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Pode conter erros no texto, principalmente ortográficos, pois esse material é digitado durantes as aulas! Broncodilatadores: Xantinas Durante a biotransformação de aminoácidos temos a formação de bases nitrogenadas que seguem outras vias de biotransformação que levam a formação de xantinas. E quando são adicionadas moléculas de metil a essas xantinas, elas se tornam metilxantinas. Metilxantinas: Cafeína > encontrada no café, alimentos que contem cacau, coca cola Teofilina > também encontrada em produtos derivados do cacau Teobromina > encontrada em chás Em todas essas estruturas de metilxantinas tem os elementos de átomos de hidrogênio substituídos por grupo metil, então na cafeína tem uma trimetilxantina, em posições 1,3 e 7. Na teofilina tem uma dimetilxantina nas posições 1 e 3, enquanto na teobromina, tem uma dimetilxantina mas os grupos metil estão nas posições 3 e 7. E é essa distribuição de grupos metil que foram inseridos a estrutura da xantina que nos permite ter diferentes metilxantinas (todas elas de origem natural). A cafeína quando foi descoberta observou-se que há uma característica da xantina em produzir efeitos excitatórios sobre o SNC . A teobromina quando foi descoberta verificou-se que ela tinha ações diuréticas ainda que fracas E a teofilina é a metilxantina que quando foi descoberta foram evidenciados efeitos broncodilatadores. Então hoje se tem disponível no mercado, diferentes sais de teofilina (como aminofilina, como pentoxifilina, que são usados como broncodilatadores). Efeito broncodilatador com uso da teofilina. Estimulação de um receptor beta 2 por um agonista que leva a ativação de Adenilato Ciclase(AC), ativação de PKA, e PKA inibe a contração do musculo liso brônquico (broncodilatação). No sistema respiratório também tem vias nitrérgicas , em que as terminações nervosas nitrérgicas liberam oxido nítrico que na célula muscular lisa da musculatura brônquica interage com o sistema efetor guanilato ciclase (GC), catalisa formação de GMP cíclico, leva a ativação de PKG e por vários mecanismos PKG é uma quinase que também inibe a contração da musculatura lisa. Então tem dois sistemas que inibem a contração e levam ao relaxamento de musculo liso brônquico (efeito broncodilatador). E esse efeito broncodilatador é maior enquanto permanecer os níveis de AMP cíclico e GMP cíclico na célula. Quanto mais tempo tiver AMP cíclico na célula em níveis aumentados, mais PKA tem ativada. E quanto mais tempo tem GMP cíclico na célula em níveis aumentados, PKG também irá permanecer por mais tempo ativado. Então as vias que confluem determinando a broncodilatação permanecem por mais tempo na célula, entretanto, fisiologicamente, para cada uma dessas vias se tem mecanismos intracelulares que finalizam essas vias quando elas são ativadas, e então entra a participação de fosfodiesterases (enzimas que hidrolisam o AMP cíclico ou GMP cíclico). Há fosfodiesterases especificas, como a fosfodiesterase 3 para cAMP, e a Pode conter erros no texto, principalmente ortográficos, pois esse material é digitado durantes as aulas! fosfodiesterase 5 para GMP cíclico. E é por ação dessa enzima que se tem a hidrolise desses nucleotídeos cíclicos, e uma vez que isso ocorra não tem mais a formação de PKA e nem PKG ativas. Então se finaliza essa via que leva a broncodilatação. É dessa forma que se consegue manter o controle do tônus na musculatura. Então precisa ter uma via que aumenta o tônus e outra que diminui. As xantinas (teofilina) são inibidores não específicos de fosfodiesterases, como a fosfodiesterase 5 que hidrolisa cGMP e a 3 que hidrolisa cAMP. Isso faz com que o conteúdo de cAMP e cGMP fiquem por mais tempo na cél, e por isso se tem o efeito broncodilatador. No sistema respiratório, assim como em outros, temos receptores para ATP que são denominados de receptores purinérgicos. Temos vários subtipos, como o A1, que quando estimulados pelo ATP (seu agonista) leva à contração da musculatura brônquica, pois esse receptor A1 é metabotrópico acoplado a GI, que inibe o sistema adenilato ciclase, tirando a via de relaxamento, atuando apenas as vias de contração, ou seja, broncoconstrição. A xantina é um antagonista de receptor purinérgico. O agonista de receptor purinérgico leva à contração e o antagonista leva à broncodilatação. Então a xantina atua por 2 vias para obter o efeito broncodilatador, uma é a inibição inespecífica das fosfodiesterases e a outra é como antagonista de receptores purinérgicos. Ações sistêmicas importantes devido, pelo menos em parte, ao antagonismo de receptores purinérgicos para adenosina (ATP): SNC > ativação desses receptores causa efeito inibitório > a teofilina causa efeitos excitatórios como tremores, inquietação, convulsões Sistema cardiovascular > efeitos inibitórios > logo a teofilina causa efeito excitatórios como arritmias, taquicardias Efeitos anti-inflamatórios da teofilina: Inibe a síntese de mediadores pró-inflamatórios > efeito decorrente da ação da teofilina de inibir a translocação do fator de transcrição NF-kB. Esse fator NF-kB é constituído de duas subunidades peptídicas, P50 e P65. Ele está no citoplasma de céls inflamatórias, e associado ao fator temos um inibidor, que não deixa o fator de transcrição ir ao núcleo da cél, impedindo que ele se ligue ao DNA e ative a transcrição de genes que codificam proteínas pró inflamatórias. De outro modo, enquanto esse heterodimero está ligado a esse fator NF-kB ele permanecerá no citoplasma. E para que ele consiga ir ao núcleo, é necessário que esse inibidor NF-kB se dissocie, e para que isso aconteça uma fosforilação do inibidor kB. Essa fosforilação é mediada por uma quinase desse inibidor (IKK) e quando ocorre essa fosforilação o dímero vai para o núcleo e ativa a transcrição de genes que codificam proteínas pró-inflamatórias. A teofilina impede a dissociação do dímero, estudos sugerem que ela possa inibir o inibidor, onde não tem a migração do NF-kB não vai para o núcleo e não há transcrição desses genes, o que explica o efeito anti-inflamatório. A teofilina aumenta a atividade da histona desacetilase. O DNA normalmente está compactado e associado a histonas, que não estão ligadas a grupos acetil, portanto estão em seu estado mais compactado. Por ação de enzimas Pode conter erros no texto, principalmente ortográficos, pois esse material é digitado durantes as aulas! (histonas acetiltransferase), as histonas podem ser acetiladas, e quando isso ocorre essas histonas acabam se afastando, fazendo o DNA passar para uma conformação mais frouxa, permitindo a transcrição gênica. A teofilina aumenta a atividade das enzimas histonas desacetilases, que vão remover os grupos acetil, fazendo o DNA retornar ao seu estado mais compactado, diminuindo a transcrição de genes que codificam proteínas pró-inflamatórias. Aumento da síntese e liberação de proteínas anti-inflamatórias como IL10 Farmacocinética da teofilina: Disponível em ampolas para intravenosa (sais de teofilina), preparações para liberação lenta por via oral; Boa absorção no TGI - biodisponibilidade oral significativa; Biotransformação > metabolismo hepático: sistema citocromo P450 no fígado; o Algumas substâncias podem interferir com essa biotransformação. Temos indutores (aumentam a expressão das enzimas do sistema P450) e inibidores enzimáticos. Carbamazepina, fenitoína, rifampicina, fenobarbital, outros.. >> indutores enzimáticos que aumentam a biotransformação da teofilina Concentração plasmática da teofilina diminui Cimetidina, fluoroquinolonas, outros.. >> inibidores da família P450 Concentração plasmática da teofilina aumenta Teofilina é uma droga de baixo índice terapêutico (razão entre dose tóxica sobre dose eficaz em 50%), quesignifica que a dose letal é muito próxima da dose eficaz. Então uma pequena alteração da concentração plasmática pode levar a efeitos adversos. Efeitos adversos da teofilina: Equinos: o Doses recomendadas: 11 mg/Kg/8 -12 h, v.o.; emergência: 2 – 7 mg/Kg/30 min, i.v. o Efeitos adversos (excitação SNC, sudorese, tremores) ocorrem em concentrações séricas > 15 μg/mL. Cães: o Doses recomendadas: 6 - 11 mg/Kg/8 - 12 h, v.o. ou i.v.; preparações de liberação lenta: 20 mg/Kg/12 h. o Efeitos adversos (excitação SNC, taquicardia) ocorrem em concentrações séricas ≥ 20 μg/mL. Gatos: o Doses recomendadas: 4 mg/Kg/ 8- 12 h, v.o.; ou 0,1 mg/Kg, i.v.; preparações de liberação lenta: 25 mg/Kg/24 h. o Efeitos adversos (salivação, vômitos, convulsões) ocorrem em concentrações séricas > 50 mg/mL. Bovinos: teofilina apresenta baixo efeito boncodilatador