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UFPE – A´REA II – 2018.1 – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (ca´lculo diferencial e integral 4) – turmas q1 e q7 SIMULADO DA 1a UNIDADE v. 1.0 & GABARITO v. 1.0 Orientac¸a˜o: Distribuir a resoluc¸a˜o das questo˜es em sete sesso˜es de 120 minutos cada, sem interrupc¸a˜o nem distrac¸o˜es. Dar soluc¸o˜es leg´ıveis e justificadas, escre- vendo os passos, detalhes e propriedades relevantes. Compara´-las com o gabarito. Para cada item das questo˜es 1 e 2, encontrar a soluc¸a˜o completa se o item so´ apresentar a EDO, e resolver o PVI (dando todas as soluc¸o˜es maximais dele) se o item contiver condic¸o˜es iniciais. Em todos, y e´ a func¸a˜o (de x ou t) desejada. Questa˜o 1. Apresentar soluc¸o˜es expl´ıcitas nesta questa˜o. 1.a. y′′ = 2 sec2 (t) tan (t) 1.b. (1 + ex) y y′ = ex; y(0) = 1 1.c. dy dx = x2 + y2 xy ; y(1) = −2 1.d. dy dt + y t = −t y2 1.e. d 2y dx2 = 2x ( dy dx )2 ; y(0) = 4, y′(0) = −1 1.f. x dy dx = y (1 + ln (y)− ln (x)) 1.g. t dy dt + y = −t2 y2; y(1) = −1/3 1.h. Calcular o intervalo aberto contendo t0 = 1 no qual a soluc¸a˜o maximal do PVI do Item 1.g esta´ definida. 1.i. dy dx = e2x + y − 1 1.j. d2y dt2 = 1 t2 , t > 0; y(1) = 0, y′(1) = 1 1.k. d2y dt2 = 1 t2 , t < 0; y(−1) = 0, y′(−1) = −2 1.l. t dy dt + y = cos(t), t > 0 1.m. dy dx + ex = e(x−y) Dica para o Item 1.m: Usar a substituic¸a˜o v = ey. 1.n. x2 dy dx + 2xy − y3 = 0, x > 0 1.o. dy dt = − y ln (y). Obs. y > 0 1.p. dy dx = x2 e−2y; y(2) = 0 1.q. dy dx = y x + e−y/x, x < 0 1.r. dy dx = (y + x− 19)2 Dica para o Item 1.r: Usar v = y + x− 19. 1.s. dy dt = y2 t ; y(1) = −12. Dar o intervalo de definic¸a˜o da soluc¸a˜o maximal. 1 Questa˜o 2. As soluc¸o˜es podem ser dadas numa forma impl´ıcita nesta questa˜o. 2.a. y dx+ (2xy − e−2y) dy = 0 2.b. (y2 + 1) dy dx = y x , x > 0; y(1) = 1 2.c. ( x2 + y2 + x ) dx+ xy dy = 0 2.d. ( x4y2 − y ) dx+ ( x2y4 − x ) dy = 0 2.e. dy dx = − 3x2y + y2 2x3 + 3xy 2.f. (2x− y)dx+ (4x+ y)dy = 0 2.g. ex(1 + x)dx+ (y ey − x ex)dy = 0 2.h. 3x2y dx− ( x3 + 2y4 ) dy = 0 2.i. dy dx = xy x2 + y2 ; y(1) = −1 2.j. ( x3y − 2y2 ) dx+ x4 dy = 0. Dica para o Item 2.j1: Usar um fator integrante da forma µ(x, y) = xayb, calculando nu´meros reais a e b apropriados. 2.k. (4x2y + 2xy2) dx+ (3xy − 2x3) dy = 0 2.l. (xy + 4) dx+ x2 dy = 0 2.m. dy dx = (y − 3)(y − 5)(y − 8) 2.n. x2y3 dx+ (x+ xy2) dy = 0 2.o. Resolver a EDO (3xy + y2) dx + (x2 + xy) dy = 0 duas vezes: por fa- tor integrante; e como EDO homogeˆnea; 2.p. y dx+(x2+y2−x) dy = 0 com fator integrante da forma µ(x, y) = h(x2+y2). Questa˜o 3. Consideremos o PVI: (x2 − 1) dy dx = 2y; y(a) = b. 3.a. Para quais pontos (a, b) do plano (R2) o teorema de existeˆncia e unicidade estudado garante a existeˆncia de soluc¸a˜o local u´nica para o PVI? 3.b. Dar, explicitamente, todas as soluc¸o˜es maximais para o PVI com con- dic¸a˜o inicial y(1) = 0, ou seja, soluc¸o˜es maximais cujos gra´ficos passam pelo ponto (a, b) = (1, 0). 1A dica tambe´m funciona para alguns outros itens. Pratique! Que condic¸o˜es no dife- rencial voceˆ anteveˆ para valer a pena tentar esta abordagem? 2 Questa˜o 4. Consideremos a EDO abaixo, observando que ela esta´ restrita aos pontos de R2 no semiplano y > 0: dy dx = 3 y ln ( 2 y ) 4.a. Encontrar a soluc¸a˜o completa expl´ıcita desta EDO; 4.b. O que nosso teorema de existeˆncia e unicidade de soluc¸o˜es diz sobre dela? Questa˜o 5. A EDO dy dx = y(3 − y) possui alguma soluc¸a˜o global que muda de sinal2? Em caso afirmativo, dar tal soluc¸a˜o explicitamente. Em caso negativo, dar uma justificativa completa. Questa˜o 6. Para cada famı´lia de curvas parametrizada por C ∈ R abaixo: i. Encontrar uma EDO cuja soluc¸a˜o geral seja a famı´lia de func¸o˜es dada; ii. Encontrar a famı´lia de curvas ortogonais a`s curvas da famı´lia dada. A res- posta pode ser dada em formato impl´ıcito. 6.a. Curvas xy = C definidas para x 6= 0; 6.b. Curvas y = C ex; 6.c. Curvas y = C tan (x) + 1 definidas para x /∈ { pi 2 + kpi ∣∣∣ k ∈ Z}; 6.d. Curvas y = C + sen(x). Questa˜o 7. Mostrar que as circunfereˆncias tangentes ao eixo Ox na origem sa˜o as curvas ortogonais a`s circunfereˆncias tangentes ao eixo Oy na origem. Questa˜o 8. Encontrar uma EDO de ordem 2 cuja soluc¸a˜o geral seja dada, impli- citamente, pelas equac¸o˜es de todas as circunfereˆncias de raio 1 (e centro qualquer) no plano. 2Ex.: Uma soluc¸a˜o cujo valor e´ positivo num valor de x, e negativo noutro; ou uma soluc¸a˜o que tem raiz (ou seja, sinal zero) num valor de x mas na˜o e´ a soluc¸a˜o nula (ou seja, em algum outro valor de x, o valor da soluc¸a˜o e´ positivo ou negativo). 3 RESPOSTAS, ALGUMAS SOLUC¸O˜ES E COMENTA´RIOS SUBSCRITOS empregados nas soluc¸o˜es y: c = completa; g = geral; s = singular; p = particular. 1.a. A EDO e´ imediatamente integra´vel. Fac¸amos u = sec (t) ∴ du = sec (t) tan (t) dt. Aplicando a` EDO: y′′ = 2 sec2 (t) tan (t) ∴ y′ = ∫ 2 sec2 (t) tan (t)dt = ∫ 2u du = u2 + C1 = sec 2 (t) + C1 ∴ y = ∫ (sec2 (t) + C1) dt ∴ yc(x) = tan (t) + C1 t+ C2, onde C1, C2 ∈ R. 1.b. Como 1 + ex > 0, temos que (1 + ex) y y′ = ex ⇔ ex 1 + ex = y y′, uma EDO separa´vel. Integrando-se em x: ∫ ex 1 + ex dx = ∫ y dy dx dx = ∫ y dy Com u = 1 + ex, du = exdx, tem-se que y2 2 +C1 = ∫ du u = ln |u|+C2 ∴ (como u > 0) y2 = 2 ln (1 + ex) + C, onde 2(C2 − C1) = C ∈ R. Mas y(0) = 1 ∴ 1 = (y(0)) 2 = 2 ln (1 + e0)+C = 2 ln (2) +C = ln (4) +C ∴ y2 = 2 ln (1 + ex)+ 1− ln (4). Como y(0) = 1 > 0, temos que: yp(x) = √ ln ((1 + ex)2) + 1− ln (4) . 1.c. dy dx = x2 + y2 xy = x2 xy + y2 xy = 1 y/x + y x , uma EDO homogeˆnea. Logo, fac¸amos v = y/x ∴ xv = y ∴ v + xv′ = y′ = 1v + v ∴ xv ′ = 1/v ∴ vv′ = 1/x (separa´vel). Como v′ dx = dv, integremos ambos os membros em x, obtendo: ln |x|+ C1 = v2 2 + C2 ∴ v 2 = 2 ln |x|+ C = ln (x2) + C, onde C = 2(C1 − C2) ∴ y 2 = x2(ln (x2) + C), onde C ∈ R. Mas −2 = y(1) ∴ 4 = (y(1))2 = 12(ln (12) + C) = C ∴ y2 = x2(ln (x2) + 4). Como y(1) = −2, temos que: yp(x) = − √ x2(ln (x2) + 4) . 1.d. Reconhecemos uma EDO de Bernoulli com n = 2. Portanto, e´ conveniente a substituic¸a˜o v = y1−n = y−1 quando3 y 6= 0. Da´ı, y = v−1 ∴ y′ = −v−2 v′ pela regra da cadeia. Substituindo isto na EDO em y, e multiplicando por −v2: −v−2 v′ + t−1v−1 = −t v−2 ∴ v′ − t−1v = t, uma EDO linear que admite fator 3De fato, y(t) = 0 e´ uma soluc¸a˜o, pois y′(t) = 0, e 0 + 0 t = −t 02 para t 6= 0. 4 integrante dentro do seguinte formato: ± exp ( ∫ −t−1 dt) = ± exp (− ln |t|+ k) = ± 1|t|e k (k ∈ R). Sera´ utilizado µ(t) = t−1, resultando em: t−1v = ∫ t−1t dt = ∫ 1 dt = t+ C ∴ v = t2 + Ct ∴ yg(t) = (t 2 + Ct)−1 (C ∈ R), enquanto ys(t) = 0 e´ a u´nica soluc¸a˜o singular. 1.e – So´ ideias. Como y na˜o aparece na EDO, podemos fazer a substituic¸a˜o v = y′ e resolver a EDO de 1a ordem auxiliar v′ = 2xv2, que e´ separa´vel. A solu- c¸a˜o geral dela e´ vc(x) = −1 C1 + x2 onde C1 ∈ R, e ha´ a soluc¸a˜o singular vs(x) = 0. Como ha´ a condic¸a˜o inicial v(0) = y′(0) = −1, segue-se que vs na˜o interessa para este problema, e que C1 = 1. Logo, vp(x) = −1 1 + x2 . Integrando, obtemos que: y(x) = C2 − arctan (x), onde C2 ∈ R. Disto e da condic¸a˜o inicial y(0) = 4, con- clu´ımos que C2 = 4 ∴ yp(x) = 4− arctan (x) . 1.f. A EDO x y′ = y (1 + ln (y)− ln (x)) e´ homogeˆnea4: y′ = y x ( 1 + ln (y x )) Fac¸amos5 v = y/x ∴ y = xv ∴ y′ = v + xv′. Da´ı, temos a seguinte EDO em v: v + xv′ = v (1 + ln (v)) ∴ xv′ = v ln (v). Caso ln (v) 6= 0: dx x = dv v ln (v) = du u onde u =ln (v) ∴ du = dv v . Integrando: ln |x| + C1 = ln |u| = ln |ln |v||, onde C1 ∈ R. Como x, v > 0: ln |ln (yg/x)| = ln (x) + C1 ∴ ln (yg/x) = Cx, onde C = ±e C1 6= 0 ∴ yg(x) = x e Cx. Caso ln (v) = 0: 1 = v = y/x ∴ y = x = x e0 que, por inspec¸a˜o, verifica a EDO. Tal soluc¸a˜o corresponde a C = 0 acima ∴ yc(x) = x e Cx, onde C ∈ R. 1.g. Como t y′ + y = −t2 y2 e´ uma EDO de Bernoulli com n = 2, e´ conveniente a substituic¸a˜o v = y1−n = y−1 se6 y 6= 0, condic¸a˜o que assumimos devido a` condic¸a˜o inicial y(1) = −1/3 dada. Da´ı, y = v−1 ∴ y′ = −v−2 v′ pela regra da cadeia. Substituindo isto na EDO em y: −tv−2 v′ + v−1 = −t2 v−2. Multiplicando por −v2/t ja´ que t0 = 1 > 0, obtemos uma EDO linear de 1 a ordem em v ja´ em formato padra˜o: v′ − t−1v = t. Ela admite fator integrante µ(t) = t−1 porque7 d dt ln |µ(t)| = −t −1 = − ddt ln |t| = d dt ln |t| −1 = ddt ln |t −1|, resultando em: 4Observemos que x 6= 0 ja´ vem da presenc¸a de ln (x) ∴ x > 0. Analogamente, y > 0. 5Da nota de rodape´ anterior, v > 0. 6De fato, y(t) = 0 e´ uma soluc¸a˜o (singular), pois y′(t) = 0, e 0 + 0 t = −t 02 para t 6= 0. 7µ(t) esta´ dentro do formato ± exp ( ∫ −t−1 dt) = ± exp (− ln |t|+ k) = ± 1|t|e k (k ∈ R) com k = 0 e sinais + e − para t > 0 e t < 0 respectivamente. 5 t−1v = ∫ t−1t dt = ∫ 1 dt = t+C ∴ v = t2 +Ct ∴ yg(t) = (t 2 +Ct)−1 para C ∈ R. Mas (−3)−1 = y(1) = (1 + C)−1 ∴ C = −3− 1 = −4 ∴ yp(t) = (t 2 − 4t)−1 . 1.h. O maior intervalo aberto contendo t0 = 1 no qual a soluc¸a˜o do Item 1.g yp(t) = 1 t(t− 4) pode ser definida e´ (0, 4) devido a`s ra´ızes de seu denominador. Obs. Esta pergunta na˜o diz respeito a` existeˆncia ou a` unicidade da soluc¸a˜o! 1.i. y′ = e2x+y−1 e´ linear de 1a ordem em y. Em formato padra˜o: y′−y = e2x−1. Ela admite fator integrante µ(x) = e−x porque8 ddx ln |µ(x)| = −1 = d dx (−x) = d dx ln (e −x) = ddx ln |e −x| (ja´ que e−x > 0), resultando em: d dx (e −xy) = e−x ( e2x − 1 ) ∴ e−xy = ∫ (ex − e−x) dx = ex+e−x+C, onde C ∈ R ∴ yc(x) = e 2x + 1 +Cex, onde C ∈ R. 1.j e 1.k. A EDO e´ imediatamente integra´vel. Integrando duas vezes, temos que: y′′ = 1t2 = t −2 ∴ y′ = −t−1 + C1 ∴ y = − ln |t|+ C1 t+ C2 ∴ 9 yc = ln |1/t| + C1 t+ C2, onde C1, C2 ∈ R. Aplicando as condic¸o˜es iniciais y(1) = 0 e y′(1) = 1, obtemos: 1 = y′pk(1) = −1 +C1 ∴ C1 = 2; e 0 = ypk(1) = ln |1|+ C1 + C2 = 2 + C2 ∴ C2 = −2 ∴ ypk(t) = ln |1/t| + 2(t− 1), t > 0 para o Item 1.j. Aplicando as condic¸o˜es iniciais y(−1) = 0 e y′(−1) = −2, obtemos: −2 = y′pl(−1) = 1 + C1 ∴ C1 = −3; e 0 = ypl(−1) = ln | − 1|)− C1 + C2 = 3 + C2 ∴ C2 = −3 ∴ ypl(t) = ln |1/t| − 3(t+ 1), t < 0 para o Item 1.k. 1.l. Um caminho e´ notarmos que a EDO e´ ddt (t y) = cos(t), t > 0 e irmos para a u´ltima linha desta resoluc¸a˜o. Noutro caminho, observamos que a EDO dada e´ li- near com formato padra˜o y′+ t−1y = t−1 cos(t), t > 0, que admite fator integrante µ tal que ddt ln |µ(t)| = t −1 = ddt ln |t| e, analogamente ao que fizemos no Item 1.h, 8µ(t) esta´ dentro do formato ± exp ( ∫ −1 dx) = ± exp (−x+ k) = ±eke−x (k ∈ R) com k = 0 e sinal +. 9Sendo 0 < t = |t| no primeiro dos dois itens, podemos escrever ln(1/t) nele. 6 usaremos µ(t) = t, resultando em: ddt (t y) = t t −1 cos (t) = cos (t) ∴ t y = ∫ cos (t) dt = sen(t) + C ∴ yc(t) = sen(t) + C t , onde C ∈ R. 1.m. A EDO dada e´ y′+ex = e(x−y). Fazendo a substituic¸a˜o v = ey > 0, obtemos y = ln (v), e y′ = v′/v. Logo, a EDO equivale a` seguinte EDO em v(x): v′v−1 + ex = exv−1. Multiplicando por v, obtemos uma EDO linear de 1a or- dem em v(x) ja´ no formato padra˜o: v′ + exv = ex. Um fator integrante µ(x) satisfaz a EDO auxiliar d dx ln (µ(x)) = ex ∴ ln |µ(x)| = ex + k para algum k real ∴ µ(x) = ±e(k+e x) = ±eke(e x). Escolhendo a constante +e0 = 1, obtemos µ(x) = e(e x). Assim: e(e x)v(x) = ∫ e(e x)ex dx = ∫ ew dw = ew + C = e(e x) + C, onde C ∈ R e w = ex ∴ dw = w dx. Portanto, ey = 1 +Ce(−e x) ∴ yc(x) = ln ( 1 + Ce(−e x) ) , onde C ∈ R 1.n–o. Vide os itens 1.a e 1.b do gabarito do 1o Exerc´ıcio Escolar de 2015.2. 1.p–s. Vide o arquivo “simulado 1–2017 1–manuscrito.pdf” 2.a. A EDO na˜o e´ exata pois, escrevendo N(x, y) = 2xy − e−2y, e M(x, y) = y, temos que Nx(x, y) = 2y 6= 1 = My(x, y). A EDO na˜o admite fator inte- grante na forma µ(x) porque My −Nx N = 1− 2y 2xy − e−2y na˜o e´ uma func¸a˜o indepen- dente de y. No entanto, a EDO admite fator integrante na forma µ(y) porque Nx −My M = 2y − 1 y = 2 − y−1 e´ uma func¸a˜o independente de x e, portanto, e´ d dy ln |µ(y)|. Da´ı, podemos escolher o fator integrante µ(y) para a EDO dada den- tro do seguinte formato: ± exp ( ∫ (2− y−1) dt) = ± exp (2y − ln |y|+ k) = ± 1|y|e 2y+k (k ∈ R). Aqui10, µ(y) = y−1e2y sera´ utilizado se11 y(t) 6= 0, resultando na seguinte EDO exata: e2y dx + (2x e2y − y−1) dy = dU = 0. Logo, U(x, y) = ∫ Ux dx = ∫ e2y dx ∴ U(x, y) = x e2y + g(y). Mas 2x e2y − y−1 = Uy(x, y) = 2x e 2y + g′(y) ∴ g′(y) = −y−1 ∴ g(y) = − ln |y| + C1 (C1 ∈ R). Logo, a soluc¸a˜o geral da EDO 10Ou seja, escolheu-se µ(y) = +|y|−1e2y para y > 0, e −|y|−1e2y para y < 0. 11De fato, convertendo-se diferenciais em derivadas, a EDO e´ y + (2xy − e−2y)y′ = 0, donde y(t) = 0 e´ uma soluc¸a˜o, pois y′(t) = 0. 7 pode ser dada implicitamente como x e2yg − ln |yg| = C, onde C ∈ R, enquanto ys(t) = 0 e´ a u´nica soluc¸a˜o singular. 2.b. A EDO (y2 + 1)y′ = y x , x > 0 e´ separa´vel. Como y(1) = 1 6= 0, podemos ignorar o caso y = 0 e dividir por y, obtendo: ( y + 1 y ) dy = 1 x dx. Integrando, chegamos a` soluc¸a˜o geral impl´ıcita y2 2 + ln |y| = ln |x| + C. Mas y(1) = 1 ∴ C = 1/2. Sendo ln |y| − ln |x| = ln (|y|/|x|), conclu´ımos que: y2p 2 + ln ∣∣∣yp x ∣∣∣ = 1 2 2.c. A EDO na˜o e´ exata pois, escrevendo M(x, y) = x2+ y2+x e N(x, y) = xy, temos que My(x, y) = 2y 6= y = Nx(x, y). A EDO admite fator integrante na forma µ(x) porque My −Nx N = 2y − y xy = 1 x e´ uma func¸a˜o de x e, portanto, d dx ln |µ(x)| = 1 x = d dx ln |x|. Da´ı, podemos escolher o fator integrante µ(x) = x, resultando na seguinte EDO exata:( x3 + xy2 + x2 ) dx+ x2y dy = 0. Logo, U(x, y) = ∫ Uy dy = ∫ x2y dy ∴ U(x, y) = x2y2 2 + f(x). Mas xy2 + x3 + x2 = Ux(x, y) = xy 2 + f ′(x) ∴ f ′(x) = x3 + x2 ∴ f(x) = x4 4 + x3 3 serve. Logo, a soluc¸a˜o completa da EDO pode ser dada implicitamente como x2y2c 2 + x4 4 + x3 3 = C, onde C ∈ R. Obs. Outra apresentac¸a˜o para tal soluc¸a˜o completa impl´ıcita e´: 6x2y2c + 3x 4 + 4x3 = K, onde K = 12C ∈ R. 2.d. M(x, y) = x4y2−y e N(x, y) = x2y4−x ∴ My(x, y) = 2x 4y−1 6= 2xy4−1 = Nx(x, y) ∴ a EDO na˜o e´ exata. Seguindo a dica, procuremos um fator integrante da forma µ(a(x, y)) para a EDO, onde a(x, y) = xy: d da ln |µ(a)| = Nx −My xM − yN = 2xy(y3 − x3) x2y2(x3 − y3) = −2 xy = −2 a = −2 d da ln |a| = d da ln |a|−2 = d da ln |a−2| ∴ µ(a(x, y)) = (a(x, y))−2 = (xy)−2 e´ adequado, levando a` ana´lise de uma poss´ıvel soluc¸a˜o singular y(x) = 0 a` parte. De fato, y(x) = 0 fornece y′(x) = 0 e, na EDO, (x4y2 − y) + (x2y4 − x)y′ = (x402 − 0) + (x204 − x)0 = 0. 8 Logo, ys(x) = 0. Multiplicando a EDO original por µ(xy), temos a EDO exata:( x2 − x−2y−1 ) dx+ ( y2 − x−1y−2 ) dy = 0 ∴ U(x, y) = ∫ ( x2 − x−2y−1 ) dx = x3 3 + x−1y−1+g(y) ∴ y2−x−1y−2 = Uy(x, y) = g ′(y)−x−1y−2 ∴ g′(y) = y2 ∴ g(y) = y3 3 serve. Por conseguinte, x3 + y3g 3 + 1 x yg = C, onde C ∈ R. Obs. Multiplicando por 3xyg, a soluc¸a˜o geral impl´ıcita se torna: x4yg + xy 4 g + 3 = Kxyg, onde K = 3C ∈ R. 2.e12. y′ = − 3x2y + y2 2x3 + 3xy A EDO na˜o e´ separa´vel nemlinear13. Escrevendo-a no formato de diferencial: (3x2y + y2)dx+ (2x3 + 3xy)dy = 0 ∴ M(x, y) = 3x2y + y2 e N(x, y) = 2x3 + 3xy. Como My(x, y) = 3x 2 + 2y 6= 6x2 + 3y = Nx(x, y), a EDO na˜o e´ exata. A EDO na˜o admite fator integrante na forma µ(x) porque My −Nx N = −3x2 − y 2x3 + 3xy na˜o e´ uma func¸a˜o independente14 de y. No entanto, Nx −My M = 3x2 + y 3x2y + y2 = 1 y e´ independente de x, resultando em ddy ln |µ(y)| = 1 y = d dy ln |y|. Disto, podemos usar15 µ(y) = y, resultando na EDO exata (3x2y2+y3)dx+(2x3y+3xy2)dy = 0. Disto, U(x, y) = ∫ Ux dx = ∫ (3x2y2 + y3) dx ∴ U(x, y) = x3y2+xy3+g(y). Mas 2x3y + 3xy2 = Uy(x, y) = 2x 3y + 3xy2 + g′(y) ∴ g′(y) = 0 ∴ g(y) = 0 serve ∴ x3y2c + xy 3 c = C, onde C ∈ R. 2.f16. (2x− y)dx+ (4x+ y)dy = 0. Dividindo ambos os termos por x, obtemos que a EDO equivale (para x 6= 0) a 2 − y x + ( 4 + y x ) dy dx = 0, uma EDO ho- mogeˆnea. Logo, fac¸amos z = y/x ∴ y = xz ∴ y′ = z + xz′ e a EDO em z(x) 12Fim do Cap. 2 de [Boyce/DiPrima], EDO do Prob. 31 (resp. 32) da 9a (resp. 8a) ed. 13Alia´s, se fosse separa´vel, seria exata, e se fosse linear, admitiria um fator integrante da forma µ(x). De acordo com a soluc¸a˜o acima, ambas as situac¸o˜es na˜o ocorrem. 14Basta compararmos seus valores em (x, y) com x fixado. Ex.: em (1, 0) e (1, 1). 15Observar que, ao multiplicarmos ambos os lados por y, estar´ıamos introduzindo uma soluc¸a˜o adicional y ≡ 0 se esta func¸a˜o constante na˜o fosse uma soluc¸a˜o da EDO original. Entretanto, ela o e´, e corresponde a C = 0 na soluc¸a˜o completa obtida acima. 16EDO auxiliar do Exerc´ıcio 31 da Sec¸. 2.6 do [Nagle/Saff/Snider]. 9 correspondente e´ dada por: 2 − z + (4 + z)(z + xz′) = 0 ∴ z2 + 3z + 2 + (4 + z)xz′ = 0 ∴ no caso 0 6= z2+3z+2 = (z+1)(z+2), isto e´, z /∈ {−1,−2}, temos que − 1 x = 4 + z z2 + 3z + 2 z′ (uma EDO separa´vel). Para integrarmos em u, expandamos a func¸a˜o racional em frac¸o˜es parciais: 4 + z z2 + 3z + 2 = A z + 1 + B z + 2 ∴ 4 + z = A(z + 2) + B(z + 1). Substituindo z = −1 e z = −2 nesta igualdade, obtemos A = 3 e −B = 2 ∴ B = −2. Integrando com relac¸a˜o a x (lembrar que x 6= 0): − ln |x| + C1 =∫ [ 3(z + 1)−1 − 2(z + 2)−1 ] dz = 3 ln |z + 1| − 2 ln |z + 2|+C2, onde C1, C2 ∈ R ∴ ln |x|+ C = ln ∣∣∣∣(z + 2)2(z + 1)3 ∣∣∣∣, onde C = C2 − C1 ∈ R. Logo: ln |x|+ C = ln ∣∣∣∣(yg/x+ 2)2(yg/x+ 1)3 ∣∣∣∣ onde C ∈ R. Os casos z(x) = −1 e z(x) = −2, isto e´, y(x) = −x e y(x) = −2x teˆm deri- vadas −1 e −2, respectivamente. Substituindo a primeira func¸a˜o y na EDO, obte- mos: (2x− y) + (4x+ y)y′ = (2x+ x) + (4x− x)(−1) = 3x− 3x = 0. A segunda resulta em: (2x− y) + (4x+ y)y′ = (2x+ 2x) + (4x− 2x)(−2) = 4x− 4x = 0. Logo, ambas sa˜o soluc¸o˜es singulares: ys1(x) = −x e ys2(x) = −2x. Obs. A soluc¸a˜o geral pode ser transformada no formato abaixo multiplicando-se a func¸a˜o racional de x e yg por x 3/x3 = 1, aplicando-se ± exp ( ) para se eliminarem os logaritmos e mo´dulos, e se manipulando termos: K(yg + x) 3 = (yg + 2x) 2, onde K = ±eC ∈ R∗. Neste formato, estender K a R faz K = 0 corresponder a ys2, enquanto ys1 con- tinua singular. Se multiplica´ssemos ambos os lados por K˜ = K−1 ∈ R∗, ter´ıamos que estender K˜ a R faz K˜ = 0 corresponder a ys1, mantendo-se ys2 singular. 2.g – So´ ideias. ex(1 + x)dx+ (y ey − x ex)dy = 0 ∴ M(x, y) = ex(1 + x) e N(x, y) = y ey − x ex ∴ Nx −My M = −M M = −1 ∴ a EDO admite um fator in- tegrante µ(y) tal que d dy ln |µ(y)| = −1 ∴ µ(y) = e−y > 0 serve, e a EDO original equivale a` EDO exata e(x−y)(1 + x)dx + (y − x e(x−y))dy = 0. Como d dx (x ex) = (x+ 1)ex, integrando em x, obtemos: U(x, y) = x e(x−y) + g(y), onde g(y) satisfaz y − x e(x−y) = Uy(x, y) = −x e (x−y) + g′(y) ∴ g(y) = y2/2 serve ∴ x e(x−yc) + y2c 2 = C, onde C ∈ R. 10 2.h – So´ ideias. 3x2y dx− ( x3 + 2y4 ) dy = 0 ∴ N(x, y) = −x3 + 2y4 e M(x, y) = 3x2y ∴ Nx −My M = −3x2 − 3x2 3x2y = −2 y ∴ a EDO admite um fator in- tegrante µ(y) tal que d dy ln |µ(y)| = −2/y ∴ µ(y) = y−2 serve. Exceto por sua soluc¸a˜o singular ys(x) = 0, a EDO original possui as mesmas soluc¸o˜es que a EDO exata abaixo: 3x2y−1 dx − ( x3y−2 + 2y2 ) dy = 0. Integrando em x, ob- temos: U(x, y) = x3y−1 + g(y), onde g(y) satisfaz −x3y−2 − 2y2 = Uy(x, y) = −x3y−2 + g′(y) ∴ g(y) = −2y3/3 serve ∴ x3y−1g − 2 3 y3g = C, onde C ∈ R. 2.i. Fazendo v = y/x (para x 6= 0), temos que y = xv ∴ y′ = v+xv′. Substituindo isto no membro esquerdo da EDO dada, e multiplicando e dividindo o direito por 1/x2, temos que: v + xv′ = y′ = xy x2 + y2 = y/x 1 + (y/x)2 = v 1 + v2 ∴ xv′ = v 1 + v2 − v = − v3 1 + v2 Tal EDO e´ separa´vel. Como y(1) = −1 6= 0, assumamos y 6= 0 ∴ v 6= 0 ∴ − 1 x = 1 + v2 v3 v′ = ( 1 v3 + 1 v ) v′ Integrando em x, obtemos que: − ln |x|+ C = − 1 2v2 + ln |v| = ln ∣∣∣y x ∣∣∣− x2 2y2 = ln |y| − ln |x| − x2 2y2 , onde C ∈ R ∴ C = ln |yg| − x2 2y2g . Mas yp(1) = −1 ∴ C = −1/2 ∴ ln |yp| − x2 2y2p = − 1 2 2.j. ( x3y − 2y2 ) dx+ x4 dy = 0. Segundo a dica, ha´ um fator integrante da forma µ(x, y) = xayb com (a, b) ∈ R2. Assim, (µ(x, y)N(x, y))x = (µ(x, y)M(x, y))y ou seja, a xa−1ybx4 + xayb4x3 = b xayb−1(x3y − 2y2) + xayb(x3 − 4y), ou seja, a xa+3yb + 4xa+3yb = b xa+3yb − 2b xayb+1 + xa+3yb − 4xayb+1, ou seja, (a+ 3− b)xa+3yb + (4 + 2b)xayb+1 = 0, o que equivale a a+ 3− b = 0 = 4 + 2b ∴ b = −2 e a = −5 ∴ µ(x, y) = x−5y−2 e, exceto por sua soluc¸a˜o singular ys(x) = 0, a EDO original tem as mesmas soluc¸o˜es que a seguinte EDO, que e´ exata como o(a) leitor(a) pode verificar: ( x−2y−1 − 2x−5 ) dx + x−1y−2 dy = 0. Integrando em y, obtemos a func¸a˜o potencial: U(x, y) = −x−1y−1 + f(x), onde f(x) satisfaz x−2y−1 − 2x−5 = Ux(x, y) = x −2y−1 + f ′(x) ∴ f ′(x) = −2x−5 ∴ f(x) = x−4/2 serve ∴ 1 2x4 − 1 xyg = C onde C ∈ R. 11 Obs. Esta soluc¸a˜o geral pode ser dada explicitamente por yg(x) = 2x3 1 +Kx4 onde K = −2C ∈ R. Obs. Esta EDO tambe´m pode ser resolvida como EDO de Bernoulli. Ideias: x3y− 2y2+x4 y′ = 0⇐⇒ ys ≡ 0 ou x 4 y−2y′+x3y−1 = 2. Fazendo v = y−1, esta u´ltima EDO equivale a v′ − x−1v = −2x−4, que e´ linear de 1a ordem em formato padra˜o, e admite fator integrante µ(x) = x−1 ∴ x−1v = ∫ −2x−5 dx = K1+x −4/2, onde K1 ∈ R ∴ (yg(x)) −1 = v(x) = xK1 + x−3 2 = Kx4 + 1 2x3 , onde K = 2K1 ∈ R. Tomando o inverso multiplicativo desta frac¸a˜o, obtemos a soluc¸a˜o geral expl´ıcita da observac¸a˜o anterior. Obs. Esta abordagem na dica, quando aplicada a problemas com M e N po- linomiais, resulta em um sistema de equac¸o˜es lineares em a e b (poss´ıvel ou na˜o). 2.k. (4x2y + 2xy2) dx + (3xy − 2x3) dy = 0. Seguindo a dica para o Item 2.j, tentemos um fator integrante da forma µ(x, y) = xayb com a, b ∈ R: (4x2+ay1+b + 2x1+ay2+b) dx+ (3x1+ay1+b − 2x3+ayb) dy = 0. Aplicando o teste de exatida˜o (µ(x, y)N(x, y))x = (µ(x, y)M(x, y))y , obtemos: 4(1 + b)x2+ayb + 2(2 + b)x1+ay1+b = 3(1 + a)xay1+b − 2(3 + a)x2+ayb ∴ 4(1 + b) = −2(3 + a) e 2(2 + b) = 0 = 3(1 + a), sistema que admite a solu- c¸a˜o (a, b) = (−1,−2), isto e´, µ(x, y) = x−1y−2 e, exceto por sua soluc¸a˜o singular ys(x) = 0, a EDO original tem as mesmas soluc¸o˜es que a seguinte EDO, que e´ exata como o(a) leitor(a) pode verificar: (4xy−1+2) dx+(3y−1−2x2y−2) dy = 0. Integrando em x, obtemos a func¸a˜o potencial U(x, y) = 2x2y−1+2x+ f(y), onde f(y) satisfaz 3y−1 − 2x2y−2 = Uy(x, y) = −2x 2y−2 + f ′(y) ∴ f ′(y) = 3y−1 ∴ f(y) = 3 ln |y| = ln |y3| serve ∴ 2x2y−1g + 2x+ ln |y 3 g | = C onde C ∈ R. 2.l – ideias. (xy+4) dx+x2 dy = 0 e´ inexata, poisMy(x, y)−Nx(x, y) = x−2x = −x 6= 0. Testando para fator integrante da forma µ(x, y) = h(xy), calculamos y N(x, y)−xM(x, y) = x2y − x(xy + 4) = −4x ∴ para a(x, y) = xy, obtemos: d da ln |µ(a)| = My −Nx yN − xM = 1 4 . Da´ı, o(a) leitor(a) pode obter que: h(a) = ea/4, µ(x, y) = e(xy/4) > 0, e a EDO original teˆm as mesmas soluc¸o˜es que a seguinte EDO exata17: e(xy/4) (xy + 4) dx + e(xy/4)x2 dy = 0. Integrando em y, obtemos: U(x, y) = 4x e(xy/4) + f(x), onde f(x) satisfaz: 17Sempre verifique a exatida˜o! 12 e(xy/4) (xy + 4) = Ux(x, y) = e (xy/4) (xy + 4) + f ′(x) ∴ f ′(x) = 0 ∴ f(x) = 0 serve ∴ x e(xy/4) = C onde C ∈ R ja´ absorveu 1/4. 2.m – ideias. dy dx = (y − 3)(y − 5)(y − 8). A EDO e´ separa´vel, devendo-se obter as soluc¸o˜es singulares constantes ys1(x) = 3, ys2(x) = 5 e ys3(x) = 8 a` parte. Para a soluc¸a˜o geral:∫ dx = ∫ dy (y − 3)(y − 5)(y − 8) = ∫ ( 1/10 y − 3 − 1/6 y − 5 + 1/15 y − 8 ) dy onde o u´ltimo termo foi obtido por expansa˜o em frac¸o˜es parciais (Verifique!). Mul- tiplicando o resultado da integrac¸a˜o por 30 (ja´ absorvido na constante C) e sim- plificando os logaritmos, obtemos: ln ∣∣∣∣ (y − 3)3(y − 8)2(y − 5)5 ∣∣∣∣ = 30x+ C, onde C ∈ R. 2.n. x2y3 dx + (x + xy2) dy = 0. Sendo M(x, y) e N(x, y) polinomiais, tente- mos µ(x, y) = xayb ∴ x2+ay3+b dx + (x1+ayb + x1+ay2+b) dy = 0. O teste de exatida˜o nos da´: (3 + b)x2+ay2+b = (1 + a)xayb + (1 + a)xay2+b ⇐⇒ 3 + b = 1+a⇐⇒ (a, b) = (−1,−3), isto e´, µ(x, y) = x−1y−3 e, exceto por sua soluc¸a˜o sin- gular ys(x) = 0, a EDO original tem as mesmas soluc¸o˜es que a seguinte EDO, a qual na˜o so´ e´ exata como e´ separa´vel: x dx+(y−3+y−1) dy = 0. Integrando em x, obtemos x2 2 + ( ln |y| − y−2 2 ) = C1, onde C1 ∈ R. Podemos simplificar a soluc¸a˜o geral impl´ıcita multiplicando ambos os termos por 2 e fazendo C = C1 ∈ R: x2 + ln (y2g)− y −2 g = C, onde C ∈ R. 2.o. Vide a Questa˜o 5 do gabarito do 1o Exerc´ıcio Escolar de 2016.2. 2.p. y dx+(x2+y2−x) dy = 0 com fator integrante da forma µ(x, y) = h(x2+y2). Pelo teste de exatida˜o18, ∂ ∂y ( y · h(x2 + y2) ) = ∂ ∂x ( (x2 + y2 − x) · h(x2 + y2) ) ∴ h(x2+y2)+y ·h′(x2+y2) ·2y = (2x−1) ·h(x2 +y2)+(x2+y2−x) ·h′(x2+y2) ·2x 18Poder´ıamos ter descoberto um teste para existeˆncia de fatores integrantes da forma dada, assumindo que nos sa˜o dadas func¸o˜es M(x, y) e N(x, y) de classe C1 numa regia˜o aberta do plano euclidiano R2 conexa e simplesmente conexa. O teste de exatida˜o nos diz que (µ ·M)y = (µ ·N)x ∴ µxN − µyM = µ (My −Nx). Mas µ(x, y) = h(x 2 + y2) ∴ pela regra da cadeia, µx(x, y) = 2x · h ′(x2 + y2) e µy(x, y) = 2y · h ′(x2 + y2). Combinando as 13 ∴ (2x− 2) · h(x2 + y2) = (2y2 − 2x3 − 2xy2 + 2x2) · h′(x2 + y2) ∴ h′(x2 + y2) h(x2 + y2) = x− 1 y2 − x3 − xy2 + x2 = x− 1 (y2 + x2)(1− x) = −1 x2 + y2 Denotando por a = a(x, y) = x2 + y2, a igualdade acima se reduz a: h′(a) h(a) = − 1 a , ou seja, d da ln |h(a)| = − d da ln |a| = d da ln |a−1| ∴ h(a) = a−1 serve, isto e´, µ(x, y) = (x2 + y2)−1. Observando que (x, y) so´ fornece x2+y2 = 0 quando (x, y) = (0, 0), na˜o definindo implicitamente uma func¸a˜o y(x) diferencia´vel num intervalo aberto, temos que as soluc¸o˜es da EDO original coincidem com as soluc¸o˜es da seguinte EDO exata: y x2 + y2 dx + ( 1− x x2 + y2 ) dy = 0, Integrando em x com a substituic¸a˜o w = x/y, obtemos a func¸a˜o potencial: U(x, y) = ∫ y x2 + y2 dx = arctan (x/y) + f(y), onde f satisfaz: 1− x x2 + y2 = Uy(x, y) = − x x2 + y2 + f ′(y) ∴ f ′(y) = 1 ∴ f(y) = y serve. Logo: y + arctan (x/y) = C, onde C ∈ R. 3. e 4. Vide o arquivo “simulado 1–2017 1–manuscrito.pdf” 5. A ideia da resoluc¸a˜o e´: mostraremos que a func¸a˜o nula e´ soluc¸a˜o (maximal), e que todo PVI com a EDO dada admite uma soluc¸a˜o local u´nica pelo teorema de existeˆncia e unicidade (TEU) de soluc¸o˜es para PVIs de 1a ordem estudado. Da´ı, uma soluc¸a˜o que possui sinal positivo ou negativo em algum x na˜o pode atingir valor nulo e, portanto, na˜o pode mudar de sinal pelo pelo teorema do valor inter- media´rio (TVI). Vamos aos detalhes. informac¸o˜es, e denotando por a = a(x, y) = x2 + y2, obtemos que: 2h′(a) (xN−yM) = h(a) (My−Nx) ∴ d da ln |h(a)| = My −Nx 2(xN − yM) tem que ser func¸a˜o de a apenas e, em caso afirmativo, as soluc¸o˜es na˜o nulas desta EDO separa´vel servem como µ(x, y) = h(a(x, y)) = h(x2 + y2). Verifiquemos o teste no Item 1.p: My −Nx 2(xN − yM) = 1− (2x− 1) 2[x(x2 + y2 − x)− y(y)] = 1− x (x− 1)(x2 + y2] = −1 x2 + y2 como acima. 14 A EDO ja´ e´ dada resolvida algebricamente para y′ como: y′ = E(x, y) = y(3 − y) ∴ Ey(x, y) = 3 − 2y, ambas func¸o˜es polinomiais (de x e y) e, portanto, cont´ınuas em todo o plano R2. Pelo TEU estudado, cada PVI com esta EDO sub- metida a` condic¸a˜o inicial y(a) = b tem uma soluc¸a˜o local u´nica19, onde (a, b) ∈ R2 e´ um ponto fixado. Em particular, o resultado vale para os pontos (0, b) do eixo horizontal (b ∈ R). Ora, y(x) = 0 e´ soluc¸a˜o (maximal: x ∈ R), pois, na EDO, y′(x) = 0 = 0(3 − 0) = y(3 − y). Assim, ela e´ a u´nica soluc¸a˜o de qualquer PVI desta EDO com condic¸a˜o inicial (0, b) no eixo horizontal. Em outras palavras, nenhuma outra soluc¸a˜o maximal desta EDO (ou seja, nenhuma soluc¸a˜o com valor na˜o nulo em algum x0 real) pode ter valor y(x) nulo em algum x de seu intervalo (maximal) de definic¸a˜o. Recordemos que, pelo TVI, se uma func¸a˜o cont´ınua f e´ definida em um in- tervalo real [c, d], enta˜o, naquele intervalo, todos os valores entre f(c) e f(d) sa˜o atingidos ao menos uma vez por f . Em particular, se um dos valores f(c) e f(d) e´ positivo, e o outro e´ negativo, enta˜o f se anula em algum x ∈ (c, d). Como soluc¸o˜es de EDOs sa˜o diferencia´veis, elas sa˜o cont´ınuas (em seus intervalos de definic¸a˜o). Da´ı, para uma soluc¸a˜o mudar de valor positivo para negativo ou vice-versa, teria que se anular em algum x. Para esta EDO, isto e´ impossibilitado pelo resultado do para´grafo anterior. Combinando os dois u´ltimos para´grafos, conclu´ımos que a pergunta posta pelo problema tem resposta negativa. 6.a.i. Como todas as func¸o˜es da famı´lia satisfazem xy = C para x 6= 0 com C constante, consideramos a func¸a˜o f(x, y) − xy da qual as curvas sa˜o linhas de n´ıvel. Sabemos20 que a famı´lia satisfaz y′ = − fx(x, y) fy(x, y) ∴ y′ = − y x . Tal EDO e´ separa´vel. Para y 6= 0, temos que 1 y dy dx = − 1 x . Integrando em x e usando que dy dx dx = dy, obtemos ln |y| = − ln |x|+C1 = ln |x| −1+C1, onde C1 ∈ R, Tomando a exponencial e eliminando os mo´dulos, obtemos y = C/x, onde C = ±eC1 6= 0. Caso y(x) = 0, temos uma soluc¸a˜o, pois y′(x) = 0 = 0 x = y(x) x . Mas tal soluc¸a˜o corresponde a C = 0. Assim, a famı´lia de func¸o˜es dada no problema e´, de fato, a soluc¸a˜o completa da EDO obtida acima. 19Num intervalo aberto (a− h, a+ h) em torno de x = a, para algum real positivo h. 20Resoluc¸a˜o a partir do in´ıcio, sem fo´rmulas com f(x, y): diferenciando implicitamente com relac¸a˜o a x, temos que y + xy′ = 0 ∴ y′ = −y/x para x 6= 0. 15 6.a.ii. Do item anterior, ja´ sabemos21 que as curvas da famı´lia dada satisfazem a EDO y′ = −y/x e, portanto, as curvas ortogonais a elas satisfazem a EDO y′ = x/y (separa´vel). Como y′ dx = dy, integremos ambos os membros em x, obtendo y2 2 + C1 = x2 2 + C2. Com C = 2(C2−C1), temos que as curvas sa˜o dadas implicitamente por y2c − x 2 = C, onde C ∈ R. Para 6.b e 6.c, usaremos as ideias acima sem suas justificativas. Tambe´m na˜o conferiremos, na parte (i), que as curvas da famı´lia dada formam uma soluc¸a˜o geral da EDO obtida, mas pressupomos que os leitores o fara˜o. 6.b.i. f(x, y) = e−xy = C, onde C ∈ R ∴ y′ = − fx(x, y) fy(x, y) = − −e−xy e−x ∴ y′ = y . 6.b.ii. Tomando o opostodo inverso de y′ do Item 6.b.i, obtemos que as curvas ortogonais a`s curvas da famı´lia original satisfazem a EDO y′ = −1/y . Tal EDO e´ separa´vel, fornecendo ∫ y dy = ∫ −1 dx ∴ y2 2 = C1 − x ∴ y2c = C − 2x onde C = 2C1 ∈ R. 6.c.i. y = C tan (x) + 1, onde C ∈ R ∴ f(x, y) = (y − 1) cot (x) = C, onde C ∈ R ∴ y′ = − fx(x, y) fy(x, y) = − −(y − 1)(csc (x))2 cot (x) = y − 1 sen(x) cos (x) ∴ y′ = 2y − 2 sen(2x) 6.c.ii. Tomando o oposto do inverso de y′ do Item 6.c.i, obtemos que as curvas ortogonais a`s curvas da famı´lia original satisfazem a EDO separa´vel y′ = sen(2x) 2− 2y Tal EDO equivale a 2(1 − y)dy = sen(2x)dx, pois y(x) = 1 na˜o e´ soluc¸a˜o desta u´ltima. ∴ ∫ 2(1− y)dy = ∫ sen(2x)dx ∴ 2y − y2 = C − 1 2 cos (2x), onde C ∈ R. 6.d. Vide a Questa˜o 3 do gabarito do 1o Exerc´ıcio Escolar de 2015.2. 21Se na˜o soube´ssemos isto, poder´ıamos obter a mesma EDO seguindo o me´todo descrito nesta disciplina: como as curvas sa˜o dadas como f(x, y) = C, onde f(x, y) = xy e´ uma func¸a˜o diferencia´vel, temos que elas satisfazem 0 = df = fx dx+ fy dy ∴ y ′ = −fx/fy . As curvas ortogonais a`s curvas dadas teˆm declividade igual ao inverso do oposto da declividade das curvas originais nos pontos de intersec¸a˜o (quando nenhuma destas declividades e´ nula) e, portanto, satisfazem a EDO y′ = fy/fx = x/y ∴ yy ′ = x. 16 7 – So´ ideias. Cada uma das circunfereˆncias que tangenciam o eixo Ox na ori- gem O tem a distaˆncia do seu centro C a Ox igual ao seu raio, e o ponto de tangeˆncia O e´ o pe´ da perpendicular a Ox por C, realizando aquela distaˆncia:∣∣∣∣∣∣−−→OC∣∣∣∣∣∣ = dist(C,O) = dist(C,Ox). Disto, C e´ da forma (0, y0) para algum y0 6= 0, e o raio da circunfereˆncia e´ |y0|. Assim, a equac¸a˜o dela e´: x 2+(y−y0) 2 = |y0| 2 = y20, o que equivale a x2+y2 = 2y y0. A famı´lia de circunfereˆncias e´, portanto, parame- trizada por y0 6= 0, ou seja, elas sa˜o as linhas de n´ıvel y0 de f(x, y) = (x 2y−1+y)/2 ∴ − fx(x, y) fy(x, y) = − 2xy−1 1− x2y−2 ∴ y′ = 2xy x2 − y2 e´ uma EDO da qual aquelas circunfe- reˆncias sa˜o curvas integrais. Analogamente, as circunfereˆncias que tangenciam o eixo Oy na origem O sa˜o as linhas de n´ıvel x0 6= 0 de g(x, y) = (y 2x−1+x)/2 ∴ − gx(x, y) gy(x, y) = − 1− x−2y2 2x−1y ∴ y′ = y2 − x2 2xy e´ uma EDO da qual estas circunfereˆncias sa˜o curvas integrais. Ob- servando que esta expressa˜o de y′ e´ o oposto do inverso da expressa˜o do y′ da EDO anterior, conclu´ımos o resultado desejado. 8 – So´ ideias. As circunfereˆncias sa˜o as de equac¸a˜o geral (x−x0) 2+(y−y0) 2 = 1, onde x0, y0 ∈ R parametrizam a famı´lia. Diferenciando com relac¸a˜o a x e simplifi- cando, obtemos (x− x0) + (y − y0)y ′ = 0 ∴ x− x0 = −(y − y0)y ′ (1). Diferenciando de novo: 1 + (y′)2 + (y − y0)y ′′ = 0 ∴ y − y0 = 1 + (y′)2 −y′′ (2). Finalmente, substituindo x − x0 e y − y0 da equac¸a˜o geral pelas expresso˜es (1) e (2), respectivamente, obtemos: [1 + (y′)2]2 (y′′)2 [(y′)2 + 1] = 1 ∴ (y′′)2 = [1 + (y′)2]3 . 17
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