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Contabilidade Gerencial

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Contabilidade de Custos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
Bloco A Estrutura Patrimonial 
módulo 01 Demonstrações Financeiras 
 
FLUXO DE FUNDOS 
 
 VENDAS À VISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DESPESAS 
 
 OPERACIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DEPRECIAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAIXA 
ACIONISTAS 
BANCOS LP 
BANCOS CP 
FORNECEDORES 
ESTOQUE DE 
MATÉRIA -
PRIMA 
ESTOQUE DE 
PRODUTOS EM 
ELABORAÇÃO 
ESTOQUE DE 
PRODUTOS 
ACABADOS 
IMOBILIZADO 
 
 
VENDAS 
DUPLICATAS 
A 
RECEBER 
 
 
 3 
INTERPRETAÇÃO DO FLUXO 
 
 ATIVO PASSIVO 
 APLICAÇÕES DOS RECURSOS ORIGENS DOS RECURSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENS 
 
 
 
 
 
OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
DIREITOS 
 
 
 
 
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
 
 4 
ESTRUTURA BÁSICA DA DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA 
 
 
 
 
 ATIVO PASSIVO 
 APLICAÇÕES DOS RECURSOS ORIGENS DOS RECURSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO 
CIRCULANTE 
 
 
 
 
PASSIVO 
CIRCULANTE 
 
 
 
 
 
ATIVO 
PERMANENTE 
 
 
 
 
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
REALIZÁVEL 
A LONGO PRAZO 
 
EXIGÍVEL 
A LONGO PRAZO 
 
 
 5 
DEMONSTRAÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO (DRE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECEITA BRUTA 
- DESCONTOS, IMPOSTOS E DEVOLUÇÕES 
 
= RECEITA LÍQUIDA 
- 
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 
= LUCRO BRUTO 
- 
DESPESAS OPERACIONAIS 
= LUCRO OPERACIONAL 
+/- RECEITAS/DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
= LUCRO TRIBUTÁVEL 
- 
PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA 
= LUCRO LÍQUIDO 
 
 
 6 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco A Estrutura Patrimonial 
módulo 02 Análise 
 
 
Conceitos 
A análise vertical é a técnica mais simples e também a mais completa para a 
análise da Estrutura de Capitais. 
 
Ela mede proporções entre valores, ajudando-nos a determinar quais as 
contas de maior importância e relevância para a análise. 
 
Na análise do Ativo, ela mede como a empresa distribuiu ou usou seus 
recursos dentro do Ativo. É importante começar esta análise pelo principais grupos 
(Circulante, Permanente e Realizável L. Prazo) e só depois ver cada conta 
isoladamente (Duplicatas a Receber, Estoques, Imobilizado, etc.). 
 
Na análise do Passivo, ela mede como a empresa obteve os recursos que 
estão ajudando a financiar seus Ativos. É importante começar a análise pelo 
Patrimônio Líquido (a principal fonte de recursos) e depois os dois grupos de dívidas 
(Circulante e Exigível L. Prazo) e só então cada conta isoladamente. Não se deve, 
porém, analisar as contas dentro do Patrimônio Líquido (analise apenas o total dele). 
 
Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou 
despesa consumiu das receitas e, no fim, se houve sobras (lucros) ou faltas 
(prejuízos). 
 
 
Fórmula de Cálculo 
Cálculo Valor da Conta 
Análise __________ ___ x 100 
Vertical BASE 
 
Arredonde os resultados dos cálculos. 
Não use casas decimais 
 
 
O Total do Ativo é a base de cálculo para todas as contas do Ativo. 
 
O Total do passivo é a base de cálculo para todas as contas do Passivo (que 
sempre tem o mesmo total que o Ativo). 
 
No Patrimônio Líquido, calcula-se somente o total, uma vez que não há 
interesse em analisar cada uma das contas isoladamente. 
 
 
 7 
A Receita Líquida de Vendas ou Vendas Líquidas é a base de cálculo para 
todas as contas da Demonstração de Resultados. 
 
ESTRUTURA DE CAPITAIS 
 
Tipos de Estrutura 
Qualquer empresa analisada terá sua estrutura de capital definida dentro 
dos seguintes três modelos: 
 SAUDÁVEL ALERTA DEFICIENTE 
 
 
 
 
 
e/o
u 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Recursos próprios 
financiam todos os 
ativos de longo prazo 
e ainda há sobra para 
financiar o Ativo 
Circulante 
 Recursos de terceiros 
de longo prazo 
completam o 
financiamento de 
ativos de longo prazo 
e sobra para financiar 
o Ativo Circulante 
 Recursos próprios e de 
terceiros de longo 
prazo são insuficientes 
para financiar os ativos 
de longo prazo 
 
 
Como Montar a Estrutura de Capital 
Uma das utilidades da análise vertical é a de permitir a montagem da 
Estrutura de Capital de qualquer empresa. 
 
Para isto, toma-se os resultados da análise vertical de cada um dos grupos 
do Ativo e Passivo colocando-se em dois quadros que indicam Fontes (Passivo) e 
Aplicações (Ativo) dos recursos, como os exemplos abaixo baseados no Balanço 
dado nas páginas anteriores. 
 
Avaliemos a seguinte Estrutura de Capitais : 
 
 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO 
ATIVO Ano 1 AV % Ano 2 AV % Ano 3 AV % 
Caixa e Bancos 465 2.235 118 
Aplicações Financeiras 589 4.650 235 
Duplicatas a Receber 10.580 24.134 25.744 
Estoques 26.860 17.299 28.765 
Outros Créditos 927 337 0 
 
 
 8 
CIRCULANTE 39.421 48.655 54.862 
Empréstimos a Coligadas 12.520 1.260 1.250 
Outros Créditos 795 775 489 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 13.315 2.035 1.739 
Investimentos 8.289 7.239 7.985 
Imobilizado 58.650 60.883 56.665 
Diferido 2.986 2.234 896 
PERMANENTE 69.925 70.356 65.546 
TOTAL DO ATIVO 122.661 100 121.046 100 122.147 100 
 
PASSIVO Ano 1 AV % Ano 2 AV % Ano 3 AV % 
Fornecedores 31.821 31.859 27.853 
Salários/Encargos Sociais a Pagar 1.285 230 1.230 
Impostos a Pagar 2.325 435 1.312 
Empréstimos 15.084 2.635 4.730 
Contas a Pagar 8.691 4.690 1.866 
Imposto de Renda 0 1.280 3.424 
CIRCULANTE 59.206 41.129 40.415 
Financiamentos 2.389 12.737 7.958 
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 2.389 12.737 7.958 
Capital 25.260 29.000 50.000 
Reserva de Capital 28.250 27.150 7.920 
Lucros (Prejuízos) Acumulados 7.556 11.030 15.854 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 61.066 67.180 73.774 
TOTAL DO PASSIVO 122.661 100 121.046 100 122.147 100 
 
 
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS 
 Ano 1 AV % Ano 2 AV % Ano 3 AV % 
VENDAS LÍQUIDAS 179.900 100 165.400 100 188.520 100 
Custo Produtos Vendidos 142.609 133.860 145.081 
LUCRO BRUTO 37.291 31.540 43.439 
Despesas Operacionais 
Despesas com Vendas 12.650 10.345 15.205 
Despesas Administrativas 13.191 6.590 15.630 
 
 
 9 
Despesas Financeiras 21.594 9.580 1.560 
(+) Receitas Financeiras 187 2.230 1.080 
(+/-) Equivalência Patrimonial 1.080 237 -985 
LUCRO OPERACIONAL -8.877 7.492 11.139 
Rec. (Desp.) Não Operacionais 559 -98 -1.121 
Provisão Imposto Renda - 1.280 3.424 
LUCRO LÍQUIDO -8.318 6.114 6.594 
 
 
 
ESTRUTURA DE CAPITAIS 
 
 
Ano 1 Ano 2 Ano 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco B A Contabilização dos Custos 
módulo 01 Conceitos e Terminologia 
 
 CONTABILIDADE FINANCEIRA 
Avaliação dos estoques para apuração do resultado (cálculo do CPV) 
 
 CONTABILIDADE DE CUSTOS 
Desenvolveu-se em função de : 
1- Desenvolvimento do mercados de capitais onde mais e mais pessoas 
tornavam-se acionistas e precisavam conhecer os resultadosdos seus 
investimentos, fazendo análise das demonstrações financeiras através de 
Auditores. Estes, por sua vez, acabaram por criar padrões de análise de 
custos e que tornaram possíveis as comparações inclusive entre 
empresas. 
2- Necessidade de crédito para a alavancagem do crescimento das 
empresas, exigiam que os bancos aferissem as contas, especialmente os 
custos de produção das empresas que o demandavam. 
3- Finalmente o IR, exigiu que se criassem regras para a correta avaliação 
do lucro tributável. 
 
 Gastos, Custos e Despesas são palavras sinônimas ou são conceitos 
diferentes? 
 Confundem-se com desembolso? 
 Têm a ver com Investimento? 
 Algumas delas têm a ver com perda? 
 
a) GASTO: 
 
Sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou 
serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de 
entrega de ativos (normalmente dinheiro). 
 
Exemplos de gastos: 
 
Com a compra de MP; com MO; com a produção e distribuição; com honorários da 
diretoria; com a compra de um imobilizado; etc.. 
 
Só existe gasto, no ato da empresa assumir como seu o bem ou serviço. 
 
Contabilmente falando: no momento em que existe o reconhecimento contábil da 
dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento. 
INVESTIMENTO: 
 
 
 11 
 
Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a 
futuro(s) período(s). 
 
Exemplos de Investimentos: 
MP é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante; a 
máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente; ações 
adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimentos 
financeiros. 
 
Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são 
“estocados” nos ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua 
venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são 
especificamente chamados de Investimentos. 
 
 
b) CUSTO: 
 
gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou 
serviços. 
 
Exemplos de Custos: 
A MP foi um gasto na sua aquisição que se tornou um investimento enquanto 
estoque e que se transformou em custo a partir do momento em que foi processada 
para a fabricação de um bem acabado. Este por sua vez é um novo investimento até 
que seja vendido; 
 
a Energia Elétrica é um gasto enquanto consumida no processo produtivo, ocasião 
em que passa a custo, não passando pela fase do investimento; 
 
a Máquina foi um gasto na sua aquisição, tornou-se investimento na sua 
contabilização e é transformada em custo parcelado no processo de produção. 
 
O Custo é também um gasto só reconhecido como tal, no momento da utilização dos 
fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução 
de um serviço. 
 
 
c) DESPESA: 
 
bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de 
receitas. 
 
Exemplos de Despesas: 
A comissão do vendedor é um gasto que se torna imediatamente uma despesa; o 
equipamento da fábrica que fora gasto transformado em investimento e 
posteriormente considerado parcialmente como custo de depreciação, torna-se na 
venda do produto pronto uma despesa. 
 
 
 12 
 
CPV: custo ou despesa? 
Todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam despesa. 
São os chamados CPV, Custo dos Produtos Vendidos. 
 
O significado mais correto que poderíamos dar ao CPV poderia ser: “despesa que é 
o somatório dos ítens que compuseram o custo de fabricação do produto ora sendo 
vendido” 
 
Cada componente que fora custo no processo produtivo agora, na baixa com a 
venda, torna-se despesa. 
 
A mercadoria adquirida pela loja comercial provoca um gasto, um investimento e que 
se transforma numa despesa no momento do reconhecimento da receita trazida pela 
venda. 
 
Assim, o termo CPV não é, em termos técnicos, rigorosamente correto. 
 
Logo, todas as despesas são ou foram gastos. Porém, alguns gastos muitas vezes 
não se transformam em despesas (terrenos que não são depreciados) ou só se 
transformam quando de sua venda. 
 
Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da 
entrega dos bens ou serviços a que se referem. 
 
Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas (despesas 
administrativas), outros passam primeiro pela fase de custos (energia elétrica) e 
outros gastos fazem o processo completo, passando por investimento, custo e 
despesa (matéria-prima). 
 
 
d) DESEMBOLSO: 
 
Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. 
Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada do bem ou serviço adquirido. 
 
 
e) PERDA: 
 
bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária. 
 
Exemplos de Perdas: 
Incêndios, obsolescência de estoques; gasto com MO em greve. 
Não deve ser confundida com despesa ou custo, exatamente pela sua característica 
de anormalidade e involuntariedade; não é um sacrifício feito com intenção de 
obtenção de receita. 
Não devem ser confundidas com perdas na produção, pois estas são custos 
considerados na fabricação dos bens. 
 
 
 13 
 
Quando irrelevantes são embutidas nos custos ou nas despesas, 
 
QUESTÕES 
1- Temos despesa ao comprarmos matéria-prima? Quando a matéria-prima é 
consumida na produção, temos um gasto? E quando embalamos um 
produto, temos um custo? Justifique. 
2- “Cada componente do processo de produção de uma empresa é uma 
despesa que, na venda dos produtos, transforma-se em perda” Você 
concorda? Justifique. 
3- Diferencie Investimento de Custo. 
 
TERMINOLOGIA EM ENTIDADES NÃO-INDUSTRIAIS 
Genericamente, o custo existe onde de produz bens, isto é, transforma-se matéria-
prima, mediante a utilização de mão-de-obra direta e despesas gerais de fabricação. 
Porém nas empresas NÃO-INDUSTRIAIS, como de serviços, utilizam-se os mesmos 
princípios, especialmente aquelas que trabalham por projetos. 
 
Já nas comerciais, o termo Contabilidade de Custos é largamente utilizado, apesar 
de só existirem despesas, isto é, custos que imediatamente se transformam em 
despesas. 
 
CUSTEIO 
Custeio significa Método de Apropriação de Custos, tais como: 
Absorção, Direto, Padrão, entre outros. 
Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção aos 
bens elaborados, e não só os de produção; 
 
Em outras palavras: 
Quando os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os 
produtos fabricados. 
 
A DIFÍCIL SEPARAÇÃO, NA PRÁTICA, DE CUSTOS E DESPESAS 
 
Teoricamente é fácil: 
- os gastos relativos ao processo de produção são custos 
- os relativos à administração, vendas e financiamentos são despesas. 
 
Na prática não é tão simples 
- há casos em que a administração geral e de fábrica estão juntas; daí faz-se o 
rateio dos custos de forma arbitrária já que não há maneira técnica suficiente 
(número de pessoas; área ocupada; porcentagens especificadas perla direção. 
 
CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS 
 Matéria-prima e embalagens: podem ser apropriados diretamente 
 Materiais de consumo: são gastos de pequena monta, lubrificantes, por exemplo 
(indireto) 
 Mão-de-obra: parte é atribuído diretamente e parte não (chefes de equipes de 
produção). 
 
 
 14 
 Salários da Supervisão: a supervisão normalmente é geral, tornando difícil a 
apropriação direta. 
 Depreciação: a empresa deprecia linearmente, isto é, valores iguais por período 
e não por produto (indireto). 
 Energia elétrica: parte é possível apropriar diretamente (nas máquinas que 
poossuem alto consumo e medidores) 
 Aluguel do prédio: impossível de se apropriar diretamente ao produto. 
 
Em suma: 
 
 Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados 
aos produtos. 
 Custos Indiretos são aqueles que não permitem apropriação objetiva, 
isto é, não permitem mensuração exata para apropriação direta. 
 
 
CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS 
 
Custos variáveis são aqueles que se afetam com a produção, ou seja, se 
a produção aumentam os custos variáveis tambéme vice e versa (matéria-prima). 
Custos fixos não se alteram com o volume de produção (aluguel da fábrica). 
 
Note-se que essa classificação é levada em consideração em relação a uma 
unidade de tempo, isto é, o valor total dos custos com um ítem na unidade de tempo 
e o volume de atividade. 
 
Ex.: o aluguel, idependente de ser ou não reajustado, será sempre um custo fixo. 
Assim, podemos classificar os custos fixos em Repetitivos e Não-repetitivos. 
 
Ex.: 
repetitivos salários da chefia da fábrica, manutenção preventiva 
não-repetitivos manutenção eventual de equipamento 
 
Alguns tipos de custos podem ter componentes dos dois tipos (semi-variáveis). 
 
Ex. energia elétrica apresenta uma parcela variável (que se altera com o volume de 
produção) e outra fixa (energia consumida com a iluminação das dependências da 
fábrica). 
 
ATENÇÃO 
Diretos e Indiretos são classificações dos custos propriamente ditos. 
Fixos e Variáveis aplicam-se tanto aos custos como às despesas. 
 
 
 
Exemplo: 
 
 
 
 15 
 Despesas de Vendas Fixas – gasto com propaganda, salários da administração 
de vendas. 
 Despesas de Vendas Variáveis – comissão dos vendedores, despesas de 
entrega. 
 
Todos os custos podem ser classificados de Diretos ou Indiretos, Fixos ou Variáveis 
ao mesmo tempo. Assim: 
Matéria-prima - é um custo direto e variável 
Materiais de consumo – indiretos e variáveis 
Seguros da fábrica – indiretos e fixos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco B A Contabilização dos Custos 
módulo 02 Esquema de Contabilidade de Custos 
 
1
º
 PASSO 
 
Separar custos de despesas 
 
Empresa X 
Comissões dos vendedores 80.000 
Salários de fábrica 120.000 
Matéria-prima consumida 350.000 
Salários da administração 90.000 
Depreciação de fábrica 60.000 
Seguros da fábrica 10.000 
Despesas financeiras 50.000 
Honorários da Diretoria 40.000 
Materiais diversos- fábrica 15.000 
Energia elétrica – fábrica 85.000 
Manutenção – fábrica 70.000 
Despesas de entrega 45.000 
Correi, telefone 5.000 
Materiais de escritório 5.000 
Total de gastos 1.025.000 
 
Separar os custos de produção, despesas administrativas, despesas de vendas, 
despesas financeiras. 
 
As despesas (total de 315.000) serão “descarregadas” no resultados do período. 
 
 
 
 
 
2
º
 PASSO 
 
Apropriação dos Custos Diretos 
 
A empresa produz três produtos diferentes chamados A, B e C 
 
Matéria-prima 
 
 
 17 
O consumo da matéia-prima é controlado por sistema de requisições. Assim foram 
fornecidas as seguintes informações de consumo: 
Produto A 75.000 
Produto B 135.000 
Produto C 140.000 
Total 350.000 
Mão-de-obra 
Quanto é direta e quanto é indireta? 
A empresa controla através de apontamento de horas trabalhadas por operário por 
produto durante o mês. Termos as seguintes informações: 
Indireta 30.000 
Direta 
 Produto A 22.000 
 Produto B 47.000 
 Produto C 21.000 90.000 
Total 120.000 
Logo 90.000 serão atribuídos diretamente e 30.000 serão considerados indiretos 
 
Energia elétrica 
Após verificação dos medidores, observa-se que $ 45.000 são diretamente 
atribuíveis e $ 40.000 alocáveis somente através de critérios de rateios. 
 Indireta $ 40.000 
 Direta 
 Produto A 18.000 
 Produto B 20.000 
 Produto C 7.000 45.000 
 Total $ 85.000 
 
Resumidamente, temos: 
 Custos diretos Indiretos Total 
 A B C 
Matéria-prima 
Mão-de-obra 
Energia elétrica 
Depreciação 
Seguros 
Materiais diversos 
Manutenção 
 
Total 115.000 202.000 168.000 225.000 710.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
º
 PASSO 
 
 
 18 
 
Apropriação dos Custos Indiretos 
 
 
Proporcional aos Custos Diretos 
A alocação proporcional ao consumo dos custos diretos (matéria-prima, energia 
elétrica ou MOD) é relativamente usada em empresas que operam com produção 
simples (poucos itens) e onde esses custos são muito representativos em relação 
aos custos totais. 
 
 Custos diretos Custos indiretos Total 
$ % % $ 
 
A 115.000 53.351 168.351 
B 202.000 93.711 295.711 
C 168.000 77.938 245.938 
 
Total 485.000 100,00 100,00 225.000 710.000 
 
 
Proporcional à Mão-de-Obra Direta 
Conhecendo os custos de mão-de-obra direta utilizada na produção de cada item, 
pode-se alocar os custos indiretos proporcionalmente a ela (MOD). Naturalmente 
esse critério pode ser adotado em empresas onde a MOD possui grande 
representatividade nos custos totais. 
 
 Mão-de-Obra Direta Custos Indiretos 
$ % % $ 
 
A 22.000 55.000 
B 47.000 117.500 
C 21.000 52.500 
 
Total 90.000 100,00 100,00 225.000 
 
O custo total de cada produto, dentro desse critério de apropriação, seria: 
 
 Custos Diretos Custos Indiretos Total 
 
A 170.000 
B 319.500 
C 220.500 
 
Total 485.000 225.000 710.000 
 
Qualquer que seja o critério adotado para a apropriação, sempre existirão 
distorções. O que se pode fazer, no máximo, é procurar dentre as diferentes 
alternativas a que traz menor grau de arbitrariedade. 
 
 
EXERCÍCIO 
 
 
 
 19 
A Cia. Forró iniciou suas atividades em 01/01/98 e, em 31/12/98 o seu balancete era 
formado pelas seguintes contas: 
Compra de Matéria-Prima 12.000.000 
Vendas 15.500.000 
Mão-de-obra- Indireta 3.000.000 
Despesas de Entrega 200.000 
Despesas Administrativas 1.800.000 
Materiais Diversos de Fábrica 4.000.000 
Material de Escritório 240.000 
Equipamentos de Entrega 1.000.000 
Duplicatas a Receber 2.500.000 
Depreciação equipam. de entrega 100.000 
Depreciação equipam. de fábrica 200.000 
Caixa 1.500.000 
Despesas Financeiras 260.000 
Depreciação acumulada (equip.produção) 200.000 
Depreciação acumulada (equip.entrega) 100.000 
Empréstimos 4.000.000 
Capital 15.000.000 
Equipamentos de Produção 2.000.000 
Mão-de-obra Direta 6.000.000 
A empresa fabricou os produtos A, B e C nas seguintes quantidades: 
 A 50.000 Kg 
B 30.000 Kg 
C 20.000 Kg. 
 
A matéria-prima é a mesma para cada produto. O apontamento da mão-de-obra 
direta mostrou que se gasta o mesmo tempo tanto para produzir I Kg de A como 0,5 
Kg de B ou 0,4 Kg de C. 
Os custos indiretos são alocados proporcionalmente à matéria-prima. 
Dados os ajustes: 
a- o estoque final de matéria-prima foi avaliado em R$ 5.000.000; 
b- o estoque final de produtos acabados era igual a 40% do total fabricado de cada 
um. 
 
Pede-se: 
1- determine o valor da produção de cada um dos três produtos; 
2- determine o valor do estoque final e o lucro bruto para cada um dos três 
produtos, sabendo que as vendas foram: R$ 8.500.000 para o produto A, R$ 
4.000.000 para o B e R$ 3.000.000 para o C. 
3- abra os razonetes com os saldos do balancete dado e contabilize a apropriação 
dos custos dos produtos, sua transferência para estoque e sua baixa pela venda; 
4- faça nos razonetes os lançamentos de encerramento do período; e 
5- elabore a Demonstração de Resultados de 1998 em o Balanço Patrimonial em 
31/12/98. 
 
 
 20 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco C Os Custos Indiretos 
módulo 01 Departamentalização 
 
Um aprofundamento da análise dos problemas relativos à apropriação dos Custos 
Indiretos. 
 
 
POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? 
 
Suponhamos uma empresa produzindo os produtos D, E e F, tendo apresentado os 
seguintes Custos Diretos alocados: 
 
Produto Custos Diretos ($) 
 
D 500.000 
E 300.000 
F 450.000 
 
Total 1.250.000 
 
 
 Custos Indiretos a serem alocados: 
 
Custo Indireto Valor ($) 
 
Depreciação Equipamentos 200.000 
Manutenção Equipamentos 350.000 
Energia Elétrica 300.000 
Supervisão de Fábrica 100.000 
Outros CI 200.000 
 
Total 1.150.000 
 
 
Observemos a grande incidência de custos indiretos ligados aos 
equipamentos (depreciação, manutenção, energia elétrica). 
Considerando esse aspecto, poderemos fazer umrateio aos diversos produtos, com 
base no tempo de horas-máquina que cada um leva para ser feito. 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
Após levantamento, verifica-se o seguinte: 
 
Produto Horas-máquina consumidas % 
 
D 400 40 
E 200 20 
F 400 40 
 
Total 1.000 100 
 
Teríamos então o 
Custo Indireto Médio/hora = $1.150.000 : 1.000 hm = $1.150/hm 
 
 
Portanto, a atribuição de Custos Indiretos e o cálculo do Custo Total ficariam: 
 
 
Produtos 
Custos diretos Custos indiretos Custos 
Totais 
 $ % $ $ 
 
D 
E 
F 
 
Totais 1.250.000 100 1.150.000 2.400.000 
 
 
Após análise mais detida, verifica-se que para esses totais de horas/máquina 
existem disparidades: 
 
 
produto 
Corte 
hm 
Montagem 
hm 
Acabamento 
hm 
Total 
hm 
 
D 100 50 250 400 
E 200 - - 200 
F - 250 150 400 
 
total 300 300 400 1.000 
 
Completando a análise, verifica-se que o gasto com Custos Indiretos 
 
não é uniforme entre os setores: 
 
Custo Corte ($) Montagem ($) Acabamento ($) Total ($) 
 
Depreciação 100.000 30.000 70.000 200.000 
Manutenção 200.000 30.000 120.000 350.000 
Energia elétrica 60.000 40.000 200.000 300.000 
Supervisão 
Outros 
50.000 
40.000 
20.000 
30.000 
30.000 
130.000 
100.000 
200.000 
 
Total 450.000 150.000 550.000 1.150.000 
 
 
 
 22 
 
 
Custo médio/hm 
 
 
 
Vamos agora apropriar os Custos Indiretos, levando em conta o tempo de cada 
produto em cada departamento: 
 
 
 
Produto 
No 
Corte 
Na 
Montagem 
No 
Acabamento 
 
Total 
 
D $ 518.750 
 
E $ 300.000 
 
F $ 331.250 
 
Total $ 450.000 $ 150.000 $ 550.000 $ 1.150.000 
 
 
Façamos a comparação entre a apropriação dos Custos Indiretos com e sem 
departamentalização: 
 
 
 
 
Custos Indiretos 
 
Diferença 
 
 
produto 
Sem 
Departamentalização 
$ 
Com 
Departamentalização 
$ 
 
Em $ 
 
Em % 
 
D 460.000 518.750 58.750 +12,8 
E 230.000 300.000 70.000 +30,4 
F 460.000 331.250 (128.750) -28,0 
 
Total 1.150.000 1.150.000 - - 
 
Se a empresa fosse fixar seus preços de venda com base nos custos de produção, 
verificaria que com base na departamentalização teria de aumentar os preços dos 
produtos D e E, diminuindo os de F. 
 
Um inadequado processo de custeamento pode trazer transtornos sérios à 
competição de mercado. 
 
 
 
 
 23 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco C Os Custos Indiretos 
módulo 02 Departamento e Centro de Custos 
 
Departamento é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de 
Custos, representada na maioria das vezes por homens e máquinas, 
desenvolvendo atividades homogêneas. 
 
Diz-se mínima administrativa por existir sempre um responsável para cada 
departamento. A partir desse princípio, a Contabilidade de Custos poderá ser usada 
como forma de Controle. 
 
Os departamentos podem ser divididos em dois grandes grupos: 
 
Departamentos de Produção – os que promovem qualquer tipo de modificação 
sobre o produto. 
Ex.: forjaria, cromeação, montagem, pintura, refino, 
etc.. 
Os custos desses departamentos têm seus custos 
“jogados” sobre os produtos. 
 
Departamentos de Serviços – sequer recebem o produto e vivem basicamente 
para execução de serviços. 
Ex.: almoxarifado, manutenção, administração de 
fábrica, etc.. 
Seus custos não podem ser apropriados 
diretamente aos produtos, mas serão distribuídos 
proporcionalmente aos departamentos que deles 
se beneficiam. 
Normalmente um Departamento é um Centro de 
Custos, nele sendo acumulados os custos indiretos 
para posterior alocação aos produtos 
(departamentos de produção) ou a outros 
departamentos (departamentos de serviços) 
 
Podem existir ainda diversos Centros de Custos em um mesmo departamento. 
 
Vejamos um exemplo: 
O departamento de perfuração possui três máquinas. 
 
Primeira hipótese – cada uma das três máquinas executa todos os tipos de 
serviços de perfuração. Neste caso a conceituação é de um único Centro de Custos 
 
 
 24 
pois a execução dos serviços não exigem habilidades ou instalações especiais para 
serem realizados. 
 
Segunda hipótese – cada máquina executa demandas diferentes com perfurações 
diferentes e operários especializados em cada uma. Cada produto só pode passar 
por uma delas. Neste caso, o departamento poderá possuir três Centros de Custos 
se os valores absolutos ($) forem convenientes economicamente. 
 
Terceira hipótese – o departamento possui três máquinas diferentes, operadas por 
operários especializados e com salários diferentes mas, cada produtos deverá 
passar obrigatoriamente pelos três equipamentos e sempre na mesma seqüência. 
Neste caso, teríamos obrigatoriamente três centros de custos. 
 
 
Centro de Custo é a unidade mínima de acumulação de Custos Indiretos 
de Fabricação, mas não é uma unidade administrativa. 
 
 
Para nosso estudo, partiremos do princípio que cada departamento é um único 
Centro de Custos. 
 
 
 25 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco C Os Custos Indiretos 
módulo 03 Custos dos Departamentos de Serviços 
 
Suponhamos os seguintes Custos Indiretos incorrido em determinado mês: 
 
CUSTO INDIRETO VALOR 
 
Aluguel da Fábrica 150.000 
Energia Elétrica 90.000 
Materiais Diversos 60.000 
MO Indireta 350.000 
Depreciação 70.000 
 
TOTAL 720.000 
 
 
Para a apropriação aos produtos, devemos distribuí-los aos diversos departamentos. 
Para tanto, é preciso investigar a ligação entre os custos e o departamento onde foi 
incorrido. 
 
a) Aluguel – é um custo comum a toda a fábrica devendo ser englobado ao 
Departamento de Administração Geral, havendo necessidade de adoção de um 
critério de rateio para sua distribuição. 
 
b) Energia Elétrica – há medidores de força para alguns departamentos e um outro 
para o resto da empresa. Com isso verifica-se: 
DEPARTAMENTO VALOR 
 
Usinagem 30.000 
Cromeação 10.000 
Montagem 10.000 
A RATEAR 40.000 
 
TOTAL 90.000 
 
c) Materiais Diversos - controle por requisições 
 
DEPARTAMENTO VALOR 
 
Administração Geral Produção 18.000 
Almoxarifado 10.000 
Usinagem 6.000 
Cromeação 4.000 
Montagem 8.000 
Controle de Qualidade 5.000 
 
 
 26 
Manutenção 9.000 
 
TOTAL 60.000 
 
 
d) Mão-de-Obra Indireta – apontamento 
 
DEPARTAMENTO VALOR 
 
Administração Geral Produção 80.000 
Pessoal do Almoxarifado 60.000 
Supervisão Usinagem 40.000 
Supervisão Cromeação 30.000 
Supervisão Montagem 50.000 
Pessoal do Controle de Qualidade 30.000 
Pessoal da Manutenção 60.000 
 
TOTAL 350.000 
 
 
e) Depreciação de Máquinas - informação contábil 
 
DEPARTAMENTO VALOR 
 
Máquinas da Administração 8.000 
Máquinas da Usinagem 21.000 
Máquinas da Cromeação 13.000 
Máquinas da Montagem 2.000 
Máquinas do Controle de Qualidade 10.000 
Máquinas da Manutenção 16.000 
 
TOTAL 70.000 
 
f) Quadro Resumo 
 
 
Custos Indiretos 
Adm. 
Geral 
Almoxarif
ado 
Usinage
m 
Cromea
ção 
Montage
m 
Controle 
Qualid. 
Manute
nção 
 
Total 
Aluguel 150.000 
Energia Elétrica 90.000 
Materiais Diversos 60.000 
Mão-de-obra Indireta 350.000 
Depreciação 70.000 
Total 296.000 70.000 97.000 57.000 70.000 45.000 85.000 720.000 
 
É preciso agora estabelecer um critério para a distribuição dos Custos Indiretos dos 
Departamentos de Serviços, quais sejam: 
 
Administração Geral, Almoxarifado, Controle de Qualidade e Manutenção. 
 
Suponhamos que a nossa empresa tenha feito a seguinte ponderação sobre os seus 
Departamentos de Serviços: 
 
 
 27 
a) Que a Administração Geral é a primeira que deve Ter seus custos distribuídos, 
pois presta mais serviços do que recebe. Além disso é a de maior valor relativo 
em custos por apropriar. 
 
b) Que a Manutenção será o segundo departamento de serviços a Ter seus custos 
distribuídos pois presta mais serviços ao Almoxarifado e ao Controle de 
Qualidade do que deles recebe. 
 
Nota: apesar de prestar serviços à Adm Geral, o faz em valores pouco 
relevantes. Além disso, pelo critério, não receberá mais custos de ninguém por já 
ter distribuídotodos os seus custos. 
 
c) Que o Almoxarifado terá seus custos rateados aos departamentos que fizeram 
uso de seus serviços, exceto os que já foram alvo de distribuição. 
 
d) Que o Controle de Qualidade, apesar de prestar serviços à Manutenção, terá 
seus custos alocados somente aos Departamentos de Produção que dele 
fizeram uso, considerando que os demais departamentos de serviços foram 
distribuídos. Ficou por último porque mais recebe benefícios da Manutenção do 
que presta a ela. 
 
 
Escalonada a seqüência de distribuição, suponhamos que os seguintes fatores 
tenham sido levantados e utilizados: 
 
 
Rateio dos Custos da Administração Geral 
 
Através de uma análise mais acurada dos diversos custos que envolvem o 
departamento, chegamos ao seguinte: 
 
I – Aluguel 
Deverá ser rateado em função da área ocupada por cada departamento: 
(informação fornecida pela empresa) 
 
Para o Departamento de Valor ($) 
 
Almoxarifado 20.000 
Usinagem 30.000 
Cromeação 20.000 
Montagem 40.000 
Controle de Qualidade 15.000 
Manutenção 25.000 
 
TOTAL 150.000 
 
 
 
 
 
 
 28 
II – Energia 
 
A parte não alocada totaliza $ 40.000 e é devida à iluminação, ar condicionado e 
máquinas de baixo consumo da Administração Geral. A distribuição se dará segundo 
o número de pontos de luz. (informação fornecida pela empresa) 
 
Para o Departamento de Valor ($) 
 
Almoxarifado 6.000 
Usinagem 4.000 
Cromeação 2.000 
Montagem 7.000 
Controle de Qualidade 8.000 
Manutenção 13.000 
 
TOTAL 40.000 
 
III – Mão-de-obra Indireta, Materiais Diversos e Depreciação 
 
Na ausência de um critério específico adequado, resolveu-se juntar os três custos e 
distribuí-los proporcionalmente ao número de pessoas envolvidas na Supervisão de 
cada um dos departamentos. (informação fornecida pela empresa) 
$ 80.000 + $ 18.000 + $ 8.000 = $ 106.000 
 
Para o Departamento de Valor ($) 
 
Almoxarifado 9.000 
Usinagem 19.000 
Cromeação 16.000 
Montagem 21.000 
Controle de Qualidade 19.000 
Manutenção 22.000 
 
TOTAL 106.000 
 
 
Rateio dos Custos de Manutenção 
 
Levantamento informa que esse departamento trabalhou: 
50 h p/ Usinagem 
40 h p/ Cromeação 
40 h p/ Controle de Qualidade 
15 h p/ almoxarifado 
 
Tem para ratear: 
$ 85.000 do quadro resumo 
$ 25.000 de aluguel 
$ 13.000 de energia 
$ 22.000 de materiais inds, MO indireta e Depreciação 
 
 
 
 29 
Total de $ 145.000 a ratear, proporcionalmente às horas trabalhadas; 
 
Para o Departamento de Valor ($) 
 
Almoxarifado 15.000 
Usinagem 50.000 
Cromeação 40.000 
Controle de Qualidade 40.000 
 
TOTAL 145.000 
 
 
Rateio dos Custos do Almoxarifado 
 
Tem para ratear: 
$ 70.000 do quadro resumo 
$ 20.000 de aluguel 
$ 6.000 de energia 
$ 9.000 de materiais inds, MO indireta e Depreciação 
$ 15.000 da Manutenção 
Total de $ 120.000 a ratear, proporcionalmente às horas trabalhadas. 
 
Resolveu-se distribuir igualmente os custos entre Usinagem, cromeação e 
Montagem, por serem esses os departamentos que realmente obrigam a existência 
do Almoxarifado. Ainda que o Controle de Qualidade faça uso dele, não recebe 
rateio pois seus valores são irrelevantes. 
 
Para o Departamento de Valor ($) 
 
Usinagem 40.000 
Cromeação 40.000 
Montagem 40.000 
 
TOTAL 120.000 
 
 
Rateio dos Custos do Controle de Qualidade 
 
Esse departamento faz testes por amostragem dos trabalhos processados nos 
departamentos de Produção. A distribuição dos seus custos é feita com base no 
número de testes efetuados. Verifica-se que: 
 
Testes para No. % 
 
Usinagem 136 53,5 
Cromeação 88 34,6 
Montagem 30 11,8 
 
TOTAL 254 100,0 
 
 
 
 30 
Os $ 127.000 de custos existentes no Controle de Qualidade são então distribuídos 
segundo a proporção de utilização indicada no quadro anterior: 
 
Para o Departamento de Valor ($) 
 
Usinagem 
Cromeação 
Montagem 
 
TOTAL 127.000 
 
 
Após esses rateios todos, temos todos os Custos Indiretos de Produção carregados 
somente sobre os três departamentos de Produção 
 
Departamento Valor ($) 
 
Usinagem 
Cromeação 
Montagem 
 
TOTAL 720.000 
 
Precisamos agora transferir os custos indiretos dos departamentos de produção 
para os produtos. 
 
A empresa resolveu atribuir os custos indiretos com base no número de horas-
máquina (hm) que cada um ocupou. O levantamento indica: 
 
Produtos Usinagem hm Cromeação hm Montagem hm Total hm 
 
Produto G 
Produto H 
Produto I 
150 
120 
80 
120 
120 
60 
80 
70 
43 
350 
310 
183 
 
TOTAL 350 300 193 843 
 
Apropriação dos Custos Indiretos: 
 
 na Usinagem na Cromeação na Montagem Total 
 
 
Custos 
indiretos /hm 
$ 308.000 
: 
350 hm 
= 
$ 880/hm 
$ 219.000 
: 
300 hm 
= 
$ 730/hm 
$ 193.000 
: 
193 hm 
= 
$ 1.000/hm 
 
 
Produto G $ 299.600 
 
Produto H $ 263.200 
 
Produto I $ 157.200 
 
TOTAL $ 308.000 $ 219.000 $ 193.000 $ 720.000 
 
 
 
 31 
Síntese do Esquema de Rateio dos Custos Indiretos pela Departamentalização: 
 
1º passo 
Separação entre custos e despesas 
 
2º passo 
Apropriação dos custos diretos, diretamente aos produtos. 
 
3º passo 
Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem claramente aos departamentos, 
agrupando à parte os comuns 
 
4º passo 
Rateio dos custos indiretos comuns e despesas da Administração Geral aos 
diversos departamentos, quer de produção, quer de serviços. 
 
5º passo 
Escolha da seqüência de rateio dos custos acumulados nos Departamentos de 
Serviços e sua distribuição aos demais departamentos. 
 
6º passo 
Atribuição dos Custos Indiretos que agora só estão nos Departamentos de Produção 
aos produtos, segundo critérios fixados. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1 - Os custos indiretos de Fabricação da Cia. Dobra e Fecha foram os seguintes 
durante o mês de março: 
Aluguel - $ 240.000 
Energia Elétrica - $ 360.000 
Materiais Indiretos - $ 60.000 
MO Indireta - $ 211.000 
 
Os materiais indiretos utilizados foram apropriados a cada departamento por meio 
de requisições. Os valores atribuídos foram os seguintes: 
Estamparia - $ 12.000 
Montagem - $ 3.500 
Furação - $ 4.500 
Almoxarifado - $ 7.000 
Manutenção - $ 8.000 
Administração Geral da Fábrica - $ 25.000 
 
A energia consumida foi distribuída da seguinte maneira: 
Estamparia - $ 160.000 
Montagem - $ 110.000 
Furação - $ 33.000 
Almoxarifado - $ 17.000 
 
 
 32 
Administração Geral de Fábrica - $ 20.000 
Manutenção - $ 20.000 
 
O total da Mão-de-Obra Indireta foi assim apropriado: 
Estamparia - $ 40.000 
Montagem - $ 30.000 
Furação - $ 50.000 
Almoxarifado - $ 11.000 
Manutenção - $ 12.000 
Administração Geral da Fábrica - $ 68.000 
 
Apurar o Custo Indireto Total de cada departamento e o de cada produto, com base 
nas seguintes informações: 
 
a) Os custos da Administração Geral da Fábrica são distribuídos aos demais 
departamentos à base da área ocupada: 
 
Departamento % da área ocupada 
Estamparia 35% 
Montagem 15% 
Furação 30% 
Almoxarifado e 
Manutenção 
Dividem igualmente o 
restante da área 
 
b) A Manutenção presta serviços somente aos Departamentos de Produção e o 
rateio é feito com base na produção total de cada um. A Estamparia, a Montagem 
e a Furação produziram respectivamente 40%, 25% e 35% do total. 
 
c) O Almoxarifado distribui seus custos nas seguintes proporções: ½ para a 
Estamparia, ¼ para a Montagem e o restante para a Furação. 
 
d) A empresa produz 15.000 unidades de dobradiças, as quais passam apenas pela 
Estamparia e pela Furação. As 14.000 unidades de fechadura passam por todos 
os departamentos. A distribuição dos custos indiretos da Estamparia e da 
Furação aos respectivos produtos é feita na mesma proporção que o material 
direto. Os Custos Diretos do mês foram: 
 
 
Custos diretos dobradiças fechaduras Total 
Matéria-prima $ 588.000 $ 392.000 $ 980.000 
Mão-de-Obra Direta $ 420.000 $ 314.000 $734.000 
TOTAL $ 1.008.000 $ 706.000 $ 1.714.000 
 
Pede-se: 
Elaborar o mapa de rateio dos Custos Indiretos de Produção e dos Custos Totais. 
Contabilizar a apropriação dosCustos. 
 
 
 
 
 
 33 
2 - A Cia XY processa e distribui leite tipo C e tipo B. Os Custos Diretos referentes a 
esses produtos no último mês foram: 
Leite C - $ 4.390.000 
Leite B - $ 2.520.000 
Os Custos Indiretos foram os seguintes: 
Aluguel - $ 425.000 
Materiais Indiretos - $ 260.000 
Energia - $ 365.750 
Depreciação - $ 240.000 
Outros Custos Indiretos - $ 330.000 
Sabe-se que: 
a) O aluguel é distribuído aos departamentos de acordo com a área que ocupam. 
b) O consumo de energia é medido por departamento, 
c) Os materiais indiretos, a depreciação e os demais custos indiretos, têm por base 
de rateio o número de horas de MO Direta utilizado em cada departamento. 
d) A Pasteurização e a Embalagem recebem 40% cada um dos custos da 
Administração e 20% dos custos deste último é apropriado à Manutenção. 
e) A manutenção é realizada sistematicamente e, conforme se tem apurado, cabe à 
Embalagem um quinta parte do total dos seus custos. 
f) A distribuição dos custos indiretos aos produtos é feita em função do material 
direto utilizado. Esse consumo foi o seguinte: 
g) 
Tipo de Leite Consumo de Material Direto 
C 556.575 litros 
B 185.525 litros 
 
Dados coletados no período: 
 
Dado Pasteurização Embalagem Manutenção Administração total 
 
área 11.000 9.800 1.500 2.700 25.000 m2 
energia 34.000 28.200 3.000 1.300 66.500 Kw 
MOD 48.000 24.000 4.000 4.000 80.000 h 
 
Pede-se: 
a) Elaborar o Quadro de Rateio dos Custos Indiretos de Produção. 
b) Apurar o Custo Total de cada produto. 
c) Comparar com o custo que seria apropriado a cada produto, sem 
Departamentalização, se o rateio fosse feito com base no consumo do material 
direto. Explique a diferença eventualmente encontrada. 
 
 
 
 34 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco C Os Custos Indiretos 
módulo 04 Tratamento das Perdas Materiais 
 
Muitas vezes ocorre algum tipo de perda nas matérias-primas, especialmente 
durante o processo de fabricação. 
 
Precisamos diferenciar primeiramente “Perdas Normais” das “Perdas Anormais”. 
 
As perdas normais são inerentes ao próprio processo de fabricação; são portanto 
previsíveis e já fazem parte da expectativa da empresa, constituindo-se num 
sacrifício que a mesma terá de suportar para obter o produto final. Por exemplo as 
perdas ocorridas por problemas no departamento de Corte, tratamento térmico, 
reações químicas, etc. Se houver um ingresso de matéria-prima de 10.000 kg mas 
apenas 9.300 kg aproveitados, a diferença será custo e fará parte do custo do 
produto fabricado. 
 
As perdas anormais ocorrem de forma involuntária e não representam sacrifício 
premeditado. Por exemplo, os danos por obsoletismo, degeneração da matéria-
prima, incêndio, etc. No exemplo acima, fossem os 700 kg de matéria-prima 
perdidos por um problema anormal, seriam subtraídos do custo de produção. 
 
Vamos refletir um pouco, realizando os exercícios a seguir. 
 
Uma empresa fabrica, em um departamento, dois tipos de arruelas: grande e 
pequena. Com 300 gramas de matéria-prima produz uma de cada tamanho; o peso 
da arruela pequena é a metade do da grande. O peso do material que sobra (interna 
e externamente) é igual ao da arruela pequena. 
 
O corte de ambas é feito ao mesmo tempo por uma prensa que custou $4.800.000 e 
que tem vida útil estimada em 10 000 h; essa máquina corta em média 600 arruelas 
de cada tipo por hora. A “Mão-de-obra Direta” de certo período foi de $360.000, mas 
não é possível separar quanto pertence a um e outro tipos de arruela, já que ambas 
são produzidas conjuntamente. 
 
Foram consumidos nesse período, 72000 kg de matéria-prima, ao custo de 
$12,00/kg. 
 
Os custos indiretos do departamento e rateados para ele totalizaram $178.800,00. 
As sobras de material são normalmente vendidas no mercado ao preço de $3,00/kg. 
 
Após essa fase de corte, as arruelas são enviadas para outra empresa, que as 
niquela e embala, devolvendo à primeira já prontas para a venda. A niqueladora 
 
 
 35 
cobra $10,00/kg de arruela pelo trabalho todo, incluindo transporte e embalamento, 
mas o material de embalagem é fornecido pelo fabricante das arruelas. A 
embalagem é uma caixa que custa $2,00 e $1,50 (para as arruelas grandes e para 
as pequenas, respectivamente), cabendo 50 unidades em cada uma. 
 
a) Qual o custo da matéria-prima de cada tipo de arruela? 
b) Qual deve ser o preço de venda de cada caixa de arruelas, sabendo-se que a 
empresa pretende ter um lucro bruto de 30% sobre o preço de venda de cada 
um dos tipos? 
c) Quais os custos que se pode dizer realmente sejam diretos nessa empresa? 
 
 
 
sobra externa 
arruela grande 
arruela pequena 
sobra interna 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco D Custos para Decisão 
módulo 01 Custo Fixo, Lucro e Margem de Contribuição 
 
 
1- O Problema da Alocação dos Custos Indiretos Fixos 
 
Tomemos como exemplo uma empresa que fabrique 3 produtos e possua apenas 
um departamento e tenha as seguintes características: 
 
Custos Indiretos de Produção: 
 
Certa empresa apresentou R$ 3.100.000 de custos indiretos em determinado 
mês, sendo: 
 R$ 2.455.000 Fixos , inclu indo mão-de-obra indireta 
(maior parte) e depreciações 
 Variáveis : Energia Elétr ica e Mater ia is indiretos = 
R$ 645.000 
 
Observe o quadro abaixo relacionado as quantidades produzidas pela empresa: 
 
Produto Quantidade 
Produzida 
Custo Indireto 
Variável/Un 
Custo Indireto 
Variável Total 
 
A 2000 un R$ 80 /un R$ 160.000 
B 2600 un R$ 100/un R$ 260.000 
C 2500 un R$ 90/ un R$ 225.000 
 
TOTAL R$ 645.000 
 
Custos Diretos de Produção 
1. R$ 700/u para o Produto A (Matér ia -Prima e Mão-de-obra Direta) 
2. R$ 1000/u para o Produto B 
3. R$ 750/u para o Produto C 
 
Preço de Venda desses produtos: 
Produto A - R$ 1.550/un 
Produto B – R$ 2.000/un 
Produto C – R$ 1.700/un 
 
A empresa está estudando qual o produto dará mais lucro, para 
poder incent ivar sua venda. 
 
 
 
 37 
Já que a maior parte dos custos indiretos é const i tuída pela MO, 
decide fazer a d istr ibuição desses custos em função das horas de 
MO Direta (hMOD), isto é: 
Produto A – 20 h/un 
Produto B – 25 h/un 
Produto C – 20 h/un 
 
Vejamos os cálculos: 
 
 
Produtos 
Horas de 
MOD/unidade 
Quantidade 
Produzida 
Total de Horas de 
MOD 
 
A 
B 
C 
 
TOTAL 155.000 h 
 
 
Custos Indiretos Totais R$ 3.100.000 
 = = R$ 20,00/hMod 
número de horas MOD R$ 155.000 hMOD 
 
 
Quadro de Lucratividade por Unidade de Produto 
 
 
Produto 
Custo 
Direto 
R$/un 
Custo Indireto 
HMOD x R$/hMOD 
Custo 
Total 
Preço de 
Venda 
 
Lucro 
 
A 
B 
C 
 
Podemos notar que o produto C fo i o que obteve mais lucro. 
 
Podemos anal isar de outra maneira: 
com a existência dos Custos Fixos e a forma de apropriação dos 
Custos Indiretos, chegamos a esse resultado; e se ut i l izássemos 
outro cr i tér io de rate io, teríamos a conf i rmação do produto C como 
mais rentável? 
 
Nosso grande problema até o momento tem sido os custos ind iretos, 
especia lmente os f ixos. No entanto, o custo f ixo, independente da 
parcela que tenhamos de imputar a qualquer um dos produtos não 
exist i rá apenas se houver produção, mas sim independente dela. A 
parcela de custo f ixo que for imputada dependerá da qu ant idade d e 
produto e da forma de rate io, e não de cada unidade em si . 
 
 
 
 
 38 
Chegamos assim ao conceito de Margem de Contribuição por 
Unidade : 
 
Margem de Contribuição = Receita – Custos e Despesas Variáveis 
 
É o valor que cada unidade produzida e vendida ef etivamente traz 
à empresa. 
 
 
 
produto 
Custo 
Direto 
Variável $ 
Custo 
Indireto 
Variável $ 
Custo 
variável 
Total $ 
Preço 
de 
Venda $ 
Margem de 
Contribuição 
$/un 
 
A 
B 
C 
700 
1.000 
750 
80 
100 
90 
780 
1.100 
840 
1.550 
2.000 
1.700 
770 
900 
860 
 
Cadaunidade de A cont r ibui com $ 770; não que isto seja lucro uma 
vez que fa l tam os custos f ixos. Trata -se de Margem de Contr ibuição, 
a qual, mult ip l icada pelas quant idades vendidas e somada à dos 
demais produtos, perfaça a Margem de Contr ibuição Total . Desse 
montante, t i rando-se os custos f ixos, chegamos ao Resultado, que 
pode ser chamado de Lucro. 
 
No quadro acima, o produto a ter suas vendas incent ivadas é o B, 
que tem a maior Margem de Contr ibuição por Unidade. 
 
Vejamos como f icar ia a Demonstração de Resultados: 
 
 A $ B $ C $ Total $ 
 
Vendas 
( - ) Custo Variável dos 
Produtos Vendidos 
 
(=) Margem de 
Contr ibuição 
 
( - ) Custos Fixos (2.455.000) 
(=) Resultado 
 
Nessa demonstração temos a Margem de Contr ibuição por produto 
(não Lucro); deduzidos os Custos Fixos do tota l da Margem de 
Contr ibuição, temos o Lucro obt ido (resultado). 
 
Margem de Contribuição para fins Decisoriais 
 
Suponhamos uma empresa que trabalhe sob encomenda, produzindo 
com a seguinte estrutura de custos e despesas: 
 
Custos Fixos de Produção: $ 1.400.000/mês 
Custos Var iáveis de Produção ( - MP e MOD) $ 400/hora-máquina 
Despesas Fixas de Adm, Vendas e Financ. $ 1.200.000/mês 
Despesas Var iáveis de Vendas $0,20 por $1,00 de venda 
 
 
 
 39 
Para poder chegar ao preço de venda para cada encomenda, a 
empresa previu um volume tota l de t rabalho para o ano de 2.500 
horas-máquina e f ixou como meta um lucro anual de $ 1.000.000; a 
part i r daí cr iou a seguinte fórmula para obtenção do preço: 
 
 Custo f ixo de produção por 
hora-máquina 
 
$1.400.000 : 2.500 hm 
 
 
(+) Custo Variável ( - MP e MOD) 
(+) Despesas Fixas 
por hora-máquina 
 
$ 1.200.000 : 2.500 hm 
 
 
(=) 
Custos e Despesas 
por hora-máquina 
 
 
(+) Lucro Desejado 
por hora-máquina 
 
$ 1.000.000 : 2.500 hm 
 
 
(=) 
Valor Total a obter, após 
dedução das /Despesas de 
Vendas Variáveis e dos 
Custos de MP e MOD 
 
 
A empresa estando ociosa numa determinada semana, anal isa uma 
encomenda com as seguintes característ icas: 
 
MP e MOD necessárias $ 96.000 
Horas-máquina necessárias 50 hm 
 
Cálculos da empresa: 
MP e MOD $ 96.000 
Custos, Despesas e Lucro ( - desp. de venda variáveis) 
 50 hm x $1.840/hm $ 92.000 
 $ 188.000 
 
Como esse montante deve corresponder a 80% do preço já que 20% 
são Despesas de Venda, o Preço oferecido será: 
 
$ 188.000 = $ 235.000 
80% (0,80) 
 
O cl iente faz uma contraproposta de $ 200.000. 
 
Ela é vantajosa para a empresa? 
 
Pela demonstração abaixo, não. 
Preço ofertado pelo cl iente $ 200.000 
(-) Despesas de Venda Variáveis $ 40.000 
 $ 160.000 
(-) Custo, Despesa e Lucro $ 188.000 
“FALTA” $ 28.000 
 
Pela fórmula estabelecida pela empresa 50 hm x $400/hm = $ 20.000 
de lucro, a empresa ter ia um prejuízo real de $ 8.000. 
 
 
 40 
 
No entanto, se pensarmos que os custos f ixos cont inuar ão a exist i r 
independente da empresa assumir o pedido ou não ( a semana está 
ociosa), a empresa deixaria de gastar apenas: 
 
MP e MOD $ 96.000 
Custos e Despesas Variáveis ( - vendas) 
 $ 400/hm x 50 hm $ 20.000 
 $ 116.000 
Despesas Variáveis de Venda ( 20% de $ 200.000) $ 40.000 
Total de Custos e Despesas Variáveis $ 156.000 
 
Deixar ia de gastar $ 156.000 mas deixar ia de receber $ 200.000. 
Portanto, estar ia perdendo uma Margem de Contr ibuição de $ 44.000. 
 
Receita $ 200.000 
(-) Custos e Despesas Variáveis $ 156.000 
(=)Margem de Contribuição dessa encomenda $ 44.000 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- A empresa Arquivaço S A , fábrica armários de aço de diversos modelos e que 
têm as seguintes características de custos num nível de produção de 100 unidades 
de cada: 
 
Produto/mod
elo 
MP 
$/un 
MOD 
$/un 
CIV 
$/un 
CIF 
$/un 
Custo total 
$/un 
01 300 500 250 200 1250 
02 400 500 300 250 1450 
03 500 600 300 250 1650 
04 600 600 300 250 1750 
 
Os preços de venda unitários são: 
 
Mod 01 $ 1500 
Mod 02 $ 1550 
Mod 03 $ 1750 
Mod 04 $ 1900 
 
De acordo com esses dados, apresente uma ordem de prioridade que a empresa 
deve adotar para maximizar sua lucratividade. 
 
2- A Cia Tudolimpo fabrica dois tipos de aspiradores de pó. Fez recentemente uma 
grande ampliação de sua capacidade produtiva e pretende utilizá-la plenamente com 
intensiva campanha publicitária e sem alterar os preços dos seus produtos. 
O Depar5tamento de Planejamentop pediu dados detalhados sobre a produção dos 
dois produtos e obteve as seguintes informações: 
 
 
 41 
 
Custos Fixos Mensais 
MOD $ 2.000.000 
Depreciação $ 600.000 
Outros $ 360.000 
 
Custos Variáveis 
 
 Aspirador A Aspirador B 
MP $ 300,00/un $ 400,00/un 
Outros Materiais $ 122,50/um $ 180,80/un 
MOD $ 350,00/un $ 600,00/un 
 
Quantidades Produzidas no Último Mês: 2.000 unidades de cada modelo 
 
Tempo Total Utilizado na Fabricação durante o M<ês 
ModeloA 15.500 horas 
Modelo B 24.500 horas 
 
Preço de Venda 
Modelo A $ 1.900,00/un 
Modelo B $ 2.600,00/um 
 
Sabendo-se que a empresa apropria os Custos Fixos à base do tempod e 
fabricação, 
a) Calcule o lucro unitários de cada um dos produtos. 
b) Indique qual o produto que deve ter sua venda incentivada e justifique sua 
escolha. 
 
3- A Cia Amazonense de Automóveis tem capacidade para produzir 36.000 carros 
por ano. No entanto, coloca atualmente no mercado somente 24.000 unidades. 
Seus custos e Despesas são os seguintes: 
Custo Fixo de Produção $ 450.000.000/ano 
Custos Variáveis $ 15.000/um 
Despesas Fixas $ 90.000.000/ano 
Despesas Comerciais $ 1.000/um 
Impostos $ 3.000/um 
 
Recebeu proposta para exportar 12.000 unidades, desde que o preço seja de $ 
25.000/um (no Brasil o carro é vendido a $ 47.000/um) 
a) Deve aceitar a proposta? 
(lembre-se que haverá isenção de impostos, mas suas despesas comerciais 
serão acrescidas em 50% e o transporte será de $ 2500/un). 
b) Qual seria o preço mínimo pelo qual passaria a valer a pena efetuar esse 
negócio. 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
 
 
 42 
Bloco D Custos para Decisão 
módulo 02 Limitações na Capacidade Produtiva 
 
Ao comentarmos a grande importância do conceito de Margem de Contribuição, 
verificamos algumas de suas aplicações, mas não atentamos ao problema 
decorrente da existência de diversos fatores que naturalmente limitam a capacidade 
de produção da empresa. Vamos agora entrar nesse tipo de problema. 
 
Margem de Contribuição antes da Existência de Limitações. 
 
Suponhamos que uma determinada empresa fabricante de barracas para camping 
produza quatro modelos diferentes (A, B, C e D). 
 
Os dados de Custos que a empresa possui são bastante minuciosos: 
 
Quadro 1 
 Matéria-prima 
$ / u 
Mão-de-obra 
Direta $ / u 
Custo Direto 
Total $ / u 
Custo Indireto 
Variável $ / u 
Custo Variável 
Total $ / u 
 
Produto A 700 600 1.300 200 1.500 
Produto B 600 500 1.100 150 1.250 
Produto C 2.000 700 2.700 200 2.900 
Produto D 400 500 900 100 1.000 
 
Os Custos Indiretos Fixos são os seguintes: 
Mão-de-obra Indireta $ 1.600.000 / ano 
Aluguéis $ 400.000 / ano 
Depreciações $ 300.000 / ano 
Outros Indiretos Fixos $ 200.000 / ano 
Total $ 2.500.000 / ano 
 
Conhecedora das vantagens da utilização do conceito de Margem de Contribuição, 
para efeito de análise e decisão, ela procede como indicado no Quadro 1, alocando 
apenas os custos variáveis. Com isso tem ela a seguinte tabela com relação à 
Contribuição Marginal de cada um dos modelos. 
Quadro 2 
 Custo Variável Total 
(Quadro 1) $ / u 
 
Preço de Venda $ / u 
Margem de 
Contribuição $ / u 
 
Modelo A 2.000 
Modelo B 1.800 
Modelo C 3.500 
Modelo D 1.200 
 
Esses preços são também aproximadamente os da concorrência para cada tipo de 
barraca.Analisando-se a coluna da Margem de Contribuição, verificamos de imediato que o 
modelo com maior capacidade de trazer recursos para a empresa é o modelo C. 
 
 
 43 
Entretanto, nossa firma precisa oferecer todos eles ao mercado. Mas é claro que ela 
tentará, sempre que possível, forçar a venda do modelo C, já que cada unidade dele 
produz maior margem de contribuição. Isso se não existir nenhum problema de 
limitação quanto à produção. 
 
Existência das Limitações na Capacidade Produtiva 
 
A nossa empresa, precisando fazer uma programação para a produção do ano 
199X, procede a uma pesquisa de mercado e verifica que existe a seguinte 
demanda: 
 Modelo A – 3.300 u 
 Modelo B – 2.800 u 
 Modelo C – 3.600 u 
 Modelo D – 2.000 u 
 
Sua capacidade não é suficiente para fornecer esse volume, já que possui ela um 
nível máximo de produção de 97.000 horas-máquina, enquanto aquela demanda lhe 
consumiria 103.150, conforme o tempo de cada modelo mostrado a seguir. 
 
Quadro 3 
 Horas-máquina 
necessárias. h / u 
Demanda Prevista 
un 
Total 
Horas-máquina hm 
 
Modelo A 9,50 3.300 31.350 
Modelo B 9,00 2.800 25.200 
Modelo C 11,00 3.600 39.600 
Modelo D 3,50 2.000 7.000 
 
Total 103.150 
 
Vê-se agora a fábrica na contingência de verificar qual dos modelos deixará de ser 
total ou parcialmente atendido. Deverá considerar o atendimento de alguns clientes 
especiais mesmo a custa da redução do lucro. 
 
Onde então efetuar o corte das 6.150 horas excedentes a sua capacidade (103.150 
h – 97.000 h)? 
 
Com base na Margem de Contribuição é provável que a nossa empresa venha a 
decidir pela redução na linha do Modelo D, já que apresenta a menor Margem de 
Contribuição por unidade (veja quadro 2). Teria assim que deixar de produzir 1.757 
unidades desse tipo: 
 6.150 h = 1.757 un 
 3,50 h / u 
 
A partir dessa previsão de produção, poderia constituir um quadro projetado do 
resultado do ano 199X: 
 
Quadro 4 
 Quantidade un MC $ / un MC Total $ 
 
Modelo A 3.300 500 1.650.000 
 
 
 44 
Modelo B 2.800 550 1.540.000 
Modelo C 3.600 600 2.160.000 
Modelo D 243 200 48.600 
 
Total Margem de Contribuição $ 5.398.600 
(-) Custos Fixos ($ 2.500.000) 
 Resultado $ 2.898.600 
 
 
Comprovação da Utilização do Critério Correto 
 
Para termos certeza de que a decisão tomada de corte do Modelo D é a correta, 
podemos fazer alguns cálculos com o resultado de que seria obtido caso se 
decidisse de maneira diversa. Para isso, basta verificarmos qual seria a nova 
Margem de Contribuição Total com a nova escolha, já que de todas as hipóteses 
possíveis interessa a que maximizar, pois o mesmo montante de Custos Fixos será 
deduzido dela para se chegar ao Resultado. 
 
Verifiquemos primeiramente o que teria acontecido se a empresa tivesse optado 
pelo corte no produto C, ao invés de no D. 
 
O número de unidades não produzidas de C seria 
 
 6.150 h = 559 un e o resultado seria: 
 11,00 h / u 
Quadro 5 
 Quantidade (un) MC unitária $ / u MC Total $ 
 
Modelo A 
Modelo B 
Modelo C 
Modelo D 
 
Total 
 
Este quadro evidencia que a Margem de Contribuição Total seria maior nessa 
hipótese que na anterior! Logo, esta última produz mais lucro, e é, portanto, melhor 
que a anterior! 
 
Estará invalidado então nosso conceito de Margem de Contribuição? 
 
Margem de Contribuição e Fator de Limitação 
 
Analisemos a razão da discrepância acima: na primeira hipótese, deixamos de 
produzir 1.757 unidades de D, o que nos eliminou a possibilidade de obtenção de 
uma Margem de Contribuição Total de: 
1.757 u x $ 200 / u = $ 351.400 
 
enquanto que, na Segunda hipótese, cortando da linha C, diminuímos um potencial 
de Margem de Contribuição Total de: 
559 u x $ 600 / u = $ 335.400 
 
 
 45 
 
Apesar de, por unidade, o modelo C produzir muito mais de Margem de Contribuição 
do que D, dentro das 6.150 horas cortadas ele produz menos. E isso é devido ao 
tempo que cada unidades leva para ser elaborada. 
 
Uma unidade de C produz $ 600 de Margem de Contribuição, mas leva 11 horas 
para ser feita. Assim, em cada hora a Margem de Contribuição é de $ 54,55, 
enquanto o produto D produz só $ 200 por unidade, mas leva apenas 3,5 horas para 
ser elaborado, fornecendo $ 57,14 de MC por hora. Logo, cada hora usada na linha 
D rende mais do que na linha C. 
 
O resultado correto seria obtido então com o seguinte cálculo: 
 
Quadro 6 
 Margem de Contribuição 
unit $ 
Tempo de Fabricação 
hm 
MC/hm ($ / hm) 
 
Modelo A 500 9,50 52,63 
Modelo B 550 9,00 61,11 
Modelo C 600 11,00 54,55 
Modelo D 200 3,50 57,14 
 
Vemos que o modelo que menos traz Margem de Contribuição por hora-máquina é o 
A, este deverá então ser o item a ter sua produção limitada. O modelo D, que 
parecia o primeiro a ser eliminado, só seria cortado como 3ª opção, depois A e C. 
Ele é, na realidade, o segundo produto mais interessante nessa situação. 
 
Concluímos então que a Margem de Contribuição continua sendo o elemento-chave 
em matéria de decisão, só que agora não por unidade, mas pelo fator limitante da 
capacidade produtiva. 
 
Portanto, se não houver limitação na capacidade produtiva, interessa o produto que 
produz maior Margem de Contribuição por unidade, mas, se existir interessa o que 
produz maior Margem de Contribuição pelo fator limitante da capacidade (no caso, 
as horas-máquina disponíveis). 
 
Outro Exemplo de Limitação na capacidade Produtiva 
 
Suponhamos que uma determinada indústria automobilística fabrique dois modelos 
de veículos com as seguintes características: 
 
Quadro 7 
 Preço de Venda Custo Variável Total MC Unitária 
 
Modelo 4 portas $ 260.000 $ 205.000 $ 55.000 
Modelo 2 portas $ 258.000 $ 204.000 $ 54.000 
 
Todas as maçanetas usadas em qualquer modelo são iguais, quer nas portas 
dianteiras, quer nas traseiras, e são importadas; cada modelo leva o mesmo tempo 
de produção. 
 
 
 
 46 
Não havendo problema de limitação na capacidade de produção, a empresa tentará, 
sempre que possível, vender o modelo 4P, já que em cada unidade deste consegue 
uma Margem de Contribuição maior do que no outro. 
 
Digamos que em determinado mês haja um problema sério de obtenção de 
maçanetas, e a indústria consiga uma quantidade insuficiente delas para sua 
produção total. Como procederá nesse mês? Não há dúvida de que procurando 
apenas produzir e vender o modelo 2P. 
 
Se tiver, digamos, 8.000 maçanetas para o mês todo, conseguirá elaborar 4.000 
unidades do modelo 2P e obter uma Margem de Contribuição total de: 
 
4.000 un x $ 54.000 / un = $ 216.000 
 
Se produzisse o modelo 4P, conseguiria apenas $110.000.000 (2.000 u X $55.000/u). 
 
O conceito de Margem de Contribuição pelo fator limitante da capacidade é o 
determinante da decisão. O modelo 4P dá Margem de Contribuição de $ 13.750 por 
maçaneta, mas o 2P dá $ 27.000. E a limitação no caso é o estoque disponível de 
maçanetas. 
 
Poderia ocorrer de o mercado consumir apenas 3.000 unidades por mês de 2P; 
nessa hipótese, a indústria faria então esse total e utilizaria as 2.000 maçanetas 
restantes na produção de 500 de 4P. 
 
O fator que limita a capacidade pode ser o mesmo durante um longo período de 
tempo (horas-máquina, por exemplo), ou ser temporário (maçaneta, determinada 
matéria-prima, hora-homem de certa especialização, hora-máquina de certo 
equipamento ou de um departamento etc.). 
 
Existência e Diversos fatores Limitantes 
 
Pode ocorrer que existam num mesmo período diversos fatores limitando a 
capacidade da empresa, como horas-máquina e certa matéria prima. 
 
Aí o problema fica realmente mais sério, já que uma solução simples e rápida como 
a que acabamos de ver não irá funcionar. 
 
É necessário nesse caso que se recorra a métodos maissofisticados, como a 
Programação Linear, por exemplo, ou outros modelos matemáticos da Pesquisa 
Operacional. 
 
 
 
 
EXERCÍCIO PROPOSTOS 
 
 
 
 47 
1 - Uma indústria de móveis recebe dois pedidos de produção: 200 carinhos de chá 
e 110 estantes. O primeiro consumirá 3 semanas de produção e o segundo 4 
semanas. 
O chefe de produção informa que só poderá trabalhar em uma delas pois a 
capacidade produtiva está quase toda comprometida. 
O relatório de custos é o seguinte: 
 
 
 Custos Despesas Variáveis 
MP e MOD CIF variáveis Comissão Transporte 
 
200 carrinhos 
110 estantes 
$ 1.600/un 
$ 6.000/un 
$ 380/un 
$ 2.000/un 
$ 50/un 
$ 150/un 
$ 90/un 
$ 550/un 
 
 
Os custos fixos de produção somam $ 96.000 por semana e as Despesas Fixas 
(administração, vendas e financeiras), $ 42.000 por semana. 
Os preços de venda seriam de $ 4.800 para os carrinhos e $ 14.000 para as 
estantes. 
Qual dos dois pedidos você aceitaria? Por que? 
Qual o impacto na demonstração de resultados de um e de outro pedido? 
 
 
2- A Indústria de Mantas e Cobertores Mato Grosso do Sul S. A. teve os seguintes 
custos e despesas em janeiro / 1980: 
 
Mão-de-obra Direta: $ 170/u produzida 
Matéria-prima: $ 200 / kg de lã utilizada 
Comissão de Vendas: $ 150 / u vendida 
Custos (80%) e Despesas (20%) Fixos: $ 653.000 
 
A Indústria rateou tanto os Custos quanto as Despesas que não são 
variáveis à base do tempo de fabricação de cada um dos 4 produtos feitos no mês; 
os dados mais relevantes do período foram: 
 
 
Produto Tempo de 
Fabricação 
Quant. Lã 
consumida 
Volume 
Produzido 
Preço 
de 
Venda 
Cobertores-Casal 9,5 h/u 3,5 kg 12.000 u $ 1.500/u 
Mantas-Casal 7,6 h/u 2,8 6.000 u $ 1.300 
Cobertores-Solt. 9,0 h/u 2,5 8.000 u $ 1.260 
Mantas-Solt. 7,4 h/u 1,5 4.000 u $ 1.000 
 
Em fevereiro a empresa recebeu 6.000 kg de matéria-prima a menos do que 
havia consumido em janeiro, e por isso ela teve de restringir sua produção e assim 
fabricou menos daqueles produtos que davam menor lucro por unidade. Em ambos 
os meses conseguiu vender toda sua produção. 
 
a) Refaça os cálculos que você acha que a Indústria fez para escolher o produto 
a restringir da produção. 
 
 
 48 
b) Faça os cálculos que você acha que deveriam ter sido feitos para uma 
apropriação adequada de custos para fins de avaliação de estoques. 
c) Faça os cálculos que deveriam ter sido feitos para analisar qual a decisão 
correta em fevereiro/80 e quais produtos que devem ter sua venda 
encorajada, observando o fator limitante. 
d) Compare seus números, analise-os e faça alguns comentários. 
 
 
3- A Cia. PH de Calculadoras Eletrônicas fabrica dois modelos, um com impressora 
e outro sem. Para atender ao mercado a empresa produz, normalmente, 5.000 
máquinas do primeiro e 4.000 do segundo tipo. 
Os materiais consumidos diretamente são de $ 3.993 e $ 3.700, respectivamente. 
Os demais custos variáveis são de $ 2.150 por unidade, além de $ 275/h de mão-de-
obra direta, tanto para um como para outro modelo. 
Os custos Fixos totalizam $ 3.360.500 por mês e são rateados à base de horas de 
M. O. D.(9,10 h/u para o modelo com e 6,50 h/u para o sem impressora). 
Os preços de venda são aproximadamente os das empresas concorrentes ($9.900/u 
e $ 8.810/u, respectivamente), e a PH não pretende altera-los. 
a) Calcule o custo de cada um dos modelos, o lucro unitário e a margem de 
contribuição unitária. 
b) Sabendo-se que há uma grande dificuldade de obter pessoal especializado 
na produção desses itens, dê sua opinião sobre em qual modelo deve a 
empresa dedicar seus esforços de propaganda. 
 
 
 
 
 49 
 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco D Custos para Decisão 
módulo 03 Ponto de Equilíbrio 
 
 
O Ponto de Equilíbrio (também denominado Ponto de Ruptura - Break-even Point) 
nasce da conjugação dos Custos Totais com as Receitas Totais. 
 
As alterações de preços provocariam o mesmo impacto que sobre os Custos 
Variáveis, isto é, inclinando para mais ou para menos a curva. 
 
Simplificando nossas visualizações e admitindo como absolutamente lineares as 
representações tanto das Receitas quanto dos Custos e Despesas, teremos a 
seguinte reprodução gráfica do Ponto de Equilíbrio: 
Até esse ponto, a empresa está tendo mais Custos e Despesas do que Receitas, 
encontrando-se, por isso, na faixa do Prejuízo; acima, entra na faixa do Lucro. Esse 
ponto é definido tanto em unidades (volume) quanto em reais. 
 
Suponhamos uma empresa com os seguintes dados: 
 
Preço de Venda $500/un 
Custos + Despesas Variáveis $350/un 
Custos + Despesas Fixos $600.000/mês 
 
 empresa obterá seu ponto de Equilíbrio quando suas Receitas Totais equalizarem 
seus Custos e Despesas Totais: 
Receitas Totais = (Custos + Despesas)Totais 
 
Ponto de Equilíbrio
$
Luc
ro
Custos e Receitas Totais
Variáveis Despesas
Prejuízo Totais
Fixos
Volume
(j)
 
 
 50 
Quantidade x $500/u = Quantidade x $350/u + $600.000/mês 
 
Quantidade x ($500/u - $350/u) = $600.000/mês 
 
Ponto de Equilíbrio = $600.000 / mês = 4.000 u/mês 
 ($500 / u - $350 / u) 
 
ou seja, 
 
 
 Ponto de Equilíbrio = Custos + Despesas Fixas . 
 Margem de Contribuição Unitária 
 
 
Para sua transformação em valores de Receitas Totais, basta fazer: 
 
4.000 u/mês x $500/u = $2.000.000/mês, que é o Ponto de Equilíbrio em reais. 
 
Realmente, quando houver esse volume de vendas, teremos como Custos e 
Despesas Totais: 
Variáveis: 4.000 u x $350/u $1.400.000 
Fixos: $ 600.000 
Soma = $2.000.000 
 
com resultado então igual a zero. 
 
A partir da unidade de número 4.001, cada Margem de Contribuição unitária que até 
aí contribuía para a cobertura dos Custos e Despesas Fixos passa a contribuir para 
a formação do lucro. Logo, 4.100 unidades produzidas e vendidas darão um lucro 
equivalente à soma das Margens de Contribuição das 100 unidades que 
ultrapassaram o Ponto de Equilíbrio: 
 
100 u x $150/u = $15.000 
 
Comprovemos: 
 
Receitas Totais: 4.100 u x $500/u $2.050.000 
(-) Custos e Despesas Totais: 
 Variáveis: 4.100 u x $350/u $1.435.000 
 Fixos: $ 600.000 $2.035.000 
Lucro $ 15.000 
 
 
Este cálculo só é válido, no Custeio por Absorção, quando a produção for igual à 
venda, em termos de unidades; caso contrário, haverá sempre o problema dos 
Custos Fixos mantidos em estoque que provocarão distorções, ora para mais, ora 
para menos. No Custeio Variável, o Resultado será sempre igual ao calculado em 
função dessas relações entre o Custo e o Volume. 
 
 
 51 
 
Margem de Segurança e Alavancagem Operacional 
 
Suponhamos que uma construtora esteja produzindo um tipo de casa pré-fabricada 
com as seguintes características: 
 
Custos Variáveis: $140.000/u 
Custos + Despesas Fixos: $1.000.000/mês 
Preço de Venda: $240.000/u 
 
Seu Ponto de Equilíbrio é de: 
 $ 1.000.000 / mês _ . = 10 casas por mês 
($240.000 / u - $ 140.000 / u) 
 
Suponhamos que ela esteja produzindo e vendendo 14 casas por mês obtendo com 
isso um lucro de: 
 
4 u/mês x $100.000/u = $400.000/mês 
 
Dizemos que a empresa está com uma Margem de Segurança de quatro casas, pois 
pode ter essa redução sem entrar na faixa de prejuízo. Em termos percentuais, 
podemos dizer que está com uma Margem de Segurança de 28,6%: 
 
Margem de Segurança = 4 u = 28,6% 
 14u 
 
Em Receitas o cálculo é o mesmo: 
 
 
Margem de Segurança = Receitas Atuais - Receitas no Ponto de Equilíbrio 
 Receitas Atuais 
 
 
$3.360.000 - $2.400.000 = 28,6% 
 $3.360.000 
 
Pode reduzir essa porcentagem nas Receitas antes de entrar na faixa de prejuízo 
(28,6% x $3.360.000 = $960.000 = 4 x $240.000).Se passar a uma atividade de produção e venda de 17 unidades por mês, seu 
resultado passará a: 
 
7 u/mês x $100.000/u = $700.000/mês 
 
Comparando esses números com os atuais (14 unidades e lucro de $400.000/mês), 
vemos que houve: 
Aumento no volume: 3 u, ou seja, 21,4% 
Aumento no lucro: $300.000, ou seja, 75% 
A um acréscimo de 21,4% no volume de atividade correspondeu um aumento de 
75% no resultado, com uma alavancagem de: 
 
 
 52 
 
 75% = 3,5 vezes 
21,4% 
 
O que teria acontecido se, ao invés de passar de 14 ara 17, passasse de 14 para 21 
unidades? 
 
O novo lucro seria de 
 
11 u/mês x $100.000/u = $1.100.000 
 
Logo, 
 
 
Alavancagem Operacional = Porcentagem de acréscimo no lucro 
 Porcentagem de acréscimo no volume 
 
 
$700.000 / $400.000 = 3,5 vezes 
 7u / l4u 
 
A cada 1% de aumento sobre seu atual volume de 14 u/mês corresponderá um 
acréscimo de 3,5% sobre o seu atual resultado mensal. 
 
Para cada ponto em que se encontrar, sua Alavancagem é diferente; ela não é 
sempre igual a 3,5, pois esse número é válido para as comparações a partir do 
volume atual de 14 u. 
 
Por exemplo, se estiver produzindo agora as 21 unidades, com lucro de 100.000, o 
que acontecerá se passar para 25? Seu novo resultado será de 
15 u/mês x $100.000/u = $1.500.000/mês 
 
E a alavancagem será de: 
 
$400.000 / $1.100.000 = 36,4% = 1,9 
 4 u / 21 19,0% 
 
Seria 3,5 se calculado sobre as 14 unidades. 
 
A Margem de Segurança, por outro lado, com produção de 21 unidades é de 52% 
(21–10 / 21), bem maior que a anterior de 28,6%. 
 
À medida que aumenta a Margem de Segurança, decresce a Alavancagem 
Operacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 53 
EXERCÍCIOS 
 
1. A Empresa Paulista de Trompetes S.A., através de um levantamento na sua 
Contabilidade de Custos, chegou à seguinte conclusão com respeito aos seus 
custos e despesas: 
Custos e despesas fixos: 
Depreciação de Equipamento $ 100.000/ano 
Mão-de-obra Direta e Indireta 400.000/ano 
Impostos e seguros da planta fabril 38.000/ano 
Despesas de Vendas 150.000/ano 
Custos e despesas variáveis: 
Materiais Diretos $ 300/u 
Embalagem 70/u 
Comissões de Vendedores 20/u 
Outros 10/u 
 
Sabendo-se que o preço de venda é de $ 2.000/u, 
a) Quantos trompetes deve ser produzidos e vendidos por ano para atingir o 
ponto de equilíbrio? 
b) Qual o valor da receita nesse ponto? 
c) Se a empresa quiser ter um lucro de 30% sobre as receitas totais, quantas 
unidades deve produzir e vender durante o ano? 
d) Qual será esse lucro? 
 
e) 
2. A Indústria de Lâmpadas São Marcos Ltda, teve os seguintes custos em 1998: 
Fixos: 
Mão-de-obra Indireta $ 600.000 
Materiais Indiretos $ 250.000 
Outros $ 350.000 
Variáveis: 
Matéria-prima $ 2,00/u 
Mão-de-obra Direta $ 1,00/u 
Prêmio mão-de-obra Indireto $ 0,50/u 
As Despesas com Comissões foram de $ 0,50/u, as Despesas Financeiras de $ 
100.000 e as demais Despesas de $ 200.000. 
O preço médio de venda do ano foi de $ 7,00/u. 
Esses custos foram os médios do ano para os variáveis e o total do exercício para 
os fixos. 
Para 1999, espera-se que os impostos, que representam metade dos “Outros 
Custos Fixos”, aumentem em 80%, enquanto que se guarda aumento de 40% sobre 
os salários diretos e indiretos e um acréscimo de 35% sobre os demais custos e 
despesas. 
Espera-se ainda que o preço médio do ano seja de $ 8,45/u apenas. 
A empresa tem o seguinte Patrimônio (sintetizado) em 31-12-98: 
Ativo: 
Circulante $ 500.000 
Permanente $ 900.000 $ 1.400.000 
( - ) Passivo: 
 
 
 54 
 Circulante $ 200.000 
 Longo Prazo $ 200.000 $ 400.000 
( = ) Patrimônio Líquido $ 1.000.000 
 
Espera ainda a indústria uma inflação de 8% para 1999. 
a) Qual foi seu Ponto de Equilíbrio Contábil em 1998? 
b) Qual será seu Ponto de Equilíbrio em 1999? 
c) Qual deve ser seu volume de vendas para que consiga um lucro real de 10% 
sobre seu Patrimônio Líquido em 1999? 
d) E se quiser que esse lucro seja o líquido, depois do Imposto de Renda de 
30%? 
 
 
 55 
 
 
Análise Gerencial e Contábil de Custos 
 
 
Bloco D Custos para Decisão 
módulo 04 Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro 
 
Se uma empresa tem as seguintes características: 
 
Custos + Despesas Variáveis: $6.000/u 
Custos + Despesas Fixos: $4.000.000/ano 
Preço de Venda: $8.000/u 
 
sabemos que seu Ponto de Equilíbrio será obtido quando a soma das Margens de 
Contribuição ($2.000/u) totalizar o montante suficiente para cobrir todos os Custos e 
Despesas Fixos; esse é o ponto em que contabilmente não haveria nem lucro nem 
prejuízo (supondo produção igual à venda). 
 
Logo, esse é o Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC): 
 
PEC = $4·000.000 / ano = 2.000 u/ano, ou $16.000.000/ano de Vendas 
 $2.000 / u 
 
Mas um resultado contábil nulo significa que, economicamente, a empresa está 
perdendo (pelo menos o juro do capital próprio investido). 
 
Supondo que essa empresa tenha tido um Patrimônio Líquido no início do ano de 
$10.000.000, colocados para render um mínimo de 10% a.a., temos um lucro 
mínimo desejado anual de $1.000.000. Assim, se essa taxa for a de juros no 
mercado, concluímos que o verdadeiro lucro da atividade será obtido quando 
contabilmente o resultado for superior a esse retorno. Logo, haverá um ponto de 
equilíbrio econômico (PEE) quando houver um lucro contábil de $1.000.000. 
 
O PEE será obtido quando a soma das Margens de Contribuição totalizar então 
$5.000.000, para que, deduzidos os Custos e Despesas Fixos de $4.000.000, 
sobrem os $1.000.000 de lucro mínimo desejado: 
 
PEE = $5.000.000 / ano = 2.500 u/ano, ou $20.000.000/ano de Receitas 
 $2.000 / u 
 
Se a empresa estiver obtendo um volume intermediário entre as 2.000 e as 2.500 
unidades estará obtendo resultado contábil positivo, mas estará economicamente 
perdendo, por não estar conseguindo recuperar sequer o valor do juro do capital 
próprio investido. 
 
 
 
 
 
 56 
Por outro lado, o Resultado Contábil e o Econômico não são coincidentes, 
necessariamente com o Resultado Financeiro. Por exemplo, se dentro dos Custos e 
Despesas Fixos de $4.000.000 existir uma Depreciação de $800.000, sabemos que 
essa importância não irá representar desembolso de caixa. 
 
Dessa forma, os desembolsos fixos serão de $3.200.000/ano; portanto, o Ponto de 
Equilíbrio Financeiro (PEF) será obtido quando conseguirmos obter uma Margem de 
Contribuição Total nessa importância: 
 
PEF = $3.200 000/ano = 1,600 u/ano, ou $12.800.000 de Receitas Totais 
 $2.000/u 
 
Se a empresa estiver vendendo nesse nível, estará conseguindo equilibrar-se 
financeiramente, mas estará com um prejuízo contábil de $800.000, já que não 
estará conseguindo recuperar-se da parcela "consumida" do seu Ativo Imobilizado. 
Economicamente estará, além desse montante, perdendo os $1.000.000 dos juros, 
com um prejuízo total de $1.800.000. 
 
Se o volume de vendas for de 2.200 u, teremos: 
 
Resultado Contábil: 200 u x $2.000/u = $400.000 de lucro 
Resultado Econômico: (300 u) x $2.000/u = ($600.000) de prejuízo 
Resultado Financeiro: 600 u x $2.000/u = $1.200.000 de superávit 
 
(Esses números foram calculados tomando-se o volume de vendas em unidades 
menos os respectivos Pontos de Equilíbrio; seriam os mesmos caso calculássemos 
Receitas Totais menos Custos e Despesas Totais - contábeis, econômicas e 
financeiras.) 
 
Assim, haveria em "Caixa" uma sobra de $1.200.000/ano, que significariam, 
contabilmente, lucro de $400.000, já que $80.000 seriam a recomposição no Ativo 
da parte perdida no Imobilizado, mas essa sobra de $400.000 é $600.000 inferior ao 
mínimo desejado de $1.000.000. 
 
Essa é de fato uma hipótese simplista para o cálculo do Resultado Financeiro, pois 
estamos admitindo todas as receitas recebidas e todos os custos e despesas 
(exceto

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