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Crimes_Hediondos

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AULA 3 - 16/02/13 
SISTEMAS 
 
SISTEMA LEGAL 
 Compete ao legislador num rol taxativo, anunciar quais os delitos são 
considerados hediondos. 
 Critica: ignora a gravidade do caso concreto. Exemplo: namorado de 
19 anos com uma namorada de 13 anos ao ter relação sexual ser 
considerado crime hediondo. 
 
SISTEMA JUDICIAL 
 É o juiz quem, na apreciação do caso concreto, diante do crime e da 
forma como foi praticado, decide se o crime é ou não hediondo. 
 Crítica: É perigoso, fere a taxatividade, pois dá ao juiz o poder de 
decidir o que é crime hediondo e cada juiz de cada comarca pode ter 
posicionamento diferente. 
 
SISTEMA MISTO 
 O legislador apresenta rol exemplificativo dos crimes hediondos, 
permitindo ao juiz, na análise do caso concreto, encontrar outras 
hipóteses. O sistema misto trabalha com interpretação analógica. 
 Critica: temos as coisas ruins faladas anteriormente.
O Brasil adotou o sistema legal, (art.5º, XLIII).
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se 
omitirem;
 O STF vem temperando o sistema legal, exigindo que o juiz confirme a 
hediondez na análise do caso concreto. 
MANDADO CONSTITUCIONAL DE CRIMINILIZAÇÃO: 
 As constituições modernas não se limitam a especificar restrições ao 
poder do estado e passam a conter preocupações com a defesa ativa do 
indivíduo e da sociedade em geral. A própria constituição impõe a 
criminalização visando a proteção de bens e valores constitucionais, pois 
do estado espera-se mais de que uma atitude defensiva. Requer-se que 
torne eficaz a constituição, dando vida aos valores que ela contemplou. 
 A CF não tipifica crimes, mas sim exige que seja criado em uma lei 
específica.
Atenção: o artigo 5º, XLIII da CF impõe patamar mínimo ao legislador. 
Trata-se de mandado constitucional de criminalização. 
 Quando cair lei de crimes hediondos, lembrar dos mandados 
constitucionais de criminalização. 
 A lei 8.072/90 definiu os crimes hediondos anunciando as consequências 
penais e processuais obedecendo ao mandado constitucional de 
criminalização.
Tortura, terrorismo e tráfico não são crimes hediondos e sim equiparados ao hediondos.
Os crimes correspondentes do CP militar não são hediondos. Estupro no CP militar por 
exemplo não é crime hediondo.
PERGUNTA DE CONCURSO: Qual o crime hediondo que não está no CP, mas 
está em uma lei? 
R: Genocídio. Artigo 1º, parágrafo único da lei 8072. Esta em um paragrafo 
justamente por não estar no CP.
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou 
tentados: 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 
121, § 2º, I, II, III, IV e V); 
II - latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º); 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 
1º, 2º e 3º); 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). 
VII-A - VETADO 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado 
a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com 
a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos 
arts. 1º, 2º e 3º da Lei no 2.889, de 1º de outubro de 1956, tentado ou 
consumado. 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo 
os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
1ª Corrente: a vedação é inconstitucional, pois as vedações previstas no art.
5º, inciso XLIII da CF, são máximas, sendo defeso ao legislador suplantá-las. 
Observa-se ainda, que a concessão do indulto está entre as atribuições 
privativas do presidente da república, não podendo o legislador limitá-lo. 
 
2º Corrente: a ampliação é constitucional, pois o indulto não deixa de ser 
uma modalidade de graça e, por isso alcançado pela proibição 
constitucional. Entende-se que a constituição traz vedações mínimas. Esta 
corrente é adotada pelo STF.
GRAÇA 
nada mais é do que uma indulgencia 
individual e depende de provocação 
INDULTO 
É uma indulgência coletiva e não 
depende de provocação. 
CONSEQUENCIAS DA LEI 8.072/90 
 Arts. 2º, 3º, 5º e 8º 
OBS: De acordo com o STF, apesar de um crime ter sido praticado quando 
ainda não existia a lei, é perfeitamente possível que a este crime o 
presidente da república não queira conceder o indulto, atribuição sua, não 
ferindo o principio da irretroatividade. É poder discricionário do presidente 
da república. Ou seja, a pessoa não tem direito de adquirir indulto, sendo 
esta indulgencia discricionária do presidente da república. 
 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
I - anistia, graça e indulto;
 A vedação do indulto não tem previsão constitucional. O artigo 5°, XLIII 
proibiu anistia e graça apenas. 
 
 
 
PERGUNTA DE CONCURSO: Portanto a vedação do indulto é constitucional?
Antes da lei 
Vedava: fiança + 
liberdade 
provisória. Nessa 
época tínhamos a 
sumula 697 do 
STF assegurando 
essa vedação. 
Depois da lei 
O artigo 2ª, II veda apenas a fiança. E a liberdade 
provisória? 
1ª corrente: a liberdade provisória esta proibida 
(implicitamente) na vedação da fiança. 
2ª corrente: a fiança e a liberdade provisória não se 
confundem. Não se proibindo liberdade provisória (não 
existindo proibições implícitas, pois toda proibição tem 
que ser expressa), entende-se cabível.
Artigo 2º, II da lei 
Artigo 2º, II proibia: 
• Fiança 
• Liberdade 
provisória 
(sumula 697 STF) 
 
 
Lei 11.464/07 
Artigo 2º, II proíbe: 
• Fiança 
A vedação da 
liberdade 
provisória era 
objeto de 
discussao
HC 104339 (STF) 
 Através do controle difuso 
abstrativizado de 
constitucionalidade declarou 
inconstitucionalidade quanto a 
vedação a liberdade provisória 
com base na gravidade em 
abstrato do crime. Tem que ser 
analisado o caso concreto para 
concessão ou não da liberdade 
provisória, ficando superada a 
sumula 697 do STF.
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
II - fiança. 
ARTIGO 2º LEI 8072/90 
STF Súmula Nº 697 - 
A proibição de 
liberdade provisória 
nos processos por 
crimes hediondos não 
veda o relaxamento 
da prisão processual 
por excesso de 
prazo. 
02►TRÁFICO DE DROGAS E LIBERDADE PROVISÓRIA: O Plenário, por maioria, deferiu 
parcialmente habeas corpus 
 Incidentalmente, também por votação majoritária, declarou a 
inconstitucionalidade da expressão e liberdade provisória, constante do art. 44, 
caput, da Lei 11.343/2006 (Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 
a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, 
anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas 
de direitos)
Frisou-se que a inafiançabilidade do delito de tráfico de entorpecentes, 
estabelecida constitucionalmente, não significaria óbice à liberdade provisória, 
considerado o conflito do inciso XLIII com o LXVI (ninguém será levado à prisão 
ounela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança), ambos do art. 5º da CF. Concluiu-se que a segregação cautelar — mesmo 
no tráfico ilícito de entorpecentes — deveria ser analisada assim como ocorreria 
nas demais constrições cautelares, relativas a outros delitos dispostos no 
ordenamento. Vencido, no ponto, o Min. Marco Aurélio. HC 104339/SP, rel. Min. 
Gilmar Mendes, 10.5.2012. (HC-104339
REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA 
 Quatro análises devem ser feitas aqui. 
Lei 8072/90 
Previa 
regime 
integral 
fechado
HC 82959 STF 
Em um controle 
difuso abstrativizado 
o STF declarou o 
regime integral 
fechado 
inconstitucional. Aqui 
ficou superada a 
sumula 698 do STF 
Lei 11.464/07 
Essa lei 
alterou o § 
1º do art. 2º 
da lei 8072 - 
Regime inicial 
seria fechado.
HC 111.840 STF 
Controle difuso 
abstativizando. O STF 
declarou inconstitucional o 
regime inicial fechado, 
devendo ser analisado o 
caso concreto, sendo que 
o juiz vai analisar as 
sumulas 718 e 719 do 
STF.
SUMULA 718 STF 
Súmula Nº 718 - A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime 
não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o 
permitido segundo a pena aplicada. 
 Aqui a gravidade em abstrato não justifica regime mais severo 
SUMULA 719 STF 
Súmula Nº 719 - A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena 
aplicada permitir, exige motivação idônea. 
... Em seguida, o Plenário iniciou julgamento de habeas corpus em que também se 
debate a constitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90. No caso, o 
crime de tráfico perpetrado pelo paciente, que resultara em reprimenda inferior 
a oito anos de reclusão, ocorrera na vigência da Lei 11.464/2007, que instituíra 
a obrigatoriedade de imposição de regime de pena inicialmente fechado a crimes 
hediondos e assemelhados. O Min. Dias Toffoli, acompanhado pelos Ministros Rosa 
Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso, concedeu a ordem, para 
alterar o regime inicial de pena para o semiaberto. Incidentalmente, declarou a 
inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, na parte em que 
contida a obrigatoriedade de fixação de regime fechado para início de 
cumprimento de reprimenda aos condenados pela prática de crimes hediondos ou 
equiparados... 
 Aqui a gravidade em concreto justifica. 
 
HC 111.840 STF
Princípios violados pelo regime integral fechado: isonomia, razoabilidade, 
proporcionalidade, individualização da pena, principio da proibição da pena indigna, 
principio da humanização das penas.
PROGRESSÃO DE REGIME 
Lei 8.072/90 
Regime integral 
fechado 
(proibição de 
progressão 
HC 82.959-7 STF 
Declarou inconstitucional 
do regime integral 
fechado. Conclusão: 
admite-se progressão 
com cumprimento de 
1/6 da pena 
Lei 11.464/07 
Prevê regime inicial fechado, 
permitindo progressão no 
cumprimento de 2/5 se primário 
e 3/5 se reincidente (seja 
especifico ou não, sendo por 
crime hediondo ou não hediondo).
§ 3º - Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se 
o réu poderá apelar em liberdade. 
Lei 7960/89 
Artigo 1º: 
a) Prisão temporária é de 5 
dias+5dias, salvo se 
hediondo ou equiparado que 
é de 30 dias+30 dias 
Problema 
Tortura 
Estupro de vulnerável 
Falsificação de remédios 
 
Estão previstos no artigo 2º da lei 8.072/90, 
mas não na lei de prisão temporária (7960/89) 
A doutrina observa que a redação do § 4º do artigo 2º da lei 8.072/90 
ampliou não apenas o prazo, mas também o rol dos delitos passiveis de 
prisão temporária. 
Artigo 2º, §3° (interpretação conforme a CF) 
 Réu processado preso recorre preso, salve se desaparecerem os 
fundamentos da prisão preventiva. 
 
§ 4º - A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 
(trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
Artigo 2º §4º (cai muito para delegado) 
 Trabalha a prisão temporária. 
ARTIGO 3º LEI 8072/90 
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, 
destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta 
periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem 
ou incolumidade pública. 
ESTABELECIMENTO 
PRISISONAL 
Federal 
Estadual 
CONDENADOS 
Justiça estadual 
Justiça federal 
COMPETÊNCIA PARA EXECUÇÃO 
Justiça Federal 
Justiça Estadual (Sumula 192 STJ) 
STJ Súmula Nº 192 - Compete ao juízo das execuções penais do Estado a execução 
das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, militar ou eleitoral, 
quando recolhidos a ESTABELECIMENTOs sujeitos a administração estadual.
ARTIGO 5º LEI 8072/90 (livramento condicional) 
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso: 
"Art. 83. .............................................................. 
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime 
hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa 
natureza." 
Primário + Bons Antecedentes 
 
- Tem que cumprir mais de 
1/3 da pena e não apenas 
1/3 da pena
Reincidente 
 
- Mais de 
metade da 
pena
Autor de crime hediondo e 
equiparado 
- Cumprir mais de 2/3 da pena, 
desde que não seja reincidente 
específico. Se ele for reincidente 
específico não tem direito a 
livramento condicional.
Livramento condicional: é uma liberdade antecipada, alternativa a prisão, 
modificação da execução penal mediante condições. 
 
Requisitos temporais da liberdade condicional
ARTIGO 8º LEI 8.072/90 
Art. 288 CP 
- Associação para o fim 
de praticar crimes 
Pena: 1 a 3 anos
Art. 288 CP 
-Associação para o fim de 
praticar crimes hediondos 
ou equiparados. 
Pena: 3 a 6 anos
Art. 8º Será de três a 
seis anos de reclusão a 
pena prevista no art. 
288 do Código Penal, 
quando se tratar de 
crimes hediondos, 
prática da tortura, 
tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas 
afins ou terrorismo. 
A lei não proíbe (sequer implicitamente) tratando-se de importante instrumento de 
ressocialização.
PERGUNTA DE CONCURSO: o que é Reincidente Específico em Crime 
Hediondo? 
R: 
 1ª corrente: é o reincidente em crimes previstos no mesmo tipo penal. 
Exemplo: 213+213 
 2ª corrente: é o reincidente em crimes que violam o mesmo bem jurídico, 
ainda que em tipos distintos. Exemplo: latrocínio + extorsão mediante 
sequestro. 
 3ª corrente: é o reincidente em crimes hediondos ou equiparados, não 
importando se protegendo ou não ao mesmo bem jurídico ou se estão 
previsto no mesmo tipo penal. Esta corrente é a que prevalece, inclusive no 
STF.
ATENÇÃO: associação criminosa com o fim de tráfico de drogas configura o 
artigo 35 da lei de drogas (pena de 3 a 10 anos) 
PERGUNTA DE CONCURSO: Cabe sursis ou restritiva de direitos para crimes 
hediondos ou equiparados? 
 1ª corrente: não cabe, pois são benefícios incompatíveis com a gravidade 
dos crimes hediondos ou equiparados. 
 2ª corrente: a vedação de benefícios (penais e processuais) com base na 
gravidade em abstrato é inconstitucional. É a posição do STF.
Finalidades da identificação: abastecer sistema de dados da união.
 
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 
2º, I, II, III, IV e V); 
II - latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º); 
IV - extorsão medianteseqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º 
e 3º); 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). 
VII-A - VETADO 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação 
dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 
1º, 2º e 3º da Lei no 2.889, de 1º de outubro de 1956, tentado ou consumado. 
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO NOS CRIMES HEDIONDOS 
ATENÇÃO: temos a remição pelo trabalho, pelo estudo, pela leitura (esta 
adotada nas penitenciarias federais). 
 
 A lei complementar 64/90 (lei da ficha limpa), alterada pela lei 
complementar 135/10 anuncia ser caso de inelegibilidade condenação em 
2º grau por órgão colegiado pela prática de crime hediondo ou equiparado.
Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de 
natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o 
da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à 
identificação do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido 
desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei nº 
12.654/2012, entrando em vigor 180 (cento e oitenta) dias após sua publicação 
em 29/05/2012) 
ATENÇÃO: o artigo 9º-A da LEP só abrange os crimes previstos no artigo 1º 
da lei 8.072/90 (não abrange os equiparados, salvo quando praticados com 
violência de natureza grave contra a pessoa). 
Cuidado: a expressão do artigo ‘’obrigatoriamente’’ não significa que o preso 
está obrigado a fornecer o material genético (ninguém é obrigado a 
produzir prova contra si mesmo). Mas a autoridade pode valer-se de 
qualquer meio legitimo para colher o material, em especial aproveitando-se 
de matéria desprendida pelo próprio acusado (cigarro jogado no chão do 
caso Pedrinho).
CRIMES HEDIONDOS - PARTICULARIEDADES 
Artigo 1º, I – Homicidio doloso. 
 I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 
121, § 2º, I, II, III, IV e V); 
Art. 121, § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for 
praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de 
segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
GRUPO DE EXTERMÍNIO: reunião de pessoas, matadores, justiceiros (civis 
ou não) que atuam na ausência ou leniência do poder público tendo como 
finalidade a matança generalizada, chacina de pessoas supostamente 
etiquetadas como marginais ou perigosas. A doutrina discute quantas 
pessoas devem integrar o grupo. 
 1ª corrente: mais de 3 pessoas (interpretação com base no art. 288 
do CP) 
 2ª corrente: mais de duas pessoas (interpretação com base no 
conceito de organização criminosa trazido pela lei 12.694/12). 
Pelo fato da matéria ser recente o STF ainda não se posicionou sobre o 
assunto.
MILÍCIA ARMADA: grupo de pessoas (civis ou não) tendo como finalidade devolver a 
segurança retirada das comunidades mais carentes, restaurando a paz cobrando por este 
‘’serviço’’. Para tanto, mediante coação, os agente ocupam determinado espaço 
territorial. A proteção oferecida nesse espaço ignora o monopólio estatal de controle 
social, valendo-se de violência ou grave ameaça.
 Curiosidade: a assembleia geral das nações unidas, em Dezembro de 
1989, por meio da resolução 44/162, aprovou os princípios e diretrizes para 
a prevenção, investigação e repressão as execuções extralegais, arbitrarias e 
sumarias de grupos de extermínio e milícias privadas. 
 Será hediondo se qualificado, salvo quando for privilegiado de acordo 
com o STF e STJ. 
 Quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio. 
 Atenção não precisa ser qualificado para ser hediondo basta ser 
praticado como atividade típica de grupo de extermínio, mesmo que seja 
simples. 
 Cuidado: a lei 8.072/90 não faz referência ao homicídio praticado por 
milícia privada. 
DEPOIS DA LEI 12.720/12 
Homicídio praticado em atividade 
típica de grupo de extermínio. 
 
Ficou sendo o artigo 121 §6º ou 
121§2º (c/c §6º). 
Esta circunstancia passou a 
aumentar a pena (causa de 
aumento de pena) 
Torna o crime hediondo quando 
simples.
DEPOIS DA LEI 12.720/12 
É o artigo 121§6º ou 121 §2º 
(c/c §6º) 
É causa de aumento de pena. 
Continua não gerando crime 
hediondo quando simples. 
É objeto de analise dos jurados 
Constituição de milícia privada 
(Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) 
Homicídio praticado por milícia armada 
 
ANTES DA LEI 12.720/12 
Podia ser o artigo 121 ou 121 §2º CP 
Não aumentava a pena ou qualificava o 
delito 
Era circunstancia judicial desfavorável. 
Não tornava o homicídio simples 
hediondo. 
Não era objeto de análise dos jurados. 
ANTES DA LEI 12.720/12 
Homicídio praticado em atividade típica 
de grupo de extermínio. 
 
Era o Artigo 121 ou 121, § 2º CP: esta 
circunstancia não aumentava a pena ou, 
por si só, qualificava o crime. 
Era uma circunstancia judicial 
desfavorável. 
Tornava o delito hediondo quando 
simples. 
Esta circunstancia não era objeto de 
analise dos jurados, sendo que o juiz 
que analisava.
Exemplo: homicídio praticado por grupo de extermínio: 
a) 121 §6º + 288-A CP 
b) 121, §6º (não se aplica o artigo 288-A CP para evitar o bis in idem) 
 
Cezar Roberto Bittencourt já anunciou que adotou a segunda corrente. O STF 
em outros casos adota a primeira corrente. (roubo majorado + quadrilha ou 
bando) onde o STF admite o concurso de crimes, pois são infrações 
independentes protegendo bens jurídicos diversos.
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização 
paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de 
praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: (Incluído dada pela Lei 
nº 12.720, de 2012) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído dada pela Lei nº 
12.720, de 2012)
ORGANIZAÇÃO PARAMILITAR: associações civis, armadas e com estrutura 
semelhante á militar, possuindo as características de uma força militar, com 
estrutura e organização de uma tropa ou exercito, sem sê-lo (exemplo das 
Farc na Colômbia) 
 
Cuidado: artigo 288-A não é crime Hediondo

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