as ações da rede cegonha está a implantação de Centros De Parto Normal (CPN), onde a mulher é acompanhada por uma enfermeira obstetra, num ambiente preparado para que possa exercer as suas escolhas, como se movimentar livremente, ter acesso a métodos não farmacológicos de alívio da dor, como o Centro Sofia Feldman, em Belo Horizonte. Os
centros de parto normal funcionam em conjunto com as maternidades para humanizar o parto, oferecendo às gestantes um ambiente mais adequado, privativo e um atendimento centrado na mulher e na família.
Outras ações: 
Casas da gestante, bebê e puérpera (CGBP), um espaço intermediário para aquelas mulheres e bebês que precisam de cuidados especiais, necessitando estar próximo ao hospital, mas não internadas. 
Ampliação e qualificação de leitos para gestantes de alto risco, UTI e UCI neonatal. Desde 2011, foram ampliados e qualificados 9.119 leitos nessas modalidades, garantindo que mulheres e bebês tenham cuidado adequado na hora do parto.
Formação e capacitação de enfermeiras obstétricas. 
 Planejamento reprodutivo: o acesso a vasectomias e a laqueaduras pelo sistema único de saúde (sus), além da compra e distribuição gratuita de diversos métodos contraceptivos. 
11. Programa Saúde Na Escola (PSE);
O programa saúde na escola (PSE), política intersetorial da saúde e da educação, foi instituído em 2007. 
As políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral dos estudantes da rede pública de ensino. 
Podem participar todas as equipes de atenção básica.
As ações foram expandidas para as creches e pré-escolas, assim todos os níveis de ensino passam a fazer parte do programa. 
A proposta do PSE é centrada na gestão compartilhada por meio dos Grupos De Trabalho Intersetoriais (GTI), numa construção em que tanto o planejamento quanto a execução, monitoramento e a avaliação das ações são realizados coletivamente, de forma a atender às necessidades e demandas locais. O trabalho no GTI pressupõe, dessa forma, interação com troca de saberes, compartilhamento de poderes e afetos entre profissionais da saúde e da educação, educandos, comunidade e demais redes sociais.
Os GTIs devem ser compostos por, pelo menos, um representante da secretaria de saúde e um da secretaria de educação e, facultativamente, por outros parceiros locais representantes de políticas públicas e/ou movimentos sociais (cultura, lazer, esporte, transporte, planejamento urbano, sociedade civil, setor não governamental, entre outros), assim como pelos educandos. 
12. Politica Nacional De Alimentação;
A política nacional de alimentação e nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999, integra os esforços do estado brasileiro que, por meio de um conjunto de políticas públicas, propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação.
A população brasileira, nas últimas décadas, experimentou grandes transformações sociais que resultaram em mudanças no seu padrão de saúde e consumo alimentar. Essas transformações acarretaram impacto na diminuição da pobreza e exclusão social e, consequentemente, da fome e desnutrição. Por outro lado, observa-se aumento vertiginoso do excesso de peso em todas as camadas da população, apontando para um novo cenário de problemas relacionados à alimentação e nutrição. A completar-se dez anos de publicação da PNAN, deu-se início ao processo de atualização e aprimoramento das suas bases e diretrizes, de forma a consolidar-se como uma referência para os novos desafios a serem enfrentados no campo da alimentação e nutrição no sistema único de saúde. 
PROPÓSITO: melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. 
Diretrizes:
1. Organização da atenção nutricional; 
2. Promoção da alimentação adequada e saudável; 
3. Vigilância alimentar e nutricional; 
4. Gestão das ações de alimentação e nutrição; 
5. Participação e controle social; 
6. Qualificação da força de trabalho; 
7. Controle e regulação dos alimentos; 
8. Pesquisa, inovação e conhecimento em alimentação e nutrição; 
9. Cooperação e articulação para a segurança alimentar e nutricional.
13. Política Nacional De Saúde Bucal: 	Brasil Sorridente;
O brasil sorridente - Política Nacional De Saúde Bucal - é o programa do Governo Federal que tem mudado a atenção da saúde bucal no brasil. De modo a garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população brasileira, o Brasil Sorridente reúne uma série de ações para ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito, por meio do sistema único de saúde (SUS). 
Linhas de atuação:
Reorganização da atenção básica em saúde bucal, principalmente com a implantação das equipes de saúde bucal na estratégia saúde da família;
Ampliação e qualificação da atenção especializada, em especial com a implantação de centros de especialidades odontológicas e laboratórios regionais de próteses dentárias. Na atenção especializada encontra-se também a assistência hospitalar. 
O brasil sorridente contempla ainda o brasil sorridente indígena e apresenta interface com outras ações desenvolvidas pelo ministério da saúde, como o programa Saúde na Escola, Brasil sem Miséria, Plano Nacional para Pessoas com Deficiência, qualificação profissional e científica e fluoretação das águas de abastecimento público.
14. Política Nacional Da Saúde Dos Povos Indígenas:
O departamento de atenção à saúde indígena (DASI) tem a missão de planejar, coordenar e supervisionar as atividades de atenção integral à saúde dos povos indígenas; 
orientar e apoiar a implementação de programas de atenção à saúde para a população indígena, segundo diretrizes do sistema único de saúde (SUS); 
planejar, coordenar e supervisionar as atividades de educação em saúde nos distritos sanitários especiais indígenas (DSEIS); 
coordenar a elaboração de normas e diretrizes para a operacionalização das ações de atenção à saúde nos DSEIS; 
prestar assessoria técnica às equipes no desenvolvimento das ações de atenção à saúde; 
apoiar a elaboração dos planos distritais de saúde indígena e coordenar as ações de edificações e saneamento ambiental no âmbito dos distritos sanitários especiais indígenas.
Dados da população indígena: 
15. Política Nacional De Saúde Integral Da População Negra:
A política nacional de saúde integral da população negra é uma resposta do ministério às desigualdades em saúde que acometem esta população e reconhecimento de que as suas condições de vida resultam de injustos processos sociais, culturais e econômicos presentes na história do país. 
Nossa história, construída sobre as bases da desigualdade, impôs à população negra o lugar das classes sociais mais pobres e de condições mais precárias. Apesar da abolição oficial da escravatura dos povos africanos e seus descendentes, não há como negar que persiste ainda hoje, na nossa sociedade, um racismo silencioso e não declarado.
PROPÓSITO: garantir maior igualdade no que tange à efetivação do direito humano à saúde, em seus aspectos de promoção, prevenção, atenção, tratamento e recuperação de doenças e agravos transmissíveis e não transmissíveis, incluindo aqueles de maior prevalência nesse segmento populacional.
Diretrizes Gerais
I - inclusão dos temas racismo e saúde da população negra nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social na saúde; 
II - ampliação e fortalecimento da participação do movimento social negro nas instâncias de controle social das políticas de saúde, em consonância com os princípios da gestão participativa do SUS, adotados no pacto pela saúde; 
III - incentivo à produção do conhecimento científico e tecnológico em saúde da população negra; 
IV - promoção do reconhecimento dos saberes e práticas populares de saúde, incluindo aqueles preservados pelas religiões de matrizes africanas; 
V - implementação do processo de monitoramento e avaliação das ações pertinentes ao combate ao racismo e à redução das desigualdades étnico-raciais no campo da saúde nas distintas esferas de governo;
 VI - desenvolvimento de processos
de informação, comunicação e educação, que desconstruam estigmas e preconceitos, fortaleçam uma identidade negra positiva e contribuam para a redução das vulnerabilidades.
16. Atenção Integral à Saúde das Pessoas no Sistema Prisional (PNAISP):
A política nacional de atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional (PNAISP) nasceu da avaliação dos dez anos de aplicação do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP), quando se constatou o esgotamento deste modelo, que se mostrou restrito por não contemplar em suas ações, entre outras coisas, a totalidade do itinerário carcerário – delegacias e distritos policiais, cadeias públicas, colônias agrícolas ou industriais e, tampouco, penitenciárias federais. 
Foi instituída por meio da portaria interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014, que disciplina os objetivos, as diretrizes, bem como as responsabilidades do Ministério da Saúde, do Ministério da Justiça, dos estados e do Distrito Federal, representados pelas Secretarias de Saúde, de Justiça ou congêneres e dos municípios. 
As normas de operacionalização dessa política estão disciplinadas pela portaria GM/MS nº 482, de 1º de abril de 2014, que disciplina os tipos de equipes, os profissionais que compõem essas equipes e o financiamento. Adicionalmente, a portaria nº 305, de 10 de abril de 2014, estabelece normas para cadastramento das equipes no sistema de cadastro nacional de estabelecimentos de saúde (SCNES). 
OBJETIVO: garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral no SUS, a PNAISP prevê que os serviços de saúde no sistema prisional passem a ser ponto de atenção da rede de atenção à saúde (RAS) do SUS, qualificando também a atenção básica no âmbito prisional como porta de entrada do sistema e ordenadora das ações e serviços de saúde pela rede. 
RECURSOS FINANCEIROS: estão condicionados à habilitação de equipes de atenção básica prisional (EABP) previamente cadastradas no SCNES. 
EQUIPE: apresenta composição multiprofissional e com responsabilidade de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade, devendo realizar suas atividades nas unidades prisionais ou nas unidades básicas de saúde a que estiver vinculada. 
17. Telessaúde Brasil Redes;
O Telessaúde Brasil Redes é um programa que busca integrar o ensino e serviço por meio de ferramentas e tecnologias da informação e comunicação, com o objetivo de fortalecer e melhorar a qualidade do atendimento da Atenção Básica no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa foi instituída em 2007 pelo Ministério da Saúde, sob coordenação das secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e de Atenção à Saúde (SAS).   
Serviços:
Núcleos de Telessaúde: estabelecimentos de saúde que desenvolvem atividades técnicas, científicas e administrativas para planejar, executar, monitorar e avaliar as ações de telessaúde, em especial a produção e oferta de teleconsultoria, tele-educação e telediagnóstico para os profissionais e trabalhadores do SUS.
Teleconsultoria 
Telediagnóstico 
Segunda opinião formativa
Tele-educação
Atendimento telefônico (0800 644 6543)
18. Sistema de Informação (DATASUS).
O DATASUS disponibiliza informações que podem servir para subsidiar  análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde.
A mensuração do estado de saúde da população é uma tradição em saúde pública. Teve seu início com o registro sistemático de dados de mortalidade e de sobrevivência (estatísticas vitais - mortalidade e nascidos vivos). Com os avanços no controle das doenças infecciosas (informações epidemiológicas e morbidade) e com a melhor compreensão do conceito de saúde e de seus determinantes populacionais, a análise da situação sanitária passou a incorporar outras dimensões do estado de saúde.
Dados de morbidade, incapacidade, acesso a serviços, qualidade da atenção, condições de vida e fatores ambientais passaram a ser métricas utilizadas na construção de indicadores de saúde, que se traduzem em informação relevante para a quantificação e a avaliação das informações em saúde.
Nesta seção também são encontradas informações sobre assistência à saúde da população, os cadastros (rede assistencial) das redes hospitalares e ambulatoriais, o cadastro dos estabelecimentos de saúde, além de informações sobre  recursos financeiros e informações demográficas e socioeconômicas.
Além disso, em saúde suplementar, são apresentados links para as páginas de informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS.

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