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NOTA 11 
Vítor Cruz (Vampiro) 
 
 
100 Assertivas Comentadas de 
Direito Constitucional 
FCC 
 
 
 
 
Presente de Sexto Aniversário do Nota11 
para você 
 
Ano 2018 
 
100 Assertivas Comentadas FCC – Direito Constitucional 
Vítor Cruz (Vampiro) - www.nota11.com.br 
 
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material, não cometa esse crime, lembre-se que ele poderia não existir e outros ainda melhores podem não 
vir a surgir! ;) 2 
 
Sumário 
PARTE I: Lista de assertivas em modo certo / errado (Marque certo ou 
errado ao lado de cada assertiva!) ............................................................................. 3 
PARTE II: GABARITOS ................................................................................................... 10 
PARTE III: Questões Comentadas ............................................................................ 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARTE I: Lista de assertivas em modo 
certo / errado (Marque certo ou errado 
ao lado de cada assertiva!) 
 
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1. O conjunto de regras concernentes à forma do Estado, à forma do governo, ao 
modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos e aos 
limites de sua ação corresponde a um dos possíveis conceitos de Constituição. 
2. Em que pese parte da doutrina atribuir força normativa à Constituição, ainda 
predomina, sobretudo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o entendimento 
de que a norma constitucional possui natureza apenas programática. 
3. As Constituições que se apresentam em textos esparsos, fragmentadas em vários 
instrumentos normativos, são incompatíveis com o modelo de bloco de 
constitucionalidade. 
4. A lei ordinária e a lei complementar guardam relação de hierarquia entre si, porque 
a primeira subordina-se à segunda. 
5. A lei ordinária se distingue da lei complementar pela maioria requerida para 
aprovação parlamentar (maioria absoluta e maioria simples, respectivamente) e pela 
repartição constitucional de matérias confiadas a uma e a outra. 
6. A lei ordinária e a lei complementar são igualmente atos normativos primários, mas 
a segunda tem prazo diferenciado para sanção ou veto presidencial. 
7. A lei complementar não pode dispor sobre a matéria de lei ordinária. 
8. Tanto a lei ordinária como a lei complementar podem veicular normas nacionais, 
isto é, que repercutem para todos os entes federados. 
9. No Constitucionalismo moderno, tivemos os pactos de poder entre soberanos e 
súditos que garantem àqueles privilégios, poderes e prerrogativas sem a contrapartida 
de deveres e responsabilidades exigíveis por estes. 
10. As Constituições modernas se caracterizam por um rol de direitos civis, políticos, 
econômicos, sociais e culturais e regime presidencialista de governo. 
11. O Constitucionalismo moderno se caracterizou pelo princípio do governo limitado 
pelas leis, separação de poderes e proteção de direitos e garantias fundamentais. 
12. As Constituições modernas se caracterizam pelo controle de constitucionalidade 
difuso das normas realizado por qualquer membro do Poder Judiciário. 
13. Constituições modernas são cartas constitucionais escritas, formais, dogmáticas, 
dirigentes, analítica e outorgadas. 
14. O que assegura aos cidadãos o exercício dos seus direitos, a divisão dos poderes e, 
segundo um dos seus grandes teóricos, a limitação do governo pelo direito é: o 
constitucionalismo. 
15. Não obstante a força normativa da Constituição e o novo rol de direitos 
fundamentais consagrado pela Constituição Federal de 1988, o ordenamento jurídico 
brasileiro ainda se encontra assentado normativamente em um paradigma ou tradição 
liberal-individualista 
16. A Carta Magna, de 1215 pode ser denominada como uma Constituição Liberal. 
17. Do ponto de vista histórico, o denominado conceito de Constituição liberal foi 
expresso pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. 
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18. Do ponto de vista histórico, o denominado conceito de Constituição liberal foi 
expresso pela Constituição mexicana revolucionária, de 1917 e pela Constituição de 
Weimar, de 1919. 
19. A Lei Fundamental de Bonn, de 1949, foi o marco do conceito de Constituição 
liberal. 
20. A nova ordem constitucional inaugurada em 1988 tratou de consolidar a força 
normativa e a supremacia da Constituição, muito embora mantida a centralidade 
normativo-axiológica do Código Civil no ordenamento jurídico brasileiro. 
21. A “despatrimonialização” do Direito Civil, conforme sustentada por parte da 
doutrina, é reflexo da centralidade que o princípio da dignidade da pessoa humana e os 
direitos fundamentais passam a ocupar no âmbito do Direito Privado, notadamente 
após a Constituição Federal de 1988. 
22. Fruto do neoconstitucionalismo, a constitucionalização do direito consiste na 
irradiação dos valores abrigados nos princípios e regras da constituição para todo o 
ordenamento jurídico, notadamente por via da jurisdição constitucional, em seus 
diferentes níveis. As normas constitucionais, caracterizadas por especificidades no que 
se refere aos meios de tutela e às sanções jurídicas, denominam-se normas perfeitas, 
já que, em caso de violação, há sanção jurídica suficiente para repor sua força 
normativa. 
23. "A Constituição tem compromisso com a efetivação de seu núcleo básico (direitos 
fundamentais), o que somente pode ser pensado a partir do desenvolvimento de 
programas estatais, de ações, que demandam uma perspectiva não teórica, mas sim 
concreta e pragmática e que passe pelo compromisso do intérprete com as premissas 
do constitucionalismo contemporâneo." Este enunciado diz respeito à implementação 
de políticas públicas e ao neoconstitucionalismo. 
24. É necessário falar da Constituição como uma unidade e conservar, entretanto, 
um sentido absoluto de Constituição. Ao mesmo tempo, é preciso não desconhecer a 
relatividade das distintas leis constitucionais. A distinção entre Constituição e lei 
constitucional só é possível, sem dúvida, por que a essência da Constituição não está 
contida numa lei ou numa norma. No fundo de toda a normatividade reside uma 
decisão política do titular do poder constituinte, ou seja, do povo na democracia e do 
monarca na monarquia autêntica. O trecho acima transcrito expressa o conceito de 
Constituição de Ferdinand Lassalle, na obra “A essência da Constituição”. 
25. Todos os países possuem, possuíram sempre, em todos os momentos da sua 
história uma constituição real e efetiva. Esse é o pensamento de Carl Schmitt. Sentido 
político. 
26. Constituição significa, essencialmente, decisão política fundamental, ou seja, 
concreta decisão de conjunto sobre o modo e a forma de existência política. Esse é o 
pensamento de Ferdinand Lassale. Sentido político. 
27. Constituição é a norma fundamental hipotética e lei nacional no seu mais alto 
grau na forma de documento solene e que somente pode ser alterada observando-se 
certas prescrições especiais. Esse é o pensamento de Jean Jacques Rousseau. Sentido 
lógico-jurídico. 
28. A verdadeira Constituição de um país somente tem por base os fatores reais do 
poder que naquele país vigem e as constituições escritas não têm valor nem são 
duráveis a não ser que exprimamfielmente os fatores do poder que imperam na 
realidade. Esse é o pensamento de Ferdinand Lassale. Sentido sociológico. 
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29. Todas as constituições pretendem, implícita ou explicitamente, conformar 
globalmente o político. Há uma intenção atuante e conformadora do direito 
constitucional que vincula o legislador. Esse é o pensamento de Jorge Miranda. Sentido 
dirigente. 
30. Existe Poder Constituinte na elaboração de qualquer Constituição, seja ela a 
primeira Constituição de um país, seja na elaboração de qualquer Constituição 
posterior. 
31. O Movimento Revolucionário não é considerado uma das formas básicas de 
expressão desse Poder. 
32. As Assembleias Constituintes confundem-se com o processo de outorga que 
estabelece a Constituição, por declaração bilateral. 
33. A titularidade do poder constituinte se deposita sobre a nação de um Estado. 
34. Para parte da doutrina, a titularidade do Poder Constituinte pertence ao povo, 
que, entretanto, não detém a titularidade do exercício do poder. 
35. As Assembleias Constituintes titularizam esse Poder, enquanto o povo ou a 
nação é seu exercente. 
36. O titular desse Poder é o povo, e seu exercente é aquele que, em nome do povo, 
cria o Estado, editando a nova Constituição. 
37. A titularidade e o exercente desse Poder são sempre o Legislativo e o Executivo, 
auxiliados pelo Judiciário. 
38. Dentre as possíveis classificações existentes, o Poder Constituinte classifica-se 
em originário e derivado. 
39. O Poder Constituinte denominado originário pode se manifestar por meio de 
emendas pontuais ou mediante ampla revisão da Constituição preexistente. 
40. O poder constituinte derivado é subdivido em:reformador e decorrente. 
41. O Poder Constituinte originário caracteriza-se por ser inicial, ilimitado, autônomo 
e incondicionado. 
42. Poder Constituinte derivado é sempre ilimitado. 
43. As Emendas à Constituição de 1988 são frutos do Poder Constituinte derivado. 
44. A manifestação do Poder Constituinte originário é condicionada às regras 
procedimentais estabelecidas para a reforma da Constituição. 
45. O Poder Constituinte Originário é limitado pelas normas expressas e implícitas do 
texto constitucional vigente, sob pena de inconstitucionalidade. 
46. O Poder Constituinte Originário é incondicionado, porque não tem ele que seguir 
qualquer procedimento determinado para realizar sua obra de constitucionalização. 
47. O Poder Constituinte Originário é autônomo, pois não está sujeito a qualquer 
limitação ou forma prefixada para manifestar sua vontade. 
48. O Poder Constituinte Originário caracteriza-se por ser ilimitado, autônomo e 
incondicionado. 
49. O Poder Constituinte Originário se diz inicial, pois seu objeto final - a Constituição, 
é a base da ordem jurídica. 
50. O poder constituinte revisor é incondicionado e ilimitado. 
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51. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e dos 
Municípios, constitui-se em Estado Democrático de Direito. 
52. Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. 
53. Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada pelos 
cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de representantes eleitos. 
54. O bicameralismo é um dos fundamentos constitucionais expressos da República 
Federativa do Brasil. 
55. Nos termos da Constituição de 1988, são fundamentos da República Federativa 
do Brasil, dentre outros, a dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e 
função social da propriedade. 
56. São fundamentos constitucionais expressos da República Federativa do Brasil a 
dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
centralismo político e democrático. 
57. São fundamentos da República Federativa do Brasil: a soberania; cidadania; 
dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
pluralismo político. 
58. A dignidade da pessoa humana e a livre iniciativa estão entre os princípios 
fundamentais expressamente previstos na Constituição. 
59. Um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é a vedação ao pluralismo 
político. 
60. O plebiscito, o referendo e a iniciativa popular não estão entre os princípios 
fundamentais expressamente previstos na Constituição. 
61. Todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente conforme determina a 
legislação eleitoral. 
62. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos 
ou diretamente, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil. 
63. São Poderes da União, dependentes entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
64. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo, o Judiciário e o Ministério Público. 
65. Dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil está o de 
reduzir as desigualdades regionais. 
66. São consideradas garantias fundamentais, dentre outras, a inafastabilidade da 
jurisdição, o devido processo legal e o mandado de segurança. 
67. A Constituição Federal compreende os direitos fundamentais como sendo os 
direitos individuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindo dessa 
categoria os direitos sociais e os direitos políticos. 
68. Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal constituem um rol 
taxativo. 
69. Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 5 de outubro 
de 1988 estabelece um amplo, porém taxativo, rol de direitos públicos subjetivos. 
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70. Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal somente podem ser 
ampliados por força de Tratado Internacional de Direitos Humanos aprovado em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros. 
71. Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, entre os quais o Estado 
Democrático de Direito e o princípio da dignidade humana. 
72. Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 1988 
demonstrou acentuada preocupação com a efetividade de suas disposições. 
73. Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 5 de outubro 
de 1988 pouco inovou em relação às Constituições brasileiras anteriores. 
74. Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 5 de outubro 
de 1988 é de inspiração socialista, dependendo a plena fruição dos direitos que 
consagra da planificação total da economia. 
75. Uma das principais características dos direitos fundamentais é a inalienabilidade. 
Diante disso, haveria nulidade absoluta por ilicitude do objeto de um contrato em que 
uma das partes se comprometesse a se submeter à esterilização irreversível. 
76. Os direitos fundamentais são absolutos, não sendo suscetíveis de limitação no 
seu exercício. 
77. A Constituição Federal deu enorme relevância aos direitos fundamentais, 
assegurando-os de maneira quase absoluta, mas certas conturbações sociais podem 
desencadear a necessidade de supressão temporária de certos direitos no atendimento 
do interesse do Estado e das instituições democráticas. 
78. As pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a 
indenização por danos materiais, mas não por danos morais. 
79. A Constituição Federal vigente asseguraa existência de direitos fundamentais 
somente às pessoas físicas, mas não às pessoas jurídicas. 
80. A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais resulta de seu significado como 
princípios básicos da ordem constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais 
influam sobre todo o ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os 
poderes constituídos. 
81. A Constituição Federal, ao classificar os direitos enunciados no artigo 5º, quando 
assegura a inviolabilidade do direito à vida, à dignidade, à liberdade, à segurança e à 
propriedade, adota o critério do objeto imediato do direito assegurado. 
82. A inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade são garantias previstas na Constituição Federal aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País. 
83. Conforme previsto na Constituição Federal de 1988, os direitos e garantias 
fundamentais são garantidos apenas aos brasileiros, em face do princípio da soberania 
nacional. 
84. O jurista espanhol Antonio Perez Luño define os direitos fundamentais como um 
conjunto de faculdades e instituições que, em cada momento histórico, concretizam as 
exigências da dignidade, igualdade e liberdade humanas, devendo obrigatoriamente 
ser reconhecidos no ordenamento jurídico positivo e por este garantidos, em âmbito 
internacional e nacional, gozando no ordenamento nacional de tutela reforçada em face 
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dos poderes constituídos do Estado (Los derechos fundamentales. 5. ed. Madrid: 
Tecnos, 1993, p. 46-47, tradução livre). No ordenamento brasileiro, a tutela reforçada 
a que se refere o autor decorre da impossibilidade de o Congresso Nacional deliberar 
sobre proposta de emenda à Constituição tendente a abolir os direitos fundamentais. 
85. É assegurada na Constituição Federal a seguinte garantia fundamental: homens 
e mulheres são absolutamente iguais em direitos e obrigações. 
86. Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. 
87. O princípio da isonomia deflui, em termos conceituais, de um dos fundamentos 
constitucionalmente expressos da República Federativa do Brasil e que é a ivre 
iniciativa. 
88. O princípio da igualdade estabelece que se deve tratar de maneira igual os 
que se encontram em situação equivalente e de maneira desigual os desiguais, na 
medida de suas desigualdades. 
89. O princípio da isonomia, por sua natureza, veda sempre o tratamento 
discriminativo entre indivíduos, mesmo quando há razoabilidade para a 
discriminação. 
90. O princípio da igualdade vincula os aplicadores da lei, face à igualdade perante 
a lei, entretanto não vincula o legislador, no momento de elaboração da lei. 
91. Não há falar em ofensa ao princípio da isonomia se a discriminação é admitida 
na própria Constituição. 
92. É garantia constitucional da liberdade a previsão segundo a qual ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. 
93. É assegurada na Constituição Federal a seguinte garantia fundamental: É livre a 
manifestação do pensamento, inclusive pelo anonimato. 
94. É livre a manifestação do pensamento, permitido o anonimato. 
95. A inviolabilidade do sigilo de dados complementa a previsão ao direito à intimidade 
e à vida privada, sendo ambas as previsões regidas pelo princípio da exclusividade. 
96. A dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável por danos morais, 
porque esta se restringe aos casos de violação à honra e à imagem. 
97. A indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade, não responde 
cumulativamente por danos morais e materiais. 
98. A condenação por danos morais face à divulgação indevida de imagem, exige a 
ocorrência de ofensa à reputação da pessoa. 
99. O Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes 
públicos no exercício de suas funções. 
100. As pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a 
indenização por danos materiais, mas não por danos morais. 
 
 
 
 
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PARTE II: GABARITOS 
 
 
 
 
 
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1. Correto. 
2. Errado. 
3. Errado. 
4. Errado. 
5. Errado. 
6. Errado. 
7. Errado. 
8. Correto 
9. Errado. 
10. Errado. 
11. Correto. 
12. Errado. 
13. Errado. 
14. Correto. 
15. Errado. 
16. Errado. 
17. Correto. 
18. Errado. 
19. Errado. 
20. Errado. 
21. Correto. 
22. Correto. 
23. Correto. 
24. Errado. 
25. Errado. 
26. Errado. 
27. Errado. 
28. Correto. 
29. Errado. 
30. Correto. 
31. Errado. 
32. Errado. 
33. Errado. 
34. Correto. 
35. Errado. 
36. Correto. 
37. Errado. 
38. Correto. 
39. Errado. 
40. Correto. 
41. Correto. 
42. Errado. 
43. Correto. 
44. Errado. 
45. Errado. 
46. Correto. 
47. Correto. 
48. Correto. 
49. Correto. 
50. Errado. 
51. Errado. 
52. Correto. 
53. Errado. 
54. Errado. 
55. Errado. 
56. Errado. 
57. Correto. 
58. Correto. 
59. Errado. 
60. Errado. 
61. Errado. 
62. Correto. 
63. Errado. 
64. Errado. 
65. Correto. 
66. Correto. 
67. Errado. 
68. Errado. 
69. Errado. 
70. Errado 
71. Correto. 
72. Correto. 
73. Errado. 
74. Errado. 
75. Correto. 
76. Errado. 
77. Correto. 
78. Errado. 
79. Errado. 
80. Errado. 
81. Correto. 
82. Correta. 
83. Errado. 
84. Correto. 
85. Errado. 
86. Correto. 
87. Errado. 
88. Correto. 
89. Errado. 
90. Errado. 
91. Correto. 
92. Correto. 
93. Errado. 
94. Errado. 
95. Correto. 
96. Errado. 
97. Errado. 
98. Errado. 
99. Correto. 
100. Errado. 
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PARTE III: Questões Comentadas 
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1. (FCC/ACE-TCE-MG/2007) O conjunto de regras concernentes à forma do 
Estado, à forma do governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, ao 
estabelecimento de seus órgãos e aos limites de sua ação corresponde a um dos 
possíveis conceitos de Constituição. 
Comentários: 
A questão nitidamente está correta, tratando de um conceito possível de Constituição, 
já que a função básica de uma constituição é organizar politicamente o Estado (relação 
entre os poderes, população, governo...) e garantir as liberdades individuais, limitando 
o poder do Estado. 
Gabarito: Correto. 
 
2. (FCC/Defensor-DPE-ES/2016) Em que pese parte da doutrina atribuir força 
normativa à Constituição, ainda predomina, sobretudo na jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal, o entendimento de que a norma constitucional possui natureza 
apenas programática. 
Comentários: 
Programáticas são as normas que estabelecem um “programa de governo”, ou seja, 
indicam as diretrizes que devem ser buscadas pelos governantes, sem conter 
mandamentos claros e diretos para serem aplicados. A Constituição possui sim muitas 
normas programáticas, como a que diz que é um objetivo da República Federativa do 
Brasil erradicar a pobreza e a marginalização. Porém, o entendimento atual é que a 
Constituição é uma norma jurídica impositiva e, até mesmo, essas normas 
programáticas contidas em seu texto não podem ser ignoradas e tratadascomo letra 
morta, mas devem se revestir de caráter mandamental. 
Gabarito: Errado. 
 
3. (FCC/Defensor-MA/2015) As Constituições que se apresentam em textos 
esparsos, fragmentadas em vários instrumentos normativos, são incompatíveis com o 
modelo de bloco de constitucionalidade. 
Comentários: 
Pelo contrário. O conceito de Bloco de Constitucionalidade surgiu no Direito Francês 
justamente pelo fato da existência de diversos documentos esparsos de valor 
constitucional. 
Gabarito: Errado. 
 
4. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) A lei ordinária e a lei complementar guardam 
relação de hierarquia entre si, porque a primeira subordina-se à segunda. 
Comentários: 
Pergunta tradicional. A resposta? Errado! não há qualquer hierarquia entre as leis 
ordinárias e complementares, a diferenciação reside no âmbito de incidência de casa 
espécie legal. Ou seja, na matéria que a Constituição reservou a uma e a outra. 
Gabarito: Errado. 
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5. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) A lei ordinária se distingue da lei 
complementar pela maioria requerida para aprovação parlamentar (maioria absoluta e 
maioria simples, respectivamente) e pela repartição constitucional de matérias 
confiadas a uma e a outra. 
Comentários: 
O erro está na palavra “respectivamente” haja vista que a lei complementar que requer 
maioria absoluta para aprovação. 
Gabarito: Errado. 
 
6. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) A lei ordinária e a lei complementar são 
igualmente atos normativos primários, mas a segunda tem prazo diferenciado para 
sanção ou veto presidencial. 
Comentários: 
Todos os tipos normativos do art. 59 são atos normativos primários, ou seja, que 
retiram seu fundamento diretamente da Constituição Federal, confira: Art. 59. O 
processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição;II - leis 
complementares;III - leis ordinárias;IV - leis delegadas;V - medidas provisórias;VI - 
decretos legislativos;VII - resoluções. 
Eles são dito “primários” pois retiram o seu fundamento diretamente da Constituição, 
sendo os “primeiros atos” a dispor sobre determinada matéria. 
Um decreto presidencial que vem regulamentar uma lei, é dito “ato secundário”, pois 
não regulamenta a Constituição diretamente, mas sim a lei. 
Gabarito: Errado. 
 
7. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) A lei complementar não pode dispor sobre a 
matéria de lei ordinária. 
Comentários: 
A doutrina entende que leis complementares podem dispor de matérias afetas às leis 
ordinárias, ao argumento de que como o quórum de aprovação das primeiras é maior 
que a da segunda, não haveria qualquer ilegalidade, mas em hipótese alguma lei 
ordinária pode tratar de questões que devam ser reguladas por lei complementar. 
Gabarito: Errado. 
 
8. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) Tanto a lei ordinária como a lei complementar 
podem veicular normas nacionais, isto é, que repercutem para todos os entes 
federados. 
Comentários: 
Correto. Ambas as leis podem veicular normas com caráter nacional. 
Gabarito: Correto. 
 
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9. (FCC/Defensor Público-PR/2012) No Constitucionalismo moderno, tivemos 
os pactos de poder entre soberanos e súditos que garantem àqueles privilégios, 
poderes e prerrogativas sem a contrapartida de deveres e responsabilidades 
exigíveis por estes. 
Comentários: 
Esses pactos não guardam relação com o Constitucionalismo Moderno, que se 
caracteriza justamente pelo estabelecimento de uma texto constitucional que limite o 
Poder dos Governantes, ao passo que garante direitos ao povo. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (FCC/Defensor Público-PR/2012) As Constituições modernas se 
caracterizam por um rol de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais e 
regime presidencialista de governo. 
Comentários: 
Em essência, a Constituição moderna é aquela que garantiu os direitos fundamentais 
do cidadão em face do Estado, que passa a estar legalmente limitado. Esses direitos 
fundamentais se restringiam aos direito políticos e civis – os chamados direitos de 
primeira geração – somente no séc. XX com a Constituição Mexicana de 1917 e a de 
Weimar em 1919 que tivemos a incorporação dos direitos sociais, econômicos e 
culturais, daí serem chamados de direitos de segunda geração. 
Gabarito: Errado. 
 
11. (FCC/Defensor Público-PR/2012) O Constitucionalismo moderno se 
caracterizou pelo princípio do governo limitado pelas leis, separação de poderes e 
proteção de direitos e garantias fundamentais. 
Comentários: 
Exatamente isso. Essa foi a essência do Constitucionalismo Moderno: submeter o 
governo ao comando das leis para garantir direitos aos cidadãos. Nesse momento, 
começam a surgir as Constituições escritas, prevendo a separação dos poderes e os 
direitos fundamentais do cidadão. 
Gabarito: Correto. 
 
12. (FCC/Defensor Público-PR/2012) As Constituições modernas se 
caracterizam pelo controle de constitucionalidade difuso das normas realizado por 
qualquer membro do Poder Judiciário. 
Comentários: 
Não há correlação imediata do Constitucionalismo Moderno (séc. XVIII e XIX) com o 
controle de constitucionalidade, haja vista que se tratava de um movimento 
constitucional incipiente que visava instituir as primeiras Constituições Escritas para 
garantir direitos aos cidadãos através da limitação do poder estatal. Apesar disso, não 
podemos deixar de destacar que o Controle de Constitucionalidade, em sua forma 
difusa, surgiu ainda em 1803 no caso Marbury vs Madison nos Estados Unidos. 
Gabarito: Errado. 
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 16 
 
 
13. (FCC/Defensor Público-PR/2012) Constituições modernas são cartas 
constitucionais escritas, formais, dogmáticas, dirigentes, analítica e outorgadas. 
Comentários: 
Cartas outorgadas são aquelas impostas, sem a participação popular. O 
Constitucionalismo moderno veio justamente para dar legitimidade popular e proteção 
aos cidadãos em face do arbítrio estatal, não havendo o que se falar em Constituição 
outorgada. 
Outra situação é que a Constituição também não era analítica (extensa), ela era 
sintética (concisa), pois previa somente os fundamentos básicos de ordenação estatal e 
proteções civis e políticas. 
Conforme o tempo foi passando e a sociedade conquistando novos direitos como os 
sociais, os econômicos e os culturais (início do séc. XX com a Constituição Mexicana e a 
de Weimar) é que as cartas começaram a ganhar a característica de analíticas. 
Gabarito: Errado. 
 
14. (FCC/Defensor Público-SP/2006) O que assegura aos cidadãos o exercício 
dos seus direitos, a divisão dos poderes e, segundo um dos seus grandes teóricos, a 
limitação do governo pelo direito é: o constitucionalismo. 
Comentários: 
Perfeito. O constitucionalismo, em sua essência, é o movimento que gera a limitação 
do Poder arbitrário dos governantes e o respeito à lei. 
Gabarito: Correto. 
 
15. (FCC/Defensor-DPE-ES/2016) Não obstante a força normativa da 
Constituição e o novo rol de direitos fundamentais consagrado pela Constituição 
Federal de 1988, o ordenamento jurídico brasileiro ainda se encontra assentado 
normativamente em um paradigma ou tradição liberal-individualista 
Comentários: 
O paradigma “liberal-individualista” é aquele formado pela primeira geração das 
conquistas no âmbito dos direitos da pessoa humana, onde criaram-se normas para 
proteger os indivíduos do arbítrio do Estado. O Brasil superou esse prisma já na década 
de 30, quando começou a instituir os direitos sociais, econômicos e culturais, hoje já 
estamos na era onde foramnormatizados direitos difusos e coletivos, com foco na 
preservação do bem comum da sociedade. 
Gabarito: Errado. 
 
16. (FCC/Audtor – TCE-MG/2005) A Carta Magna, de 1215 pode ser denominada 
como uma Constituição Liberal. 
Comentários: 
A Carta Magna de 1215 foi uma das primeiras formas de limitação do poder Estatal na 
Inglaterra, mas que não chegava a pregar um liberalismo Estatal face aos cidadãos. 
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 17 
 
Gabarito: Errado. 
 
17. (FCC/Audtor – TCE-MG/2005) Do ponto de vista histórico, o denominado 
conceito de Constituição liberal foi expresso pela Declaração dos Direitos do Homem e 
do Cidadão, de 1789. 
Comentários: 
Correta. O conceito de Estado liberal foi iniciado pela “Declaração dos direitos do 
homem” na Revolução Francesa, inaugurando o que chamamos de Constitucionalismo 
moderno. 
Gabarito: Correto. 
 
18. (FCC/Audtor – TCE-MG/2005) Do ponto de vista histórico, o denominado 
conceito de Constituição liberal foi expresso pela Constituição mexicana revolucionária, 
de 1917 e pela Constituição de Weimar, de 1919. 
Comentários: 
A Constituição Mexicana e a de Weimar. expressam o conceito de Estado social e não 
de Estado Liberal. 
Gabarito: Errado. 
 
19. (FCC/Audtor – TCE-MG/2005) A Lei Fundamental de Bonn, de 1949, foi o marco 
do conceito de Constituição liberal. 
Comentários: 
Errada. Após a 2ª Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida na parte oriental e na parte 
ocidental. Bonn (ou Bona) era a capital da Alemanha Ocidental logo após a divisão, 
parte que recebia influência marcante dos EUA, Reino Unido e França. A lei fundametal 
de Bonn era o nome da Constituição Alemã de 1949 que foi marcada por uma 
retomada de força do constitucionalismo como reação ao período vivido na 2º Guerra. 
O Estado Liberal tem seu marco inicial muito antes. Este período do Constitucionalismo 
chamado moderno ou clássico, teve seu início no séc. XVIII com a Revolução Francesa 
e a Independência dos Estados Unidos. 
Gabarito: Errado. 
 
20. (FCC/Defensor-DPE-ES/2016) A nova ordem constitucional inaugurada em 
1988 tratou de consolidar a força normativa e a supremacia da Constituição, muito 
embora mantida a centralidade normativo-axiológica do Código Civil no ordenamento 
jurídico brasileiro. 
Comentários: 
Está corretíssima a parte que diz que a nova ordem constitucional inaugurada em 1988 
tratou de consolidar a força normativa e a supremacia da Constituição. Mas, a sentença 
que se segue erra, pois atualmente estamos na fase “neoconstitucionalista” onde a 
Constituição ocupa a centralidade do ordenamento jurídico brasileiro. 
Gabarito: Errado. 
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 18 
 
 
21. (FCC/Defensor-DPE-ES/2016) A “despatrimonialização” do Direito Civil, 
conforme sustentada por parte da doutrina, é reflexo da centralidade que o princípio da 
dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais passam a ocupar no âmbito do 
Direito Privado, notadamente após a Constituição Federal de 1988. 
Comentários: 
Exatamente isso. O Direito Civil nasceu com grande preocupação em regular as 
relações entre particulares com o objetivo de proteger o patrimônio. Acontece que, 
atualmente, existem valores que assumem papel de destaque em nosso ordenamento 
jurídico como a dignidade da pessoa humana, a ética, a isonomia... Assim, neste 
neoconstitucionalismo, a Constituição e o seu rol de direitos fundamentais assume o 
centro do ordenamento jurídico, forçando a a “despatrimonialização” do Direito Civil, 
que precisa se preocupar com aspectos que vão bem além da proteção patrimonial, 
como o cumprimento da função social. 
Gabarito: Correto. 
 
22. (FCC/Juiz- TJ-RN/2013) Fruto do neoconstitucionalismo, a constitucionalização 
do direito consiste na irradiação dos valores abrigados nos princípios e regras da 
constituição para todo o ordenamento jurídico, notadamente por via da jurisdição 
constitucional, em seus diferentes níveis. As normas constitucionais, caracterizadas por 
especificidades no que se refere aos meios de tutela e às sanções jurídicas, 
denominam-se normas perfeitas, já que, em caso de violação, há sanção jurídica 
suficiente para repor sua força normativa. 
Comentários: 
Corretíssimo, a constitucionalização do direito traduz a concepção da constituição como 
o centro do ordenamento jurídico, os princípios assumem um caráter normativo em 
igualdade com as regras, e os direitos fundamentais e princípios constitucionais 
irradiam-se condicionando a aplicação de todo o ordenamento. 
Gabarito: Correto. 
 
23. (FCC/DPE-SP/2009) "A Constituição tem compromisso com a efetivação de seu 
núcleo básico (direitos fundamentais), o que somente pode ser pensado a partir do 
desenvolvimento de programas estatais, de ações, que demandam uma perspectiva 
não teórica, mas sim concreta e pragmática e que passe pelo compromisso do 
intérprete com as premissas do constitucionalismo contemporâneo." Este enunciado diz 
respeito à implementação de políticas públicas e ao neoconstitucionalismo. 
Comentários: 
Isso mesmo. Colocar a Constituição como centro do ordenamento jurídico, dotá-la de 
força normativa efetiva e promover um compromisso de concretização de seu núcleo 
básico (direitos fundamentais) são preceitos initmamente relacionados ao 
neoconstitucionalismo. 
Gabarito: Correto. 
 
24. (FCC/Procurador- TCM/2015) É necessário falar da Constituição como 
uma unidade e conservar, entretanto, um sentido absoluto de Constituição. Ao mesmo 
100 Assertivas Comentadas FCC – Direito Constitucional 
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tempo, é preciso não desconhecer a relatividade das distintas leis constitucionais. A 
distinção entre Constituição e lei constitucional só é possível, sem dúvida, por que a 
essência da Constituição não está contida numa lei ou numa norma. No fundo de toda 
a normatividade reside uma decisão política do titular do poder constituinte, ou seja, 
do povo na democracia e do monarca na monarquia autêntica. O trecho acima 
transcrito expressa o conceito de Constituição de Ferdinand Lassalle, na obra “A 
essência da Constituição”. 
Comentários: 
O enunciado fala em decisão política para a formação da constituição, daí temos o 
sentido político da Constituição, consagrada por Carl Schmitt. Para Schmitt, a decisão 
política fundamental, que organiza o estado seria a Constituição em si, as demais 
normas que não versassem sobre isso, ainda que dispostas em um texto escrito 
chamado de Constituição, seriam apenas “leis constitucionais”. 
Gabarito: Errado. 
 
25. (FCC/Defensor Público-SP/2006) Todos os países possuem, possuíram 
sempre, em todos os momentos da sua história uma constituição real e efetiva. Esse é 
o pensamento de Carl Schmitt. Sentido político. 
Comentários: 
Errada. A doutrina que defendia isso era o sentido sociológico de Lassale, já que para 
ele, não importava qualquer documento escrito para que um país possuísse 
Constituição. A Constituição real e efetiva seria marcada pelo somatório dos fatores 
reais de poder, ou seja, as forças dominantes, as quais sempre existem e existiram em 
qualquer sociedade. 
Gabarito: Errado. 
 
26. (FCC/Defensor Público-SP/2006) Constituição significa, essencialmente, 
decisão política fundamental, ou seja, concreta decisão de conjunto sobre o modo e a 
forma de existência política. Esse é o pensamento de Ferdinand Lassale. Sentido 
político. 
Comentários: 
Errada. Essa é a concepção política de Schimitt não de Lassale, que era a sociológica. 
Gabarito: Errado. 
 
27. (FCC/Defensor Público-SP/2006) Constituição é a norma fundamental 
hipotética e lei nacionalno seu mais alto grau na forma de documento solene e que 
somente pode ser alterada observando-se certas prescrições especiais. Esse é o 
pensamento de Jean Jacques Rousseau. Sentido lógico-jurídico. 
Comentários: 
Errada. Está correto dizer "sentido lógico-jurídico", mas quem disse isso foi Hans 
Kelsen. Rousseau era quem previa que o Estado derivaria de um "contrato social", 
nada tem haver com sentido jurídico de Constituição. 
Gabarito: Errado. 
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 20 
 
 
28. (FCC/Defensor Público-SP/2006) A verdadeira Constituição de um país 
somente tem por base os fatores reais do poder que naquele país vigem e as 
constituições escritas não têm valor nem são duráveis a não ser que exprimam 
fielmente os fatores do poder que imperam na realidade. Esse é o pensamento de 
Ferdinand Lassale. Sentido sociológico. 
Comentários: 
Correto. É o que Lassale dizia. Se a Constituição não exprimisse o pensamento das 
forças dominantes, ela seria uma mera “Folha de Papel”. 
Gabarito: Correto. 
 
29. (FCC/Defensor Público-SP/2006) Todas as constituições pretendem, 
implícita ou explicitamente, conformar globalmente o político. Há uma intenção atuante 
e conformadora do direito constitucional que vincula o legislador. Esse é o pensamento 
de Jorge Miranda. Sentido dirigente. 
Comentários: 
Errada. Jorge Miranda é um professor português cujas obras de direito constitucional 
são de grande relevância. Porém o sentido dirigente é defendido por Canotilho. 
Segundo este autor a Constituição deve ser um plano que irá direcionar a atuação do 
Estado, notadamente através das normas programáticas inseridas no seu texto. 
Gabarito: Errado. 
 
30. (FCC/Defensor-DPE-RS/2011) Existe Poder Constituinte na elaboração de 
qualquer Constituição, seja ela a primeira Constituição de um país, seja na elaboração 
de qualquer Constituição posterior. 
Comentários: 
Correto. O Poder Constituinte é o Poder Constituinte é o poder de “constituir”, ou seja, 
criar ou modificar a norma máxima de um Estado. Sempre que se criar uma 
Constituição há manifestação do chamado poder constituinte originário. Segundo a 
doutrina o poder constituinte pode ser considerado histórico (quando sua 
manifestação ocorre para dar origem a um novo Estado) ou revolucionário (quando 
sua manifestação tem como objetivo instituir uma nova ordem política e jurídica em 
um Estado já existente). 
Gabarito: Correto. 
 
31. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) O Movimento 
Revolucionário não é considerado uma das formas básicas de expressão desse Poder. 
Comentários: 
Errada. A revolução é uma das formas de manifestação do PCO. Na história vemos que 
este poder tem sido manifestado das seguintes formas: 
• Convenção ou Assembleia Nacional Constituinte - Reunião de legitimados 
pelo povo para que se elabore um texto constitucional. 
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 21 
 
• Revolução - Depõe-se através de uma revolução o poder até então vigente, 
para que se institua uma nova ordem constitucional. 
• Outorga - O governante, unilateralmente impõe uma nova Constituição (ou 
Carta Constitucional) de observância obrigatória para o povo, sem que este se 
manifeste. 
• Método Bonapartista ou Cesarista - O governante impõe a Constituição ao 
povo, porém, este ratifica o texto constitucional através de um referendo. Desta 
forma, não obstante ser uma Constituição outorgada, temos a participação 
popular para que entre em vigor. 
Embora possamos citar esses 4 modelos de manifestação do Poder Constituinte na 
história, também é correto dizer que, em essência, ele pode, basicamente, ser 
separado em apenas 2: outorga, quando a carta é imposta e a convenção, quando 
ocorre democraticamente. 
Gabarito: Errado. 
 
32. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) As Assembleias 
Constituintes confundem-se com o processo de outorga que estabelece a Constituição, 
por declaração bilateral. 
Comentários: 
Errado. Outorga é a imposição unilateral da Constituição, ou melhor da "Carta"! As 
assembléias são usadas para fazer as constituições promulgadas (ou democráticas). 
Gabarito: Errado. 
 
33. (FCC/Conselheiro- TCE-CE/2015) A titularidade do poder constituinte se 
deposita sobre a nação de um Estado. 
Comentários: 
Errado. A titularidade do poder constituinte pertence ao povo. Destacando que o 
exercício, ou seja, o desempenho da função constituinte, por vezes, é atribuída a 
representantes do povo, como ocorreu com a Assembleia Nacional Constituinte, que 
elaborou a Constituição de 1988. 
Gabarito: Errado. 
 
34. (FCC/Defensor-DPE-RS/2011) Para parte da doutrina, a titularidade do Poder 
Constituinte pertence ao povo, que, entretanto, não detém a titularidade do exercício 
do poder. 
Comentários: 
Correto. A titularidade do Poder não se confunde com o exercício do Poder. O Povo é o 
titular do Poder, porém, que o exerce é a Assembleia Constituinte que elabora uma 
Constituição tendo como finalidade os anseios do Povo. 
Gabarito: Correto. 
 
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 22 
 
35. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) As Assembleias 
Constituintes titularizam esse Poder, enquanto o povo ou a nação é seu exercente. 
Comentários: 
Errada. É o contrário, o titular do PCO é o povo, e a assembleia é mero exercente do 
Poder, e faz esse exercício em nome do povo. 
Gabarito: Errado. 
 
36. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) O titular desse Poder é o 
povo, e seu exercente é aquele que, em nome do povo, cria o Estado, editando a nova 
Constituição. 
Comentários: 
Corretíssimo. A titularidade do poder constituinte pertence ao povo, e a Assembléia 
(seu exercente) exerce esse poder em nome do povo. 
Gabarito: Correto. 
 
37. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) A titularidade e o 
exercente desse Poder são sempre o Legislativo e o Executivo, auxiliados pelo 
Judiciário. 
Comentários: 
Errado. Tem nada a ver com nada essa questão. Titularidade do Poder Constituinte = 
Povo. Exercente do PC = Assembléia Constituinte (Ou o Poder Legilsativo, no caso de 
reforma de uma Constituição já instaurada). 
Gabarito: Errado. 
 
38. (FCC/Auditor-TCE-AM/2007) Dentre as possíveis classificações existentes, o 
Poder Constituinte classifica-se em originário e derivado. 
Comentários: 
Exatamente. O tal do “poder de constituir” (poder constituinte) se divide basicamente 
em 2: originário e derivado. 
Veja, originário vem de “origem” (simples não?!). Assim, o poder originário é o que 
expressa a vontade inicial do Povo, dá origem a toda a ordenação estatal, 
constituindo o Estado e, dessa forma, fazendo surgir a Constituição. Ele pode também 
ser chamado de poder constituinte de primeiro grau. 
O poder derivado é o que “deriva” do inicial, ele é criado pelo poder constituinte 
originário, que lhe dá o poder de modificar as coisas que foram anteriormente 
estabelecidas ou estabelecendo coisas que não foram inicialmente previstas, é o 
chamado poder constituinte de segundo grau. 
De uma forma mais analítica, podemos elencar 5 poderes constituintes (sempre um 
único originário e o resto derivando dele): 
1- Originário (PCO) - É o poder inicial do ordenamento jurídico, um poder político 
(organizador). Todos os outros são poderes jurídicos, pois foram instituídos pelo 
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 23 
 
originário, ou seja, já estão na ordem jurídica, enquanto o originário é "pré-
jurídico". 
2- Derivado Reformador - É o poder de fazer emendasconstitucionais. Trata-se 
da reforma da Constituição, ou seja, a alteração formal de seu texto. (CF, art. 60). 
3- Derivado Revisor - É o poder que havia sido instituído para se manifestar 5 
anos após a promulgação da Constituição e depois se extinguir. Seu objetivo era 
restabelecer uma possível instabilidade política causada pela nova Constituição 
(instabilidade esta que não ocorreu). O poder , então, manifestou-se em 1994, 
quando foram elaboradas as 6 emendas de revisão, e após isso acabou, não 
podendo ser novamente criado, segundo a doutrina. O procedimento de revisão 
constitucional era um procedimento bem mais simples que a reforma (vide CF, art. 
3º ADCT). 
4- Derivado Decorrente - É o poder que os Estados possuem para elaborarem as 
suas Constituições Estaduais. É a faceta da autonomia estatal chamada de "auto-
organização". 
ATENÇÃO 
A criação pelos Municípios de suas "leis orgânicas municipais"não é considerada 
como fruto deste poder constituinte decorrente, já que a lei orgânica não possui 
aspecto formal de constituição e sim de uma lei ordinária, embora materialmente 
seja equiparada a uma Constituição. No entanto, alguns doutrinadores costumam 
dizer que se trata de um "poder constituinte de terceiro grau". 
 
5- Difuso - Ganha espaço na doutrina recente. É o poder de se promover a 
mutação constitucional. Mutação constitucional é a alteração do significado das 
normas constitucionais sem que seja alterado o texto formal. Ela se faz através das 
novas interpretações emanadas principalmente pelo Poder Judiciário. Assim, diz-se 
que a mutação provoca a alteração informal da Constituição. Informal porque não 
altera a “forma”, ou seja, a estrutura do texto, mas somente a sua interpretação. 
Gabarito: Correto. 
 
39. (FCC/EPP-SP/2009) O Poder Constituinte denominado originário pode se 
manifestar por meio de emendas pontuais ou mediante ampla revisão da Constituição 
preexistente. 
Comentários: 
Neste caso será um poder derivado. O poder originário é o que dá início ao 
ordenamento, todos os que vierem para reformá-lo ou revê-lo serão poderes 
derivados. 
Gabarito: Errado. 
 
40. (FCC/AJEM-TRT 7ª/2009) O poder constituinte derivado é subdivido 
em:reformador e decorrente. 
Comentários: 
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Correto. Questão simples, o poder constituinte é dividido em inicial e derivado. Este, 
por sua vez, é subdividido em reformador, revisor, decorrente e difuso. Ainda que a 
questão não tenha trazido todas as hipóteses ela não está incorreta. 
Gabarito: Correto. 
 
41. (FCC/AJAJ-TRT SP/2008)O Poder Constituinte originário caracteriza-se por 
ser inicial, ilimitado, autônomo e incondicionado. 
Comentários: 
É verdade. O PCO realmente é inicial, ilimitado, autônomo e incondicionado. Vamos 
então fazer um resumo das características do Poder Constituinte Originário: 
1- Poder político - Pois é ele que organiza o Estado e institui todos os outros 
poderes; 
2- Inicial – É ele que dá início a todo o novo ordenamento jurídico; 
3- Ilimitado, irrestrito, ou soberano - Não reconhece nenhuma limitação 
materialao seu exercício (é o que diz a corrente positivista adotada pelo Brasil). Uma 
parte da doutrina que resgata o pensamento "jusnaturalista" diz que o PCO deve ser 
limitado pelos direitos humanos supranacionais. Porém, para fins de concurso esta 
afirmação não é válida, a não ser que se mencione expressamente a doutrina 
jusnaturalista, já que o Brasil adota majoritariamente a corrente positivista. 
ATENÇÃO: Apesar dessa inexistência de limitações defendida pela corrente positivista, 
existe historicamente nas Constituições (de países democráticos) um respeito dos 
princípios básicoscomo o da dignidade da pessoa humana e da justiça. A diferença é 
que para os jusnaturalistas esse respeito seria uma obrigação instransponível, 
enquanto para os positivistas seria apenas um bom senso, um respeito aos direitos 
conquistados, e decorrência lógica dos regimes que se pretendem instituir. 
4- Autônomo - Ele não se submete a nenhum outro poder. 
5- Incondicionado – Não existe nenhum procedimento formal pré-estabelecido 
para que ele se manifeste. 
6 - Permanente – Porque não se esgota no momento de seu exercício. 
ATENÇÃO: Cada característica possui a sua exclusiva definição. Não se pode definir a 
uma certa característica usando a definição de outra. 
Desta forma, é incorreto, por exemplo, falar que "o PCO é ilimitado, pois não se 
sujeira a nenhum procedimento pré-estabelecido de manifestação". É errado pois 
definiu "ilimitado" com o conceito de "incondicionado". Isso é muito comum em 
concursos. 
Gabarito: Correto. 
 
42. (FCC/Auditor-TCE-AM/2007) Poder Constituinte derivado é sempre ilimitado. 
Comentários: 
Errado. Pelo contrário, ele é limitado, já que não pode tratar de certas matérias. 
Diferentemente do PC Originário, o PC Derivado possui limitações de conteúdo, por isso 
é limitado e também limitações procedimentais, por isso é incondicionado. 
Vamos então fazer um resumo das características do Poder Constituinte Derivado: 
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1- Poder jurídico - É instituído pelo originário na dentro ordem jurídica; 
2- Derivado – Pois não é o primeiro, que organizamas deriva do originário; 
3- limitado e Restrito–Está sujeito a limitações materiais ao seu exercício, 
conhecidas como “cláusulas pétreas”. 
4- Condicionado – Existe um procedimento formal pré-estabelecido para que ele se 
manifeste, e está sujeito a limitações circunstanciais e formais. 
Gabarito: Errado. 
 
43. (FCC/Auditor-TCE-AM/2007) As Emendas à Constituição de 1988 são frutos 
do Poder Constituinte derivado. 
Comentários: 
Correto. As emendas constitucionais são fruto do chamado Poder Constituinte Derivado 
Reformador. 
Trata-se de um poder jurídico, que possui seu regramento estabelecido dentro da 
ordem constitucional, que estabelece diversos limites e condições. 
A reforma constitucional, fruto do PCD reformador, está condicionada e limitada no art. 
60 da Constituição Federal. Vamos ver quais são as condições e limitações ao seu 
exercício: 
Iniciativa da Emenda 
Constitucional de Reforma 
(CF, art. 60) 
A Constituição poderá ser emendada mediante 
proposta: 
1. De pelo menos 1/3 dos Deputados ou 
Senadores; 
2. Do Presidente da República; 
3. De mais da metade das Assembleias 
Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria 
relativa de seus membros. 
Obs. Maioria relativa = maioria simples (mais da 
metade dos votos dos presentes); 
Limitação circunstancial 
(CF, art. 60 §1º) 
A Constituição não poderá ser emendada na vigência 
de intervenção federal, de estado de defesa ou 
de estado de sítio. 
Limitação Procedimental 
(CF, art. 60 §2º) 
A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-
se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos 
dos respectivos membros. 
Promulgação 
(CF, art. 60 §3º) 
A emenda à Constituição será promulgada pelas 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, com o respectivo número de ordem. 
Limitação Material 
Expressa (Cláusulas 
Pétreas Expressas) 
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
1. a forma federativa de Estado; 
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(CF, art. 60 §4º) 
 
2. o voto direto, secreto, universal e 
periódico; 
3. a separação dos Poderes; 
4. os direitos e garantias individuais. 
Obs.Entende-se que não se pode sequer reduzir o 
alcance destas matérias,mas observe que elas não 
são imutáveis, pois poderá ser mexido no caso de 
aumentar o poder de alcance delas. 
Obs2. Voto obrigatório não é cláusula pétrea, apenas 
o fato de ser direto, secreto, universal e periódico. 
Limitação Material 
Implícita (Cláusulas 
Pétreas Implícitas) 
(Reconhecidas pela doutrina e 
jurisprudência) 
 
1. o povo como titular do poder constituinte; 
2. o poder igualitário do voto. 
3. o próprio art. 60 (que estabelece os 
procedimentos de reforma); 
Princípio da irrepetibilidade 
(Limitação Formal) 
(CF, art. 60 §5º) 
 
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada 
ou havida por prejudicada não pode ser objeto de 
nova proposta na mesma sessão legislativa. 
Obs2. Não confunda sessão legislativa (anual) com 
legislatura (período de 4 anos). 
Limitação Temporal A limitação temporal ocorre quando somente depois 
de decorrido certo lapso temporal a Constituição 
poderá ser reformada. 
A CF/88 não estabeleceu nenhuma limitação 
temporal, mas, tal limitação pode ser encontrada em 
Constituições de outros países. 
 
Demais considerações: 
• Veja que a forma republicana não foi protegida pela Constituição de 1988 como 
uma cláusula pétrea. Expressamente, é apenas um princípio sensível, aquele que 
se não for respeitado ensejará uma “intervenção federal”. O entendimento sobre 
isso não é unânime, algumas doutrinas reconhecem a forma republicana como 
cláusula pétrea implícita, devido à proteção dada ao “voto periódico”, típico dos 
governos republicanos. Em concursos, se não houver abertura na questão para os 
pensamentos doutrinários, deve-se indicar que a república não é uma cláusula 
pétrea. 
• Lembre-se que são gravados de forma pétrea apenas os direitos e garantias 
individuais, mas, estes não se resumem ao art. 5º da CF, estando espalhados ao 
longo dela. 
• Essa vedação à alteração do art. 60 (cláusula pétrea implícita) é o que chamamos 
de proibição à "dupla revisão", ou seja, é vedado que o legislador 
primeiramente modifique o art. 60, desprotegendo as matérias gravadas como 
pétreas, e depois edite outra emenda extinguindo as cláusulas. Alguns entendem 
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que essa vedação de modificação do art. 60 seria absoluta, não podendo o 
legislador alterar este rito, nem facilitando, nem dificultando o processo. 
Gabarito: Correto. 
 
44. (FCC/Auditor-TCE-AM/2007) A manifestação do Poder Constituinte originário 
é condicionada às regras procedimentais estabelecidas para a reforma da Constituição. 
Comentários: 
Errado. O PCO é um poder INCONDICIONADO, não fica preso a regras procedimentais 
de manifestação. 
Gabarito: Errado. 
 
45. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário é limitado 
pelas normas expressas e implícitas do texto constitucional vigente, sob pena de 
inconstitucionalidade. 
Comentários: 
Errada. O Poder Constituinte Originário é inicial, ilimitado e incondicionado. Ele não se 
sujeita a qualquer limitação, muito menos da Constituição, pois ele é a própria origem 
da Constituição, logo, anterior a ela. 
Gabarito: Errado. 
 
46. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário é 
incondicionado, porque não tem ele que seguir qualquer procedimento determinado 
para realizar sua obra de constitucionalização. 
Comentários: 
Correto. Lembre-se "incondicionado" refere-se ao "procedimento formal de 
manifestação", ou seja, a inexistência de forma, ou rito, pré-estabelecido para se 
manifestar. 
Gabarito: Correto. 
 
47. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário é autônomo, 
pois não está sujeito a qualquer limitação ou forma prefixada para manifestar sua 
vontade. 
Comentários: 
Correto. Ele é autônomo, não se submete a nenhum outro poder anterior a ele. 
Gabarito: Correto. 
 
48. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário caracteriza-se 
por ser ilimitado, autônomo e incondicionado. 
Comentários: 
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É ilimitado pois não possui barreiras materiais, pode tratar de qualquer matéria, sem 
estar sujeito a limites. É autônomo pois não deriva nem se submete a nenhum outro 
poder. Por fim, ele é incondicionado pelo fato de que o procedimento para se 
manifestar é livre, não há qualquer rito pré-estabelecido para a sua manifestação. 
Gabarito: Correto. 
 
49. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário se diz inicial, 
pois seu objeto final - a Constituição, é a base da ordem jurídica. 
Comentários: 
Correto. A característica "inicial" do poder constituinte originário é pelo fato de que ele 
dá início ao novo ordenamento jurídico e faz isso através da Constituição: a base da 
ordem jurídica. 
Gabarito: Correto. 
 
50. (FCC/Agente de Apoio Legislativo – AL-MS/2016) O poder constituinte 
revisor é incondicionado e ilimitado. 
Comentários: 
Errado. O único poder incondicionado e ilimitado é o poder constituinte originário. O 
Poder Revisor é derivado, condicionado e limitado. 
Gabarito: Errado. 
 
51. (FCC/TRT 18ª/2009) A República Federativa do Brasil, formada pela união 
dissolúvel dos Estados e dos Municípios, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito. 
Comentários: 
Errado. A união é indissolúvel. 
Gabarito: Errado. 
 
52. (FCC/Técnico do TRT 7º/2009) Segundo a Constituição Federal, a República 
Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal. 
Comentários: 
Está de acordo com o art. 1º da Constituição: A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito [...]. 
Gabarito: Correto. 
 
53. (FCC/Técnico do TRT 7º/2009)Segundo a Constituição Federal, a República 
Federativa do Brasil é formada pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por 
meio de representantes eleitos. 
Comentários: 
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Viajou, misturou um monte de coisa. Vamos ser pragmáticos e ler o que está escrito no 
art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito [...]. 
Gabarito: Errado. 
 
54. (FCC/Analista- TRT- 3ª/2015) O bicameralismo é um dos fundamentos 
constitucionais expressos da República Federativa do Brasil. 
Comentários: 
Questão simples. Os fundamentos expressos são Soberania, cidadania, dignidade da 
pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político 
(SO, CI, DI VAL, PLU). 
Gabarito: Errado. 
 
55. (FCC/Téc. Judiciário-TRE-RR/2014) Nos termos da Constituição de 1988, 
são fundamentos da República Federativa do Brasil, dentre outros, a dignidade da 
pessoa humana, valores sociais do trabalho e função social da propriedade. 
Comentários: 
Mais uma SO-CI- Di-Val-Plu, confira: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático 
de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Gabarito: Errado. 
 
56. (FCC/Analista- TRT- 3ª/2015) São fundamentos constitucionais expressos da 
República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana; valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa; centralismo político e democrático.Comentários: 
Errado. Fundamentos são o SO, CI, DI VAL, PLU. Realmente são fundamentos a 
dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; mas 
não são fundamentos o centralismo político e democrático. 
Gabarito: Errado. 
 
57. (FCC/Analista- TRT- 3ª/2015) São fundamentos da República Federativa do 
Brasil: a soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa; pluralismo político. 
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Comentários: 
Perfeito. A questão trouxe todo o SO, CI, DI VAL, PLU do art. 1º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
58. (FCC/Assessor Técnico- ALE-RN/2013) A dignidade da pessoa humana e a 
livre iniciativa estão entre os princípios fundamentais expressamente previstos na 
Constituição. 
Comentários: 
Estão sim... São fundamentos. Quando a questão fala “estão entre os princípios 
fundamentais”, valeria qualquer coisa do art. 1º ao 4º da CF. 
Gabarito: Correto. 
 
59. (FCC/Técnico-TRT 15ª/2009) Um dos fundamentos da República Federativa 
do Brasil é a vedação ao pluralismo político. 
Comentários: 
Errado. O pluralismo não é vedado, ele é garantido! 
Gabarito: Errado. 
 
60. (FCC/Assessor Técnico- ALE-RN/2013) O plebiscito, o referendo e a 
iniciativa popular não estão entre os princípios fundamentais expressamente previstos 
na Constituição. 
Comentários: 
Questão polêmica... Porém, embora o plebiscito, referendo e inciativa popular sejam 
uma decorrência do princípio democrático, não conseguimos inferir esses três institutos 
diretamente do que está expresso nos princípios fundamentais, mas sim foram uma 
escolha que o Constituinte foi deixar clara só lá nos Direitos Políticos (art. 14) e não 
nos primeiros artigos da Constituição. 
Ou seja, ao ler que o povo pode exercer diretamente o poder, nos termos da 
Constituição, ninguém sabe - ainda - que os meios escolhidos pelo constituinte 
originário foram o plebiscito, referendo e iniciativa popular, pois estes institutos não 
estão nos princípios fundamentais, só serão vistos à frente. 
Gabarito: Errado. 
 
61. (FCC/Ag. Técnico Legislativo - ALESP/2010) Todo o poder emana do povo, 
que o exerce diretamente conforme determina a legislação eleitoral. 
Comentários: 
O correto seria "que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição". 
Gabarito: Errado. 
 
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62. (FCC/TRT 18ª/2009) Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República 
Federativa do Brasil. 
Comentários: 
Correto. CF, art. 1º, parágrafo único. 
Gabarito: Correto. 
 
63. (FCC/TRT 18ª/2009) São Poderes da União, dependentes entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Comentários: 
Errado. Eles são independentes. 
Gabarito: Errado. 
 
64. (FCC/Ag. Técnico Legislativo - ALESP/2010) São Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o 
Ministério Público. 
Comentários: 
O Ministério Público, embora seja considerado "na prática" um quarto poder, não é 
formalmente um dos Poderes do Estado. A Constituição adota à clássica teoria de 
Montesquieu que divide as funções do poder político em 3: Legislativa, Executiva e 
Jurisdicional. 
Gabarito: Errado. 
 
65. (FCC/Técnico-TRT 15ª/2009) Dentre os objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil está o de reduzir as desigualdades regionais. 
Comentários: 
Correto. CF, art. 3º, III. 
Gabarito: Correto. 
 
 
66. (FCC/Analista Judiciário- TRE-RR/2015) São consideradas garantias 
fundamentais, dentre outras, a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e 
o mandado de segurança. 
Comentários: 
Essa questão mede dois conhecimentos que não podem ser ignorados. Primeiro o 
domínio do candidato sobre a Constituição, sabendo o que está e ou não elencado no 
rol de direitos e garantias fundamentais. 
Outro ponto que não podemos deixar de passar é o fato de a questão ter pedido 
somente as “garantias”. E você sabe qual a diferença entre “direito” e “garantia”? 
Então vamos lá: as garantias, são os meios de acesso a um “direito-fim”, ou seja, 
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enquanto os direitos são a faculdade de ter, agir ou exercer algo, as garantias 
garantem que os direitos possam ser exercidos. 
Dessa forma, foi perfeita a questão ao elencar como garantias fundamentais a 
inafastabilidade da jurisdição, que é a garantia da proteção judicial para todo aquele 
que se ache coagido em algum direito; o devido processo legal que é a garantia de não 
ser processado sob ritos que não estão legalmente previstos; e, por fim, o mandado de 
segurança que é um remédio constitucional onde se pede ao judiciário a proteção a um 
direito que é “líquido e certo”. 
Gabarito: Correto. 
 
67. (FCC/DPE-SP/2007) A Constituição Federal compreende os direitos 
fundamentais como sendo os direitos individuais e os direitos coletivos previstos no 
artigo 5o, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos. 
Comentários: 
Não só os direitos sociais e os políticos, mas também os direitos da nacionalidade e o 
do funcionamento e existência dos partidos políticos podem ser elencados como 
direitos fundamentais segundo a CF/88. 
Gabarito: Errado. 
 
68. (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na 
Constituição Federal constituem um rol taxativo. 
Comentários: 
A relação não é taxativa, mas, sim um rol aberto, exemplificativo, já que a própria 
Constituição estabelece em seu art. 5º §2º, que os direitos e garantias expressos na 
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
Gabarito: Errado. 
69. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a 
Constituição de 5 de outubro de 1988 estabelece um amplo, porém taxativo, rol de 
direitos públicos subjetivos. 
Comentários: 
Errada. O rol é aberto, exemplificativo. 
Gabarito: Errado. 
 
70. (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na 
Constituição Federal somente podem ser ampliados por força de Tratado Internacional 
de Direitos Humanos aprovado em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
por três quintos dos votos dos respectivos membros. 
Comentários: 
Não é somente assim. A Constituição realmente trata sobre esse tema ao dizer que 
Tratado Internacional de Direitos Humanos aprovado em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, são 
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equivalentes às emendas constitucionais e que eles podem ser usados para 
ampliar o rol de direitos fundamentais. Porém, essa não é a única forma de ampliar os 
direitos e garantias fundamentais, já que no seu art. 5º §2º a Constituição deixa claro 
que essa relação deve ser interpretada de forma ampliativa ao dispor que “os direitos e 
garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e 
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte”. 
Gabarito: Errado. 
 
71. (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na 
Constituição Federal não excluem outros decorrentes do regime e dos princípiospor ela 
adotados, entre os quais o Estado Democrático de Direito e o princípio da dignidade 
humana. 
Comentários: 
Exatamente. A Constituição deixa claro que a relação não é taxativa, mas, sim um rol 
aberto, exemplificativo, ao dizer em seu art. 5º §2º, que os direitos e garantias 
expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios 
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do 
Brasil seja parte. 
Gabarito: Correto. 
 
 
72. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a 
Constituição de 1988 demonstrou acentuada preocupação com a efetividade de suas 
disposições. 
Comentários: 
Correto, por isso previu expressamente que as normas definidoras dos direitos e 
garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
Gabarito: Correto. 
 
73. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a 
Constituição de 5 de outubro de 1988 pouco inovou em relação às Constituições 
brasileiras anteriores. 
Comentários: 
Errada. A carta de 1988 marca a restauração da democracia no Brasil após longos anos 
de ditadura militar, desta forma, teve-se efetiva preocupação em estabelecer um 
amplo rol de direitos e garantias fundamentais e assegurar a sua efetividade. 
Gabarito: Errado. 
 
74. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a 
Constituição de 5 de outubro de 1988 é de inspiração socialista, dependendo a plena 
fruição dos direitos que consagra da planificação total da economia. 
Comentários: 
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Errada. A Constituição é claramente capitalista, apoiada em princípios como a livre 
iniciativa e a livre concorrência. Em nenhum momento visa a planificação total da 
economia. 
Gabarito: Errado. 
 
75. (FCC/Defensor-DPE-PR/2017) Uma das principais características dos direitos 
fundamentais é a inalienabilidade. Diante disso, haveria nulidade absoluta por ilicitude 
do objeto de um contrato em que uma das partes se comprometesse a se submeter à 
esterilização irreversível. 
Comentários: 
Esterilização é a total ausência de determinada coisa. No contexto da questão, 
pressupomos um contrato em que a pessoa abdica de forma irreversível de 
determinado direito. Para o ordenamento jurídico pátrio, isso é impossível, sendo tal 
cláusula contratual absolutamente nula. 
Gabarito: Correto. 
 
76. (FCC/TCE-MG/2007) Os direitos fundamentais são absolutos, não sendo 
suscetíveis de limitação no seu exercício. 
Comentários: 
Eles são relativos e não absolutos. 
Gabarito: Errado. 
 
77. (FCC/DPE-SP/2007) A Constituição Federal deu enorme relevância aos 
direitos fundamentais, assegurando-os de maneira quase absoluta, mas certas 
conturbações sociais podem desencadear a necessidade de supressão temporária de 
certos direitos no atendimento do interesse do Estado e das instituições democráticas. 
Comentários: 
Isso aí, não se pode admitir que os direitos fundamentais sejam absolutos, pois 
existem limites ao seu exercício. A questão fala ainda em "necessidade de supressão 
temporária". Essa supressão temporária de alguns direitos é expressamente admitida 
pela Constituição nas hipóteses de Estado de Sítio e de Defesa (CF, art. 135 e 136), 
quando poderão ser suspensos direitos como a liberdade de reunião e sigilo de 
comunicações para que não prejudiquem o objetivo de restaurar a ordem pública. 
Gabarito: Correto. 
 
78. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) As pessoas jurídicas, por serem distintas das 
pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos 
morais. 
Comentários: 
Como vimos, diversos direitos são extensíveis às pessoas jurídicas: pessoa jurídica faz 
jus a sigilo bancário, sigilo fiscal, direito de propriedade... até mesmo o direito à honra. 
Gabarito: Errado. 
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79. (FCC/ACE-TCE-MG/2007) A Constituição Federal vigente assegura a 
existência de direitos fundamentais somente às pessoas físicas, mas não às pessoas 
jurídicas. 
Comentários: 
Dispensa comentários. 
Gabarito: Errado. 
 
80. (FCC/Defensor-DPE-PR/2017) A dimensão subjetiva dos direitos 
fundamentais resulta de seu significado como princípios básicos da ordem 
constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais influam sobre todo o 
ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os poderes constituídos. 
Comentário: 
Essa visão, onde os direitos fundamentais vão além do direito subjetivo em si, mas se 
tornam verdadeiras referências para a interpretação do direito, irradiando-se para todo 
o ordenamento jurídico é a dimensão objetiva e não subjetiva dos Direitos 
Fundamentais. 
Gabarito: Errado. 
 
81. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os 
direitos enunciados no artigo 5º, quando assegura a inviolabilidade do direito à vida, à 
dignidade, à liberdade, à segurança e à propriedade, adota o critério do objeto 
imediato do direito assegurado. 
Comentário: 
Questão doutrinária e correta. Trata-se realmente do critério foi o do objeto imediato 
do direito assegurado. Isso quer dizer que eles foram divididos em 5 “objetos 
imediatos”: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Assim, os diversos 
incisos presentes no art. 5º são usados para definir direitos e garantias que, não 
obstante tenham um fim traçado na norma, possuem como “objeto imediato” o alcance 
do direito à vida, da liberdade, da igualdade, da segurança ou da propriedade. 
Gabarito: Correto. 
 
82. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade são garantias previstas na Constituição Federal 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. 
Comentários: 
A resposta a essa questão foi correta! Mas Vampiro, você não me disse que esses 
direitos são assegurados aos brasileiros e quaisquer estrangeiros sob leis brasileiras e, 
até mesmo, em alguns casos, pessoas jurídicas. Sim. Porém foi uma cobrança de 
literalidade da Constituição. Precisamos ter esse “feeling”, inclusive a questão foi bem 
clara ao dizer “previstas na Constituição Federal”. 
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Se houver qualquer indício que a questão está descambando para a doutrina ou 
jurisprudência, aí sim você deve se lembrar que o estrangeiro também não precisa ter 
residência fixa, basta estar sob as leis brasileira 
Gabarito: Correta. 
 
83. (FCC/Procurador Pref. Santos/2005) Conforme previsto na Constituição 
Federal de 1988, os direitos e garantias fundamentais são garantidos apenas aos 
brasileiros, em face do princípio da soberania nacional. 
Comentários: 
Errado. São assegurados aos brasileiros e estrangeiros que estiverem no país, sob leis 
brasileiras. 
Gabarito: Errado. 
 
84. (FCC/Defensor Público - MA/2009) O jurista espanhol Antonio Perez Luño 
define os direitos fundamentais como um conjunto de faculdades e instituições que, em 
cada momento histórico, concretizam as exigências da dignidade, igualdade e liberdade 
humanas, devendo obrigatoriamente ser reconhecidos no ordenamento jurídico 
positivo e por este garantidos, em âmbito internacional e nacional, gozando no 
ordenamento nacional de tutela reforçada em face dos poderes constituídos do Estado 
(Los derechos fundamentales. 5. ed. Madrid: Tecnos, 1993, p. 46-47, tradução livre). 
No ordenamento brasileiro, a tutela reforçada a que se refere o autor decorre da 
impossibilidade de o Congresso Nacional deliberar sobre proposta de emenda à 
Constituição tendente a

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