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Intro., Custeio por Absorção e Variável (nao acabado)

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Os Custos vão ser influenciados por uma série de variáveis, internas e externas. Podemos citar como variáveis internas o modo de operar, qualificação da mão de obra, e como variável externa o preço dos insumos e o nível da demanda.
Quais os Objetivos de uma Empresa, na apuração de seus Custos?
Atender a exigências legais quanto à apuração dos resultados de suas atividades, e avaliação de estoques;
Para dar conhecimento acerca dos custos, a fim de subsidiar a tomada de decisões e o exercício de controles.
No primeiro item, o método de Custeio utilizado deve estar de acordo com os princípios contábeis e com as normas e legislação vigentes. Já para a tomada de decisões, poderá ser escolhido qualquer método de Custeio capaz de oferecer as informações que atendam às suas necessidades.
Existem vários métodos de Custeio, que será escolhido de acordo com o objetivo da empresa. Eles estão divididos em Métodos de Custeio Tradicionais e Métodos de Custeio Contemporâneos.
Métodos de Custeio Tradicionais: Avaliam o custo dos produtos levando em consideração que esses produtos são geradores de custos, são mais adequados em ambientes de produção que predominem os custos diretos, e são baseados no volume produzido, ou seja, para eles o comportamento dos custos varia de acordo com a quantidade fabricada. São eles, Custeio por Absorção, Custeio Pleno e Custeio Variável.
Métodos de Custeio Contemporâneos: Surgidos em resposta à nova dinâmica de mercado globalizado e altamente competitivo, os novos métodos são elaborados para aplicações específicas, o principal, o Custeio ABC, que através deste, podemos identificar as atividades que agregam valor e aquelas que não agregam valor, ou seja, aquelas imprescindíveis para a gestão da empresa e aquelas que poderiam ser eliminadas sem influenciar a gestão da empresa.
I - DIFERENCIAÇÃO ENTRE CUSTO E DESPESA NAS EMPRESAS
Podemos citar 03 (três) tipos de empresas, a Industrial, Comercial, Prestadora de Serviços. Cada uma delas terá suas peculiaridades quanto à observação dos custos e das despesas.
Empresa Industrial: Nessas Empresas, é importante destacar que na demonstração dos resultados, as despesas vão ser correspondentes ao total do exercício, já os custos, corresponderão à quantidade vendida, não à quantidade fabricada.
Empresa Comercial: Diferentemente da empresa industrial, a empresa comercial não fabrica seus produtos, apenas os revende, logo, os custos nessas empresas, serão os gastos relativos à aquisição das mercadorias para revenda, que na Demonstração de Resultados corresponderão à quantidade vendida.
Empresa Prestadora de Serviços: Nela os custos corresponderão aos gastos relativos à execução dos serviços.
Tipos de Gastos:
Custo é um gasto expresso em moeda, que foi empregado na fabricação dos produtos, bens ou serviços, são consumidos no ambiente fabril nas empresas Industriais, ou para aquisição de mercadoria para revenda nas empresas Comerciais, ou ainda para a execução de serviços nas empresas Prestadoras de Serviços.
Despesa é um gasto feito com a finalidade de obtenção de receitas e que não foi empregado na fabricação dos produtos, bens ou serviços. São consumidos para administrar a empresa e realizar as vendas.
Investimento é um gasto ativado (que é registrado no Ativo da empresa) que dará suporte estrutural, tecnológico ou operacional à empresa, como por exemplo a aquisição de Matéria-Prima, Veículos, Equipamentos, Ações e etc.
Perda se subdivide em Perdas Normais, que são aquelas que ocorrem no processo de produção do produto, como sobra de matéria prima. Perdas Anormais, são aquelas que ocorrem involuntariamente por acidente ou caso fortuito.
OBS: É importante destacar que ao se comprar Matéria-Prima, ela será estocada e será considerada INVESTIMENTO, sendo registrado no Ativo da Empresa, mas quando requisitamos essa Matéria-Prima e a aplicamos na produção, temos o CUSTO, logo após o produto ficar acabado e voltar ao estoque para venda, teremos novamente um INVESTIMENTO.
OBS: Depois de calculado o custo dos produtos acabados, quando finalizada a produção, os gastos incorridos para realizar a venda desses produtos serão considerados despesas com vendas.
 OBS: Os gastos com Encargos Financeiros, tanto os juros sobre Capital Próprio quanto juros de Financiamentos, serão sempre considerados como despesas, mesmo se forem relativos a financiamento para aquisição de matéria-prima ou algo ligado ao processo produtivo, por exemplo.
II - CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Podem ser classificados segundo dois critérios, no primeiro serão classificados de acordo com variáveis que influenciarão o custo de cada produto fabricado – custo direto e indireto, e no segundo serão classificados de acordo com o volume de produção – custo fixo ou variável, Semivariável ou Semifixo.
Custos Diretos ou Indiretos
Custos Diretos são aqueles que podem ser mensurados objetivamente e apontados quanto exatamente desse elemento foi consumido na fabricação do produto. Ex: Matéria Prima, podemos apontar quanto de matéria prima foi efetivamente consumida, Mão de obra direta, podemos apontar quantas horas de mão de obra foram utilizadas.
Custos Indiretos são aqueles que não podem ser mensurados claramente, para serem aplicados aos produtos, precisam ser calculados por meio de rateio ou estimativa, ou seja, são apropriados indiretamente, sendo que o parâmetro para realizar esse cálculo é chamado de Base ou Critério de Rateio. Essas Bases de rateio nada mais são do que as proporções dos custos que será aplicada em cada produto. (vide exemplo da pág. 10 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
Custos Fixos e Variáveis, Semivariáveis e Semifixos
Custos Fixos são aqueles que não variam em relação ao volume de produção, a empresa poderá produzir a capacidade máxima ou não produzir nada naquele período, mas os custos fixos serão os mesmos. Ex: Aluguel do imóvel onde funciona a fábrica, depreciação de equipamentos da fábrica e etc.
Custos Variáveis são aqueles que variam de acordo com a maior ou menor produção, devido a isso, esse tipo de custo só ocorre quando há produção. Ex: Matéria Prima e Energia Elétrica que variam seu consumo de acordo com o volume de produção, se não houver produção, não haverá consumo.
Custos Semivariáveis são aqueles que se comportam primeiramente como custos variáveis, mas que também em certo ponto se comportam como custos fixos. Ex: Na fábrica, quando o consumo de energia fica abaixo de um mínimo estipulado, ou mesmo não havendo consumo nenhum de energia, é necessário mesmo assim pagar uma taxa à fornecedora de energia, essa taxa é fixa e é considerada custo fixo, logo a partir de certo ponto da produção em que há maior consumo de energia, o custo da energia deixa de ser uma taxa fixa e passa a ser proporcional ao consumo, virando custo variável.
Custos Semifixos são custos fixos que se alteram em decorrência de alguma mudança física que aumente seu valor, ele crescerá, mas logo depois permanecerá fixo e constante. Ex: temos o custo fixo do aluguel do imóvel da fábrica, só que devido ao aumento na produção, tornou-se necessário o aluguel de outro imóvel para aumentar a fábrica, logo o valor do custo fixo do aluguel aumentará e logo depois permanecerá constante novamente.
OBS: As Despesas também podem ser classificadas como Fixas ou Variáveis, em relação ao volume de vendas. Serão Despesas Variáveis as Comissões pagas ao vendedor pois variam de acordo com o volume de vendas. Já o aluguel do escritório é uma Despesa Fixa pois não depende do volume de produção.
OBS: Existem também outras terminologias em Custos: 
Custo de Produção do Período = Material Utilizado + MOD + CIF; 
Custo de Primário = Material Direto + MOD; 
Custo de Conversão ou Transformação = MOD + CIF.
Custo de Aquisição = Compreende todos os gastos incorridos para a colocação do produto em condições de uso (estoque). Compreende: Valor da aquisição de materiais (Materia Prima ou Material para revenda); Todos os tributos incidentes sobre acompra destes, excluindo os recuperáveis (Sobre Materia Prima = IPI, ICMS, PIS e COFINS; Sobre Material para revenda = ICMS; PIS e COFINS); Custos de Transporte, Fretes e Seguros; Descontos incondicionais obtidos e abatimentos sobre compras, que deverão ser deduzidos do valor do custo de aquisição. (Olhar exemplo no slide).
III - MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO
A principal característica deste método de custeio é que ele atribui os custos fixos e variáveis aos produtos. Deste modo, os produtos absorvem todos os custos incorridos no período.
Nesse método de custeio ele identifica 3 elementos que compõem o Custo de Fabricação:
	Material Direto: É todo o material que integra fisicamente os produtos acabados (matéria prima).
	Mão de Obra: É necessária para transformar as matérias primas no produto.
	Demais Custos: São representados pelos custos indiretos, como energia elétrica, depreciação, impostos e etc.
MATÉRIA PRIMA
Em uma empresa industrial são utilizados vários tipos de materiais, existem aqueles que vão integrar os produtos, chamados de Materiais Diretos, como existem aqueles que participam do processo de fabricação mas não integram o produto, são conhecidos como Materiais Auxiliares de Produção ou Materiais Indiretos.
O custo da Matéria Prima deve corresponder à quantidade consumida na fabricação do produto. Existem casos em que a quantidade de matéria prima requisitada não corresponde ao total efetivamente incorporado ao produto, isso se deve a Perdas de Material durante o processo de fabricação, que são chamadas de Perdas Normais, podendo ser apenas minimizadas, mas não evitadas, por isso, devem integrar o custo dos produtos. Por ouro lado existem as Perdas Anormais, estas não acontecem no processo produtivo, mas sim por infortúnios ou acidentes e não integram os custos do produto mas sim deverão ser levados diretamente ao resultado do exercício.
Na aquisição da Matéria Prima, a empresa incorre sobre outros gastos além do valor do custo da Matéria Prima, há também valores como frete, seguro e tributos sobre a compra. Como dito anteriormente, todos esses gastos constituem o Custo de Aquisição, o qual corresponderá ao Custo da Matéria Prima e que são geralmente formados pelo custo da Mercadoria, pelo frete, seguro da mercadoria, tributos que podem ser recuperados ou não. No caso desses tributos, devemos estar atualizados sobre a legislação vigente e o tipo de tributação da empresa, se pelo Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional, alguns são chamados de recuperáveis devido ao fato de que, ao serem pagos no momento da aquisição da mercadoria, eles serão repassados ao consumidor no momento da venda do produto, e assim por diante até chegar ao consumidor final. (vide exemplo das págs. 29, 30 e 31 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.). Já quanto ao Frete e ao Seguro, existem duas modalidades de apuração desses gastos, o CIF (cost, insurance and freighh = custo, seguro e frete) que é a modalidade na qual a empresa que vende o Material (Fornecedor) é responsável pela entrega na empresa compradora e pelos gastos relativos a essa entrega (frete e seguro) que de certo serão embutidos no preço da venda, e o FOB (free and board = “posto a bordo”) que é a modalidade na qual a empresa compradora assume a responsabilidade pelos gastos com frete e seguro.
IV – MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL
Para fins de Avaliação de Estoques, a absorção de todos os custos obedece aos princípios de Contabilidade, porém, muitas vezes, para fins gerenciais e para tomada de decisões, o Método de custeio por Absorção não é eficiente, pois também inclui os custos fixos, que não são efetivamente consumidos no processo produtivo, mas sim correspondem aos recursos necessários para manter a estrutura da produção, como por exemplo, aluguel. Os custos fixos são classificados como custos indiretos atribuídos através de rateio, e estes por serem arbitrários, podem afetar o custo de maneira indevida.
Através do Método de Custeio Variável, os custos fixos não serão apropriados, e receberão somente os custos decorrentes da produção, isto é, os custos variáveis. Os custos Fixos, nesse caso, irão diretamente para o Resultado do Exercício como custos do período, ou seja, de forma integral, ao contrário do que ocorre no custeio por absorção, que só calcula o custo fixo relativo à quantidade vendida. O Custeio Variável não é aceito pela Auditoria Externa das empresas que tem capital aberto, e nem pela Legislação do Imposto de Renda, bem como por uma parcela significativa de contadores, porque fere os princípios da Realização de Receita, da Confrontação e o de Competência.
Para realização do custeio Variável, devemos discriminar os custos variáveis e fixos, porém existem aqueles que se comportam como os dois, são os custos semivariáveis, nesse caso usaremos um método para identificar a parcela fixa e a variável desses custos. O Método dos Pontos Máximos e Mínimos ou Pontos Altos e Baixos consiste em identificar, dentro de um espaço de tempo, quais os períodos de maior produção e maior custos, e menor produção e menor custos, ou seja, os pontos altos e baixos, depois calculamos a diferença entre os maiores e dos menores pontos (maior ponto de custo – menor ponto de custo; maior ponto de produção – menor ponto de produção), do resultado dessas diferenças, dividimos a diferença dos pontos de custos pela diferença dos pontos de produção, assim acharemos a taxa do custo variável unitário, a partir daí, para achar o custo variável, basta multiplicar essa taxa pela produção do período para achar o custo variável correspondente a ele. (vide exemplo da pág. 136 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
No custeio variável não podemos falar de lucro por produto, pois descobrimos o lucro através da subtração de todos os custos e despesas, do valor de venda. Então, como o custeio variável não leva em consideração todos os custos, não podemos descobrir o lucro das operações. Através do custeio variável podemos apenas gerar uma margem chamada de Margem de Contribuição, que é o valor que sobra do preço de venda depois da dedução dos custos e despesas variáveis. Caso o preço de venda de um produto seja inferior a seus custos e despesas variáveis, temos uma Margem de Contribuição Negativa, a empresa só terá lucro quando, obviamente, a Margem de Contribuição for superior aos Custos e Despesas fixos.
Margem de Contribuição MC = PV – (CV+DV)
Lucro Operacional = MC – (CF + DF)
Existem alguns custos e despesas fixas que devem ser deduzidos no custeio variável, são os chamados custos fixos identificados e despesas fixas identificadas, que são custos(produção) e despesas(comercialização) específicos para determinado produto ou linha de produtos, por exemplo, para fabricação de determinado produto, existe uma máquina específica, nesse caso a depreciação dessa máquina é considerada custo fixo identificado e deverá ser apropriado no custeio variável, o mesmo vale para despesas fixas identificadas.
O conceito de Margem de Contribuição nos permite dizer que aquele produto que tiver a maior Margem de Contribuição oferecerá maior possibilidade de lucro, porém, quando no processo produtivo haverem fatores que limitem a produção, os chamados gargalos, não devemos imediatamente dar preferência aos produtos com maior Margem de Contribuição, mas sim analisar a Margem de contribuição unitária de cada produto calculada pelo fator limitante, por exemplo, se o fator limitante for matéria prima limitada, forçando-nos a escolher qual produto produzir mais, devemos pegar as margens de contribuição dos produtos e dividir pelas respectivas quantidades de matéria prima gastas por cada um, pois matéria prima é o gargalo, assim descobriremos qual tem maior margem de contribuição em função do fator limitante de produção. (vide exemplo da pág. 136 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
Empresas no início de suas atividades tendem a começar com prejuízos, principalmente devido à demandade produtos não superar os custos e despesas, assim elas não têm lucro ou o lucro obtido não é suficiente para recuperar os investimentos realizados. Para evitar esse tipo de problema, o empreendedor deve realizar um cálculo para descobrir a quantidade ideal de venda para a receita cobrir os custos e as despesas, não apresentando nem lucro e nem prejuízo, essa informação é chamada de Ponto de Equilíbrio, que é o número de vendas necessárias para cobrir os custos e despesas, assim, as vendas adicionais após ser atingido o ponto de equilíbrio, gerarão lucro. O cálculo do ponto de Equilíbrio pode ser feito assim: 
PE = Custos e Despesas Fixos/Margem de Contribuição Unitária
(OBS: O resultado do PE será o número de unidades necessárias a serem vendidas para se alcançar o equilíbrio)
(vide exemplo da pág. 149 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
Existem três tipos de Pontos de Equilíbrio, dependendo da análise a ser realizada:
Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC): 
É o Ponto de Equilíbrio normal, aquele que a margem de contribuição pode cobrir os custos e despesas fixos de um período. Nesse Ponto de Equilíbrio não se levam em consideração o Custo de Oportunidade (Que corresponde àquilo que você deixa de ganhar por uma segunda melhor opção de investimento, valor esse que torna-se o mínimo esperado do investimento escolhido), os Juros pagos por empréstimos efetuados e etc. Fórmula: PE=Custos e Despesas Fixos/Margem de Contribuição Unitária
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE):
É diferente do Ponto de Equilíbrio Contábil porque considera que a margem de contribuição deve cobrir além dos custos e despesas fixos, também o custo de oportunidade. Fórmula: PE=(Custos e Despesas Fixos + Custo de Oportunidade)/Margem de Contribuição Unitária
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF):
Já o Ponto de Equilíbrio Financeiro considera que a margem de contribuição deverá cobrir os custos e despesas fixos sem incluir a depreciação, pois considera somente os custos que representam desembolso para a empresa, assim não consideram a depreciação mas incluem a amortização de empréstimos e o pagamento de juros. Fórmula: PE=(Custos e Despesas Fixos – Depreciação)/Margem de Contribuição Unitária
Ponto de Equilíbrio para um Mix de Produtos: O Ponto de Equilíbrio é facilmente descoberto quando analisamos somente um produto, ou quando analisamos vários produtos que possuem mesma margem de contribuição. Quando analisamos produtos que possuem mesma margem de contribuição, o Cálculo do Ponto de Equilíbrio será normal, utilizando-se tal margem, assim, ao encontrarmos o número de unidades totais a serem vendidas necessárias para atingir o equilíbrio, podemos dividir esse número de unidades entre os produtos indiscriminadamente mas de forma que sua soma seja o PE. (vide exemplo da pág. 152 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
Não ocorre o mesmo quando temos vários produtos com margens de contribuição diferentes, assim devemos realizar um cálculo para indicar um mix de produtos para alcançar o Ponto de Equilíbrio. Primeiramente devemos identificar as porcentagens na proporção de unidades vendidas de cada produto, depois aplicamos as porcentagens de cada produto em cima da margem de contribuição do produto correspondente, assim descobriremos a Margem de Contribuição Média Ponderada de cada produto, logo após jogamos a soma da Margem de Contribuição Média Ponderada de todos os produtos na fórmula do PE: PE = Custos e Despesas Fixos/Média de Contribuição Ponderada; Depois de descoberto o PE a partir da média ponderada, utilizamos as porcentagens de unidades vendidas de cada produto, em cima do total do PE, assim dividiremos o total do PE nas proporções de venda de cada produto. (vide exemplo da pág. 152 e 153 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
O aumento na produção e venda de produtos, nem sempre ocasionará o lucro para a empresa, para entendermos isso, devemos analisar o comportamento dos custos e despesas totais ao longo de um período e o comportamento do preço de venda e da receita, ao longo de um período em que há aumento de produção. O comportamento dos Custos e despesas Fixos só será alterado quando houver aumento da capacidade de instalação, como por exemplo aluguel de mais um imóvel para aumentar a fábrica (custo semifixo). O comportamento dos Custos e Despesas Variáveis podem não ocorrer na mesma proporção que o aumento de volume produzido, como por exemplo as despesas de transporte, ou ainda diminuir em certo momento do crescimento produtivo, como por exemplo o custo da matéria-prima que com o aumento da produção faz-se necessário maior aquisição, assim o fornecedor poderá dar maiores descontos, logo o custo da matéria-prima diminuiria. Já o comportamento do preço de venda e da Receita, não aumenta de forma constante, porque, no início, quando a produção e oferta de produtos é baixa, são insuficientes para a demanda, logo os preços tendem a ser elevados, em situação contrária, depois de aumentado o volume produtivo e consequentemente a oferta, o excesso de produtos no mercado diminui seu preço. Dito isso, devemos comparar o comportamento dos custos e despesas totais com o comportamento do preço de Venda e Receita. O comportamento dos Custos e Despesas Totais conforme o aumento da produção primeiramente cresce num ritmo acelerado, depois cresce num ritmo menos acelerado, mas logo depois, quando o nível de produção é muito alto, cresce de maneira alta. Já o comportamento do preço de Venda e Receita primeiramente cresce de maneira mais acentuada, mas com o crescimento da produção tem uma desaceleração no ritmo de aumento. Dessa forma podemos inferir que em certo momento, num dado nível de produção, os custos e as despesas totais crescerão mais lentamente que a Receita, nesse ponto podemos dizer que há o maior índice de Lucro, porém, a medida do aumento da produção, quando os custos e despesas totais passam a crescer de forma mais acelerada do que a Receita, temos menor índice de Lucro e poderemos inferir que em dado momento os custo e despesas totais serão superiores à Receita. (vide pág. 157 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
Então como podemos identificar o momento exato em que os Custos e Despesas Totais crescerão menos que a Receita, ou seja, como identificar o volume de produção que haverá maior Lucro?? Podemos responder através do conceito de Receita Marginal, Custo Marginal e Lucro Marginal.
Receita Marginal: Corresponde à mudança na receita total obtida pela venda de uma unidade adicional do produto. Por exemplo na unidade 1, a receita marginal será o adicional de venda de mais um produto de mesmo valor, na unidade 2 será o adicional de venda de mais um produto no mesmo valor de 2, na unidade 11 será o adicional de venda de mais um produto no mesmo valor de 11 e assim sucessivamente.
Custo Marginal: Mesmo raciocínio da Receita Marginal, o Custo Marginal corresponderá ao aumento no custo total ao se produzir uma unidade a mais do produto. Por exemplo, o custo marginal da unidade 4 será o adicional de custo em relação à unidade 3. (vide tabela da pág. 158 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
Apresentados esses conceitos, podemos afirmar que à medida que a produção aumenta e a Receita Marginal for maior que o Custo Marginal, o Lucro será crescente, logo, teremos o Lucro Máximo quando a Receita Marginal for igual ao Custo Marginal, a partir daí, quando o Custo Marginal superar a Receita Marginal, Lucro será decrescente até atingir o prejuízo, então, por lógica, devemos parar de aumentar a produção quando a Receita Marginal for igual ao Custo Marginal, pois quando o Custo Marginal for superior a Receita, ele entrará numa decrescente até atingir o Prejuízo. (vide tabela da pág. 158 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
Margem de Segurança Operacional: Corresponde a quantas unidades de produtos a mais são vendidas(receita) após ter se alcançado o Pontode Equilíbrio. Fórmula: MSO = Volume de Unidades Vendidas – Quantidade no Ponto de Equilíbrio.
Alavancagem Operacional: É o aumento da produção de uma empresa dentro do limite suportado pela estrutura dessa empresa, sem ser necessário aumentar sua capacidade estrutural, assim o Lucro aumentaria mais que proporcionalmente ao aumento dos Custos e Despesas Totais, pois os Custos e Despesas Fixos não se modificariam, pois não haveria mudança na estrutura, havendo aumento somente nos Custos e Despesas Variáveis. Simplificando, Alavancagem Operacional é o aumento do Lucro com a mesma estrutura de custos e despesas fixos.
Podemos ainda identificar o Grau de Alavancagem Operacional (GAO), que é a medida da proporção do Lucro Operacional em função da Receita Operacional. Obtém-se pela fórmula: GAO = Variação Percentual do Lucro após aumento da Produção/Variação percentual da Receita após o aumento da Produção. (vide exemplo da pág. 160 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).
Risco Operacional: É a instabilidade do Lucro decorrente das variações nas receitas de vendas em relação à estrutura da empresa, ou seja, em relação a seus Custos e Despesas Fixos. A Alavancagem Operacional é maior em empresas que possuem Custos e Despesas Fixos mais elevados, e, em decorrência disso possuem maior Risco Operacional. Assim, empresas que possuem proporções de Custos e Despesas Fixos maiores, quando aumentam as vendas terão um maior impacto positivo nos lucros,em comparação a empresas que possuem menores proporções, por outro lado essas empresas ao terem diminuição nas vendas terão também um maior impacto negativo. Por exemplo, duas empresas A e B que tenham o mesmo Lucro Operacional e a mesma Receita Operacional, porém a empresa A tem Custos e Despesas Fixas maiores que a empresa B, se aumentássemos a Receita de ambas as empresas no mesmo valor, pelo fato da empresa A ter maiores Custos e Despesas Fixos elas sentiria mais impacto Positivo no Lucro, ou seja, mesmo aumentando a Receita das duas empresas na mesma proporção o Lucro da empresa A seria maior. (vide tabela da pág. 161 do livro Custos, Análise e Gestão – Evandir Megliorini, 3ª Ed.).

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