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Direito Penal Aula 10

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Aula 10
Curso: Direito Penal p/ TRF 3ª Região (Analista Judiciário e Of de Justiça)
Professor: Renan Araujo
Direito Penal ʹ TRF 3º REGIÃO (2013) ʹ PÓS-EDITAL 
ANALISTA JUDICIÁRIO ʹ ÁREA JUDICIÁRIA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo ʹ Aula 10 
 
Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 50 
AULA 10: DOS CRIMES CONTRA A ORDEM 
TRIBUTÁRIA E A ORDEM ECONÔMICA (LEI 
8.137/90). 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação da aula e sumário 01 
I ± Dos Crimes contra a Ordem Tributária 02 
II ± Dos Crimes contra a Ordem Econômica 14 
Lista das Questões 24 
Questões comentadas 31 
Gabarito 50 
 
Olá, meus amigos concurseiros! 
 
Hoje vamos estudar alguns tipos de delitos bem interessantes, que 
são os crimes contra a Ordem Tributária e a Ordem Econômica. 
Também há bastante jurisprudência na aula de hoje, logo, 
atenção! 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21111228310
Direito Penal ʹ TRF 3º REGIÃO (2013) ʹ PÓS-EDITAL 
ANALISTA JUDICIÁRIO ʹ ÁREA JUDICIÁRIA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo ʹ Aula 10 
 
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I ± CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA 
 
Considerando a relevância da matéria tributária, eis que são os 
tributos pagos por todos nós que sustentam o país, nada mais natural que 
determinadas condutas atentatórias à ordem tributária sejam tuteladas 
penalmente, de forma a tentar garantir o respeito a estes bens jurídicos. 
Para tanto foram criados alguns tipos penais denominados de 
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, previstos na Lei 8.137/90 
(que prevê crimes contra a ordem econômica também). 
Vejamos cada um dos delitos previstos. 
 
A) Art. 1° da Lei 8.137/90 
 
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou 
reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, 
mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 
10.4.2000) 
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades 
fazendárias; 
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos 
inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em 
documento ou livro exigido pela lei fiscal; 
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de 
venda, ou qualquer outro documento relativo à operação 
tributável; 
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento 
que saiba ou deva saber falso ou inexato; 
21111228310
Direito Penal ʹ TRF 3º REGIÃO (2013) ʹ PÓS-EDITAL 
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V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal 
ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou 
prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em 
desacordo com a legislação. 
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da 
autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser 
convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade 
da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da 
exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V. 
Os cinco incisos previstos são os cinco meios pelos quais o agente 
poderá praticar as condutas previstas no caput do artigo. Desta forma, 
pelo princípio da taxatividade, só haverá crime se o agente reduzir ou 
suprimir tributo MEDIANTE UMA DESTAS CONDUTAS. 
Os termos ³WULEXWRV´�� ³FRQWULEXLo}HV� VRFLDLV´� H� ³DFHVVyULRV´ 
são elementos normativos jurídicos, e a menção às ³FRQWULEXLo}HV�
VRFLDLV´ é desnecessária, na medida em que é espécie de tributo. 
O acessório, para estes fins, deve ser entendido como o valor 
decorrente do descumprimento de alguma obrigação acessória (que não 
seja o pagamento do tributo), como a prestação de uma declaração, etc. 
Existem várias condutas possíveis, de forma que temos um crime de 
ação múltipla. Caso o agente pratique mais de uma conduta, mas 
relativamente ao MESMO TRIBUTO OU ACESSÓRIO, teremos um 
crime único. 
No entanto, ainda que o agente pratique apenas uma das 
modalidades de conduta, mas relativamente A DIVERSOS TRIBUTOS 
DIFERENTES, teremos pluralidade de crimes, cometidos em concurso 
formal ou material, a depender do caso. 
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Direito Penal ʹ TRF 3º REGIÃO (2013) ʹ PÓS-EDITAL 
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O sujeito ativo aqui é o contribuinte ou o responsável tributário. 
O elemento subjetivo exigido É O DOLO, não se punindo 
criminalmente na forma culposa. No inciso IV permite-se tanto o dolo 
direto quanto o DOLO EVENTUAL. 
A consumação do crime se dá com A OCORRÊNCIA DO 
RESULTADO DANOSO, que consiste na SUPRESSÃO OU REDUÇÃO 
do tributo. A tentativa é admissível. No entanto, na conduta prevista no 
§ único o delito se consuma com o mero descumprimento ou não 
atendimento da ordem legal da autoridade, sendo, portanto, 
INADMISSÍVEL a tentativa. 
 
B) Art. 2° da Lei 8.137/90 
 
O art. 2° da Lei 8.137/90 prevê o seguinte: 
 
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei nº 9.964, 
de 10.4.2000) 
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, 
bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total 
ou parcialmente, de pagamento de tributo; 
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de 
contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de 
sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres 
públicos; 
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte 
beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou 
deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal; 
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IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, 
incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou 
entidade de desenvolvimento; 
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados 
que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir 
informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à 
Fazenda Pública. 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
O crime previsto aqui possui a mesma natureza do anterior, sendo, 
entretanto, condutas menos gravosas e, até por isso, receberam sanção 
mais branda. 
Além disso, todas as condutas previstas neste artigo são DE MERA 
CONDUTA. Na verdade, não concordo com essa parcela da Doutrina que 
afirma serem de mera conduta, pois entendo que se tratam de CRIMES 
FORMAIS, na medida em que há possibilidade de que ocorra resultado 
naturalístico. 
O sujeito ativo é o contribuinte ou o responsável, ou seja, aquela 
pessoa que possui uma relação direta ou de responsabilidade em relação 
à obrigação tributária. Temos, portanto, um crime PRÓPRIO. 
CUIDADO! Crime próprio não é sinônimo de crime praticado por 
funcionário público. Crime próprio é um crime não pode ser cometido por 
qualquer pessoa, mas somente por aquelas que se encontrem em 
determinada situação, como é o caso do artigo. 
O sujeito passivo seráa administração fazendária prejudicada (se o 
tributo for federal, a Fazenda Nacional, se estadual, a Fazenda Estadual, 
etc). 
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O tipo subjetivo (elemento subjetivo) das condutas descritas 
no art. 2° é o DOLO. No inciso I, entretanto, exige-se, ainda, um 
ELEMENTO SUBJETIVO ESPECÍFICO (especial fim de agir), consistente 
na intenção de se eximir do pagamento total ou parcial do tributo. 
A consumação do delito se dá com a mera prática de qualquer 
das condutas enumeradas, sendo IRRELEVANTE, para a 
consumação do delito, A OCORRÊNCIA DO EFETIVO PREJUÍZO 
(supressão ou redução do tributo). A tentativa só será admissível nas 
condutas que possam ser fracionáveis. Portanto, apenas a título de 
exemplo, nas modalidades omissivas �³RPLWLU´�� ³GHL[DU� GH� DSOLFDU´��
etc), não cabe tentativa, pois não se pode fracionar a execução do delito, 
de forma que, ou o crime se consuma, ou sequer chega a ser tentado. 
Como a pena máxima prevista para este delito é de DOIS ANOS, 
temos aqui uma INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO ± 
IMPO, de forma que a competência para o processo e julgamento deste 
crime é dos Juizados Especiais Criminais (art. 61 da Lei 9.099/95). 
Portanto, aplicam-se a este crime os institutos despenalizadores da 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO E DA TRANSAÇÃO 
PENAL. 
 
C) Questões comuns aos arts. 1° e 2° da Lei 8.137/90 
 
Em ambos os crimes, se das condutas praticadas resultar grave dano 
à sociedade, ou se forem praticadas por servidor público no exercício das 
funções, ou ainda, se forem praticadas em relação à prestação de 
serviços ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde, a pena é 
aumentada de 1/3 à metade. Vejamos o que diz o art. 12 da Lei: 
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Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um 
terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 
7°: 
I - ocasionar grave dano à coletividade; 
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de 
suas funções; 
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou 
ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. 
 
O inciso III praticamente não possui aplicação aos crimes contra a 
ordem tributária, tendo mais sentido no que se refere aos crimes contra a 
ordem econômica. 
Se o crime for cometido em concurso de agentes, e um dos agentes 
confessar o crime, revelando à autoridade a trama delituosa, terá a pena 
reduzida de 1/3 a 2/3. Vejamos: 
Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em 
quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que através de 
confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial 
toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois 
terços. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.080, de 19.7.1995) 
 
É necessário, portanto, que esta confissão seja ESPONTÂNEA. 
Não se exige, no entanto, VOLUNTARIEDADE, ou seja, não se exige 
que essa vontade parta do agente. Pode ser que ele espontaneamente se 
prontifique a confessar quando informado das vantagens dessa confissão. 
Trata-se de DIREITO SUBJETIVO DO RÉU, ou seja, ele tem o 
direito de realizar esta confissão e ter sua pena reduzida nos moldes 
legais. 
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A ação penal nestes crimes É PÚBLICA INCONDICIONADA, por 
força do art. 15 da Lei: 
Art. 15. Os crimes previstos nesta lei são de ação penal pública, 
aplicando-se-lhes o disposto no art. 100 do Decreto-Lei n° 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. 
 
Quando um delito é cometido surge para o Estado o poder-dever de 
punir o infrator. Esse poder é chamado de Ius Puniendi. Entretanto, esse 
poder pode desaparecer, em razão de diversos fatores (prescrição, 
abolitio criminis, etc). A punibilidade não é elemento do crime. 
A Lei 8.137/90 trouxe uma hipótese especial de EXTINÇÃO DA 
PUNIBILIDADE, prevista em seu art. 14. Vejamos: 
Art. 14. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos nos 
arts. 1° a 3° quando o agente promover o pagamento de tributo 
ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do 
recebimento da denúncia. (Artigo revogado pela Lei nº 8.383, de 
30.12.1991) 
 
Como vocês podem ver, este artigo está riscado, pois fora revogado 
pela Lei 8.383/91. No entanto, essa modalidade de extinção da 
punibilidade foi novamente prevista, desta vez, no art. 34 da Lei 
9.249/95: 
Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei 
nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e na Lei nº 4.729, de 14 
de julho de 1965, quando o agente promover o pagamento do 
tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do 
recebimento da denúncia. 
 
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Agora eu vos pergunto: Não dava pra incluir um artigo na Lei 
8.137/90 pra dizer isso? Precisava colocar em outra lei, só pra f... a 
vida do candidato? 
Bom, o importante é que a punibilidade estará extinta caso o agente 
promova o PAGAMENTO INTEGRAL do tributo, contribuição social 
ou acessórios ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. 
Como disse a vocês, o pagamento do tributo, antes do 
recebimento da denúncia, EXTINGUE A PUNIBILIDADE. 
Entretanto, existe uma possibilidade de SUSPENSÃO DA 
PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO, que irá ocorrer quando o 
agente reconhecer o débito relativo ao crime e realizar o 
PARCELAMENTO DA DÍVIDA. 
Enquanto a dívida estiver sendo paga parceladamente, não há 
extinção da punibilidade, pois pode ser que o camarada deixe de pagar o 
parcelamento. Assim, a punibilidade só estará extinta quando o agente 
TERMINAR DE PAGAR O PARCELAMENTO. 
Essa previsão de suspensão da pretensão punitiva está 
prevista na Lei 8.137/90? NÃO... 
 
 
Cada vez mais eu me convenço que o Legislativo gosta de f... a vida 
dos operadores do Direito! Essa previsão está contida no art. 9° da Lei 
10.684/03: 
Art. 9o É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos 
crimes previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de 
dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A do Decreto-Lei no 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 ± Código Penal, durante o 
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período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos 
aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento. 
§ 1o A prescrição criminal não corre durante o período de 
suspensão da pretensão punitiva. 
§ 2o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo 
quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o 
pagamento integraldos débitos oriundos de tributos e 
contribuições sociais, inclusive acessórios. 
 
Percebam, ainda, meus caros alunos, que enquanto o camarada 
(inclusive Pessoa Jurídica, obviamente) estiver pagando o parcelamento, 
NÃO CORRE O PRAZO DE PRESCRIÇÃO. 
O STJ tem entendido, ainda, que em se tratando de prejuízo 
inferior a R$ 10.000,00, temos hipótese de aplicação do 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA, de forma a afastar a tipicidade do 
fato, ou seja, o fato seria atípico (por ausência de lesividade social apta a 
justificar a tutela penal, já que por esse valor a Fazenda sequer promove 
a execução fiscal, de modo que não faz sentido aplicar o Direito Penal se 
não se aplica nem o Direito Administrativo ao caso). Vejamos: 
 
HABEAS CORPUS. SONEGAÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO 
EXECUTÓRIA. TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO PARA AMBAS AS 
PARTES. LAPSO TEMPORAL NÃO VERIFICADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
NÃO EVIDENCIADO. 
(...) 
SONEGAÇÃO FISCAL. ICMS. TRIBUTO DE COMPETÊNCIA ESTADUAL. 
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ATIPICIDADE MATERIAL DA CONDUTA. INAPLICABILIDADE DO PATAMAR 
DISPOSTO NO ARTIGO 20 DA LEI N. 10.522/02. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 
APENAS AOS TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO. 
1. Não obstante esta Corte Superior de Justiça tenha entendimento 
pacificado no sentido de aplicar o princípio da insignificância aos crimes 
contra a ordem tributária nos quais o valor da exação suprimido ou 
reduzido não ultrapasse a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), é 
certo que a referida construção jurisprudencial encontra arrimo no 
disposto no artigo 20 da Lei n. 10.522/02, que trata do Cadastro 
Informativo dos créditos não quitados de órgãos e entidades federais. 
(...) 
(HC 180.993/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 
13/12/2011, DJe 19/12/2011) 
 
D) Art. 3° da Lei 
 
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além 
dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): 
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, 
de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou 
inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento 
indevido ou inexato de tributo ou contribuição social; 
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu 
exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar 
promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar 
tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - 
reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
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III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado 
perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de 
funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos, e multa. 
 
O art. 3° inaugura a seção II, que conta também com o art. 4°. 
Ambos os arts. Prevêem crimes FUNCIONAIS, ou seja, são 
praticados por funcionários públicos no exercício de suas funções. 
São, portanto, CRIMES PRÓPRIOS. 
O sujeito ativo é o funcionário público, mas nada impede que um 
particular pratique este crime, quando em concurso de agentes com um 
funcionário público, e desde que conheça esta condição do comparsa, nos 
moldes do art. 30 do CP. 
No inciso I o elemento subjetivo exigido é o DOLO, exigindo-
se, ainda, UM ESPECIAL FIM DE AGIR, consistente na vontade de 
praticar a conduta com a finalidade de acarretar pagamento inexato ou 
indevido de tributo (esse ponto não é pacífico na Doutrina). 
A consumação da conduta do inciso I se dá com a prática de uma das 
condutas previstas no núcleo do tipo, SENDO NECESSÁRIA A 
OCORRÊNCIA DO RESULTADO (pagamento indevido ou inexato do 
tributo). 
A tentativa somente é admissível na modalidade de extravio e 
inutilização, pois são condutas PLURISSUBSISTENTES. Na 
modalLGDGH�³VRQHJDU´, ou o agente sonega e o crime se consuma ou o 
agente não sonega e o crime não chega nem a ser tentado. 
As condutas previstas no INCISO II se assemelham aos crimes de 
concussão e corrupção passiva, previstos nos arts. 316 e 317 do CP. 
Entretanto, são crimes especiais, pois possuem todos os elementos 
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daqueles e mais um adicional que lhe confere especialidade, que é o fato 
de serem praticados em detrimento da ordem tributária. 
O elemento subjetivo é o DOLO, exigindo-se o especial fim de 
agir coQVLVWHQWH� QD� H[SUHVVmR� ³SDUD� GHL[DU� GH� ODQoDU� RX� FREUDU�
tributo ou contribuição social, ou cobrá-ORV�SDUFLDOPHQWH´�� 
A consumação na modalidade exigir se dá com a mera exigência, 
sendo, portanto, CRIME FORMAL. Na modalidade de solicitação também 
temos crime FORMAL. Em ambos os casos, o crime não admite 
tentativa, pois ou o agente exige ou solicita a vantagem e o crime se 
consuma, ou o crime sequer chega a ser tentado. 
Na conduta de ³DFHLWDU� SURPHVVD´� H� ³UHFHEHU� YDQWDJHP´� o 
crime se consuma com o ato de aceitação ou recebimento, sendo que, 
neste último, a efetiva entrega da vantagem é necessária para a 
consumação do delito. 
O inciso III, por fim, traz modalidade especial de ADVOCACIA 
ADMINISTRATIVA (que também é crime previsto no art. 321 do CP). No 
entanto, aqui o crime é específico para a advocacia administrativa perante 
a administração fazendária. 
O elemento subjetivo exigido aqui também é o dolo, NÃO HAVENDO 
PREVISÃO DE ESPECIAL FIM DE AGIR. 
A consumação ocorre com a prática do ato de advocacia 
administrativa, ou seja, com o ato de intermediação junto à 
administração fazendária, sendo irrelevante que haja sucesso na conduta 
Exige-se, no entanto, que esse patrocínio de interesses se dê de 
forma escrita, pois não há ato administrativo sujeito a decisão, tendo sido 
formulado verbalmente, de forma que o crime seria impossível. Assim, o 
mero protocolo de uma petição um requerimento, perante a 
administração fazendária, consuma o crime. 
A tentativa é plenamente possível, embora seja muito difícil a sua 
caracterização no caso concreto. 
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II ± DOS CRIMES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA 
 
Os crimes contra ordem econômica estão previstos nos arts. 4°, 5° e 
6° da Lei 8.137/90, bem como nos arts. 1° e 2° da Lei 8.176/91. 
É um erro, portanto, dizer que a Lei 8.137/90 trata somente dos 
crimes contra a ordem tributária. Ela trata, ainda, de alguns crimes contra 
a ordem econômica, bem como crimes contra as relações de consumo 
(embora estes não sejam objeto do nosso estudo). 
A finalidade da criação de delitos contra a ordem econômica é tutelar 
o regular desenvolvimento das atividades econômicas do país, 
notadamente acerca de seu principal fundamento,que é a LIVRE 
CONCORRÊNCIA. 
Vejamos, agora, os tipos penais previstos. 
 
A) Art. 4° da Lei 8.137/90 
 
Art. 4° Constitui crime contra a ordem econômica: 
I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou 
eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante: 
(Vide Lei nº 12.529, de 2011) 
a) ajuste ou acordo de empresas; 
b) aquisição de acervos de empresas ou cotas, ações, títulos ou 
direitos; 
c) coalizão, incorporação, fusão ou integração de empresas; 
d) concentração de ações, títulos, cotas, ou direitos em poder de 
empresa, empresas coligadas ou controladas, ou pessoas físicas; 
e) cessação parcial ou total das atividades da empresa; 
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f) impedimento à constituição, funcionamento ou 
desenvolvimento de empresa concorrente. 
II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes, 
visando: 
a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou 
produzidas; 
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo 
de empresas; 
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de 
distribuição ou de fornecedores. 
III - discriminar preços de bens ou de prestação de serviços por 
ajustes ou acordo de grupo econômico, com o fim de estabelecer 
monopólio, ou de eliminar, total ou parcialmente, a 
concorrência; 
IV - açambarcar, sonegar, destruir ou inutilizar bens de 
produção ou de consumo, com o fim de estabelecer monopólio 
ou de eliminar, total ou parcialmente, a concorrência; 
V - provocar oscilação de preços em detrimento de empresa 
concorrente ou vendedor de matéria-prima, mediante ajuste ou 
acordo, ou por outro meio fraudulento; 
VI - vender mercadorias abaixo do preço de custo, com o fim de 
impedir a concorrência; 
VII - elevar, sem justa causa, os preços de bens ou serviços, 
valendo-se de monopólio natural ou de fato. 
VII - elevar sem justa causa o preço de bem ou serviço, 
valendo-se de posição dominante no mercado. (Redação dada 
pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa. 
I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou 
eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante 
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qualquer forma de ajuste ou acordo de empresas; (Redação 
dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
a) (revogada); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
b) (revogada); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
c) (revogada); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
d) (revogada); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
e) (revogada); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
f) (revogada); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes, 
visando: (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou 
produzidas; (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo 
de empresas; (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de 
distribuição ou de fornecedores. (Redação dada pela Leu nº 
12.529, de 2011). 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa. (Redação 
dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
III - (revogado); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
IV - (revogado); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
V - (revogado); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
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VI - (revogado); (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
VII - (revogado). (Redação dada pela Leu nº 12.529, de 2011). 
Tutelam-se aqui a livre concorrência e a livre iniciativa, fundamentos 
da Ordem Econômica. 
O sujeito ativo é, em sua essência, o empresário ou quem atua nessa 
condição jurídica. Sujeito passivo serão os empresários concorrentes 
prejudicados e a coletividade, pois é direito de todos nós termos uma 
Ordem Econômica livre de monopólios, oligopólios, etc. 
O crime pode ser praticado mediante quaisquer das condutas 
previstas nos incisos do artigo e tem como ELEMENTO SUBJETIVO O 
DOLO. Exige-se, ainda, um especial fim de agir, consistente na 
INTENÇÃO DE DOMINAR O MERCADO, ELIMINANDO, TOTAL OU 
PARCIALMENTE, a concorrência. 
Todas as modalidades são delitos de resultado, de forma que a 
consumação se dá com a efetiva dominação do mercado ou eliminação, 
ainda que parcial, da concorrência através de uma das condutas 
previstas. A tentativa, portanto, é plenamente admissível. 
 
CUIDADO, GALERA! Como vocês podem perceber, muitos incisos do 
art. 4º (e também os artigos 5º e 6º INTEIROS) foram revogados pela 
Lei 12.529/11 (que começou a vigorar em JUNHO DE 2012), que passou 
a tratar do assunto considerando a maioria destas condutas (antes 
crimes), como meras INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS. Uma destas 
condutas, talvez a mais famosa, era o crime de VENDA CASADA, que 
deixou de ser crime (abolitio criminis), passando a ser considerada 
MERA INFRAÇÃO CONTRA A ORDEM ECONÔMICA, sujeitando os 
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infratores a sanções administrativas, como pagamento de multas, 
proibição de contratar com o Poder Público, etc. Vejamos como era e 
como ficou a situação desta conduta, apenas a título exemplificativo: 
ANTES: 
Art. 5° Constitui crime da mesma natureza: (Revogado pela Lei 
nº 12.529, de 2011). 
(...) 
II - subordinar a venda de bem ou a utilização de serviço à 
aquisição de outro bem, ou ao uso de determinado serviço; 
 
AGORA: 
§ 3o As seguintes condutas, além de outras, na medida em que 
configurem hipótese prevista no caput deste artigo e seus 
incisos, caracterizam infração da ordem econômica: 
(...) 
XVIII - subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou 
à utilização de um serviço, ou subordinar a prestação de um 
serviço à utilização de outro ou à aquisição de um bem; e 
MUITO CUIDADO COM ISSO, GALERA! 
 
B) Arts. 5° e 6º da Lei 8.137/90 
 
Art. 5° Constitui crime da mesma natureza: (Revogado pela Lei 
nº 12.529, de 2011). 
I - exigir exclusividade de propaganda, transmissão ou difusão 
de publicidade, em detrimento de concorrência; 
II - subordinar a venda de bem ou a utilização de serviço à 
aquisição de outro bem, ou ao uso de determinado serviço; 
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III - sujeitar a venda de bem ou a utilização de serviço à 
aquisição de quantidade arbitrariamente determinada; 
IV - recusar-se, semjusta causa, o diretor, administrador, ou 
gerente de empresa a prestar à autoridade competente ou 
prestá-la de modo inexato, informando sobre o custo de 
produção ou preço de venda. 
Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa. 
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da 
autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser 
convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade 
da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da 
exigência, caracteriza a infração prevista no inciso IV. 
Art. 6° Constitui crime da mesma natureza: (Revogado pela Lei 
nº 12.529, de 2011). 
I - vender ou oferecer à venda mercadoria, ou contratar ou 
oferecer serviço, por preço superior ao oficialmente tabelado, ao 
regime legal de controle; 
II - aplicar fórmula de reajustamento de preços ou indexação de 
contrato proibida, ou diversa daquela que for legalmente 
estabelecida, ou fixada por autoridade competente; 
III - exigir, cobrar ou receber qualquer vantagem ou importância 
adicional de preço tabelado, congelado, administrado, fixado ou 
controlado pelo Poder Público, inclusive por meio da adoção ou 
de aumento de taxa ou outro percentual, incidente sobre 
qualquer contratação. Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos, ou multa. 
 
Como já adiantei a vocês, todas estas condutas, que antes eram 
consideradas crimes, foram DESCRIMINALIZADAS (abolitio criminis) 
com o advento da Lei 12.529/11, que começou a vigorar em 1º de 
JUNHO de 2012. 
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Agora, estas condutas são consideradas apenas INFRAÇÕES 
ADMINISTRATIVAS, puníveis com sanções de índole meramente 
administrativa, não sendo mais tuteladas pelo Direito Penal. 
Portanto, muito cuidado! 
 
D) Disposições aplicáveis aos arts. 4°, 5° e 6° da Lei 8.137/90 
 
Em todos os crimes, se das condutas praticadas resultar GRAVE 
DANO À SOCIEDADE, ou se forem praticadas POR SERVIDOR 
PÚBLICO NO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES, ou ainda, se forem 
PRATICADAS EM RELAÇÃO À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS OU AO 
COMÉRCIO DE BENS ESSENCIAIS À VIDA OU À SAÚDE, a pena é 
aumentada de 1/3 à metade. Vejamos o que diz o art. 12 da Lei: 
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um 
terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 
7°: 
I - ocasionar grave dano à coletividade; 
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de 
suas funções; 
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou 
ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. 
 
Se o crime for cometido em concurso de agentes, e um dos agentes 
confessar o crime, revelando à autoridade a trama delituosa, terá a pena 
reduzida de 1/3 a 2/3. Vejamos: 
Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em 
quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que através de 
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confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial 
toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois 
terços. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.080, de 19.7.1995) 
 
É necessário, portanto, que esta confissão seja ESPONTÂNEA. 
Não se exige, no entanto, VOLUNTARIEDADE, ou seja, não se exige 
que essa vontade parta do agente. Pode ser que ele espontaneamente se 
prontifique a confessar quando informado das vantagens dessa confissão. 
Trata-se de DIREITO SUBJETIVO DO RÉU, ou seja, ele tem o 
direito de realizar esta confissão e ter sua pena reduzida nos moldes 
legais. 
A ação penal nestes crimes É PÚBLICA INCONDICIONADA, por 
força do art. 15 da Lei: 
Art. 15. Os crimes previstos nesta lei são de ação penal pública, 
aplicando-se-lhes o disposto no art. 100 do Decreto-Lei n° 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. 
 
E) Art. 1° da Lei 8.176/91 
 
Art. 1° Constitui crime contra a ordem econômica: 
I - adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo, gás 
natural e suas frações recuperáveis, álcool etílico, hidratado 
carburante e demais combustíveis líquidos carburantes, em 
desacordo com as normas estabelecidas na forma da lei; 
II - usar gás liqüefeito de petróleo em motores de qualquer 
espécie, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas, ou para 
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fins automotivos, em desacordo com as normas estabelecidas na 
forma da lei. 
Pena: detenção de um a cinco anos. 
 
O escopo primordial da Lei foi reprimir e prevenir as condutas 
atentatórias à ordem econômica, só que mais especificamente aquelas 
relacionadas ao mercado de combustíveis (fontes energéticas). 
O sujeito ativo aqui pode ser QUALQUER PESSOA, logo, temos 
um CRIME COMUM. O sujeito passivo será a UNIÃO e as 
EMPRESAS AUTORIZADAS A EXPLORAR OS BENS E MATÉRIAS-
PRIMAS A ELA PERTENCENTES. 
Outra vez, só se pune a conduta dolosa. Não se exige nenhuma 
finalidade especial de agir. 
A consumação se dá, no inciso I, com a AQUISIÇÃO, 
DISTRIBUIÇÃO OU REVENDA DOS PRODUTOS CITADOS. É 
admissível a tentativa. Já no inciso II a consumação ocorre com o 
ato de USAR, logo, a TENTATIVA É INADMISSÍVEL. 
A ação penal é PÚBLICA INCONDICIONADA, pois a lei é silente 
quanto a isso, e no caso de silencia da Lei aplica-se a regra geral, 
de que todo crime é de ação penal pública INCONDICIONADA. 
Como a pena mínima é IGUAL a um ano, é CABÍVEL A 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (art. 89 da Lei 9.099/95). 
F) Art. 2° da Lei 8.176/91 
 
Art. 2° Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de 
usurpacão, produzir bens ou explorar matéria-prima 
pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo 
com as obrigações impostas pelo título autorizativo. 
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Pena: detenção, de um a cinco anos e multa. 
§ 1° Incorre na mesma pena aquele que, sem autorização legal, 
adquirir, transportar, industrializar, tiver consigo, consumir ou 
comercializar produtos ou matéria-prima, obtidos na forma 
prevista no caput deste artigo. 
§ 2° No crime definido neste artigo, a pena de multa será fixada 
entre dez e trezentos e sessenta dias-multa, conforme seja 
necessário e suficiente para a reprovação e a prevenção do 
crime. 
§ 3° O dia-multa será fixado pelo juiz em valor não inferior a 
quatorze nem superior a duzentos Bônus do Tesouro Nacional 
(BTN). 
 
Aqui não há menção expressa a se tratar de um crime contra a 
RUGHP�HFRQ{PLFD��PDV� FRPR� D� /HL� p� D� /HL� TXH� ³GHILQH crimes contra a 
RUGHP�HFRQ{PLFD�H�FULD�R�6LVWHPD�GH�(VWRTXH�GH�&RPEXVWtYHLV´��WRGRV�RV�
delitos ali previstos devem ser considerados CRIMES CONTRA A ORDEM 
ECONÔMICA. 
Busca-se tutelar o patrimônio da União, referente aos bens e 
matérias-primas que lhe pertençam. 
Na primeira parte do caput do artigo e no seu §1° o CRIMEÉ 
COMUM, podendo ser praticado por QUALQUER PESSOA. Já na 
segunda parte do caput o crime é PRÓPRIO, pois somente quem detenha 
o título autorizativo é que poderá praticar o delito. 
O elemento subjetivo exigido é o dolo. Não há previsão de especial 
fim de agir. 
O crime se consuma com a efetiva produção de bens ou exploração 
de matéria-prima da União SEM AUTORIZAÇÃO LEGAL ou em 
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DESACORDO COM AS NORMAS DO TÍTULO AUTORIZATIVO 
(elemento normativo do tipo). A tentativa é plenamente admissível. 
A consumação do crime, na modalidade do §1°, se dá com a 
UHDOL]DomR� GH� TXDOTXHU� GDV� FRQGXWDV� SUHYLVWDV�� H[FHWR� D� FRQGXWD� ³WHU�
FRQVLJR´�� que configura um CRIME PERMANENTE. A tentativa é 
admissível, salvo na modalLGDGH� ³FRQVXPLU´� pois é CRIME 
INSTANTÂNEO. 
A ação penal é PÚBLICA INCONDICIONADA, pois a lei é silente 
quanto a isso, e no caso de silencia da Lei aplica-se a regra geral, 
de que todo crime é de ação penal pública INCONDICIONADA. 
Como a pena mínima é IGUAL a um ano, é CABÍVEL A 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (art. 89 da Lei 9.099/95). 
Há, ainda, previsão de PENA DE MULTA, que deverá ser fixada na 
forma dos §§ 2° e 3°. 
 
Bons estudos pra vocês! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
01 - (FCC - 2009 - TCE-GO - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - 
DIREITO) 
Constitui crime funcional contra a ordem tributária, dentre outros, 
A) negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou 
documento equivalente, relativo à venda de mercadoria ou à prestação de 
EXERCÍCIOS PARA PRATICAR 
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serviço efetivamente realizada, ou fornecer a nota em desacordo com a 
legislação. 
B) fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou 
omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido 
pela lei fiscal. 
C) exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, 
mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal 
vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, 
ou cobrá-los parcialmente. 
D) falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou 
qualquer outro documento relativo à operação tributável. 
E) omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades 
fazendárias. 
 
02 - (FCC - 2010 - TCE-AP - PROCURADOR) 
Nos crimes contra a ordem tributária, 
A) não tipifica delito funcional o ato de utilizar ou divulgar programa de 
processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação 
tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, 
fornecida à Fazenda Pública. 
B) é admissível o concurso de pessoas apenas na forma de coautoria. 
C) a pena pode ser aumentada até a metade, se praticado o delito por 
funcionário público e ocasionar grave dano à coletividade. 
D) é punível apenas a supressão de tributo ou contribuição social. 
E) é admissível a forma culposa. 
 
03 - (FCC - 2006 - BACEN - PROCURADOR - PROVA 2) 
Nos crimes contra a ordem tributária, 
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A) não cabe a chamada delação premiada. 
B) o sujeito ativo não pode ser funcionário público. 
C) a pena pecuniária deve ser fixada em dias-multa. 
D) a ação penal é pública ou privada. 
E) a pena de multa pode ser elevada até o triplo. 
 
04 - (FCC - 2009 - SEFAZ-SP - AGENTE FISCAL DE RENDAS - 
PROVA 2) 
Nos crimes contra a ordem tributária, 
A) é inadmissível a forma culposa. 
B) o sujeito ativo é sempre o contribuinte ou funcionário público. 
C) é inadmissível o concurso de pessoas. 
D) é cabível a tentativa, se formais. 
E) são puníveis apenas condutas comissivas. 
 
05 - (FCC - 2010 - TRE-AM - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
ADMINISTRATIVA) 
De acordo com a Lei nº 8.137/90, são circunstâncias que podem agravar 
as penas previstas para os crimes contra a Ordem Tributária, a Economia 
e as Relações de Consu- mo, praticados por particulares, dentre outras, 
A) valer-se de posição dominante no mercado para elevar, sem justa 
causa, o preço de bem ou serviço. 
B) estabelecer monopólio com a finalidade de eliminar a concorrência. 
C) praticar o crime em relação à prestação de serviços essenciais à vida 
ou à saúde. 
D) cometer o crime em detrimento de pessoa maior de 70 (setenta) anos. 
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E) ocasionar prejuízo à sociedade controlada pelo Poder Público. 
 
06 - (ESAF ± 2003 ± ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA 
FEDERAL) 
A Lei Federal nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, acresceu o seguinte 
tipo penal aos crimes funcionais contra a ordem tributária, além dos 
previstos no Código Penal: 
a) extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que 
tenha guarda em razão da função; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou 
parcialmente, ainda que não acarrete pagamento indevido ou inexato do 
tributo. 
b) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a 
administração fazendária, valendo-se da condição de funcionário público. 
c) exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora 
da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida. 
d) facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou 
descaminho. 
e) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-
lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou 
sentimento pessoal. 
 
07 - (ESAF ± 2002 ± AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO 
BRASIL) 
Constitui crime contra a ordem econômica, previsto na Lei n.º 8.137/90: 
a) fazer propaganda, transmissão ou difusão de publicidade, em 
detrimento de concorrência. 
b) auxílio à constituição, funcionamento ou desenvolvimento de empresa 
concorrente. 
c) prestar o diretor, administrador ou gerente de empresa, à autoridade 
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competente, informação sobre o custo de produção ou preço de venda. 
d) vender ou oferecer à venda mercadoria, ou contratar ou oferecer 
serviço, por preço inferior ao oficialmente tabelado, ao fixado por 
órgão ou entidade governamental, e ao estabelecimento em regime legal 
de controle. 
e) subordinar a venda de bem ou a utilização de serviço à aquisição de 
outro bem, ou ao uso de determinado serviço. 
 
08 - (ESAF ± 2001 ± PROCURADOR DO BANCO CENTRAL DO 
BRASIL) 
De acordo com a Lei no 8.137/90, que define crimes contra a ordem 
tributária,econômica e contra as relações de consumo, é possível afirmar 
que: 
a) apenas a redução ou supressão de imposto constitui crime. 
b) só condutas comissivas são tipificadas. 
c) há previsão de crimes formais. 
d) o sujeito ativo é somente o contribuinte. 
e) admite-se a responsabilidade penal da pessoa jurídica. 
 
09 - (ESAF ± 2002 ± AUDITOR FISCAL DE RENDAS ESTADUAIS ± 
SEFA/PA) 
Os crimes cometidos por agentes públicos contra a ordem tributária, 
previstos na Seção II do Capítulo I da Lei nº 8.137/90, são apenados 
com: 
a) detenção 
b) multa 
c) detenção e multa 
d) reclusão e multa 
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e) reclusão 
 
10 - (FCC ± 2007 ± ISS/SP ± AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO 
MUNICIPAL) 
Nos crimes contra a ordem tributária, 
a) a pena deve ser aumentada se praticados em relação ao comércio de 
bens essenciais à vida ou à saúde. 
b) a pena de multa deve ser fixada entre 10 (dez) e 180 (cento e oitenta) 
dias-multa. 
c) o sujeito ativo só pode ser funcionário público. 
d) a pena de multa não pode ser diminuída, mesmo que de excessiva 
onerosidade para o agente. 
e) a ação penal é privada. 
 
11 - (ESAF ± 2002 ± SEFAZ/PA - AUDITOR FISCAL DE RECEITAS 
ESTADUAIS) 
Os crimes cometidos por agentes públicos contra a ordem tributária, 
previstos na Seção II do Capítulo I da Lei nº 8.137/90, são apenados 
com: 
a) detenção 
b) multa 
c) detenção e multa 
d) reclusão e multa 
e) reclusão 
 
12 - (FCC ± 2012 ± ISS/SP ± AUTIDOR FISCAL TRIBUTÁRIO 
MUNICIPAL) 
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Quanto aos crimes contra a Ordem Tributária, previstos na Lei 
no 8.137/90, considere: 
I. A omissão de informação às autoridades fazendárias só constitui crime 
contra a ordem tributária se tiver a finalidade de suprimir ou reduzir 
tributo, ou contribuição social e qualquer acessório. 
II. Todos os crimes contra a Ordem Tributária, previsto na Lei 
no 8.137/90 são de ação penal pública. 
III. Não constitui crime contra a ordem econômica divulgar programa de 
processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação 
tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, 
fornecida à Fazenda Pública. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II. 
d) II e III. 
e) III. 
 
13 - (FUNDAÇÃO DOM CINTRA ± 2012 ± ISS/BH ± AUTIDOR 
TÉCNICO DE TRIBUTOS MUNICIPAIS) 
O pagamento integral do tributo devido, antes de ocorrer o oferecimento 
da denúncia acarretará o seguinte efeito: 
a) exclusão de antijuridicidade 
b) suspensão da punibilidade 
c) exclusão da culpabilidade 
d) extinção da punibilidade 
e) atipicidade do fato 
 
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14 - (FUNIVERSA ± 2011 ± SEPLAG/DF ± AUDITOR FISCAL DE 
ATIVIDADES URBANAS) 
Funcionário público da área de fiscalização e cobrança de tributos 
extraviou, propositadamente, livro oficial sob sua guarda em razão da 
função, com geração de pagamento indevido de tributo. 
Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
a) O funcionário não cometeu crime, pois extraviar não é conduta prevista 
na Lei n.º 8.137/1990 como ilícito penal. 
b) O funcionário pode responder administrativamente por sua conduta, 
mas não por crime. 
c) A conduta está prevista na Lei n.º 8.137/1990 como crime culposo. 
d) A conduta está prevista na Lei n.º 8.137/1990 como crime doloso. 
e) O fato não pode ser comunicado por qualquer do povo ao Ministério 
Público. 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
01 - (FCC - 2009 - TCE-GO - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - 
DIREITO) 
Constitui crime funcional contra a ordem tributária, dentre 
outros, 
A) negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou 
documento equivalente, relativo à venda de mercadoria ou à 
prestação de serviço efetivamente realizada, ou fornecer a nota 
em desacordo com a legislação. 
B) fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, 
ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou 
livro exigido pela lei fiscal. 
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C) exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu 
exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar 
promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo 
ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. 
D) falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de 
venda, ou qualquer outro documento relativo à operação 
tributável. 
E) omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades 
fazendárias. 
COMENTÁRIOS: Os crimes contra Ordem Tributária, previstos nos arts. 
1° a 3° da Lei 8.137/90 são comuns nos dois primeiros casos e funcionais 
apenas no caso do art. 3°. Vejamos as condutas incriminadas no art. 3° 
da Lei: 
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além 
dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): 
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, 
de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou 
inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento 
indevido ou inexato de tributo ou contribuição social; 
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu 
exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar 
promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar 
tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - 
reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
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III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado 
perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de 
funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos, e multa. 
Portanto, temos que a conduta descrita na alternativa C e amolda à 
hipótese do inciso II do art. 3° da Lei. 
Assim, a alternativa correta é a letra C. 
 
02 - (FCC - 2010 - TCE-AP - PROCURADOR) 
Nos crimes contra a ordem tributária, 
A) não tipifica delito funcional o ato de utilizar ou divulgar 
programa de processamento de dados que permita ao sujeito 
passivo da obrigação tributária possuir informação contábil 
diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública. 
B) é admissível o concurso de pessoas apenas na forma de 
coautoria. 
C) a pena pode ser aumentada atéa metade, se praticado o delito 
por funcionário público e ocasionar grave dano à coletividade. 
D) é punível apenas a supressão de tributo ou contribuição social. 
E) é admissível a forma culposa. 
COMENTÁRIOS: Nos crimes contra a ordem tributária não se admite a 
forma culposa, e o concurso de pessoas é admitido tanto na forma de 
coautoria quanto participação. Caso o delito seja praticado por funcionário 
público, OU seja praticado com grave dano à coletividade, a pena pode 
ser aumentada até, nos termos do que dispõe o art. 12 da Lei: 
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um 
terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 
7°: 
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I - ocasionar grave dano à coletividade; 
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de 
suas funções; 
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou 
ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. 
 
Vejam que ocorrendo uma ou outra circunstância (ser praticado por 
funcionário público ou gerar grave dano à sociedade), haverá o aumento 
de pena, não sendo necessário que ocorram ambas. 
Por fim, a alternativa A traz uma conduta que é um crime contra a ordem 
tributária mas, de fato, NÃO É FUNCIONAL, pois está previsto no rol do 
art. 2° (inciso V), que trata dos crimes comuns: 
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei nº 9.964, 
de 10.4.2000) 
(...) 
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados 
que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir 
informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à 
Fazenda Pública. 
 
Portanto, a alternativa CORRETA é a letra A. 
 
03 - (FCC - 2006 - BACEN - PROCURADOR - PROVA 2) 
Nos crimes contra a ordem tributária, 
A) não cabe a chamada delação premiada. 
B) o sujeito ativo não pode ser funcionário público. 
C) a pena pecuniária deve ser fixada em dias-multa. 
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D) a ação penal é pública ou privada. 
E) a pena de multa pode ser elevada até o triplo. 
COMENTÁRIOS: Nestes crimes o sujeito ativo pode ser funcionário 
público e cabe a delação premiada, também chamada de confissão 
espontânea, nos termos dos arts. 3° e 16 da Lei. 
A ação penal será SEMPRE PÚBLICA (art. 15) e a pena de multa NÃO 
PODE SER ELEVADA ATÉ O TRIPLO, por ausência de previsão legal. 
Por fim, a pena de multa é fixada em dias-multa, conforme previsão do 
art. 8° da lei: 
Art. 8° Nos crimes definidos nos arts. 1° a 3° desta lei, a pena 
de multa será fixada entre 10 (dez) e 360 (trezentos e sessenta) 
dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime. 
 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA C. 
 
04 - (FCC - 2009 - SEFAZ-SP - AGENTE FISCAL DE RENDAS - 
PROVA 2) 
Nos crimes contra a ordem tributária, 
A) é inadmissível a forma culposa. 
B) o sujeito ativo é sempre o contribuinte ou funcionário público. 
C) é inadmissível o concurso de pessoas. 
D) é cabível a tentativa, se formais. 
E) são puníveis apenas condutas comissivas. 
COMENTÁRIOS: Nos crimes contra a ordem tributária o sujeito ativo 
pode ser o funcionário público ou o particular, não necessariamente na 
qualidade de contribuinte. É plenamente admissível o concurso de 
pessoas e a tentativa é cabível em algumas hipóteses, embora isso NADA 
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tenha a ver com o fato de o crime ser formal ou não. Há punição de 
condutas comissivas e também de condutas OMISSIVAS. 
Por fim, é PLENAMENTE INADMISSÍVEL A FORMA CULPOSA, de forma que 
o único elemento subjetivo previsto para tais crimes é o DOLO. 
Assim, a alternativa correta é a letra A. 
 
05 - (FCC - 2010 - TRE-AM - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
ADMINISTRATIVA) 
De acordo com a Lei nº 8.137/90, são circunstâncias que podem 
agravar as penas previstas para os crimes contra a Ordem 
Tributária, a Economia e as Relações de Consumo, praticados por 
particulares, dentre outras, 
A) valer-se de posição dominante no mercado para elevar, sem 
justa causa, o preço de bem ou serviço. 
B) estabelecer monopólio com a finalidade de eliminar a 
concorrência. 
C) praticar o crime em relação à prestação de serviços essenciais 
à vida ou à saúde. 
D) cometer o crime em detrimento de pessoa maior de 70 
(setenta) anos. 
E) ocasionar prejuízo à sociedade controlada pelo Poder Público. 
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 12 da Lei 8.137/90, são 
circunstâncias que agravam a pena: 
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um 
terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 
7°: 
I - ocasionar grave dano à coletividade; 
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II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de 
suas funções; 
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou 
ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. 
 
Portanto, a alternativa C traz uma conduta que se amolda a uma hipótese 
de causa de aumento de pena, que é a prevista no art. 12, III da Lei. 
Portanto, a alternativa correta é a letra C. 
 
06 - (ESAF ± 2003 ± ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA 
FEDERAL) 
A Lei Federal nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, acresceu o 
seguinte tipo penal aos crimes funcionais contra a ordem 
tributária, além dos previstos no Código Penal: 
a) extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, 
de que tenha guarda em razão da função; sonegá-lo ou inutilizá-
lo, total ou parcialmente, ainda que não acarrete pagamento 
indevido ou inexato do tributo. 
b) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante 
a administração fazendária, valendo-se da condição de funcionário 
público. 
c) exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, 
vantagem indevida. 
d) facilitar, com infração de dever funcional, a prática de 
contrabando ou descaminho. 
e) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou 
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer 
interesse ou sentimento pessoal. 
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COMENTÁRIOS: Os crimes funcionais contra a Ordem Tributária, 
trazidos pela Lei 8.137/90, estão previsto no seu art. 3º. Vejamos: 
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além 
dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): 
I - extraviar livrooficial, processo fiscal ou qualquer documento, 
de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou 
inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento 
indevido ou inexato de tributo ou contribuição social; 
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu 
exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar 
promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar 
tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado 
perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de 
funcionário público. 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Vejam, portanto, que a alternativa B traz uma hipótese de crime funcional 
trazido pela Lei 8.137/90, qual seja, o crime de advocacia administrativa 
tributária. 
A alternativa A estaria correta, mas ela peca ao afirmar que o resultado 
³SDJDPHQWR� LQGHYLGR�RX� LQH[DWR�GH� WULEXWR´� VHULD�HOHPHQWR�GLVSHQViYHO��
quando é um elemento necessário à caracterização do fato típico. 
As alternativa C, D e E trazem hipóteses de crimes funcionais já previstos 
no CP, que são concussão, facilitação de contrabando ou descaminho e 
prevaricação, respectivamente. 
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Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA B. 
 
07 - (ESAF ± 2002 ± AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO 
BRASIL) 
Constitui crime contra a ordem econômica, previsto na Lei n.º 
8.137/90: 
a) fazer propaganda, transmissão ou difusão de publicidade, em 
detrimento de concorrência. 
b) auxílio à constituição, funcionamento ou desenvolvimento de 
empresa concorrente. 
c) prestar o diretor, administrador ou gerente de empresa, à 
autoridade competente, informação sobre o custo de produção ou 
preço de venda. 
d) vender ou oferecer à venda mercadoria, ou contratar ou 
oferecer serviço, por preço inferior ao oficialmente tabelado, ao 
fixado por órgão ou entidade governamental, e ao 
estabelecimento em regime legal de controle. 
e) subordinar a venda de bem ou a utilização de serviço à 
aquisição de outro bem, ou ao uso de determinado serviço. 
COMENTÁRIOS: A afirmativa correta, na época (2002), era a letra E, 
SRLV�UHSUHVHQWDYD�R�FULPH�GH�³YHQGD�FDVDGD´��SUHYLVWR�QR�DUW���ž��,,�GD 
 Lei 8.137/90. Vejamos: 
Art. 5° Constitui crime da mesma natureza: (Revogado pela Lei 
nº 12.529, de 2011). 
(...) 
II - subordinar a venda de bem ou a utilização de serviço à 
aquisição de outro bem, ou ao uso de determinado serviço; 
 
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No entanto, como vocês podem ver, com o advento da Lei nº 12.529/11, 
esta conduta sofreu o que se chama de abolitio criminis, ou seja, deixou 
GH�VHU�FULPH��SDVVDQGR�VHU�FRQVLGHUDGD�DSHQDV�³LQIUDomR�FRQWUD�D�RUGHP�
HFRQ{PLFD´��D�VHU�SXQLGD�FRP�VDQo}HV�DGPLQLVWUDWLYDV� �PXOWD��SURLELomR�
de contratar com o Poder Público, etc). Vejamos o art. 3º, XVIII da Lei 
12.529/11: 
 
§ 3o As seguintes condutas, além de outras, na medida em que 
configurem hipótese prevista no caput deste artigo e seus 
incisos, caracterizam infração da ordem econômica: 
(...) 
XVIII - subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou à 
utilização de um serviço, ou subordinar a prestação de um 
serviço à utilização de outro ou à aquisição de um bem; e 
 
Vejam, portanto, que esta conduta, que era considerada crime à época da 
realização da prova, hoje é mera infração administrativa. 
No entanto, a afirmativa CORRETA É A LETRA E. 
 
08 - (ESAF ± 2001 ± PROCURADOR DO BANCO CENTRAL DO 
BRASIL) 
De acordo com a Lei no 8.137/90, que define crimes contra a 
ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, é 
possível afirmar que: 
a) apenas a redução ou supressão de imposto constitui crime. 
b) só condutas comissivas são tipificadas. 
c) há previsão de crimes formais. 
d) o sujeito ativo é somente o contribuinte. 
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e) admite-se a responsabilidade penal da pessoa jurídica. 
COMENTÁRIOS: 
a) apenas a redução ou supressão de imposto constitui crime. 
ERRADA: A supressão ou redução de CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ou 
QUALQUER TRIBUTO também considerada crime, nos termos do art. 1º 
da Lei; 
b) só condutas comissivas são tipificadas. 
ERRADA: A lei também criminaliza condutas OMISSIVAS, como a do 
art. 1º, I da Lei: 
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir 
tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as 
seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000) 
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades 
fazendárias; 
c) há previsão de crimes formais. 
CORRETA: A conduta do art. 2º, I, por exemplo, é um crime formal, eis 
que basta a realização da conduta para que o crime esteja consumado, 
sendo irrelevante que o agente, efetivamente, consiga se eximir do 
pagamento do tributo. Vejamos: 
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000) 
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou 
fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou 
parcialmente, de pagamento de tributo; 
 
d) o sujeito ativo é somente o contribuinte. 
ERRADA: Existem também CRIMES FUNCIONAIS, ou seja, crimes que 
somente podem ser praticados por funcionários públicos, sendo, portanto, 
crimes PRÓPRIOS. Estão previstos no art. 3º da Lei. 
e) admite-se a responsabilidade penal da pessoa jurídica. 
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ERRADA: A responsabilidade penal da pessoa jurídica somente é 
admitida pelo STF no que tange aos crimes ambientais, por haver 
regulamentação legal. 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA C. 
 
09 - (ESAF ± 2002 ± AUDITOR FISCAL DE RENDAS ESTADUAIS ± 
SEFA/PA) 
Os crimes cometidos por agentes públicos contra a ordem 
tributária, previstos na Seção II do Capítulo I da Lei nº 8.137/90, 
são apenados com: 
a) detenção 
b) multa 
c) detenção e multa 
d) reclusão e multa 
e) reclusão 
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 3º e seus incisos, a pena para os 
crimes funcionais contra a Ordem Tributária será de RECLUSÃO E MULTA. 
Vejamos: 
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além 
dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): 
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, 
de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou 
inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento 
indevido ou inexato de tributo ou contribuição social; 
II - exigir, solicitar ou receber, para si oupara outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu 
exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar 
promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar 
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tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - 
reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado 
perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de 
funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos, e multa. 
 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA D. 
 
10 - (FCC ± 2007 ± ISS/SP ± AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO 
MUNICIPAL) 
Nos crimes contra a ordem tributária, 
a) a pena deve ser aumentada se praticados em relação ao 
comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. 
b) a pena de multa deve ser fixada entre 10 (dez) e 180 (cento e 
oitenta) dias-multa. 
c) o sujeito ativo só pode ser funcionário público. 
d) a pena de multa não pode ser diminuída, mesmo que de 
excessiva onerosidade para o agente. 
e) a ação penal é privada. 
COMENTÁRIOS: 
A) CORRETA: Nos termos do art. 12, III da Lei 8.137/90: 
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um 
terço) até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 7°: 
(...) 
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou 
ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. 
 
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B) ERRADA: A pena de multa deve ser fixada entre 10 e 360 dias-multa. 
Vejamos: 
Art. 8° Nos crimes definidos nos arts. 1° a 3° desta lei, a pena 
de multa será fixada entre 10 (dez) e 360 (trezentos e sessenta) 
dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e 
prevenção do crime. 
 
C) ERRADA: Existem crimes funcionais e não-funcionais (que podem ser 
praticados por qualquer pessoa), de forma que o Capítulo I (Crimes 
contra Ordem Tributária) se divide em Seção I (Crimes praticados por 
particular) e Seção II (Crimes praticados por funcionários públicos); 
D) ERRADA: Caso a pena de multa seja excessivamente onerosa para o 
agente, poderá ser reduzida. Vejamos: 
Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação 
econômica do réu, verifique a insuficiência ou excessiva onerosidade 
das penas pecuniárias previstas nesta lei, poderá diminuí-las até a 
décima parte ou elevá-las ao décuplo. 
 
E) ERRADA: A ação penal será sempre pública. Vejamos: 
Art. 15. Os crimes previstos nesta lei são de ação penal pública, 
aplicando-se-lhes o disposto no art. 100 do Decreto-Lei n° 2.848, de 
7 de dezembro de 1940 - Código Penal. 
 
11 - (ESAF ± 2002 ± SEFAZ/PA - AUDITOR FISCAL DE RECEITAS 
ESTADUAIS) 
Os crimes cometidos por agentes públicos contra a ordem 
tributária, previstos na Seção II do Capítulo I da Lei nº 8.137/90, 
são apenados com: 
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a) detenção 
b) multa 
c) detenção e multa 
d) reclusão e multa 
e) reclusão 
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 3º e seus incisos, a pena para os 
crimes funcionais contra a Ordem Tributária será de RECLUSÃO E MULTA. 
Vejamos: 
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além 
dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): 
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, 
de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou 
inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento 
indevido ou inexato de tributo ou contribuição social; 
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu 
exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar 
promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar 
tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - 
reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado 
perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de 
funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) 
anos, e multa. 
 
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA D. 
 
12 - (FCC ± 2012 ± ISS/SP ± AUTIDOR FISCAL TRIBUTÁRIO 
MUNICIPAL) 
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Quanto aos crimes contra a Ordem Tributária, previstos na Lei 
no 8.137/90, considere: 
I. A omissão de informação às autoridades fazendárias só 
constitui crime contra a ordem tributária se tiver a finalidade de 
suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer 
acessório. 
II. Todos os crimes contra a Ordem Tributária, previsto na Lei 
no 8.137/90 são de ação penal pública. 
III. Não constitui crime contra a ordem econômica divulgar 
programa de processamento de dados que permita ao sujeito 
passivo da obrigação tributária possuir informação contábil 
diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II. 
d) II e III. 
e) III. 
COMENTÁRIOS: 
I - ERRADA - Este delito só ser configurará se de fato ocorrer a 
supressão ou redução do tributo. Vejamos: 
 
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou 
reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, 
mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 
10.4.2000) 
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades 
fazendárias; 
 
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Não há consenso na Doutrina a respeito da necessidade de que a 
conduta, além de gerar a supressão ou redução do tributo, tenha sido 
praticada com esta finalidade. 
 
II - CORRETA - De fato, todos os delitos previstos na Lei 8.137/90 são 
de ação penal pública. Vejamos: 
 
Art. 15. Os crimes previstos nesta lei são de ação penal pública, 
aplicando-se-lhes o disposto no art. 100 do Decreto-Lei n° 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. 
 
III - CORRETA - De fato, não se trata de crime contra a ordem 
econômica, mas de crime contra a ordem tributária, nos termos do art. 
2º, V da Lei 8.137/90. Vejamos: 
 
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei nº 9.964, 
de 10.4.2000) 
(...) 
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados 
que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir 
informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à 
Fazenda Pública. 
 
Provavelmente em razão do fato

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