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1 ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NO PERÍODO PRÉ-NATAL 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 SUMÁRIO ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NO PERÍODO PRÉ-NATAL.................... 1 NOSSA HISTÓRIA ................................................................................. 2 Introdução .............................................................................................. 3 Importância da saúde mental .............................................................. 6 Os fatores emocionais durante a gestação ......................................... 7 O vínculo entre a mãe-filho na gestação ........................................... 10 Pré-natal psicológico: os sentimentos durante a gravidez ................. 14 Primeiro trimestre .......................................................................... 14 Segundo trimestre ......................................................................... 15 Terceiro trimestre .......................................................................... 15 Transtornos mentais e comportamentais .......................................... 16 Relacão familiar ................................................................................ 18 Complicações em gravidez atual/anterior .......................................... 19 Depressão prévia .............................................................................. 20 Quebra de expectativa decorrente da idealização do bebê ............... 21 A abordagem do grupo de pré-natal psicológico ............................... 23 Aspectos afetivo-familiares no grupo de pré-natal psicológico .......... 24 REFERÊNCIAS .................................................................................... 29 Introdução file:///C:/Users/rayss/Desktop/Nova%20pasta/PSICOLOGIA%20PRÉ-NATAL/ALTERAÇÕES%20EMOCIONAIS%20NO%20PERÍODO%20PRÉ-NATAL.docx%23_Toc84952883 4 Hoje, os aspectos emocionais da gravidez, são amplamente reconhecidos; sendo que a maioria dos estudos converge para a ideia de ser esse período um tempo de grandes transformações psíquicas, de onde decorre uma importante transição existencial. O Pré-Natal Psicológico promove a saúde mental das gestantes em um trabalho transdisciplinar, onde diversas disciplinas que trabalham de forma cooperativa e colaborativa na atenção primária de saúde em um bairro com alta vulnerabilidade social. Segundo Delfino, (2016, p.41) “a saúde integral da gestante consiste em recursos individuais e coletivos num contexto social”, demonstrando assim a importâncias de ações educacionais voltadas tanto para a gestante de forma individual quanto grupal, pois a conscientização e informação científica possibilitam mudança de paradigmas para a gestante. A rede de apoio como relações familiares e afetivas é importante para ajudar, fortalecer e amparar a gestante, aumentando equilíbrio emocional e a saúde integral. A insuficiência desse apoio traz prejuízos à função materna, a insegurança e a sobrecarga podem acarretar transtornos emocionais. A Família fornece conhecimentos, estabilidade e apoio a maternidade. A estabilidade da relação conjugal auxilia adaptação a gestação, criando vínculo emocional e suporte de apoio (PICCININI, 2009). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1978), A média de depressão pós- parto em países de baixa renda é de 19,8 por cento. A saúde mental não é avaliada no controle clínico médico, desencadeando problemas gestacionais e infantis. O fundamento de uma gestação saudável e um puerpério tranquilo começa na forma como a gestante vivencia os desconfortos associados ás adaptações fisiológicas e psicológicas da gestação (BERTOLLETI, 2007). A gravidez é um período crítico marcado por transformações físicas e componentes psíquicos que modificam o estado emocional. A dimensão física e alterações nas taxas hormonais contribuem para a oscilação mental. A mulher passa por uma grande mudança biopsicossocial que modifica o seu estado de humor e bem-estar. No momento da descoberta desse novo ser, surge um indivíduo com anseios, medos, responsabilidades e cobranças sociais e culturais 5 de todos os lados. A força das modificações psicológicas depende dos relacionamentos pessoais, familiares, sociais e a personalidade inerente a cada indivíduo. O papel social da mulher é transformado: de filha passa a ser mãe, de protegida passa a proteger e acalentar, surgindo uma nova identidade e função social. A gravidez é um momento de transformação pessoal e mudanças individuais e no papel social. (MALDONADO, 1984). O pré-natal psicológico se faz importante na prevenção dos problemas gestacionais e nos problemas psicológicos (BORTOLETTI, 2007). A cada período da gestação, uma tendência é notada. No primeiro período é a novidade da maternidade, e a preocupação em assumir o papel materno, ambivalência nos sentimentos (querer ou não a gestação), medo do aborto, mudanças no humor devido ao aumento dos níveis hormonais, mudanças corporais e algumas indisposições como enjoos, desejo e negação por alguns alimentos. No segundo trimestre é preocupação com a questão do crescimento normal do feto, a introspecção, alteração do desejo sexual, modificação acentuada dos contornos corporais e no terceiro trimestre é a questão da proximidade do parto, medo da dor e da morte e maiores desconfortos físicos como dores na região lombar e circulação sanguínea deficiente. (NASCIMENTO; SURITA 2013). Segundo Borsa (2007), para algumas mulheres, o primeiro sentimento depois da confirmação da gravidez é a dúvida, por isso a necessidade do pré- natal psicológico pois ele analisa, orienta, faz diagnósticos e possibilita à gestante um espaço de discussão e abertura para as potencialidades dessa nova fase. Ser mãe é abrigar, proteger, descobrir-se. Cada mulher tem uma representação diferente sobre a maternidade e vive esse momento de acordo com seu histórico familiar e suas características de personalidade. No pré-natal psicológico a psicologia faz o acolhimento, é imparcial ao acolher a gestante, explica os assuntos sem distinção ou julgamento da gestante, prossegue a escuta terapêutica dessa mulher e encaminha ao atendimento individual quando necessário. Não tem grandes despesas e dispensa tecnologias (SAMPAIO, 2013) 6 Importância da saúde mental Saúde mental é a dicotomia mente versus corpo, antes de tudo é a maneira como o sofrimento psíquico afeta o indivíduo (enfermo ou sadio) de forma singular. Cada um possui particularidades e reage ao cotidiano com estabilidade emocional ou a falta dela. A tríade cuidado-sofrimento-pessoa é o processo que fundamenta a saúde mental na atenção básica. Toda pessoa possui suas crenças pessoais e formas de reagir às mudanças, o sofrimentoacontece quando não conseguem lidar com as modificações, somatizando as dores, contrariedades em seu corpo, neste sentido o cuidado em psicologia seria a escuta terapêutica, ressignificação de emoções conflitantes, atendimento interdisciplinar. (PEREIRA; VIANNA, 2013) De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a atenção à mulher no período pré-natal propicia uma gestação saudável e uma visão positiva sobre a gravidez, (YAN ASKEN, 2005). Para um pré-natal de qualidade é necessário seguir as recomendações para a humanização na atenção primária, que são: utilizar o mínimo de medicalização necessária( complexos vitamínicos sobre prescrição médica), diminuir o uso da tecnologia, ser baseada em evidências científicas, ser regionalizado, ou seja, respeitar a cultura local, ser multidisciplinar (enfermagem, nutrição, psicologia, assistente social, fisioterapia, medicina), ter cuidado integral (corpo e mente), ser centrado na família, possibilitar autonomia da mulher, respeitar a privacidade, sigilo e dignidade. (BRASIL, 2013). As intervenções psicológicas e o projeto terapêutico levam em conta o círculo familiar, acolhem a gestante, orientam sobre a saúde, acompanham o desenvolvimento gestacional, atuam na mudança de atitudes e visão da gestante sobre si mesma e o mundo ao redor. A gestação é um período de crise, com fatores conflitivos e decisões, onde o crescimento emocional e mudanças são aceleradas. Neste momento o acompanhamento psicológico pode determinar o estado de saúde físico e mental da mulher (MALDONADO, 1984). 7 Os fatores emocionais durante a gestação Considerar a importância de entender a gestação e seus fatores emocionais para saúde da mulher deve ser levado em consideração para que novas evidências fossem descobertas e mostradas aos profissionais da saúde, para que criassem grupos de apoio voltado para as gestantes, tendo em vista ajuda-las a passar por esse momento. No que refere as emoções Nery, Santos e Almeida (2012) citam em que elas permeiam por meio das experiências, pois o núcleo das avaliações é regido de acordo com as experiências vivenciadas. As emoções possuem um papel significativo na gravidez uma vez que todo o relacionamento familiar é norteado por novas atitudes e responsabilidades, sendo estabelecidas no casal, as funções maternas e paternas. Os pais se percebem vulneráveis emocionalmente, sendo vivenciada uma mudança no papel social. Pesquisas revelam o quanto a depressão, ansiedade e a irritação tem sido maléfico para a saúde da gestante, suas relações intrafamiliares e inclusive com o neonato. Com isso, acaba ficando difícil estabelecer o vínculo entre a mãe e o bebê, o que desencadeia um prejuízo no desenvolvimento do bebê em diversos pontos (Cavalcante, Filho, França & Lamy, 2017). No que se refere a característica da ansiedade segundo o DSM-5 (2014) a ansiedade é o transtorno que possuem características de medo e ansiedade em excesso como perturbação nos comportamentos relacionados. O medo é emocional, posta como uma resposta a ameaça real ou mesmo percebida, já a ansiedade é o posto como uma antecipação de uma ameaça futura. Nestes dois estados o medo é frequente e permeia por um período que aumenta seja para luta ou mesmo par fuga, onde os pensamentos de perigo, onde a ansiedade está mais associada pela tensão muscular e um preparo por um perigo que venha a acorrer no futuro, onde a um comportamento de cautela. Já a característica da depressão segundo o DSM-5 (2014) “é a presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e 8 cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo” (p.155). Ao comparar o estresse antes e depois do parto, as evidências nos mostram que o estresse é significativo e mais frequente por volta dos três últimos meses da gestação do que depois da fase do puerpério. Sendo que no puerpério as mulheres apresentam o estresse de forma menos acentuada do que na gestação, mas ainda assim um número significativo de gestantes se mostram estressadas (Rodrigues e Schiavo, 2011). O estresse é definido por BVS (2015) como uma resposta normal do organismo, e que acontece quando experienciamos em ocasiões de risco. Esse recurso nos conduz para sermos cautelosos e atentos, desencadeando mudanças psíquicas e físicas. Essa resposta ao estresse é um comportamento orgânico imprescindível para a adequação a eventos novos. Uma das grandes ansiedades neste tempo está ligada à lactação, se terá ou não leite materno. A tranquilidade, segurança e equilíbrio ajudam no aleitamento, já o pavor, depressão, angústia, exaustão e ansiedade consegue gerar a frustação. Um espaço promissor que passe proteção e incentivo é importante à esta nova mãe (Rato, 1998). Segundo Costa e Colaboradores (2010) “as alterações fisiológicas ocorridas durante a gravidez sejam elas sutis ou marcantes, estão entre as mais acentuadas que o corpo humano pode sofrer, gerando medos, dúvidas, angústias, fantasias ou simplesmente curiosidade em relação as transformações ocorridas no corpo” (p.87). Como também, Rato (1998) destaca que, “durante o segundo e terceiro mês dá-se a formação da placenta que também gera algumas ansiedades (...). A ansiedade perante a percepção dos movimentos aparece conscientemente de várias maneiras: temor ao filho disforme, medo de morrer no parto (...)” (p. 406). Durante a gravidez, 10% a 15% de todas as mulheres vivenciam sintomas de ansiedade e depressão leves a moderados. Os sintomas, em geral, são semelhantes aos que ocorrem na depressão em qualquer outro período da vida da mulher, tais como falta de apetite e de energia e sentimentos de culpa. Além 9 do sofrimento para a própria mulher, essas manifestações podem interferir no processo adequado de desenvolvimento fetal, aumentam o risco de eventos adversos na gestação para mãe e o feto como pré-eclâmpsia, podendo associar se a resultados obstétricos desfavoráveis como parto prematuro e baixo peso ao nascer. A depressão pode persistir no período pós-parto comprometendo o comportamento parental, o relacionamento com o parceiro e familiares, o processo de formação do vínculo entre mãe e filho, o desenvolvimento cognitivo, motor e psicossocial da criança (Lima & Colaboradores, 2017, p. 40). Conforme o grau, as mudanças tendem a provocar graves prejuízos na relação sociável da mulher, surgindo questões sérias de convívio, prejudicando e, em alguns eventos, até afastar a grávida dos convívios sociais, por exemplo no emprego, podendo intervir em seu rendimento (Vieira & Parizotto, 2013). Para Rato (1998) um dos sintomas que inicialmente surge na grávida é a hipersonia: que é a necessidade em dormir mais que o normal, pois o prolongamento do sono revela como uma defesa em negação dos impulsos tanto interno quanto externo, propondo ao corpo um repouso a mais, sendo fundamental para este processo que está iniciando. Como também destacam Vieira e Parizotto (2013) que as mudanças físicas são existentes e variadas os seios aumentam, a ânsias de vômito, vontades, indisposição e formas alteradas do corpo. Para Nunes e Colaboradores (2018), é o virar mãe que faz com que a mulher comece a deixar esta condição, para participar da qual ela determinou para si, participando então de seus outros planos pessoais de mulher. Pois é neste momento em que precisa estar amparada pelo apoio grupal, que determina o estado e saúde da mulher, Rezende (2012) destaca que as atividades realizadas em grupos tendem a ter uma alteração na pessoa, que ocorrerá especialmente nas partes emocionais, em que os momentos são percebidos pela fala do corpo. Na atualidade, graças ao progresso científico, a puérpera tem a chance de estar mais amparada, principalmente quando se propõe o curso da elaboração do parto (Sevastano & Novo, 1981).10 O vínculo entre a mãe-filho na gestação Nos primeiros três meses, a gestante passa por um turbilhão de sentimentos como dúvidas, felicidade, ansiedade, e algumas vezes se desfaz do bebê e da ideia de estar grávida. Na fase dos seis meses, a grávida já consegue sentir o feto movimentando-se, e assim tendo uma labilidade em suas emoções, pois então ela fica convicta de sua realidade e de que há uma vida ali dentro, que tem um vínculo muito forte com ela. Nos últimos meses a chegada da hora do nascimento do bebê quando a mãe fica mais ansiosa para a chegada, e junto vem as mudanças de hábitos decorrentes disso, como a vida sexual da mulher, a assistência e atenção que tem que dar para o recém-nascido, sua vida pessoal e todos os outros fatores como sociais e suas relações (Leite & Colaboradores, 2014). Perante as exposições manifestadas e ocorridas durante o período gravídico, e diante do primeiro filho, Nunes e Colaboradores (2018) ressaltam que “há também alterações psicológicas, uma vez que a mulher gestante procura compreender sua nova imagem. Esse fato histórico é observado e bem evidenciado nas primigestas” (p. 917). Na maternidade ocorrem variações de sentimentos nos vínculos expostos na família, na alegria dos conjugues e das crianças (Camacho & Colaboradores, 2010). Diante destas manifestações que ocorrem nesta fase da gestação Pirrelli, Zambaldi, Cantilino & Sougey (2016) esclarecem que, o vínculo que se estabelece entre mãe e bebê, são carências psíquicas e corporais dele, e que irão proporcionar ao bebê, aconchego e segurança. Com isso, entende-se que a mãe é a fonte mais segura para a criação das vinculações iniciais da criança, que refletirão posteriormente em suas relações com o meio. Em uma atribuição de Fonseca (2010), ele ressalta que o “vínculo afetivo (...) entre a mãe e o feto, na gestação, é fundamental. (...) tanto a mãe quanto o feto possuem necessidades de adaptação às mudanças (...), a construção do 11 vínculo materno-filial pode contribuir para a satisfação dessas necessidades” (p. 42). O cuidado afetivo reflete ao bem-estar relacionado aos pensamentos e sonhos que contorna o bebê, ao convívio indireto e a relação com feto. A realidade da gestante em mostrar a alegria e a euforia por hábitos como acariciar a barriga e falar com o neném, indica o tamanho do cuidado materno-fetal (Alvarenga, Dazzani, Alfaya, Lordelo & Piccinini, 2012). Silva (2013) respalda que “a preparação da gestante para o parto, assim como o acompanhamento do desenvolvimento do ciclo gravídico, é extremamente importante para mãe e bebê, pois além de evitar problemas clínicos também pode atuar em nível de tratamento quando necessário” (p. 209). A saúde psíquica da criança recebe influência direta na qualidade do vínculo entre eles estabelecido. Por isso, a relação entre ambos tem que ser afetuosa, íntima, e de forma continuada, proporcionando satisfação e bem-estar para os dois. No entanto, não ocorre de forma imediata e impulsiva. É um desenvolvimento, que começa no período inicial da gravidez, que a criança a qual ela imagina faz parte cada vez mais da rotina da mãe, sendo formado por ilusões, anseios, sonhos e ideais de se tornar mãe. A maneira como a mãe entende seu apego com o bebê se reflete na maneira que ela entende e atende as carências dele. Sendo assim, as relações entre os pais influenciam na essência do vínculo construído pelo bebê desde seu nascer (Pirrelli & Colaboradores, 2016). A gestação é com certeza uma fase bem complicada na vida da mulher, sendo uma ocasião que se cerca de alterações profundas, que tem como características mudanças no corpo, na mente e no meio social. O momento pós- nascimento do bebê é considerado como um período no qual o sofrer psíquico pode desencadear uma depressão, dando origem então à DPP (depressão pós- parto), que evidencia-se de uma forma intensa e variável, sendo um fator dificultoso para a formação segura de um vínculo entre mãe-bebê, podendo então interferir futuramente nos seus convívios interpessoais (Moura, Pedrão, Souza & Boaventura, 2015). 12 Sobre o foco de um bebê recém-nascido, sabe-se da importância do afeto e do contato constante vindo da mãe, que é a figura no qual o bebê formará suas primeiras relações de apego, e que podem garantir e propiciar a construção de seus aspectos biopsicoafetivos. Se opondo ao que se era discutido nos séculos passados, os bebês, ao nascer, não são carentes de experiências sensitivas; eles já nascem com uma certa quantidade de sistema comportamental, onde eles podem ficar evidentes através de estímulos, como o contato pelo tato, o contato visual, as conversas e o reconhecimento das vozes, o cheiro da mãe, e o momento da amamentação (Rosa & Colaboradores, 2010). Durante anos, houve uma necessidade de analisar a saúde mental das grávidas por meio sistematizado, onde atenção era quase nenhuma, pelo fato de haver uma convicção de que é uma fase gravídica do aconchego e por um reconhecimento dos especialistas de que os transtornos psicóticos ocorre no pós-parto, e assim tendo uma necessidade de internação (Lima & Colaboradores, 2017). É preciso que haja um reconhecimento antecipado de sinais depressivos diante da gestação, pois proporcionará uma ajuda para análise de risco e urgência de encaminhamento, oferecendo ações adequadas e soluções materno-infantil próprios (Lima & Colaboradores, 2017). As condições que surgem durante este período gestacional, ocorrem por motivos de diversos meios psicossociais, pois é nessa fase que há uma importância de um amparo por programas sociais, que contribui para uma melhor gestação e assim melhorar a qualidade em sua saúde. Assim, é viável que os programas atendam por meio de grupos de apoio as gestantes, atendimento esse voltado para a classe média e a comunidade em geral, onde existe uma necessidade de um amparo social. Ter um apoio social durante a vivência é essencial para amortecer tais acontecimentos que há no dia a dia, ainda mais no período que há transformações psicossociais, como também fisiológica, que é o fato da gravidez (Lima & Colaboradores, 2017). O apoio sendo um fator importante para a gestante, Esper e Furtado 13 (2010) ressaltam que “o apoio emocional do companheiro e o apoio familiar podem contribuir para reduzir os estressores e proporcionar gravidez mais tranquila. A qualidade do vínculo da gestante é muito importante e pode funcionar como amortecedor (...) decorrentes das mudanças dessa fase” (p. 372). O companheiro ao aceitar o bebê é significativo para que haja o desenvolver do apego da mãe com o bebê. Sua contribuição se dá, por meio à mulher na harmonização dos conflitos ocorridos na infância e que envolve o meio maternal. Pois, é perante a gravidez, que o envolvimento do pai deve ser visado de um modo peculiar, sendo que este vínculo entre o lado paterno e o bebê é de forma indireta, pois à uma mediação feita pela mãe (Piccinini, Silva, Gonçalves, Lopes & Tudge, 2004). Como também Rezende (2012) ressalta, que os grupos de suporte como as reuniões de gestante, são evidenciadas através de especialistas e ocorrem por atividades estabelecidas, que se determinam com finalidade de grupo (...). É a transição de conteúdo, vivências e afetos que se vê a redução da ansiedade feita diante destas condições. O apoio às gestantes ocorre através do programa de humanização, pois é perante o pré-natal que há uma ajuda em uma melhoria na saúde das gestantes, Brasil (2013) ressalta que “a humanização privilegia o bem-estar da mulher e do bebê ao considerar os processos fisiológicos, psicológicos e o contexto sociocultural, caracterizado pelo acompanhamento contínuo de gestação e parturição” (par.30). A relação de um apoio social como ressalta Thiengo, Santos, Fonseca, Abelha e Lovisi (2012) que a melhor compreensãode suporte social e diversas causas com relação a depressão em gestantes, é de grande interesse na procura de métodos para a implantação de políticas de acompanhamento materno-infantil pelo Brasil. Assim, é importante compreender sobre esse conteúdo, através de pesquisas que ajudem melhorar a metodologia como a aplicação de instrumentos exclusivos e reconhecidos, para analisar ansiedade e a depressão, como também outras causas de riscos e índices representativos, 14 além de lugares onde é possível acolher gestantes com gravidez ameaçada, diminuindo os tipos de seleção. Pré-natal psicológico: os sentimentos durante a gravidez A partir do momento em que a mulher se descobre grávida iniciam-se transformações no corpo, na rotina, na casa e na vida pessoal e profissional, além de uma série de sentimentos e emoções que toma conta dela e de seus pensamentos. Alegria, satisfação, medo, insegurança, ansiedade, tudo ao mesmo tempo e com muita intensidade. Essa mistura de sentimentos somada às expectativas e incertezas a respeito do filho, e também da gestação em si, podem gerar uma ansiedade pouco saudável para a mulher – independentemente de ser a primeira ou a décima gravidez, afinal cada gestação é única. Além disso, cada fase da gravidez traz consigo uma nova gama de sentimentos e emoções. E, como nenhuma mulher é igual à outra, cada qual reage de um jeito diferente, algo que se relaciona também ao ambiente, experiências, relacionamento, alimentação e inclusive ao estilo de vida de cada uma. Porém, de modo geral, a maioria delas passa pelas mesmas mudanças emocionais. Para entender melhor como funcionam as emoções durante a gravidez, será apresentado a seguir de maneira breve em cada uma das etapas da gravidez, as emoções presentes. Primeiro trimestre Biologicamente, é no primeiro trimestre que as alterações hormonais são sentidas com maior intensidade. É, portanto, quando as taxas de estrogênio e progesterona se elevam bruscamente e a mulher começa a lidar com a ideia de ter um bebê se desenvolvendo em seu ventre. 15 Nos três primeiros meses é comum que a mulher sinta uma mistura de medo e preocupação muito grande, quase sempre somada à felicidade pela gravidez. Essa mistura é fruto das alterações hormonais próprias da gravidez, que fazem também com que muitas mulheres se sintam irritadas em função do cansaço, do sono e dos enjoos igualmente comuns à essa fase. Até que a mulher entenda que está tudo bem, que ela tem condições de continuar gestando essa vida, é um momento de bastante vulnerabilidade emocional. Segundo trimestre O segundo trimestre é uma etapa mais tranquila emocionalmente para a maioria das mulheres. É nele que a mulher começa a perceber os movimentos do bebê e passa a se sentir de fato grávida. Como o período de adaptação do próprio corpo para a gestação já passou, essa fase apresenta maior estabilidade nas emoções como um todo, o que favorece a conexão da mãe com o bebê. As mulheres sentem um alívio de finalmente sentirem o bebê se mover. Contudo, isso também pode causar certa ansiedade caso o bebê não se mexa tanto. De toda forma, a mulher sente essa fase como a mais agradável da gravidez. Terceiro trimestre Normalmente o terceiro trimestre é a fase em que a ansiedade fica muito intensa, principalmente, devido à proximidade do parto. É o momento em que vem também o medo de como vai ser o parto, se a mulher vai dar conta dos primeiros cuidados com o bebê, de como será a amamentação dentre outros tipos de inseguranças, são preocupações mais concretas, de modo geral.. Outro item a se destacar é a ambivalência afetiva. Trata-se de um aspecto que faz com que as mulheres se sintam felizes, realizadas e, ao mesmo tempo, 16 experimentem sentimentos contrários, como a tristeza e o medo. Todos esses sentimentos são naturais e, de certa forma, a gestação inteira terá altas e baixas de humor. No terceiro trimestre os níveis de ansiedades tendem a aumentar, devido as alterações físicas, podendo ocorrer também problemas dentários (devido a necessidade de cálcio do feto), dificuldades digestivas, sensação de pressão dos órgãos abdominais, alteração no andar e sentimentos ambíguos e a preparação para o parto. Neste trimestre a gestante está propensa passar pelos aspectos psicológicos de ansiedade, advindos, possivelmente pelas mudanças no cotidiano que poderão ocorrer após o nascimento, e medo, provavelmente, pela proximidade do momento do parto e da dor. Estando ciente destas características da gestante, o profissional psicólogo poderá estar mais apto para atuar junto ao apoio psicológico com ela. Já que tem como objetivo realizar o acompanhamento dos aspectos psicológicos que envolvem o período gestacional, buscando dar assistência às demandas identificadas a partir de cada paciente. Transtornos mentais e comportamentais O puerpério e o estado puerperal apresentam definições diferentes, sendo o puerpério período que vai do deslocamento e expulsão da placenta à volta do organismo da mulher às condições anteriores à gravidez e o estado puerperal é uma alteração temporária, que pode se caracterizar pela perda do senso moral, diminuição da capacidade de entendimento da realidade acarretando na agressão ao próprio filho, por vezes, chegando até o infanticídio (ANDRADE; VIANA; SILVEIRA, 2006). Cantilino et al. (2010) afirmam que os distúrbios mais comuns do período puerperal, são: melancolia da maternidade (baby blues), a depressão pós-parto, e a psicose puerperal. Outros transtornos como: ansiedade puerperal e o distúrbio de pânico pós-parto, começaram a ser considerados na clínica medica. 17 Melancolia da maternidade (baby blues) - é considerada a forma mais leve dos quadros depressivos puerperais e chega a acometer até 85% das mulheres. Sintomas como choro fácil, labilidade afetiva, irritabilidade e comportamento hostil para com familiares e acompanhantes são transitórios e insuficientes para causar prejuízo funcional à paciente. Geralmente se iniciam nos primeiros dias após parto, atingem pico ao redor do quinto dia e remitem de forma espontânea em até duas semanas. Em alguns casos, poderá persistir além do período puerperal inicial, levando a um transtorno do humor mais grave. O oferecimento de adequado suporte emocional, compreensão e auxílio nos cuidados com o bebê deve ser intensificado para essas mulheres, principalmente por parte dos familiares (RUDÁ, 2010). Depressão pós-parto (DPP) - é um importante problema de saúde pública, pois afeta tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento do filho. Os sintomas mais comuns dessa patologia são desânimo persistente, sentimento de culpa, alterações do sono, ideias suicidas, temor de machucar o filho, diminuição do apetite e da libido, diminuição do nível de funcionamento mental e presença de ideias obsessivas ou supervalorizadas. Dentre os fatores associados à sintomatologia depressiva no período gravídico-puerperal, destacam- se as piores condições socioeconômicas (FAISAL-CURY; MENEZES, 2012). Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente a depressão encontra-se no quarto lugar entre as principais doenças que aumentam os custos com saúde. As proporções, até 2020, segundo a OMS, são de que, se a incidência continuar aumentando, a depressão chegará a segundo lugar em todo mundo (TOLENTINO; MAXIMINO; SOUTO 2016). Os fatores de risco para o desencadeamento de um quadro depressivo no pós-parto são estresse, episódio depressivo prévio, gravidez indesejada, dificuldade para lidar com o bebê, conflito marital ou familiar, baixo apoio social e dificuldades econômicas (FONSECA; SILVA; OTTA, 2010). 18 Psicose puerperal - é o transtorno psicótico mais grave que ocorre no puerpério. Seu início é rápido e sua sintomatologia aparece nosprimeiros dias até duas semanas do pós-parto. Os sintomas iniciais que a puérpera apresenta são: euforia, humor irritável, logorreia, agitação e insônia. Aparecem então, delírios, ideias persecutórias, alucinações e comportamento desorganizado, desorientação, confusão mental, perplexidade e despersonalização (COSTA; REIS, 2011). É aconselhável que a família da gestante seja incluída nas consultas antes do nascimento do bebê, para que, se houver diagnóstico positivo para transtornos mentais nessa fase, a responsabilidade pelo bebê possa ser retirada da mãe. A mulher em surto não diferencia realidade das alucinações e delírios, por isso a importância dos parentes estarem cientes da situação pois existe risco de vida para ambos, mãe e filho (IACONELLI, 2005). Guimarães (2003) diz que com a gravidade e o risco de vida para mãe e bebê podem levar à intervenção hospitalar. Relacão familiar As ligações familiares possuem a capacidade de influenciar a forma com a qual os indivíduos percebem e vivenciam o processo saúde-doença. Nesse sentido, tanto a gestação quanto a maternidade podem ser fatores de risco para a depressão pós-parto, dependendo da dinâmica familiar. (ROMAGNOLO et al., 2017). A título de ilustração, as relações da mulher com a própria mãe, são responsáveis por gerar modelos internos de maternidade incorporados desde a infância, com os quais a mulher tende a se identificar durante sua maternidade, os quais podem ser positivos ou negativos. Os modelos positivos transmitem à gestante a ideia de que gestar é uma experiência gratificante, feliz e enriquecedora; já os negativos passam a imagem de uma mãe como escrava, infeliz, sobrecarregada e danificada (CORRÊA, 2015). Além disso, estudos sobre paternidade mostram a importância da participação do pai na prevenção da DPP. Um exemplo disso é a menor incidência de bebês com baixo peso quando a participação paterna é ativa no 19 período da gestação ao parto. O pai fornece apoio material e emocional à mãe, transmite segurança, auxilia nos cuidados com o bebê e consegue garantir um melhor desenvolvimento da criança, já que um dos sintomas da depressão faz com que a mulher não consiga atender as necessidades primordiais da criança de forma eficaz, assim o pai consegue suprir essa função, tirando essa sobrecarga da mãe (SILVA, 2018; ARRAIS, 2018). Ademais, o envolvimento paterno possibilita, além dos benefícios à mãe, um maior vínculo pai-filho, que fortalece o desenvolvimento do bebê e da estrutura familiar de maneira saudável (SILVA et al., 2016). Nesse sentido, quando há uma construção de “boa mãe” mental e representativamente, provavelmente a gestante, se sentirá mais segura no desempenho de sua função. Em contrapartida, quando os sentimentos predominantes são desconfiança e agressividade, a mulher pode sentir-se culpada e angustiada quando se tornar mãe e tiver que cuidar e instruir seu filho. Ademais, sente medo de fazer algum mal ao bebê, de não saber qual a melhor conduta em relação a ele, ou mesmo não saber lidar com seus sentimentos ambivalentes, que indicam conflitos com a maternidade e com a mãe internalizada (CORRÊA, 2015). Com isso, fica evidente que a afetividade é uma questão importante para o desenvolvimento global do ser humano. Receber afeto é primordial na constituição da personalidade, além de influenciar o desenvolvimento saudável. Os vínculos afetivos são condições essenciais para futuros relacionamentos harmoniosos e a falta deles pode acarretar prejuízos emocionais. No referido artigo, mulheres que tiveram as relações com as mães marcadas pela sensação de abandono foram analisadas e como conclusão, notou-se que elas não se sentiam acolhidas e protegidas por suas mães, o que influenciou diretamente na relação com seus filhos após seus respectivos processos de maternidade (CORRÊA, 2015). Complicações em gravidez atual/anterior Complicações na gestação como convulsões, sangramentos, hematomas 20 subcoriônicos e hipertensão são geralmente inerentes a gestantes de alto risco e exigem internação e paralisação das atividades de rotina. Assim, a mulher pode sentir medo da possibilidade do agravamento do quadro e a incerteza sobre futuras intercorrências no parto e com o bebê. Essa insegurança em relação às complicações geralmente influencia no desenvolvimento de transtornos mentais como a DPP e acaba deixando a mulher mais vulnerável durante o período gestacional e também na maternidade (ARRAIS, 2018). Além dessas complicações, o não desejo ou não planejamento da gravidez também é um fator contribuinte para a DPP. O sentimento de angústia e desespero causam na gestante um tipo de estresse hormonal que acaba por afetar indiretamente o feto (SILVA, 2018). Depressão prévia A depressão pré-parto é um fator predisponente para o desenvolvimento de DPP (POLES et al., 2018). Assim, a triagem para mulheres que já possuem depressão no pré-natal é de suma importância. Isto permite um tratamento adequado e eficaz para as mães, para a relação mãe-recém-nascido e, mais tarde, para o equilíbrio psicológico da criança. Logo, o impacto na vida dos envolvidos requer um trabalho não só remediativo, mas também preventivo, a fim de evitar este transtorno que acomete tantas mães. Uma opção viável para o rastreamento de gestantes depressivas é o pré- natal psicológico (PNP) que promove a integridade biopsicossocial da mulher por meio de um acompanhamento cuidadoso e integral da gestante e de sua família. O PNP é uma intervenção grupal que oportuniza espaço importante para que os futuros pais exponham suas vivências, medos, angústias, tristezas e alegrias advindas desse processo e troquem experiências com outras famílias. Os encontros têm como finalidade acolher, informar e orientar as mães para que a maternidade se dê da melhor maneira possível. Alguns temas trabalhados são amamentação, tipo de parto, relações conjugais, entre outros. Dessa forma, os riscos de DPP são reduzidos significativamente (ARRAIS, 2018). 21 Quebra de expectativa decorrente da idealização do bebê Tendo em vista o período de transição representado pela gravidez, fica evidente que a relação mãe-bebê passa por diferentes estágios, contendo em cada um deles fantasias, imaginações e projeções (SETTERBERG, 2017). Nesse sentido, estudando as fantasias e imaginações maternas, constatou-se um reflexo de algumas particularidades da mãe, como: relacionamento com os pais, relação com o parceiro e estado emocional. Por esse motivo, o bebê dito “imaginário”, tem como conceituação uma “pré-figuração de um bebê, resultante de experiências de filiação dos pais” (BORGES, 2018). Na visão de Daniel Stern, psiquiatra da década de 1990, durante o processo de gravidez é como se coexistissem três gestações: a atitude materna em seu psiquismo, o desenvolvimento físico do feto no útero e a formação do bebê imaginário em sua mente. O referido bebê imaginário consiste, em suma, na personificação dos desejos e fantasias da mãe que, quando psiquicamente analisados, correspondem a um prolongamento narcísico de si mesma. Contudo, ao nascimento do bebê algumas reestruturações necessitam ser realizadas de acordo com as características verdadeiras daquele indivíduo e, nesse sentido, as repercussões dessa reformulação de ideais pode repercutir tanto positivamente quanto negativamente para o psiquismo materno (BORGES, 2018). A partir dos dados apresentados pelos fatores de risco evidencia-se uma relação direta entre as causas da DPP e suas consequências no puerpério (KROB et al., 2017). Pode haver maior influência dos acontecimentos pré-natais na saúde física e emocional do feto do que de fatores genéticos (LORETO, 2018). A interação mãe-bebê começa no período pré-natal e tende a ser muito intensa pelo fato de estar apoiada nas expectativas da gestanteem relação a seu filho, ratificando a teoria do bebê imaginário. A comunicação primária entre os dois ocorre através da placenta que, além de transferir substâncias nutritivas, transfere neuro-hormônios que indicam a interferência dos estados afetivos da mulher, seus sentimentos e emoções na formação de seu filho (KROB et al., 22 2017; SILVA, 2018). Emoções positivas produzem no feto respostas como aumento da frequência cardíaca, da mesma forma que emoções negativas como temor, angústia e depressão produzem perturbações fisiológicas. O nível constante de estresse induz a uma diminuição da serotonina, responsável pela constante oscilação de humor e o aumento de fatores estressantes, como o cortisol, que participa do enrijecimento da artéria uterina, tornando menor a irrigação sanguínea na placenta, consequentemente, o feto recebe menor nutrição (KROB et al, 2017; SILVA, 2018). Nesse sentido, as boas relações familiares se tornam imprescindíveis para o suporte que a gestante necessita para atenuar o estresse emocional, físico e psíquico a qual está submetida nessa fase da vida, principalmente, quando se tratar de gravidez indesejada, incluída como uma complicação na gravidez (KROB et al., 2017; SILVA, 2018; ARRAIS, 2018). Quadro 1: Descrição dos fatores de riscos e suas consequências para a depressão pré e pós-parto 23 A Depressão Pós-Parto é uma doença e merece atenção e empenho familiar ao acompanhamento dessas pessoas. As mulheres com DPP apresentam diversos transtornos tanto orgânicos, quanto comportamentais e dessa forma, é importante notar que elas têm uma preocupação sobre o que a sociedade e/ou familiares pensam sobre a forma que elas conduzem a maternidade. Além disso, podemos observar que não somente a paciente, mas todas as pessoas envolvidas no processo são afetadas, demonstrando a necessidade de cuidados individualizados e integrados no pré e pós-natal. Com isso, deve-se entender a importância em se estudar não somente a dinâmica individual, mas toda a arquitetura familiar no convívio com a paciente. A DPP impacta a vida dos portadores, a medida em que impõe limites físicos e emocionais para a realização de atividades da vida diária, tendo repercussões negativas em vários aspectos como: na qualidade de vida da mulher, na dinâmica familiar, na relação mãe-bebê e no desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança. Da mesma forma, a condição estudada impacta a vida de quem convive com a paciente, que apresentam níveis mais elevados de estresse quando comparados a população em geral. A abordagem do grupo de pré-natal psicológico O atendimento em grupo de gestantes, voltado apenas para mulheres ou para casais, é o principal instrumento do pré-natal psicológico, permitindo compartilhar uma mesma situação de vida – a gravidez - com as inquietações também comuns entre mulheres e casais, de forma a possibilitar a criação de um espaço de apoio mútuo. A composição do grupo e a frequência nas sessões variam de acordo com as características do contexto em que o grupo se realiza - instituição pública ou privada, consultório de psicologia ou de médicos (BORTOLETTI, 2007). Nesses grupos o número de sessões é geralmente pré-fixado, e a estrutura é diferenciada, uma vez que a coordenação fica sob responsabilidade de um psicólogo, que atua como facilitador na criação de um espaço para a troca de experiências, e no qual os participantes são encorajados a expressar e a 24 compartilhar seus conhecimentos, angústias, ansiedades, culpas, ambivalências, e outros assuntos que contemplam as diferenças e as identificações entre eles (MALDONADO, 2003). Entendido dessa forma, o pré-natal psicológico não se restringe ao atendimento de gestantes e casais que estejam passando por crises emocionais, mas a todos que tenham interesse em compreender ou aprimorar essa nova identidade familiar, uma vez que a construção do vínculo entre mãe-bebê-pai demanda tempo e elaboração (ARRAIS, 2005). As reflexões acerca dessas experiências ajudam os pais a desenvolver confiança em sua própria percepção e sensibilidade, dando-lhes autonomia, chamando a atenção para a importância do apoio familiar, social e profissional, e oferecendo apoio emocional e suporte cognitivo imediato (BORTOLETTI, 2007), além de desmitificar representações sociais da maternidade e da paternidade que estão fortemente ancorados em estereótipos de gênero (ARRAIS, 2005). As mulheres e casais que buscam um acompanhamento especializado por meio do grupo de pré-natal psicológico são estimuladas a refletir sobre seus medos em relação à gestação, ao parto e pós-parto, sobre os mitos em torno da maternidade, sobre as dificuldades e exigências em aceitar o papel de mãe ou pai e a adotar uma postura mais ativa diante das recomendações médicas, a seguir uma alimentação adequada, a praticar atividades físicas, a conhecer os principais sinais do trabalho de parto, os tipos de parto e seus aspectos favoráveis e desfavoráveis, e a analisar criticamente alguns procedimentos médicos indicados (tricotomia, episiotomia, enema etc.), bem como aspectos ligados à amamentação e ao desmame gradual, entre outros. Aspectos afetivo-familiares no grupo de pré-natal psicológico Um dos temas prioritariamente estimulados no pré-natal psicológico trata da participação do pai em todo o ciclo gravídico-puerperal, pois nas nossas 25 sociedades de modelo ocidental vivenciamos um processo no qual os homens estão cada vez mais envolvidos com o nascimento e com a criação dos filhos, ultrapassando a imagem do pai como apenas provedor material da família, ou muitas vezes ausente. Com isso o pai passa a ter um importante papel em relação aos cuidados voltados ao bebê, no plano emocional e na própria relação familiar, com um reconhecimento especial de sua participação desde a gestação até o pós-parto. É importante lembrar que houve uma época em que os pais raramente entravam na sala de parto, situação alterada com a publicação da Lei 11.108/2005, que garante que às parturientes tenham o direito à presença de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Mas, esta nova regulamentação acabou por criar, no limite, uma situação oposta, em que a mulher, a família ou até mesmo o círculo social de amigos criam uma expectativa que praticamente obriga o pai a assistir ao parto, desconsiderando sua vontade, e forçando-o a passar por uma experiência, por vezes, constrangedora, angustiante e/ou involuntária. Assim o “homem grávido” pode encontrar-se em situação tão específica quanto àquela da mulher: carece de apoio para poder expressar seus medos, anseios e inseguranças. Em alguns casos, o homem recorre a mecanismos de fuga, mergulhando no trabalho ou em relações extraconjugais, com reflexos sobre a situação fragilizada do período de gestação, parto e pós-parto. Por essas razões, muitas vezes eles se sentem sozinhos em suas vivências, imaginando que esses pensamentos, fantasias e temores tão estranhos não passam com mais ninguém. A reflexão sobre os mitos, a expressão e o compartilhar de sentimentos censurados em clima de aceitação e compreensão trazem um grande alívio a essas pessoas (MALDONADO, 2003), e o grupo do pré-natal psicológico pode propiciar esse importante espaço para o acolhimento das demandas. Conforme a pesquisa realizada por Piccinini, Silvia, Lopes, Gonçalves e Tudge (2004), que buscou avaliar e descrever o envolvimento paterno na gestação, a participação do pai não se resume a acompanhar a esposa em consultas, mas exige também um envolvimento emocional que inclui: a 26 participação nas atividades da gestante, nos preparativos para chegada do bebê, compartilhando as angústias, fantasias, idealizações e dúvidas, que são dimensões significativas para um bom desenvolvimentodo apego materno ao bebê, da relação pai-bebê e da relação mãe-pai-bebê. Nos casos em que o pai está presente nas consultas pré-natais, no momento do parto, na consulta pós- parto e nos cuidados junto ao bebê e à própria puérpera, têm sido percebidas mudanças positivas no envolvimento e na auto-imagem da paternidade, que é demonstrada pela maior participação na educação dos filhos e melhora na relação familiar (BERTHERAT, 1997). Outra importante preocupação refere-se à fase do puerpério, período relativo aos primeiros dias após o parto, que são de intensa emoção: alívio ao ver o filho saudável, tranquilidade em ter “sobrevivido” ao parto, desconforto em função das dores (principalmente nos casos de intervenção cirúrgica), fragilidade (se conseguirá amamentar ou cuidar bem do bebê, principalmente quando é o primeiro filho), ansiedade quando não reconhece a necessidade do filho que chora sem cessar, cansaço físico, necessidade de apoio do marido e/ou família, falta de tempo e privacidade para se cuidar ou estar com o marido. Esta fase de adaptação exige muito da mulher/casal, sendo que o tipo de apoio, e os recursos emocionais e psíquicos envolvidos, podem influenciar positiva ou negativamente na adaptação. Nessa fase também é importante orientar a mulher sobre como o bebê é sensível à maneira como é manuseado pela mãe e que o contato físico entre eles (olhar, acariciar, falar, nutrir), favorece a consolidação do vínculo, pois ele reage a todos os estímulos aos quais é exposto. Assim, torna-se fundamental o trabalho do psicólogo no acompanhamento das emoções e comportamentos da mãe no pós-parto, permitindo um espaço de confiança no qual ela tenha liberdade de expressar como de fato está se sentindo, e permitindo ao profissional reconhecer e diferenciar patologias que podem surgir com frequência, tais como o baby blues, a depressão pós-parto, e a psicose puerperal. O baby blues (um estado considerado normal após o parto) é uma forma 27 mais leve dos quadros de depressão, também conhecida por tristeza materna, que se caracteriza por um estado de hipersensibilidade, sendo seus sintomas mais comuns: insônia, choro fácil, tristeza, irritabilidade e falta de energia, que surgem logo após o parto e duram por volta de duas semanas, desaparecendo espontaneamente sem causar prejuízos à mãe ou à relação mãe-bebê (ARRAIS, 2005). Em relação à depressão pós-parto (cuja duração é maior que o baby blues e pode ter os sintomas agravados ao longo do tempo), a intervenção psicológica visa compreender as emoções, sentimentos, fantasias e temores decorrentes desse período de transição para aliviar as ansiedades presentes (ARRAIS, 2005). A psicose puerperal é uma manifestação da depressão pós-parto exacerbada, que se caracteriza pelo repúdio total ao bebê: a mãe não quer vê- lo, aterroriza-se com ele, permanece triste, afastada, ausente, sofre de insônia, inapetência, descuida-se da própria aparência. Muitas vezes, refere-se a alucinações auditivas, ou exprime ideias delirantes (ARRAIS, 2005). Entre os fatores que podem influenciar na vivência do puerpério ainda é preciso considerar a questão concernente ao tipo de parto desejado pela mãe: para além de uma simples tarefa de esclarecimento sobre as diferenças entre o parto normal e a cesariana, o pré-natal psicológico valoriza a elaboração do conceito de “parto escolhido”, ou seja, a gestante é estimulada a se colocar na posição de protagonista de sua história gestacional até no momento do parto. Dessa forma, se supera a dimensão unicamente técnica de uma escolha acerca do tipo de parto, e dos aspectos fisiológicos da gravidez, conferindo-se importância ao envolvimento emocional da mãe, que passa a perceber a equipe obstétrica que inclui o psicólogo de forma diferenciada, mais próxima e acolhedora. O intercruzamento desses fatores, desde o bom exercício da paternidade, até a definição autônoma e comprometida pelo tipo de parto, será essencial para uma eventual necessidade de recuperação de uma mãe deprimida, além de contribuir para a redução das chances do desenvolvimento da depressão pós- parto (ARRAIS, 2005). 28 Nesse sentido a construção de uma rede de apoio à mulher também no grupo do pré-natal psicológico é um dos aspectos fundamentais para prevenir as ocorrências mórbidas que geralmente resultam do fato de que a maioria das gestações, embora desejadas, não são planejadas, e que muitas mulheres se sentem inseguras quanto a conseguirem ser boas mães, gerenciarem as mudanças na rotina de sua vida pessoal e social, estabelecerem novas prioridades, interromperem ou adiarem planos profissionais ou acadêmicos, mudarem de papel social (sua nova identidade de mãe) etc. Ao discutir e aprofundar essas questões junto às gestantes e aos casais grávidos, o grupo de pré-natal psicológico revela-se um instrumento capaz de potencializar a elaboração de identidades renovadas em relação à futura parentalidade, favorecendo o amadurecimento emocional diante da perspectiva de um grupo familiar ampliado, e a compreensão da situação de eventual fragilidade física e emocional da mulher diante dos desafios e dificuldades desse “novo mundo” da maternidade. 29 REFERÊNCIAS ALMEIDA, M.C. 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