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www.hermespardini.com.br 1 GONADOTROFINA CORIłNICA DOSAGEM DE βhCG 1. INTRODUÇ‹O A gonadotrofina coriônica (hCG) é um hormônio glicoprotéico com similaridade estrutural ao FSH, LH e TSH. É composta por duas subunidades não idênticas associadas de forma não covalente. A subunidade alfa consiste em uma seqüência de 92 aminoácidos idêntica e compartilhada por todos os hormônios glicoprotéicos da hipófise. A subunidade beta (β- hCG) difere pouco, mas o suficiente para lhe conferir especificidade biológica e imunológica. O papel fisiológico do hCG é estimular a secreção de progesterona pelo corpo lúteo que mantém o endométrio secretório (1,2). 2. ENSAIOS PARA DETERMINAÇ‹O DO β-hCG Os ensaios que utilizam anticorpos específicos contra a subunidade beta (β-hCG) permitem sua detecção e quantificação precisas em soro, urina e líquor (3). Múltiplas moléculas de hCG estão presentes durante a gestação no soro e urina. Estas incluem o hCG intacto (biologicamente ativo), hCG clivado, hCG hiperglicosilado, hCG hipoglicosilado, hCG sem a extensão C-terminal, subunidade alfa livre, subunidade alfa livre grande, subunidade beta livre, subunidade beta livre clivada e fragmento beta-core. Mais de 100 imunoensaios estão disponíveis comercialmente para quantificação das moléculas de hCG em soro e urina. Cada um destes detecta a molécula inteira de hCG e uma das sete subunidades (4,5,6,7). Uma via de degradação do hCG tem sido proposta: hCG intacto → hCG clivado → subunidade beta livre clivado → fragmento beta- core (4). 2.1. Determinação do β-hCG no soro A dosagem sérica do β-hCG é o método de maior sensibilidade. Também utilizada na quantificação do β-hCG, como no acompanhamento de viabilidade da gestação e no manejo da Doença Trofoblástica Gestacional. Utilizamos ensaio com anticorpos específicos para epítopos presentes na subunidade beta livre e subunidade de β-hCG intacto. É constituído de dois anticorpos: um anti-hCG policlonal caprino e um segundo anticorpo monoclonal de rato na fase sólida. Estas características permitem elevada especificidade ao ensaio, tornando raras e não significativas as reações cruzadas com outros hormônios glicoprotéicos da pituitária (2). 2.2. Determinação do β-hCG na urina Os testes urinários usualmente são qualitativos. Os testes de inibição da aglutinação apresentam sensibilidade analítica de 200 mUI/ml. Os imunoensaios mais modernos apresentam maior sensibilidade analítica (25 mUI/ml), utilizando anticorpos monoclonais específicos para a subunidade beta (8). O β-hCG urinário é um teste especialmente útil na suspeita de gravidez ectópica, apresentando sensibilidade superior a 95% nestes pacientes e fornecendo resultados rápidos (8,9). Deve-se salientar que na presença de urina diluída resultados falso-negativos podem ocorrer (17). 2.3. Determinação do β-hCG no líquor É útil no diagnóstico de neoplasmas germinativos intracranianos, tumores da pineal e no diagnóstico de mestástases na Doença Trofoblástica Gestacional (2). Considerando que o hCG praticamente não cruza a barreira hematoencefálica, a razão normal líquor/soro é de 1:60. Níveis mais altos podem indicar metástases cerebrais, sendo úteis no controle do tratamento (10,47,48). 3. APLICAÇ›ES CL¸NICAS DA DOSAGEM DO β-hCG 3.1. Diagnóstico de Gravidez Nas gestações normais, a produção do hCG inicia-se logo após a implantação do ovo. - 2 - Utilizando ensaios sensíveis, o β-hCG é identificado no sangue em aproximadamente 7 a 11 dias após a concepção (1,11). Por volta da quarta semana de gestação, o tempo médio para o hCG dobrar seus níveis é de 2,2 dias, passando para 3,5 dias na nona semana. O pico médio na décima semana é de 108.800 mUI/ml. Entre a 12ª e 16ª semanas, o β-hCG cai rapidamente, atingindo 25% do pico alcançado no primeiro trimestre. Os níveis continuam a cair da 16ª a 22ª semanas, alcançando 10% dos valores do pico do primeiro trimestre (1,12,13,44). A tabela 1 descreve os valores encontrados de β-hCG em uma gestação normal de acordo com a idade gestacional. Entretanto, deve-se ressaltar que variações individuais são possíveis, sendo esta tabela apenas orientativa (14). Tabela 1: Valores de β-hCG, em uma gestação normal, de acordo com a idade gestacional (14). Idade gestacional β-hCG (mUI/ml) Até 1 semana 5 a 50 1 a 2 semanas 50 a 500 2 a 3 semanas 100 a 5.000 3 a 4 semanas 500 a 10.000 4 a 5 semanas 1.000 a 50.000 5 a 6 semanas 10.000 a 100.000 6 a 8 semanas 15.000 a 200.000 2 a 3 meses 10.000 a 100.000 Um resultado laboratorial de β-hCG negativo na primeira semana de atraso menstrual não afasta o diagnóstico de gravidez de forma isolada. Na presença de suspeita clínica, deve-se coletar nova amostra em dois a três dias, uma vez que os valores de β-hCG, em uma gravidez normal, duplicam a cada 48 a 72 horas (1). 3.2. Gravidez ectópica Níveis séricos de β-hCG tendem a ser mais baixos na gravidez ectópica do que em gestações normais. Cerca de 75% das gestações ectópicas apresentam valores abaixo de 4.000 mUI/l ao diagnóstico. Um aumento do β-hCG menor que 66%, em um intervalo de 48 horas, sugere gestação ectópica (sensibilidade de 80% e especificidade de 91%) ou gestação intra-uterina anormal (sensibilidade de 75%) (15,16,17). Os casos de gravidez ectópica com valores de β-hCG mais elevados se associam com rotura tubária e hemoperitônio (9). Juntamente com a dosagem de β-hCG, a determinação da progesterona sérica também é útil no diagnóstico de gestação ectópica. Durante as primeiras 8 a 10 semanas de gestação, as concentrações de progesterona variam pouco, entretanto, quando a gestação não evolui, seus níveis caem. Valores de progesterona sérica > 25.000 pg/ml excluem o diagnóstico de gestação ectópica com sensibilidade de 97,5%. Alguns trabalhos relataram que níveis de progesterona < 5.000 pg/ml estavam associados com diagnóstico de gestação não viável em 100% dos casos (9,15,17). 3.3. Doença trofoblástica gestacional Os tumores coriônicos, também denominados de Doença Trofoblástica Gestacional, originam-se do tecido placentário e estão entre os raros tumores que podem ser curados, mesmo na presença de metástases. Englobam a Mola Hidatiforme completa e parcial, o Tumor Trofoblástico Placentário e o Coriocarcinoma, que variam em sua tendência à invasão (18). Os níveis de β-hCG usualmente estão em valores mais elevados na Doença Trofoblástica Gestacional do que em uma gestação normal, sendo utilizados no estadiamento e seguimento do tratamento (18). Um nível inicial maior que 400.000 UI/l é considerado indicativo de alto risco de falência do tratamento (10). No seguimento da gestação molar após a retirada da mola, os níveis de β-hCG devem ser monitorados semanalmente até que se tornem indetectáveis por 3 semanas consecutivas; a partir daí deve-se monitorizar mensalmente até que se torne indetectável por seis meses consecutivos. O tempo médio de desaparecimento do β-hCG após retirada de mola completa ou parcial é de 9 a 11 semanas. Tumor Trofoblástico Gestacional persistente tem sido demonstrado após gestação molar completa em 18% a 29% dos casos. Pacientes com níveis muito elevados de β-hCG e aumento uterino excessivo têm risco maior de doença persistente (40 a 57%). Após retirada de mola parcial, 2% a 4% dos pacientes apresentam tumor persistente. Os locais mais comuns de metástase são pulmões (80%), vagina (30%), pelve (20%), fígado (10%) e cérebro (10%). No seguimento do tumor gestacional persistente, monitora-se o β- hCG por 12 a 24 meses, de acordo com o estadiamento (18). 4. AVALIAÇ‹O DE RESULTADOS DISCORDANTES Em algumas situações clínicas podem ocorrer discordâncias entre o resultado do β-hCG e o quadro clínico. Em outras, os valores encontrados causam dúvidas quanto à idade gestacional ou à viabilidadeda gestação. 4.1. Perda ovular precoce “A reprodução humana representa um paradoxo” (29). Embora seja essencial à - 3 - manutenção da espécie, a reprodução é um processo é ineficaz. A probabilidade de concepção durante um ciclo menstrual é de aproximadamente 30%. Cerca de 75% das gestações que são perdidas decorrem de falência na implantação, não sendo reconhecidas clinicamente como gravidez. Este fato, definido como perda fetal precoce ou microaborto, apresenta alta incidência, ocorrendo em 35% a 40% das gestações (19, 20,21,29). No clássico estudo de Wilcox e colaboradores foram acompanhadas 221 mulheres saudáveis. A dosagem do hCG urinário foi realizada em 707 ciclos menstruais. Foram identificadas 198 gestações pelo aumento de hCG no tempo esperado de implantação. Destas, 22% foram encerradas antes que a gestação fosse clinicamente detectada. A taxa total de perda após implantação, incluindo aborto espontâneo clinicamente reconhecido, foi 31%. Cerca de 95% das mulheres que apresentaram perda ovular precoce apresentaram fertilidade normal subseqüente ( 20). O gráfico 1 descreve a variação do hCG urinário em mulheres que apresentaram perda ovular precoce durante dias (20). Concluiu-se que a perda ovular precoce é uma ocorrência freqüente. Uma interpretação precipitada pode considerar de forma equivocada “erro de laboratório” um hCG positivo que após dias negativa-se. Gráfico 1: Variação do hCG urinário em mulheres com perda ovular precoce (20) 4.2. Diagnóstico bioquímico x Diagnóstico ultrasonográfico de gravidez Na quinta semana de gestação, o saco gestacional é visível, sendo que ao final desta, o ultra-som transvaginal detecta gestações intra- uterinas com um intervalo de confiança de 95%. Os batimentos cardiofetais são detectados logo antes da sexta semana ( 1). Ao ultra-som abdominal, todos os pacientes com gestação intra-uterina saudável e β-hCG acima de 6.500 mUI/ml apresentam saco gestacional visível. Similarmente, o ultra-som transvaginal visualiza todas as gestações quando o β-hCG é maior que 2.400 mUI/ml. Quando o HCG excede estas concentrações e não se detecta gravidez ao ultra-som, deve-se afastar a possibilidade de gravidez ectópica ( 1). Desta forma, um intervalo de duas a três semanas ocorre entre a detecção bioquímica e o diagnóstico ultrasonográfico de uma gestação normal. O ultra-som transvaginal diminui este intervalo em uma a duas semanas (9). 4.3. Resultados falso-positivos no diagnóstico de gravidez O uso de ensaios sensíveis e específicos para a subunidade β-hCG permitiu que se eliminasse a interferência de outros hormônios hipofisários (FSH,LH, TSH). Entretanto, embora raramente, algumas situações são descritas na literatura médica como causadoras de resultados falso- positivos, apesar do uso de testes específicos (34). 4.3.1. Secreção pituitária de hCG Valores persistentemente baixos de β-hCG, entre 3 e 100 mUI/ml, podem ser encontrados no pós-parto, na menopausa, mulheres não grávidas e homens. Estes valores baixos podem advir de várias fontes, sendo comumente atribuídos à secreção das células gonadotróficas da hipófise. Raramente uma hipófise normal ou um adenoma hipofisário podem ser causa de valores altos de β- hCG (1,22,23,24). Em trabalho publicado recentemente, Kohorn e colaboradores descrevem casos de mulheres não grávidas e sem evidências de metástases trofloblásticas com β-hCG detectável. No gráfico 2 descreve-se a evolução temporal do caso raro de uma mulher de 44 anos com valores persistentes de β-hCG que reduziram com reposição hormonal, sem evidências de gestação ou doença trofoblástica em 4 anos de acompanhamento (25). Gráfico 2: Caso clínico - 4 - 4.3.2. Presença de anticorpos heterofílicos Anticorpos heterofílicos são anticorpos humanos circulantes com especificidade para algumas proteínas animais, freqüentemente imunoglobulinas. A maioria dos anticorpos heterofílicos são contra proteínas murinas, sendo denominados HAMA (human antimouse antibodies). Embora raramente, estes anticorpos podem produzir resultados de β-hCG falso- positivos com valores baixos, tipicamente entre 20 e 500 mUI/ml (26,27,28,31). As razões para a rara ocorrência de anticorpos heterofílicos em indivíduos saudáveis são pouco conhecidas. Em um grande estudo, a prevalência de anticorpos heterofílicos em concentrações suficientes para produzir alterações em resultados laboratoriais foi de 3,4% da população estudada (30). Baseando-se nestes fatos o USA hCG Reference Service, serviço de Referência de hCG da América do Norte, que auxilia clínicos na interpretação de resultados discordantes de hCG, incluiu um agente bloqueador de anticorpos heterofílicos em sua investigação (30). A dosagem do β-hCG urinário é uma alternativa quando se suspeita de resultados falso- positivos de β-hCG sérico por interferência de anticorpos heterofílicos, que não interferem nas dosagens urinárias (9,26,32). Nas milhares de dosagem de β-hCG realizadas no Instituto de Patologia Clínica Hermes Pardini nunca tivemos suspeita da interferência de anticorpos heterofílicos, embora possa ser possível sua ocorrência. 4.3.3. Outras condições que cursam com β-hCG positivo Deve-se lembrar que um grande número de tumores podem determinar teste positivo de β- hCG, além da Doença Trofoblástica Gestacional. O β-hCG juntamente com a alfa-fetoproteína são marcadores de tumores de células germinativas, incluindo o coriocarcinoma. Em cerca de 70% dos tumores testiculares não- seminomatosos encontram-se valores elevados de β-hCG, e em menor freqüência, no seminoma (2,33) . Elevações de β-hCG também podem ser encontradas, em menores percentuais, em casos de melanoma, carcinoma de mama, do pulmão, do estômago, do cólon, do pâncreas, do fígado, do ovário, da bexiga e em tumores de ilhota (2,10). São ainda descritos como causa de resultados falso-positivos de β-hCG o uso de certas drogas: metadona, canabinóides, clorpromazina e fenotiazinas (17). 4.4. Valores baixos ou elevados de β-hCG para idade gestacional Níveis de β-hCG mais baixos do que o esperado estão relacionados com alta incidência de gestação anormal (9). Diversos trabalhos correlacionam níveis baixos de β-hCG com evolução para aborto (35,36,37,38,39,40,43, 45,46). Níveis de β-hCG mais elevados do que o esperado são descritos na gestação múltipla, na eritroblastose fetal, na síndrome de Down, hipertensão e na Doença trofoblástica gestacional (2). 4.5. Discordância entre valores de diferentes kits Resultados discordantes entre imunoensaios são descritos entre diferentes kits para determinação de hCG. Variações nos resultados de até 58 vezes foram encontradas. Resultado médio da variação de 10 kits foi de 1.4 para gravidez e 2.2 para doença trofoblástica. Esta diferença decorre da peculiaridade de cada imunoensaio em reconhecer um fragmento diverso de hCG (4,22,41,42). Este fato é de fundamental importância no seguimento da Doença Trofoblástica Gestacional, onde o desconhecimento desta discordância pode levar a condutas equivocadas. O Instituto de Patologia Clínica Hermes Pardini dispõe: β-hCG - sangue Método: quimioluminescência Valor de referência: 0 a 5 mUI/ml: negativo 5 A 50 mUI/ml: indeterminado > 50 mUI/ml: positivo β-hCG - urina Método: imunoensaio - cromatográfico Valor de referência: Negativo β-hCG - líquor Método: quimioluminescência Valor de referência: Menor ou igual a 1,5 mUI/ml - 5 - 5. REFER¯NCIAS BIBLIOGR˘FICAS 1. Buster JE, Carson AS. Endocrinology and diagnosis of pregnancy. In: Gabbe SG, Niebyl JR, Simpson, JL. Obstetrics. Normal and Problem Pregnancies. 4th. 2002: 3-29. 2. Jacobs DS, DeMott WR, Oxley DK. Chorionic Gonadotropin, Human, serum and urine. In: Jacobs DS, DeMott WR,Oxley DK. Laboratory Test Handbook. 2001. 5th. 147-9. 3. Olsen TG, Hubert PR, Nycum LR. Falsely elevated human chorionic gonadotropin leading to unnecessary therapy. Obstet Gynecol. 2001; 98: 843-5. 4. Cole LA. Immunoassay of human chorionic gonadotropin, its free subunits and metabolites. 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