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AD 6 Filosofia e Ética

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Universidade Federal Fluminense (UFF) 
Curso de Administração Pública 
Disciplina: Filosofia e Ética
Questões da Atividade à distância 6
Questão 1: Explique o Paradoxo da Política segundo o capítulo 7 e relacione (citando um exemplo) com alguma manifestação popular brasileira contemporânea.
R: Política é um termo ambíguo, que pode ter mais de um sentido e ser utilizada em várias situações com significados distintos. Marilena aborda em seu livro, os diversos sentidos que a palavra pode apresentar, esses são: governo, a política como atividade exercida pelos políticos como atividade de trabalho, política como interesse em comum e obrigação do povo, reivindicação de recursos para os mesmos, política referida à maneira como uma instituição define sua direção, modo de organização. Uma manifestação popular brasileira contemporânea foi uma ação realizada por alunos das escolas municipais e federais, que teriam seus cartões riocard bloqueados, a manifestação causou interdições em algumas das principais vias do Centro do Rio de Janeiro, paralisando temporariamente a circulação do VLT (veículo leve sob trilhos). A Defensoria Pública do Rio acabou por receber uma liminar que proibiu o corte das gratuidades dos estudantes, com este exemplo podemos relacionar à política política como interesse em comum e obrigação do povo, reivindicação de recursos para os mesmos.
Questão 2: O que significa ser cidadão e como isso inventou a política?
R: Ser cidadão é ser nascido na pólis, ou seja, na cidade, ser livre e possuir dois direitos fundamentais, esses são: a isonomia que consiste no princípio da igualdade de todos e a isegoria que é o direito de discussão e manifestação nas assembleias da pólis. Com o desenvolvimento do povo como cidadãos, principalmente racionalmente, se “inventou” a política com os negócios públicos dirigidos pelos cidadãos: comportamento, leis, organização de batalha nas guerras, realização de serviços públicos como abertura de ruas, estradas e portos, construção de templos e fortificações, e das atividades econômicas da pólis como a escolha da moeda utilizando, recolhimento de impostos e tributos e tratados comerciais.
 
Questão 3: Explique a Teoria Política de Platão e Aristóteles e aponte claramente (segundo o capítulo) onde se elas concordam e discordam.
Platão e Aristóteles discordam na definição de como cria-se justiça, porém concordam em relação ao caráter natural da polis e da justiça. Para eles, a justiça é uma relação entre a lei, a natureza e ordem. A ideia de justiça é algo natural e condiz com a vontade de Deus que regula, julga e pune os cidadãos por suas ações, concordam também que a polis existe por natureza e não por invenção do homem. Segundo Platão, o homem e a polis tem a mesma estrutura, os homens possuem 3 almas, essas são: a alma concupiscente ligado à satisfação do corpo, a alma irascível ligada à defesa do corpo contra agressões, e por último a alma racional ligado ao conhecimento, já a polis também é dividida em 3 partes, as 3 classes sociais, a classe econômica que garante a subsistência do povo, a classe militar que defende a polis e a classe dos magistrados que governa a polis. Platão afirma que o homem só consegue ser justo quando a sua alma racional é mais forte do que as almas concupiscente e a irascível dentro de si, com o domínio racional o homem consegue ser virtuoso e assim, justo. Já Aristóteles afirma que para determinar a justiça, temos que diferenciar 2 tipos de bens, esses são: os bens partilháveis que são os bens que podem ser divididos e distribuídos, e os bens participáveis que são o bens que são indivisíveis, só podendo ser participado. Na polis há 2 tipos de justiça, a distributiva (distribuição de bens econômicos em quantidades necessárias, analisando individualmente quanto cada indivíduo precisa, para todos terem igualdade de bens) e a participativa (deve haver igualdade também em relação aos direitos e obrigações), e uma cidade justa conseguirá discernir as duas.
Questão 4: Como a Moral Cristã definiu a Política?
Definiu a ideia de povo (os membros formam o povo de Deus) e de lei (a lei de Deus), a comunidade tem igualdade entre os membros, são todos filhos de Deus, recebem em conjunto a Palavra Sagrada e, pelo batismo e eucaristia (o pão e o vinho como símbolos do corpo e sangue de Jesus) participam da nova lei. A igreja está designada como reino de Deus, ordena-se que preguem ao mundo inteiro a nova lei e o evangelho. Definida como a comunidade de bons e justos, separada do Estado e do poder imperial, organiza-se com normas e regras que estabelecem hierarquias de autoridade e de poder.
Referências bibliográficas
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ética, 2000.
G1 Rio. Alunos protestam contra ameaça do fim de passe livre estudantil no Rio. Disponível em: <https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/alunos-protestam-contra-ameaca-do-fim-de-passe-livre-estudantil.ghtml> Acesso em: 22 de setembro de 2018.

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