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por exemplo. Caso alguém chegue ao poder sem eleições, isso significa que aquela sociedade não está vivendo uma democracia. Por isso a importância do sistema eleitoral. 78 1. A história é narrada a partir de múltiplos atores sociais, em geral, do ponto de vista dos vencedores. A historiadora Emília Viotti da Costa ao escrever sobre as origens da república dá um novo olhar a essa análise. Sobre esse novo olhar analise as alternativas: a) Descrever um acontecimento histórico é uma tarefa fácil, já que basta ter acesso aos documentos oficiais. b) Analisar a história é uma tarefa difícil e envolve olhar a perspectiva dos der- rotados. c) Fatos políticos, econômicos ou sociais são fenômenos que apresentam difi- culdades menos. d) A história oficial deve ser contada pelo ponto de vista dos vencedores. e) Os historiadores privilegiaram no decorrer das décadas a história dos ven- cidos. 2. Em 1937, Getúlio Vargas que havia assumido o poder por meio do golpe de 1930, apresentou uma nova constituição, a partir desse momento tem início um Estado novo. Sobre esse período podemos afirmar que: I. Havia uma diversidade das forças aglutinadas em torno da Aliança Liberal, coligação de oposição ao governo que em 1929 lançou à candidatura de Getúlio Vargas à presidência. II. Os aliancistas propunham várias reformas no sistema político e reivindica- vam mudanças nos setores da sociedade. III. O período foi marcado pela harmonia entre os setores público e privada. IV. As disputas de interesses ocorreu entre imperialistas e republicanos. É correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 79 3. A Constituição federal de 1988 também representou um marco na inaugura- ção dos direitos humanos. Por meio dela foram elaboradas leis que garantem juridicamente os direitos básicos como um direito de todos e dever do Estado assegurar isso à sociedade. A partir da Constituição foram elaborados: a) A Leis de Diretrizes e Bases, o Plano Nacional de Educação, a Política Nacio- nal do Meio Ambiente. b) Foram criados órgãos que não possuem a finalidade de ampliar a aplicabili- dade dos direitos em nossa sociedade. c) Ações da sociedade civil e do Estado por meio que dificultam a elaboração de políticas públicas. d) Órgãos que não fiscalizam o desenvolvimento de estratégias. e) Elaborados planos que postergam ações para o cumprimento desses direi- tos. 4. Um marco para a sociedade, para o Estado e as instituições públicas brasileiras, é o fim da ditadura militar e a volta da democracia, e também o retorno do federalismo. Esse período foi marcado pelo estabelecimento da democracia. Considerando essas informações podemos afirmar que a democracia no Brasil foi marcada pela: a) Diretas Já de 1988. b) Fim do partido MDB. c) A conversão do militarismo. d) A Constituição de 1988. e) O golpe de 1964. 5. Nossa Constituição de 1988 foi chamada de “cidadã” pelo deputado Ulysses Guimarães. É considerada uma das constituições com maior ênfase nas ques- tões sociais e na defesa aos direitos da população. Sendo assim podemos con- siderar que ela foi uma marco para a história do Brasil e para a nossa democra- cia. Com base nisso, elabore uma resposta dissertativa apontando algumas das contribuições da Constituição de 1988? 80 O conceito de república não é unívoco e tem sido empregado no pensamento e na análise política para se referir a diferentes questões. Em termos bastante sintéticos, as duas acepções mais comumente relacionadas a esta ideia se referem, de um lado, a uma forma de governo instituída pela vontade da comunidade política – o que, no caso das experiências contemporâneas, se contrapõe aos governos monárquicos e se aproxima dos regimes democráticos – e, de outro, a uma forma de vida política fun- dada na primazia do interesse comum – que requer o engajamento da comunidade na condução da coisa pública e se faz expressar de maneira especial nos princípios, nas práticas e nos procedimentos que conformam as instituições. Embora ambas as acepções não se oponham, e até se complementem, a discussão que se pretende fazer neste texto aborda a república a partir da segunda delas, interessando discutir especificamente o caráter republicano – ou não – das instituições constitutivas do Es- tado brasileiro, entendido enquanto agência primordial da comunidade política para gestão do que é público. E por que recolocar em debate o tema republicano? Primei- ramente, porque se reconhece que se trata de referência importante na reflexão polí- tica atual. Nas últimas décadas, a república ressurgiu como referência importante nas reflexões sobre a política. Noções como virtude cívica, espaço público, bem comum, bom governo, comunidade política, “interesse bem compreendido”, entre outras per- tencentes à gramática da res pública, têm sido mobilizadas tanto para tematizar a sociabilidade corriqueira nos diferentes contextos de interação política, quanto para abordar a questão do desempenho e do aprimoramento do Estado e das instituições democráticas. A retomada do referencial republicano acontece em um contexto mar- cado por crises econômicas, de regulação estatal, de representação e de participação política – manifestas muitas vezes em escala mundial – que impulsionaram uma onda crítica endereçada aos vários aspectos da teoria política liberal e, em especial, às ins- tituições e às práticas neoliberais. Remontando a uma longa tradição do pensamento político, o republicanismo contemporâneo propõe uma teoria da política que, em síntese, busca integrar as referências modernas de liberdade individual e garantia de direitos subjetivos na esfera privada com as noções de virtude cívica e bem comum ligadas à ação no espaço público. No Brasil, a eclosão desse movimento coincide com o período de redemocratização da vida política e de elaboração e vigência do marco jurídico institucional consubstanciado na Constituição Federal de 1988 (CF/88), que forneceu ao país um arcabouço, em grande medida, inovador em face da tradição nacional. O texto constitucional não apenas reafirmou que o Brasil constitui uma re- pública, como também estabeleceu algumas das balizas que visam favorecer a cul- tura republicana, ainda que não tenha delimitado completamente seus contornos. Alguns exemplos são a fixação do princípio da publicidade das contas e dos atos dos órgãos públicos; a incorporação da participação social na formulação de políticas em diversas áreas, bem como do controle do Estado pela sociedade; o reconhecimento de associações civis – como os partidos políticos e os sindicatos – como agentes do controle da constitucionalidade das leis; e a atribuição funcional de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses difusos ao Ministério Público (MP). 81 Ao lado dos direitos e dos deveres individuais e coletivos, essas e outras previsões constitucionais têm contribuído para o surgimento de instigantes experiências no espaço público – especialmente em torno do Estado – marcadas pela mobilização de diferentes atores para tratar dos mais variados assuntos de interesse da sociedade”. Fonte: Ipea (2010, on-line)4. MATERIAL COMPLEMENTAR A onda Ano: 2008 Sinopse: Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de A Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fi ca sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já saiu de seu controle. REFERÊNCIAS COSTA, Emília Viotti da.