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histórico de segurança no trabalho

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Ano
400 a.C
Identificação de envenenamento por chumbo em mineiros e metalúrgicos.
Utilização de bexigas de animais como barreira de retenção para fumos e poeiras.
1400
a 1500
Identificação de perigos nos vapores metálicos e descrição de envenenamento por mercúrio e chumbo.
De 1500 a 1800
Em 1556, Georgius Agrigola descreve o processo de mineração e refino de metais, relatando doenças e acidentes ocorridos, sugerindo aspectos preventivos e utilização de ventilação durante as atividades. É o primeiro livro que aborda o assunto referente à segurança e que se chama “De Re Metallica” ou “Da Natureza dos Metais”.
Em 1557, houve a primeira descrição de doenças respiratórias relacionadas com a mineração principalmente pela utilização de mercúrio.
Paracelso é considerado o pai da Toxicologia. É autor da frase “Todas as substâncias são venenos. É a dose que diferencia os venenos dos remédios”.
Em 1700, acontece a publicação do livro “De Morbis Artificium Diatriba” ou “Doença dos Artífices”, escrito por Bernardino Ramazzini, considerado o pai da Medicina Ocupacional. Ele apresenta um estudo abordando doenças relacionadas com o trabalho e que inclui cerca de 50 profissões exercidas na época.
Em 1775, Percival Lott caracteriza o câncer de escroto como doença de trabalhadores que limpavam chaminés e que a causa identificada estava na fuligem e na ausência de higiene presentes na atividade.
De 1800 a 1920
Em 1802, a “Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes” foi criada na Inglaterra, limitando a jornada máxima de trabalho a 12 horas, bem como a obrigatoriedade de ventilação ambiental e a proibição do trabalho noturno.
A lei das fábricas foi criada em 1833 na Inglaterra e fixava em 13 anos a idade mínima para exercer as atividades de trabalho, proibindo também o trabalho noturno para menores de 18 anos. Além disso, exigia exame médico para todas as crianças trabalhadoras.
Em 1869, na Alemanha, foram criadas leis responsabilizando empregadores por lesões ocupacionais.
Em 1907, Frederick Winslow Taylor publica “Princípios de Administração Científica”, em que o autor apresenta técnicas que estudam tempo e movimento, padronização das ferramentas e instrumentos, utilização de procedimentos formais e mecanismo de pagamento considerando o rendimento e custos.
Nos Estados Unidos, Em 1910, Henry Ford aplica “Conceitos de Produção em Massa” nas suas linhas de montagem e fabricação, objetivando a redução do tempo dos processos e estoques, buscando o aumento da capacidade produtiva pela capacitação da força de trabalho.
Em 1910, no Brasil, Oswaldo Cruz, considerado “o pai das campanhas”, estudou doenças infecciosas no trabalho como o amarelão e a malária. Esse estudo aconteceu durante a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.
Depois do término da Primeira Guerra Mundial em 1919, foi criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT), formalizada pela parte XIII do Tratado de Versalhes.
Em 1919, a Organização Internacional do Trabalho adota seis importantes convenções: proteção à maternidade, idade mínima para admissão de crianças, trabalho noturno para menores, limitação da jornada de trabalho, trabalho noturno para mulheres e luta contra o desemprego.
De 1921 a 1950
Em 1922, em Harvard, tem início o curso de Higiene Industrial.
Em 1930, no Brasil, é criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio pelo Presidente Getúlio Vargas.
Em 1938, nos Estados Unidos, ocorre a fundação da ACGIH (National Conference Governamental Industrial Hygienists).
No dia 28 de setembro de 1940, ocorre a fundação da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Entre 1939 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, ocorre o desenvolvimento de programas para manutenção da capacidade produtiva na indústria que tinha foco apenas na indústria bélica e era operada em sua maioria por mulheres.
Em 1943, no Brasil, entra em vigor a CLT, inclusive com capítulo referente à Higiene e Segurança do Trabalho.
Em 1943, a ACGIH publica os Limites Máximos Permissíveis que em 1948 foram chamados de Limites de Tolerância (TLV – Threshold Limit Value).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi declarada em dezembro de 1948, assegurando ao trabalhador a manutenção e a segurança na aplicação de direitos como liberdade de escolha de emprego, garantia de condições favoráveis de trabalho e proteção contra o desemprego, direito ao trabalho, direito ao repouso e lazer, limitação de horas trabalhadas, padrão de vida que assegure o bem-estar do trabalhador e sua família e férias periódicas remuneradas.
Criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que inclui políticas direcionadas à saúde de trabalhadores.
1950
a 2000
Em 1953, acontece a regulamentação da CIPA pela Portaria 155.
A criação da FUNDACENTRO – Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho acontece em 1966 e em 1978 tem seu nome alterado para Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundação realiza análises, pesquisas e estudos relativos à higiene e à saúde ocupacional.
Publicação da obra “Neuroses das Telefonistas”, em 1956, por Le Guillant – Síndrome Geral de Fadiga Nervosa.
Em 1970, no Brasil ocorria o maior número de acidentes de trabalho no mundo.
Em 1970, Nos Estados Unidos, ocorre a criação da OSHA (Ocupation Safety and Health Administration) e o NIOSH (National Institute for Ocupational Safety and Health).
As Normas Regulamentadoras do Capítulo V da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho são aprovadas em junho de 1978 através da Portaria n° 3.214 (Segurança e Medicina do Trabaho).
Em 1988, ocorre no Brasil a promulgação da Constituição Federal do Brasil.
No Brasil, em 1989, é aprovada a Convenção n° 162 – Asbesto, aplicada nas atividades onde ocorra exposição ao asbesto.
A atualização do quadro componente do SESMT (NR-4) acontece em 1990, sendo então constituído por Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho e Técnico em Segurança do Trabalho.
O conceito legal de acidente de trabalho e trajeto é definido em 1991, pela lei 8.213, que determina também que é obrigatório as empresas comunicarem os acidentes de trabalho (CAT).
Para saber mais: Na época, a legislação de segurança, higiene e medicina do trabalho estava distribuída em uma enorme quantidade de textos, dificultando o entendimento comum, o controle de qualquer estatística e, consequentemente, a aplicação correta das leis. Toda essa problemática resultou na Portaria 3.214, facilitando a aplicação das normas de caráter preventivo em todos os locais de trabalho. Esse movimento assegurou a manutenção de três vertentes que eram a consolidação e o reconhecimento das profissões, a redução dos acidentes e doenças do trabalho e principalmente a certeza do cumprimento pelas empresas das normas de segurança e saúde do trabalho.
2000
A proibição do trabalho infantil finalmente acontece em 4 de outubro de 2001, pela Portaria n° 458.
Para saber mais: podemos definir trabalho infantil como a realização por crianças e adolescentes com menos de 16 anos de atividades que buscam qualquer ganho com o objetivo de proporcionar seu próprio sustento ou de sua família, bem como qualquer serviço que não tenha nenhuma remuneração.
A campanha “Amianto Mata” é lançada em 2006 e tem como objetivo a comunicação do risco do amianto para a população leiga e usuária dos parques municipais de São Paulo, cumprindo a exigência legal sustentada em três eixos: proibição de novas construções contendo amianto, manutenção criteriosa do que já foi instalado evitando o desprendimento das fibras cancerígenas e demolição, remoção e disposição final de estruturas que contêm amianto.
Em 2009, o termo “ato inseguro” é retirado da NR-1.
Devido aos efeitos ao meio ambiente e
à saúde, diversos países do mundo desenvolveram ações com o objetivo de minimizar os riscos provenientes da utilização de mercúrio, culminando na assinatura da Convenção de Minamata sobre Mercúrio em 2013.
origem
da palavra
trabalho
Do latim tripalium, que é um termo formado pela união de dois elementos, tri (três) e palium (madeira). Tripalium nada mais era do que um instrumento de tortura construído com três estacas afiadas, dessa forma, evidenciando uma estreita relação entre trabalho e tortura. Essa relação aconteceu pelo fato de as atividades que envolviam trabalho serem relacionadas às atividades físicas produtivas realizadas em geral por agricultores, artesãos, pedreiros etc. Esse equipamento era destinado a ser utilizado em pessoas pobres sem condições nem possibilidades de pagamento de impostos. Posteriormente, o termo passou a ser utilizado pelos franceses sob a denominação travailler e significava atividade exaustiva ou atividade difícil.

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