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1) A Constituição Federal, em seu artigo primeiro, estatui que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituindo-se em Estado Democrático de Direito, apresentando como forma de estado:
Alternativas:
a)A República.
b)A Federação. CORRETA
c)O presidencialismo.
d)A monarquia.
e)O parlamentarismo.
2) Qual é o ramo do direito que se preocupa com as questões da Administração Pública (não privada), por meio de regras e princípios destinados ao agentes e instituições públicas nacionais?
Alternativas:
a)Direito Civil.
b)Direito Social. 
c)Direito Corporativo.
d)Direito Administrativo. CORRETA
e)Direito Internacional Público.
3) Quando um ato administrativo legal e perfeito torna-se inconveniente ao interesse público, a administração pública (gestores de órgãos públicos) poderá suprimi-lo por meio de:
Alternativas:
a)Anulação.
b)Refazimento.
c)Revogação. CORRETA
d)Renúncia.
e)Ratificação.
4) Acerca dos atos administrativos, assinale a alternativa correta.
Alternativas:
a)Ato discricionário pode ser praticado pela administração com total liberdade de escolha, mesmo que haja violação de dispositivo legal.
b)Ato nulo é aquele em que a administração pode invalidar de acordo com a sua conveniência.
c)Ato revogável é aquele que já nasceu eivado de vício insanável, podendo apenas ser revogado judicialmente.
d)Ato público é aquele que somente é realizado pelo ente privado.
e)Ato vinculado é aquele para cuja realização a lei estabelece requisitos e condições. CORRETA
5) O princípio da eficiência, que deve ser seguido por qualquer gestor público, expressamente previsto na Constituição Federal, traduz a ideia de uma administração:
Alternativas:
a)Gerencial. CORRETA
b)Descentralizada.
c)Informatizada.
d)Legalizada.
e)Moderna.
Começo o nosso estudo questionando se você gosta de comprar? Quem não gosta de comprar uma roupa nova, adquirir um pacote de viagem, de comprar um presente a quem ama?
Tenho certeza de que você, como um bom consumidor, deve constantemente adquirir produtos e serviços disponíveis no mercado, seja por meio da internet, seja diretamente nos estabelecimentos comerciais, estando exposto aos riscos desta atividade econômica.
 As relações de consumo tiveram um aumento significativo nos últimos anos em decorrência da diversidade de serviços/produtos no mercado, além da facilidade de crédito e inúmeras possibilidades de compra.
E como o Direito é um ser social e não pode estar alheio a estas mudanças, ele vem cada vez mais se ocupando da proteção legal do consumidor que, sendo o hipossuficiente na relação de consumo, pode sair prejudicado em uma compra de produto defeituoso ou na aquisição de um serviço com vício, e não ter condições legais de buscar o devido ressarcimento.
Mas, afinal, como se caracteriza a relação de consumo?
As relações de consumo são bilaterais, ou seja, pressupõe a existência de duas partes opostas, de um lado, o fornecedor e, do outro lado, o consumidor. Para entendermos as características desta relação, faz-se necessário, primeiramente, compreender o alcance das palavras “fornecedor” e “consumidor”. Como podemos definir estas duas figuras?
Sucintamente, o fornecedor pode ser um fabricante, um produtor, um importador, um comerciante ou um prestador de serviço, sendo sempre aquele que se dispõe a fornecedor bens (produtos) e serviços a terceiros. Oconsumidor, por sua vez, estará sempre subordinado às condições e interesses impostos pelo fornecedor, que é o titular do bem e do serviço colocado à disposição no mercado para atender às necessidades do consumo.
São exemplos de contratos de consumo: os contratos bancários, financeiros, seguro, cartão de crédito, leasing ou arrendamento mercantil, fornecedores de serviços em geral, inclusive os públicos, seguro saúde, plano de saúde, hospedagem, estacionamento, turismo, poupança, locação de automóveis (ALMEIDA, 2010).
É importante saber que a oferta, a publicidade e a propaganda (que veiculam a oferta) vinculam-se ao contrato celebrado entre fornecedor e consumidor. Isso significa que o fornecedor deve sempre fornecer algo que condiz com o que foi ofertado, sob pena de se responsabilizar por isso. Se você for objeto de uma propaganda enganosa ou de uma oferta que não condizia com a realidade, mesmo que não venha a adquirir o produto ou serviço, pode reclamar seus direitos. O direito do consumidor protegeu todas estas relações.
O contrato de consumo deve ser sempre celebrado mediante a boa-fé entre as partes, com muita transparência e lealdade.
A Lei federal que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (CDC) é a Lei nº 8.078, de 11/09/90 (BRASIL, 1990). Você inclusive pode lê-la no site do planalto (atualizada):
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm>.
A definição legal do conceito de consumidor foi dada pelo CDC que, em seu artigo 2º, conceituou consumidor como “[...] toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final” (BRASIL, 1990). No parágrafo único do referido artigo, decretou que “[...] equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo” (BRASIL, 1990).
Talvez o mais importante elemento presente no conceito de consumidor disposto pelo CDC é o destinatário final. A Lei, ao prescrever que o consumidor deve ser “destinatário final”, quis evidenciar que o uso do produto/serviço adquirido deve ser para uso próprio, privado, individual, familiar ou doméstico, e até para terceiros, desde que o repasse não se dê por revenda (ALMEIDA, 2010). Isso significa que só é consumidor, segundo a Lei, aquele quecompra um produto ou faz uso de um serviço sem revendê-lo. Se revender a terceiros algo que adquiriu, seja um produto/serviço, não é consumidor.
 Em relação ao consumidor por equiparação, cumpre ressaltar que tratam de grupos de pessoas ou uma coletividade (determinada ou não) submetida, por exemplo, à prática comercial abusiva (oferta, propaganda). Neste exemplo, embora as pessoas não tenham adquirido o produto/serviço, elas podem ter sido alvo de propaganda enganosa.
O Código de Defesa do Consumidor protege todas as pessoas, mesmo que indeterminadas, que tenham sido atingidas pela má-fé exposta na prática comercial, o que significa que qualquer uma delas, ou todas, podem ajuizar ação buscando a reparação de seus eventuais danos.
O art. 3º da Lei n. 8.078/90 (CDC) (BRASIL, 1990) define a figura de fornecedor, sendo toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Você pode verificar que a definição trazida pela Lei acabou por esgotar todas as formas de atuação no mercado de consumo, pois fornecedor não é só quem produz ou fabrica, industrial ou artesanalmente, em estabelecimentos industriais centralizados ou não, como também quem vende, ou seja, comercializa produtos nos milhares e milhões de pontos de venda em todo o território (ALMEIDA, 2010).
Outro aspecto a ser considerado no CDC são os direitos lá estatuídos. Você conhece os direitos básicos do consumidor? Não há como discorrer sobre o CDC e não comentar sobre estes direitos básicos.
O artigo 6º, do CDC, assim dispõe (BRASIL, 1990, s/p):
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço,
bem como sobre os riscos que apresentem;
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
IX - (Vetado);
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Não se esqueça de seus direitos! O direito à indenização refere-se ao fato de que todo dano gerado a alguém deve ser reparado/indenizado. Assim, o fornecedor deve ser responsabilizado pelos danos causados ao consumidor com a finalidade de assegurar o direito do consumidor de ter ressarcido o prejuízo sofrido. Este direito está intimamente ligado ao direito de acesso à Justiça e à Administração (Procon), vias nas quais o consumidor poderá pleitear a sua indenização. “E, nesse acesso à Justiça, está incluída a ‘facilitação da defesa de seus direitos’, ou seja, deve o Estado remover os entraves ou criar mecanismos que tornem mais fácil a defesa do consumidor em juízo” (ALMEIDA, 2010, p. 69).
Nesta perspectiva é imperioso ressaltar o papel dos Procons (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), que no âmbito administrativo buscam resolver os conflitos das relações de consumo, bem como o papel dos Juizados Especiais, receptores da maioria das ações judiciais que versam sobre o direito do consumidor até 40 (quarenta) salários mínimos.
Aliás, no direito do consumidor, vigora, em regra, a inversão do ônus da prova. Em um processo judicial, quase sempre o ônus de provar é de quem alega. Entretanto, pelo fato do consumidor ser um sujeito vulnerável e não ter condições de provar, na ação que envolve relação de consumo, o ônus da prova será, em regra, do fornecedor, e não de quem alega (consumidor).
Um importante tema acerca do direito do consumidor diz respeito à responsabilidade do fornecedor em ressarcir os danos sofridos pelo consumidor. Regra geral, o CDC declarou que a responsabilidade pelos danos causados ao consumidor é objetiva, sem haver necessidade de demonstrar a culpa do fornecedor.

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