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Ranieli Almeida Rodrigues Farmacologia Aula do dia 27/11/2020 Aula de Revisão Antipsicóticos são fármacos também chamados de neurolépticos, e eles agem no SNC diminuindo a atividade dopaminérgica, eles são antagonistas, eles bloqueiam receptores dopamínicos. E por que eles são fármacos que reduzem essa atividade dopaminérgica? porque quando a pessoa tem alta atividade dopaminérgica ela gera um processo chamado de ilusão. Então de um lado do cérebro se raciocina, enxerga a realidade, do outro lado a ilusão. Essa divisão entre a realidade e ilusão é chamada de esquizo, esquizo significa divisão cerebral, e quando a pessoa tem esse processo de não saber diferenciar o que é ilusão do que é real a síndrome é chamada de esquizofrenia, tudo isso causada pela alta atividade dopaminérgica. Quando a pessoa faz uso de antipsicótico bloqueia receptores dopamínicos e ai reduz essa atividade dopaminérgica eliminando essa parte aqui que é a parte ilusória. Vou colocar alguns exemplos aqui de antipsicóticos. Todas as vezes que nós usamos antipsicóticos eles são capazes de causar efeitos colaterais clássicos. Clorpromazina Haloperidol Risperidona Então a clorpromazina, haloperidol e risperidona eles são capazes de causar efeitos colaterais clássicos. Quais são esses efeitos colaterais clássicos? são efeitos colaterais comuns, tá? são efeitos colaterais clássicos: Esses são os quatro efeitos colaterais clássicos que ocorrem quando a pessoa faz uso de antipsicóticos. Eu coloquei esquizofrenia porque a esquizofrenia é a síndrome que mais se usa esses antipsicóticos, mas existem outros tipos de psicoses que são usados esses medicamentos aqui. Então, para evitar esses efeitos colaterais clássicos com o uso desses antipsicóticos é necessário associar ao biperideno. Então a gente associa ao biperideno porque o biperideno esse age como um antídoto para evitar ou reduzir esses efeitos colaterais clássicos. Clorpromazina + Biperideno Haloperidol + Biperideno Risperidona + Biperideno Pronto, agora a gente já tem aqui um antipsicótico associado ao antídoto que é o biperideno. Então a função do biperideno aqui é diminuir ou evitar os efeitos colaterais clássicos. É muito difícil você evitar totalmente, então a gente sempre comenta como reduzir os efeitos colaterais clássicos causados pelos antipsicóticos, então ele age como antibiótico aqui. Algumas pessoas sofrem hipersensibilidade a esses medicamentos e esses medicamentos podem gerar um surto por hipersalinidade. Para evitar o surto, para evitar a hipersensibilidade, aí você pode associar aqui a prometazina. Prometazina é um anti histamínico, bloqueador de H1. Cuidado tá, porque o anti histamínico nesse caso aqui ele bloqueia H1, não bloqueia H2. Clorpromazina + Biperideno + Prometazina Haloperidol + Biperideno + Prometazina Risperidona + Biperideno + Prometazina Nós vimos lá que a esquizofrenia ela é dividida em 3 graus né. A esquizofrenia é dividida em: Grau I Grau II Grau III Grau I é o esquizofrênico que não é agressivo nem violento. O grau II é aquele que é agressivo mas não é violento. O grau III é aquele que tem agressividade e gera violência também. Então para esse esquizofrênico de grau I basta ele usar... desses 3 antipsicóticos aqui, o que causa menos efeito colateral é a risperidona, então basta usar aqui a risperidona e o biperideno tá ótimo, no máximo a prometazina se ele for hipersensível. Para o grau II que já é agressivo, grau III que gera esses quadros de violência, aí é necessário usar um ansiolítico né, nesses casos aqui a gente faz uma associação com Diazepam. Eu tô colocando diazepam, mas a depender do paciente você pode colocar lorazepam, clonazepam talvez, depende da concentração. Clorpromazina + Biperideno + Prometazina + Diazepam Haloperidol + Biperideno + Prometazina + Diazepam Risperidona + Biperideno + Prometazina + Diazepam Então o diazepam aqui ele é um ansiolítico, ele é um agonista de GABA A, ele tem um setor de acoplamento no receptor de GABA A, quando ele se acopla a esse receptor de acoplamento do receptor GABA A ele mantém aberto os canais de cloro favorecendo os efeitos Gabaérgicos que são os efeitos inibitórios. Então se eu quiser reduzir os efeitos colaterais clássicos eu uso o biperideno, o biperideno tá aqui para reduzir os efeitos colaterais clássicos. O efeito colateral clássico mais praticado no quadro de esquizofrenia é a síndrome extrapiramidal, e esses efeitos colaterais clássicos são causados pelos antipsicóticos. Para evitar um efeito de hipersensibilidade, um surto de hipersensibilidade usa-se a prometazina que é um anti histamínicos bloqueador de H1, não bloqueia H2, quem bloqueia H2 é ranitidina, cimetidina para evitar secreção gástrica. Como ansiolítico um benzodiazepínico, né, eu coloquei o diazepam aqui. O benzodiazepínico ele induz o feito Gabaérgico quando se liga a setor de acoplamento do receptor GABA A mantendo os canais de cloro abertos aumentando assim a atividade Gabaérgica que causa efeitos inibitórios. Os analgésicos opióides são fármacos derivados do Ópio. O ópio é um depressor do SNC e ele é extraído de uma planta chamada papoula. Então extrai-se o látex da papoula que é o ópio e se produz os analgesicos opoides atraves desse ópio. Como é é um depressor do SNC ele é capaz de causa dependência física. Então as principais característica é: Depressor do SNC Causam dependência física Causam efeito rebote. O efeito rebote é quando você não faz o desmame da droga e todos aqueles efeitos de quadro patológico anteriormente no início do tratamento eles retornam. Causam síndrome de abstinência Causam tolerância. O que é tolerância? quando você usa uma dose, uma certa concentração, e aquela concentração não faz mais efeito e você começa a aumentar aquela concentração e aquela dose para alcançar o efeito desejado, isso gera tolerância porque o seu organismo vai entrar em colapso. No caso da síndrome de abstinência é quando você faz a retirada abrupta da droga, ela já gerou uma dependência física, você cessa abruptamente o uso e ela causa uma síndrome de abstinência. Então essas são as caracteriscas do analgesicos opioides. Ele são divididos em: Natural Semi-sintético Sintético Natural, vou colocar um exemplo aqui de opioides naturais aqui: Morfina. Quase todos esses analgésicos semi-sintéticos e sintéticos eles são derivados da morfina, porque a morfina é como se fosse o centro da descoberta dos analgesicos opoides é a morfina, então a gente tem a morfina, codeína, tebaína. Semi-sintético nós temos a normorfina, oximorfina. E aí os sintéticos que são mais utilizados hoje né, fentanil, tramadol, dolantina. São alguns exemplos de analgésicos opióides. Os analgésicos opióides diferentemente dos anti-inflamatórios esteroides e não esteroides, eles são usados para dor moderada a intensa, eles não são usados para dor leve a moderada. Cuidado com esses termos aí, porque no enunciado da questão pode ter algum trocadilho, às vezes você ler a questão por um todo e acha que ela está correta e vai tá lá que analgesicos opioides são usados no tratamento de dor leve, e não é, ele é da dor moderada a intensa. Então quando nós temos uma dor leve a moderada e usamos anti-inflamatórios esteroides e não esteroides nós estamos com a intenção de impedir a síntese de prostaglandinas. Nesse caso aqui com analgesicos opoides é um pouquinho diferente. A gente tem aqui o neurônio aqui. Quando ele é estimulado ocorre o impulso que passa através o corpo do neurônio e vai para a medula. A ideia do analgésico opióide é impedir que esse estímulo chegue até a medula, e pra isso é necessários que esses analgesicos opoides se encaixem a receptores específicos. Então nós temos os chamados NOx receptores que são receptores opióides. Esses receopreotes opioides eles são especificos para que osanalgesicos opoides se liguem a eles. Uma coisa que o aluno sempre fica na dúvida é assim: Como é que existem esses receptores opióides no nosso organismo se os analgesicos opioides eles não fazem parte do nosso organismo? Mas o nosso organismo ele tem substâncias endógenas que se encaixam a esses receptores opióides. Na verdade a farmacologia ela foi programada para primeiro estudar a fisiologia, entender os receptores já existentes, as substâncias endógenas, e usar como ponte causadora de efeitos esses receptores. Então esses receptores opióides eles já existem no nosso organismo porque nós produzirmos substâncias endógenas que se encaixam a esses receptores. Então os principais receptores são: MU DELTA KAPPA SIGMA O mais importante dos receptores de efeito de analgesia é o MU. O problema é que o MU também está relacionado a efeito de depressão respiratória e também de alucinação, mas o receptor que confere efeito exclusivamente de alucinação é o SIGMA. Muitos livros não carregam esse SIGMA porque ele é um receptor recentemente descoberto, ele ´um receptor novo. Antes se associava alucinação apenas a receptor MU, mas hoje já se sabe que existe esse receptor SIGMA que ele é exclusivo para alucinação, ele não tem efeito de analgesia nenhum, ele não tem efeito de depressão respiratória nenhum, ele é exclusivo de efeito de alucinação.Então quando se descobriu o tramadol, por exemplo, tramadol que é o tramal, ele é um analgesico opoide que dificilmente, quase que impossível causar dependência física. E aí eles começaram a estudar porque o tramadol dificilmente causa uma dependência física já que se você usar morfina, fentanil, dolantina gera uma dependência física muito rapidamente, e porque o tramadol dificilmente gera essa dependência física? Porque ele não tem afinidade pelo SIGMA, por isso que o SIGMA foi estudado, então o tramadol não tem afinidade pelo receptor SIGMA, então o efeito de alucinação dele é quase que insignificante, a pessoa usa tramadol e nem sente efeito de alucinação, porque ele não chega a se comentar aqui ao receptor SIGMA, e ele se conecta ao MU e causa principalmente analgesia, não chega a causar depressão respiratória e nem alucinação. Então dentro dos analgésicos opióides o tramadol hoje é o mais usado por ele não gerar esse problema de alucinação de dependência física. Essea nalgecisos aqui, o fentanil aqui por exemplo, o fentanil ele é sedativo indutor de coma, ele é o que induz aquele coma, quando a pessoa dá entrada na CTI e precisa ficar em coma induzido usa-se muito fentanil, ele é sintético e ele tem alta potência de causar depressão respiratória, então os médicos eles morrem de medo de administrar fentanil porque ele tem alto poder de causar depressão respiratória, e a depressão respiratória gera parada cardiorrespiratória, por isso o medo dos médicos de administrarem esses médicos. Quanto a codeina, codeina é usado bastante na forma de xarope, porque o xarope de codeína inibe a tosse lá no centro da tosse, mas a gente encontra codeina também na forma de comprimido associado a paracetamol, que é o que encontramos no mercado como Tylex, o tylex é codeína associada a paracetamol. Então você tem aí um analgesico opoide natural que é a codeína que vai impedir esse estímulo da dor, impede que esse estímulo da dor chegue até a medula espinhal, e o paracetamol que impede a síntese de prostaglandinas, é uma associação aqui. Existem alguns comprimidos de codeina pura né, os que não têm associação nenhuma, mas a gente encontra mais no mercado aí esse tylex aí que é a codeína aí associada a paracetamol muito usado para tratamento de enxaqueca. Ele é sob controle de portaria 344. produto controlado, porque os opioides são entorpecentes, eles causam torpor. Então essa alucinação que gera o uso de opioides nós chamados de torpor, então eles são entorpecentes, são vendidos apenas com receita sob controle especial regidos pela portaria 344 da ANVISA. Vocês da odontologia vão usar opióides? Vão. Vocês podem usar aqui a codeína para um tratamento mais simples. A codeína também dificilmente gera um quadro de alucinação, ela não tem tanta afinidade com o SIGMA não. Vocês podem usar a tebaína. Em casos mais graves de orto trauma, buco-maxilo, acidentes envolvendo mandíbula, reconstrução de mandíbula, maxilar, aí vocês vão usar aí o tramadol. Um paciente no pós cirúrgico de buco-maxilo aí ele vai obviamente necessitar de um uso de tramadol. Depressão é a queda dos níveis de dopamina, noradrenalina e serotonina, principalmente dopamina e serotonina. Então quando a pessoa tem queda desses níveis ela precisa repor os níveis desses neurotransmissores aqui, e aí nós temos mecanismos de ação diversos para melhorar o nível desses neurotransmissores. A depressão ela pode ser classificada em: Depressão maior, e essa precisa ser tratada obrigatoriamente com medicamentos. Depressão mediana Depressão menor A depressão menor não há necessidade de tratamento medicamentoso e a depressão mediana é necessário avaliar se o paciente está caminhando para a depressão maior, e aí ele precisa fazer uso de medicamento ou se ele tá evoluindo para a evolução menor, nesse caso aí não há necessidade de uso de medicamento ou pode se usar uma concentração e uma dosagem menor. Mecanismo de ação dos antidepressivos: Nós temos uma sinapse adrenérgica aqui né, a janela de recaptação, aqui eu tenho as vesículas contendo neurotransmissores, aqui eu vou ter meu 2º mensageiro que é o AMP cíclico, no lado extracelular eu tenho o cálcio, aqui eu vou ter uma grande quantidade de mitocôndria, porque uma célula nervosa né. Esse cálcio aqui ele tende a entrar por capilaridade através da janela de recaptação, alguns calços podem entrar até por canais iônicos ta, mas como eles encontram aqui a entrada mais fácil que é a janela de recaptação de neurotransmissores, eles saem do meio extracelular para o meio intracelular, então ele vem para dentro da fibra pré-sináptica. Quando ele entra na fibra pré-sináptica o AMP cíclico sinaliza para a mitocôndria sintetizar ATP, esse ATP ativa o cálcio, o cálcio sendo ativado vai romper as vesículas contendo os neurotransmissores, nesse caso aqui os neurotransmissores que mais me interação são a dopamina, noradrenalina e serotonina. Aqui na fibra pré-sináptica eu tenho uma enzima chamada de monoamina oxidase (MAO) que degrada o excesso de neurotransmissores que retornam através da janela de recaptação, na pós sináptica eu tenho a Catecol O-Metiltransferase (COMT) que degradam o excesso de neutamissores que sobram na fenda sináptica. Do lado da fibra pós sináptica eu vou ter os meus receptores né, então vou ter os receptores específicos alí. Então o primeiro mecanismo de ação que eu encontro nos antidepressivos é a inibição da monoamina oxidase, se eu inibir a monoamina oxidase eu aumento a quantidade de neurotransmissores sendo secretados a partir das vesículas da fibra pré sináptica, por que? porque se eu inibir a MÃO eu não vou tá degradando os neurotransmissores que retornam através da janela de receptação e voltam para dentro da vesícula, então eles tornam a ficar sendo secretados. Acontece que quando eu faço isso eu também estou aumentando os níveis de adrenalina, de GABA, de Glutamato, então é o aumento de todos né, e eu sei que se eu aumentar os níveis de adrenalina eu posso ta aumentando a minha pressão arterial sistêmica, porque aumenta os batimentos cardíacos, eu aumento ai a vasoconstrição, eu aumento aí os batimentos cardíacos relacionados ao B1, então isso pode gerar o aumento da pressão arterial sistêmica. Então os inibidores da MAO eles podem causar aumento de pressão arterial. Pacientes que são hipertenso não podem ficar fazendo uso de inibidores da monoamina oxidase (IMAO). A segunda classe dos antidepressivos são os ADT’s (antidepressivo tricíclicos). Os antidepressivos tricíclicos foram os primeiros a seremdescobertos, só que causam muitos efeitos colaterais chamados de efeitos anticolinérgicos, nós chamamos de efeitos muscarínicos. Esses antidepressivos eles atuam aumentando a disponibilidade de noradrenalina e serotonina, então ele impedem a recaptação de noradrenalina e serotonina, mas causam efeitos muscarínicos. Quem são esses efeitos muscarínicos? boca seca, constipação, visão turva, taquicardia, são os principais efeitos muscarínicos aí, porque eles vão lá no sistema nervoso parassimpático e bloqueiam os receptores muscarínicos. Esses antidepressivos tricíclicos eles são mais indicados na depressão gerada em pacientes psicóticos, aqueles pacientes que têm algum tipo de psicose e sofre depressão, os antidepressivos mais indicados são os antidepressivos tricíclicos. Muita gente erra e diz que os mais indicados são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) como a fluoxetina, paroxetina, sertralina, não são, porque aquele ISRS eles são indicados para depressão compulsiva, e nesse caso aí é uma depressão gerada por estado psicótico. Então depressão por estado psicótico os antidepressivos indicados são os antidepressivos tricíclicos. Vamos para o próximo aqui que são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). São os antidepressivos mais usados atualmente. A gente tem aí a citalopram, fluoxetina, paroxetina, sertralina. Essa recaptação de serotonina pelo neurônio ela não vai ser recaptada, né, então é como se o medicamento ele amplia a molécula de serotonina e ele nao consegue passar através da janela de recaptação. Então o que confere os inibidores seletivos da recaptação de serotonina menos efeitos colaterais é essa seletividade dele, então a seletividade por receptores específicos é considera a principal diferença entre os membros dessa classe aí, e receptores exclusivos acabam ativando os efeitos diferentes. Agora, existem alguns efeitos colaterais esperados aqui dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina, como por exemplo: Disfunção sexual masculina. 1 em cada 1000 usuários pode sofrer de disfunção sexual masculina. Pode reduzir a líbido feminina Reduz também a lubrificação vaginal Aumenta peristaltismo. Então e a pessoa tem refluxo, por exemplo, vai acabar piorando o refluxo. A gente tem uma outra classe que é o inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina (ISRN). Isso aqui é uma classe nova que temos como exemplo aqui a reboxetina. É uma alternativa aí para pacientes que não se sentem bem com ISRS né, então você acaba inibindo apenas a recaptação de noradrenalina. Temos outro que o inibidor seletivo da recaptação de dopamina (ISRD) Temos outro também que.. aqui eu tô colocando os que não são muito famosos não né, os mais famosos são os IMAO’s, IDT’s e os ISRS. Inibidor seletivo da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN). Esse ainda é prescrito, bastante prescrito, eles têm uma semelhança muito grande aos tricíclicos, só que nao tem os efeitos muscarínicos que os tricíclicos causam. Eles apresentam uma fraca atividade sobre a dopamina e uma maior atividade sobre a serotonina e noradrenalina, então dificilmente com o uso desse antidepressivo você impede a recaptação de dopamina, então ele é mais exclusivo para recaptação de serotonina e noradrenalina. Então como ele tem o mecanismo de ação bem semelhante aos IDT’s eles apenas se diferenciam porque eles não causam os efeitos muscarínicos. Então esses são os principais antidepressivos aqui que nós estudamos. Eu quero que vocês foquem apenas nos principais que são os IMAO’s, IDT’s e ISRS, esses três aqui são os principais, os outros nós chamamos de atípicos. Os antibióticos eles possuem ação biológica que pode ser bactericida ou bacteriostática. Bactericida quando o antibiótico mata o microrganismo, bacteriostática quando inibe o crescimento e a proliferação daquele microorganismo. Para que ele seja bacteriostático é necessário contar com o sistema imunológico funcionando perfeitamente, se o sistema imunológico não estiver funcionando perfeitamente não adianta fazer uso de antibiótico bacteriostático, então o antibiótico bactericida é o mais indicado para pessoas que tem problema de imunodeficiência, pessoas que estão fazendo quimioterapia, que tem quedas dos níveis de leucócitos, pessoas que tem síndrome de deficiência adquirida, pessoas que têm doenças autoimunes que reduzem os níveis de anticorpos, então essas pessoas aí só podem fazer uso de antibiótico bactericida e não bacteriostática, pra ele usar de ação biológica bacteriostática ele precisa que o sistema imunológico esteja funcionando perfeitamente. Quanto ao espectro de ação, os antibióticos podem ser classificados em largo ou amplo espectro de ação ou curto ou baixo espectro de ação. Quando o antibiótico possui curto ou baixo espectro de ação é porque ele possui certa seletividade, pode até chamar de especificidade, ele é específico para um grupo de bactérias, mas eu gosto muito desse termo “seletividade”, então quando ele possui curto ou baixo espectro de ação ele possui certa seletividade, ou seja, ele vai atacar apenas um grupo de bactérias: ou gram positivas, ou gram negativas, ou aeróbias, ou anaeróbias, ou estreptococos, ou estafilococos, então ele vai escolher um grupo de bactérias para atacar. Quando ele é de amplo espectro de ação é sem seletividade, ou seja, se ele é usado para atacar bactérias gram negativas, ele vai atacar tanto gram negativas que tá causando a infecção bacteriana como gram negativa de microbiota normal ou ele vai atacar gram negativas e gram positivas, se ele for usado pra anaeróbias eles atacam anaeróbios também, então eles não possuem aqui seletividade. Nesses casos aqui em que o antibiótico é de amplo expectro de ação é necessário que após o tratamento, e aí vocês que são prescritores vão fazer isso, vocês vão prescrever probióticos. Por quê probióticos? probióticos são microrganismos vivos capazes de repor a flora bacteriana intestinal. E qual a importância de repor a flora bacteriana intestinal? porque o nosso intestino absorve substâncias importantes e para absorver substâncias importantes é necessário manter o PH íntegro, não pode ter alteração de PH. No momento que você usa um antibiótico de amplo espectro de ação, destrói a microbiota intestinal, você altera o PH, isso vai comprometer por exemplo: a presença de fator intrínseco que é responsável pela absorção de vitamina B12 e folato; Você vai destruir bactérias capazes de produzir vitamina K que está envolvida com o processo de coagulação como é o caso da esquielicore; Você vai perder eletrólitos porque vai sofrer desidratação com quadros diarréicos. Então é importante fazer essa reposição da flora bacteriana intestinal a partir dos probióticos, porque aí você vai voltar a formar as reações de fermentação e impedir também a presença de microrganismos patogênicos. Nos casos dos probióticos aqui você tem a opção de lactobacilos, que aí você vai favorecer a fermentação lática e isso aí você vai ter a presença e ácido lático, e você também tem a probabilidade de fazer a reposição com fungos do tipo saccharomyces. Nós temos os saccharomyces aí do repoflor, do floratil. E não esquecer da hidratação né, é importante fazer a hidratação. Então todas as vezes que você for prescrever antibiótico de amplo espectro de ação, na própria pescrição você coloca para ele fazer uso de probiótico após o tratamento, porque se não ele vai ter efeitos colaterais do antibiótico né, efeito pós uso do antibiótico, isso é ruim, então é bom ele fazer já esse uso de probiótico. No caso de antibiótico de baixo ou curto espectro de ação não tem necessidade porque ele vai atingir apenas um grupo de bactérias, é o caso por exemplo de pessoas que fazem o uso de antibiótico para conjuntivite, que é pra combater aí os estafilococos aureus. Então são antibióticos que vão combater apenas estafilococos aureus, então você não vai ter aí problemascom as enterobactérias. Agora, se você for fazer uso de norfloxacin, amoxicilina, são antibióticos de amplo espectro de ação, então acabam destruindo sua microbiota intestinal. Depois nós temos aqui os mecanismos de ação. Nós temos 3 mecanismos de ação, o primeiro é relacionado a parede celular bacteriana, porque nossas células não têm parede celular né, o segundo mecanismo de ação é relacionado a síntese de proteínas, e o terceiro ácidos nucleicos. Em relação a parede celular: antibióticos que vão atuar na parede celular bacteriana são os betalactamicos. Eu tenho aqui a minha célula e eu tenho a minha parede celular e essa parede celular é formada por peptideoglicanos. Por que peptideoglicanos? porque é uma parede proteica, porque as proteínas têm ligações peptídicas, e essas proteínas são ligadas a moléculas de glicose, por isso são chamadas de peptidoglicanos, é o que reforça a parede celular e essa parede celular serve para proteger a própria bactéria. Então os beta lactâmicos eles quebram esses peptideoglicanos aqui. Acontece que se você prescrever para o seu paciente “Amoxicilina de 12 em 12h, 500mg durante 7 dias” e o paciente usa o primeiro dia, o segundo dia, se sente melhor e para de usar, o micrognatismo ele tem uma chamada memória… ele consegue memorizar o mecanismo de ação do antibiótico. Então o que é que vai acontecer? primeiro ele vai gerar aí uma resistência antimicrobiana né? se o paciente tiver uma nova infecção e for usar o mesmo antibióticos os microorganismos vão vir com uma parede celular ampliada, ele já ampliam a parede celular. E outra coisa, eles produzem enzimas chamadas de beta lactamase e essa betalactamase são enzimas que vão inibir a ação dos beta lactâmicos. Quem são esses beta lactâmicos? esses betalactâmicos são principalmente as penicilinas né. Então nós temos aqui: Penicilina, benzatina, procaína, a gente tem os derivados amoxicilina, ampicilina, eritromicina, cefalosporinas (1º, 2º, 3º e 4º gerações). Então essas penicilinas aqui são betalactâmicos porque são capazes de quebrar peptideoglicanos, mas se a pessoa nao usar corretamente antibiótico ou usar indiscriminadamente sem acompanhamento médico, essas bactérias tornam-se resistentes, principalmente porque ampliam a parede celular, e lançam a betalactamases contra os antibióticos inibindo a ação dos antibióticos. Então nesse caso aqui a farmacologia pensou em uma forma de inibir a betalactamase, e aí o que é que a farmacologia fez? pegou por exemplo a amoxicilina e associou ao ácido clavulânico. Por que ao ácido clavulânico? porque o ácido clavulânico é capaz de inibir a ação da beta lactamase deixando o espaço livre para a amoxicilina quebrar os peptideoglicanos. Existe outra condição aqui de eu associar um betalactâmico? existe também. Eu posso pegar a ampicilina e associar ao sulbactam, ou seja e a outro composto que também inibe a betalactamase, então o sulbactam também é capaz de inibir a betalactamase. Então eu tenho esses artifícios dentro da prescrição de antibióticos. Vamos agora para os macrolídeos. Os macrolídeos são antibióticos que inibem síntese de proteínas bacteriana. Como que ocorre síntese de proteína? se a gente lembra lá da célula humana… Eu tenho a minha célula humana aqui, aqui dentro do núcleo eu tenho o meu DNA. DNA é um ácido desoxirribonucleico formado por dupla hélice ligado a partir de bases nitrogenadas. Eu tenho o DNA que vai ser copiado a partir de um RNA que eu vou chamar de RNA mensageiro, e vai enviar essa cópia para o citossol, então vai tirar do núcleo e vai enviar para o citossol. O RNA mensageiro envia para o RNA transportador e o RNA transportador para o RNA ribossômico. Lá nos ribossomos vai haver formação de códons que são bases nitrogenadas, a cada bloco e 3 bases nitrogenadas eu tenho um códon e a união desses códons eu vou formar aminoácidos e a união desses aminoácidos eu formo proteínas. Então eu vou formar por exemplo… se eu tenho um códon da posição 5’ (cinco linha) Adenina, timina, adenina, citosina, guanina, timina, adenina, adenina, timina, se eu tenho um DNA com essa cópia aqui, quando eu vou parear com RNA, aí já é na posição 3’ para 5’, se fosse DNA a adenina ia casar com timina, mas como é uma cópia do RNA ele vai ser uracila → Timina com adenina porque RNA tem adenina → adenina com uracila → citosina com guanina → guanina com citosina → timina com adenina → adenina com uracila → timina com adenina. (3’ - UAU GCA UUA - 5’). Isso aqui a gente chama de pareamento de bases, porque eu tenho uma cópia do DNA a partir do RNA. Quando eu tenho esse pareamento de bases aqui eu vou formando aminoácidos e depois eu vou juntando esses aminoácidos para formar proteínas. Isso aqui é chamado de tradução, porque lá no início quando eu faço uma cópia do DNA a partir do RNA mensageiro eu tenho uma transcrição, aqui nesse momento do pareamento de bases aqui eu tenho uma tradução. Então no momento que eu vou formando esses códons, eles são formados a partir de subunidade ribossomal e as subunidades ribossomais ela são feitas em cascata como se fosse escadinha. Nós temos subunidades 1s, 5s, 10s, 30s, 60s, 70s.. nós seres humanos não temos 2 subunidades ribossômicas que as bactérias têm, as bactérias elas tem essas subunidades 30s e 50s, nós seres humanos não temos 30s e 50s, nós temos 70s, então esses macrolídeos aqui eles não atingem as síntese de proteínas das nossas células, porque eles são inibidores apenas de subunidades 30s e 50s, é o caso da azitromicina, a azitromicina é inibidora de 50s, então como os macrolídeos inibem subunidades ribossômicas apenas 30s e 50s então nossas células não são atingidas porque nossas células não possuem subunidades 30s e 50s. Existe outra classe de antibióticos que inibem síntese de proteínas que são as tetraciclinas, só que as tetraciclinas vão inibir a parte de tradução e impedem a síntese de proteínas, mas é o mesmo mecanismo de ação em síntese de proteínas, só muda o local. Os macrolídeos inibem unidades ribossomais 30s e 50s e as tetraciclinas inibem a tradução. As quinolonas que são os antibióticos responsáveis por impedir a replicação do DNA.. a gente sabe que o DNA ele se replica né. O que é que é o DNA? o DNA são duas fitas unidas a partir de bases nitrogenadas. Eu tenho o DNA aqui com as minhas bases nitrogenadas. A diferença do DNA para o RNA, além do DNA ser dupla fita e o RNA ser fita única, são as bases nitrogenadas né, o DNA ele tem timina e não tem uracila e o RNA tem uracila e não tem timina, mas todas as outras bases citosina, guanina, adenina, são comuns aos dois. Então aqui eu tenho dupla fita unidas por bases nitrogenadas. Essa pontinha do DNA ela vai se juntar a outra fita fazendo replicação. Normalmente isso acontece nas nossas células, nas células humanas. Quando nós sofremos de uma infecção bacteriana, o DNA bacteriano ele se liga ao DNA da nossa célula e réplica, então torna a nossa célula sadia uma célula doente porque insere as características da bactéria nas nossas células sadias. A partir de cada pontinha dessa ele vai se juntando a uma fita do DNA e vai se replicando. Quem é responsável por unir essas fitas aqui é uma enzima chamada de topoisomerase e o que contorce essa fita é uma outra enzima chamada de DNA girase. Então para evitar replicação o que é que as quinolonas fazem? as quinolonas vem aqui e inibem a topoisomerase, então a dupla fita não consegue se formar. Então os antibióticos da classe das quinolonas evitam a replicação do DNA inibindo a topoisomerase. Um detalhes importante aqui que vocês tem que lembrar sobre interação medicamentosa, as tetraciclinas não podem serem administradas com leite, por que não podem? porque o leite forma um quelato de cálcio dificultando a absorção, e a gente sabe que quando você dificulta a absorção de um fármaco você está alterando aí a biodisponibilidade, e a gente jamais pode alterar a biodisponibilidade de um antibiótico, porqueo antibiótico ele tem um ciclo pra ser comprido, porque se voce altreta a biodisponibilidade o microrganismo descobre o mecanismo de ação do antibiótico e vai reforçar a parede celular, vai lançar mão da betalactamase, então vai causar resistência antimicrobiana. Então tetraciclinas não podem ser administradas com leite, pois o leite forma um quelato de cálcio dificultando a absorção do antibiótico, alterando assim sua biodiopinilidade. Os quimioterápicos são fármacos que atuam no tratamento do câncer. A quimioterapia abrange o uso do quimioterápico, antibióticos, hormônios e imuno suplementos. O quimioterápico é o que vai agir contra as células cancerígenas, né, apesar de atingir nossas células sadias também, ma a intenção aqui é atingir as células cancerígenas. Os antibióticos eles são usados de forma profilática, por que de forma profilática? porque os quimioterápicos causam imunodeficiência diminuindo bastante o número de leucócitos, eles causam leucopenia. Os hormônios, principalmente os mineralocorticoides e glicocorticoides eles atuam aí no processo inflamatório e os imuno suplementos eles atuam suplementando principalmente anticorpos monoclonais. Inclusive essa semana saiu uma matéria bem interessante sobre o uso de anticorpos monoclonais no tratamento do COVID, porque como o sistema imune da gente não está gravando na memória o vírus do covid 19, aí eles estão fazendo tratamento agora com anticorpos monoclonais, que é um tipo de suplemento imunológico. Desses suplementos imunológicos os principais imunes suplementos são: Anticorpos monoclonais, interleucinas e interferograma, mas o mais importante aqui ainda são os anticorpos monoclonais. Esses quimioterápicos, diferentemente dos outros medicamentos, eles interagem na fase de distribuição com as proteínas plasmáticas através de forças químicas fortes, através de forças covalente complexas, por isso eles permanecem mais tempo no organismo e eles causam efeitos colaterais mais drásticos né, que aí eles atingem células sadias também, então eles são capazes de atingir nossas células mais frágeis: bulbo capilar, células da medula óssea, células reprodutivas, então eles acabam atingindo células sadias e as células mais frágeis. Então todos os medicamentos se ligam às proteínas plasmáticas nas fases de distribuição a partir de forças químicas fracas, com exceção dos quimioterápicos, os quimioterápicos eles se ligam às proteínas a partir de forças químicas fortes. Quais são as formas de administração dos quimioterápicos? Nós temos a primeira forma que é a forma curativa. Você diagnosticar precocemente o câncer e ele tiver ainda o tumor pequenininho, muitas vezes você pode administrar quimioterápico e curar o câncer sem precisar extirpar. A outra forma é a prévia, o que é uma administração prévia de quimioterápico? quando o tumor ele precisa ser reduzido de tamanho, porque muitas vezes se encontra em uma área de alta periculosidade né, às vezes uma região cerebral que você pode comprometer movimentos, pode comprometer memória, aí ele precisa ser reduzido de tamanho, aí você precisa usar quimioterápico de forma prévia. Às vezes também é porque é uma área bastante irrigada né, porque o tumor ele se alimenta de nutrientes e ele precisa ta em uma área bastante irrigada, bastante vascularizada, aí por esse motivo você reduz o tamanho do tumor com administração de quimioterápico de forma prévia. E aí posteriormente a administração dessa forma prévia você faz a retirada cirúrgica do tumor. Terceiro é a adjuvante. A forma adjuvante de administração do quimioterápico está relacionada a pós retirada do tumor né, você faz uma retirada do tumor e administra o quimioterápico de forma adjuvante. Pra que você vai fazer isso? para evitar metástase. Metástase é o desprendimento de uma célula cancerígena de um tecido, quando essa célula cancerígena ela cai na corrente sanguínea e migra para outro tecido, e lá se instala formando um outro tumor. Então pra evitar metástase na retirada de um tumor administra-se quimioterápico na forma adjuvante. E o quarto é a forma paliativa. Paliativa quando o paciente já está em fase terminal, ele já está com metástase, ele não tem mais como resolver o problema dele, e aí ele faz uso de quimioterápico para aumentar a sobrevida dele, apenas pra isso, ele já sabe que vai morrer mesmo do câncer e ele apenas aumenta a sobrevida dele. Muitas vezes ele acaba morrendo pelas consequências do próprio quimioterápico. Inclusive, quando a pessoa é submetida a quimioterapia existem sessões alternadas né, sessões espaçadas, porque eu não posso fazer uso de quimioterápico hoje e amanhã tomar outra sessão de quimioterapia, meu sistema imunológico ele fica comprometido, e existem critérios laboratoriais para o uso de quimioterápico. Quais são os critérios laboratoriais? Leucócitos (leucócitos global): Aí o valor de referência ele varia de … alguns autores colocam 4.000 a 10.000mm3 de sangue. Então o leucócito global para que o paciente faça uma quimioterapia, esse leucócitos têm que está maior que 4.000mm3. Plaquetas. O valor de referência de plaqueta é 150.000mm3 a 450 mm3. Esse paciente para fazer quimioterapia ele tem que tá com o valor maior que 50.000. Ureia: O valor de referência para ureia é de 10 mg/dl a 40 mg/dl. Aí o paciente tem que tá com a ureia menor que 40 mg/dl. Creatinina: O valor de referência de creatinina é de 0,5 a 1,3 mg/dl se for homem, se for mulher vai de 0,5 a 1,2 mg/dl. Então esse paciente que vai fazer quimioterapia a creatinina deve está menor que 1,5 mg/dl. Agora vamos para a parte hepática Tanto o TGO como o TGP o valor de referência é até 40 UI/ml, então esse paciente deve apresentar o TGO e o TGP menos que 40 mg/dl para poder fazer quimioterapia. Agora, tudo isso aqui vai pelo critério médico também, porque às vezes o paciente apresenta 3.000 leucócitos, a primeira sessão de quimioterapia dele foi boa, teve um resultado bom, satisfatório, e aí ele não elevou o leucócito para 4.000 mas tá em 3.000, aí o médico as vezes faz né. Ou então assim, o TGO e TGP dele apresenta 60mg, não apresenta abaixo de 40, mas 60 não é um valor tão significante assim, então muitas vezes ele prefere fazer outra sessão de quimioterapia, porque também se ele demorar o câncer pode se proliferar né, e aí é melhor fazer outra sessão de quimioterapia. E quais são os mecanismos de ação? Os mecanismos de ação são 3: Ciclo inespecífico, no caso da mostarda nitrogenada né, que é a dose de ataque. Cicli inespecífico porque atinge células estáticas e em proliferação. Olha, quando eu falo células são células cancerígenas tá gente? Então ciclo inespecífico atinge células estáticas e em proliferação, então ela não tem nenhuma seletividade aqui não. Já o segundo já tem uma certa seletividade, Ciclo específico. O ciclo específico atinge células em proliferação, então atinge apenas células em proliferação, as estáticas são. Por último nós temos fase específica. A gente sabe que a célula se divide em mitose né, a partir de mitose, e as fases da mitose são prófase, anáfase, metáfase e telófase. O quimioterápico de fase especifico ele inibe uma dessas fases aqui impedindo a mitose. Então são os 3 mecanismos de ação relacionados aos quimioterápicos . 1) Laura, 27 anos de idade, foi diagnosticada com depressão maior e iniciou tratamento com antidepressivo e terapia ocupacional. O fármaco prescrito causou efeitos muscarínicos do tipo boca seca, constipação e visão turva. Esses efeitos são característicos de qual classe de antidepressivo? a) Inibidores da mono amino oxidase. b) Inibidores seletivos da receptação de serotonina. c) Tricíclicos. d) Atípicos. e) Estabilizadores do humor. Justificativa: Só os antidepressivos tricíclicos causam efeitos muscarínicos. 2) Pedro, 42 anos de idade, sofre de síndrome do cólon irritado há dez anos e resolveu buscar tratamento com um gastroenterologista. Apósendoscopia e colonoscopia o diagnóstico foi confirmado e o tratamento iniciado com um antidepressivo capaz de aumentar os movimentos peristálticos. O fármaco prescrito foi a) Fenelzina (inibidor da MAO). b) Amitriptilina (Tricíclico). c) Fluoxetina (ISRS). d) Bupropiona (atípico). e) Carbamazepina (Estabilizador do humor Justificativa: Só os ISRS têm essa capacidade de aumentar o peristaltismo. 3) Mateus, 21 anos de idade, sofre de esquizofrenia e faz uso contínuo de Risperidona 3mg duas vezes ao dia, biperideno 2mg uma vez ao dia, prometazina 25mg uma vez ao dia. Explique por que a risperidona tem que ser associada ao biperideno e qual a importância do uso da prometazina (anti histamínico). Resposta: O biperideno é associado com risperidona para agir com antídoto que diminuem os efeitos colaterais clássicos e a prometazina para alergia ou sensibilidade ao risperidona ou fármaco associado. 4) Janete deu início ao tratamento contra acnes fazendo uso de tetraciclina a qual bloqueia o receptor na subunidade ribossômica 30S que se liga ao t-RNA durante a tradução gênica. Por várias vezes Janete ingeriu a cápsula do antibiótico com leite, interferindo assim, no seu tratamento. Diante do enunciado, pode-se concluir que a interação tetraciclina x leite a) Aumenta a absorção da tetraciclina, pois ocorre a formação de um quelato de lactose. b) Diminui a absorção da tetraciclina, pois ocorre a formação de um quelato de lactose. c) Diminui a absorção, pois ocorre formação de um quelato de cálcio (molécula composta por átomos metálicos) insolúvel no trato gastrintestinal, e associado aos cátions presentes em derivados lácteos. d) Aumenta a absorção, pois ocorre formação de um quelato de cálcio (molécula composta por átomos metálicos) insolúvel no trato gastrintestinal, e associado aos cátions presentes em derivados lácteos. e) Diminui a distribuição, pois ocorre formação de um quelato de cálcio (molécula composta por átomos metálicos) insolúvel no trato gastrintestinal, e associado aos cátions presentes em derivados lácteos.
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