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Trabalho sobre Hemocultura 
Prof. Me Patrícia Laguna Morini 
Biomedicina - 5º semestre 
Análise Clínica II
Hemocultura
A hemocultura detecta bactérias e fungos no sangue. Infecções na corrente sanguínea são provocadas com maior frequência por bactérias, mas também podem ser causadas por fungos ou por vírus.
Agentes Etiológicos mais frequentes 
As bactérias mais frequentes, isoladas em hemoculturas são:
1- Staphylococcus Aureus
Staphylococcus aureus é a espécie mais patogênica do gênero Staphylococcus. Espécie virulenta. Forma parte da microbiota humana normal podendo produzir infecções oportunistas. Encontrados na pele, mucosas, narinas anteriores. 
Colônias de S. aureus podem ter pigmento amarelo ou amarelo- alaranjado, enquanto outras podem produzir colônias esbranquiçadas ou cinzas.
Cultivo misto: As cepas apresentam variação de tamanho na mesma placa. 
Algumas cepas apresentam zona de beta-hemólise ao redor das colônias; esta propriedade hemolítica é evidenciada somente após incubação prolongada. 
Staphylococcus aureus é uma bactéria Gram-positiva pertencente à família Micrococcaceae. As células têm a forma de cocos, apresentam-se frequentemente agrupados em cacho e são imóveis. Quando em condições favoráveis, produz toxinas – enterotoxinas – que são o agente responsável pela intoxicação alimentar.
Estas toxinas são proteínas hidrosolúveis e termoresistentes, mantendo a sua actividade mesmo após a pasteurização. A destruição da enterotoxina obtém-se pelo tratamento a 100ºC durante pelo menos 30 minutos.
As doenças resultantes por ação de toxinas por S. aureus são classificadas em: Intoxicação Alimentar Estafilocócica, Síndrome da Pele Escaldada e Síndrome do Choque Tóxico. Muitas espécies fazem parte da microbiota da pele e mucosas, sendo S. aureus o principal microrganismo patogénico desta espécie; cresce em meio com elevado teor de cloreto de sódio (aproximadamente 10%, à temperatura de 37ºC, num período de 18 a 24 horas). A enzima coagulase produzida por S. aureus, promove a conversão de fibrinogénio em fibrina que forma a capa protetora da bactéria, frente à acção fagocítica das células de defesa do organismo hospedeiro; também apresenta enzimas como lípases, que têm a função de hidrolisar os lipídios para permitir a invasão da bactéria na pele e tecidos subcutâneos do hospedeiro.
2-Staphylococcus coagulase negativo
Staphylococcus coagulase negativos, pertencem ao género Staphylococcus, são bactérias Gram-positivo, em forma de cacho tétrada, fazem parte da microbiota normal da pele e dos tratos respiratório e gastrointestinal do homem. A sua identificação é feita após a prova de catalase e coagulase e com um antibiograma para evidenciar a sua sensibilidade aos antibióticos. As bactérias coagulase negativas de maior interesse clínico são: S. epidermidis, S. saprophyticus, S. lugdunensis e S. heamolyticus. [24]
As doenças causadas por este tipo de bactéria são bastante variadas, sendo que, na sua maioria, têm origem hospitalar.
Pertencem a microbiota da pele de todas as pessoas, orofaringe, tratos gastrointestinal e urogenital.
• importantes patógenos em pacientes imunodeprimidos.
• Infecções nosocomiais e adquiridas na comunidade: bacteremias em hospedeiros comprometidos, endocardite, Infecções associadas a dispositivos permanentes (ex. cateteres endovenosos), infecções de próteses articulares, infecções das vias urinárias.
• Staphylococcus epidermidis
• Staphylococcus saprophyticus
3-Streptococcus pneumoniae
São cocos Gram-positivos encapsulados, agrupados aos pares (denominados diplococos), medem 0,5 a 1,2 m de diâmetro, são catalase negativos, anaeróbios facultativos; α-alfa hemolíticos em ágar sangue, criam um halo de hemólise de cor esverdeada em volta das colónias, por causa da presença da pneumolisina (enzima que degrada parcialmente as hemácias, deixando algum vestígio de hemoglobina na cultura); fazem parte da flora normal da nasofaringe e orofaringe de indivíduos saudáveis.
S. pneumoniae é considerado um agente infecioso exclusivamente para os seres humanos; pode colonizar a nasofaringe e é a principal causa de otite média aguda, sinusite, pneumonia adquirida na comunidade e meningite. É apontado como responsável por elevada taxa de morbilidade e mortalidade em crianças em idade pré-escolar e em idosos, principalmente em países em desenvolvimento. De ponto de vista clínico, são apontados como um potencial invasivo e factores de virulência em infeções por S. pneumoniae: Os polissacarídeos da cápsula, as proteínas e adesinas de superfície, autolisina, hialuronidase, neurominidase e pneumolisina.
4- Escherichia coli
A bactéria E. coli, pertencente à família Enterobacteriaceae, além de apresentar formato de bacilo, é gram-negativa, anaeróbia facultativa e fermentadora de açúcares. Ela é encontrada normalmente na microbiota entérica (intestino) de aves e mamíferos. Possui representantes comensais e alguns tipos patogênicos, destacando-se como as causadoras mais comuns de infecções urinárias, além de provocarem diarreia.
Existem cinco espécies dogénero Escherichia; Escherichia coli é a mais frequentemente isolada em amostras biológicas. Fazem parte da microbiota do trato gastrointestinal, podem causar sépsis bacteriana, meningite neonatal, infecções das vias urinárias e gastroenterite em viajantes para países com condições precárias de higiene.
A estripe de bactéria E. coli podem ser diferenciadas com base nos antígenos somáticos (O), flagelados (H) e capsulares (K). Adicionalmente, a presença de fímbrias e de outras estruturas relacionadas desempenha um papel importante na virulência da bactéria.
A contaminação por E. coli ocorre após a ingestão de alimentos e água contaminados pela bactéria. Além disso, de maneira menos frequente, a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa, principalmente em locais onde existe pouca higiene. No caso das infecções urinárias, a contaminação ocorre em virtude, principalmente, da má higienização das regiões genitais e por meio de atividade sexual (principalmente sexo anal), práticas que podem possibilitar a invasão do orifício urinário pelas bactérias intestinais.
Os principais grupos de E.coli patogénicos, associados ao consumo de alimentos são: E.coli enteropatoénicas (EPEC), E.coli enterotoxigènica (ETEC), E. coli enteroinvasivas (EIEC), E. coli enterohemorrágica (EHEC), E. coli enteroaderentes (ECEA).
Sobre as Amostras
Sobre as amostras, são colhidas diversas amostras em momentos diferentes, em regra são recolhidas duas a três amostras e de veias diferentes para dar mais ênfase em um exame positivo e para distinguir patógenos de bactérias da pele quem podem interferir e contaminar o meio de cultura.
Material biológico – Sangue
O sangue é colhido por punção venosa, o local da punção é limpo seguindo as normas de segurança com álcool e com solução de Iodo. É colhido cerca de 20 ml de sangue, que é colocado em dois frascos de cultura, sendo um para aeróbicos e outro para anaeróbicos para crianças a quantidade acaba sendo menor.
Os tipos de frascos que serão utilizados são 
Adulto: Frasco aeróbio (tampa azul) e frasco anaeróbio (tampa laranja) (até 10 ml em cada frasco) 
Pediátrico: Frasco pediátrico (tampa rosa) (até 3 ml)
Coleta 
A coleta deve ser realizada logo no início dos sintomas, preferencialmente antes do início da antibioticoterapia. 
Pacientes com quadro agudo de sepse ou outra condição (osteomielite, meningite, pneumonia ou pielonefrite): coletar 2 hemoculturas consecutivamente de dois sítios anatômicos diferentes antes de iniciar a antibioticoterapia 
Pacientes com endocardite bacteriana subaguda, febre de origem desconhecida (abcessos ocultos, febre tifóide, brucelose) ou fungemia: coletar três hemoculturas, de sítios anatômicos diferentes, duas simultâneas e uma em intervalo de aproximadamente 1 a 2 horas. 
Pacientes em antibioticoterapia: a coleta deve ser feita na menor concentração do agente atimicrobiano, ou seja, minutos antes da próxima dose de antimicroabiano.Transporte e Conservação 
As amostras devem ser enviadas o quanto antes ao laboratório, pois o exame de hemocultura é considerado de urgência.
Não se pode refrigerar os frascos de hemocultura.
Eles devem permanecer a temperatura ambiente até serem introduzidos no equipamento de automação no Setor de Microbiologia, dentro de, no máximo, 4 horas. 
Observação: Frascos aeróbios são apropriados para cultivo de bactérias e leveduras, e por recomendação do fabricante devem ficar incubados no equipamento por até 5 dias. 
Metodologia Manual (meios de cultura e incubações).
Atualmente os laboratórios que ainda se valem de metodologias manuais, em sua grande maioria, utilizam meios de cultura comerciais, aeróbios e/ou anaeróbios, para a realização de hemoculturas. Trata-se geralmente de caldo infusão cerebro-coração (BHI) ou caldo caseína digerida de soja (TSB) para aeróbios, facultativos e leveduras; e caldo Columbia para anaeróbios que devem favorecer o crescimento da maioria dos microrganismos, inclusive dos considerados fastidiosos. 
Além do frasco contendo caldo BHI ou TSB, o méto- do manual mais interessante inclui meio bifásico, sendo uma fase líquida e outra sólida, permitindo a observação de crescimento na superfície do ágar. 
A maioria destes meios tem na sua composição o anticoagulante SPS (0,025 a 0,05%), o qual apresenta ação inibidora para lisozimas, além de certa ação inibitória frente a determinadas concentrações de amino glicosídeos e polimixinas, pode ter ação inibitória para algumas frações do complemento e inibe parcialmente a fagocitose. Por outro lado este anticoagulante pode aduzir certa ação inibidora para o isolamento de deter- minados microrganismos, como por exemplo, Neisseria meningitidis, Neisseria gonorrhoeae, Gardnerella vagi- nalis, Peptostreptococcus spp., Moraxella catarrhalis e outros. Daí a recomendação de acrescentar gelatina na concentração de 1,2% na composição destes meios para inibir parcialmente o efeito nocivo do SPS, quando há suspeita de um dos agentes acima citados.
Um período de sete dias de incubação e agitação periódica dos frascos é um fator importante para maior positividade; subcultivos deve ser realizado durante este prazo. Tanto os frascos de hemocultura como as placas de subcultivos, devem ser mantidos à temperatura de 35 ± 2oC. O primeiro subcultivo (cultura cega) pode ser feito após 12 - 18 horas, em placa de ágar-chocolate com incubação em atmosfera de CO2, por no mínimo 48 horas e observada diariamente para verificar a presença de colônias. Além dos subcultivos para cultura cega, deve ser realizada a inspeção visual dos frascos diariamente a partir de 6 - 12 horas à procura de sinais de hemólise, turbidez, produção de gás, bolhas, película de crescimento, grumos, etc. que podem ser sinais de positividade até o 7o dia. Nestes casos, a amostra deve ser subcultivada imediatamente e preparada lâmina para microscopia (Gram). A inspeção visual e o subcultivo são fundamentais, e o crescimento é incrementado na medida em que é feita a agitação do frasco. Culturas cegas sequenciais e subcultivo terminal não acrescentam ao resultado, desde que as amostras fiquem sedimentadas e seja feita inspeção visual diária. A grande maioria dos microrganismos é isolada nas primeiras 72 horas. 
As metodologias automatizadas, trazem melhor eficiência e o risco de contaminação dos envolvidos e do material biológico são bem menores. Existe um aumento de custos devido a compra de equipamentos, treinamento de pessoal etc, mas que pode ser recuperado em longo prazo.

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