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Seminário Staphylococcus

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Staphylococcus
Grupo: Marcos Lopes, Thiago Silva
Nomenclatura
O termo grego staphylé significa “cachos de uvas”
Cocos são células esféricas que quando agrupadas em:
Pares recebem o nome de diplococos. 
Cadeia são denominados estreptococos. 
Grupos irregulares, lembrando cachos de uva recebem a designação de estafilococos.
Introdução
Os estafilococos são habitantes naturais do organismo animal, o qual serve de fonte para esses germes encontrados em toda parte. 
Como agentes patogênicos são a causa de muitos processos supurativos, variando desde furúnculos, abscesso ate septicemias fatais; são, ainda, invasores secundários em peritonites, cistites e meningites. 
Como saprófitas, são cosmopolitas, sendo encontrados na pele normal, no nariz, na boca, e no intestino, assim como no ar, na água, no leite, nos despejos e nos fômites. 
Morfologia
Os estafilococos são células esféricas ou ovais, com diâmetro médio de 1 μm, variável com a espécie e a idade da cultura. Todos os membros do grupo são imóveis, não esporulados e gram-positivos em culturas jovens. 
As células se arranjam em grupamentos semelhantes a cachos de uva, característica mais pronunciada em cultura sobre meios sólidos.
Crescem em condição de aerobiose e anaerobiose, porém geralmente não competem bem com outros microrganismos presentes nos alimentos. Entretanto, se os contaminantes forem destruídos durante o cozimento, os estafilococos que contaminam subsequentemente o alimento cozido podem crescer.
Características
Os estafilococos crescem dentro de uma larga faixa de temperatura (12 a 45ºC), como ótimo em torno de 37ºC. São anaeróbicos facultativos, mas seu melhor desenvolvimento ocorre na presença do oxigênio livre. 
Todas as espécies crescem bem em meios comuns de laboratório e algumas variedades produzem pigmentos típicos, variando desde o amarelo dourado ao amarelo limão e o branco. 
A intensidade da cromógena é mais nítida quando os germes são incubados à temperatura ambiente (20ºC), em meios com carboidratos; além disso, a pigmentação só ocorre em condições de aerobiose. 
Características
Os estafilococos fermentam diversos carboidratos, produzidos ácidos sem gás; liquefazem a gelatina, reduzem os nitratos a nitritos e produzem ácido (as vezes coagulando) no leite tornassolado. 
Pode-se verificar considerável, variação nas reações bioquímicas dentro de uma única espécie, mas, em geral, as variedades patogênicas são mais ativas que as amostras saprófitos. 
A produção de coagulante é considerada como características das variedades patogênicas e muitos estafilococos causam hemólise em placas de ágar-sangue.
Características
Há mais de 30 espécies pertencentes ao gênero, mas apenas algumas delas causam doenças significativas: 
S. aureus é a espécie patogênica; 
S. epidemis raras vezes produz infecções no homem, sendo um patógeno oportunista em pessoas com defesas antimicrobianas deficientes.
S. lugdunensis causa rara de infecções graves como endocardite nativa, provoca infecções superficiais da pele semelhantes às infecções por Staphylococcus aureus.
S. saprophyticus é uma bactéria que está presente na microbiota normal da pele, região periuretral e mucosas do trato genital urinário.
Nutrição
Necessita de vários nutrientes para seu desenvolvimento. Por isso se reproduz com facilidade apenas em alimentos ricos em nutrientes à base de ovos, leite, carnes e açúcar. 
As intoxicações ocorrem normalmente em alimentos como laticínios: queijo frescal, creme de leite, chantilly, leite; produtos de confeitaria: tortas recheadas, creme de ovos, etc.; produtos de carne como presunto.
A maioria das amostras de staphylococcus aureus cresce na presença de altas concentrações de sódio (10 a 15%)
Resistência
Os estafilococos se situam entre os microrganismos não esporulados mais resistentes. Alguns suportam uma temperatura de 60ºC durante 30 minutos e o contato com solução de fenol a 1% durante 15 minutos. 
Permanecem viáveis sob-refrigeração e em estado dessecado pelo período de vários meses. 
e resiste a ação dos sais biliares. 
Diagnóstico Laboratorial
O diagnóstico é realizado pela coleta de amostras, cultura em disco de Petri e identificação por técnica de Gram e bioquímica (determinação das enzimas que produz). 
E sorologia, é o estudo do líquido separado do sangue após coagulação do mesmo (detecção de anticorpos específicos)
Doença
A enterotoxina e uma exotoxina (toxina proteica secretada por células mocrobianas) principal causadora da diarréia nas infecções intestinais, estimulam a secreção de água e sais (essencialmente derivados do sangue do paciente) no intestino. 
A toxina formada não é destruída pelo cozimento; uma vez formada no alimento esse pode causar intoxicação mesmo após o processo, embora o microrganismos seja destruído.
A doença se caracteriza basicamente por vômitos intensos que se iniciam cerca de 2 h após a ingestão de alimentos com a toxina e duram algumas horas. Em geral o paciente se recupera sem maiores consequências, mas pessoas vulneráveis como bebês, idosos e pessoas debilitadas pode causar consequências mais graves.
Tratamento
Para o tratamento, indicam-se as penicilinas penicilinase-resistentes. Essas ainda são a primeira escolha, apesar do aumento da resistência das bactérias. 
A oxacilina é uma penicilina penicilinase-resistente indicada para as infecções causadas por S. aureus. 
Já a cefazolina é uma cefalosporina de primeira geração, resistente à penicilinase, e é indicada como segunda escolha no tratamento das infecções. 
Por fim, em caso de micro-organismos resistentes (que não são afetados pelas penicilinas penicilinase-resistentes), indica-se o uso de vancomicina.
Situações que levam à intoxicação alimentar estafilocócica normalmente são:
As mãos do portador ficam contaminadas com secreções nasais.
As mãos do portador inoculam o microrganismo no alimento durante a sua preparação. 
 
O alimento é conservado durante muitas horas sem refrigeração adequada. Durante esse período, o estafilococos multipilica-se e produz a enterotoxina.
 
O alimento pode ser consumido cru ou cozido. O cozimento não destrói a enterotoxina, já que esta e termestável, mantendo-se ativa após fervura por 30 min ou mais. 
Prevenção
A prevenção consiste basicamente em manter-se a higiene pessoal e dos alimentos manipulados:
Lavar as mãos com escovas e sabões desinfetantes.
Ao manipular alimentos, usar máscaras, luvas e gorros.
Usar refrigeração adequada. A temperatura dos alimentos deve ser mantida inferior a 7 °C.
Muitos dos corantes derivados da anilina são bactericidas para os estafilococos, como o são para a maioria dos germes gram-positivos. 
Referências
 
Michael j. Pelczar Jr; E.C.S. Chan; Noel R. Krieg. Microbiologia Conceitos e Aplicações, Ed. Markron Books. v. 2, n. 2, p. 735-738, 1981.
 
Michael j. Pelczar Jr; Reid; E.C.S. Chan. Microbiologia. Ed. Mcgraw Hill do Brasil. V. 1, p. 225-227, 1980.
 
Patrick R. Murray et al. Microbiologia Médica. 4 ed.
 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (2 de janeiro de 2001)http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a47bab8047458b909541d53fbc4c6735/RDC_12_2001.pdf?MOD=AJPERES

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