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1999b). Nos cães a bexiga vai ser o local mais comum onde vão ter a presença de urólitos, isso levará sinais clínicos de cistite, como hematúria, polaciúria e disúria (Grauer, 2015). Os cães vão apresenta os cálculos uretrais alojados no arco isquiático, ou caudal ao osso peniano. Já nos gatos a obstrução uretral geralmente é resultante da presença de muco localizado no terço distal da uretra (Slatter, 2007). 15 6. DIAGNOSTICO Para ter um diagnóstico de urolitíase, deve ser realizado a anamnese do paciente, exame físico, exames laboratoriais (urinálise), Radiografias abdominais contrastadas e ultra-sonografia (Grauer, 2015). Os diagnostico de imagem e o mais importante, pois é um exame rápido e com eficiência para diagnosticar a urolitíase. Também são recomendo realizar exames complementares como: hemograma completo, uréia, creatinina, dosagem de proteínas, eletrólitos, dosagem de paratormônio e vitamina D, para certificar que a urolitíase foi ou não causada por problemas metabólicos. O material a ser coletado para a realização dos exames deve ser com precisão para não ocorrer contaminação com meio externo. São realizados a cistocentese quando não a possibilidade de remover a urina através do canal urinário, algaliação (introdução de um cateter ou sonda através da uretra ate a bexiga) ou esvaziamento manual através da compressão da bexiga. Figura 2: Canino com presença de cálculos vesicais e ao longo da uretra. Fonte: http://www.pubvet.com.br/uploads/a8b4bcfdb632a9178773d67f2739f2ce.pdf 16 7. TRATAMENTO CIRÚRGICO Há diversos tratamentos para diferentes tipos de urolitíase, métodos clínicos, cirúrgico e terapêutico. O tratamento inclui basicamente desfazer qualquer obstrução uretral e vesical, e possível fazer a passagem de um cateter de pequeno calibre, deslocamento do cálculo por retrohidropropulsão, cistocentese ou urohidropropulsão podendo remover pequenos cistólitos em, sendo necessário o animal estar sob anestesia geral (Fossum, 2014). A urohidropropulsão tem como objetivo a eliminação de cálculos na bexiga ou uretra, sem a necessidade de intervenção cirúrgica. É eficiente apenas em casos de cálculos pequenos. A cirurgia nem sempre e a primeira opção, devem observar a gravidade da infecção, pois com a remoção cirúrgica tem as desvantagens como anestesia, complicações cirúrgicas, possibilidade de remoção incompleta dos urólitos. Levando em consideração o tratamento cirúrgico é o principal tratamento para os cálculos de oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e silicato. 7.1 NEFRECTOMIA A nefrotomia e técnica cirúrgica utilizada para remoção de cálculos grandes presente nos rins, Há casos em que os dois rins tem presença de cálculo, a nefrotomia deve ser realizada com intervalo de algumas semanas entre um rim e outro, diminuindo uma possível insuficiência renal aguda, pelo fato de que essa cirurgia reduz cerca de 20 a 50% a função renal (Slatter, 2007). 7.2 URETEROTOMIA A ureterotomia e realizada quando o cálculo se encontra no ureter nos terços distais e terço proximal, isso sendo removidos por a técnica de ureterectomia.(Fossum, 2014). Mais preferencialmente em vez da uretrotomia deve-se utilizar a cistotomia, se através da lavagem uretral conseguir deslocar os cálculos para a bexiga. 17 7.3 CISTOTOMIA A cistotomia e técnica cirúrgica utilizada para remoção de cálculos presentes na bexiga ou no ureter. É indicada em pacientes com urólitos (ex: oxalato de cálcio, fosfato de cálcio) quando os cálculos não podem ser eliminados pelo tratamento terapêutico ou nutricional. Incisões na vesícula urinária cicatrizam rapidamente. 8. PREVENÇÃO Embora seja muito comum atendimentos nas clinicas em animais com cálculos renais, uma das principais maneiras de prevenir a urolitíases, e através da alimentação. Isso ocorre, pois alguns alimentos vão influenciar a diminuição do volume urinário, pH e a concentração de solutos da urina (Markwell et al., 1998). Hoje encontramos nas indústrias rações prontas para prevenir os cálculos, mais para ter uma boa resposta no tratamento preventivo deve ser considerados algumas característica dos alimentos para ter um bom prognostico. Alimentos que induzam a diluição urinária, por favorecerem o aumento da ingestão de água, combatendo dessa forma a precipitação de ambos os tipos de cristais (oxalato de cálcio e estruvita). No caso de gatos, o aumento da ingestão de água também tem como finalidade ajudar no tratamento da cistite idiopática; Alimentos que favoreçam a acidificação do pH urinário, que contribui para a dissolução de cálculos de estruvita já formados; Quantidades adequadas de minerais, como o cálcio, fósforo e magnésio, pois tanto o excesso quanto a redução excessiva destes componentes na dieta pode predispor à formação de ambos os cálculos; Uso de proteína moderada nos alimentos para cães, já que nessa espécie o desenvolvimento de cálculos de estruvita tem forte correlação com a presença de cisitite bacteriana. A redução do teor protéico limita o aporte desse nutriente para as bactérias, que o utilizam em seu metabolismo e acabam por alcalinizar a urina, promovendo a formação de cristais e cálculos de estruvita. 18 Outro fator importante para prevenir os cálculos e o aumento de ingestão de água e também ingestão de dietas contendo um teor de sódio levemente elevado, que irar promover uma maior ingestão voluntária de água, que acarretar em um aumento do volume urinário, que levara também aumento na frequência de micções (CARVALHO et al., 2006). Ajudando na remoção de qualquer cristal que se forme no trato urinário. 19 CONCLUSÃO Foi demonstrado que a urolitiase é uma afecção de grande ocorrência na clínica medica de pequenos animais, podendo causar lesões e obstruções por todo o trato urinário inferior. Algumas raças possui maior predisposição a esse tipo de afecção, sendo elas: Lhasa Apso, Shi Tzu e Yorkshire, possui a maior prevalência de obstrução em cães acometendo a base do osso peniano, já em gatos, possui a maior predisposição em algumas raças como: Himalaia, Persa e Siamês, provocando obstrução ao logo de toda a uretra. Deve ser levado em consideração que esse distúrbio causa ao animal muito desconforto e dor, e quando diagnosticado precocemente, garante ao medico veterinário a escolhe do melhor método de tratamento e consequentemente promoção do bem estar animal. . 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AAFCO - ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL OFFICIAL. Official publication 2003. Association Of American Feed Control Officials, 2003. ARIZA, P. C. Epidemiologia da urolitíase de cães e gatos. 2012. 41f. Seminários (Pós-graduação em Ciência Animal) – Escola de Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012. BARGES, J; KIRK C. Nutritional management of lower urinary tract disease. In: FASCETTI, A. J.; DELANEY, S. J. Applied Veterinary Clinical Nutrition. Oxford: Wiley-Blackwell, 2012. ed. 1. P.269-287. Bartges, J. W.; Osborne, C. A.; Lulich, J. P.; Unger, L. K.; Koehler, L. A.; Bird, K. A.; Clinton, C. W.; Davenport, M. P. Prevalence of cystine and urate uroliths in bulldogs and urate uroliths in dalmatians. Journal of the American