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AULA 0 Direito Constitucional Princípios Fundamentais www.pontodosconcursos.com.br DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 2 Olá futuro Servidor. Tudo certo? É um imenso prazer estar aqui para ministrar mais esse curso por este importante Portal. É realmente uma honra poder ajudar nos seus estudos e contribuir para sua a aprovação que certamente virá. Se você ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, também conhecido no mundo dos concursos como Vampiro (desde muito antes do crepúsculo, diga-se de passagem...). Então, se você ouvir por aí alguém falar em “Resumão do Vampiro”, “Constituição do Vampiro”... Já sabe, né? ;) Bom, hoje estou aqui para lhe ensinar a disciplina mais legal dos concursos públicos: o Direito Constitucional. Se você não acha isso, tentarei mudar sua opinião ao longo do curso! Afinal, eu tenho 3 missões bem claras nesse mundo dos concursos: 1- A primeira é lhe mostrar que o direito constitucional, mesmo os seus temas mais complexos, é um melzinho na chupeta de tão fácil. Para isso vou lhe ajudar a quebrar qualquer barreira no aprendizado; 2- A minha segunda missão é fazer com que você tire a nota 10 em Constitucional na prova, e por esse motivo vou lhe capacitar para buscar o 11; 3- A terceira missão é lhe convencer que você não só pode, como certamente será aprovado em qualquer concurso que deseje, basta ficar firme aqui comigo. Estamos juntos? Primeiro, deixa eu te contar um pouquinho sobre mim, para estreitarmos a amizade... Eu me casei com o Direito Constitucional há mais de 10 anos. Já são 12 anos “respirando concursos públicos”, sendo que sou servidor público federal há 18 anos, trabalhando como Militar e nos Poderes Executivo e Judiciário. Sou ex-Oficial da Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e Pós-graduado em Direito Constitucional. Sou também criador e diretor do Nota11 Concursos, fundado em 2012 e também atuo como coordenador editorial, escritor e palestrante nas áreas de concursos públicos, negócios, aprendizagem, comunicação e desenvolvimento pessoal. Entre os 10 livros que eu escrevi, destaca-se a "Constituição Federal Anotada para Concursos" publicada pela Editora Ferreira, que persistiu firme pela crise editorial e já está em sua 11ª Edição, além também da coordenação de dezenas de livros pela Editora Método, em especial a coleção 1001 questões comentadas, onde fui autor de 5 obras. Qual o foco deste curso para Receita Federal do Brasil: Aula 3 DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3 Este curso será um curso de Teoria, Macetes, Esquemas e Questões focado na banca ESAF. Eventualmente poderei colocar uma ou outra questão de outra banca, para fins de fixação ou exemplificação. Neste curso, pretendo seguir o seguinte cronograma e disposição dos conteúdos: Aula zero: Princípios fundamentais Aula 4: Teoria Geral dos Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos – Parte 1 Aula 5: Direitos e deveres individuais e coletivos – Parte 2 Aula 6: Direitos sociais. Aula 7 - Direitos da nacionalidade, direitos políticos e partidos políticos. Aula 8: Organização político-administrativa do Estado. Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal e municípios. Aula 9: Administração Pública. Disposições Gerais. Servidores Públicos. Vamos lá então... Sumário Princípios Fundamentais: ............................................................................................................................ 4 Como esse tema é cobrado em provas? .......................................................................................... 4 Conceito: ...................................................................................................................................................... 4 Cobrança literal dos Princípios Fundamentais – art. 1º ao 4º da Constituição: .............. 5 "Quase literalidades": ........................................................................................................................... 17 Cobrança Doutrinária e Jurisprudencial: ............................................................................................ 18 Estados simples X Estados complexos: ................................................................................. 28 Estados simples centralizados, desconcentrados e descentralizados: .............. 29 Federação x Confederação: .......................................................................................................... 29 Outras características do parlamentarismo: ...................................................................... 35 Sistema diretorial de governo (governo de assembléia): .......................................... 36 Monarquia Parlamentarista e Monarquia Presidencialista: ...................................... 36 Estado Democrático de Direito: ............................................................................................................. 40 Tripartição funcional do poder: .............................................................................................................. 43 A “separação” dos Poderes ao longo dos tempos: ......................................................... 45 Peculiaridades das funções do Poder no sistema atual: ............................................. 46 DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 4 Classificação doutrinária dos Princípios Fundamentais: ............................................................... 51 Outras questões sobre princípios fundamentais: ............................................................................ 52 Princípios Fundamentais: Como esse tema é cobrado em provas? Os princípios fundamentais são cobrados em concursos de duas formas: 1- Explora-se exaustivamente a literalidade do art. 1º ao 4º. Estes dispositivos devem estar completamente internalizados pelo candidato, em todas as suas palavras e detalhes. 2- Cobra-se muita doutrina sobre os conceitos intrínsecos a cada termo presente nestes dispositivos, como “Federação’, “República”, e etc. Conceito: Primeiro, vamos entender um pouco melhor o que seriam esses "Princípios Fundamentais": • Conceito: São os princípios básicos da estruturação e organização do Estado e do seu Poder Político. • Na Constituição: Vão do art. 1º ao 4º. • Sinônimos: Princípios político-constitucionais (pois organizam o Estado, os que decorrem deles são os jurídico-constitucionais), -tudo que for relacionado ao termo "político" estará dando ideia de "organização"- são também chamados de normas-síntese, normas-matriz (pois sintetizam e servem de origem para diversos desdobramentos ao longo da Constituição). • Princípios Fundamentais X Princípios Gerais do Direito:Não se pode confundir os princípios fundamentais com os princípios gerais do direito constitucional. Enquanto aqueles estão positivados na Constituição, estes formam um estudo teórico, são aplicáveis a vários ordenamentos. Questões para fixar: 1. (CESPE/Analista de Infraestrutura – MP/2012)Os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) designam as características mais essenciais do Estado brasileiro. Comentários:Exatamente isto, são os princípios fundamentais que “mostram a cara” do país, sua identidade, seus valores. Gabarito: Correto. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 5 2. (ESAF/Analista-SUSEP/2010 - Adaptada) Muito se tem falado acerca dos princípios constitucionais. Sobre tais princípios, é correto afirmar que: a) É correto dizer que há distinção entre os princípios constitucionais fundamentais e os princípios gerais do direito constitucional. b) as normas-sínteses ou normas-matrizes não têm eficácia plena e aplicabilidade imediata. c) os princípios jurídico-constitucionais não são princípios constitucionais gerais, todavia não se constituem em meros desdobramentos dos princípios fundamentais. d) quando a Constituição prevê que a ordem econômica e social tem por fim realizar a justiça social, não estamos diante de uma norma-fim, por não abranger todos os direitos econômicos e sociais, nem a toda a ordenação constitucional. Comentários: Letra A - Correto. Letra B - Errado. Os princípios fundamentais, em regra, definem a forma de Estado, a forma de Governo, estabelecem os fundamentos do Estado, e, assim, possuem eficácia plena. Existem exceções como as normas programáticas do art. 3º. No entanto está errado dizer os princípios fundamentais "não têm eficácia plena e aplicabilidade imediata", generalizando. Letra C - Errado. Como vimos, os jurídico-constitucionais são desdobramentos dos político-constitucionais. Isso também não é uma afirmação 100%. Canotilho diz que "muitas vezes" são desdobramentos. De qualquer forma, está incorreta a questão. Mas nessa o examinador quase escorregou. Letra D - Errado. Normas-fim são as normas que direcionam o poder público a alcançar um objetivo, uma norma programática. Segundo Canotilho, a determinação constitucional segundo a qual as ordens econômicas e social tem por fim realizar a justiça social constitui uma norma-fim, que permeia todos os direitos econômicos e sociais e os demais princípios informadores da ordem econômica são da mesma natureza. Gabarito: Letra A. Cobrança literal dos Princípios Fundamentais – art. 1º ao 4º da Constituição: Predomina nos concursos a cobrança da literalidade, todas as bancas cobram o conhecimento dos art. 1ª ao 4º da Constituição e não raramente tentam confundir o candidato com os nomes que ali aparecem. Para fins de cobrança “literal” dos princípios fundamentais, existem 4 coisas que devem estar completamente decoradas, que são os fundamentos, os DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 6 objetivos fundamentais, os princípios que regem as relações internacionais e o objetivo do Brasil no Plano Internacional. Atenção!!!Isso são pontos ganhos na prova, nunca esqueça, esqueça até do seu nome... mas nunca esqueça esses dispositivos.Segue uma tabela com alguns detalhes e mnemônicos: FUNDAMENTOS (art. 1º): (So-Ci-Di-Val-Plu) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; pluralismo político. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS (art. 3º): Construir uma sociedade livre, justa e SOLIDÁRIA; Garantir o desenvolvimento nacional; ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desigualdades sociais e regionais; e Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTER- NACIONAIS (art. 4º): (in-pre-auto-não- igual-defe-so-re- co-co) independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodeterminação dos povos; não intervenção; igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; concessão de asilo político. OBJETIVO DO BRASIL NO PLANO INTERNACIONAL (art. 4º, §único): Buscar a integração política, econômica, social e cultural entre os povos da AMERICA LATINA, visando formar uma comunidade LATINO-AMERICANA de nações. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 7 Não esqueça também a literalidade do caput do art. 1º e seu parágrafo único e do art. 2º: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...). Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Mais tarde, veremos os desdobramentos dessas coisas, ok? Agora, trate de ficar repetindo isso tudo para você mesmo, até decorar cada palavrinha. Para te ajudar nessa tarefa árdua, vamos ver questões que deixarão essa decoreba mais agradável: 3. (ESAF/Ministério da Fazenda/2013)Assinale a opção INCORRETA. (a) A solução pacífica de conflitos, a igualdade entre os Estados, a defesa da paz e a prevalência dos direitos humanos devem ser princípios observados pelo Brasil nas suas relações internacionais. (b) O Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à extinção das fronteiras entre os países latinoamericanos. (c) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil erradicar a pobreza e a marginalização, assim como reduzir as desigualdades sociais e regionais. (d) O Brasil tem por forma de governo a república e adota como regime político a democracia, na sua forma semidireta. (e) Entre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, podem ser citados o pluralismo político Comentários Letra A. Correta, conforme art. 4º da CF, confira: Art. 4- A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 8 autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz;VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Letra B. Errado. Não há qualquer menção à extinção das fronteiras. Veja o que diz o p. único do art. 4º. A RFB buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana, e só! Letra C. Correto. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º da CF). Letra D. Correto. No artigo 1º da Constituição está expresso que o Brasil é umarepública e que constitui um Estado Democrático de Direito. Letra E. Correto. A RFB tem como fundamentos: fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Gabarito: Letra B. 4. (ESAF/TFC-CGU/2008)Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. a) Valorizar a cidadania. b) Valorizar a dignidade da pessoa humana. c) Observar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. d) Constituir uma sociedade livre, justa e solidária. e) Garantir a soberania. Comentários: A resposta dessa está literalidade do art. 3º da Constituição. Gabarito: Letra D. 5. (ESAF/AFC-CGU/2008) A República Federativa do Brasil possui fundamentos e as relações internacionais do País devem ser regidas por princípios. Assinale a única opção que contempla um fundamento da República e um princípio que deve reger as relações internacionais do Brasil. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 9 a) Soberania e dignidade da pessoa humana. b) Prevalência dos direitos humanos e independência nacional. c) Cidadania e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. d) Pluralismo político e repúdio ao terrorismo e ao racismo. e) Defesa da paz e solução pacífica dos conflitos. Comentários: Fundamentos são apenas os do art. 1º, o famoso So-ci-di-val-plu. Assim, elimina-se a letra B e E. Princípios que regem a República nas relações internacionais são os do art. 4º. Elimina-se, então, a letra A, pois dignidade da pessoa humana é um fundamento ("di" do so-ci-di-val-plu) e a letra C, também (valores sociais do trabalho e da livre iniciativa é o "val" do so-ci-di-val-plu). Sobrou a letra D, gabarito da questão. 6. (ESAF/AFRFB/2009) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, segundo preceitua o artigo 3o da Constituição Federal da República/88, o respeito aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Comentários: Estes são "fundamentos" elencados no art. 1º da Constituição e não "objetivos fundamentais" os quais estão expressos no art. 3º da CF. Gabarito: Errado. 7. (ESAF/ATRFB/2009) Todo o poder emana do povo, que o exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal. Comentários: O Brasil tem como regime político a democracia mista, ou seja, a regência do poder está nas mãos do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos e também diretamente usando o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. (CF, art. 1°, parágrafo único e art. 14). Gabarito: Errado. 8. (ESAF/ATRFB/2009) A República Federativa do Brasil não adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre os Estados. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 10 Trata-se de princípio que rege o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°, V). Gabarito: Errado. 9. (ESAF/ATA-MF/2009)Marque a opção correta. a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, geográfica, política e educacional dos povos da América Latina. b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. c) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. Comentários: Letra A – Errado. A integração será econômica, política, social e cultural (CF art. 4º parágrafo único). Letra B - Errado. Seria um objetivo fundamental (CF, art. 3º, I). Letra C - Errado. Seria um princípio que rege as relações internacionais, e não um objetivo fundamental. Letra D - Errado. Seria um objetivo fundamental (CF, art. 3º, IV). Letra E - Correto. É o que dispõe a CF em seu artigo 4º, VIII. Gabarito: Letra E. 10. (FCC/Analista- TRT- 3ª/2015) São fundamentos constitucionais expressos da República Federativa do Brasil: (A) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; monopólio da economia estratégica; bicameralismo. (B) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; pluralismo político. (C) dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; centralismo político e democrático; defesa da família. (D) cidadania; livre iniciativa; pluricameralismo; defesa da propriedade privada; defesa da família. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 11 (E) dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; monopólio da economia estratégica; defesa social; defesa do meio ambiente. Comentários: Mais uma questão cobrando a literalidade... uma dessas não pode passar, os fundamentos expressos são Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político (SO, CI, DI VAL, PLU). Gabarito: Letra B. 11. (FCC/Defensor DPE-RS/2014) Na Constituição Federal está previsto que “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.” Para tanto, ela traz como princípios pelos quais se rege nas relações internacionais, expressamente a (A) construção de uma sociedade livre, justa e solidária e garantir o desenvolvimento nacional. (B) erradicação da pobreza e a marginalização e redução das desigualdades sociais e regionais. (C) prevalência dos direitos humanos, a solução pacífica dos conflitos e o repúdio ao terrorismo e ao racismo. (D) soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. (E) garantia dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Comentários: Questão cobrando os princípios que regem a RFB em suas relações internacionais previstos no art. 4°, quais sejam: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados;VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos;VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Gabarito: Letra C. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 12 12. (FCC/Téc. Judiciário-TRE-RR/2014) Nos termos da Constituição de 1988, são fundamentos da República Federativa do Brasil, dentre outros, (A) cidadania, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e inafastabilidade da jurisdição. (B) dignidade da pessoa humana, valoressociais do trabalho e função social da propriedade. (C) soberania, igualdade e liberdade. (D) dignidade da pessoa humana, direito à vida e à saúde e fraternidade. (E) soberania, cidadania e pluralismo político. Comentários: Viu a importância de saber a literalidade??? Mais uma SO-CI- Di-Val-Plu, confira: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Gabarito: Letra E. 13. (FCC/Auditor- SEFAZ-PE/2014) A República Federativa do Brasil rege- se, nas suas relações internacionais, pelos seguintes princípios: (A) concessão de refúgio e asilo político. (B) observância das decisões dos organismos internacionais e defesa da paz. (C) repúdio ao terrorismo, ao racismo e à discriminação de gênero. (D) cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e autodeterminação dos povos. (E) solução pacífica dos conflitos e respeito à neutralidade. Comentários: Mais uma questão sobre a literalidade. Vamos por partes. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 13 I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Letra A... percebeu a pegadinha... o “refúgio” não é um princípio que rege a RFB nas relações internacionais, o asilo político que é um valor a ser observado. Letra B. Também errado, não tem previsão expressa na Constituição a observância das decisões dos organismos internacionais e defesa da paz, logo também errado. Letra C. O repúdio ao terrorismo e ao racismo são princípios observados pela RFB no âmbito das relações internacionais, mas a discriminação de gênero não consta expressamente. Letra D, correto, a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e autodeterminação dos povos está prevista no art. 4°, IX. Letra E. Errado, não consta junto à solução pacífica dos conflitos (art. 4°, VII menção à neutralidade. Gabarito: Letra D. 14. (FCC/ Juiz- TRT-1/ 2014) Entre os princípios que regem, segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais, encontram-se os seguintes: (A)defesa da paz, soberania nacional, não-intervenção e repúdio a todas as formas de tratamento desumano ou degradante. (B)autodeterminação dos povos, cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e promoção do bem-estar e da justiça social. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 14 (C) defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, não-intervenção e repúdio ao terrorismo e ao racismo. (D)soberania nacional, proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, não-intervenção e solução pacífica dos conflitos. (E)cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, promoção do bem-estar e da justiça social. Comentários: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Veja que a alternativa que contempla o enunciado é a letra C. Gabarito: Letra C. 15. (CESPE/Escrivão-PC-GO/2016) Assinale a opção que apresenta um dos fundamentos da República Federativa do Brasil previsto expressamente na Constituição Federal de 1988. a) valores sociais do trabalho e da livre iniciativa b) autodeterminação dos povos c) igualdade entre os estados d) erradicação da pobreza e) solução pacífica dos conflitos DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 15 Comentários: Veja que a questão pediu os “fundamentos”, que são o nacionalmente famoso “So-ci-di-val-plu” constante do art. 1º da nossa Carta Magna. E entre as respostas, somente a letra A é um fundamento o “Val”. As letras B, C e E são princípios que regem as relações internacionais. E a letra D é um objetivo fundamental. Gabarito: Letra A 16. (CESPE/TJAA-TRT-8ª/2016) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil (a) a independência nacional. (b) a solução pacífica de conflitos. (c) a autodeterminação dos povos. (d) a construção de uma (e) cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. Comentários: Essa questão é facilmente resolvida se você seguir meu conselho e decorar tudo que está entre o art. 1º ao 4º da Constituição. Porém, caso você não tenha decorado, basta usa uma dica simples: Objetivo = uma meta a ser alcançada! Vamos usar essa dica para analisar as assertivas: Letra A - A independência nacional é uma meta? Não. O Brasil já é independente, só precisamos garantir que continue assim. É um princípio das relações internacionais. Letra B – A solução pacífica dos conflitos é uma meta? Não. Pois só será colocado em prática se houver um conflito, coisa que quase nunca acontece com o Brasil. Letra C – A autodeterminação dos povos significa respeitar a soberania de outros Estados (estrangeiros)... também não é um objetivo. Letra D – A construção de uma sociedade livre, justa e solidária é uma meta? Sim. É uma “norma dirigente” ou “programática” que direciona o Brasil a fazer um programa de governo para conquistar esse fim. Letra E – Também é um princípio internacional, que coloca o Brasil em uma posição de cooperação e não de conflito. Gabarito: Letra D. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 16 17. (CESPE/Auditor SEFAZ-ES/2013) A prevalência dos direitos humanos, a concessão de asilo político e a solução pacífica de conflitos são princípios fundamentais que regem as relações internacionais do Brasil. Comentários: Cobrança simples e literal do art. 4º da Constituição. Meu grande amigo “In- Pre-Auto Não-Igual-Defe So-Re-Co-Co”. Gabarito: Correto. 18. (CESPE/Auditor– SEFAZ-ES/2013) Em suas relações internacionais a República Federativa do Brasil deve observar os princípios da concessão de asilo político e da vedação à extradição. Comentários: Errado, Não consta na relação do art. 4º da Constituição a vedação à extradição. Até porque no Brasil há sim a possibilidade de extradição. Gabarito: Errado. 19. (CESPE/AJAJ-OFICIAL AVALIDAOR-TRT-17/2013) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa constituem fundamentos da República Federativa do Brasil. Comentários: Fundamento é o art. 1º, nosso amigo íntimo “So-Ci-Di-Val-Plu”. A questão cobrou o “Val”. Gabarito: Correto. 20. (CESPE/AJAJ-OFICIAL AVALIADOR- TRT-17/2013) A Constituição Federal de 1988 (CF) não prevê expressamente o princípio da concessão de asilo político. Comentários: Prevê sim, é um dos princípios da República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais: I - independência nacional; II - Prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 17 “In-Pre-Auto Não-Igual-Defe So-Re-Co-Co”. Gabarito: Correto. 21. (CESPE/AGU- Procurados Federal/2013) São fundamentos constitucionais da República Federativa do Brasil, entre outros, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Comentários: Novamente. Fundamento é o art. 1º, o “So-Ci-Di-Val-Plu”. A questão cobrou o “Val”. Gabarito: Correto. "Quase literalidades": 22. (CESGRANRIO/Técnico-BACEN/2009) A Constituição de 1988 estabelece alguns princípios fundamentais que apontam um perfil estruturante do Estado brasileiro e que devem, portanto, ser observados pelos órgãos de governo. Nesse sentido, caso o Governo Federal decidisse adotar medidas a partir das quais o Estado passasse a planejar e dirigir, de forma determinante, a ordem econômica do país, inclusive em relação ao setor privado, essas medidas violariam o valor constitucional da a) soberania. b) República. c) Federação. d) livre iniciativa. e) supremacia do interesse público. Comentários: A regra básica de todo concurseiro, que eu não canso de frisar é: frieza na hora da prova. Não se pode desesperar diante do inimigo (banca organizadora). Essa questão simples, simples. Daquelas que começam enrolando, enrolando, só para poder desesperar aqueles candidatos despreparados ou ansiosos em excesso. Veja como a questão é simples: "... se o Estado passasse a planejar e dirigir, de forma determinante, a ordem econômica do país, inclusive em relação ao setor privado". O que é isso? afronta à Soberania? à República?... Claro que não! Isso é uma afronta à livre iniciativa. No Brasil temos um sistema capitalista em nossa ordem econômica. Prima-se pela livre iniciativa, livre concorrência, liberdade profissional... O Estado atua DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18 como "regulador", mas o poder privado é livre para estabelecer atividades econômicas, desde que não violem as leis ou os interesses da sociedade. Gabarito: Letra D 23. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) A Constituição acolhe uma sociedade conflitiva, de interesses contraditórios e antagônicos, na qual as opiniões não ortodoxas podem ser publicamente sustentadas, o que conduz à poliarquia, um regime onde a dispersão do Poder numa multiplicidade de grupos é tal que o sistema político não pode funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes desses grupos é tal que o sistema político não pode funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes desses grupos ( SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, pp. 143-145, com adaptações ). Assinale a opção que indica com exatidão o fundamento do Estado brasileiro expressamente previsto na Constituição, a que faz menção o texto transcrito. a) Soberania. b) Dignidade da pessoa humana. c) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. d) Cidadania. e) Pluralismo político. Comentários: O texto fala de pluralidade de opniões, poliarquia (poder nas mãos de vários), sistema político baseado em negociações dos diversos interesses. Claramente o texto está falando de "pluralismo político". Gabarito: Letra E. Cobrança Doutrinária e Jurisprudencial: Agora vamos ir um pouco mais fundo nesse buraco. ´ Já falamos que os princípios fundamentais são as normas-síntese, ou seja, aquele pontinho de onde deriva quase tudo que está por vir no ordenamento jurídico. Imagine você o quanto de coisa implícita não está presente nestes 4 artigos? É muita coisa... mas, vamos devagarzinho que tudo será resolvido, não é nenhuma loucura não! Primeiro, vamos analisar o que diz o art. 1º da CF: DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 19 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...). Veja que ela traz palavras que nos remetem à "República", "Federação", "Democracia"... Então, temos os seguintes institutos da organização do Estado: Forma de Governo: República Forma de Estado: Federação Regime de Governo ou Político: Democracia (mista ou semi- direta) Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF) MACETE DO VAMPIRO Para decorar a Forma de Estado, Forma de Governo, Sistema de Governo e Regime Político lembre-se: 1) A “Forma” encontra-se no nome “República Federativa do Brasil”, sendo que a Forma de Estado é a Federação (só lembrar de “estado federal”) e a Forma de Governo é a República. 2) Lembre-se ainda que: • O “Presidente é Sistemático” (Sistema de Governo = Presidencialismo); e • O “Regime é Democrático” (Regime de Governo = Democracia mista ou semidireta). E o que quer dizer uma "Forma de governo", uma "Forma de Estado" ou um "Sistema de governo"??? Vamos lá: a) Forma de governo– É a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Quem deve exercer o poder e como este se exerce. Basicamente, são as repúblicas (todos exercem o poder) e as monarquias (só um exerce o poder). O Brasil não adotou como forma de governo a monarquia, escolheu para si a república, ou seja, o modo de distribuição do poder na DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 20 sociedade ocorre com este nas mãos de todo o povo, daí a palavra “república” – res publica (coisa pública). MACETE DO VAMPIRO • República vem de “res” + “pública’ = a coisa é pública, de todos. Logo, pressupõe o princípio da igualdade, busca do bem comum, transparência e tudo mais relacionado. • Já a monarquia vem de “mono” + “arquia” = poder nas mãos de um. Logo, pressupõe a pessoa passar a vida toda no poder e ainda passar para seus herdeiros. Decorrência disso: República (Res – Publica)= a “coisa” é de todos com princípio da igualdade e busca do bem comum, logo: • Temporariedade do mandato dos governantes; • Necessidade de transparência e prestação de contas; e • Necessidade de eleição periódica para a definição dos representantes do povo (eletividade). Monarquia (mono + arquia) = Poder de um, logo: • Vitaliciedade; e • Hereditariedade dos governantes. Atenção!!! 1- O art. 2º dos ADCT dispõe: "no dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País". O plebiscito aconteceu e definiu através do voto popular que o Brasil seria uma república presidencialista. 2- A forma de governo republicana não está presente entre as chamadas "cláusulas pétreas" (vide CF, art. 60, §4º), ou seja, não está presente naquela relação das disposições que não podem ser abolidas (ou reduzidas) de nossa Constituição. 3- Embora não seja uma cláusula pétrea, a forma republicana é um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII), ou seja, um princípio que se não for observado poderá ensejar em uma intervenção federal. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 21 24. (FCC/Agente de Fiscalização-ARTESP/2017)Considere: I. Elegibilidade dos representantes, ou seja, as autoridades são investidas no poder pela eleição, que poderá ser direta ou indireta. II. Temporariedade do mandato. III. Responsabilidade dos governantes, os quais devem prestar contas de seus atos. IV. Trata-se da mais antiga forma de governo ainda em vigor. No que concerne às características da forma de governo republicana, está correto o que consta APENAS em a) I e IV. b) II e III. c) I, II e III. d) I, II e IV. e) III e IV. Comentários: Vamos ver o esquema do Vampiro: República (Res – Publica) = a “coisa” é de todos com princípio da igualdade e busca do bem comum, logo: • Temporariedade do mandato dos governantes; • Necessidade de transparência e prestação de contas; e • Necessidade de eleição periódica para a definição dos representantes do povo (eletividade). Monarquia (mono + arquia) = Poder de um, logo: • Vitaliciedade; e • Hereditariedade dos governantes. Observação 1: O fato de termos eleições indiretas não invalida o caráter republicano, vide o caso Brasileiro, onde existe possibilidade de ocorrer, excepcionalmente, eleições indiretas para Presidente pelo Congresso Nacional. Observação 2: A forma mais antiga de governo ainda em vigor é a Monarquia... Só lembrar das grandes Monarquias Teocráticas do Egito Antigo e as que são citadas na Bíblia... A República é neném perto delas. Gabarito: Letra C. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 22 25. (FCC/Auditor- SEFAZ-PI/2014) O art. 1º da Constituição Federal, ao afirmar que “a (I) República (II) Federativa do Brasil (...) constitui-se em (III) Estado Democrático de Direito”, definiu, respectivamente, os seguintes aspectos do Estado brasileiro: (A) sistema político, forma de Estado e forma de governo. (B) forma de governo, sistema político e sistema jurídico. (C) forma de governo, forma de Estado e regime de governo. (D) sistema político, forma de Estado e sistema jurídico. (E) forma de governo, sistema jurídico e sistema político. Comentários: Vamos seguir o “Macete do Vampiro”? - A “Forma” encontra-se no nome “República Federativa do Brasil”, sendo que a Forma de Estado é a Federação (só lembrar de “estado federal”) e a Forma de Governo é a República. - Lembre-se ainda que: • O “Presidente é Sistemático” (Sistema de Governo = Presidencialismo); e • O “Regime é Democrático” (Regime de Governo = Democracia mista ou semidireta). Logo, temos que a ordem correta é forma de governo, forma de Estado e regime de governo. Gabarito: Letra C. 26. (FCC/DPE-SP/2009) O princípio republicano, que traduz a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se na ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra emenda constitucional. Comentários: Está correta, pois definiu-se corretamente o que seria a "forma de governo" - no Brasil, a "república" - e corretamente asseverou que esta forma de governo não é mais uma cláusula pétrea, ou seja, é algo que não está protegido contra emendas constitucionais (vide CF, art. 60 §4º). Lembrando que, no entanto, a república continua sendo um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII) ou seja, um princípio que se não observado pelos entes da Federação, poderá ensejar uma "intervenção federal" da União no Estado ou Distrito Federal que esteja ofendendo tal princípio. Gabarito: Correto. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 23 27. (CESPE/Agente de Documentação - TCE-PB/2018) De acordo com os princípios fundamentais estabelecidos na CF, assinale a opção que apresenta, respectivamente, as formas de Estado e de governo adotadas no Brasil. a) Federação e República b) Federação e presidencialismo c) presidencialismo e República d) República e Federação e) República e presidencialismo Comentários: Basta aplicar o “Macete do Vampiro”! - A “Forma” encontra-se no nome “República Federativa do Brasil”, sendo que a Forma de Estado é a Federação (só lembrar de “estado federal”) e a Forma de Governo é a República. - Lembre-se ainda que: • O “Presidente é Sistemático” (Sistema de Governo = Presidencialismo); e • O “Regime é Democrático” (Regime de Governo = Democracia mista ou semidireta). Gabarito: Letra A. 28. (CESPE/Procurador PGE-SE/2017) Quanto à forma, o Estado brasileiro é classificado como: a) democrático, embasado no princípio da igualdade. b) republicano, fundamentado na alternância do poder. c) republicano, sendo essa forma protegida como cláusula pétrea. d) Estado democrático de direito. e) federativo, sujeito ao princípio da indissolubilidade. Comentários: Aplicando o “Macete do Vampiro”: - A “Forma” encontra-se no nome “República Federativa do Brasil”, sendo que a Forma de Estado é a Federação (só lembrar de “estado federal”) e a Forma de Governo é a República. - Lembre-se ainda que: • O “Presidente é Sistemático” (Sistema de Governo = Presidencialismo); e DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 24 • O “Regime é Democrático” (Regime de Governo = Democracia mista ou semidireta). A questão cobrou a “forma de estado”, por isso, estamos diante da “Federação”. Gabarito: Letra E. 29. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de organização do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. Caracteriza- se pela temporariedade do mandato dos governantes e pelo processo eleitoral periódico. Comentários: República é a forma de governo adotada pela Constituição e não a forma de Estado adotada, que foi a federação. Gabarito: Errado. 30. (ESAF/AFC-CGU/2006)O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidadede prestação de contas pela administração pública. Comentários: Exato. Todas essas características permitem, conjuntamente que haja um escolha direta dos representantes, um revezamento dos governantes e que se demonstre que a "coisa pública" não está sendo apropriada por eles. Gabarito: Correto. 31. (ESAF/AFC-CGU/2006)Em função da forma de governo adotada na Constituição de 1988, existe a obrigação de prestação de contas por parte da administração pública. Comentários: Isso aí. A forma de governo que adotamos foi a república o que implicitamente pressupõe uma administração transparente dos recursos públicos. Gabarito: Correto. 32. (CESPE/Administrador-DPF/2014) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados, municípios e Distrito Federal (DF), adota a federação como forma de Estado. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 25 Isso mesmo. Lembre-se: A “Forma” encontra-se no nome “República Federativa do Brasil”, sendo que a Forma de Estado é a Federação (só lembrar de “estado federal”) e a Forma de Governo é a República. Gabarito: Correto. 33. (CESPE/Técnico Forense- SEGP-AL/2013) A igualdade perante a lei, a periodicidade dos mandatos políticos e a responsabilidade dos mandatários são características do princípio republicano. Comentários: Correto, o item trouxe as clássicas características do princípio republicano. Gabarito: Correto. 34. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de Estado. Comentários: Doutrinariamente, classifica-se como "forma de governo". Gabarito: Errado. 35. (CESPE/SECONT-ES/2009) O termo Estado republicano refere-se não apenas a organizações institucionais, mas a um compromisso social com a coisa pública, no exercício da tolerância, no respeito à identidade do homem, dentro do prisma individual (pluralismo) e cultural. Comentários: A república é a forma de governo em que os atos devem manifestar a vontade geral, já que o Estado se manifesta em um bem comum, um compromisso social. Gabarito: Correto. 36. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Maquiavel, as formas de governo são os principados, as repúblicas e as democracias. Comentários: Para Maquiavel teríamos apenas 2 possíveis formas de governo: Principados (monarquia) e as repúblicas, democracia seria uma forma de exercício da república. Gabarito: Errado. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26 37. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Montesquieu, três são as formas de governo: monarquia, aristocracia e politéia, que se degeneram por meio da tirania, da oligarquia e da democracia, respectivamente. Comentários: Essa era a visão de Aristóteles. MontESquieu foi quem escreveu o ESpírito das Leis e que previa o dESpotismo. Gabarito: Errado. 38. (CESPE/Juiz Substituto–TJ-PI/2007) Para Aristóteles, os governos são republicano - no qual todo o povo, ou pelo menos uma parte dele, detém o poder supremo -; monárquico - em que uma só pessoa governa - e despótico - em que um só arrasta tudo e todos com sua vontade e seus caprichos, sem leis ou freios. Comentários: Essa era a visão de Montesquieu. Gabarito: Errado. 39. (FGV/Auditor- SEGEP-MA/2014) A Constituição Federal estabelece que, em determinadas situações, projetos de lei aprovados pelo legislativo devem ser ratificados pela vontade popular. Essas normas realizam o princípio fundamental da (A) soberania. (B) democracia. (C) participação. (D) dignidade. (E) República. Comentários: Questão muito estranha... mas por falar em vontade popular nos indica que a opção certa é a democracia... Gabarito: Letra B. 40. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) O Brasil é uma república, a indicar o governo como: a) sistema. b) forma. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 27 c) regime. d) paradigma. e) modelo. Comentários: É o pulo do gato, vamos fixar: falou em forma, lembrou-se de "república federativa". Se o Brasil é um Estado Federal, é porque sua forma de Estado é a federação. Sobrou a forma de governo republicana. Gabarito: Letra B. 41. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008) São características do princípio republicano: eleições periódicas para Chefe de Estado e Chefe de Governo, cidadania, soberania, diversas esferas de distribuição de poder, observância dos direitos fundamentais implícitos e explícitos, observância dos princípios sensitivos. Comentários: Eleições periódicas são uma decorrência direta do princípio republicano, pois, se o poder está nas mãos de todos, deve haver uma rotatividade dos governantes. Porém, as demais características elencadas não são decorrentes deste princípio. A cidadania decorre do regime democrático. A soberania é característica dos Estados independentes, não importando se é ou não uma república. A existência de diversas esferas de poder está ligada ao fato da forma de Estado brasileiro ser a federativa. Do mesmo modo, também decorre da forma de Estado (federação) a observância dos princípios sensitivos ou sensíveis, que são aqueles dispostos no art. 34, VII, da Constituição, que, se não forem observados, darão ensejo a uma intervenção federal. Gabarito: Errado. b) Forma de Estado– O modo de exercício do poder político em função do território. O Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de dis- tribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades autônomas (vide art. 18). Essa autonomia se manifesta por meio de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): • Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes; • Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos Estados) ou leis orgânicas (no caso dos Municípios e do DF); DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 28 • Autolegislação*: capacidade de elaborarem suas próprias leis por meio de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal; • Autoadministração: capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas. MACETE DO VAMPIRO Costumo dizer que as facetas que os entes possuem para exercer sua autonomia formam a “GOLA” da autonomia, veja: AutoGoverno Auto-Organização AutoLegislação Auto-Administração ATENÇÃO! 1- Para alguns doutrinadores não haveria a separação entre auto-organização e autolegislação. 2- O CESPE, por exemplo, é muito louco com isso, ora adota as quatro facetas, ora funde a autolegislção com a autoorganização. Assim como fazem alguns doutrinadores. Assim, você não deve considerar uma questão certa ou errada de cara, só porque está trazendo 3 ou 4 facetas, certo? 3- Aqui, estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado brasileiro possui nos limites do seu território, não se sujeitando a nenhumoutro poder de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da soberania. 4- Nem mesmo o ente federativo "União" possui soberania, a União possui apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Estados simples X Estados complexos: Um Estado pode se desenhar territorialmente com o reconhecimento ou não de autonomias regionais. Quando houver repartições regionais dotadas de DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 29 autonomia, estaremos diante de um Estado complexo ou composto. Quando não houver autonomias regionais com poder de se auto-organizarem, estaremos diante de um estado simples ou unitário. Os estados complexos são basicamente as federações e as confederações (embora existam outros tipos menos comuns como a União real ou União Pessoal). Estados simples centralizados, desconcentrados e descentralizados: Os estados, ainda que sejam simples, podem ser divididos em: o Centralizados ou puros – é aquele Estado onde todo o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário encontra-se centralizado em uma única esfera, e não há qualquer delegação de funções ou atribuições às autoridades regionais. o Desconcentrados – Embora seja formado também por uma única esfera de Poder, centralizada, existe a presença de autoridades locais, que exercem poderes em nome do governo central, facilitando a resolução de conflitos e aproximando o poder central da população. o Descentralizados – Existe uma maior autonomia das regiões que serão inclusive dotadas de personalidade jurídica, não havendo, no entanto, a autonomia para legislar. Federação x Confederação: Em uma federação temos um Estado fracionado em unidades autônomas. Nas confederações as unidades não são simplesmente autônomas, elas são soberanas. Assim, a federação é uma união indissolúvel, ou seja, os entes não têm o direito de secessão. Já nas confederações, os Estados podem se separar do bloco. Características da nossa Federação: 1) Indissolubilidade: isso ocorre pelo fato de os entes não possuírem o direito de secessão; 2) Cláusula pétrea expressa: a Constituição protegeu expressamente a forma federativa de Estado como uma cláusula pétrea (art. 60, §4º), impedindo assim que uma emenda constitucional possa vir a dissolver a Federação ou ofender o pacto federativo (autonomia dos entes federados); 3) Federação por segregação ou movimento centrífugo: diferentemente dos EUA, onde havia vários Estados que se “agregaram” DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 30 (movimento centrípeto) para formar um país, no Brasil tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em outros. 4) Federalismo de 2º grau (ou 3º grau, para alguns autores e CESPE): até a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, os Municípios não possuíam autonomia, a federação então era formada apenas pelas esferas federal e estadual. Após a promulgação da Constituição vigente, o país passou a ter um federalismo que alguns autores chamam de 2º grau (outros de 3º grau), reconhecendo os Municípios como autônomos e, assim, adotando uma espécie bem peculiar de federação. Obs.: importante salientar que a Constituição de 1988 inovou ao prever os Municípios como integrantes da federação. Em provas de concursos, deve-se ter cuidado com isto, pois, para o Direito Constitucional Geral, a federação ocorre apenas entre Estados. Não existe a figura dos Municípios como entes autônomos integrantes do conceito de federação – uma particularidade do Brasil. 5) Federalismo cooperativo: existe uma repartição de competências de forma que cada ente federativo contribuirá para a finalidade do Estado, havendo a previsão de competências que são comuns a todos, além de colaborações técnicas e financeiras para a prestação de alguns serviços públicos e repartição das receitas tributárias. Destacam-se nesse conceito as figuras dos consórcios públicos, convênios entre os entes federativos e a instituição pelos Estados das regiões metropolitanas para que possam articular um desenvolvimento igualitário de seus Municípios. 6) Federalismo assimétrico: não existe uma homogeneidade entre os entes federativos, há uma clara disparidade entre os diversos estados da federação, criando diversas peculiaridades regionais. 42. (ESAF/AFC-STN/2005) A divisão fundamental de formas de Estados dá-se entre Estado simples ou unitário e Estado composto ou complexo, sendo que o primeiro tanto pode ser Estado unitário centralizado como Estado unitário descentralizado ou regional. Comentários: Segundo a doutrina, os Estados se dividem territorialmente de duas maneiras: Estados simples ou unitários, que podem ser basicamente: o Centralizados ou puros; o Descentralizados; o Desconcentrados; Estados compostos ou complexos, que podem ser basicamente: o União pessoal; DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31 o União Real; o Confederação; ou o Federação. Gabarito: Correto. 43. (ESAF/AFTE-RN/2005)O Estado unitário distingue-se do Estado federal em razão da inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização administrativa do tipo autárquico. Comentários: A descentralização adminitrativa para se formar a administração indireta não rompe com o unitarismo do Estado, o qual só é prejudicado quando ocorre uma descentralização política formando-se entes federativos autônomos. Gabarito: Correto. 44. (ESAF/AFTE-RN/2005)Em um Estado federal temos sempre presente uma entidade denominada União, que possui personalidade jurídica de direito público internacional, cabendo a ela a representação do Estado federal no plano internacional. Comentários: Entendemos que a existência de um poder central é imprescindível para se formar uma federação, já que é ele o responsável pela ponderação dos interesses dos diversos membros da federação. O erro da questão está em afirmar que a União é pessoa jurídica de direito internacional, quando na verdade é de direito público interno. Gabarito: Errado. 45. (ESAF/AFC-CGU/2006)Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas. Comentários: A questão é um pouco mal formulada. Em síntese devemos observar que a federação é caracterizada por um poder central - a nossa União Federal – e os entes políticos regionais autônomos – Estados. Chamar o poder central de União é uma particularidade do ordenamento brasileiro, porém, nesta questão, a contrário sensu, podemos inferir que o pensamento ESAF é o seguinte: É DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 32 elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade- a União e as coletividades regionais autônomas. Gabarito: Errado. 46. (FCC/AJAA-TRT 8ª/2010) As finalidades básicas do princípio da indissolubilidade do vínculo federativo são a) a unidade nacional e a necessidade descentralizadora. b) o direito de secessão e a prevalência dos interesses da União sobre os Estados, Distrito Federal e Municípios. c) o direito de secessão e a necessidade de auto- organização. d) dúplice capacidade de auto-organização dos Estados e Municípios e sujeição aos interesses da União. e) dúplice capacidade de auto-organização dos Estados e Municípios e o direito de secessão. Comentários: A Constituição versa logo em seu art. 1º que a República Federativa do Brasil constitui uma “união indissolúvel”. Assim, a “indissolubilidade” é uma característica básica da nossa federação, ou seja, é terminantemente vedada qualquer ação de “secessão”. Os Estados e Municípios não podem se separar do vínculo federativo, eles não possuem esse “direito de secessão”. Como isso já sabemos, de cara, que estão erradas as letras B, C e E. Uma das finalidades desse vínculo, que se estabelece na forma de um “federalismo cooperativo”, é a necessidade descentralizadora. Os governos locais (municipais) estão mais próximos da população, conseguindo observar de perto as necessidades da população, estes interesses locais (municipais) são harmonizados pelos governos regionais (Estaduais) e por sua vez pelo governo federal. A letra A é a correta. A letra D fala ainda da “sujeição aos interesses da União”. Embora indissolúvel, a nossa federação é formada por entes autônomos, sem qualquer sujeição de interesses de um em relação ao outro, isso por que todos os entes da federação (Municípios, Estados, Distrito Federal e União), são dotados da “quádrupla” (ou “tríplice”) autonomia. Gabarito: Letra A. 47. (FCC/TCE-CE/2006)Confederação é a união permanente de dois ou mais Estados-membros, os quais, conservando sua autonomia político- administrativa, abrem mão de sua soberania, em favor do Estado Federal. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 33 Comentários: Os Estados que formam uma confederação, diferentemente dos que formam uma federação, são soberanos. Eles possuem o direito de secessão, ou seja, de se separar do bloco. A união deles acontece para que se aumente a força representativa internacional. Gabarito: Errado. 48. (FCC/TCE-CE/2006) Estado simples é aquele formado por mais de um Estado com alguns ou vários poderes públicos internos funcionando ao mesmo tempo. Comentários: O Estado simples é aquele unitário, onde não existe descentralizções do poder político. Assim, erra o enunciado ao falar em "formado por mais de um Estado" e "vários poderes públicos internos". Essas característica seria na verdade referentes a Estados complexos (federações e confederações) e não a Estados Unitários. Gabarito: Errado. 49. (CESPE/Agente de Seg. Penitenciária – SERES-PE/2017) Os estados-membros são entes autônomos, de modo que têm capacidade de autogoverno, autoadministração, autolegislação e auto-organização. Comentários: Os entes da nossa federação (União, Estados, DF e Municípios) possuem relativa independência entre si, esta independência, que chamaremos de autonomia, se manifesta através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes; 2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos municípios e do DF); 3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal. 4- Auto-Administração: capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 34 O CESPE, ora adota as quarta facetas, ora funde a autolegislção com a autoorganização. Assim como fazem alguns doutrinadores. Dessa vez, cobrou as quatro facetas. Gabarito: Correto. 50. (CESPE/Agente de Seg. Penitenciária – SERES-PE/2017) A autonomia dos municípios não lhes confere capacidade de autoadministração e de autolegislação. Comentários: Todos os entes da nossa federação possuem a “GOLA” da autonomia, ou seja, a capacidade de: AutoGoverno Auto-Organização AutoLegislação Auto-Administração Gabarito: Errado. 51. (CESPE/Analista-CADE/2014) A organização políticoadministrativa da República Federativa do Brasil compreende os entes da Federação, que possuem a tríplice capacidade da autonomia: auto-organização, autogoverno e autoadministração. Comentários: Exatamente, os entes federados possuem auto-organização, autogoverno e autoadministração. Para alguns doutrinadores, ainda poderíamos dividir a auto- organização em auto-legislação, fazendo 4 facetas. Gabarito: Correto. 52. (CESPE/Analista- TCDF/2014) A autonomia dos estados-membros caracteriza-se pela sua capacidade de auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração, ao passo que a soberania da União manifesta-se em todos esses elementos e, ainda, no que concerne à personalidade internacional. Comentários: O erro está em afirmar que quem detém soberania é a União, uma vez que este ente é uma pessoa jurídica de direito interno. Por seu turno, é a República Federativa do Brasil que detém soberania e personalidade internacional. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 35 Gabarito: Errado. d) Sistema de governo – Modo por meio do qual se relacionam os órgãos dos Poderes do Estado (especialmente Executivo eLegislativo). Existem basicamente dois sistemas de governo: o presidencialismo e o parlamentarismo. No Presidencialismo, o Poder Executivo tem uma grande independência em relação ao Legislativo. No parlamentarismo ocorre uma maior dependência entre estes poderes já que eles atuam em colaboração. Chefe de Estado É o membro do Poder Executivo que exerce o papel de representante do Estado, principalmente no âmbito externo, mas também como representante moral perante o povo, no âmbito interno. Chefe de Governo É o membro do Poder Executivo responsável por chefiar o governo, ou seja, a direção das políticas públicas em âmbito interno. • No presidencialismo, temos a unicidade da chefia. • No parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia. Existe uma pessoa como o chefe de Estado e outra como chefe de governo Outras características do parlamentarismo: • O Poder Legislativo, por ter legitimidade democrática, é o responsável pelo “controle do governo”, não se limitando a fazer as leis, mas tomando decisões políticas fundamentais para o país. • Por ser o responsável por controlar o governo, o Parlamento pode destituir o Gabinete (o conjunto dos Ministros), por razões exclusivamente de ordem política. (Diferente do Presidencialismo, onde o impeachment é só para o Presidente e acontece em razão de crimes de responsabilidade). • O chefe do Executivo não é eleito pelo voto popular. As funções executivas serão desempenhadas por um primeiro-ministro, escolhido pelo partido que detivera representação majoritária no Poder Legislativo, de forma que ele tenha apoio do Parlamento para governar. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 36 Sistema diretorial de governo (governo de assembléia): Deixando de lado o Presidencialismo e o Parlamentarismo, é importante ainda citarmos o chamado sistema de governo diretorial. No sistema diretorial, ou “governo de Assembléia”, existe um diretório (órgão colegiado) formado por membros do parlamento, e é este diretório que irá exercer o poder. Desta forma, praticamente inexiste o Poder Executivo, já que ele está completamente subordinado ao Parlamento que inclusive é responsável por eleger os membros daquele Poder. Monarquia Parlamentarista e Monarquia Presidencialista: O presidencialismo é um sistema político típico das repúblicas, porém nada obsta que haja (excepcionalmente) uma monarquia presidencialista. A distinção básica entre o presidencialismo e o parlamentarismo está na unicidade da chefia naquele e na dualidade de chefia que ocorre neste. Nas monarquias atuais típicas - monarquias parlamentaristas - temos o rei como chefe de Estado, porém o governo fica nas mãos do parlamento através do primeiro-ministro. Em uma monarquia presidencialista, teríamos a unicidade de chefia nas mãos do Monarca, que seria não só chefe de Estado, mas também seria o líder do governo. Essas monarquias têm a tendência de se tornarem absolutistas, por isso são evitadas. Muita dúvida é gerada pelo fato de na Espanha termos o "rei" e o "presidente". Acontece que a Espanha é uma monarquia parlamentarista, o nome "presidente" nada mais é do que denominação dada ao primeiro-ministro daquele país. 53. (FCC/Agente de Fiscalização-ARTESP/2017) No sistema parlamentarista, a) o Parlamento não poderá destituir o Gabinete (conjunto de Ministros) por razões exclusivamente de ordem política. b) o Poder Legislativo, representado pelo Parlamento Nacional, além de fazer leis, também é responsável pelo controle do governo, tomando posições políticas fundamentais. c) as funções executivas serão desempenhadas por um Primeiro-Ministro, que poderá ou não ser escolhido pelo partido com maior representação no Poder Legislativo. d) os países com sistemas parlamentares são sempre monarquias constitucionais, não se admitindo, no parlamentarismo, a forma de governo republicana. DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 37 e) Chefe de Estado e Chefe de Governo são cargos exercidos necessariamente pela mesma pessoa. Comentários: Excelente questão que nos permite fazer um resumo do sistema parlamentarista de governo, vamos lá: • Dualidade de chefia – Temos um chefe de governo (Primeiro-ministro) e um chefe de Estado (Rei ou Presidente). • O Poder Legislativo, por ter legitimidade democrática, é o responsável pelo “controle do governo”, não se limitando a fazer as leis, mas tomando decisões políticas fundamentais para o país. • Por ser o responsável por controlar o governo, o Parlamento pode destituir o Gabinete (o conjunto dos Ministros), por razões exclusivamente de ordem política. (Diferente do Presidencialismo, onde o impeachment é só para o Presidente e acontece em razão de crimes de responsabilidade). • O chefe do Executivo não é eleito pelo voto popular. As funções executivas serão desempenhadas por um primeiro-ministro, escolhido pelo partido que detiver a representação majoritária no Poder Legislativo, de forma que ele tenha apoio do Parlamento para governar. Gabarito: Letra B. 54. (FCC/TCE-CE/2006) Parlamentarismo é a forma de governo em que há profunda independência entre os Poderes Legislativo e Executivo, que são exercidos por pessoas diferentes, podendo o Primeiro-Ministro indicado pelo Chefe do Executivo, ser destituído por decisão da maioria do Legislativo, através da aprovação de moção de desconfiança. Comentários: Parlamentarismo é sistema de governo e não forma de governo, esta seria Monarquia ou República. Gabarito: Errado. 55. (FCC/TCE-CE/2006) Sistema diretorial de governo, é aquele no qual existe total subordinação do Poder Legislativo ao Executivo, que concentra, em sua totalidade, o poder político estatal, sendo que o colegiado de governantes é indicado pelo Chefe do Executivo, para exercício do mandato com prazo indeterminado. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 38 No sistema diretorial, ou “governo de Assembléia”, existe um diretório (órgão colegiado) formado por membros do parlamento, e é este diretório que irá exercer o poder. Desta forma, praticamente inexiste o Poder Executivo, já que ele está completamente subordinado ao Parlamento que inclusive é responsável por eleger os membros daquele Poder. Assim, a questão encontrasse completamente às avessas. Gabarito: Errado. 56. (ESAF/TCU/2006)Imagine que uma certa constituição disponha que o exercício das funções do Poder Executivo é dividido entre um Chefe de Estado e um Chefe de Governo. Este último é escolhido entre os integrantes do Poder Legislativo e depende da vontade da maioria do parlamento para se manter no cargo. De seu turno, em certas circunstâncias, o Executivo pode dissolver o Legislativo, convocando novas eleições. A partir dessas considerações, é certo dizer: a) Uma tal constituição, pelas características acima delineadas, introduz a forma federativa de Estado. b) Um Estado-membro no Brasil poderia, se quisesse, adotar o mesmo regime referido no enunciado da questão. c) De uma constituição como a referida pode-se afirmar, com segurança, que se classifica como uma constituição flexível, instituindo um regime tipicamente antidemocrático, na medida em que permite um autêntico golpe de Estado (a dissolução do parlamento pelo Executivo). d) A constituição aludida assumiu característica própria de regime parlamentarista, em que a separação entre os poderes do Estado não costuma ter a mesma rigidez do regime presidencialista. e) De acordo com a informação dada, a norma constitucional referida consagra regime parlamentarista, Estado unitário e apresenta característica de constituição flexível. Comentários: Letra A - Estado federal, não tem nada haver com isso. Trata-se de um Estado cujo modo de distribuição geográfica do poder político se da com a formação de entidades autônomas. Letra B - Os Estados-membros, embora tenham auto-organização, esta sofre limites, reconhecidos pela Jurisprudência e pela Doutrina, além de ter de observar certas diretrizes. Pelo princípio da simetria federativa, impõe então uma obrigatoriedade para que o Estado observe certos princípios fundamentais da Constituição, e um deles, de observância obrigatória, é o sistema de governo, que deve ser nos moldes do "presidencialismo", sendo o Governador o DIREITO CONSTITUCIONAL – Receita Federal Aula 0- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 39 chefe do Executivo estadual. É completamente vedado que um Estado ou Município escolha o parlamentarismo como seu sistema de governo. Letra C - Viagem pura! Constituição flexível é aquela que o procedimento para alterar seu texto é simples, o mesmo do estabelecido para as leis ordinárias. Letra D - Agora sim,
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