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Avaliação Nutricional do Idoso Profa Morgana Evair Nunes Mendes Lopes “ Processo dinâmico e progressivo, no qual há alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, que vão alterando progressivamente o organismo e tornando-o mais susceptível às agressões extrínsecas e intrínsecas que terminam por levá-lo à morte”. ENVELHECIMENTO IDOSO JOVEM (60 – 75 anos) IDOSO VELHO ( 75 - 85 anos) IDOSO + VELHO ( > 85 anos) � A avaliação nutricional nesta fase da vida é criteriosa, já que vários fatores dificultam uma avaliação precisa, como as alterações fisiológicas referentes à idade, alterações da composição corporal do idoso e processos patológicos crônicos (Sampaio, 2004). � A anamnese irá detectar a queixa principal do indivíduo, sua história clínica pregressa, seus hábitos alimentares e consumo alimentar habitual. � O indivíduo idoso normalmente tem maior dificuldade de aceitar mudanças em seu estilo de vida, por isso a intervenção nutricional deve ser gradual, para que o idoso siga a orientação. (Vitolo, 2008) Ciclo “vicioso” do envelhecimento “Perfil” do Idoso Brasileiro o Renda insuficiente. o Sustenta a família c/ aposentadoria. o Maior expectativa de vida (c/ qualidade?). o Alimenta-se de forma inadequada – déficit de vários nutrientes. o Doenças. o Isolamento social. o Identificar risco nutricional nos idosos. o Identificar distúrbios nutricionais. o Monitorar intervenções nutricionais. o Identificar os determinantes do Estado Nutricional. Objetivos da Avaliação Nutricional Anamnese Nutricional o História geral o História médica o Exame físico o Avaliação do estado funcional e cognitivo o Perda de apetite o Alteração no peso o Ritmo intestinal o Uso de medicamentos o Tabagismo/etilismo/atividade física Anamnese Nutricional História sócio-econômica e psicossocial: o Estrutura familiar. o Suporte familiar. o Escolaridade. o Renda. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DADOS ANTROPOMÉTRICOS: Antropometria no idoso é um importante indicador nutricional, mas as alterações biológicas que ocorrem com o envelhecimento modificam a composição corporal. As principais alterações são: diminuição da massa muscular, aumento da gordura corporal, e em alguns casos encurvamento da coluna e/ ou o encurtamento das vértebras. Alguns autores sugerem que a flacidez da pele pode interferir na mensuração das dobras cutâneas, com resultados muitas vezes errôneos (Vitolo, 2008). O aumento de peso do homem alcança seu ápice aos 65 anos. As mulheres atingem o ápice de ganho de peso aos 75 anos. A partir dessa fase há uma diminuição do peso, que pode estar associada à perda de massa muscular. (OMS 1995, Menezes & Marucci, 2005) DADOS ANTROPOMÉTRICOS: Mensuração do Peso corporal - alguns idosos tem dificuldade para caminhar e ficar em pé. Há duas opções: pesar com uma cadeira (tirando o peso da cadeira). Ou estimar o peso através de uma fórmula de estimativa de peso para idosos (Chumlea e cols, 1985 e 1988). DADOS ANTROPOMÉTRICOS: PESO • CHUMLEA e cols. (1988): Para homens����Peso (kg)=[ (0,98 x Circunferência da Panturrilha) + (1,16 x Altura do Joelho) + (1,73 x Circunferência do Braço) + (0,37 x PCSE) – 81,69 ] Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria � Estimado: PESO • CHUMLEA e cols. (1988): Para Mulheres���� Peso (kg)= [(1,27 x Circunferência da Panturrilha) + (0,87 x Altura do Joelho) + (0,98 x Circunferência do Braço) + (0,4 x PCSE) – 62,35 ] Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria � Estimado: PESO USUAL Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria � Referência na avaliação das mudanças recentes de peso e em casos de impossibilidade de mensurar peso atual. % PU = PA/PU x 100 % PU Classificação < 74 Desnutrição severa 75-84 Desnutrição moderada 85-95 Desnutrição leve 95-110 Eutrófico Fonte: BLACKBURN e cols., 1977. Tempo Perda Significativa de Peso Perda Grave de Peso 1 semana 1 - 2% > 2% 1 mês 5% > 5% 3 meses 7,50% > 7,5% ≥≥≥≥ 6 meses 10% > 10% Fonte : BLACKBURN, G.L.; BISTRAIN, B.R. Nutritional and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN, 1: 11-22, 1977. PERDA PONDERAL RECENTE Qualquer porcentagem de perda ponderal é considerada clinicamente significativa nesses pacientes. Perdas muito rápidas ���� possibilidade de presença de patologias adjacente e associação com ↑↑↑↑ da mortalidade. Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria % PPR (Percentual de Perda de peso) = ((Peso Usual – Peso Atual) / Peso Usual) x 100 PESO IDEAL Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria � O peso ideal para idosos tende a ser maior do que o peso ideal para pessoas mais jovens IMC desejado para o idoso x A2 (m2) (IMC ���� 24,5 kg/ m2) % de Peso Ideal = PA/PI x 100 Fonte: ASPEN, 1993 % PI Classificação < 69 Desnutrição severa 70-79 Desnutrição moderada 80-90 Desnutrição leve 90,1-110 Normal 110,1-130 Excesso de peso 130,1-199 Obesidade > 200 Obesidade mórbida ESTATURA � Estatura diminui com a idade: ���� Declínio inicia-se aos 40 anos e acentua-se com a idade ���� Perissinoto et. al. (Itália): decréscimo de 2-3 cm por década �Euronut Seneca Study: decréscimo de 1-2cm em um estudo longitudinal de 4 anos. �Na América Latina no projeto SABE – 0,5 -2,0 cm por década Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria � Causas: Achatamento das vértebras, Redução dos discos intervertebrais, Cifose dorsal, Escoliose, Arqueamento dos membros inferiores e/ou Achatamento do arco plantar. • ALTURA DO JOELHO (CHUMLEA e cols., 1985): Para homens���� Altura (cm)= 64,19 – (0,04 x idade em anos) + (2,02 x altura do joelho em cm) Para mulheres���� Altura (cm)= 84,88 – (0,24 x idade em anos) + (1,83 x altura do joelho em cm) � Estimada: � Aferida: ESTATURA Realizada com um estadiômetro e com o idoso em pé, descalço, com os calcanhares juntos, costas eretas e braços estendidos ao lado do corpo Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria ESTATURA Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria � Estimada: • ALTURA RECUMBENTE; • EXTENSÃO DOS BRAÇOS; • ENVERGADURA DOS BRAÇOS (OMS, 1999): [ 0,73 x ( 2 x envergadura do braço em metros ) ] + 0,43 IMC - IDOSOS IMC (kg / m 2 ) Classificação < 22 Magreza 22 – 27 Eutrofia > 27 Excesso de Peso Fonte: Adaptado de LIPSCHITZ, D.A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary care, 21(1):55-67, 1994. Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria Estudos sugerem pontos de corte mais altos, pois os idosos necessitariam de uma reserva maior afim de prevenir a desnutrição PCT, CB, CMB � PCT (Prega Cutânea Tricipital): ���� Estimativa de reserva energética (tec. adiposo) ���� Pregas cutâneas: aferição menos precisa no idoso Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria � CB (Circunferência do Braço): ���� Estimativa de proteína. somática e tec. adiposo � CMB (Circunferência Muscular do Braço): ���� Estimativa de tecido muscular ���� CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x PCT (mm)) Tecido Adiposo - Dobras Cutâneas Limitações: o Flacidez da pele. o Perda de peso. o Retenção hídrica: edema, ascite. o Redução da elasticidade de pele. PCT, CB, CMB % Adequação (do PCT, CB e CMB) = (Medida do Paciente / Medida do Percentil 50) x 100 Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria PADRÃO DE REFERÊNCIA (para encontrar o Percentil 50 dessas medidas): � Adultos e Idosos (até 74 anos e 11 meses): • PCT e CB - Tabelas de Frisancho, 1990; • CMB - Tabelas de Frisancho, 1981. � Idosos a partir de 60 anos: • PCT, CB e CMB - NHANES III, 1988-1991. Valores do percentil 50 para PCT, CB, CMB (FRISANCHO) Idade(anos) Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 55 – 59,9 11.5 26 32.3 30.9 60 – 64,9 11.5 26 32 30.8 65 – 69,9 11 25 31.1 30.5 70 – 74,9 11 24 30.7 30.3 PCT (mm) * 1 CB (cm) * 1 CMB (cm) * 2 27.8 22.5 26.8 22.5 *1 Fonte : FRISANCHO, A.R. Anthropometric standards for the assessment of growth and nutritional status. University of Michigan, 1990. *2 Fonte : FRISANCHO, A.R. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of nutritional status. Am. J. Clin. Nutr., 34: 2540 – 2545, 1981. PCT, CB, CMB Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria Classificação do estado nutricional por meio dos percentis (Pº) de PCT, CB e CMB até 74 anos e 11 meses PCT, CB, CMB Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria Percentil Classificação > 90º obesidade > 75º sobrepeso 25º - 75º eutrofia 5º - 25º risco nutricional < 5º desnutrição Fonte: FRISANCHO, R. New standards of weight and body composition by frame size and height for assessment of nutritional status of adults and the elderly. Am J Clin Nutr, vol.40, p. 808-819, oct. 1984 Classificação, em percentis da PCT, CB e CMB de homens com 60 anos ou mais (NHANES III): PCT, CB, CMB Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria Classificação, em percentis da PCT, CB e CMB de mulheres com 60 anos ou mais (NHANES III): PCT, CB, CMB Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria Classificação do estado nutricional de idosos, utilizando-se a referência de NHANES III, PCT, CB, CMB Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria Percentil Classificação > 90º obesidade > 85º sobrepeso > 75º risco de sobrepeso 25º - 75º eutrofia 10º - 25º risco nutricional < 10º desnutrição Classificação do estado nutricional por meio dos percentuais de adequação de PCT, CB e CMB PCT e CB Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade % Adequação < 70% 70-80% 80-90% 90-110% 110-120% >120% CMB Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia % Adequação < 70% 70-80% 80-90% 90-110% Fonte: BLACKBURN E THORNTON, Nutritional assessment of the hospitalized patients. Med. Clin. North Am., 63: 1103 – 1115, 1979. PCT, CB, CMB Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria � Ponto médio entre última costela e crista ilíaca � Envelhecimento ���� redistribuição da gordura corporal (↓↓↓↓ nos membros e ↑↑↑↑ no abdômen) � Gordura abdominal ���� relação com complicações metabólicas associadas à obesidade CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria Risco de ELEVADO MUITO ELEVADO HOMEM ≥≥≥≥ 94 cm ≥≥≥≥ 102 cm MULHER ≥≥≥≥ 80 CM ≥≥≥≥ 88 cm complicações metabólicas asociadas à obesidade Fonte: OMS, 1998 � CP ���� medida antropométrica mais sensível de massa muscular para pessoas idosas � Como é feita a medida da CP? • Posição supina • Joelho dobrado em angulo de 90o • Calcanhar apoiado na cama ou cadeira • Mede-se a maior circunferência com fita métrica � Valores inferiores a 31 cm indicam perda de massa muscular (OMS, 1995) CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA Avaliação Nutricional do Idoso Antropometria CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA • Identifica Riscos de Doenças Crônicas • Prevalência de Desnutrição Calórico-proteíca • Aumenta Risco de Morbidade e Mortalidade • Doença X Envelhecimento X Desnutrição • Medicamento X Desnutrição Avaliação Nutricional do Idoso • HISTÓRIA NUTRICIONAL ATUAL – PERDA PONDERAL – APARELHO GASTROINTESTINAL – RITMO INTESTINAL – APETITE – ALERGIAS E AVERSÕES ALIMENTARES – RECORDATÓRIO E FREQUÊNCIA ALIMENTAR – HISTÓRIA ALIMENTAR = INGESTÃO DE ALIMENTOS Etapas da Avaliação Nutricional do Idoso • HISTÓRIA CLÍNICA • DADOS ANTROPOMÉTRICOS • DADOS BIOQUÍMICOS • EXAME FÍSICO E SISTÊMICO • MEDICAMENTOS EM USO • ESTADO MENTAL/COGNITIVO • INFORMAÇÕES PSICOSSOCIAIS Avaliação Nutricional do Idoso Possibilita a triagem dos pacientes em maior risco nutricional. Permite traçar o diagnóstico nutricional e auxilia no planejamento, implementação e acompanhamento de intervenções nutricionais. Avaliação Nutricional do Idoso AVALIAÇÃO SUBJETIVA AVALIAÇÃO OBJETIVA AVALIAÇÃO SUBJETIVA � Avaliação Nutricional Subjetiva em Geriatria Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) Mini Avaliação Nutricional (MAN) Avaliação Nutricional do Idoso Nutrition Screening Initiative (NSI) Avaliação Nutricional do Idoso � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: � Parâmetros: � Método: • História Clínica; • Exame Físico • Simples e de baixo custo; • Boa reprodutibilidade e confiabilidade. • Redução de peso nos últimos seis meses (e alterações no peso nas últimas 2 semanas) • Alterações na ingestão dietética (mudança não intencional e sua severidade e duração) • Presença de sintomas gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarreia e anorexia) Diariamente há mais de 1 sem.���� significativos • Capacidade funcional relacionada ao Estado Nutricional � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: � História Clínica: (alguns tipos – A, B, C) Avaliação Nutricional do Idoso • Perda de gordura subcutânea: Bíceps, Tríceps, Região abaixo dos olhos, Tórax • Perda de massa muscular: Têmporas, Ombros, Clavícula, Escápula, Costelas, Músculo interósseo do dorso da mão, Joelho, Panturrilha, Quadríceps • Presença de edema e ascite: Resultante de desnutrição � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: Avaliação Nutricional do Idoso � Exame Físico: (normal, leve, moderado, grave) � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: Avaliação Nutricional do Idoso Depleção grave de reservas energéticas na região biciptal � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: Avaliação Nutricional do Idoso Depleção grave de reservas energéticas triciptal � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: Avaliação Nutricional do Idoso Depleção leve de tecido muscular na região dos ombros (processo acromial) � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: Avaliação Nutricional do Idoso Depleção moderada de tecido muscular na região supraclavicular e infraclavicular � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: Avaliação Nutricional do Idoso Depleção moderada de tecido muscular na região de quadríceps � Avaliação Nutricional Subjetiva Global: Avaliação Nutricional do Idoso Depleção grave de tecido muscular no dorso da mão, na região entre o polegar e o indicador Fonte: Barbosa-Silva e Barros � Mini Avaliação Nutricional do Idoso: � Método: • Prático, de simples mensurações e de questões rápidas; • Validado na avaliação do Risco Nutricional de idosos para desnutrição, seja em assistência hospitalar ou ambulatorial; • A MAN inclui uma parte de triagem e outra de avaliação. Traduzida e Validada para a População Brasileira Avaliação Nutricional do Idoso � Mini Avaliação Nutricional do Idoso: � Triagem: � Avaliação Global: Avaliação Nutricional do Idoso 6 questões relacionadas ao IMC, problemas neuropsicológicos, mobilidade, perda ponderal recente, ingestão alimentar e presença de doença aguda Medidas antropométricas; avaliação relacionada ao modo de vida, medicação e capacidade funcional; questionário dietético; avaliação subjetiva � Nutrition Screening Initiative: � Método: Avaliação Nutricional do Idoso • Questionário auto-aplicável de 10 perguntas • Estabelecido em 1990 nos EUA • Aplicado na atenção primária à saúde • Objetivo principal: despertar consciência sobre os problemas nutricionais • Eficiência limitada ���� baixa relação risco de mortalidade • Não foi validado para utilização no Brasil � Nutrition ScreeningInitiative: � Método: • Investiga pontos de risco: ���� Doenças ���� Hábitos alimentares precários ���� Perda dental ou dor de dente ���� Dificuldade econômica ���� Contato social reduzido ���� Múltiplos medicamentos ���� Perda de peso involuntária nos últimos 6 meses ���� Necessidade de auxílio na cuidado próprio Avaliação Nutricional do Idoso Nutrition Screening Form Read the statements below. Circle the number in the yes column for those that apply to you. YES I have an illness or condition that made me change the kind and/or amount of food I eat. 2 I eat fewer than 2 meals per day. 3 I eat few fruits or vegetables, or milk products. 2 I have 3 or more drinks of beer, liquor or wine almost every day. 2 I have tooth or mouth problems that make it hard for me to eat. 2 I don't always have enough money to buy the food I need. 4 I eat alone most of the time. 1 I take 3 or more different prescribed or over-the-counter drugs a day 1 Without wanting to, I have lost or gained 10 pounds in the last 6 months. 2 I am not always physically able to shop, cook, and/or feed myself. 2 Total Total The Nutritional Score. If It's 0-2 Good! Recheck nutritional score in 6 months 3-5 You are at moderate nutritional risk. Recheck nutritional score in 3 months. 6 or more You are at high nutritional risk. Talk with your physician or dietitian. These materials developed and distributed by the Nutrition Screening Initiative, a project of: American Academy of Family Physicians The American Dietetic Association National Council on the Aging, Inc. AVALIAÇÃO OBJETIVA Cada instituição deve elaborar seu próprio protocolo Avaliação Objetiva e Completa Análise mais minuciosa da situação de saúde e nutrição dos indivíduos Avaliação Nutricional do Idoso 1. Consumo alimentar; 2. Antropometria; 3. Estado clínico-nutricional; 4. Perfil bioquímico e laboratorial; 5. Interações drogas-nutrientes; 6. Avaliação metabólica. Seis subavaliações: AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR Avaliação Nutricional do Idoso Consumo Alimentar Está estritamente associado ao prognóstico de possíveis patologias apresentadas pelo idoso; O levantamento do consumo alimentar é realizado, em geral, por meio de entrevista (IDEAL: colaboração do entrevistado) Mas o idoso pode se sentir incapaz de recordar dos questionamentos a cerca de sua alimentação presença de um CUIDADOR / FAMILIAR Recordatório 24 h Frequência de Consumo Registro Alimentar Dia Alimentar Habitual VANTAGENS DESVANTAGENS Avaliação Nutricional do Idoso Consumo Alimentar � Inquéritos Alimentares mais comuns: VANTAGENS: - baixo custo; - independente do nível de escolaridade ou sócio-econômico; - rápido com adultos DESVANTAGENS: - necessita da memória; - a ingestão prévia das últimas 24 horas pode ter sido atípica; - demanda tempo (idoso); - pode-se induzir o idoso Recordatório 24 h Avaliação Nutricional do Idoso Consumo Alimentar Perguntar quais foram os alimentos ingeridos em cada refeição ao longo das 24 horas anteriores VANTAGENS: - baixo custo; - independente do nível de escolaridade ou sócio-econômico; - rápido com adultos DESVANTAGENS: - necessita da memória; - difícil em alimentações muito variadas (raro em idosos); - demanda tempo (idosos); - pode-se induzir o idoso Dia Alimentar Habitual Avaliação Nutricional do Idoso Consumo Alimentar Perguntar quais são os alimentos normalmente ingeridos em cada refeição ao longo de 24 horas VANTAGENS: - baixo custo; - independente do nível de escolaridade ou sócio-econômico; - obtém-se o consumo de alimentos específicos DESVANTAGENS: - necessita da memória; - pouca validade para avaliação da maioria dos micronutrientes; - pode-se induzir o idoso; - quantificação imprecisa Frequência de Consumo Avaliação Nutricional do Idoso Consumo Alimentar Perguntar a frequência de consumo de determinados alimentos (ou entregar questionário auto-aplicável). A lista de alimentos deve ser adaptada ao público que se trabalha. VANTAGENS: - informação mais precisa (registro de 2 dias ou mais); - depende menos da memória; - não demanda tempo no momento da consulta DESVANTAGENS: - dependente do nível de escolaridade; - depende da motivação do idoso ou familiar; - o ato de registrar pode modificar a dieta habitual Registro Alimentar Avaliação Nutricional do Idoso Consumo Alimentar O idoso ou familiar/cuidador deve preencher um formulário no momento da realização das refeição com as seguintes informações: refeição, horário e local da refeição, alimentos ingeridos e quantidade. AVALIAÇÃO CLÍNICO-NUTRICIONAL � O que investigar em uma avaliação clínico- nutricional? • Aspecto geral (Ex.: emagrecido). • Aspecto geral dos tecidos adiposo e muscular (Ex.: depleção de tecido muscular nas têmporas) • Mucosas (Ex.: hipocoradas). • Pele (Ex.: presença de xerose). • Extremidades (Ex.: edema). • Olhos (Ex.: xerose conjuntival). • Boca, língua e DENTES . • Cabelos (Ex.: quebradiços, alopecia). Avaliação Nutricional do Idoso Avaliação Clínico-nutricional � O que investigar em uma avaliação clínico- nutricional? • Unhas (Ex.: rugosas). • Aspecto geral do abdome e dos órgãos (Ex.: ascite). • Situação psicológica ou neurológica – aparente (Ex.: paciente com alterações psicomotoras e desorientação no tempo e espaço). • Outra condição que for possível verificar e que possa ter relação com a alimentação ou nutrição do indivíduo. Avaliação Nutricional do Idoso Avaliação Clínico-nutricional � Deficiências de micronutrientes são mais comuns em idosos: Deficiências sub-clínicas tem maior prevalência � Anemias nutricionais (1/3 das causas de anemias): Ferro, vit. B12, ácido fólico. Observar presença de sinais / sintomas � Outras deficiências são frequentes nos idosos, mas com rara manifestação clínica. Avaliação Nutricional do Idoso �Avaliação Clínico-nutricional Sinais e sintomas da deficiência de B12 e Ácido Fólico • Glossite. • Apatia. • Perda do senso de posição. • Parestesia, fraqueza motora, demência (só B12) Avaliação Nutricional do Idoso �Avaliação Clínico-nutricional Sinais e sintomas da deficiência de Ferro • Palidez. • Apatia, fraqueza. • Dispneia. • Atrofia das papilas gustativas. • Unha quebradiça, rugosa. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA � Investigar deficiências nutricionais: comuns em níveis sub-clínicos. Avaliação Nutricional do Idoso Avaliação Bioquímica Indicadores do estado nutricional IMPORTANTE A SOLICITAÇÃO DE EXAMES Complementares (presença de múltiplas patologias que necessitam de acompanhamento) � Exames indicadores do estado nutricional do idoso: • Índice de creatinina-altura. • 3 – metilhistidina urinária. • Albumina. • Transferrina. • Pré-albumina. • Proteína transporte de retinol. • Contagem Total de Linfócitos. • Hemograma (anemias). • Dosagens de vitaminas/minerais (def. nutricionais). • Colesterol total (índice prognóstico nutricional). Avaliação Nutricional do Idoso Avaliação Bioquímica INTERAÇÕES DROGAS x NUTRIENTES � Muito importante a avaliação da interação drogas nutrientes: USO DE MÚLTIPLOS MEDICAMENTOS! Avaliação Nutricional do Idoso Interações Drogas-nutrientes � Medicamentos interferindo na alimentação e nutrição do idoso. � Alimentação e nutrição interferindo na absorção e na eficácia do medicamento. Interação droga-nutriente Tranquilizantes:↓ absorção intestinal. Diuréticos: desidratação, depleção de eletrólitos, vitaminas hidrossolúveis. Laxantes: desidratação, depleção de vitaminas lipossolúveise minerais (Sódio e Potássio). Antibióticos: alteram a flora intestinal, má absorção de carboidratos, vit. B12, Cálcio, Ferro e Magnésio. Interação droga-nutriente Anti-hipertensivos: ↓ Potássio, Cálcio, Zinco e Ferro (↓ absorção). Analgésicos e anti-inflamatórios: > risco de gastrite e úlceras. Anti-hiperlipidêmicos: ↓ absorção de vitaminas lipossolúveis e carotenoides. Corticoides: > risco de gastrite, osteoporose, hiperglicemia. • É um processo normal que começa na concepção e termina na morte. • É marcado por perdas progressivas (massa corpórea magra e mudanças na maioria dos sistemas orgânicos). • Existe uma redução gradual do funcionamento de várias células, com redução do seu metabolismo. Processo de Envelhecimento • Redução do Paladar – Início: 60 anos e torna-se > 70 anos – < papilas gustativas + condições médicas + medicações Dificuldades em identificar sabores: doces, salgado, azedo e amargo Alterações Sensoriais • Redução do Olfato – Dificuldades em indentificar odores e alimentos ingeridos Alterações Sensoriais • Redução da Visão • Redução da Audição • Redução do Tato Ingestão reduzida de alimentos Reconhecimento alimentar Habilidade em se alimentar Alterações Sensoriais • Xerostomia (ausência de salivação) – Afeta mais de 70% dos idosos – ↓ ingestão alimentar • Ausência de peças dentárias – As pessoas que usam dentaduras mastigam 75 a 85% menos eficientemente que aquelas com dentes originais – ↓ ingestão alimentar (carnes, frutas, verduras frescas) – deficiência de energia, PTN, Vit C, folato, Beta-caroteno, ferro • Cáries • Periodontite Estado de Saúde Oral • Decréscimo de secreções digestivas e motilidade gastrointestinal • Alteração hormonal – ↓ colecistocinina(CCK) � anorexia • Hipocloridria (↓ Secreção gástrica) – causa de gastrite atrófica • aumentam o pH gástrico e intestino delgado e crescimento excessivo bacteriano • ↓ absorção de Vit B12 � anemia perniciosa Alterações Gastrointestinais • ↓ Absorção de Cálcio � alterações nos processos de transporte do cálcio. • Constipação – ↓motilidade intestinal – ↓tônus muscular – ↓ ingestão de líquidos – Inatividade – Depressão – ↓ingestão de alimentos Alterações Gastrointestinais • ↓ tolerância a glicose – Menor produção de insulina • ↓Taxa Metabólica Basal – em torno de 20% entre as idades de 30 a 90 anos – ↓ massa magra Alterações Metabólicas • Hipertensão – Os vasos sanguíneos são menos elásticos e a resistência total periférica aumenta • Hipercolesterolemia (CT / LDL) • Hipertrigliceridemia Alterações Cardiovasculares • Redução da função renal – 50% entre as idades de 30 a 80 anos – Os rins perdem até 10% do seu peso total • Menor Capacidade de manipular desafios metabólicos – Resposta ácido-basica – Excreção de metabólitos da Proteína – Excreção de eletrólitos • Nefropatia geriátrica – induzida pela supernutrição proteica crônica Alterações Renais • Confusão mental – Parkinson – Alzeheimer – outras causas Alterações Neurológicas • ↓ função imunológica INFECÇÕES Alterações Imunocompetência • Algumas células do sistema imunológico são alteradas com a idade, e as respostas celulares (células específicas do sistema imunológico) parecem ser mais afetadas do que as respostas humorais (mediadas por anticorpos) e a diminuição em proteínas e energia, ou a deficiência de micronutrientes como zinco, vitamina B6, vitaminas A, C e E, estão relacionadas a alterações imunológicas e, consequentemente, com infecções, responsáveis por um grande número de mortes. Alterações Imunocompetência • Isolamento Social • Depressão • Viuvez • Imobilidade • Suprimento inadequado em casa • Renda da aposentadoria Alterações Psicossociais • ↓Massa Muscular � ↑Massa Gorda e tecido conjuntivo • Perda de proteína visceral e muscular • Gordura depositada no tronco e ao redor dos órgãos viscerais • Gordura subcutânea levemente aumentada • ↓ densidade óssea � osteoporose • Encurtamento da coluna espinhal leva à perda da estatura Alterações Músculo-esquelética Relações entre nutrientes e o cérebro Função Cerebral Ingestão inadequada ou deficência Perda de memória em curso prazo Vitamina B12, vitamina C Resultados fracos em testes de resolução de problemas Riboflavina, folato, vitamina B12, vitamina C Demência Tiamina, Zinco Capacidade cognitiva Folato, Vitamina B6, Vitamina B12 e Ferro Degeneração do tecido cerebral Vitamina B6 Os exames bioquímicos podem detectar problemas nutricionais de maneira precoce e seus resultados devem ser avaliados com cuidado, pois nessa fase patologias, medicamentos ou estresse podem interferir no resultado (Najas & Sachs, 1996). Os exames bioquímicos para a avaliação nutricional são: glicemia, albumina, marcadores do metabolismo de ferro (transferrina e ferritina), hematócrito, hemoglobina, contagem de linfócitos, colesterol e frações, triglicérides e vitamina B12 e ácido fólico (Vitolo, 2008). Níveis baixos de ácido úrico e da glicemia em jejum estão associados à perda de peso. Já a intolerância à glicose e hiperlipidemia tem relação direta com o aumento da circunferência da cintura (gordura visceral) (Vitolo, 2008). A hipoalbuminemia tem relação com a desnutrição (perda de peso e massa magra) e diminuição da resposta imunológica. Porém a hipoalbuminemia correlacionada com doenças crônicas pode não ter relação com desnutrição, pois a presença de doenças inflamatórias pode reduzir os níveis dessa proteína (Vitolo, 2008). Níveis baixos de colesterol total são documentados como possíveis indicadores de desnutrição, hipercatabolismo e má absorção (Vitolo, 2008). A diminuição de ferro sérico, com redução de ferritina e níveis elevados de transferrina indica deficiência de ferro (Vitolo, 2008). A correta interpretação desses exames é complexa, já que outros fatores como uso de medicamentos e doenças podem interferir nos resultados. Por isso a interpretação deve fazer parte de uma avaliação conjunta de todo o prontuário de cada paciente individualmente. COELHO, S.C., NASCIMENTO, T.B.M. Avaliação Nutricional em Geriatria. In: DUARTE, A.C. CASTELLANI, F.R. Semiologia Nutricional. Axcel Books. Rio de Janeiro, 2002.p. 113-135. (cap 15) PFRIMER, K.; FERRIOLI, E. Avaliação Nutricional do Idoso. In: VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: Da Gestação ao Envelhecimento. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2008. p.435-448. (cap 45). PFRIMER, K.; FERRIOLI, E. Avaliação Nutricional do Idoso. In: VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: Da Gestação ao Envelhecimento. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2008. p.459-462. (cap 47). SAMPAIO, L.R, et al. Avaliação bioquímica do estado nutricional. In: SAMPAIO, L.R. Avaliação Nutricional. Salvador: EDUFBA, 2012.p. 23-46. GARCIA, A.N.M, et al. Indicadores antropométricos na avaliação nutricional de idosos: um estudo comparativo. Rev. Nutr., Campinas, 20(4):371-378, jul./ago., 2007. REFERÊNCIAS