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9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/00305400A_sem1.htm 1/5 DISCIPLINA: Direito Administrativo II SEMANA 01: LICITAÇÃO. CONCEITO E FUNDAMENTO Nesta semana o aluno deverá buscar, junto com a leitura do texto-roteiro abaixo desenvolvido, acompanhamento com doutrina básica a ser escolhida, sobre os temas iniciais da matéria, especialmente a respeito: da licitação, seus fundamentos, princípios gerais previstos na lei 8.666/93, obrigatoriedade e dispensa de licitação. Como indicação da leitura básica seguem algumas obras ao final do roteiro. Oi pessoal... Nesta semana vamos iniciar nosso programa de adaptação e DEP online de direito administrativo II, começando por um tema de suma importância que é a licitação. Vamos analisar, inicialmente, o conceito de licitação, seus fundamentos e princípios previstos na lei 8666/93. Além disso, é necessário atentar para as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação, que estão bos artigos 24 e 25 da referida lei, e que permitem a contratação direta pelo Poder Público. Assim, começamos, então, nosso programa... CONCEITO E FUNDAMENTOS DA LICITAÇÃO A LICITAÇÃO É UM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO QUE TEM OS SEGUINTES FUNDAMENTOS: 1- É mecanismo de moralidades dos negócios administrativos; 2- É mecanismo de eficiência dos negócios administrativos; 3- É mecanismo que propicia iguais oportunidades aos interessados; 1-Licitação. Conceito e Fundamentos. É o procedimento administrativo mediante o qual a administração pública seleciona a proposta mais vantajosa para a celebração do contrato de seu interesse. A Administração pode travar relações jurídicas com terceiros. Ocorre, porém, que a Administração não tem, nem poderia ter, a liberdade absoluta de escolha do contratado. Logo, sujeita-se à formalidade da licitação. Diz-se, assim, que a licitação funciona como fator de eficiência e moralidade dos negócios administrativos, e também como forma de expediente que propicia a todos aqueles que desejam contratar com a Administração iguais oportunidades. Eis os fundamentos da licitação: Eficiência dos negócios administrativos: a licitação obriga a fazer um procedimento de seleção para escolher a proposta mais vantajosa. Isso gerará eficiência diante do leque de escolha; 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/00305400A_sem1.htm 2/5 Moralidade administrativa: Se a Administração não fosse obrigada a licitar acontratação se daria somente com parentes e amigos, o que violaria a moralidade administrativa. A licitação elimina subjetivismos. Propicia iguais oportunidades: Pela licitação a Administração convoca interessados a ofertar propostas e assim fazendo fornece condições de igualdade entre os interessados. E a isonomia também deve estar presente durante todo o procedimento licitatório, porque todos os licitantes devem ter tratamento igual pela Administração. PRINCIPAIS PRINCÍPIOS QUE REGEM A LICITAÇÃO OS PRINCIPAIS PRINCÍPIOS QUE REGEM A LICITAÇÃO E QUE SE ENCONTRAM NO ARTIGO 3º. DA LEI 8666/93 SÃO: • Princípio da Isonomia ou Igualdade; • Princípio da Publicidade; • Princípio do Julgamento Objetivo; • Princípio da Probidade Administrativa; • Princípio da vinculação ao Instrumento Convocatório; 2- Principais princípios aplicáveis ao procedimento da licitação. A Lei nº 8666/93, em seu art. 3º, e a doutrina administrativa, trazem alguns princípios básicosaplicáveis ao procedimento da licitação. Vamos ver os mais importantes: Princípio da isonomia ou igualdade. Garante a lisura do procedimento porque é ele que assegura a igualdade entre todos os licitantes. Igualdade de direitos a todos os interessados em contratar. Princípio da publicidade. A Administração deve dar ampla divulgação de seus atos, divulgando não só sua intenção de contratar, mas também possibilitando o conhecimento dos atos na licitação a qualquer interessado e cidadão. A publicidade existe em qualquer modalidade de licitação, variando apenas o grau dela. Quanto maior o valor da contratação, maior a publicidade e vice-versa. Ex: abertura dos envelopes com a documentação e as propostas é feita em ato público previamente designado na concorrência. Princípio do julgamento objetivo. O julgamentodas propostas dos licitantes é feito sempre de forma objetiva, impondo tal princípio que se dê segundo os critérios constantes do edital (que é a lei interna da licitação), que conforme a lei poderão ser: licitação tipo menor preço, licitação tipo melhor técnica, licitação tipo preço e técnica e maior lance ou oferta (destinado apenas para a modalidade leilão). Princípio da probidade administrativa. Refere-se à regra de boa administração. É a idéia de honestidade, porque não deve existir subjetivismos nem favoritismos de uns em detrimento de outros. Princípio da vinculação ao Instrumento convocatório. O instrumento convocatório é o ato que convoca eventuais interessados a participar da licitação e que ser edital ou carta- convite (este último é usado na modalidade convite). É o edital (ou a carta-convite) a lei interna da licitação, já que ele fixa todas as condições e critérios da disputa e as cláusulas do futuro contrato a ser celebrado pelo vencedor. Regra é que a inobservância do edital pela Administração e pelo administrado gera a nulidade do procedimento licitatório. As partes não podem descumprir as condições do edital as quais se encontram vinculadas. Princípio da adjudicação compulsória. Segundo ele, a Administração não pode, concluído o procedimento, atribuir o objeto da licitação a outrem que não o vencedor. A adjudicação ao 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/00305400A_sem1.htm 3/5 vencedor é obrigatória, salvo se este desistir expressamente do contrato ou o não firmar noprazo prefixado, a menos que comprove justo motivo. E lembre-se que o direito refere-se à obrigatoriedade de adjudicação e não ao contrato imediato, já que a administração pode revogar ou anular o procedimento ou ainda adiar o contrato. O que não se permite é que a administração contrate com outrem que não o vencedor, ou que revogue ou anule o procedimento sem justa causa. HIPÓTESES DE DISPENSA DE LICITAÇÃO AS HIPÓTESES DE DISPENSA ESTÃO NO ARTIGO 24 QUE ELENCA UM ROL TAXATIVO E QUE PODE SER ASSIM DIVIDIDO EM 04 GRUPOS: A) EM RAZÃO DO VALOR DO CONTRATO – ART. 24, INCISOS I E II; B) EM RAZÃO DE SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS – ART. 24, INCISO III, IV E V (atentar para a licitação deserta); C) EM RAZÃO DO OBJETO DO CONTRATO – ART. 24, INCISO XII; D)EM RAZÃO DA PESSOA CONTRATADA – ART. 24, INCISO XIII 3- Obrigatoriedade de licitação. Dispensa. A regra é da obrigatoriedade da licitação, porque quando a Administração constata a existência de uma necessidade de contratar uma obra, um serviço, de locar ou alienar um bem, ou de proceder uma concessão ou permissão de serviço público não pode simplesmente escolher o contratado, devendo chamar os interessados a apresentar suas propostas, possibilitando amplas oportunidades a todos que com ela queiram contratar. Esta regra aplica-se a toda a administração direta, indireta e fundacional, inclusive às pessoas jurídicas de direito privado que compõem sua estrutura, conforme o disposto no art. 37, XXI da CF. Ocorre, porém, que o próprio art. 37, XXI da CF estabelece uma ressalva em seu dispositivo, ao preconizar “ressalvados os casos especificados na legislação”, referindo-se, portanto, às hipóteses de dispensa e inexigibilidadetratadas pela lei nº 8.666/93, em seus artigos 24 e 25. Vejamos, portanto, as principais hipóteses de dispensa e inexigibilidade delicitação. Dispensa de licitação. Art. 24 da lei nº 8666/93. Dispensa é uma competência discricionária da administração, que pode ou não dispensar um procedimento licitatório, nos casos taxativamente previstos no art. 24 da lei. O rol de dispensa é taxativo porque as situações que permitem a dispensa, em tese, seriam viável à licitação. Logo, o administrador não poderá criar outras hipóteses além das legais. Assim, na dispensa, há possibilidade de competição, que justifique a licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que fica inserida na competência discricionária da administração. Aqui o rol é taxativo e não admite ampliação, já que na prática é viável a disputa. Podemos agrupar as hipóteses de dispensa do art. 24 da lei nº 8.666/93 em04 hipóteses assim definidas: -dispensa em razão do pequeno valor do contrato. Conforme art. 24, incisos I e II da lei n° 8.666/93, dispensa-se a licitação a contratação de obras e serviços de engenharia de até R$ 15.000,00 (10% do valor consignado na alínea a do inciso I do art. 23, hoje fixado em 150.000,00) e para serviços, 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/00305400A_sem1.htm 4/5 menos os de engenharia, e compras de pequenos valores, até R$ 8.000,00, podem ser contratados diretamente, (10% do limite estabelecido na alínea a do inciso II do art. 23, que é de R$ 80.000,00). A idéia é a seguinte: a execução de pequenas obras e a compra de pequenos valores são medidas simples que dispensam procedimentos solenes. -dispensa em razão de situações excepcionais. Guerra e grave perturbação da ordem, conforme art. 24, III são fatores que podem levar à dispensa da licitação. A Administração não estará liberada para todo e qualquer contrato, mas apenas aqueles ligados ao evento bélico (aquisição de armas, alimentos para soldados). Calamidade pública e situação de emergência. Calamidade públicaé situação de grave perigo geral ou particular a uma região, decorrente de eventos da natureza (secas, inundações, epidemias). Emergência consignada no art. 24, IV do Estatuto das licitações é caracterizada pela necessidade imediata ou urgente de atendimento do acontecido ou por acontecer, pois, se não for assim, será inútil qualquer medida posterior. Não pode a administração contratar obra ou serviço necessário ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa com prazo de execução superior a 180 dias consecutivos e ininterruptos, senão está ausente o caráter emergencial da obra ou do serviço. Quando não acudirem interessados à licitação. Art. 24, V. É chamada pela doutrina de licitação deserta. Também é caso de dispensa de licitação por situação excepcional. A contratação desejada, nos termos e condições do ato de abertura, não foi motivo de interesse para ninguém, absolutamente ninguém. Assim, caracterizada a situação de deserção e demonstrado o efetivo prejuízo financeiro ou administrativo da administração na renovação da licitação, a contratação pode ser celebrada sem licitação, diretamente. Mas isso não é tudo. Para a contratação direta é necessária a observância das mesmas condições previstas no edital da licitação havida como deserta, porque qualquer alteração que se fizer nas condições do edital para facilitar a contratação direta acarretará a nulidade do ajuste e a responsabilidade dos causadores. -dispensa em razão do objeto do contrato. É o caso, por exemplo, da compra de hortifrutigranjeiros, pão e gêneros perecíveis. Podem ser feitas diretamente durante o tempo necessário à realização dos processos licitatórios. Essas contratações somente serão legítimas se acontecerem depois de instaurada a respectiva licitação e durante o tempo necessário à sua conclusão. Antes ou depois desse tempo, as compras só serão legítimas se precedidas de licitação. Exige-se ainda que as compras sejam feitas pelo preço do dia. O preço do dia é o indicado pelos entrepostos oficiais, como ocorre em São Paulo com a CEAGESP, ou jornais em suas seções especializadas. -dispensa em razão da pessoa do contratado. É exemplo a contratação de instituição brasileira voltada à pesquisa, ao ensino e ao desenvolvimento nacional ou instituição dedicada à recuperação social do preso. – art. 24, XIII. Permite a lei a contratação, pela administração, de instituição brasileira incumbida estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, desde que o contrato tenha pertinência com a pesquisa, o ensino ou o desenvolvimento nacional e a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não objetive lucros. Semelhantemente é possível a contratação de instituição dedicada à recuperação de presos. Qualquer dessas contratações, ainda que o dispositivo não mencione, há de ser feita por preços compatíveis com os praticados no mercado. QUESTÕES DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO DA AULA 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/00305400A_sem1.htm 5/5 1- Quais os principais fundamentos da licitação? Explique. 2- Como se apresenta o princípio da vinculação ao instrumento convocatório para a licitação? 3- O que é dispensa de licitação? O rol de hipóteses que a autoriza é ou não taxativo e porquê? 4- No que consiste a chamada licitação deserta? Quais suas consequências? 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//00305400A_sem2.htm 1/5 DISCIPLINA: Direito Administrativo II SEMANA 02: A INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. MODALIDADES LICITATÓRIAS Nesta semana o aluno deverá buscar, junto com a leitura do texto-roteiro abaixo desenvolvido, acompanhamento com doutrina básica a ser escolhida, sobre os temas iniciais da matéria, especialmente a respeito: dadiferença entre dispensa e inexigibilidade de licitação, seus fundamentos e modalidades licitatórias (concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão, pregão (presencial e eletrônico). Principais características de cada uma delas. Como indicação da leitura básica seguem algumas obras ao final do roteiro. Oi pessoal... Nesta semana vamos colocar a diferença entre dispensa e inexigibilidade de licitação. Vimos na aula passada que as hipóteses de dispensa estão no artigo 24 da lei 8666/93, cujo rol é taxativo. Hoje, vamos entender as hipóteses de inexigibilidade e verificar que o rol do artigo 25, ao contrário, é exemplificativo. Além disso, vamos ainda analisar cada uma das modalidades de licitação eestudar as caracterísitcas fundamentais de cada uma delas. Dessa forma, bons estudos a todos... INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO AS HIPÓTESES DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO NÃO SE CONFUNDEM COM A DISPENSA E ESTÃO NO ARTIGO 25, QUE PODE SER ASSIM DIVIDIDO: 1- ART. 25, INCISO I – Caso de único produtor ou vendedor do produto ou serviço; 2- ART. 25, INCISO II – Caso de serviços técnicos especializados de natureza singular realizados por profissional de notória especialização; 3- ART. 25, INCISO III – Caso de contratação de artista consagrado pela crítica especializada ou opinião pública. 1- Inexigibilidade de licitação. Diferença entre inexigibilidade e dispensa. A diferença básica entre as duas hipóteses está no fato de que, na dispensa, há possibilidade de competição, que justifique a licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que fica inserida na competência discricionária da administração. Aqui o rol é taxativo e não admite ampliação, já que na prática é viável a competição. Nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade de competição, porquesó existe um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da Administração. A licitação é, portanto, inviável e o rol é meramente exemplificativo. O próprio dispositivo prevê algumas hipóteses, o que não impede que outras surjam na prática. Se a competição inexiste, não 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//00305400A_sem2.htm 2/5 há que se falar em licitação. Quanto à inexigibilidade, o artigo 25 indica três hipóteses em que há inviabilidade de competição, sem excluir outras. Na inexigibilidade a administração pública não pode realizar a licitação por razão fática. São as seguintes hipóteses legais: - art. 25, inciso I da lei - Casos de produtor ou vendedor exclusivo. A exclusividade do produtor (exclusividade industrial) do bem ou equipamento impede a realização de competição entre eventuais interessados. Situação similar ocorre nas hipóteses de vendedor ou representante comercial exclusivo (exclusividade comercial), quando, mesmo existindo outros no país, deve-se considerar área privativa do vendedor na praça em que só ele comercializa. Exemplo: aquisição de combustível quando há apenas um ponto no município que comercializa, nos termos da decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TC n. 25.966/026/89).Em qualquer situação há que se comprovar a inexigibilidade mediante declaração (atestado) de sindicato, Federação ou Confederação, associação de classe, até mesmo a Junta Comercial, ou, ainda, equivalente para a exclusividade. - art. 25, inciso II da lei -Serviços técnicos especializados de natureza singular, realizados por profissionais ou empresas de notória especialização. Estes se encontram elencados no art. 13 combinado com o art. 25, I, ambos da lei, podendo citar: estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos e executivos, pareceres, perícias, avaliações em geral, assessorias, consultorias, auditorias, fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras, patrocínio e defesa de causas judiciais ou administrativas, treinamento e aperfeiçoamento de pessoal. Veja que não é para qualquer tipo de contratação que se aplica essa modalidade: é apenas para os contratos de prestação de serviços, desde que observados 03 requisitos: o de tratar-se de um daqueles enumerados no artigo 13; mas isso não é suficiente para ensejar inexigibilidade, porque o serviço deve ter natureza singular ao mesmo tempo, que não poderá ser tarefa realizada corriqueiramente pela Administração, mas, sim aqueles revestidos de caráter singular, daí a especialização; e o de ser contratado com profissional notoriamente especializado. Assim, é considerado nos termos do artigo 25, § 1º, o profissional ou empresa cujo conceito no campo da especialidade, decorre de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com sua atividade, que permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato. Exemplo: contratação pela Administração de profissional especializado para prestar parecer em demanda de extrema complexidade jurídica. - art. 25, inciso III da lei - Contratação de artista consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. Estas contratações devem ser realizadas com artistas renomados ante o grande público, ou ainda, de acordo com Diógenes Gasparini, perante a crítica especializada. Tais ajustes somente podem ocorrer quando celebrado o contrato com o próprio artista ou com empresário exclusivo. Assim, a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública; o que se objetiva é a prestação de serviços artísticos, que pode tornar-se insuscetível de competição, quando contratado com profissional já consagrado, que imprima singularidade ao objeto do contrato. Exemplo: contratação para show do final de ano da dupla Zezé Di Camargo e Luciano. 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//00305400A_sem2.htm 3/5 MODALIDADES DE LICITAÇÃO SEIS SÃO AS MODALIDADES DE LICITAÇÃO DAS QUAIS TRÊS SÃO INCICADAS ABAIXO: 1- CONCORRÊNCIA 2- TOMADA DE PREÇOS lei n° 8666/93 3- CONVITE 2- Modalidades de licitação. Características. Atualmente temos 06 modalidades de licitação: concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e pregão (esta última regulada pela lei n° 10.520/02.Vejamos quando cada uma delas poderá ser adotada pela Administração. -concorrência. Modalidade que se destina para contratações de maior vulto (obras e serviços de engenharia com valor superior a um milhão e quinhentos mil reais e compras e outros serviços com valor superior a seiscentos e cinqüenta mil reais), por isso que a publicidade é ampla e podem participar quaisquer interessados que preencham as condições estabelecidas no edital. Independentemete do valor da contratação, sempre se exigirá modalidade concorrência a concessão de serviços públicos, concessão de direito real de uso, compra e venda de bens imóveis e, em regra, a licitação internacional (se o valor estiver dentro dos limites da tomada de preço e houver cadastro internacional é cabível a tomada de preço; se o valor estiver dentro dos limites da modalidade convite e não houver fornecedor no país, é cabível o convite internacional). -tomada de preço. Destina-se a transações de vulto médio (entenda-se para obras e serviços de engenharia com valor até um milhão e quinhentos mil reais e compras e outros serviços até seiscentos e cinqüenta mil reais), sendo certo que com a lei nº 8.666/93 é modalidade de licitação realizada entre interessados previamente cadastrados (que possuem o certificado de registro cadastral) e interessados não cadastrados, mas que preencham os requisitos para cadastramento até o 3º dia antes do recebimento das propostas. Para os participantes que apresentarem certificado de registro cadastral na tomada de preço, a habilitação é prévia porque feita no momento da inscrição no registro cadastral. Pela nova lei nº 8.666/93, quando há licitantes não cadastrados na tomada de preço, a fase de habilitação se iguala à da concorrência, pois a comissão de licitação não poderá mais se limitar a apreciar os certificados de registro cadastral quando houver interessados não cadastrados utilizando-se dessa nova forma de participação. -convite. Tem em mira transações de vulto baixo ou menor vulto (para obras e serviços de engenharia até cento e cinqüenta mil reais e para compras e outros serviços até oitenta mil reais), em que a publicidade é mínima porque se processa entre pessoas que operam no ramo da licitação as quais, pelo menos 03 delas, cadastradas ou não, são convidadas, por escrito, a fazerem sua proposta. Pela lei nº 8.666/93, é modalidade de licitação entre, no mínimo, 03 interessados do ramo, cadastrados ou não, que são convidados por escrito pela Administração, podendo também participar aqueles que, não sendo convidados, estiverem cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu interesse em participar do convite com antecedência de até 24 horas antes da apresentação das propostas. Assim, interessados não convidados podem participar do convite, desde que estejam cadastrados e manifestem seu interesse até 24 horas 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//00305400A_sem2.htm 4/5 antes da apresentação das propostas. Lembre-se que a cada novo convite, a carta-convite (ato convocatório dessa modalidade de licitação)deve ser dirigida a pelo menos mais um interessado, para garantir a alternância dos convites e evitar que sejam feitos sempre para os mesmos convidados CONTINUAÇÃO DAS MODALIDADES AGORA SÃO INDICADAS AS OUTRAS TRÊS MODALIDADES, SENDO QUE O PREGÃO É REGIDO POR LEGISLAÇÃO PRÓPRIA LEI 10. 520/02: 4- CONCURSO LEI 8666/93 5- LEILÃO LEI 8666/93 6- PREGÃO LEI 10.520/02 3- Continuação das modalidades de licitação: -concurso. É uma disputa entre qualquer interessado para escolha de trabalho técnico, artístico ou científico, com a instituição de prêmio ou remuneração aos vencedores. Todas as condições e critérios de julgamento devem constar do Regulamento do concurso. Ex: concurso para desenvolver um projeto para a Administração. -leilão. Modalidade de licitação destinada a venda de bens móveis (e semoventes) inservíveis (inúteis) para a Administração, ou a venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados (expressão errônea da lei que queria dizer dados em penhor) a quem possa oferecer o maior lance, desde que igual ou superior ao valor da avaliação. -pregão. Nova modalidade de licitação instituída pela lei nº 10.520/2002 cabível para a aquisição de bens e serviços comuns assim considerados aqueles cujos padrões de qualidade e desempenho possam ser objetivamente definidos pelo edital por meio de especificações usuais de mercado. Na verdade, bens comuns são os de fácil identificação e definição através de especificações gerais, de conhecimento público. Ex: um automóvel em que a indicação de algumas características é de conhecimento público e notório, mostrando-se suficiente para a identificação do objeto. Serviços comuns, por exclusão, são aqueles que não podem ser enquadrados no art. 13 da lei nº 8.666/93, que arrola os chamados serviços qualificados como técnicos. Assim, comuns não refletem objetos sem sofisticação ou sem desenvolvimento tecnológico. São aqueles que podem ser encontrados no mercado sem maiores dificuldades e que são fornecidos por várias empresas. O decreto 3555/2000 foi editado para regulamentar o procedimento do pregão e traz em seu Anexo II uma relação de bens e serviços considerados comuns. Ex: produtos hospitalares, gênero alimentício, material hospitalar, médico e de laboratório, água mineral, veículos em geral, serviços de limpeza, vigilância, serviços gráficos, serviços de assistência e outros. A doutrina tem se manifestado no sentido de que o rol previsto no Anexo II não é taxativo. Hoje existe ainda a possibilidade do chamado pregão eletrônico, que se realiza em sessão público por meio de sistema eletrônico que promova comunicação pela “internet”. Serão nestes caso previamente credenciados junto ao provedor do sistema eletrônico: o pregoeiro, a autoridade competente, integrantes da equipe de apoio, os operadores do sistema e os próprios licitantes. Esse credenciamento é feito mediante atribuição de “chave de identificação” e de senha pessoal e intransferível para acesso ao sistema. A chave e a senha poderão ser utilizados em qualquer pregão. 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//00305400A_sem2.htm 5/5 QUESTÕES DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO DA AULA 1- Quais as principais diferenças entre dispensa e inexigibilidade de licitação? Explique. 2- Porque o rol de hipóteses que autorizam a inexigibilidade de licitação não é taxativo? 3- Na licitação modalidade tomada de preço podem participar licitantes não cadastrados? 4- Na modalidade convite somente podem participar licitantes convidados? Está correto o que se afirma? 5- O que são bens e serviços comuns para aquisição no pregão? 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II///00305400A_sem3.htm 1/4 DISCIPLINA: Direito Administrativo II SEMANA 03: ASPECTOS DO PROCEDIMENTO DA CONCORRÊNCIA E DEMAIS MODALIDADES Nesta semana o aluno deverá buscar, junto com a leitura do texto-roteiro abaixo desenvolvido, acompanhamento com doutrina básica a ser escolhida, sobre os temas iniciais da matéria, especialmente a respeito: dosaspectos do procedimento da concorrência e suas principais fases, diferenças encontradas nas demais modalidades (tomada de preço e convite) e o procedimento do pregão, instituído pela lei nº 10.520/02. Como indicação da leitura básica seguem algumas obras ao final do roteiro. Oi pessoal... Nesta semana vamos examinar o procedimento da concorrência, que é a modalidade mais ampla de licitação, com todas as suas fases e fazer, como consequência, a diferença com o procedimento da tomada de preços e do convite. Ao final, é importante dar destaque para a nova modalidade de licitação, que é o pregão presencial e eletrônico, demonstrando suas inovações procedimentais que têm gerado maior celeridade ao processo de escolha do contratado. Vamos, então, a elas... PROCEDIMENTO DA CONCORRÊNCIA A CONCORRÊNCIA REGULADA PELA LEI 8.666/93 APRESENTA AS SEGUINTES FASES: EDITAL HABILITAÇÃO JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS HOMOLOGAÇÃO ADJUDICAÇÃO 1-Fases do procedimento da concorrência. Por ser a concorrência a modalidade de licitação mais ampla, passamos a verificar quais as suas fases e principais características. São elas: edital, habilitação, classificação e julgamento das propostas, homologação e adjudicação. -Edital. É o ato pelo qual a Administração faz público seu propósito de licitar, estabelecendo os requisitos exigidos dos contratantes e das suas propostas, regula os critérios segundo os quais os avaliará e fixa as cláusulas do eventual contrato a ser travado. É a lei interna da licitação. A fonte da licitação e do contrato. Decorre daí que a Administração não pode exigir além ou aquém do edital. O ato convocatório na modalidade convite será a carta-convite. A carta- convite depende de mera afixação em local apropriado em que se realizará a licitação no prazo de 05 dias úteis antes da realização do evento e recebimento 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II///00305400A_sem3.htm 2/4 das propostas. Nos demais casos, o edital deverá ser publicado, pelo menos 01 vez, no Diário Oficial da União, Diário Oficial do Estado ou jornal de grande circulação no Município (na ausência de diário oficial do ente federado) com prazo de antecedência mínimo antes do início da disputa e recebimento das propostas e que será de: - 45 dias para a modalidade concurso e para a modalidade concorrência quando se contrata regime de empreitada integral, ou quando a licitação é de melhor técnica ou técnica e preço. - 30 dias para as demais hipóteses de concorrência e também para a tomadacuja licitação for do tipo melhor técnica, ou técnica e preço. - 15 dias para as demais hipóteses de tomada de preço e para o leilão. -Inclusive para o pregão exige-se publicação no diário oficial do ente federado ou na sua ausência em jornal de circulação local com antecedência mínima de 08 dias úteis da entrega das propostas. É possível também a publicação por meios eletrônicos. Qualquer interessado poderá arguir alguma objeção ao edital até 02 dias úteis ao momento da abertura dos envelopes de habilitação e também qualquer cidadão, ainda que não seja interessado direto na licitação, poderá impugnar o edital por alguma irregularidade, devendo protocolar o pedido até 05 dias úteis antes das data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação. É a participação popular no controle e fiscalização dos atos da licitação. -habilitação. É a fase em que seanalisa os envelopes contendo a documentação dos licitantes, a fim de verificar sua idoneidade para contratar com a Administração. Examinam-se a capacidade jurídica (é a capacidade para obrigar-se, se for pessoa física, devendo ser maior e capaz, e se for pessoa jurídica, devendo ser regularmente constituída), qualificação técnica (p.ex: exame atestados de aptidão e de ISSO 9000), qualificaçãoeconômica atestando se a contratante é capaz de assumir os encargos financeiros do contrato(p.ex: verificação de balanços patrimoniais ou documentos contábeis do último exercício social) e regularidade fiscal para analisar se há débitos para com as fazendas federal, estadual e municipal e seguridade social. O certificado de registro cadastral previsto no art. 36 da lei nº 8.666/93 sibstitui alguns documentos necessários à habilitação em qualquer modalidade de licitação, devendo ser complementado na concorrência com os documentos referentes à qualificação técnica e econômica. Na fase de habilitação abre-se em ato público os envelopes contendo a documentação que deve ser rubricada pelos licitantes presentes e pela comissão processante. Os licitantes que não estiverem com sua documentação conforme o edital serão considerados inabilitados para participar da licitação e recebem de volta, fechado, o envelope “proposta”, que não será analisado. Basta a habilitação de um licitante para que se dê prosseguimento passando-se para a fase de classificação e julgamento das propostas, sendo que os demais ficam excluídos. -classificação e julgamento das propostas. É o ato pelo qual a Administração julgada as propostas dos habilitados conforme critérios objetivos fixados no edital e as classifica em ordem de preferência em função das vantagens que oferecem. Três são os critérios de julgamento que poderão ser previstos no edital para fins de julgamento das propostas: o de menor preço (será vencedor o licitante que ofertar o menor preço conforme os termos do edital); o de melhor técnica (será considerado vencedor o licitante que apresentar a melhor técnica, sempre conjugada com o menor preço) e o de técnica e preço (será considerado vencedor o candidato que obtiver a melhor média ponderada entre os critérios técnica e preço). Em caso de empate no julgamento das propostas cabe aplicar os critérios de desempate previstos no art. 3º, § 2º da lei nº 8.666/93, dando-se preferência: a bens e serviços produzidos e prestados por empresas brasileiras de capital nacional(cuidado: não existe mais essa classificação na Constituição Federal de 1988, de 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II///00305400A_sem3.htm 3/4 modo que essa opção deverá ser desconsiderada, conforme melhor doutrina); a bens e serviços produzidos e prestados no país; a bens e serviços produzidos e prestados por empresas brasileiras; ou a bens e serviços produzidos e prestados por empresas que invistam em pesquisa e desenvolvimento tecnológico no país. Se mesmo assim persistir o empate, o desempate far-se-á por sorteio. Se todas as propostas forem desclassificadas, a Administração poderá fixar aos licitantes o prazo de 08 dias úteis para a apresentação de outras propostas, escoimadas das causas que deram margem à desclassificação. Mesmo assim nenhum licitante apresentar proposta hábil à classificação, a licitação será considerada fracassada ou frustrada, cabendo a Administração promover outra, se achar que é caso de insistir na contratação. Do julgamento das propostas caberá recurso administrativo com efeito suspensivo. -homologação. É ato pelo quala autoridade competente superior (não é mais da competência da comissão processante) aprova o procedimento licitatório, verificando a existência de algum vício de ilegalidade ou determinando seu saneamento, se cabível. Se o procedimento estiver em ordem, ela o homologará. A mesma autoridade pode, por razões de interesse público devidamente demonstradas (ocorrência de fato superveniente), revogar a licitação. -Adjudicação. É ato final do procedimento pelo qual a autoridade competente para homologar atribui ao vencedor cuja proposta foi classificada em 1º lugar o objeto da licitação.A Administração não está obrigada a adjudicar o objeto da licitação. Se achar que é caso de realmente contratar, o vencedor tem direito à adjudicação, que somente poderá ocorrer com o aquele colocado em 1º lugar na licitação. Mas, deve-se lembrar que a adjudicação não acarreta inexoravelmente para a Administração a obrigação de contratar. Até porque a contratação é ato discricionário da Administração. PROCEDIMENTO DA TOMADA DE PREÇOS E DO CONVITE DIFERENÇAS PARA O PROCEDIMENTO DA TOMADA DE PREÇOS E DO CONVITE: TOMADA DE PREÇOS: habilitação é prévia para os portadores do certificado de registro cadastral e faz-se durante o procedimento para os demais; CONVITE : não há propriamente habilitação, porque ou o licitante é convidado, ou o licitante já é cadastrado; 2-Diferenças para o procedimento da tomada de preço. A diferença está no prazo de antecedência de publicação do edital, que já foi dito acima, e na fase da habilitação. A habilitação é feita previamente para aqueles que já possuem certificado de registro cadastral, no momento de sua inscrição perante a comissão competente e, é feita durante o procedimento para os demais não cadastrados, mas que apresentam a documentação necessária ao cadastramento até o 3º dia anterior à data do recebimento das propostas. Quanto ao mais, as fases são as mesmas da concorrência. 3-Diferenças para o procedimento do convite. O procedimento é simplificado, já que caberá à Administração convidar pelo menos 03 interessados no ramo da licitação, cadastrados ou não, sendo certo que aqueles não convidados também poderão participar, desde sejam previamente cadastrados, e apresentam sua intenção em participar até 24 horas antes da apresentação das propostas. Recebidos os envelopes com as 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II///00305400A_sem3.htm 4/4 propostas, seguem-se a classificação e julgamento, homologação e adjudicação. Então veja que não há habilitação no convite, nem dos participantes não convidados, já que estes devem estar previamente cadastrados. ( a Adm. presume a habilitação dos licitantes convidados, até porque normalmente convida empresas com quem tenha contratado anteriormente). Não comparecendo pelo menos 03 convidados, a regra é da necessidade de repetição do convite, a não ser que esse número decorra de limitação do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, o que deverá ser devidamente justificado no processo. – art. 22, § 7º da lei nº 8.666/93. PROCEDIMENTO DO PREGÃO – LEI 10.520/02 NO PREGÃO PRESENCIAL HÁ UMA INVERSÃO DE FASES DA CONCORRÊNCIA QUE TEM FEITO TODA A DIFERENÇA EM TERMOS DE AGILIDADE DO PROCEDIMENTO, QUAL SEJA: EDITAL JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS (com possibilidade de lances verbais entre os participantes) HABILITAÇÃO DO VENCEDOR HOMOLOGAÇÃO ADJUDICAÇÃO 4-Diferenças para o procedimento do pregão. Lembre-se que a publicação do edital nesse caso no D.O. do ente federado, ou na sua ausência, em jornal de grande circulação local, é feita com antecedência mínima de 08 dias úteis da entrega das propostas, e permite-se também a publicação por meios eletrônicos. Em seguida, ter-se-á a inversão das fases da concorrência antes estudadas, já que primeiro passa-se à classificação e julgamento das propostas, que se desenvolve em sessão pública, com critérios de julgamento que misturam proposta escrita com lances verbais, ou seja, o autor da proposta de preço mais baixo e os autores das propostas com preços de até 10% superior àquela de menor preço poderão fazer novoslances verbais e sucessivos até a proclamação do vencedor, e depois disso, ocorre a habilitação com a abertura do envelope contendo apenas a documentação do licitante vencedor, sendo certo que se o 1º colocado for inabilitado, o pregoeiro examinará a documentação do 2º colocado e assim sucessivamente, até que um dos licitantes atenda os requisitos do edital. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar no ato público a sua intenção de recorrer, sendo que as razões de recurso devem ser apresentadas no prazo de 03 dias úteis, findo os quais os demais licitantes terão igual prazo para apresentar contra-razões. Após, seguem-se as fases de homologação e adjudicação. No tocante ao pregão eletrônico, é bom dizer que não há um rigor , nem obrigatoriedade de seqüência rígida para os lances, até que se proclame o vencedor. Ocorrendo desconexão com o pregoeiro o sistema poderá permanecer acessível aos licitantes. O pregoeiro retomará sua função tão logo seja possível. Se a desconexão perdurar por mais de 10 minutos, suspender-se-á a sessão. O reinício da sessão dependerá de comunicação expressa aos licitantes QUESTÕES DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO DA AULA 1- Quais as principais diferenças entre as fases da concorrência e da tomada de preço? 2- Quais as principais características das fases do procedimento do pregão em relação às da concorrência? 3- Quando ocorre a licitação frustrada ou fracassada 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II////00305400A_sem4.htm 1/4 DISCIPLINA: Direito Administrativo II SEMANA 04: ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO DESISTÊNCIA E RECURSOS NA LICITAÇÃO Nesta semana o aluno deverá buscar, junto com a leitura do texto-roteiro abaixo desenvolvido, acompanhamento com doutrina básica a ser escolhida, sobre os temas iniciais da matéria, especialmente a respeito: da anulação, revogação e desistência do procedimento licitatório. Ao final, falaremos sobre os recursos na licitação. Como indicação da leitura básica seguem algumas obras ao final do roteiro. Oi pessoal... Nesta semana vamos encerrar o tema da licitação, fazendo uma diferença entre a invalidação ou anulação do procedimento e sua revogação e eventual direito à indenização. Além disso, falaremos também sobre a desistência do procedimento e quando é possível. Finalmente, passaremos também sobre os recursos cabíveis noprocedimento licitatório e quais seus prazos de interposição. Bons estudos então... NOTAS BÁSICAS SOBRE A ANULAÇÃO E A REVOGAÇÃO INVALIDAÇÃO=casos de ilegalidade no procedimento licitatório REVOGAÇÃO= casos de conveniência e oportunidade fundados em fatos supervenientes devidamente comprovados 1- Da invalidação e da revogação do procedimento licitatório. Prescreve o art. 49 da lei 8666/93 que a autoridade competente para a aprovação do procedimento poderá revogar a licitação por motivos de interesse público decorrentes de fato superveniente devidamente comprovado, devendo por ilegalidade invalidá-la. O professor Diógenes Gasparini entende que nessas hipóteses não há para a Administração Pública licitante qualquer discricionariedade, ainda que seja usada a palavra “poderá”. Tanto na revogação, como na invalidação, há um dever-poder de extinguir o procedimento licitatório, pois se a manutenção da licitação afronta o interesse público ou a lei, surge para a administração pública o dever-poder de revogar ou invalidar. E mais: o art. 49, § 3º da lei 8666/93 ainda estabelece que, no caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II////00305400A_sem4.htm 2/4 ampla defesa. Assim previamente à revogação ou à invalidação, deve a autoridade superior comunicar ao vencedor da licitação uma ou outra dessas intenções, para que este, no prazo razoável que lhe for concedido, manifeste, exercendo o contraditório e a ampla defesa, o que for de seu interesse, garantia esta dada apenas ao vencedor, o único através do qual pode-se chegar ao contrato, já que os demais já foram excluídos do procedimento por algum motivo. A prática da revogação e da invalidação sem o atendimento dessas exigências é ilegal. 2-Da revogação do procedimento licitatório. É o desfazimento da licitação acabada por motivos de conveniência e oportunidade em razão de fatos supervenientes devidamente comprovado. O motivo superveniente deve ser devidamente justificado. Princípio da motivação dito acima. Incide sobre a licitação concluída, só podendo ser praticada por ocasião da homologação ou depois dela, mas sempre antes da contratação e mediante indenização. Esse poder-dever de revogar o procedimento não é deferido ao Judiciário, ao Legislativo ou ao Tribunal de Contas, salvo no que concerne às suas próprias licitações. Revoga-se um procedimento concluído e acabado. Durante o desenvolver do procedimento nada se revoga, apenas desiste-se. Diferentemente da anulação, não se revogam atos, pois estes são vinculados e, portanto, não estão sujeitos a juízo de oportunidade e conveniência; revoga-se o procedimento concluído e acabado, com efeitos ex nunc, ou seja, a partir da decisão revogatória. EX: compra de uma motoniveladora que antes da contratação é doada à administração pública licitante. Aqui a adm. revoga justificando a ausência de conveniência da contratação. A revogação aqui impede a celebração do contrato. Com a revogação o vencedor é investido no direito de receber uma indenização. Somente o vencedor tem direito à indenização diante da extinção por mérito, pois os outros foram eliminados em razão da finalidade da licitação, assumindo os riscos decorrentes do procedimento competitivo. O valor da indenização é igual ao montante das despesas efetivamente realizadas e comprovadas (projetos, desenhos, memoriais, taxas, cópias, viagens, certidões). O valor da indenização deve cobrir tão-somente o valor das despesas havidas com a licitação ou em razão dela, estando excluídos, p.ex. os lucros decorrentes da execução do contrato, porque o licitante não tem direito a ele. 3-Invalidação ou anulação do procedimento licitatório. É o desfazimento da licitação acabada por motivo de ilegalidade. Pode ser decretada pela administração pública, de ofício ou por provocação de terceiros. Aqui fala-se em invalidação. Pode ainda ser decretada pelo Poder Judiciário, obviamente quando este for provocado (ação popular, ação anulatória, ...) falando-se em anulação. Ao Legislativo e ao Tribunal de Contas não se outorgou igual competência. Para prevalecer a invalidação a autoridade competente deve demonstrar cabalmente a ilegalidade, conforme tem entendido nossos tribunais (RT, 231:661 e 350:521) e será declarada se não atender a Constituição, a lei ou o instrumento convocatório. 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II////00305400A_sem4.htm 3/4 Pode incidir sobre ato, como sobre todo o procedimento, acarretando, como conseqüência, a nulidade do próprio contrato. Sempre que a invalidação se impuser, declara-se e determina-se o refazimento do ato, quando possível. O desfazimento da licitação por invalidação ou anulação não investe qualquer licitante no direito de ser indenizado – art. 49, § 1º da lei e RDA, 52:248; RT 415:187; 428:248 e 750:384). Nem mesmo o vencedor terá qualquer direito indenizatório, salvo se o desfazimento for nulo. E conforme o art. 49, § 1º a anulação não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no § único do art. 59, ou seja, ressalvadaa hipótese da ilegalidade ser imputável à própria administração, devendo a ela promover a responsabilização de quem lhe deu causa. DESISTÊNCIA DA LICITAÇÃO OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Revoga-se um procedimento concluído e acabado. Durante o desenvolver do procedimento nada se revoga, apenas desiste-se. 4-Desistência do procedimento licitatório. Há desistência quando a entidade licitante, antes do final da licitação, renuncia ao seu prosseguimento, interrompe o seu curso. O motivo é qualquer um, desde que de interesse público e superveniente. Cuidado: a revogação incide em procedimento acabado e a desistência emprocedimento em andamento. Na desistência, todos tem direito à indenização porque a licitação há de ser havida como séria, como devem ser todos os atos e comportamentos públicos. A desistência põe fim em definitivo ao procedimento. A desistência é ato da autoridade que determinou sua abertura, não cabe à comissão de licitação. Contra esse ato não pode insurgir-se qualquer proponente, cabendo a eles apenas direito à indenização, que não pode ultrapassar o valor de suas despesas comprovadas para participar do certame. O ato de desistência deve ser motivado, podendo dele cabe recursos administrativos e judiciais pertinentes. RECURSOS NA LICITAÇÃO São cabíveis os recursos nos seguintes casos: - habilitação ou inabilitação; - julgamento das propostas; - anulação, revogação ou desistência da licitação; - rescisão do contrato e - aplicação de penas de advertência, suspensão temporária e multa. 5- Recursos na licitação. 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II////00305400A_sem4.htm 4/4 O Recurso no procedimento licitatório deve ser interposto no prazo de 05 dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata nos casos de: habilitação ou inabilitação; julgamento das propostas; anulação, revogação ou desistência da licitação e rescisão do contrato e aplicação de penas de advertência, suspensão temporária e multa. O recurso interposto em face da decisão de habilitação e julgamento das propostas tem necessariamente efeito suspensivo; aos demais recursos a autoridade competente pode, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir- lhes eficácia suspensiva. Tratando-se de licitação na modalidade convite, o prazo para interposição de recurso é de apenas 02 dias úteis e na modalidade pregão, conforme já dito, a parte interessada deve manifestar sua intenção em recorrer no ato da sessão pública e apresentar suas razões em até 03 diis úteis, findo os quais abre-se o igual prazo para apresentação de contra-razões. A comissão ou o responsável pela licitação tem o prazo de, em regra, 05 dias úteispara: -reconsiderar a decisão; -manter a decisão e fazer subir o recurso à autoridade superior; A autoridade superior, também em regra, dentro do prazo de 05 dias úteis terá duasalternativas: -manter a decisão contra a qual foi interposto o recurso; -ordenar a retificação da decisão, caso esta tenha sido irregular; -divulgar a decisão relativa ao recurso. QUESTÕES DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO DA AULA 1. Quando é possível a revogação da licitação e é possível indenização aos licitantes? 2. Quando ocorre a desistência da licitação e diga se é possível indenização. 3. Quando é possível a invalidação do procedimento licitatório e é possível indenização aos licitantes? 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/////00305400A_sem5.htm 1/4 DISCIPLINA: Direito Administrativo II SEMANA 05: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Nesta semana o aluno deverá buscar, junto com a leitura do texto-roteiro abaixo desenvolvido, acompanhamento com doutrina básica a ser escolhida, sobre os temas iniciais da matéria, especialmente a respeito: contratos administrativos, conceito, diferença com os contratos da administração, características e cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos. Como indicação da leitura básica seguem algumas obras ao final do roteiro. Oi pessoal... Nesta semana começamos a estudar a respeito dos contratosadministrativos. Primeiramente faremos uma distinção entre contratos da administração econtratos administrativos, além de abordar suas características. Ao final, é importante destacar a principal características deles, que é apresença de cláusulas exorbitantes. Bons estudos! DIFERENÇA ENTRE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO É O GÊNERO:“NEM TODOS OS CONTRATOS QUE A ADMINISTRAÇÃO CELEBRA SÃO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS”. 1-Conceito de contratos administrativos. Diferença com os contratos da Administração. A Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro explica que a expressão Contratos da Administração é mais ampla, porque compreende todos os contratos celebrados pela Administração Pública, seja sob regime jurídico de direito público, seja sob regime jurídico de direito privado. Isso porque nem todos os contratos que a Administração celebra são regidos por um regime jurídico de direito público (que se caracteriza pelo binômio prerrogativas e restrições). Ela muitas vezes celebra contratos que se regem pelo direito privado e não pelo direito administrativo. Assim, como exemplos destes, temos a compra e venda de um imóvel e a locação de uma casa para nela instalar uma repartição pública, contratos de financiamento e de seguro. Ela celebra esses contratos como se particular fosse, porque aqui a ADM. se nivela ao particular. São ajustes que se submetem a regras de direito privado, portanto, inexiste o traço da verticalidade predominante nos contratos privados. É verdade que sofrerá diversas restrições na contratação, tais como, a exigência de licitação e a prévia autorização de recursos orçamentários, fora a necessidade de observância dos princípios 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/////00305400A_sem5.htm 2/4 constitucionais do art. 37, caput da CF/88. Porém, não gozará a ADM. de prerrogativas, ou seja, não terá nenhum poder de império nesse tipo de contratação, porque se nivela ao particular e, portanto, não teremos a presença das chamadas cláusulas exorbitantes, de modo que a ADM. não poderá rescindir unilateralmente o contrato ou impor sanções ao particular inadimplente. Contratos administrativos é uma expressão que compreende apenas os ajustes que a ADM. celebra com pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, para a consecução de fins públicos, segundo regime jurídico de direito público. São contratos regidos necessariamente pelo direito administrativo. Aqui a ADM. age como poder público, com todo seu poder de império sobre o particular, caracterizando-se a relação jurídica pelo traço da verticalidade. O poder de império do poder público nesse tipo de contrato se expressa basicamente pela presença de cláusulas exorbitantes, que não vamos encontrar nos contratos regidos pelo direito privado. Ex: contrato de concessão de serviço público. A CF/88 em seu artigo 22, inciso XXVII, com a nova redação dada pela emenda constitucional 19/98, estabelece a competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação e de contratos, aplicáveis a toda ADM. direta e indireta e em todas as esferas de governo (União, Estados, DF e Municípios). CARACTERÍSITCAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS SÃO ELAS: - Presença da administração pública como Poder Público - Finalidade Pública - Contrato de Adesão - Naturezaintuitu personae - Licitação - Obediência à forma prescrita em lei - Cláusulas exorbitantes 2- características dos contratos administrativos. Presença da administração pública como Poder Público. Neles a ADM. aparece com uma série de prerrogativas que garantem a supremacia do interesse público sobre o particular e que se expressam precisamente pelas chamadas cláusulas exorbitantes, implícitas nos contratos administrativos. Em decorrência dos poderes que lhe assistem, a Administração fica autorizada a determinar modificações nas obrigações devidas pelo contratante em razão das necessidades públicas, a acompanhar e fiscalizar continuamente a execução dele, a impor as sanções estipuladas quando faltas do obrigado as ensejarem e a rescindir o contrato unilateralmente se o interesse público o demandar. Finalidade Pública. A finalidade pública é uma característica presente em todos os contratos da Administração, ainda que regidos pelo direito privado. Nestes, na maioria das vezes, o interesse público é protegido indiretamente, porém também deve estar presente sob pena de vício de desvio de poder ou de finalidade que anula o contrato. A idéia decorre da própria existência do Estado, ou seja, se este é constituído para assegurar o bem comum, os ajustes celebrados por 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/////00305400A_sem5.htm 3/4 ele, necessariamente, devem buscar atender o interesse público, sob pena de configurarem desvio de finalidade. Contrato de Adesão. Todas as cláusulas dos contratos administrativos são fixadas unilateralmente pela Administração. São contratos de adesão, pois a Administração pública estabelece todas as cláusulas unilateralmente, não admitindo negociação, vinculando-se, contudo, às leis, regulamentos e ao princípio da indisponibilidade do interesse público. Natureza intuitu personae. São contratos personalíssimos, porque o contrato administrativo é celebrado pela Administração levando em conta as condições pessoais do contratado, que são apuradas durante o procedimento licitatório. O que significa que realizado o procedimento de licitação e escolhida a melhor proposta nos termos do critério de julgamento, fica a administração impedida de substituir o contratado, mesmo a pedido deste. A regra, contudo, não possui caráter absoluto. Assim, tais medidas devem ser excepcionais e pela lei somente são possíveis se expressamente previstas no edital de licitação e no contrato – art. 78, VI da lei nº 8.666/93 e, ainda que venha a administração anuir expressamente com tal modificação. Licitação. É um requisito externo que antecede todos os contratos administrativos, salvo os casos de dispensa e inexigibilidade de licitação previstos na lei nº 8.666/93 – art. 24 e 25. Obediência à forma prescrita em lei. A Lei estabelece para os contratos administrativos uma série de requisitos referentes à forma, formalidades estas essenciais para a Administração e para o administrado, porque garantem maiores mecanismos de controle. São exemplos: os contratos são lavrados nas repartições públicas competentes, com registro de seu extrato e mantidos em arquivo cronológico; como regra são sempre celebrados por escrito, somente permitindo contratos verbais para pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea “a” (limite para a modalidade convite), a vedação de contrato com prazo de vigência indeterminado é a regra, de modo que os contratos regidos por esta lei ficarão adstritos à vigência dos respectivos créditos orçamentários. Essa é a regra, ou seja, para evitar que os contratos comprometam o orçamento do ano subseqüente, a lei quis coincidir a duração dos contratos com o término do seu exercício financeiro, que coincide com o ano civil, só admitindo prazo superior para projetos previstos no plano plurianual, salvo algumas exceções permitidas pela lei em situações de contratação especial. 3-Presença de cláusulas exorbitantes. O que são e quais são essascláusulas? A supremacia do Poder Público vai expressar-se na possibilidade de instabilizar a relação contratual, manifestando-se essencialmente pelas chamadas cláusulas exorbitantes. A cláusula exorbitante é aquela que não se encontra normalmente no contrato de direito privado (exorbitante porque está fora da órbita do direito privado), seja porque nele seria nula por contrária à ordem pública, por ser proibida, já que ilícita (ex: previsão de imposição de punição ou sanções), seja porque não seriam comuns nos contratos entre particulares (ex: alteração unilateral do contrato, que poderia até ser prevista, mas não é comum, porque as partes estão no mesmo plano de igualdade). 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II/////00305400A_sem5.htm 4/4 Mesmo que não previstas expressamente nos contratos administrativos se fazem presentes sempre, ainda que implicitamente, uma vez que demonstram o poder de império da Administração diante dos contratados e manifestam a supremacia da Administração para atingir o interesse coletivo. As cláusulas exorbitantes estão nos artigos 56 e 58 da Lei nº 8.666/93 e são: -Alteração unilateral do contrato pela Administração – art. 58, I; -Rescisão unilateral do contrato pela Administração – art. 58, II; -Fiscalização do contrato pela Administração; -Aplicação de penalidades pela Administração. QUESTÕES DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO DA AULA 1- Qual a diferença entre contratos administrativos e contratos da administração? 2- Quais as principais características dos contratos administrativos? 3- Diga o que são cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos e cite alguns exemplos. 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//////00305400A_sem6.htm 1/4 DISCIPLINA: Direito Administrativo II SEMANA 06: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS e TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO – FINANCEIRO Nesta semana o aluno deverá buscar, junto com a leitura do texto-roteiro abaixo desenvolvido, acompanhamento com doutrina básica a ser escolhida, sobre os temas iniciais da matéria, especialmente a respeito: da mutabilidade dos contratos administrativos, equilíbrio econômico-financeiro e teorias de equilíbrio. Como indicação da leitura básica seguem algumas obras ao final do roteiro. Oi pessoal... Nesta semana continuaremos o estudo sobre os contratos administrativos, falando de sua mutabilidade e o reflexo disso no equilíbrio econômico financeiro do contrato. Abordaremos, assim, os riscos incidentes sobre ele e quais as teorias adotadas para reequilibrar a equaçãofinanceira, principal direito do contratado. Bons estudos! A MUTABILIDADE DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS “A equação econômico – financeira do contrato é intangível pela administração pública. Esse lucro do contratado há de ser assegurado nos termos iniciais do ajuste, em sua plenitude, ainda que a Administração se veja compelida a modificar a forma da prestação contratual, para melhor adequação às exigências do serviço público 1-Mutabilidade dos contratos administrativos. Não se pode esquecer que o contrato administrativo é mutável, assim como o interesse público também o é. O próprio interesse público que compete à Adm. perseguir não é estável, e muitas vezes exigirá alterações do contrato para ampliar ou reduzir seu objeto, para melhor adequá-lo tecnicamente ao fim público, incorporando novas técnicas de execução. Não só isso, várias outras circunstâncias que serão vistas poderão romper a estabilidadedo contrato administrativo. E aqui o assunto tem que ser analisado sob dois aspectos: analisar as circunstâncias que fazem mutável o contrato administrativo e as conseqüências dessa mutabilidade que é o direito do contratado à manutenção do equilíbrio econômico – financeiro do contrato. 2-Equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo. Direitodo contratado. É certo como já foi visto que em nome do interesse público a Adm. tem o poder de alterar unilateralmente as cláusulas regulamentares ou rescindir o contrato antes do prazo estabelecido. Porém, o particular contratado visa o lucro, procura a satisfação de uma pretensão econômica que descabe a Adm. menosprezar tal direito. Esse direito do contratado é denominado pela doutrina de equilíbrio ou equação econômico-financeira que nada mais é 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//////00305400A_sem6.htm 2/4 que a relação de igualdade formada, de um lado, pelas obrigações assumidas pelo contratante no momento do ajuste e, de outro lado, pela compensação econômica que lhe corresponderá. É na verdade a relação que se estabelece no momento da celebração do contrato, entre o encargo assumido pelo contratado e a contraprestação assegurada pela Adm. Diz-se contraprestação assegurada pela Adm. e não paga por esta, porque nem sempre é ela que paga. Em determinados contratos é o usuário do serviço público que paga a prestação devida por meio da tarifa ou preço público e é o que ocorre nos contratos de concessão de serviço público. A equação econômico – financeira do contrato é intangível pela administração pública. Esse lucro do contratado há de ser assegurado nos termos iniciais do ajuste, em sua plenitude, ainda que a Adm. se veja compelida a modificar a forma da prestação contratual, para melhor adequação às exigências do serviço público.Esse tipo de contratação entre a adm. e o particular assenta no respeito mútuo e boa – fé. Enquanto o particular procura o lucro, o Poder Público busca a satisfação de uma utilidade coletiva. Cabe à adm. atuar em seus contratos com absoluta lisura e integral respeito aos interesses econômicos e legítimos de seus contratados. Assim, toda vez que a Adm. tiver de lançar mão de suas prerrogativas para atender ao interesse público, deverá manter o equilíbrio econômico – financeiro do contrato. Daí é que a doutrina elaborou toda uma teoria do equilíbrio econômico – financeiro do contrato administrativo, variando conforme os riscos a que esteja sujeito. TEORIA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO RISCOS EXTRAORDINÁRIOS ADMINISTRATIVOS: 1. Fato do príncipe; 2. Fato da Administração e 3. Alteração unilateral do contrato pela Administração 4. 5. RISCOS EXTRAORDINÁRIOS ECONÔMICOS: Álea Econômica e teoria da Imprevisão 3-teoria do equilíbrio econômico- financeiro do contrato. Como já foi dito anteriormente, os contratos administrativos são mutáveis e estão sujeitos a diversos riscos ou áleas. Vejamos cada uma delas e como se reestaura o equilíbrio rompido. É claro que estamos falando de riscos extraordinários às partes, já que os ordinários deverão ser suportados pelo empreendedor. Riscos Extraordinários. Estas áleas são, ao contrário das ordinárias, fatores imprevisíveis e inevitáveis que geram um sensível desequilíbrio no contrato administrativo. Além do caso fortuito e força maior, já analisados anteriormente, podem ser das seguintes espécies: a– áleas administrativas. Estas abrangem 03 modalidades. Alteração unilateraldo contrato administrativo pela adm., fato do príncipe e fato da administração; b – áleas econômicas Vamos analisar cada uma delas em separado. Vejamos: Álea Administrativa: alteração unilateral do contrato. Já sabemos que a 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//////00305400A_sem6.htm 3/4 adm. tem como uma de suas prerrogativas o poder de alterar unilateralmente o contrato administrativo, quer quantitativa quer qualitativamente. Porém, o poder de alteração unilateral do contrato não é ilimitado. Lembre-se do equilíbrio econômico – financeiro do contrato, que é direito intangível do contratado. Assim, o art. 65, § 6º obriga a adm. a restabelecer por aditamento o equilíbrio inicial. Álea Administrativa: fato do príncipe. É um fato praticado pela adm. em sentido amplo não como parte no contrato. Trata-se de um ato geral e em regra normativo que decorre do Estado, que se dirige a toda coletividade, mas que incide indiretamente no contrato administrativo porque nele repercute e provoca o desequilíbrio econômico – financeiro do ajuste. No caso de medida geral que atinge o contrato apenas reflexamente, a responsabilidade é extracontratual, sendo que o dever de recompor o equilíbrio econômico do contrato repousa na idéia que serve de fundamente à teoria da responsabilidade objetiva do Estado. Cite-se os casos em que medida provisória aumenta alíquota de imposto que incide sobre matérias – primas necessárias ao cumprimento do contrato ou decerto regulamentar que esclarecendo a lei proíbe importar determinada mercadoria essencial para a continuidade do contrato. Álea Administrativa: fato da administração. O fato da administração compreendequalquer conduta ou comportamento da administração que, como parte no contrato, torna impossível ou dificulta a execução do contrato, causando seu desequilíbrio. Distingue-se da alteração unilateral do contrato porque nesta, tal alteração não corresponde a qualquer falta contratual da administração, mas uma prerrogativa que ela tem em razão das cláusulas exorbitantes que existem neste tipo de contrato, ainda que implicitamente, em atenção ao interesse público. São fatos da seguinte ordem: quando a administração não providencia as desapropriações necessárias para o início do contrato de concessão de obra pública, quando deixa de entregar o local da obra ou do serviço, ou pratica qualquer ato que impede os trabalhos a cargo da outra parte. O que se discute na doutrina é se, em ocorrendo o chamado fato da administração, pode o particular simplesmente paralisar a execução do contrato, invocando a exceptio non adimpleticontractus.essa exceção não pode ser aplicada no direito administrativo, porque, neste, o contratado assume o papel de colaborador da administração pública, e age no interesse público, que não pode ser prejudicado pela paralisação da execução do contrato, salvo na hipótese de abrandamento prevista pela lei nº 8.666/93, quando a falta de pagamento pela adm. superar 90 dias, caso em que o contratado poderá suspender a execução do contrato até que seja normalizada a situação, se não optar pela sua rescisão. (é óbvio que a falta de pagamento não pode decorrer de calamidade pública, perturbação da ordem interna e guerra, situações estas que não justificariam a paralisação, devendo o contratado pleiteá- la judicial ou mesmo administrativamente, sob pena de ter que arcar com as conseqüências de sua suspensão). Álea econômica: Teoria da Imprevisão. É todo acontecimento imprevisível, inevitável, estranho à vontade das partes que causa um desequilíbrio muito grande no contrato, tornando a execução do objeto contratual excessivamente onerosa para o contratado. Ocorrendo essa álea econômica, aplica-se a teoria da imprevisão que, nada mais é do que a aplicação da antiga cláusula rebus sic stantibus. É o caso do encontro pelo empreiteiro da obra de terreno rochoso em local em que teria sido projetada obra para terreno arenoso. Contratado esbarra em terreno de natureza imprevista que onera sensivelmente o contrato. No que consiste essa cláusula rebus sic stantibus. Se houve uma mudança acentuada nas coisas em que o contrato se embasou, tais alteraçõesnão podem ser desprezadas pelo direito. Não seria justo obrigar a parte prejudicada a cumprir o seu encargo sabendo-se que ela não teria firmado o contrato se tivesse previsto as alterações que o tornariam muito oneroso. RESCISÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS SÃOELAS: • RESCISÃO UNILATERAL; 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II//////00305400A_sem6.htm 4/4 • RESCISÃO JUDICIAL; • RESCISÃO AMIGÁVEL E • RESCISÃO DE PELO DIREITO 4- Rescisão do contrato administrativo. Quatro tipos de rescisão: -Rescisão amigável do contrato. É feita por acordo entre as partes, sendoaceitável quando haja conveniência para a administração. -Rescisão judicial. É a rescisão decretada pelo Poder Judiciário em ação proposta obrigatoriamente pelo particular e opcionalmente pela administração. Somente a administração tem o poder de rescindir unilateralmente o contrato, poder este que o contratado não tem. -Rescisão unilateral do contrato pela administração ou rescisão administrativa. Já vimos que aqui a administração pode rescindir o contrato, independente de ordem ou decisão judicial, bastando que se formalize por termo, nos casos de inadimplemento com culpa do contratado e nos casos de interesse público (o contratado faz juz ao ressarcimento dos prejuízos, à devolução da garantia e ao pagamento dos atrasados). -caso fortuito e força maior, que admite a rescisão de pleno direito do contrato, tendo em vista a total impossibilidade de execução de seu objeto, dando a lei igual tratamento para os casos de inadimplemento por interesse público. Não precisa de ato formal de rescisão, nem de decretação judicial. Efeitos “extunc”. QUESTÕES DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO DA AULA 1- O que é mutabilidade dos contratos administrativos? 2- O que é fato do príncipe? 3- Explique a álea econômica e a teoria da imprevisão 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II///////00305400A_sem7.htm 1/4 DISCIPLINA: Direito Administrativo II SEMANA 07: CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO E A PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA Nesta semana o aluno deverá buscar, junto com a leitura do texto-roteiro abaixo desenvolvido, acompanhamento com doutrina básica a ser escolhida, sobre os temas iniciais da matéria, especialmente a respeito: da concessão de serviço público e a lei 8987/95 e a parceria público privada e a lei 11.079/04. Como indicação da leitura básica seguem algumas obras ao final do roteiro. Oi pessoal... Nesta semana vamos falar um pouco dos dois principais contratos administrativos: a concessão de serviço público regida pela lei 8987/95 e a parceria público privada regida pela lei 11.079/04. Vamos passar os traços característicos de cada uma e tentar demonstrar asprincipais diferenças entre essas duas modalidades. Então, bons estudos! A CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO VERDADEIRO CONTRATO ADMINISTRATIVO PELO QUAL O PODER PÚBLICO CONCEDENTE TRANFERE A OUTREM A EXECUÇÃO DE UM SERVIÇO PÚBLICO, PARA QUE ESTE O EXPLORE, POR SUA CONTA E RISCO, REMUNERANDO-SE POR TARIFAS PAGAS PELOS USUÁRIOS! 1-concessão de serviço público. A maioria dos doutrinadores brasileiros distingue três modalidades de concessão: a de serviço público, a de obra pública e a de uso de bem público. Assim, na concessão o poder público concedente tem a prerrogativa de alguns poderes e vantagens, como a rescisão unilateral do contrato, a fiscalização, a punição, como qualquer outro contrato administrativo. Logo, a concessão é um verdadeiro contrato administrativo pelo qual a Administração confere ao particular (ou a outrem) a execução remunerada de um serviço público ou de uma obra pública, ou lhe concede o uso de um bem público (ex: exploração de jazidas e fontes minerais, ou exploração de um restaurante em imóvel público), para que o explore por sua conta e risco, nos termos do prazo e das condições regulamentares e contratuais preestabelecidas. Tem a natureza jurídica de um verdadeiro contrato administrativo, sujeito ao regime jurídico público, com todas as características de um acordo de vontade, com todas as prerrogativas e sujeições próprias do poder público, concernentes a finalidade, procedimento, forma, cláusulas exorbitantes, mutabilidade e outras já vistas. Vamos estudar mais detalhadamente a concessão de serviço público, que é instrumento mais usual, sendo certo que seu estudo fornecerá respaldo para as demais espécies de concessão. 2-Evolução. Conforme explana a professora a Maria Sylvia zanella Di Pietro,a concessão de serviço público foi a primeira forma que o Poder Público utilizou para transferir a particulares a execução de um serviço público. É bom que se destaque que era por meio dela que o Estado prestava um serviço público sem correr os riscos econômicos de toda a exploração industrial. Isso porque a concessão implica no exercício pelo particular de um serviço público, por sua conta e risco. Forma do poder público prestar um serviço de sua titularidade sem arcar com os riscos do empreendimento. 9/9/2014 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/00305400A_Direito_Administrativo_II///////00305400A_sem7.htm 2/4 Com o passar do tempo, com o surgimento de teorias que vieram para assegurar a manutenção do equilíbrio econômico – financeiro do contrato, tais como a teoria da imprevisão e do fato do príncipe, o poder público se viu obrigado a participar das perdas da exploração do serviço público pela particular e, quando a evolução do instituto chegou a este ponto, o seu declínio se tornou inevitável. Isso porque tais teorias obrigam necessariamente o poder público a participar dos encalços econômicos sofridos pelo particular em situações extraordinárias. Daí dizer que o casamento entre o poder público e o empresário privado passou de um regime de separação de bens para um regime de comunhão. Assim, em uma fase mais adiante, voltou-se a utilizar o instituto da concessão, não para delegar o serviço a particular, mas a empresas estatais sob o controle acionário do Poder Público, como sociedades de economia mista e empresas públicas. Atualmente, com o movimento de privatização, o poder público volta a utilizar-se da concessão de serviço público como forma de delegação de serviço a empresas privadas, sem abandonar, contudo, a possibilidade de concessão a empresas estatais. Definimos a concessão de serviço público como a transferência por contrato de execução de serviços públicos essenciais ou de simples utilidade pública dos quais a administração tem a titularidade, para que, por sua conta e risco, no interesse geral, o concessionário os desempenhe ou explore. Ex: contrato de concessão de energia elétrica, de telecomunicações, de transportes públicos. PRINCIPAIS REGRAS DA CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO “A NATUREZA DA CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO É DE CONTRATO ADMINISTRATIVO QUE DEPENDE SEMPRE DE LICITAÇÃO NA MODALIDADE CONCORRÊNCIA” 3-Principais regras referentes à concessão de serviço público. As mesmas regras que foram faladas sobre contratos são inteiramente aplicadas a concessão de serviço público, apresentando apenas algumas peculiaridades: A concessão depende sempre de licitação na modalidade concorrência, conforme artigo 175 da CF. Este dispositivo não prevê a ressalva do artigo 37, XXI que permite contratação direta nos casos de dispensa e inexigibilidade. Por isso não se aplica às licitações para concessão de serviço público os casos de dispensa de licitação. Admite-se apenas os casos de inexigibilidade, desde que demonstre a inviabilidade de competição. O concessionário executa o serviço por sua conta e
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