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Trabalho de Anatomia Afasia

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE OLINDA – FACHO 
COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
Cristiane Bernardes dos Santos Correia Alves 
Elizabeth Assis da Silva 
Júlio Rodrigues de Aguiar Santos 
Marcos Di Giácomo Mariano 
Rafaela Adília Malheiros de Melo Madureira 
 
 
 
 
 
DISFUNÇÕES DA LINGUAGEM: resenha crítica do artigo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olinda 
2019 
Cristiane Bernardes dos Santos Correia Alves 
Elizabeth Assis da Silva 
Júlio Rodrigues de Aguiar Santos 
Marcos Di Giácomo Mariano 
Rafaela Adília Malheiros de Melo Madureira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISFUNÇÕES DA LINGUAGEM: resenha crítica do artigo 
 
Trabalho solicitado pela professora Viviane 
Villarouco de Andrade Henrique, da 
disciplina Anatomia e Fisiologia Humana I, 
do curso de Psicologia, turno tarde, da 
FACHO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olinda 
2019 
SUMÁRIO 
1 RESUMO .............................................................................................................. 4 
2 CRÍTICA ............................................................................................................... 6 
 
 
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SANTOS JR, Antonio José dos. Disfunções da linguagem: um encontro entre a 
Linguística e a Neurociência. Disponível em: <http://www.pgletras.uerj.br/linguistica 
/textos/livro03/LTAA03_015.pdf.> Acesso em: 12 mar. 2019. 
RESENHA CRÍTICA 
A presente obra é destinada a profissionais, especialistas e estudiosos da 
Neurociência, assim como da Linguística. O autor, Antonio José dos Santos Junior, 
era, na elaboração deste artigo, aluno do sexto período do curso de Letras Português-
Alemão da UERJ. Em seu conteúdo, revela a importância de se conhecer as 
ingerências das disfunções da linguagem com destaque às afasias de Broca e de 
Wernicke, como resultado de danos cerebrais. 
1 RESUMO 
O homem tem por conquista a linguagem articulada, que foi compreendida 
através de evoluções ocorridas por meio da tecnologia. Duas situações comuns são 
a de Afasia de Broca – relata pessoas que não conseguem articular ou pronunciar 
palavras claras – e a de Wernicke – determina fala e associação de palavras, porém 
sem conceitos. Com isso, os indivíduos que sofreram algum trauma cerebral acabam 
sendo prejudicados na vida social e profissional. Portanto, o estudo dessas 
irregularidades favorece a neurociência e linguística colocando-os para serem 
avaliados de forma que introduz pessoa com afasias ou normais. 
Embora o escopo seja a afasia, o autor conceitua algumas outras disfunções 
da linguagem, tais como: Alexia (dificuldade em ler); agrafia (dificuldade em escrever); 
CEL – Comprometimento Específico da Linguagem (qualquer síndrome que impeça o 
pleno desenvolvimento da linguagem, quando não motivada por outros fatores); e a 
pura surdez de palavras (incapacidade de se reconhecerem palavras faladas e de se 
lhes atribuir algum sentido – parecendo falar uma língua estrangeira). 
O autor ainda demonstra que cerca de 95% das áreas do cérebro humano 
responsáveis pela linguagem estão no seu hemisfério esquerdo, sendo que as 
principais áreas são: área de Wernicke, que torna compreensível a linguagem falada; 
área de Broca, que gera a fala; e o giro angular, relacionado ao significado. No 
entanto, há evidências, através de técnicas de imagem, de outras partes envolvidas 
no processamento da linguagem, como uma parte da ínsula, entendendo, assim, que 
o cérebro responde diferente a cada palavra dependendo de como seja: ouvindo-a 
falada, vendo-a escrita, falando-a ou relacionando-a com outras palavras. Em relação 
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às palavras ouvidas, Carter comenta que o reconhecimento do som como linguagem, 
ou não, se dá, primeiramente, no tálamo e é completada pelo córtex auditivo primário. 
Sendo assim, se os sons forem reconhecidos como linguagem, vão para a área da 
linguagem, senão, irão para outras partes do cérebro. A área de Broca (produção da 
fala) e Wernicke (compreensão da fala) estão ligadas por fibras nervosas e trabalham 
em conjunto e harmoniosamente graças à ínsula, explicando por que as afasias de 
Broca e Wernicke nunca se restringem a lesões nas respectivas áreas apenas. 
Primeiramente, o caso 63 [Brust,2000, p.239] é detalhado e explicado com o 
intuito de demonstrar a importância do estudo das disfunções da linguagem. Além 
disso, os efeitos da afasia no indivíduo estudado são citados e usados para fazer a 
distinção entre a afasia de Broca e a afasia de Wernicke. As informações demonstram 
que a afasia prejudica a linguagem e a comunicação do indivíduo, danificando suas 
habilidades de fala, impossibilitando-o de falar com fluência, tornando-os carentes de 
ritmo e melodia na fala, dificultando na articulação de fonemas, de agrafia e 
compreensão da fala. 
O exemplo apontado no caso 64 de Brust, registra a ocorrência de um indivíduo 
de sexo feminino que apresenta disfunções tanto na produção verbal, como na 
compreensão de alguns sinais linguísticos, resultante de um infarto que afetou 
sensivelmente partes importantes do cérebro responsáveis pela produção e 
compreensão da comunicação. A Afasia de Wernicke é um distúrbio da linguagem 
(oral e escrita) decorrente de uma lesão cerebral, trazendo impedimento no 
processamento da linguagem e dificultando a capacidade de comunicação da pessoa 
afetada, assim como a produção e/ou capacidade de compreensão da linguagem 
verbal. Ela excede as lesões no plano temporal, estendendo-se à região posterior ao 
giro temporal superior, causando uma falta de compreensão de qualquer sinal 
linguístico e/ou alteração na produção da linguagem verbal. 
Analisando, conclui que a linguagem possui áreas específicas de 
processamento no cérebro. Observa também a importância do estudo dos casos de 
disfunções da linguagem, tanto para as Neurociências, quanto para a Linguística, 
como forma de melhor compreender o funcionamento do cérebro relacionado ao 
processamento da linguagem. 
 
6 
2 CRÍTICA 
Com a análise do artigo, percebe-se que o cérebro é responsável por grande 
parte do funcionamento do corpo humano, e a linguagem ajuda a entender e articular 
informações recebidas. Por isso, existem áreas como os hemisférios occipitais direito 
e esquerdo e os córtex que, juntos, proporcionam pensamentos e comunicação e, 
dentre isso, se introduz a área da Broca (movimentação da fala) e a área de Wernicke 
(compreensão verbal). Desse modo, quando ocorre uma lesão cerebral, prejudica a 
capacidade de um entendimento entre o falante e o ouvinte, por conseguinte, a 
neurociência se coloca em meio ativo para convergência entre cérebro e a 
comunicabilidade. 
Apesar de se tratar de um estudo de casos de afasia, as outras formas 
principais de disfunções da linguagem não foram ignoradas, ajudando a evidenciar as 
características próprias do escopo em questão neste trabalho, o que facilita a 
compreensão do assunto e possibilita um contraste entre si. 
O cérebro, com suas regiões e sub-regiões, é evidenciado como responsável 
pela linguagem e sua compreensão. Estudos relacionados ao processo da fala e suas 
disfunções se tornam muito importantes dentro da neurociência e linguística pelo fato 
de estudar profundamente como um cérebro lesionado em áreas afins pode interferir 
no uso da linguagem. 
Quanto à afasia de Broca, o caso 63 [Brust,2000, p.239] serviu como um 
instrumento muito relevante para analisar a importância do estudo dos distúrbios que 
ocorrem no cérebro e as suas consequências no corpo humano. Além disso, o artigo 
abriu as portas para uma análise mais relevante e integrada da relação entre o 
cérebro, ocorpo e a linguagem. E, mesmo que as características variem dependendo 
do caso de afasia de Broca que está sendo analisado, é primordial identificar que 
pequenas alterações físicas no cérebro podem gerar grandes impactos nas 
habilidades cognitivas do indivíduo. 
No que tange à afasia de Warnicke, o discurso de pessoas que apresentam a 
patologia pode ser marcado por diversas manifestações linguísticas – anomia 
(impossibilidade de nomear ou recordar os nomes dos objetos, embora o paciente os 
perceba e os compreenda), dificuldade de encontrar palavras para expressar o que 
pretende, parafrasia verbal (substituição de palavras), parafrasia literal (substituição 
de parte de palavras) – alterando sensivelmente a produção e recepção da linguagem 
oral e escrita. A comunicação de quem porta esta síndrome é caracterizada pela 
7 
tentativa de se utilizar de codificações verbais equivocadas e imprecisas para se fazer 
entender, sendo a marca distintiva desse distúrbio da linguagem.

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