Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
AULA 1 - INTRODUÇÃO À ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA.pdf INTRODUÇÃO À ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Profª Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani Considerações Gerais: • Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. • Na anatomia macroscópica, estuda-se os sistemas que, em conjunto, compõe o organismo do indivíduo. São eles: Sist. Esquelético (ossos, cartilagens e conexões entre os ossos), Sist. Muscular, Sist. Nervoso, Sist. Circulatório, Sist. Respiratório, Sist. Digestório, Sist. Urinário, Sist. Genital (masculino e feminino), Sist. Endócrino, Sist. Sensorial e Sist. Tegumentar. Variação anatômica • São as diferenças morfológicas entre elementos que compõe um grupo e podem se apresentar externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga prejuízo funcional para o indivíduo. • Fatores gerais da variação: • Idade; • Sexo; • Raça; • Biótipo; • Evolução • NORMAL: são puramente valores estatísticos, ou seja, possuir órgãos, membros e estruturas de uma pessoa normal. Por exemplo: dois olhos, um nariz, uma boca, dois braços, cinco dedos, dois rins, um coração, etc... Nomenclatura Anatômica: • É o conjunto de termos empregados para designar ou descrever o organismo ou suas partes. • A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada país pode traduzi-la para seu próprio idioma. CRITÉRIOS UTILIZADOS: • Forma (Músculo trapézio); • Posição ou situação (nervo mediano); • Trajeto (artéria circunflexa da escápula); • Conexões ou inter-relações (ligamento sacro- ilíaco); • Relação com o esqueleto (artéria radial); • Função (músculo levantador da escápula); • Critério misto (músculo flexor superficial dos dedos). Posição Anatômica: • Indivíduo em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidos para frente. Não importa se está em decúbito dorsal, ventral ou lateral DIVISÃO DO CORPO HUMANO CABEÇA PESCOÇO TRONCO MEMBROS Plano de Delimitação: • Plano ventral ou anterior e plano dorsal ou posterior; • Planos laterais direito e esquerdo; • Plano cranial ou superior e plano podálico ou inferior; Plano de Secção: • Plano mediano: Divide o corpo humano em metade direita e esquerda (secção sagital); • Planos frontais: São paralelos ao plano ventral e dorsal (secção frontal); • Plano horizontal: São paralelos aos planos cranial, podálico e caudal (secção transversal); Termos de posição e direção: • Um órgão próximo ao plano mediano é medial ou se acha medialmente em relação ao outro que lhe fica lateralmente, ou seja mais perto do plano lateral direito ou esquerdo. • A estrutura que se situa mais próxima do plano mediano em relação à outra é dita medial. Por exemplo, o quinto dedo (mínimo) é medial em relação ao polegar; • A estrutura que se situa mais próxima no plano lateral (direito ou esquerdo) em relação à uma outra é dita lateral. Por exemplo, o polegar é lateral em relação ao quinto dedo; • A estrutura que se situa entre duas outras que são respectivamente medial e lateral à ela, é dita intermédia. Fisiologia • A palavra fisiologia define a ciência que estuda o funcionamento de todas as partes de um organismo vivo. • A unidade funcional básica do corpo é a célula, existindo cerca de 75 trilhões delas em cada ser humano. • O líquido extracelular preenche os espaços entre as células. Esse líquido é chamado de meio interno do organismo, e contém os nutrientes e outros constituintes necessários à manutenção da vida celular. Homeostasia: • O funcionamento da maior parte dos órgãos que formam o corpo, é dirigido no sentido de manter constantes (equilibradas) as condições físicas e as concentrações das substâncias dissolvidas nesse meio interno. • Essa condição de constância do meio interno é chamada de homeostasia. • O líquido que forma o meio interno é continuamente misturado em todo o corpo por efeito do bombeamento de sangue pelo sistema circulatório, causado pelo coração, e pela difusão de líquido, através da membrana capilar que ocorre nos dois sentidos, permitindo as trocas entre a parte do líquido extracelular do sangue (plasma) e a parte do líquido extracelular que ocupa os espaços entre as células, que é chamada de líquido intersticial. Cada sistema de órgãos do corpo desempenha um papel específico na homeostasia, por exemplo: • Sistema respiratório: controla as concentrações de oxigênio e gás carbônico no meio interno; • Sistema urinário (rins): removem os produtos do metabolismo dos líquidos orgânicos e controlam as concentrações dos diferentes íons; • Sistema digestório: processa os alimentos, afim de prover os nutrientes adequados para o meio interno; • Sistema muscular e esquelético: dão apoio e locomoção para o corpo, de modo que este pode buscar a compensação para suas próprias necessidades, como obtenção de alimento e água para o meio interno; • Sistema nervoso: inerva os músculos e controla o funcionamento dos órgãos internos, ou seja, desempenha papel fundamental na homeostasia; • Sistema endócrino: controla a maior parte das funções metabólicas do corpo, bem como a velocidade e a intensidade das reações químicas celulares, as concentrações de glicose, gorduras e aminoácidos nos líquidos corporais; • Sistema reprodutor: também tem papel importante na homeostasia, levando à formação de novos seres humanos e novos meios internos para substituir os mais antigos, que envelhecem e morrem. •FIM ! AULA 10 - ANATOMIA DOS RINS E FISIOLOGIA RENAL.pdf ANATOMIA DOS RINS E FISIOLOGIA RENAL Profª MSc. Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani Conceito do sistema urinário • As atividades orgânicas realizam a decomposição de proteínas, lípides e carboidratos, resultando em liberação de energia e formação de produtos, que devem ser eliminados para o meio exterior. A urina é um dos veículos de excreção com que conta o organismo. • O Sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina – os rins - e outros associados a eles, destinados à eliminação da urina: ureteres, bexiga urinária e uretra. Sistema Urinário Características anatômicas dos rins: • É um órgão par, abdominal, retroperitoneais, situados à direita e a esquerda da coluna vertebral. • O rim direito fica mais inferior em relação ao esquerdo, devido à presença do fígado. • Tem a forma de um grão de feijão, apresentando duas faces (anterior e posterior) e duas bordas (medial e lateral). Suas duas extremidades (superior e inferior) são denominadas pólos e sobre o pólo superior, situa-se a glândula supra- renal que pertence ao sistema endócrino. ESTRUTURAS INTERNAS DO RIM • Os rins apresentam uma cavidade central denominada seio renal, a qual aloja a pelve renal que é a extremidade dilatada dos ureteres dentro do rim; • A periferia do órgão é composta de um tecido mais claro, córtex renal, que possui projeções chamadas colunas renais; • Entre estas duas áreas existe a medula renal, formada por pirâmides renais. URETER • É definido como um tubo muscular que une o rim à bexiga. • Ele parte da pelve renal, com trajeto descendente, coloca-se na parede posterior do abdômen e termina na bexiga, desembocando neste órgão pelo óstio ureteral. • O tubo muscular é capaz de contrair-se e realizar movimentos peristálticos. BEXIGA • É uma bolsa situada posteriormente à sínfise púbica e que funciona como reservatório da urina. • O fluxo contínuo de urina que chega pelos ureteres é transformado, graças a ela, em emissão periódica (micção). • No sexo masculino, situa-se anteriormente ao reto e no sexo feminino, situa-se anteriormente ao útero. URETRA ♀ E ♂ • Constitui o último segmento das vias urinárias e será descrita junto com o sistema genital. • Estabelece a comunicação entre a bexiga urinária e o meio exterior. • No homem (20 cm) é uma via comum para a micção e a ejaculação, enquanto na mulher (3 cm), serve apenas para excreção da urina. A Função Renal e a Excreção da Urina As principais funções dos rins são remover os produtos finais do metabolismo e controlar as concentrações da maior parte das substâncias iônicas no líquido extracelular, inclusive os íons sódio, potássio e hidrogênio. Portanto é responsável pela filtragem do sangue. A unidade funcional do rim é o néfron. Nos dois rins de um ser humano, existe cerca de 2 milhões de néfrons no parênquima renal. O néfron é dividido em duas partes funcionalmente distintas: o corpúsculo renal e o túbulo renal. • O corpúsculo renal é formado pelo glomérulo (que é uma rede de capilar) e pela cápsula de Bowman (que envolve o glomérulo). O túbulo renal é dividido em: túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e túbulo coletor. • A pressão do sangue no interior do glomérulo é de 60 a 80 mmhg (valor bastante alto para pressão), o que faz com que grande quantidade de líquido (chamado filtrado glomerular) sejam filtradas para fora do capilar, sendo coletadas pela cápsula de Bowman. Nesse filtrado glomerular é encontrada a maioria dos produtos finais do metabolismo que devem ser eliminados dos líquidos orgânicos. • O filtrado glomerular sai da cápsula de Bowman pelo sistema de túbulos renais, nesse momento, as partes desse filtrado que são necessárias ao organismo (nutrientes como a glicose e os aminoácidos, a água e a maior partes dos íons) são reabsorvidos pelos túbulos, voltando para os capilares peritubulares, situados em torno dos túbulos. • Por outro lado, os produtos finais do metabolismo que não são reabsorvidos, são eliminados pela urina. • Dessa forma, a teoria da função renal é a de filtrar grandes quantidades de líquido do plasma, reabsorvendo aqueles constituintes que são necessários, eliminando aqueles que não são necessários. • Cerca de 180 litros de filtrado glomerular são formados a cada dia, mas apenas cerca de 1,5 a 2 litros de urina são eliminados por dia. Esse pequeno volume é altamente concentrado pelos produtos finais do metabolismo, ou seja, contém uréia, ácido úrico, creatinina, fosfatos, sulfatos e excessos dos demais ácidos. •Fim! AULA 11 - SISTEMA ENDÓCRINO.pdf Anatomia e fisiologia do sistema endócrino Profª Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani Conceito • As glândulas endócrinas secretam hormônio para o sangue circulante e esses hormônios, por sua vez, atuam sobre células –alvo em muitos pontos do corpo. • Existem oito glândulas endócrinas muito importantes e várias outras de menor importância. • As mais importantes são: glândula hipófise, pineal, tireóide, paratireóides, supra-renais, ilhotas de Langerhans do pâncreas, ovários e testículos Glândula Hipófise: • É um corpo ovóide, cuja principal porção está situada na fossa hipofisária do osso esfenóide, onde geralmente, permanece após a remoção do cérebro. Faz parte do hipotálamo e está ligada ao cérebro pelo infundíbulo. • É dividida em duas porções: uma anterior (adeno- hipófise) e outra posterior (neuro-hipófise). • Produz 6 hormônios pela Adeno-hipófise e 2 pela Neuro-hipófise. • A secreção de todos os hormônios da hipófise anterior é controlada pelo hipotálamo. • Núcleos específicos do hipotálamo secretam fatores de liberação ou inibição, um de cada, para todos os hormônios da hipófise anterior. Esses fatores são secretados para o sangue dos capilares hipotalâmicos. Esse sangue é, então, conduzido para a glândula hipófise anterior por meio de veias. • Os hormônios da adeno-hipófise são: somatotrófico (GH), adrenocorticotrófico (ACTH), tireotrófico (TSH), prolactina (lactagênio), folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) - (gonadotróficos). • O hormônio do crescimento (GH) exerce efeito generalizado sobre todas as células do corpo. Aumenta o transporte de aminoácidos para o interior celular, aumentando não só o número das células mas também suas dimensões, o que resulta em crescimento generalizado de todos os tecidos. • O adrenocorticotrófico (ACTH): controla a atividade da glândula supra-renal; • O tireotrófico (TSH): controla a atividade da glândula tireóide; • Os gonadotróficos: controlam as atividades dos ovários e testículos; • A prolactina:controla a fabricação do leite pelas glândulas mamárias. • A glândula hipófise posterior (neurohipófise) secreta dois hormônios importantes: hormônio antidiurético ou vasopressina (ADH), que reduz o volume de água excretado nos rins com urina; e ocitocina, que promove a contração uterina, favorecendo a expulsão do feto durante o parto e a expulsão do leite. Tireóide: • Situa-se no plano mediano do pescoço, abraçando parte de traquéia e da laringe. Libera os seguintes hormônios: • Triiodotironina (T3): regula a quantidade de iodo no organismo; • Tiroxina (T4): regula a velocidade do metabolismo celular. O excesso da secreção causa o hipertireoidismo, a escassês da secreção causa o hipotireoidismo. • Calcitonina: regula o nível de cálcio no sangue, retirando o excesso e depositando nos ossos. Paratireóide: • Estão situadas geralmente, na metade medial de cada lobo da glândula tireóide. • Produz o paratormônio (HPT): Aumentam a concentração de íons cálcio no sangue. • Aumenta a intensidade da absorção de cálcio pelo intestino. • Estimula a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, o que reduz a perda de íons cálcio pela urina. • Ativam grande número de células osteoclastos, que retiram íons cálcio do osso, liberando na corrente sanguínea esse íons. Sempre que o cálcio sanguíneo cai abaixo do normal, exerce efeito direto sobre a glândula paratireóide, no sentido de aumentar sua secreção de paratormônio. Supra-renal: • São bilaterais, estando localizadas sobre o pólo superior dos rins onde podem ser facilmente visualizadas. Sua porção central é a medula e a periférica é o córtex. Córtex da supra-renal CORTISOL ALDOSTERONA • O cortisol é chamado de glicocorticóide por atuar sobre o metabolismo da glicose no corpo. Também exerce efeitos potentes sobre o metabolismo das gorduras e das proteínas, de modo que se torna um hormônio metabólico geral. • Os dois efeitos metabólicos básicos do cortisol são: o de mobilizar a gordura e a proteína dos tecidos; o de utilizar essas substâncias para suprir a maior parte da energia necessária para o metabolismo corporal. • A aldosterona é chamada de mineralocorticóide por alterar de modo específico, as concentrações de íons (minerais) no corpo. • O efeito mais importante da aldosterona é o de aumentar a intensidade da absorção dos íons sódio pelos túbulos renais, ao mesmo tempo que aumenta a secreção dos íons potássio, a partir do sangue, por esses mesmos túbulos. O resultado final é a retenção de sódio no corpo, com perda de potássio. Medula da supra-renal • Atua sobre o sistema cardiovascular, aumentando a freqüência cardíaca , promove vasoconstrição periférica, faz broncodilatação e aumento da respiração, estimula o aumento da concentração de glicose no plasma, aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos relacionados com as atividades sexuais, promovendo a ereção. • Atua no SN simpático em momentos de medo, raiva,“fuga” ou no estado de alerta. ADRENALINA E NORADRENALINA PÂNCREAS: • É uma glândula mista e sua porção exócrina foi mencionada no cap. do sist. Digestivo. • A porção endócrina corresponde às ilhotas pancreáticas microscópicas, disseminadas na porção exócrina e produzem insulina e glucagon. • As Ilhotas de Langerhans do pâncreas secretam dois hormônios importantes: a insulina e o glucagon, ambos exercendo efeitos extremamente significativos sobre o metabolismo da glicose. • O efeito primário mais importante da insulina é o de aumentar o transporte da glicose através da membrana celular, o que acontece na maior parte das células corporais. Isso aumenta a intensidade do metabolismo da glicose pelas células, inclusive o aumento da utilização da glicose para a energia. Deposita a glicose como glicogênio no fígado. • Na falta de insulina (diabetes 1), as células utilizam principalmente gorduras e proteínas para o suprimento de suas necessidades energéticas. • A principal função do glucagon é a de aumentar a concentração de glicose no sangue. • Isso é produzido de duas maneiras: o glucagon tem ação direta e muito rápida para fracionar o glicogênio hepático em moléculas de glicose, que são liberadas para o sangue; • O glucagon também promove a conversão de aminoácidos em glicose, pelas células hepáticas, que é o processo da glicogênese, que representa quantidade adicional de glicose a ser liberada no sangue circulante. OVÁRIOS: • Localiza-se nas laterais do útero, presos pelo ligamento ovariano. Produzem os hormônios estrógeno e progesterona. • Estes hormônios determinam os caracteres sexuais secundários femininos, estimulam o impulso sexual, atua no ciclo menstrual, prepara a mucosa uterina (endométrio) para a fixação do embrião no útero, participa no desenvolvimento do embrião. TESTÍCULOS: • Localiza-se dentro da bolsa escrotal; • Produz o hormônio testosterona que determinam os caracteres sexuais secundários masculinos e o desenvolvimento normal do aparelho reprodutor, bem como a formação dos espermatozóides. •FIM ! AULA 2 - SISTEMA ESQUELÉTICO.pdf SISTEMA ESQUELÉTICO Profª MSc. Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani CONCEITO DE ESQUELETO: É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções. FUNÇÕES DO ESQUELETO: Proteção (para órgãos como o coração, pulmões e SNC); Sustentação e conformação do corpo; Local de armazenamento de íons Ca e P (durante a gravidez a calcificação fetal se faz, em grande parte, pela reabsorção destes elementos armazenados no organismo materno); Sistema de alavancas (que movimentadas pelos músculos, permitem o deslocamento do corpo num todo ou em partes); Local de produção de certas células do sangue (hemopoiético). TIPOS DE ESQUELETO: Esqueleto articulado (quando apresenta-se com todas as peças); Esqueleto desarticulado (quando apresenta-se isolados uns dos outros); A união entre os ossos no esqueleto articulado pode ser natural (feita pelos próprios ligamentos e cartilagens), artificial (ligação dos ossos por meio de peças metálicas) e pode ser misto (quando são usados os dois processos de interligação). DIVISÃO DO ESQUELETO Esqueleto Axial: Porção mediana composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco. Esqueleto Apendicular: Pendurados no esqueleto axial, composto pelos ossos dos membros superiores e inferiores. A união entre duas porções se faz por meio de cinturas: escapular e pélvica. NÚMERO DE OSSOS: No indivíduo adulto, com o desenvolvimento orgânico já completo, o número de ossos é de 206. Este número sofre variação de acordo com os seguintes fatores: Fator etário; Fatores individuais; Critérios de contagem. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: Osso longo: seu comprimento é maior que a largura e espessura. Ex: ossos do esqueleto apendicular (fêmur,úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula e falanges). Estes apresentam duas extremidades chamadas epífises (proximal e distal) e um corpo chamado diáfise. Esta,possui uma cavidade no seu interior chamado canal medular, onde se aloja a medula óssea. Nos ossos que ainda não completaram seu crescimento, existe a cartilagem epifisial (disco cartilaginoso localizado entre a epífise e a diáfise). CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: Osso laminar: também chamado plano,apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Ex: ossos do crânio, escápula e osso do quadril. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: Osso curto: apresenta equivalência das três dimensões. Ex: ossos do carpo e do tarso CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: Osso irregular: apresenta morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: Osso pneumático: apresenta cavidades (sinus ou seios), revestida de mucosa e contendo ar. OBS: Há ossos que, devido as suas peculiaridades, são classificados em mais de um grupo. Ex: o frontal é laminar e pneumático, o maxilar é irregular e pneumático, etc CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: Ossos sesamóides: desenvolvem-se na superfície de certos tendões (intra- tendíneos) ou da cápsula fibrosa (peri- articulares). A patela é exemplo de intra- tendíneo TIPOS DE SUBSTÂNCIAS ÓSSEAS: Substância óssea compacta: as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas, sem que haja espaço entre elas. Por essa razão, este tipo é mais denso e rijo. Substância óssea esponjosa: as lamínulas ósseas são mais irregulares e se arranjam deixando espaços ou lacunas entre elas. PERIÓSTEO: O osso se encontra sempre revestido por delicada membrana conjuntiva, exceto nas superfícies articulares. Esta membrana é denominada periósteo e apresenta dois folhetos: um superficial e outro profundo. FUNÇÕES DO PERIÓSTEO: Periósteo profundo: A camada profunda é chamada osteogênica pelo fato de suas células se transformarem em células ósseas, promovendo assim, seu espessamento. Periósteo superficial: As artérias do periósteo superficial penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea, possibilitando assim, a nutrição das células ósseas, já que esse tecido se desenvolve lenta e continuamente. CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO: Osteogênicas; Osteócitos; Osteoblastos; Osteoclastos. REMODELAÇÃO ÓSSEA: O tecido ósseo é extremamente moldável, sendo capaz de remodelar sua estrutura em resposta das modificações a que está submetido. A razão do remodelamento ósseo, é que o tecido enfraquece gradualmente, requerendo um ritmo de substituição diária, havendo um mecanismo regulador entre a quantidade de osso formada durante a remodelagem e a quantidade de osso antigo, perdida através da reabsorção. REPARO DE FRATURAS: Ocorrem através do periósteo, cujas células osteogenitoras, invadem o local formando um colar em torno da fratura. Ocorre a diferenciação das células em osteoblastos, que iniciam a deposição de trabéculas ósseas. PRÁTICA DE OSSOS: OSSOS DO CRÂNIO: COLUNA VERTEBRAL: OSSOS DO TÓRAX: MEMBRO SUPERIOR: MEMBRO INFERIOR: FIM ! AULA 3 - SISTEMA ARTICULAR.pdf SISTEMA ARTICULAR - JUNTURAS Profª Julice Angélica Antoniazzo Gadani Conceito: Empregamos o termo junturas ou articulação, para designar a conexão existente entre qualquer parte rígida do esqueleto, sejam ossos ou cartilagens. Permite o contato dos ossos e sua mobilidade. Classificação das junturas: Embora apresentem variações, as junturas possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério para essa divisão é o da natureza do elemento que se interpõe às peças que se articulam. Junturas fibrosas: O elemento que se interpõe às peças que se articulam é o tecido conjuntivo fibroso. A grande maioria dessas junturas, apresenta- se no crânio. Sua mobilidade é extremamente reduzida, embora esse tecido conjuntivo interposto confira certa elasticidade ao crânio. Há dois tipos de junturas fibrosas: suturas e sindesmose. a) Suturas: são encontradas entre os ossos do crânio. - suturas planas (união linear retilínea), ex: juntura entre os ossos nasais. - suturas escamosas (união em bisel – cortada obliquamente), ex: juntura entre o parietal e o temporal. - suturas serreadas (união em linha denteada), ex: juntura entre os parietais. OBS: a quantidade de tecido conjuntivo fibroso no recém nascido é muito maior, explicando a grande separação entre os ossos e uma maior mobilidade. É isto que permite uma redução bastante apreciável do volume da cabeça no momento do parto. Esse “cavalgamento” facilita a expulsão do feto para o meio exterior. Seria interessante lembrar, que na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto. A isto se dá o nome de sinostose. Suturas: b) Sindesmoses: a nomenclatura anatômica só registra um exemplo: sindesmose tíbio- fibular, se faz entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula. Junturas cartilaginosas: O tecido que se interpõe a essas junturas é o cartilaginoso. Há dois tipos de junturas cartilaginosas: - Sincondroses: quando a cartilagem for hialina. Ex: sincondrose esfeno-occipital. - Sínfises: quando a cartilagem for fibrosa. Ex: sínfise púbica. Em ambas a mobilidade é reduzida. OBS: O disco intervertebral é um disco de fibrocartilagem. Junturas sinoviais: O elemento que se interpõe às peças que se articulam é um líquido denominado sinóvia ou líquido sinovial, para permitir um livre deslizamento de uma superfície contra a outra. Nas junturas sinoviais,o principal meio de união é representado pela cápsula articular (espécie de manguito que envolve a articulação prendendo-se nos ossos que se articulam). Dentro desta cápsula articular, existe a cavidade articular, que é um espaço onde se encontra o líquido sinovial, que é o lubrificante natural da juntura e permite o deslizamento com o mínimo atrito e desgaste. Características da juntura sinovial: cápsula articular; cavidade articular líquido sinovial. Superfícies articulares e seu revestimento: As superfícies articulares são revestidas em toda sua extensão por cartilagem hialina (cartilagem articular). Estas se apresentam lisas, polidas e de cor esbranquiçada e sua função está condicionada ao movimento. A redução da mobilidade na articulação pode levar à fibrose da cartilagem articular, com anquilose da juntura (perda da mobilidade). A cartilagem articular não é vascularizada nem inervada, portanto, sua nutrição é precária, dificultando sua regeneração em caso de lesões. Cápsula articular: É uma membrana conjuntiva que envolve a juntura sinovial como um manguito. Esta se apresenta com duas camadas: membrana fibrosa (externa) e membrana sinovial (interna). Membrana fibrosa: mais resistentes e podem estar reforçadas por feixes também fibrosos chamados ligamentos capsulares para aumentar sua resistência. Em algumas junturas sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular, denominados extra-capsulares ou acessórios e em outras apresentam ligamentos intra-articulares, como o joelho, por exemplo. Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união dos ossos, impedir movimentos em planos indesejáveis e limitar a amplitude de movimentos considerados normais. Membrana sinovial: é abundantemente inervada e vascularizada, sendo encarregada da produção do líquido sinovial. Discute-se se o líquido sinovial é uma verdadeira secreção ou um ultra filtrado do sangue, mas é certo que contém ácido hialurônico (que lhe confere a viscosidade necessária à sua função lubrificadora). Discos e meniscos: São formações fibro-cartilagíneas e encontra-se intra-articulares em várias junturas sinoviais. Sua função ainda é discutida: serviriam para melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam destinadas a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Exemplo de disco intra-articular: articulações esterno-clavicular e têmporo-mandibular. Exemplo de menisco: articulação dos joelhos (possuem forma de meia lua). Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo: O movimento em uma articulação faz-se, obrigatoriamente, em torno de um eixo, denominado eixo de movimento, cuja direção é: ântero-posterior (ventral/dorsal), latero- lateral e longitudinal (crânio-caudal). Os movimentos executados pelos segmentos do corpo recebem nomes específicos e aqui serão definidos apenas os mais importantes: Movimentos angulares: nestes movimentos, existe uma diminuição ou um aumento do ângulo, existente entre o segmento que se desloca e o que permanece fixo. Quando ocorre a diminuição do ângulo, realiza-se a flexão e quando aumenta o ângulo, realiza-se a extensão. Adução e abdução: são movimentos nos quais o segmento é deslocado respectivamente, em direção ao plano mediano ou em direção, isto é, afastando-se dele. OBS: Para os dedos prevalece o plano mediano do membro. Rotação: é o movimento em que o segmento gira em torno de um eixo longitudinal (vertical). - rotação medial: quando a face anterior do membro gira em direção ao plano mediano do corpo. - rotação lateral: movimento oposto. Circundução: movimento combinatório que inclui a adução, extensão, abdução e flexão (desenhar um círculo). Classificação funcional das junturas sinoviais: O movimento nas articulações depende, essencialmente, da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limitá-lo. Na dependência desses fatores, as articulações podem realizar movimentos em torno de um, dois ou três eixos. mono-axial: quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo ou que possui um só grau de liberdade. Ex: articulação do cotovelo (flexão e extensão). bi-axial: que se realiza em torno de dois eixos ou possui dois graus de liberdade. Ex: articulação rádio-cárpica (flexão, extensão, adução e abdução). tri-axial: que se realiza em torno de três eixos ou possui três graus de liberdade. Ex: articulação do ombro e quadril (além de flexão, extensão, adução, abdução, também realiza rotação). Junturas sinoviais simples e composta: Simples: quando apenas dois ossos entram em contato na juntura sinovial. Ex: articulação do ombro. Composta: quando três ou mais ossos entram em contato na juntura sinovial. Ex: articulação do cotovelo (úmero-rádio-ulna). FIM ! AULA 4 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA MUSCULAR.pdf Profª Julice Angélica Antoniazzo B.Gadani Anatomia e Fisiologia do Sistema Muscular Conceito: A miologia é a ciência que estuda os músculos; Nos seres multicelulares, as células diferenciam-se para realizar funções específicas: algumas são apropriadas à respiração, outras à absorção, etc. As células musculares especializam-se para a contração e o relaxamento do músculo. Denomina-se músculo, o agrupamento em feixes dessas células, formando massas macroscópicas, as quais acham-se fixados nas suas extremidades Os músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contração. Dentro do aparelho locomotor (ossos, junturas e músculos), os músculos são elementos ativos do movimento e os ossos são elementos passivos do movimento. A musculatura assegura a dinâmica e também a estática do corpo humano, tornando possível o movimento e determinando a posição e postura do esqueleto Variedades de Músculos: Músculos voluntários ou estriados esqueléticos: quando o impulso para a contração resulta de um ato de vontade; apresentam estrias transversais e estão fixados pelo menos por uma das extremidades ao esqueleto. Músculos involuntários ou lisos: quando o impulso parte de uma porção do sistema nervoso, sobre o qual o indivíduo não tem controle consciente; são lisos e viscerais, isto é, são encontrados nas paredes das vísceras de diversos sistemas do organismo. Músculo cardíaco: por sua vez, assemelha-se a um músculo estriado histologicamente, mas atua como músculo involuntário, além de se diferenciar dos dois por uma série de características que lhe são próprias. Variedades de músculos Como se dá a contração muscular? A célula muscular se encontra sob o controle do sistema nervoso. Cada músculo possui o seu neurônio motor, o qual divide-se em muitos ramos para poder controlar todas as células do músculo. As divisões mais delicadas desses ramos (microscópicas), terminam num mecanismo especializado conhecido como placa motora. Quando um impulso nervoso passa através do nervo, a placa motora transmite o impulso às células musculares determinando a sua contração. Placa Motora Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos: Um músculo esquelético típico possui porção média e extremidades. A porção média é carnosa, vermelha no vivente e recebe o nome de ventre muscular. Nele predominam as fibras musculares, sendo portanto, a parte ativa do músculo, isto é, a parte contrátil. As extremidades podem ser cilindróides ou em forma de fita, chamadas tendões ou podem ser laminares, chamadas aponeuroses. Ambos os tipos são esbranquiçados e brilhantes, muito resistente e praticamente inextensíveis, constituídos por tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas. Tendões e aponeuroses servem para prender o músculo ao esqueleto. Fáscia muscular: É uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. Sua espessura varia de músculo pra músculo, dependendo de sua função. septos intermusculares; bainha elástica de contenção; deslizamento dos músculos entre si. Mecânica muscular: A contração do ventre muscular (esquelético) vai produzir um trabalho mecânico, em geral, representado pelo deslocamento de um segmento do corpo. As extremidades dos músculos prendem-se em pelo menos dois ossos, de maneira que o músculo cruze e articulação. O ventre muscular não se prende no esqueleto para que possa contrair-se livremente. Na musculatura cardíaca e músculos lisos, também se produz um trabalho: a contração da musculatura desses órgãos reduz seu volume ou seu diâmetro e desta forma expelir ou impulsionar seu conteúdo. Origem e inserção: Origem: extremidade do músculo presa à peça óssea, que não se desloca (ponto fixo). Inserção: extremidade do músculo presa à peça óssea, que se desloca (ponto móvel). Classificação dos músculos Tipos de disposição de fibras Classificação funcional dos músculos: Agonista: é quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento. Antagonista: é quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, seja pra regular a rapidez ou a potência de ação deste agonista. Inervação e nutrição: A atividade muscular é controlada pelo sistema nervoso central. Nenhum músculo pode contrair-se se não receber estímulo através de um nervo. Se acaso o nervo for seccionado, o músculo deixa de funcionar e por esta razão entra em atrofia. Para executar o seu trabalho mecânico, os músculos necessitam de considerável quantidade de energia. Em vista disso, os músculos recebem eficiente suprimento sanguíneo através de uma ou mais artérias,que neles penetram e se ramificam intensamente. Nervos e artérias penetram sempre pela face profunda do músculo, pois assim estão mais bem protegidos. Fisiologia da contração muscular Quando um impulso nervoso chega à placa motora, a passagem do potencial de ação pela membrana terminal do axônio, libera as vesículas de acetilcolina nas fendas sinápticas. Essa acetilcolina atua na membrana da célula muscular, promovendo a despolarização da mesma e iniciando um potencial de ação, que se propaga ao longo da fibra muscular, ocasionando a contração do músculo. Se a acetilcolina secretada permanecesse em contato com a membrana muscular, o músculo permaneceria em contração contínua, tal fato não ocorre, porque a colinesterase (encontrada na goteira sináptica) fraciona enzimaticamente a acetilcolina. Portanto, quase imediatamente após a acetilcolina ter estimulado a fibra muscular, ela é destruída, permitindo a repolarização do músculo (relaxamento). ANATOMIA FUNCIONAL E CONTRAÇÃO DO MÚSCULO Cada músculo esquelético é formado por milhares de fibras musculares esqueléticas paralelas. Cada fibra muscular, contém milhares de miofibrilas também dispostas paralelamente. Ao longo da extensão de cada miofibrila, existem milhares de filamentos moleculares, são os filamentos de actina e miosina, que se dispõe de forma alternada. As extremidades dos filamentos de actina e de miosina sobrepõem-se umas às outras, em presença do íons cálcio, o que faz com que esses filamentos deslizem uns sobre os outros, representando o mecanismo de contração muscular. As miofibrilas são constituídas por unidades que se repetem ao longo do seu comprimento, denominadas sarcômeros. As faixas mais extremas e mais claras do sarcômero, chamadas banda I, contêm apenas filamentos de actina. Dentro da banda I, existe uma linha que se cora mais intensamente, denominada linha Z, que corresponde a várias uniões entre dois filamentos de actina. A faixa central, mais escura, corresponde a banda A, cujas extremidades são formadas por filamentos de actina e miosina sobrepostos. Dentro da banda A, existe uma região mediana mais clara, denominada banda H, que contém apenas miosina. Um sarcômero compreende o segmento entre duas linhas Z consecutivas e é a unidade contrátil da fibra muscular. A QUÍMICA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR O impulso nervoso que chega à fibra muscular por um nervo propaga-se pela membrana das fibras musculares (sarcolema) e atinge o retículo sarcoplasmático, fazendo com que o cálcio ali armazenado, seja liberado no citoplasma. Este cálcio permite que a actina se ligue à miosina, iniciando a contração muscular. Assim que cessa o estímulo, o cálcio é imediatamente rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático, o que faz cessar a contração. Química da contração muscular Contração do músculo liso: O músculo liso não é dividido em sarcômeros, portanto os filamentos de actina e miosina ficam misturados de modo não organizado. No momento do potencial de ação, o cálcio penetra na célula através da membrana da fibra muscular lisa e não é liberado no interior da fibra pelo retículo sarcoplasmático. A duração da contração do músculo liso, é 10 a 100 vezes maior que do músculo esquelético, porque o bombeamento do cálcio para fora da membrana da célula muscular lisa é muito lento. Principais músculos do corpo humano FIM ! AULA 5 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO.pdf P R O F ª J U L I C E A N G É L I C A A N T O N I A Z Z O B . G A D A N I ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO Conceito O Sistema nervoso controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo. Quando recebe estímulos aplicados à superfície do corpo é capaz de interpretá-los e desencadear respostas adequadas a estes estímulos. Existem funções do Sistema Nervoso que dependem da vontade (caminhar – ato voluntário) e outras que independem da nossa vontade (secreção da saliva por ex.). Divisão do Sistema Nervoso: Sistema nervoso central (SNC): é uma porção de recepção de estímulos de comando e desencadeadora de respostas. Está constituindo por estruturas que se localizam no crânio e coluna vertebral; são a medula espinhal e o encéfalo. Sistema nervoso periférico (SNP): está constituída pelas vias que se conduzem os estímulos ao SNC ou que levam até aos órgãos efetuadores, as ordens da porção central (SNC). São os nervos cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas. Meninges: O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, MENINGES. Estas lâminas são, de fora para dentro: A dura máter, a aracnóide e a pia máter. Meninges Vesículas primordiais Partes do SNC Origem e desenvolvimento do SNC Origem e desenvolvimento do SNC Para melhor compreender as partes que constituem o SNC é preciso partir de sua origem embriológica. O SNC origina-se do tubo neural que, na sua extremidade cranial, apresenta três dilatações denominadas vesículas primordiais; O restante do tubo é a medula espinhal primitiva; Destas transformações das vesículas primordiais origina-se as partes mais importantes do SNC: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) Ventrículos encefálicos Ventrículos laterais (direito e esquerdo); III Ventrículo; IV ventrículo. Líquor: No espaço subaracnóide e nos ventrículos, circula um líquido de composição química pobre em proteínas, denominado líquido cérebro-espinhal ou líquor, sendo uma de suas mais importantes funções proteger o SNC, amortecendo choques. O mesmo é produzido em formações especiais chamados plexos corióides, situados no assoalho dos ventrículos laterais e no teto do III e IV ventrículos. Disposição das substâncias branca e cinzenta no SNC: Em um corte no encéfalo ou na medula, pode-se ver áreas claras e escuras, que são respectivamente a substância branca (que é constituída de fibras nervosas mielínicas) e a substância cinzenta (constituída de corpos de neurônio). Neurônio: TIPOS DE FIBRAS NERVOSAS: MIELÍNICAS E AMIELÍNICAS A fibra nervosa de mielina é envolvida pela membrana da célula de Schwann, que contém substância lipídica e funciona como isolante. A fibra nervosa amielínica não está envolvida por esse isolante. As fibras mielínicas transmitem os impulsos com mais rapidez e com menos uso de energia neural. Sistema nervoso periférico: São as terminações nervosas, gânglios e nervos. As fibras nervosas são classificadas em: Motoras (eferentes) e Sensitivas (Aferentes). As fibras motoras transmitem ordens originadas do SNC, por isso são eferentes. As fibras sensitivas transmitem impulsos que devem chegar ao SNC, por isso são aferentes. Terminações nervosas: Existe na extremidade da fibra motora e sensitiva. Nas fibras motoras, as terminações nervosas são as placas motoras. Nas fibras sensitivas, as terminações nervosas são estruturas especializadas para receber estímulos físicos ou químicos (calor, frio, pressão, tato, azedo, doce). Gânglios: Quando há acúmulos de corpos celulares de neurônios dentro do SNC são denominados núcleos. Quando estes acúmulos ocorrem fora do SNC, eles são chamados gânglios e apresentam- se geralmente como uma dilatação. Nervos: Nervos cranianos: Nervos espinhais: SENSAÇÕES SOMESTÉSICAS: São aquelas que tem origem na superfície do corpo ou em suas estruturas profundas. Incluem sensações como o tato, a pressão, o calor, o frio, a dor e angulação das articulações. Os receptores sensoriais da dor, são terminações nervosas livres. Outros receptores sensoriais são formados por uma ramificação nervosa encapsulada, como por exemplo o corpúsculo de Meissner, encontrados em grande número nas pontas dos dedos, que são extremamente sensíveis ao contato de formas, texturas e outras características dos objetos. Trajeto das sensações somestésicas: Essas sensações vão pelos nervos espinhais até a medula espinhal, depois são transmitidas ao cérebro, numa região chamada tálamo, onde esses sinais são transmitidos para área somestésica do córtex cerebral. O tálamo desempenha papel importante na determinação do tipo de sensação (tato, dor, frio, etc). O córtex somestésico determina em qual ponto do corpo esses sinais tiveram origem. Trajeto das sensações somestésicas SINAPSE: É a região onde os sinais passam da porção terminal de um neurônio (botão sináptico), para o neurônio seguinte (membrana superficial). O botão sináptico libera substâncias transmissoras que atua na membrana, que pode ser tanto excitatória quanto inibitória. Sinapse As sinapses podem ser elétricas ou químicas: Sinapses elétricas: são mais simples e permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra; Sinapses químicas: são quase que a totalidade das sinapses do SN humano. Apresentam membranas pré e pós sinápticas, separadas pela fenda sináptica. A passagem do impulso nervoso se dá pela liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. OS NEURÔNIOS DO SNC SÃO ORGANIZADOS EM CIRCUITOS: Circuito divergente: um único neurônio pode enviar estímulos a muitos outros neurônios; Circuito convergente: onde sinais oriundos de diversos neurônios, devem atuar ao mesmo tempo sobre um neurônio apenas; Circuito reverberatório: ou repetidor, são neurônios que enviam estímulos em via circular, até que o sinal retorne ao neurônio inicial, até que o neurônio fadigue, dessa forma promovendo contração prolongada. Impulso nervoso: Potencial de membrana: É um potencial elétrico causado por diferenças de concentração iônica, entre as duas faces da membrana celular (interna e externa). A concentração de íon potássio (K), é mais elevada na face interna da membrana (-), enquanto que na face externa da membrana (+) é maior a concentração de íon sódio (Na). Potencial de ação: É a variação sequencial do potencial de membrana de negativo a positivo e, de novo volta para o negativo, em milésimos de segundo. Um potencial de ação que ocorra em qualquer ponto da membrana de uma fibra nervosa, provoca a passagem de uma corrente elétrica pelo interior do axônio. Essa corrente abre os canais de sódio nas áreas vizinhas, fazendo com que o potencial de ação se propague por toda fibra. Estágios do Potencial de ação: O primeiro estágio do potencial de ação, onde muda sua polaridade de negativo para positivo, chama-se despolarização da membrana. O segundo estágio do potencial de ação, onde retorna a polaridade para negativa, chama-se repolarização da membrana. Bomba de Sódio e Potássio FIM! AULA 6 - SISTEMA CIRCULATÓRIO.pdf Profª Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani Conceito: O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos e no seu interior circulam o sangue e a linfa. Para que o sangue possa circular através dos vasos, há um órgão central – o coração, que funciona como uma bomba contrátil propulsora. A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. Além desta função primordial, o sangue circulante transporta também os produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar. O sangue ainda possui células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e microrganismos. Coração: É um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O tecido muscular que forma o coração é de tipo especial – tecido muscular estriado cardíaco. Possui três camadas: pericárdio (mais externa), miocárdio (no meio), endocárdio (mais interna). A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos). Entre os átrios e ventrículos, existem orifícios com dispositivos orientadores da corrente sanguínea, são as valvas tricúspide e mitral (bicúspide). Coração Forma: Localização: Apresenta uma base, um ápice e faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar). Sua base não tem delimitação nítida, pois corresponde à área ocupada pelos grandes vasos da base do coração, isto é, vasos aonde o sangue chega ou sai do coração. Fica situado na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do músculo diafragma (sobre o qual em parte repousa), no mediastino (espaço entre os dois pulmões). Fica disposto obliquamente, de tal forma que a base é medial e o ápice é lateral. Forma e localização do coração: Fechamento das valvas: Quando ocorre a sístole (contração) ventricular, a tensão do ventrículo aumenta consideravelmente, o que poderia causar refluxo do sangue para o átrio. Tal fato não ocorre porque cordas tendíneas prendem a valva a músculos papilares, que são projeções do miocárdio nas paredes internas dos ventrículos. Vasos da base: No átrio direito desemboca a veia cava superior e a veia cava inferior. No átrio esquerdo desembocam as veias pulmonares, em número de quatro (duas de cada pulmão). Do ventrículo direito sai o tronco pulmonar, que após curto trajeto bifurca-se em artéria pulmonar direita e esquerda para os respectivos pulmões. Do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta, que se dirige inicialmente para cima e depois para trás e para esquerda, formando assim o arco aórtico. Ao nível dos orifícios de saída do tronco pulmonar e da aorta, existe um dispositivo valvar para impedir o retorno do sangue por ocasião da diástole ventricular, são chamadas valva do tronco e valva aórtica, respectivamente. Cada uma destas valvas é constituída por três válvulas semilunares, com formato de bolso. Vasos da Base Pericárdio: É um saco fibro- seroso que envolve o coração, separando- o dos outros órgãos do mediastino e limitando sua expansão durante a diástole ventricular. Circulação do sangue: A circulação pulmonar (pequena circulação) sai do ventrículo direito através do tronco pulmonar e se dirige aos capilares pulmonares, onde se processa a hematose (troca de CO2 por O2). O sangue oxigenado é levado pelas veias pulmonares e lançado no átrio esquerdo, de onde passará para o ventrículo esquerdo. A circulação sistêmica (grande circulação) sai do ventrículo esquerdo pela artéria aorta, a qual vai se ramifica para chegar a todos os tecidos do organismo, nas redes de capilares processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Após as trocas, o sangue carregado de resíduos e CO2 retorna ao coração através de numerosas veias, que terminam em dois grandes troncos venosos: veia cava inferior e veia cava superior, as quais desembocam no átrio direito, de onde o sangue passará para o ventrículo direito. Circulação sanguínea: Redes de capilares: Sistema de condução: Automatismo cardíaco => é a propriedade do coração, que permite seu batimento por algum tempo, mesmo quando retirado do corpo. O controle da atividade cardíaca é feita através do nervo vago (atua inibindo) e do simpático (atua estimulando). Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito – o nó sinu-atrial, considerado como o “marca passos” do coração. Este impulso chega ao nó átrio-ventricular (localizado na porção inferior do septo inter-atrial) e se propaga aos ventrículos através do feixe átrio-ventricular (localizado na porção superior do septo inter- ventricular) e este emite ramos direito e esquerdo para os ventrículos. Desta forma, o estímulo alcança todo o miocárdio, resultando na contraçãoou relaxamento. Ao conjunto destas estruturas de tecido especial é dada a denominação de sistema de condução. Sistema de Condução: Tipos de vasos sanguíneos: Artérias: tubos cilindróides, elásticos, podem ser classificadas em grande, médio e pequeno calibre. Considerando sua estrutura e função, as artérias classificam-se ainda como elásticas (ou de grande calibre) ex: aorta, distribuidoras (de tamanho médio) ex: maioria das artérias do corpo, artérias musculares; arteríolas (são os menores ramos das artérias). As artérias emitem ramos terminais (quando a artéria dá ramos e o tronco principal deixa de existir; ex: artéria braquial que bifurca-se em artéria radial e ulnar) e ramos colaterais (quando a artéria emite ramos e o tronco de origem continua a existir). As artérias podem ser superficiais ou profundas, as superficiais são oriundas de artérias musculares e se destinam à pele, sendo de calibre reduzido e distribuição irregular; as profundas são quase totalidade das artérias, isto é funcional pois nesta situação as artérias encontram-se protegidas. As artérias profundas são acompanhadas por uma ou duas veias (veias satélites). Pequenos trechos de artérias profundas apresentam trajetos superficiais, permitindo que verifiquemos a pulsação ao comprimi-la; ex: artéria radial. Veias: são tubos os quais o sangue circula em direção ao coração, fazem seqüência aos capilares e transportam sangue que já sofreu trocas com os tecidos, da periferia para o coração. Sua forma varia de acordo com a quantidade de sangue no seu interior, são cilindróides quando cheias ou achatadas quando pouco cheias. Também são classificadas de grande, médio pequeno calibre e vênulas. O número de veias é maior que de artérias, devido à presença de veias superficiais e na maioria das vezes apresentarem duas veias satélites acompanhando uma artéria. As veias podem ser superficiais, sendo visíveis por transparência da pele, mais calibrosas nos membros e no pescoço e podem ser profundas, sendo solitárias ou satélites. As veias possuem válvulas que impedem o retorno do sangue pela ação da gravidade, caso haja diminuição da força que o impulsiona. Variz ocorre quando há insuficiência nessas válvulas, provocando sua dilatação. Capilares sanguíneos: São vasos microscópicos interpostos entre artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e o tecido. Débito Cardíaco: É a quantidade de sangue ejetado por minuto pelo ventrículo esquerdo. Todo volume de sangue que entra pelo átrio direito deve ser ejetado pelo ventrículo esquerdo. Num homem adulto normal, a quantidade de sangue no débito cardíaco é de aproximadamente 5,0 a 5,5 l/min., enquanto que na mulher adulta normal, o débito cardíaco varia de 4,0 a 4,5 l/min. Para que o débito cardíaco possa realmente ocorrer, é necessária a eficiência do coração como bomba e a existência do retorno venoso. Retorno Venoso: É a quantidade de sangue que volta ao coração no átrio direito proveniente do corpo. Choque cardiogênico e choque circulatório: Este tipo de alteração é dado devido a uma diminuição do débito cardíaco e com isso diminuindo a circulação sanguínea até as células, podendo causar lesões irreversíveis. Choque cardiogênico: é aquele causado por uma grande diminuição da eficiência do coração como bomba. O exemplo mais típico é aquele provocado pelo enfarte do miocárdio. Choque causado por redução do retorno venoso: Choque hipovolêmico: aquele causado por uma perda de sangue fora dos vasos sanguíneos, por hemorragias, traumas cortantes, etc. Choque por estagnação venosa: o mais comum é o choque neurogênico em que o indivíduo tem a perda do tônus vaso motor (dado por micro estímulos do sistema simpático nas paredes do vaso). Um outro tipo de choque por estagnação venosa é o choque alérgico, também chamado de choque anafilático, causado por uma vaso dilatação muito grande e com isso diminuindo o fluxo de sangue. Pressão Arterial: A pressão arterial são os valores de referência da pressão sistólica (120mmhg) e pressão diastólica (80mmhg). Existem mecanismos de ação rápida, intermediária e à longo prazo para controlar a pressão arterial. Mecanismos de ação rápida: vai agir de segundos até minutos; Mecanismo de ação intermediária: vai agir de minutos à horas; Mecanismo à longo prazo: vai de horas à dias. FIM ! AULA 7 - SISTEMA LINFÁTICO.pdf Profª Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani Além do sistema circulatório, o corpo possui outro sistema de fluxo de líquido, o sistema linfático. Esse sistema começa em vasta rede de capilares linfáticos muito finos, situados entre os capilares sanguíneos nos tecidos. Esse líquido, chamado linfa, flui para vasos linfáticos mais calibrosos e deságuam em veias também calibrosas do pescoço (subclávia), fazendo com que a linfa retorne ao sangue. Funções do Sist. Linfático: Considerado um sistema auxiliar de drenagem do sistema venoso, o sistema linfático possui três funções básicas: 1) Transporta o líquido intersticial de volta para o sangue. Uma pequena quantidade de proteínas plasmáticas vaza continuamente, através dos poros capilares para o líquido intersticial. 2) Transporta a gordura absorvida do intestino delgado ao sangue. 3) as suas células denominadas linfócitos , ajudam a prover as defesas imunológicas contra agentes causadores de doenças. Bomba Linfática: Todos os vasos linfáticos possuem grande número de válvulas linfáticas, orientadas a permitirem o fluxo num só sentido. Qualquer movimento do corpo, seja ele causado por movimentos musculares, movimentos passivos ou até mesmo pelas pulsações das artérias, provoca a compressão de alguns linfáticos e faz com que o líquido seja movido através desse sistema valvular até chegar ao sistema venoso. Esse mecanismo é chamado de bomba linfática. Trajeto linfático: Dos capilares linfáticos , a linfa é transportada para vasos linfáticos maiores e chegam aos troncos principais: ducto torácico e ducto linfático direito. Esses ductos drenam a linfa para o interior das veias subclávias esquerda e direita.. Portanto, o líquido intersticial , formado pela filtração do plasma para fora dos capilares sanguíneos, por fim retorna ao sistema cardiovascular. Órgãos linfóides: Linfonodos ou nódulos linfáticos: Os linfonodos são os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos. A proliferação dessas células provocada pela presença de bactérias ou substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos, formando a íngua. Linfonodo Baço: Órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático. Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem linfócitos. Timo: órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui desde o nascimento até a puberdade. Os linfonodos, o baço, as tonsilas e o timo contém centros germinativos e são locais de produção de linfócitos . Estes são células do sistema imunológico que respondem de um modo específico a antígenos . FIM ! AULA 8 - SISTEMA RESPIRATÓRIO.pdf SISTEMA RESPIRATÓRIO Profª Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani Conceito e funções: • Consiste na absorção de oxigênio pelo organismo e a eliminação do gás carbônico resultantes de oxidações celulares. • A troca de gases é indireta, ou seja, o sangue é o elemento intermediário entre as células do organismo e o meio habitado por ele, servindo como condutor de gases entre eles. • Sistema respiratório é o conjunto de órgãos especiais, capazes de promover o rápido intercâmbio entre o ar e o sangue. Divisão do Sistema respiratório • Porção de condução: são os órgãos tubulares cuja função é a de levar o ar inspirado até a porção respiratória e trazer o ar expirado, eliminando o CO2. EX: Nariz, faringe, laringe, traquéia e brônquios (via aérea superior). • Porção de respiração: é representada pelos pulmões, onde fará as trocas gasosas. Cavidade nasal • Limitado anteriormente pelas narinas e posterior- mente pela faringe nasal; • O septo nasal divide a cavidade nasal em metade direita e esquerda e possui tecido ósseo e cartilaginoso; • As conchas nasais (superior, média e inferior) são espessamentos da mucosa nasal e delimitam espaços denominados meatos; • Ambos servem para aquecer e umedecer o ar inspirado condicionando-o para que seja melhor aproveitado na hematose que se dá ao nível dos pulmões Faringe • É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestório, situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e a laringe. • É continuada pelo esôfago. • Trata-se de um canal que é comum para a passagem do alimento digerido e do ar inspirado. A parte nasal da faringe comunica-se com a tuba auditiva e com a cavidade timpânica do ouvido médio. Essa comunicação explica como infecções da faringe podem propagar-se ao ouvido médio. Laringe • É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço. • Além de via aerífera é órgão de fonação, ou seja, produz o som. • Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela traquéia. • Apresenta um esqueleto cartilaginoso, composto por cartilagem tireóide, cricóide, aritenóide e epiglótica. Fonação: • Para que se produza o som laríngeo ao nível das pregas vocais, a laringe possui numerosos músculos, denominados músculos intrínsecos da laringe, que podem aduzir ou abduzir as pregas vocais, podem também provocar tensão ou relaxamento das pregas vocais, o que interfere sobremaneira na tonalidade do som produzido. Traquéia e brônquios • Da laringe segue-se a traquéia, estrutura cilindróide constituída por uma série anéis cartilagíneos incompletos, sua parede posterior desprovida de cartilagem, apresenta musculatura lisa, o m. traqueal. As cartilagens da traquéia proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de entrar em colapso e ao mesmo tempo, unidas por um tecido elástico, fica assegurada a mobilidade e a flexibilidade da estrutura que se desloca durante a respiração e os movimentos da laringe. • A traquéia, em sua extremidade inferior, divide- se em dois brônquios principais, direito e esquerdo, que se dirigem para os pulmões. • Cada brônquio principal dá origem aos brônquios lobares, que ventilam os lobos pulmonares. • Estes, por sua vez, dividem-se em brônquios segmentares que vão chegar aos segmentos bronco-pulmonares. • Os brônquios segmentares sofrem ainda sucessivas divisões antes de terminarem nos alvéolos pulmonares. • Essas ramificações, em conjunto, são conhecidas como árvore brônquica. Pleura • Cada pulmão está envolto por um saco seroso completamente fechado, a pleura, que apresenta dois folhetos: a pleura pulmonar, que reveste a superfície do pulmão e mantém continuidade com a pleura parietal, que recobre a face interna da parede do tórax. Entre as pleuras pulmonar e parietal, há um espaço, a cavidade da pleura, contendo uma película de líquido que permite deslizamento de um folheto contra o outro nas constantes variações de volume do pulmão, ocorridas nos movimentos respiratórios. Pulmão • Os pulmões são órgãos de forma cônica, apresentando um ápice superior, uma base inferior e duas faces (costal e medial). Os pulmões se subdividem em lobos, cujo número é de três para o direito e dois para o esquerdo. Os lobos do pulmão direito (superior, médio e inferior) são separados entre si por fendas profundas, as fissuras oblíqua e horizontal. Já o pulmão esquerdo, com seus dois lobos (superior e inferior) apresenta apenas a fissura oblíqua. Na sua face medial, cada um dos pulmões apresenta uma fenda chamada hilo do pulmão, pela qual entram ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares, constituindo a raiz do pulmão. MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO • A cada inspiração, os alvéolos são expandidos, enquanto que, na expiração, o ar é forçado para fora dos alvéolos, até o exterior. Dessa forma ocorre renovação contínua do ar nos alvéolos, processo que é chamado de ventilação pulmonar. • O principal músculo da respiração é o diafragma, mas outros músculos que comprimem o abdome e elevam ou abaixam a parede anterior do tórax, podem contribuir para o processo de ventilação pulmonar, especialmente durante a respiração profunda. Expiração e Inspiração: • Os pulmões são mantidos como que empurrados contra a parede torácica por pequeno vácuo no espaço intrapleural (espaço extremamente reduzido entre os pulmões e a parede torácica). Quando a cavidade torácica é aumentada, esse vácuo faz com que os pulmões se expandam ao mesmo tempo. A expansão dos pulmões, produz discreta pressão negativa no seu interior, o que puxa o ar para dentro, causando a inspiração. Durante a expiração, a pressão intra- alveolar torna-se ligeiramente positiva, o que empurra o ar para fora. REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO • O ritmo básico da respiração é gerado pelo centro respiratório, situado no tronco encefálico, mais precisamente no bulbo. Esse centro é formado por três grupos principais de neurônios, chamados de áreas inspiratória, área expiratória e área pneumotoráxica. • Na respiração normal em repouso, a área inspiratória é ativada a cada 5 segundos, produzindo a inspiração, com duração de 2 segundos. Isto é, a respiração normal é causada quase que inteiramente pela contração dos músculos inspiratórios, com contração mínima dos músculos expiratórios. • O centro pneumotoráxico controla a amplitude dos movimentos respiratórios, bem como o intervalo de tempo entre as respirações. A freqüência e a amplitude da respiração são controladas por quatro fatores diferentes: • Pressão do gás carbônico (Pco2) no sangue; *referência = 40mmhg • Concentração dos íons hidrogênio (pH) no sangue; *referência = 7,35 • Pressão do oxigênio (Po2) no sangue; *referência = 104mmhg • Sinais neurais das áreas cerebrais controladoras dos músculos. FISIOLOGIA DOS DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS Hipóxia: quer dizer baixo teor de oxigênio e pode ser causada por pressão parcial reduzida do oxigênio no ar; anormalidades pulmonares que diminuem a difusão de oxigênio para o sangue pulmonar; quantidade diminuída de hemoglobina no sangue, para o transporte de oxigênio para os tecidos; incapacidade cardíaca de bombear quantidades adequadas de sangue para os tecidos; e incapacidade dos tecidos em utilizar o oxigênio, mesmo que ele esteja disponível. Dispnéia: quer dizer “falta de ar”, essa condição é resultado de excesso de gás carbônico no sangue, o que produz a sensação dispnéica. Entretanto, algumas pessoas podem apresentar a dispnéia psíquica, em decorrência de estado neurótico. Pneumonia: significa infecção dos pulmões. Isso faz com que os alvéolos fiquem cheios com o exsudato infeccioso, que impede a absorção do ar alveolar para o sangue pulmonar. Edema pulmonar: na maioria dos casos é causado por pressão capilar pulmonar muito elevada, resultante da insuficiência do ventrículo esquerdo. O líquido estravaza dos capilares para os tecidos e alvéolos pulmonares, bloqueando o transporte de oxigênio e gás carbônico através da membrana respiratória. Enfisema: na maioria dos casos ocorre devido ao fumo. Nessa condição, cerca de 4/5 das paredes alveolares podem estar destruídos, de modo que apenas 1/5 do tecido pulmonar fique funcionante. Asma: resulta do espasmo dos bronquíolos terminais dos pulmões, que acontece em decorrência da estimulação alérgica do músculo liso bronquiolar. •FIM ! AULA 9 - SISTEMA DIGESTÓRIO E METABÓLICO.pdf SISTEMA DIGESTÓRIO E METABÓLICO Profª Julice Angélica Antoniazzo B. Gadani Conceito • É quando os alimentos ingeridos precisam ser tornados solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos e assimilados. Os órgãos que compõe o sistema digestório, são especialmente adaptados para que essas exigências sejam cumpridas, portanto, suas funções são as de preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos e a expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes. Divisão do Sist. Digestório • Canal alimentar: É aberto nas suas duas extremidades (boca e ânus). Inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago, estômago, intestinos (delgado e grosso), terminando no reto que se abre no meio externo através do ânus. • Órgãos anexos: Glândulas salivares, fígado e pâncreas. Boca e cavidade bucal • A boca é a primeira porção do canal alimentar. É limitada pelos lábios, palato, faringe bucal, bochechas e músculos do assoalho da boca. Encontra-se ainda nesta cavidade as gengivas, os dentes e a língua. Cavidade bucal Palato • O teto da cavidade bucal esta constituído pelo palato e neste reconhecemos o palato duro (anterior – ósseo) e o palato mole (posterior-muscular). O palato separa a cavidade nasal da cavidade bucal. Do palato mole projeta-se uma saliência cônica, a úvula e, lateralmente duas pregas denominadas arco palatoglosso e arco palatofaríngeo. Entre estes arcos, situa-se as tonsilas palatinas (amígdalas). Língua • É um órgão muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funções na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra. Na superfície mucosa encontra-se as papilas linguais, onde localizam-se receptores gustativos. Glândulas salivares • Glândula parótida: Esta situada lateralmente na face e anteriormente ao pavilhão do ouvido externo. Seu canal excretor, o ducto parotídico, abre-se no vestíbulo da boca (superior). • Glândula submandibular: Localiza-se anteriormente à parte mais inferior da parótida, protegida pelo o corpo da mandíbula. O ducto submandibular abre-se no assoalho da boca, abaixo da língua. • Glândula sublingual: É a menor das três, situando-se lateral e inferiormente a língua. Sua secreção é lançada na cavidade bucal, sob a porção mais anterior da língua. Glândulas salivares Faringe • Localizada posteriormente à cavidade nasal, bucal e laríngica, constituída de músculo estriado. • Na deglutição o palato mole é elevado, bloqueando a parte nasal da faringe e a cartilagem epiglótica abaixa fechando a entrada da laringe, evitando que o alimento penetre no trato respiratório. Esôfago • É um tubo muscular que continua a faringe e é continuado pelo estômago. Se divide em três porções: cervical, torácica e abdominal. No tórax, o esôfago situa-se anteriormente à coluna vertebral e posteriormente à traquéia, estando próximo da aorta. Para atingir o abdômen ele atravessa o diafragma e, quase imediatamente, desemboca no estômago. O diâmetro do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, através dos movimentos peristálticos. Peritônio • Os órgãos abdominais são revestidos por uma membrana serosa, o peritônio, que apresenta duas lâminas: Peritônio parietal (reveste as paredes da cavidade abdominal) e o peritônio visceral (envolve as vísceras). As duas lâminas são contínuas, permanecendo entre elas uma cavidade, chamada cavidade peritoneal, que contem pequena quantidade de liquido. Quando alguns órgãos situam-se na parede posterior do abdômen e atrás do peritônio são chamados vísceras retroperitoneais (rins, pâncreas, duodeno). Peritônio Estômago • É uma dilatação do canal alimentar que continua o esôfago e é continuado pelo intestino. Está situado logo abaixo do diafragma, com sua maior porção à esquerda do plano mediano. Apresenta o óstio cárdico (orifício que se comunica com o esôfago) e o óstio pilórico (orifício que se comunica com a primeira porção do intestino – o duodeno Partes do estômago • Parte cárdica (cárdia): corresponde à junção com o esôfago. • Fundo: situado superiormente no órgão. • Corpo: corresponde a maior parte do órgão. • Parte pilórica: porção terminal, continuada pelo duodeno. Intestino delgado • Subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. • é a parte fixa da intestino, apresenta a forma de um arco aberto para a esquerda, que abraça a cabeça do pâncreas. No duodeno desembocam os ductos colédoco (que traz a bile) e pancreático (que traz a secreção pancreática). Intestino delgado • O jejuno-íleo constitui a porção móvel do intestino delgado, terminando no início do intestino grosso, onde se abre pelo óstio íleo-cecal. O jejuno-íleo apresenta numerosas alças intestinais e são presas na parede abdominal por uma prega peritoneal ampla, chamada mesentério. Intestino grosso • Constitui a porção terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado. Distinguem-se também por apresentar: dilatações denominadas haustros; tênias, apêndice vermiforme e apêndices epiplóicos, que são acúmulos de gorduras salientes na serosa da víscera. • Cécum: é o segmento inicial em fundo cego, que se continua no cólon
Compartilhar