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Caderno do Professor Educação Física 1 Ano do EM vol. 1

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Prévia do material em texto

1a SÉRIE 
ENSINO MÉDIO
Caderno do Professor
Volume 1
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR 
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO MÉDIO
1a SÉRIE
VOLUME 1
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta 
Coordenadora de Gestão da 
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de 
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, 
Monitoramento e Avaliação 
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e 
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e 
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que 
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula 
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com 
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação 
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste 
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização 
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações 
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca 
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso 
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. 
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São 
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades 
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, 
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade 
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas 
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam 
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a 
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. 
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu 
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar 
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. 
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 6
Tema 1 – Esporte coletivo: basquetebol 9
Situação de Aprendizagem 1 – Apreciar e analisar um jogo de basquetebol 14
Situação de Aprendizagem 2 – Os sistemas do basquetebol 16
Situação de Aprendizagem 3 – Nossas estratégias para jogar basquetebol são... 19
Atividade Avaliadora 21
Proposta de Situações de Recuperação 22
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 22
Tema 2 – Corpo, saúde e beleza 24
Situação de Aprendizagem 4 – Espelho, espelho meu... 29
Situação de Aprendizagem 5 – Balança energética 34
Atividade Avaliadora 39
Proposta de Situações de Recuperação 40
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 40
Tema 3 – Atividade rítmica: o ritmo no esporte, na luta, na ginástica e na dança 43
Situação de Aprendizagem 6 – Do ritmo próprio ao ritmo nas manifestações 
da Cultura de Movimento 46
Atividade Avaliadora 51
Proposta de Situações de Recuperação 51
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a 
compreensão do tema 52
Tema 4 – Esporte individual: ginástica rítmica 53
Situação de Aprendizagem 7 – Os aparelhos da ginástica rítmica 56
Situação de Aprendizagem 8 – Aprendendo a apreciar um espetáculo esportivo 59
Atividade Avaliadora 64
Proposta de Situações de Recuperação 64
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para 
a compreensão do tema 64
Tema 5 – Corpo, saúde e beleza 65
Situação de Aprendizagem 9 – A construção histórica e cultural dos padrões 
estéticos e a minha beleza 72
Situação de Aprendizagem 10 – Tribunal da beleza 78
Atividade Avaliadora 81
Proposta de Situações de Recuperação 81
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para 
a compreensão do tema 81
Quadro de conteúdos do Ensino Médio 83
6
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
A Educação Física no Ensino Médio deve 
possibilitar que os alunos confrontem suas 
experiên cias de Se-Movimentar no âmbito da 
Cultura de Movimento juvenil com outras dimen-
sões do mundo contemporâneo, gerando conteú-
dos mais próximos de sua vida cotidiana. Assim, 
a Educação Física pode se tornar mais relevante 
para eles, não só durante o tempo e o espaço da 
escolarização, mas, e principalmente, auxiliando-
-os a compreender a Cultura de Movimento de 
forma mais crítica. Isso lhes possibilitará parti-
cipar e intervir nessa cultura com mais recursos 
e de forma mais autônoma. Vale lembrar que 
os alunos de Ensino Médio, ao longo dos ciclos 
anteriores de escolarização, já vivenciaram um 
amplo conjunto de experiências de Se-Movimen-
tar, incluindo o contato com as codificações das 
culturas esportiva, gímnica, rítmica e das lutas.
Podemos, então, definir como objetivos ge-
rais da Educação Física no Ensino Médio: a 
compreensão do jogo, do esporte, da ginástica, 
da luta e da atividade rítmica como fenômenos 
socioculturais em sintonia com os temas do 
nosso tempo e com a vida dos alunos, amplian-
do os conhecimentos no âmbito da Cultura de 
Movimento; e a ampliação das possibilidades 
de significados e sentido das experiências de 
Se-Movimentar em jogos, esportes, ginásticas, 
lutas e atividades rítmicas, rumo à construção 
de uma autonomia crítica e autocrítica. 
Tomando-se por base essas considerações, 
vislumbra-se o Currículo de Educação Física no 
Ensino Médio como uma rede de inter-relações 
que partem dos cinco grandes eixos de conteúdo 
(jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rít-
mica) e se cruzam com eixos temáticos inter-
disciplinares relevantes na sociedade, gerando 
subtemas a serem tratados como conteúdos ao 
longo das três séries. Os eixos temáticos esco-
lhidos (corpo, saúde e beleza; contemporanei-
dade; mídias; e lazer e trabalho) justificam-se 
por estarem relacionados à construção da Cul-
turade Movimento contemporânea e por se-
rem importantes e atuais para a formação de 
um jovem no Ensino Médio. 
Neste volume da 1a série, discutem-se os 
temas “Esporte” e “Corpo, saúde e beleza”, 
os quais não se limitam a esta série ou vo-
lume, pois aparecerão ao longo de todo o 
Ensino Médio. 
Em relação ao tema “Esporte”, pretende-
-se considerar uma modalidade esportiva co-
letiva conhecida pelos alunos, ou seja, que já 
tenha sido abordada em suas aulas de Educa-
ção Física do Ensino Fundamental. Sugere-se 
que a escolha da modalidade leve em conta, 
entre outros fatores, os interesses dos alunos e 
o contexto local. O basquetebol será tomado 
como exemplo neste volume. O objetivo, neste 
momento, não é apenas repetir um conteú do já 
desen volvido, mas proporcionar conteúdos 
e atividades que facilitem aos alunos a com-
preensão de que os sistemas de jogo e as táticas 
utilizadas pelas equipes permitem uma prática 
Entende-se por Cultura de Movimento o conjunto de significados ou sentidos, símbolos e códigos 
que se produzem e reproduzem dinamicamente em jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas, 
ginásticas etc., influenciando, delimitando, dinamizando e constrangendo o Se-Movimentar dos sujei-
tos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.
O Se-Movimentar é a expressão individual e grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento; é a re-
lação que o sujeito estabelece com essa cultura com base em seu repertório (informações e conhecimentos, 
movimentos, condutas etc.), em sua história de vida, em suas vinculações socioculturais e em seus desejos. 
7
Educação Física – 1ª série – Volume 1
mais qualificada, bem como contribuem para a 
apreciação do espetáculo esportivo. 
A importância do tema “Corpo, saúde e 
beleza” centra-se no fato de que as doenças 
relacionadas ao sedentarismo (hipertensão, 
diabetes, obesidade etc.) e, de outro lado, o 
insistente chamamento para que se alcancem 
determinados padrões de beleza corporal, em 
associação com produtos e práticas alimenta-
res e de exercício físico, entre outros fatores, 
colocam os alunos do Ensino Médio na “linha 
de frente” dos cuidados com o corpo e a saúde.
Esse tema aborda, também, a questão dos 
padrões e estereótipos de beleza corporal e 
oportuniza o reconhecimento de seus riscos e 
benefícios à saúde orgânica, com ênfase no cál-
culo do balanço energético, relacionando-o ao 
consumo de alimentos, ao gasto com exercícios 
físicos e à obesidade. O exame dos indicadores 
que levam à construção das representações so-
ciais, no que concerne aos estereótipos, permi-
tirá que os alunos elaborem uma perspectiva 
crítica e autocrítica sobre esse fenômeno. 
Na sequência, são contempladas as re-
lações desses padrões com os diferentes 
contextos histórico-culturais que os condi-
cionam e com os interesses mercadológicos 
envolvidos. A finalidade é que os alunos per-
cebam as representações da beleza em seu 
próprio grupo sociocultural, identifiquem 
e critiquem os recursos (exercícios físicos, 
produtos e práticas alimentares) voltados à 
busca de padrões de beleza.
O tema “Atividade rítmica” partirá do 
pressuposto de que o ritmo, entendido como 
organização do tempo e considerado em sua eti-
mologia original (aquilo que flui, que se move), 
está presente em todos os outros conteúdos e, 
ao mesmo tempo, é bem visível nas manifesta-
ções da Cultura de Movimento, que se caracte-
rizam pela intenção explícita de expressão por 
meio de movimentos e gestos coreografados na 
presença de sons, música e canções. Assim, a 
Situação de Aprendizagem proposta buscará 
fazer que os alunos percebam o ritmo como or-
ganização expressiva do movimento, usando, 
para fins de exemplificação, algumas modali-
dades esportivas coletivas. 
É também o ritmo que estará em destaque 
na retomada do tema “Esporte”, quando a gi-
nástica rítmica será discutida como exemplo de 
modalidade individual conhecida dos alunos, 
tendo sido abordada nas aulas de Educação 
Física no Ensino Fundamental. O objetivo 
agora é evidenciar a importância das técnicas 
e táticas para o desempenho no esporte, como 
também para a apreciação do espetáculo espor-
tivo. Pretende-se que os alunos possam, além 
de realizar os diferentes gestos e movimentos 
da ginástica rítmica, ser capazes de apreciar e 
analisar técnicas e táticas em uma sequência de 
exercícios. Contudo, o projeto político-pedagó-
gico da escola poderá optar pelo atletismo ou 
pela ginástica artística, com o mesmo enfoque, 
levando em conta os interesses dos alunos e o 
contexto local.
As estratégias escolhidas – que incluem a 
realização de gestos e movimentos, a participa-
ção em jogos, a busca de informações, a assis-
tência e análise de vídeos, o debate, a tomada 
de medidas corporais, o relato das próprias 
percepções e a resolução de situações-proble-
ma – procuram ampliar as possibilidades de 
aprendizagem e compreensão por parte dos 
alunos no âmbito da Cultura de Movimento.
 A avaliação é proposta de modo integrado 
ao processo de ensino e aprendizagem, sem se 
restringir a procedimentos isolados e formais 
(como uma prova, por exemplo). Sugere-se pri-
vilegiar a proposição de Atividades Avaliadoras 
que, vinculadas ao percurso da aprendizagem, 
favoreçam a elaboração de sínteses relacionadas 
aos temas e conteúdos abordados, bem como a 
aplicação, em situações-problema, das habilida-
des e competências pretendidas para os alunos.
8
As Atividades Avaliadoras devem permi-
tir aos alunos a geração de informações ou 
indícios, qualitativos e quantitativos, verbais 
e não verbais, que serão interpretados pelo 
professor, nos termos das competências e 
habilidades que se pretende desenvolver em 
cada tema/conteúdo. Nesse sentido, professor, 
você pode valer-se de observações sistemáti-
cas sobre interesse, participação e capacidade 
de cooperação do aluno, autoavaliação, tra-
balhos e provas escritas, resolução de situa-
ções-problema, elaboração e apresentação 
de situações táticas nos esportes coletivos, 
dramatizações, entre outros recursos.
Por fim, é importante lembrar que a avalia-
ção não tem como finalidade primeira atribuir 
conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá-
-los sobre suas aprendizagens, assim como pro-
blematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica 
para que essas expectativas sejam atingidas.
A quadra é o tradicional espaço da aula de 
Educação Física, porém algumas Situações 
de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser 
desenvolvidas na sala de aula, no pátio exter-
no, na biblioteca, na sala de informática ou de 
vídeo, bem como em espaços da comunidade 
local, desde que compatíveis com as atividades 
programadas. Algumas etapas podem ser tam-
bém realizadas pelos alunos como atividade 
extra-aula (pesquisas, produção de textos etc.). 
As orientações e sugestões a seguir ob-
jetivam oferecer-lhe subsídios para o desen-
volvimento dos temas apresentados. Não 
pretendem apresentar as Situações de Apren-
dizagem como as únicas a serem realizadas, 
nem restringir a sua criatividade, como pro-
fessor, para elaborar outras atividades ou va-
riações de abordagem dos mesmos temas.
As Situações de Aprendizagem aqui pro-
postas também poderão ser enriquecidas 
com leitura de textos (adequados ao Ensino 
Médio) e exibição de filmes relacionados aos 
temas. Sugestões nesse sentido serão apresen-
tadas ao longo deste volume.
Isso posto, professor, bom trabalho!
9
Educação Física – 1ª série – Volume 1
TEMA 1 – ESPORTE COLETIVO: BASQUETEBOL
O esporte é um conteúdo importante da 
Educação Física e talvez um dos que mais 
motivam os alunos. De fato, compreende-
-se esse interesse pelo esporte em virtude da 
dimensão que esse fenômeno alcançou nas 
últimas décadas. As mídias (televisão, jor-
nais, internet etc.) ocupam muito espaço e 
tempo para difundirnotícias do esporte, da 
vida dos atletas, dos recordes, das medalhas, 
das jogadas espetaculares. Há canais de te-
levisão e jornais exclusivamente esportivos. 
Além disso, o esporte difundido pelas mí-
dias tem gerado ídolos e mitos que passam 
a ser exemplos para jovens e crianças cujo 
sonho é repetir aqueles gestos, ascender na 
carreira esportiva e alcançar a desejada mo-
bilidade social.
Tratar do esporte a partir de seus sistemas 
de jogo e de suas táticas não significa que o ob-
jetivo da aula deva ser o treinamento esportivo. 
Afinal, não é o propósito da Educação Física 
escolar especializar os alunos em nenhuma mo-
dalidade esportiva. Pretende-se que eles sejam 
capazes de compreender que o esporte pode ser 
praticado com sistemas de jogo e táticas mais 
elaborados, e que isso faz o jogo ser mais bem 
estruturado. Ainda mais importante que isso é 
mostrar aos alunos que todos podem e devem 
praticar esporte e que podem fazer isso com 
mais autonomia, consciência e qualidade. Nes-
se nível, a prática esportiva poderá gerar prazer 
em vez de frustração, fazendo as pessoas esta-
belecerem contato em quadras, parques, clubes 
e escolas, em seus momentos de lazer.
Figura 1 – Esporte coletivo.
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Figura 2 – A compreensão das táticas nos esportes coletivos, como o futebol, permite uma prática mais qualificada.
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Várias pessoas, em sua vida adulta, relatam 
dificuldades com a prática esportiva. Algumas 
até detestam qualquer atividade com bola, 
relatando traumas originários das aulas de 
Educação Física, como a exclusão por parte 
dos companheiros, a autoexclusão ou simples-
mente a falta de oportunidade para experi-
mentar tais atividades.
Há quem relate o gosto pela prática espor-
tiva, mas sem conseguir realizá-la com um ní-
vel mínimo de organização e conhecimento, 
atribuindo essa capacidade aos atletas de alto 
rendimento. É óbvio que os atletas de nível 
elevado praticam alguma modalidade espor-
tiva com mais destreza, em virtude do próprio 
tempo de treino, uma vez que a relação que 
eles mantêm com o esporte é de trabalho. É 
importante que os alunos compreendam, po-
rém, que os sistemas de jogo e as formas tá-
ticas de seu desenvolvimento também podem 
ser aprendidos, aperfeiçoados e exercitados 
nas aulas de Educação Física, gerando me-
lhoria na prática.
No Currículo de Educação Física, as mo-
dalidades esportivas coletivas serão compreen-
didas a partir da categoria esporte coletivo, 
que reúne o futsal, o handebol, o basquete-
bol, o voleibol, o futebol de campo e outras 
atividades menos praticadas. De fato, em 
todas elas, duas equipes disputam um imple-
mento (a bola), criando táticas para levá-lo 
a um alvo, ao mesmo tempo que devem pro-
teger o próprio alvo das investidas da equipe 
adversária (BAYER, 1994).
Nessa abordagem, a técnica não se restrin-
ge à execução mecanicamente perfeita de um 
movimento específico para o jogo, mas se am-
plia ao conjunto dos modos de fazer necessá-
rios para sua prática; e a tática não se reduz 
ao sistema de jogo definido pelo professor, mas 
inclui razões do fazer, que orientam as ações 
exigidas pela própria situação. A técnica não 
existe sem a tática e o contrário é igualmente 
verdadeiro. O que deve ser feito numa situação 
de jogo (a técnica) é demandado pelas exigên-
cias da situação (a tática). 
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11
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Tradicionalmente, o basquetebol, por exem-
plo, foi ensinado a partir de seus elementos téc-
nicos, também chamados de fundamentos do 
jogo: o drible, o passe, a bandeja, o arremesso, o 
jump etc. O voleibol resumia-se à reunião dos fun-
damentos de toque, manchete, cortada, bloqueio 
e saque. O futsal era dividido em recepção, passe, 
drible, chute etc. Uma modalidade esportiva era 
fragmentada em elementos técnicos, e o seu en-
sino seguia hierarquicamente as partes do jogo, 
que deveriam ser reunidas ao final do processo.
A execução técnica é requerida para se prati-
car uma modalidade esportiva, mas não garante 
uma ação inteligente. É uma condição necessá-
ria, porém não suficiente. A questão principal 
não é arremessar uma bola com precisão à cesta, 
ou chutar forte em direção ao gol, ou cortar uma 
bola com força no voleibol – a precisão pode ser 
alcançada com a prática repetitiva por aqueles 
que assim a desejarem. A questão principal é sa-
ber para quê, quando e como executar determina-
da ação, uma vez que as situações que ocorrem 
nas modalidades esportivas coletivas são impre-
visíveis e exigem constantes adaptações.
Portanto, cabe à Educação Física estimular 
os alunos a compreender a dinâmica tática do 
esporte coletivo, a fim de que saibam, numa 
situação real de jogo, o que taticamente se-
ria melhor fazer, tanto em termos individuais 
como coletivos.
Garganta (1998, apud SILVA e ROSE 
JR., 2005) define quatro fases de prática do 
esporte coletivo, denominadas em ordem de 
organização crescente: (1) jogo anárquico; (2) 
descentração; (3) estruturação; e (4) elabora-
ção. Essa classificação não depende somente 
do nível técnico dos praticantes, mas de três va-
riáveis indissociáveis: (a) comunicação entre os 
jogadores; (b) estruturação no espaço de jogo; 
e (c) relação com a bola. Dessa maneira, a for-
ma mais simples de jogo, o anárquico, é aquela 
em que os praticantes se aglutinam em torno 
da bola, não utilizam adequadamente os espa-
ços da quadra ou do campo, movimentam-se 
apenas em torno da bola e comunicam-se prio-
ritariamente de forma verbal. A intenção é que 
os alunos possam avançar nas fases do jogo, 
compreendendo-o melhor e executando ações 
mais inteligentes. 
A forma mais elaborada de jogo prevê pra-
ticantes mais afinados com a bola, que se mo-
vimentam taticamente pelo espaço de jogo, 
mesmo que estejam sem a posse dela, já ante-
cipando os passes, tentando se deslocar para 
onde ela deverá ir, além de não necessitarem 
tanto da linguagem verbal para pedir o objeto 
para si. Há uma comunicação e uma movimen-
tação taticamente inteligente não só de cada 
jogador, mas do grupo como um todo.
É importante ressaltar que essas quatro fa-
ses estão relacionadas aos níveis de compreen-
são do jogo. Dessa forma, pode haver grupos 
de crianças que consigam praticar essa mo-
dalidade esportiva de forma mais elaborada e 
adultos que ainda estejam presos a modelos 
anárquicos de prática. 
No caso dos alunos de Ensino Médio, 
espera-se que já tenham abandonado o jogo 
anárquico e mostrem-se capazes de praticar 
o esporte coletivo de forma mais organiza-
da em termos táticos, tanto individual como 
coletivamente. Ao professor, cabe fazer que 
os alunos compreendam que são capazes de 
praticar o esporte em níveis mais qualificados, 
chegando a formas elaboradas de jogo, ainda 
que não venham a se tornar atletas. 
Em relação ao espetáculo esportivo, é im-
portante garantir aos alunos de Ensino Médio 
a possibilidade de sua apreciação de forma 
mais tática. Isso lhes permitirá uma análise do 
jogo esportivo para além do ganhar ou perder 
ou do torcer de forma passional para seu time 
vencer e, assim, compreender que a dinâmica 
tática das equipes é importante para o resul-
tado do jogo.
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Figura 3 – A compreensão das táticas permite uma apreciação mais qualificada do 
esporte televisivo.
Figura 4 – Jovens jogando basquetebol ao ar livre ou na quadra da escola.
Professor, para iniciar o tema, solici-te aos alunos que façam a leitura do 
texto reproduzido na seção “Para 
começo de conversa”, do Caderno 
do Aluno, e respondam às questões propostas.
Este esporte não é inédito na escola, pois já 
foi trabalhado no Ensino Fundamental. Talvez 
você o pratique em parques, clubes e no interva-
lo das aulas. Quem sabe até você seja um prati-
cante de streetball (basquetebol de rua) ou um 
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
espectador de jogos de basquete. Quase posso 
ouvir seu pensamento: “Tudo de novo...”. Mas 
você se engana! No Ensino Fundamental, você 
vivenciou diversas situações nas quais aprendeu 
noções de técnica e tática, desenvolveu a agilida-
de (lembra-se dela?) e outras capacidades físicas 
relacionadas às diversas modalidades. Agora, 
vai dar continuidade à construção e à ressigni-
ficação de conceitos para compreender mais e 
melhor o basquetebol. Você deve estar se per-
guntando: “Para que eu deveria saber isso?” Vou 
lhe dar um exemplo: Você se lembra de como era 
o jogo nas séries iniciais? Aposto que todo mun-
do se deslocava em direção à bola, sem aprovei-
tar os espaços da quadra – é o que chamamos de 
jogo anárquico. Mas isso já faz tempo, não faz? 
Hoje você já compreende que deve se deslocar, 
mesmo não estando com a posse de bola, e que 
toda a equipe precisa se movimentar a fim de 
atingir o objetivo (cesta, gol etc.). 
Agora, nesta fase, você compreenderá as 
táticas defensivas e ofensivas do basquetebol. 
Mas, antes, responda a estas questões:
1. O que é marcação individual?
Cada jogador marca um adversário específico.
2. O que é marcação por zona?
Os defensores atuam em determinados setores.
3. O que caracteriza a ação ofensiva de uma 
equipe?
A posse de bola por essa equipe.
4. Qual a diferença entre técnica e tática?
Técnica é a execução de um movimento em que, para sua 
prática, se considera o conjunto dos modos de fazê-lo. Tá-
tica é o conjunto de estratégias adotadas por meio dos sis-
temas, orientadas segundo as razões do fazer exigidas pela 
situação de jogo.
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Figura 5 – Competição oficial. Figura 6 – Jogando no intervalo escolar.
14
As modalidades esportivas coletivas fazem 
parte da vida cotidiana dos alunos e estão na 
rua, no clube, na escola, nas matérias televisivas 
etc. No entanto, muitos alunos apresentam difi-
culdades para compreender e analisar técnica e 
taticamente a partida de uma modalidade espor-
tiva coletiva. Será que os alunos reconhecem os 
motivos que levam uma equipe a vencer outra em 
uma modalidade esportiva coletiva pelos aspectos 
técnico e tático? Quais são as características táticas 
defensivas e ofensivas em um jogo de basquete-
bol? A sugestão nesta Situação de Aprendizagem 
é a apreciação, para posterior análise, de alguns 
princípios técnico-táticos de um jogo de basque-
tebol. Essa apreciação pode ser feita pelos alunos 
em conjunto com você, professor. 
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 1
Etapa 1 – Um jogo de basquetebol
Apresente, em sala de aula, uma partida, um 
período ou um quarto de jogo de basquetebol 
previamente gravado e solicite aos alunos que 
procurem perceber os sistemas de jogo utilizados 
pelas equipes, bem como a relação de oposição 
entre os sistemas, uma vez que um tenta anular 
o outro. Solicite ainda aos alunos que procu-
rem perceber a dinâmica tática apresentada pe-
las equipes, em termos de ocupação do espaço, 
ritmo de jogo, comunicação entre os jogadores, 
domínio de bola, transição da defesa para o ata-
que e retorno para a defesa. Se julgar necessário, 
divida a classe em grupos e estabeleça o que cada 
grupo pode observar durante o jogo.
Etapa 2 – Registro das observações 
analisadas
Com base nas observações dos alunos, resu-
ma os sistemas de jogo verificados na etapa an-
terior, destacando, posteriormente, os principais 
elementos a serem vivenciados na quadra. Pro-
cure mostrar também as vantagens obtidas pelas 
equipes em cada momento do jogo, em decorrên-
cia da realização de determinadas ações táticas. 
É importante sensibilizar os alunos para que 
percebam que um jogo de basquetebol se cons-
titui em um conjunto de ações táticas, tanto no 
plano individual como no coletivo, e que nor-
malmente vence a equipe que realiza essas ações 
de forma mais coordenada e elaborada.
Para finalizar esta etapa, proponha aos 
alunos que, em grupos, registrem os aspectos 
considerados mais importantes referentes às 
ações táticas individuais e coletivas para uma 
modalidade coletiva. Vale ressaltar que todos 
os aspectos observados pelos alunos dos gru-
pos precisam ser registrados.
Conteúdos e temas: sistemas de jogo e táticas em modalidade esportiva coletiva; basquetebol.
Competências e habilidades: analisar, do ponto de vista técnico-tático, um jogo de basquetebol assistido 
pela televisão ou presencialmente; valorizar o conhecimento dos sistemas de jogo e das táticas como 
fator importante para a apreciação do espetáculo esportivo.
Sugestão de recursos: televisor, DVD; aparelho de DVD; computador.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 
APRECIAR E ANALISAR UM JOGO DE BASQUETEBOL
15
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Professor, solicite que os alunos 
investiguem a classificação da 
equipe feminina brasileira de 
basquetebol nos Jogos Olímpi-
cos. Para isso, sugira que realizem a ativida-
de descrita na seção “Pesquisa individual”, 
do Caderno do Aluno.
O basquetebol feminino brasileiro, que 
teve sua época de ouro com a dupla Hor-
tência e Paula, esteve entre as oito melhores 
equipes nas Olimpíadas de 1992 a 2008, ex-
ceto em uma. Pesquise, conforme o exem-
plo dado na tabela, e assinale qual foi essa 
Olimpíada.
Olimpíada (local) Ano Colocação
Barcelona 1992 7o
1996
2000
2004
2008
Que avaliação você faz do desempenho da 
seleção brasileira feminina de basquetebol 
nesse período? A modalidade está progredin-
do? Por quê?
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno perceba a que-
da no desempenho da seleção feminina de basquetebol, o 
que possibilitaria a discussão sobre uma possível ausência de 
renovação na equipe, bem como pouco investimento nas 
categorias de base, além da precária organização da modali-
dade, baixo investimento financeiro.
1. A seleção brasileira masculina de 
basquetebol teve um atleta apelida-
do de “Mão Santa”, com os seguin-
tes recordes:
 f Maior número de Olimpíadas: 5
 f Mais pontos em Olimpíadas: 1 093
 f Maior número de vezes considerado 
“cestinha” em Olimpíadas: 3
 f Mais cestas de 3 pontos, 2 pontos e lan-
ces livres em Olimpíadas
 f Mais minutos jogados em Olimpíadas
 f Mais pontos totais em campeonatos 
mundiais: 893
 f Mais pontos em um jogo olímpico: 55, 
contra a Espanha em 1988
 f Mais pontos em um jogo de campeo-
nato mundial: 52, contra a Austrália 
em 1990
Quem é esse jogador? 
Oscar Schmidt.
 2. Durante as aulas, você teve a oportunidade 
de analisar alguns sistemas de jogo. Con-
siderando os conhecimentos abordados 
nessas aulas, você consegue lembrar por 
que determinados alunos tiveram mais ou 
menos facilidade para concretizar suas in-
tenções táticas e técnicas no jogo?
Espera-se que o aluno consiga perceber que, apesar de de-
terminados alunos dominarem melhor a bola (por terem 
maior experiência no esporte), o desempenho desses joga-
dores estará também diretamente relacionado a como ele 
age técnica e taticamente diante da equipe adversária, bem 
como perante sua própria equipe.
16
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 
OS SISTEMAS DO BASQUETEBOL
importância dos sistemas táticos no desem-
penho esportivo e na apreciação do espor-
te comoespetáculo. Os alunos vivenciarão 
algumas situações táticas analisadas na Si-
tuação de Aprendizagem anterior com a in-
tenção de perceber os sistemas defensivos e 
ofensivos no basquetebol.
por todas as posições, tanto de ataque como 
de defesa, a fim de que compreendam me-
lhor as características de cada uma delas.
Agora, professor, peça aos alunos 
que atentem para a questão 3 da 
“Lição de casa”. Observando as 
imagens da marcação por zona, 
oriente-os a desenhar, no Caderno do Aluno, 
as movimentações do sistema 2-1-2 (para isso, 
é necessário que interpretem a legenda).
3. Foram discutidas em aula vivências refe-
rentes aos sistemas de defesa 2-1-2, 3-2 e 
2-3. 
Na figura a seguir, observe as elipses em tor-
no dos defensores. Cada uma delas indica 
a área que o respectivo jogador deve prote-
ger, mas, como em todo sistema, sempre há 
pontos vulneráveis; do contrário, nenhum 
time converteria as cestas, não é? Este é um 
sistema de fácil execução e, por isso, é muito 
utilizado em campeonatos escolares.
Atribuir aos alunos a responsabilidade 
de transferir alguns princípios de organiza-
ção técnica e tática percebidos em um jogo 
de basquetebol para uma vivência torna-se 
uma tarefa extremamente desafiadora. Isso 
exigirá deles capacidade de organização e 
compreensão para valorizar e reconhecer a 
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 2
Etapa 1 – Vivência dos sistemas de jogo 
observados e analisados 
Procure “reproduzir” com os alunos algu-
mas situações de jogo observadas por meio 
do vídeo apresentado durante a Situação de 
Aprendizagem 1 e que já tenham sido discu-
tidas. Destaque algumas situações em que se 
observem os claros limites de reproduzir situa-
ções de jogo de equipes de alto rendimento. Por 
exemplo, o momento em que uma equipe utili-
zou a defesa por zona 2-1-2 ou a 3-2 ou a 2-3, 
a ocasião na qual uma equipe utilizou a defesa 
individual, as situações em que o ataque prio-
rizou o jogo próximo à cesta, a transição da 
defesa para o ataque etc.
Inicialmente, procure destacar as ações 
de defesa e, depois, as de ataque. É impor-
tante garantir que todos os alunos passem 
Conteúdos e temas: importância dos sistemas táticos no desempenho esportivo e na apreciação do 
esporte como espetáculo.
Competências e habilidades: vivenciar e compreender alguns sistemas de jogo e alguns preceitos táticos 
inerentes ao basquetebol; compreender os sistemas defensivos e ofensivos no basquetebol; reconhecer 
a importância dos sistemas de jogo e das táticas no desempenho esportivo.
Sugestão de recursos: bolas de basquetebol.
17
Educação Física – 1ª série – Volume 1
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Relembre a movimentação:
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 Agora observe: quando X1 passa a bola 
para X2, o defensor 1 sai para a marcação 
de X2; o defensor 3 se desloca do meio do 
garrafão para cobrir o defensor 1.
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Legenda:
 – trajetória da bola
 X – jogador da equipe ofensiva
 – jogador da equipe defensiva
 Veja o que acontece quando X2 passa a 
bola para X5:
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 Quando X5 recebe o passe, o defensor 1 volta 
para o seu lugar na cabeça do garrafão; X5 
recebe a marcação do defensor 5 e o defensor 
3 cobre a posição do 5. Veja como fica:
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Veja agora os sistemas 3-2 e 2-3.
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Ponto 
Vulnerável Ponto de maior 
vulnerabilidade 
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Ponto 
Vulnerável 
 Pode-se observar que todos os sistemas 
apresentam pontos vulneráveis, e a escolha 
de um ou outro vai depender das caracte-
rísticas de sua própria equipe e da equipe 
adversária. O importante é que você come-
ce a identificar os sistemas ao assistir aos 
jogos ou quando participar deles. 
 Você vivenciou em aula a movimentação do 
sistema 2-1-2. Agora, indique as movimen-
tações nas imagens a seguir e, depois, confi-
ra nas páginas anteriores se você acertou.
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Educação Física – 1ª série – Volume 1
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Professor, solicite aos alunos 
que respondam à atividade 
proposta na seção “Você 
aprendeu?”, disponível no Ca- 
derno do Aluno. Relativamente à questão 5 
dessa atividade, peça-lhes que desenhem 
um sistema tático criado por eles e tragam 
na próxima aula para que o vivenciem na 
Situação de Aprendizagem 3 (relacione as 
respostas dos alunos com as etapas dessa 
situação).
1. O que indica se uma equipe está no ataque 
ou na defesa?
A posse de bola.
Como organizar um time na defesa? Como 
partir para o ataque após um bom posiciona-
mento defensivo? As Situações de Aprendiza-
gem anteriores mobilizaram os alunos para a 
apreciação, a análise e a “reprodução” de alguns 
princípios técnico-táticos no basquetebol. 
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 
NOSSAS ESTRATÉGIAS PARA JOGAR BASQUETEBOL SÃO...
A tarefa dos alunos nesta Situação de Apren-
dizagem é organizar as próprias estratégias, 
com a intenção de valorizar e reconhecer a 
importância dos sistemas táticos. Em grupo, 
os alunos elaborarão sistemas táticos para vi-
venciar diferentes situações no basquetebol.
2. Quais sistemas de defesa você conhece?
Resposta pessoal. O aluno poderá responder: 2-1-2, 2-3 e/ou 3-2.
3. Quais dos sistemas citados você vivenciou?
A resposta dependerá do conteúdo desenvolvido nas aulas.
4. O que você achou mais difícil nos sistemas?
Resposta pessoal que depende das atividades desenvolvidas.
5. Desenhe um esquema tático que você tenha 
vivenciado ou crie outro e justifique cada 
posição da defesa ou do ataque.
O aluno deverá representar um esquema tático de defesa ou 
de ataque que tenha vivenciado e justificar de modo coeren-
te suas escolhas.
20
 f situações de jogo na quadra toda, 5=5, 
que exijam ações para obter a rápida tran-
sição da defesa para o ataque e o necessá-
rio retorno para a defesa.
É importante, nesta etapa, que os alunos 
possam se organizar em grupos e definir as 
estratégias para vivenciar as diferentes pos-
sibilidades do basquetebol como modalida-
de esportiva coletiva. Coloque à disposição 
dos alunos folhas de sulfite, canetas, lápis, 
giz etc., para que eles registrem as estraté-
gias elaboradas.
Etapa 1 – Três contra três, rotativo
Organize os alunos em trios, divididos 
equitativamente, para cada meia quadra. 
Dois trios iniciam o jogo após definirem a 
posse da bola. As equipes tentarão converter 
a cesta após passar a bola entre os compo-
nentes do grupo. A bola será recolocada em 
jogo sempre pelas laterais. O jogo poderá ser 
feito com troca de uma equipe a cada cesta 
convertida, a cada cesta não convertida, a 
cada duas ou três perdas da posse de bola ou 
qualquer outra convenção estabelecida entre 
professor e alunos. O jogo poderá ser realiza-
doinicialmente apenas com passes para pos-
terior introdução do drible.
Etapa 2 – Três contra dois ou dois contra três?
Organize a classe em grupos de cinco alu-
nos, com uma bola para cada grupo. Divida 
os grupos equitativamente nos lados opostos 
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 3
Com base nas observações feitas e discu-
tidas em sala e nas aplicações realizadas na 
quadra, proponha aos alunos atividades que 
possam otimizar alguns elementos táticos pre-
tendidos, como:
 f jogo de passes com marcação individual: o 
objetivo é a disputa de bola por parte de 
duas equipes, compostas de quatro joga-
dores cada, que deverão realizar o maior 
número possível de passes num espaço pre-
viamente delimitado. Esse jogo pretende 
dinamizar a marcação e a fuga da marca-
ção, isolando nesse momento a finalização 
na cesta. Procure iniciar a atividade em um 
espaço maior, reduzindo-o em seguida, a 
fim de dificultar as ações de passe;
 f minijogos de basquetebol: jogos em meia 
quadra, com número reduzido de partici-
pantes, em que algumas ações possam ser 
otimizadas. Por exemplo, 3=3, em que há 
possibilidade de demonstrar mais facil-
mente alguns elementos, por haver equilí-
brio entre as ações ofensivas e defensivas. 
Pode ser variado para 3=2, com vantagem 
para o ataque, ou 2=3, com vantagem da 
defesa;
 f minijogos de basquetebol 5=5: jogos com 
a composição normal de cinco jogadores, 
mas ainda realizados em meia quadra. A 
intenção, com esse tipo de jogo, é que os 
alunos atentem para a organização coleti-
va da equipe, tanto na situação de defesa 
como na de ataque;
Conteúdos e temas: elaboração de sistemas táticos.
Competências e habilidades: elaborar estratégias táticas para o basquetebol; reconhecer a importância 
dos sistemas de jogo e das táticas no desempenho esportivo.
Sugestão de recursos: bolas de basquetebol; folhas de papel sulfite; canetas; lápis; giz. 
21
Educação Física – 1ª série – Volume 1
da quadra, conforme a Figura 7. Os integran-
tes do grupo devem estar subdivididos em 
uma dupla e um trio. Inicialmente os trios fa-
rão passes entre si, tentando chegar ao outro 
lado da quadra sem perder a bola, enquanto 
a dupla tentará interceptá-la. Na execução de 
volta, invertem-se os papéis, e o trio passa a 
defender enquanto a dupla ataca. Peça que os 
alunos façam um rodízio de formação entre 
os integrantes do grupo, de tal forma que haja 
um rearranjo das duplas e dos trios. Posterior-
mente peça novas composições. Para variar a 
atividade, introduza o drible e a finalização do 
percurso com arremesso à cesta.
Figura 7 – Posições ofensivas e defensivas.
Proponha situações encontradas nos jo-
gos oficiais de basquetebol, apresentadas 
como problemas a serem discutidos, viven-
ciados e solucionados pelos alunos (divididos 
em grupos de cinco), por escrito ou median-
te demonstração na quadra. Com isso, será 
possível avaliar, a princípio, a capacidade dos 
alunos de pensar taticamente o jogo de bas-
quetebol e, posteriormente, realizar na quadra 
as ações pensadas. Não valorize a execução 
perfeita das ações específicas do basquetebol, 
ATIVIDADE AVALIADORA
nem atente para o fato de a ação proposta ter 
culminado ou não na consecução de ponto. 
Avalie a compreensão, por parte dos alunos, 
da situa ção de jogo proposta e das iniciativas 
para solucioná-la. Alguns exemplos:
 f Como uma equipe de basquetebol deveria se 
comportar se estivesse perdendo o jogo por 
um ponto de diferença e tivesse de repor a 
bola em jogo numa lateral no ataque, faltando 
apenas cinco segundos para terminar o jogo?
22
 f Como uma equipe de basquetebol deve-
ria se comportar se estivesse perdendo o 
jogo por vinte pontos e restasse apenas um 
quarto de jogo para o seu final?
 f Como uma equipe de basquetebol deveria 
se comportar se estivesse vencendo o jogo 
e sofresse marcação individual?
Durante o percurso pelas Situações de 
Aprendizagem, alguns alunos poderão não 
apreender os conteúdos da forma esperada. 
Serão necessárias, portanto, outras Situações 
de Aprendizagem, que permitam ao aluno re-
visitar o processo de maneira diferente. Tais 
situações podem ser desenvolvidas durante as 
aulas ou em outros momentos, individualmen-
te ou em pequenos grupos, envolvendo todos 
os alunos ou apenas aqueles que apresentarem 
dificuldades. Por exemplo:
 f roteiro de estudos com perguntas nortea-
doras elaboradas por você, professor, para 
Ao final de cada situação de jogo proposta, 
discuta com os alunos as alternativas apresen-
tadas pelas equipes e realize as correções ne-
cessárias. É importante garantir que os alunos 
atentem para a organização tática coletiva, 
em vez de recorrerem às iniciativas individuais 
para a solução das situações propostas.
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO 
posterior apresentação das respostas em 
registro escrito;
 f apreciação e registro, por parte do aluno, de 
seus próprios movimentos e dos colegas;
 f resolução de outras situações-problema 
não contempladas na Atividade Avalia-
dora, referentes às técnicas e às táticas da 
modalidade em questão;
 f atividade-síntese relacionada a determina-
do conteúdo, em que as várias atividades 
sejam refeitas numa única aula e discutidas 
posteriormente (por exemplo: circuito que 
contemple diferentes preceitos e sistemas 
táticos da modalidade em questão).
Livros
ASSIS, Sávio. Reinventando o esporte: possi-
bilidades da prática pedagógica. Campinas: 
Autores Associados, 2001. Relata o desenvol-
vimento de uma pesquisa em que o autor teve 
por objetivo a “reinvenção” do esporte na es-
cola, atribuindo outros valores à experiência.
BAYER, Claude. O ensino dos desportos colec-
tivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. Discute o pro-
cesso de ensino dos esportes coletivos, apre-
sentando os princípios operacionais comuns 
às modalidades esportivas.
PAES, Roberto R.; BALBINO, Hermes F. 
Pedagogia do esporte: contextos e perspectivas. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. O 
livro é composto por nove capítulos que discu-
tem a pedagogia do esporte sob vários aspectos, 
desde a iniciação em modalidades individuais e 
coletivas até o treinamento.
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR 
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA 
23
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Confederação Brasileira de Basketball. Dispo-
nível em: <http://www.cbb.com.br>. Acesso 
em: 24 out. 2013. 
Confederação Brasileira de Futebol. Disponí-
vel em: <http://www.cbf.com.br>. Acesso em: 
29 maio 2013.
Confederação Brasileira de Handebol. Dispo-
nível em: <http://www.brasilhandebol.com.
br>. Acesso em: 29 maio 2013.
Confederação Brasileira de Voleibol. Disponí-
vel em: <http://www.cbv.com.br>. Acesso em: 
24 out. 2013.
Confederação Brasileira de Futebol de Salão. 
Disponível em: <http://www.futsaldobrasil.
com.br/2009/cbfs/index.php>. Acesso em: 29 
maio 2013.
O site do Comitê Olímpico Brasileiro e os sites 
das confederações esportivas brasileiras po-
dem auxiliar tanto o aluno quanto o profes-
sor em seus estudos e pesquisas, no sentido de 
aprofundar o tema esporte coletivo, com in-
formações oficiais sobre competições e trans-
missões pela televisão. Também apresentam 
as regras oficiais das modalidades, algumas 
informações históricas, as principais conquis-
tas das seleções nacionais em diversas catego-
rias e acesso para outros sites, bem como para 
alguns pequenos vídeos. 
Artigos
DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coleti-
vos: dos princípios operacionais aos gestos 
técnicos. Modelo pendular a partir das ideias 
de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciên-
cia e Movimento, São Caetano do Sul, v. 10, 
n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em: <http:// 
portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/ 
article/view/478/503>. Acesso em: 28 maio 
2013. O artigo parte das ideias deClaude 
Bayer sobre o esporte coletivo e propõe um 
modelo para seu tratamento pedagógico.
SILVA, Thatiana A. F.; ROSE JR., Dante 
de. Iniciação nas modalidades esportivas 
coletivas: a importância da dimensão tática. 
Revista Mackenzie de Educação Física e 
Esporte, São Paulo, ano 4, n. 4, p. 71-93, 2005. 
Disponível em: <http://mackenzie.br/fileadmin/
Graduacao/CCBS/Cursos/Educacao_Fisica/
REMEFE-4-4-2005/art5_edfis4n4.pdf>. Acesso 
em: 28 maio 2013. Neste artigo, defende-se a 
importância do desenvolvimento da dimensão 
tática na iniciação em modalidades esportivas, 
levando-se em consideração as características 
de cada modalidade e também das crianças.
Sites 
Comitê Olímpico Brasileiro. Disponível em: 
<http://www.cob.org.br>. Acesso em: 29 
maio 2013. 
24
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Figura 8 – Revistas dirigidas ao público jovem feminino prometem a “beleza-padrão” de modo excessiva-
mente fácil e rápido: “Corpo novo em três meses”, “Emagreça e fique durinha com a dieta antiflacidez” etc.
TEMA 2 – CORPO, SAÚDE E BELEZA
Todo professor de Ensino Médio percebe o 
impacto que certos modelos de beleza corpo-
ral, insistentemente propagados pelas mídias 
(televisão, revistas etc.), exercem sobre os alu-
nos, que, com frequência, se julgam obesos, 
querem emagrecer e tornar-se musculosos. 
Para isso, aderem a regimes “milagrosos”, 
praticam exercícios de forma equivocada e 
eventualmente fazem uso de substâncias proi-
bidas, como anabolizantes e remédios que ini-
bem o apetite, com prejuízos para a própria 
saúde. Sabemos que muitas vezes os alunos 
comunicam tais práticas aos professores de 
Educação Física, os quais precisam estar pre-
parados para lidar com isso.
Basta prestar atenção às capas das revis-
tas voltadas para o público adolescente e jo-
vem (em especial para as meninas), à venda 
em qualquer banca de jornal, para constatar 
o que sugerem ou prometem explicitamente: 
“Emagreça comendo de tudo!”, “Defina seus 
músculos com apenas 15 minutos de ginás-
tica!”, “Corpo novo em três meses!” etc. A 
personagem central das capas é sempre uma 
mulher jovem (raramente de etnia negra), 
bela, magra e sorridente, em geral trajando 
biquíni, fotografada das coxas para cima, em 
pose sensual. Também as figuras masculinas 
são, em geral, homens jovens e brancos, às 
vezes com o torso nu e pernas expostas, para 
exibir uma musculatura bem delineada.
No interior dessas revistas sempre há progra-
mas de exercícios ginásticos para diversos grupos 
musculares, com a promessa de “diminuir a bar-
riga”, “endurecer o bumbum” etc., ou sugestões 
de corridas, caminhadas e prática de esportes 
para “perder calorias” e, portanto, emagrecer. 
Percebe-se aí como o exercício físico não é asso-
ciado à saúde ou ao bem-estar, mas a um modelo 
estereo tipado de beleza corporal caracterizado 
pela extrema magreza. Se calcularmos o índice 
de massa corpórea – IMC (peso dividido pela 
altura ao quadrado) – das modelos e artistas es-
tampadas nas capas, encontraremos valores mui-
to baixos, que indicam magreza, às vezes abaixo 
do mínimo para que uma pessoa seja considera-
da saudável, além de muito distantes da média 
nacional.
25
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Todavia, para esculpir esse modelo cor-
poral definido pelas mídias (para mulheres e 
homens), não basta apenas o exercício físico, 
nem mesmo conjugado com dieta. Exige-se 
também a intervenção cirúrgica (lipoaspiração, 
cirurgia plástica propriamente dita, próteses 
de silicone). Tudo isso, com o devido suporte 
de supostas evidências científicas, aumenta o 
oferecimento de produtos e serviços associados 
à busca desse ideal de beleza corporal – mas-
sagens, cosméticos, equipamentos de ginásti-
ca domésticos, alimentos light e diet etc. – no 
contexto do chamado “mercado do corpo e 
do fitness”. Contraditoriamente, esse mercado 
convive em nossa realidade com bolsões sociais 
de pobreza e miséria, nos quais há ainda mui-
tos brasileiros que passam fome!
Esse bombardeio de informações verbais e 
visuais fixa um modelo de beleza (o qual con-
tribui decisivamente para a construção das re-
presentações sociais do corpo) e, ao propor os 
meios para alcançá-lo com facilidade ilusória, 
não mais nos dizem: “Você pode...”, mas “Você 
deve!”. É muito difícil resistir a essa pressão e, 
a partir de certo grau de adesão às práticas ali-
mentares e de exercitação física sugeridas, pode 
haver comprometimento da saúde, bem como 
constrangimento social decorrente da sensação 
de não atingir o padrão idealizado. 
Referências desse tipo dificultam o autoco-
nhecimento, o reconhecimento das possibili-
dades do ser humano e seus limites tal como 
é, e restringem as possibilidades do Se-Movi-
mentar em jogos, esportes, ginásticas, lutas e 
atividades rítmicas a certos objetivos muito 
específicos (emagrecer, delinear a musculatura 
etc.), empobrecendo seu potencial formativo. 
Em todos os canais de comunicação, e também 
nos espaços públicos, ditam-se as regras de cultivo 
do corpo. Dentre os exercícios físicos, difundiram-
-se a musculação, o fisiculturismo, as atividades de 
fitness. O corpo belo é aquele sempre “superdefi- 
nido”, “durinho”, sem celulite ou estrias. 
É importante que os alunos compreen-
dam as relações entre os contextos históricos 
e culturais que estabelecem padrões de bele-
za inalcançáveis pela maioria da população. 
Não temos de buscar um “corpo perfeito” ou 
ideal. Temos de aprender a cuidar de nosso 
“corpo possível”!
Apesar dos avanços em relação à compreen-
são dos mecanismos pelos quais a alimentação e 
o exercício físico podem contribuir para a aqui-
sição e a manutenção de níveis adequados de 
saúde, a busca por um determinado padrão 
de perfectibilidade da beleza impulsiona o 
consumo de produtos, práticas e recursos nem 
sempre compatíveis com esse propósito.
Diante da possibilidade (ou ilusão) de ob-
ter resultados expressivos em curto espaço de 
tempo, muitos jovens passam a adotar con-
dutas por vezes enganosas ou mesmo preju-
diciais à saúde, entre as quais se encontram 
as dietas “milagrosas” e o uso inadequado de 
suplementos alimentares.
Modificações drásticas na dieta que resul-
tam em perdas acentuadas de peso em curto 
espaço de tempo são difíceis de serem man-
tidas. Além disso, a perda de peso observada 
decorre principalmente da redução hídrica 
(perda de água), bem como da perda de tecido 
magro, permanecendo as reservas de gordura 
quase inalteradas, especialmente em virtude 
da diminuição na taxa metabólica de repouso 
(energia gasta para manter o funcionamento 
orgânico durante o estado de repouso). 
Em verdade, programas saudáveis de ema-
grecimento preconizam que a perda ponderal 
não exceda 1% do peso corporal total por 
semana, evitando-se assim prejuízos na regu-
lação metabólica, na função imunológica, na 
integridade óssea e na manutenção da capaci-
dade funcional ao longo do envelhecimento.
26
Outros problemas que afetam frequen-
temente os alunos do Ensino Médio, diante 
do forte apelo social em favor de padrões de 
beleza caracterizados pela magreza corporal, 
são distúrbios alimentares como a anorexia e 
a bulimia.
A anorexia nervosa, mais comum entre as 
meninas, caracteriza-se pelo desejo obsessivo 
de manter o peso corporal abaixo dos níveis 
normais para a faixa etária e a estatura em 
virtude da preocupação excessiva com a ima-
gem corporal, que se encontra distorcida, pois 
pessoas anoréxicas se percebem gordas apesar 
de sua magreza. Visando à “magreza”, essas 
pessoas se mantêm em jejum por longos perío-
dos e ingerem menos alimento que o necessá-
rio para manter o balanço energético, além de 
estimularem compulsivamente o maior gasto 
energético possível em sessões de exercícios.
A bulimia nervosa caracteriza-sepor epi-
sódios frequentes de ingestão alimentar em 
excesso num curto período de tempo, quase 
sempre seguidos por jejum, uso abusivo de 
laxantes ou diuréticos, vômitos autoinduzi-
dos ou prática compulsiva de exercícios, numa 
tentativa de evitar o aumento de peso após o 
exagero alimentar.
Controle ponderal, níveis de 
atividade física e obesidade
A manutenção do nosso peso corporal obe-
dece a um mecanismo regulador encarregado 
de equilibrar a ingestão alimentar (influxo 
e consumo calórico) com o custo energéti-
co (gasto calórico ou produção de energia). 
Quando, por qualquer motivo, esse equilíbrio 
é rompido, ocorre modificação no peso cor-
poral. Se a quantidade de calorias adquiridas 
pela alimentação ultrapassar aquela utilizada 
para atender às necessidades diárias de fun-
cionamento do organismo (gastos com meta-
bolismo basal, termogênese e atividade física), 
esse excesso será armazenado sob a forma de 
gordura no tecido adiposo, ocasionando au-
mento ponderal (ganho de peso corporal). 
Uma ingestão reduzida, por sua vez, associa-
da a um maior gasto energético, promove a 
redução ponderal (perda de peso corporal).
A obesidade (acúmulo excessivo de gordura 
corporal, acima dos limites de normalidade es-
perados) é um fenômeno multifatorial comple-
xo, mas se sabe que a alimentação e a falta de 
atividade física são fatores importantes, espe-
cialmente por sua relação com condições am-
bientais e aspectos comportamentais diversos.
A redução dos níveis de atividade física 
(hipocinesia) é um dos principais responsá-
veis pelo aumento excessivo de peso a partir 
do acúmulo de gordura nas reservas corpo-
rais. Muitos estudos sustentam que o aumen-
to da adiposidade, normalmente associado ao 
processo de envelhecimento, decorre princi-
palmente do baixo nível de atividade física, 
uma vez que, com o passar dos anos, as pes-
soas apresentam sedentarismo progressivo.
A condição mais adequada para que se 
possa estabelecer um controle efetivo sobre o 
fenômeno da obesidade requer a associação 
entre exercícios e dieta. Em crianças e adul-
tos moderadamente obesos, essa combinação 
oferece maior possibilidade de atingir balanço 
calórico negativo e, consequentemente, redu-
ção da gordura e do peso corporal, compara-
da ao exercício ou à dieta isoladamente. 
Anorexia e bulimia
Quando não tratadas, cerca de 6% a 20% 
das pessoas diagnosticadas com anorexia 
têm morte prematura por suicídio, por car-
diopatia ou por infecções.
A orientação a ser dada aos alunos do 
Ensino Médio é que estes vejam com ressal-
vas a divulgação de estratégias que propo-
nham, em curto espaço de tempo, perda de 
peso, redução de medidas, hipertrofia e de-
finição muscular e busquem supervisão ade-
quada antes de modificar hábitos alimenta-
res ou relativos à prática de exercícios físicos.
27
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Professor, para iniciar o tema, soli-
cite aos alunos que leiam a seção 
“Para começo de conversa”, no Ca-
derno do Aluno, e respondam às 
questões 1 e 2.
Nas bancas de jornal existem dezenas de 
revistas com dicas de dietas, exercícios físicos 
para emagrecer e definir a musculatura e algu-
mas delas abordam até cirurgias estéticas. Na 
capa, uma “atriz-cantora-modelo-dançarina” 
ou um “bonitão”. Essas publicações sugerem 
implicitamente que, seguindo as recomenda-
ções nelas descritas, é possível alcançar aquele 
corpo magro e definido, aquele cabelo sempre 
liso e quase sempre loiro, dentes brancos e 
perfeitos etc. 
Antes das tecnologias da imagem (fotogra-
fia, infografia, vídeo), as figuras humanas eram 
retratadas pela pintura, ou seja, o artista pro-
curava reproduzir a imagem da pessoa retra-
tada. E hoje? Existem sessões de maquiagem, 
cabelo, fotos (sempre do melhor ângulo) e pro-
gramas de computador que corrigem qualquer 
“imperfeição” do rosto ou do corpo. Aí a ima-
gem está pronta para a capa da revista e para 
nos indicar o que é belo. Antes, o desafio era 
reproduzir uma imagem fiel ao corpo; hoje, é 
transformar o corpo nas imagens produzidas 
artificialmente.
Não há mal algum em querer um corpo 
bonito, o problema é quando isso se torna 
Possibilidades interdisciplinares
Os temas “Produtos e práticas alimentares e de exercícios físicos associados à busca de padrões de be-
leza” e “Consumo e gasto calórico: alimentação, exercício físico e obesidade” poderão ser desenvolvidos 
de modo integrado com Ciências (organismo humano, composição e estrutura química dos nutrientes) e 
Matemática (cálculo do consumo e do gasto calórico). Converse com os professores que ministram essas 
disciplinas e auxilie os alunos a refletir sobre os temas de forma multidimensional.
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Figura 9 – Imagem de menina anoréxica.
uma obsessão e prejudica a saúde. Nas au-
las de Educação Física, será abordada uma 
patologia que vem crescendo, especialmen-
te entre as adolescentes, chamada anorexia. 
Existem muitos blogs e sites que dizem que a 
anorexia não é uma patologia, mas um esti-
lo de vida. Não se engane! As estatísticas in-
formam que 6% a 20% das pessoas com esse 
transtorno alimentar, se não tratadas, sofrem 
morte prematura por infecção, suicídio ou al-
guma cardiopatia. Preste atenção se você ou 
alguém do seu convívio apresenta as seguin-
tes características:
28
 f perda de peso autoinduzida por abstenção 
de alimentos;
 f vômitos e purgação autoinduzidos, exercí-
cios excessivos, uso de anorexígenos (remé-
dios para tirar o apetite) e/ou diuréticos;
 f distorção da imagem corporal (a pessoa 
se julga gorda, embora não o seja), pavor 
de engordar e amenorreia (suspensão da 
menstruação).
Se você se identificou ou conhece alguém 
nessas condições, converse com o professor de 
Educação Física. Ele lhe dará as informações 
necessárias sobre esse assunto e sobre emagre-
cimento saudável, se necessário.
1. O que você pensa das afirmações desse 
texto?
Espera-se que os alunos percebam que as imagens ofere-
cidas pelas diversas mídias não são reais, uma vez que tais 
imagens são sempre manipuladas para atender ao padrão de 
beleza vigente. Espera-se também que eles, a partir do texto, 
conheçam as condutas patológicas relacionadas à imagem 
corporal e reflitam sobre elas.
2. Você lê esse tipo de publicação descrita no 
texto? Com que frequência? Por quê?
Esta questão pretende verificar se os alunos se identificam 
com esse tipo de publicação e questioná-los em caso afir-
mativo ou negativo. Também busca saber os motivos por 
que procuram esse tipo de leitura. O importante é fazer uma 
análise criteriosa desses motivos, evitando-se qualquer tipo 
de constrangimento nos alunos.
Professor, antes de desenvolver a 
Situação de Aprendizagem 4, 
oriente a turma para que realize a 
“Pesquisa em grupo”, descrita no 
Caderno do Aluno.
Identificando os padrões de beleza 
Procurem imagens de revistas, jornais ou 
internet, destinadas ao público jovem femini-
no e masculino, que mostrem os padrões de 
beleza veiculados na sociedade e as estratégias 
para alcançá-los. 
Com base nas imagens que vocês pesquisa-
ram, respondam às seguintes questões:
1. Quais são os modelos de beleza corporal 
predominantes em nossa sociedade?
2. O que vocês pensam sobre esses modelos?
3. Qual é o impacto que esses modelos cau-
sam em vocês?
4. Como vocês se percebem em relação a tais 
modelos? 
5. Vocês julgam que é possível alcançar esses 
modelos?
6. De que maneira e por quais meios esses 
modelos podem ser alcançados?
7. Observem as respostas dos outros grupos e 
vejam se coincidem com as suas. Elaborem 
uma síntese das opiniões de todos os grupos.
As respostas são de cunho pessoal; no entanto, espera-se 
uma associação lógicaentre os padrões de beleza vigentes 
e o modo como os alunos se sentem em relação a esses 
padrões. Também se espera que os alunos comparem o im-
pacto desses modelos sobre a sua vida às alternativas saudá-
veis para a manutenção da saúde e do bem-estar. Por fim, os 
grupos deverão confrontar suas respostas com as das outras 
equipes para enriquecer o debate.
29
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Esta Situação de Aprendizagem focaliza 
o tema com base na questão: “Como me 
percebo em relação aos modelos de beleza 
corporal predominantes na sociedade em 
que vivo?”. Inicia-se com a identificação 
prévia de tais modelos em material prove-
niente de diversas mídias, acompanhada da 
devida discussão sobre o tema. Posterior-
mente, entre as várias formas de mensura-
ção dos dados corporais, sugere-se o índice 
de massa corporal, por exigir a tomada de 
medidas simples (peso e estatura) e pela 
facilidade de cálculo e utilização. A men-
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 
ESPELHO, ESPELHO MEU...
suração objetiva de certas características 
corporais poderá indicar os critérios que 
presidem à construção de representações 
sociais sobre beleza corporal em nossa so-
ciedade, com base na percepção e na avalia-
ção, por parte dos alunos, de suas próprias 
medidas corporais em comparação com 
tabelas de referência e com os padrões 
propostos pelas mídias. Nesse sentido, as 
técnicas de medidas e avaliação e seus re-
sultados não devem ser vistos como fins em 
si mesmos, mas como estratégias para pro-
vocar reflexões sobre o tema. 
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 4
Etapa 1 – Quais são os padrões de beleza 
predominantes em nossa sociedade?
Solicite previamente aos alunos que, di-
vididos em grupos, em horário extra-aula, 
procurem, em revistas ou em sites, imagens 
destinadas ao público jovem que sugiram os 
padrões de beleza predominantes em nossa 
sociedade e revelem os diversos artifícios re-
comendados para alcançar esse estereótipo.
Posteriormente, estando os alunos de posse 
do material, já em aula, e divididos em pequenos 
grupos, estimule-os a identificar as característi-
cas corporais mais frequentes nas pessoas suge-
ridas no material coletado (peso, estatura, etnia, 
cor e tipo de cabelos, musculatura etc.). Solicite 
também que identifiquem as práticas associadas 
à busca desse padrão de beleza (dietas, exercícios 
físicos, cosméticos, cirurgias etc.).
Em seguida, discuta com os alunos as 
questões a seguir, objetivando debater o tema:
Conteúdos e temas: padrões e estereótipos de beleza corporal; indicadores que levam à construção de re-
presentações sobre corpo e beleza; medidas e avaliação da composição corporal; índice de massa corporal.
Competências e habilidades: identificar padrões e estereótipos de beleza presentes nas mídias; reconhe-
cer e criticar o impacto dos padrões e estereótipos de beleza corporal sobre si próprio e sobre seus pa-
res; identificar os indicadores que levam à construção de representações culturais sobre corpo e beleza; 
selecionar, relacionar e interpretar informações e conhecimentos sobre padrões e estereótipos de 
beleza e indicadores de composição corporal para construir argumentação consistente e coerente.
Sugestão de recursos: papéis; canetas; cartolinas; fita métrica ou estadiômetro (balança toesa); calculadoras.
30
 f Quais são os modelos de beleza corporal 
predominantes em nossa sociedade?
 f O que vocês pensam disso?
 f Reconhecem o impacto que causam em si 
próprios e em seus pares?
 f Como se percebem em relação a tais mo-
delos? 
 f Julgam que é possível alcançar tais mode-
los? Por que meios?
Cada grupo anotará os principais pon-
tos resultantes da discussão, os quais serão 
apresentados para o restante da classe em 
forma de plenária, na qual se estimulará 
o debate entre os alunos. Ao final, busque 
elaborar uma síntese, destacando os pontos 
comuns e contrastando as diferentes mani-
festações e opiniões surgidas.
Proponha aos alunos que elaborem car-
tazes com base nas conclusões a que che-
garam, com imagens (pode-se utilizar as já 
coletadas) e pequenos textos, procurando 
chamar a atenção dos leitores para o apelo 
à busca do padrão de traços e formas cor-
porais que representam estereótipos de be-
leza impostos pela sociedade de consumo. O 
material elaborado poderá ser exposto para 
toda a escola ou apresentado em formato 
eletrônico, de acordo com as condições da 
instituição de ensino.
Peça aos alunos que tragam, para a aula 
seguinte, a medição do seu peso (tomada em 
uma balança de farmácia ou de casa) e uma 
calculadora. A tomada do peso em aula po-
derá causar constrangimento em alguns, o que 
deverá ser evitado.
Etapa 2 – Como calculo as minhas 
medidas?
Utilize uma ou mais fitas métricas pre-
gadas em uma parede ou um estadiômetro 
(balança toesa) para realizar a mensuração 
da estatura dos alunos. Proponha que cada 
um calcule o próprio IMC. Informe-os so-
bre a fórmula a ser utilizada e apresente a 
tabela de classificação. Se houver quanti-
dade insuficiente de calculadoras, os alu-
nos poderão se organizar em grupos para 
efetuar o cálculo.
Como calcular o IMC
O índice de massa corporal (IMC) é calculado por meio de uma fórmula matemática que relaciona 
peso e altura e, a partir da localização do resultado do cálculo em uma tabela de classificação, indica 
se uma pessoa está obesa, acima do peso, abaixo do peso ou no peso ideal, considerado saudável e 
reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. A vantagem de trabalhar 
com esse sistema, utilizado pela Organização Mundial da Saúde, é sua simplicidade, com números 
redondos e fáceis de utilizar.
Para calcular o IMC, basta dividir o peso (em quilogramas) pela estatura ao quadrado (em metros):
IMC = 
peso
(estatura × estatura)
31
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Por exemplo: qual é o IMC de uma pessoa que tenha 1,80 m de estatura e pese 80 kg?
IMC = 
80 kg
(1,80 m × 1,80 m) = 24,69
O índice obtido permite a classificação da pessoa segundo a tabela:
CATEGORIA IMC
Abaixo do peso Abaixo de 18,5
Peso normal Entre 18,5 e 24,9
Acima do peso Entre 25 e 29,9
Obesidade grau I Entre 30,0 e 34,9
Obesidade grau II Entre 35,0 e 39,9
Obesidade grau III 40,0 e acima
Alertas sobre o IMC
O IMC é apenas um indicador e não determina de forma inequívoca se uma pessoa está acima do 
peso ou obesa.
Por relacionar apenas peso e estatura, pessoas musculosas podem ter um índice de massa corporal elevado 
e não serem gordas. O mesmo pode acontecer com aquelas que visualmente são magras e apresentam um alto 
percentual de gordura. É recomendável, então, comparar o IMC com a porcentagem de gordura da pessoa, 
que pode ser estimada por medidas da “circunferência corporal”, uma mensuração mais complexa, mas que 
pode ser realizada com fita métrica. A esse respeito, consulte os sites da Cooperativa do Fitness.
Disponível em: <http://www.cdof.com.br/avalia1.htm>. Acesso em: 29 maio 2013.
Disponível em: <http://www.cdof.com.br/protocolos2.htm>. Acesso em: 29 maio 2013.
Outro problema é a influência, ainda não suficientemente estudada, das diferenças raciais e étnicas 
sobre o IMC. Por exemplo, especialistas apontam que pessoas de origem asiática poderiam ser consi-
deradas acima do peso com um IMC de apenas 23.
As categorias do IMC aqui apresentadas não são aplicáveis para menores de 12 anos, para os quais 
existe uma tabela especial.
Depois de os alunos finalizarem os cálcu-
los, recolha as informações de todos e calcule 
a média da classe. Deve-se evitar a divulgação 
de dados individuais à classe para não causar 
constrangimentos.
Sugira a comparação dos dados individuais 
com a tabela de classificação já apresenta-
da, com a média da classe e com os padrões 
de beleza propostos nas matériase imagens já 
mostradas pelos alunos. Pode-se, por exemplo, 
32
vista da saúde, e não da estética) e que há mé-
todos para identificá-las. 
De um modo abrangente, podemos dizer 
que nossa composição corporal é formada 
por massa gorda, representada por todos 
os lipídios (gorduras) do corpo, e de massa 
magra, isto é, tudo o que estiver livre de gor-
dura, como músculos, ossos, água, órgãos 
internos etc. Medir a porcentagem de mas-
sa gorda e de massa magra requer procedi-
mentos mais complexos; portanto, deve-se 
utilizar o IMC. Veja bem, o Índice de Mas-
sa Corporal não avalia as porcentagens de 
gordura e massa muscular; trata-se apenas 
de um indicador utilizado pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS) para classificar o 
grau de gordura corporal individual.
De acordo com a tabela, a pessoa citada 
está com o peso normal. 
1. Pese-se em uma farmácia, posto de saúde 
ou em algum lugar que ten ha uma balança. 
Dê preferência às balanças do tipo A e B.
calcular o IMC das modelos que posam para 
as capas das revistas pesquisadas e verificar 
como muitas vezes essas mulheres estão abaixo 
do peso mínimo recomendado.
Ao final da Situação de Aprendizagem, apre-
sente uma síntese do tema, levando em conta as 
atividades realizadas e as conclusões parciais já 
obtidas. Procure estimular, entre os alunos, a re-
flexão sobre as questões dos padrões e ideais de 
beleza difundidos pelas mídias, de modo que ob-
tenham mais autonomia para compreender essas 
mensagens. Estimule a discussão em pequenos 
grupos sobre as seguintes questões:
 f As pessoas perseguem um ideal de beleza 
por escolha própria? 
 f É possível a todas as pessoas alcançarem 
tal ideal?
 f Quais os significados dessa busca pela beleza? 
 f Quais os riscos dessa busca?
Professor, uma vez desenvolvida a 
Situação de Aprendizagem 4, orien-
te os alunos para que façam a “Li-
ção de casa”, sugerida no Caderno 
do Aluno.
Como calculo as minhas medidas?
“Eu me acho gordo, eu me acho magro, 
acho que estou num peso bom (me dá um 
autógrafo?).” Será que não estamos conside-
rando o ideal de beleza que vemos na mídia 
para fazer essas avaliações? Você sabia que 
em alguns países, para poder desfilar, as mo-
delos devem apresentar um Índice de Massa 
Corporal (IMC) mínimo? Como saber então 
qual é o peso saudável? Há alguns métodos de 
aferição da porcentagem de gordura corporal 
e há também padrões percentuais de gordura 
corporal para homens e mulheres. Isso quer 
dizer que existem faixas de porcentagem de 
gordura corporal que indicam se estamos aci-
ma ou abaixo do peso desejável (do ponto de 
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33
Educação Física – 1ª série – Volume 1
 Calcule também o IMC dos seus amigos e fa-
miliares. Além do peso e da altura, pergunte 
aos entrevistados se eles praticam alguma ati-
vidade física regular, especialmente muscula-
ção. Essa investigação é importante porque 
B. C.
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 Meça agora a sua altura e calcule o seu IMC, usando a fórmula anteriormente descrita:
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Anote aqui seu IMC 
e a sua classificação 
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tais pessoas podem ser classificadas como 
obesas, de acordo com a tabela do IMC, em 
função da quantidade de massa muscular, 
uma vez que a balança não faz distinção en-
tre massa gorda e massa magra no peso total.
34
2. Quantos dos entrevistados apresentaram 
índice normal? 
3. Comente os resultados obtidos, conside-
rando a relação entre IMC e saúde. 
4. Calculando o gasto calórico:
 A manutenção do nosso peso corporal de-
pende do equilíbrio entre o consumo caló-
rico (ingestão alimentar) e o gasto calórico. 
Quando se consome mais do que se gasta, 
há o que chamamos de balanço energético 
positivo, e esse excedente será armazenado 
sob a forma de gordura. De maneira inver-
sa, se consumimos menos do que gastamos, 
temos um balanço energético negativo e, 
consequentemente, perda de peso. Hoje é 
consenso que, a fim de mantermos um peso 
saudável, é recomendada uma dieta balan-
ceada associada a exercícios físicos.
 Repare, nas embalagens de alimentos que 
você costuma consumir (suco em caixinha, 
biscoito etc.), um campo intitulado “infor-
mação nutricional”. Nele você encontrará 
a quantidade de calorias de uma porção 
daquele alimento, ou seja, a quantidade de 
calorias que você vai ingerir se consumi-lo. 
Para saber o gasto calórico numa corrida 
ou caminhada, leve em conta que, em mé-
dia, gasta-se uma caloria por quilograma 
de peso corporal por quilômetro percorri-
do, ou seja, uma aluna de 50 kg que corre 
três quilômetros tem um gasto calórico de 
150 kcal (1 × 50 × 3). Ah! Isso se a corri-
da acontecer num terreno plano. Você deve 
estar pensando: “Credo! Eu preciso correr 
três quilômetros para gastar as calorias de 
um iogurte!” 
 Calma! Além do gasto calórico dos exercí-
cios físicos, também queimamos calorias 
com o metabolismo basal, com a manu-
tenção da temperatura do corpo, entre 
outras coisas. Uma mulher adulta conso-
me em média 2 200 kcal/dia, e um homem, 
2 500 kcal/dia; os homens podem comer 
mais porque têm mais massa muscular. 
 Leve para a escola uma embalagem de ali-
mento em que se possa verificar a quanti-
dade de calorias na informação nutricio-
nal. Durante a aula, será proposta uma 
prática de corrida. Após a prática, faça o 
cálculo do gasto energético da corrida e es-
tabeleça uma relação entre o gasto ocorri-
do e o alimento ingerido.
Aqui serão feitos os registros da coleta de dados realizada pe-
los alunos. A intenção é que eles estabeleçam se há ou não 
algum risco de saúde para os entrevistados, a partir do IMC. 
Na última questão, espera-se que a turma compreenda o 
mecanismo do balanço energético por meio da observação 
da relação entre gasto e consumo de calorias.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 
BALANÇA ENERGÉTICA
Os alunos devem calcular o gasto calórico 
em uma corrida ou caminhada e comparar 
esse resultado com o valor calórico conhecido 
de um alimento – um pequeno lanche trazido 
pelos alunos ou a merenda da escola, no todo 
ou em partes. Com base nisso, o professor 
apresentará informações e conceitos sobre ba-
lanço energético, exercício físico e obesidade.
35
Educação Física – 1ª série – Volume 1
Conteúdos e temas: balanço energético, valor calórico dos alimentos e custo calórico do exercício físico; 
alimentação, exercício físico e obesidade. 
Competências e habilidades: identificar aspectos referentes à participação da alimentação e do exercício 
no desenvolvimento e no controle da obesidade; estimar valores calóricos relacionados ao consumo de 
alimentos e ao gasto com exercícios físicos.
Sugestão de recursos: balança; tabela de calorias de alimentos; cones.
0,6 kcal × distância (km) × peso corporal (kg)
Por exemplo, um aluno com 60 kg, ao cami-
nhar 1,5 km, consumirá 54 kcal: 
0,6 × 1,5 × 60 = 54.
Desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 5
Etapa 1 – Quantas calorias ingeri?
Inicialmente, no máximo até um dia antes 
da aula, cada aluno deverá registrar seu peso 
corporal (em quilogramas), medido em ba-
lanças de farmácia ou na própria escola, caso 
haja uma balança antropométrica. Oriente os 
alunos para que, de preferência, pesem-se com 
as roupas que normalmente usam nas aulas de 
Educação Física. Essa medida será utilizada 
na etapa seguinte.
Calcule o número de calorias de algum 
alimento que os alunos possam trazer e con-
sumir na aula (um chocolate, bolachas, suco 
em caixinha etc.) ou da merenda da escola (de

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