Buscar

ALTERAÇÕES-EMOCIONAIS-NO-PERÍODO-PRÉ-NATAL-1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NO PERÍODO PRÉ-NATAL 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NO PERÍODO PRÉ-NATAL.................... 1 
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................. 2 
Introdução .............................................................................................. 3 
Importância da saúde mental .............................................................. 6 
Os fatores emocionais durante a gestação ......................................... 7 
O vínculo entre a mãe-filho na gestação ........................................... 10 
Pré-natal psicológico: os sentimentos durante a gravidez ................. 14 
Primeiro trimestre .......................................................................... 14 
Segundo trimestre ......................................................................... 15 
Terceiro trimestre .......................................................................... 15 
Transtornos mentais e comportamentais .......................................... 16 
Relacão familiar ................................................................................ 18 
Complicações em gravidez atual/anterior .......................................... 19 
Depressão prévia .............................................................................. 20 
Quebra de expectativa decorrente da idealização do bebê ............... 21 
A abordagem do grupo de pré-natal psicológico ............................... 23 
Aspectos afetivo-familiares no grupo de pré-natal psicológico .......... 24 
REFERÊNCIAS .................................................................................... 29 
 
 
 
 
 
 Introdução 
file:///C:/Users/rayss/Desktop/Nova%20pasta/PSICOLOGIA%20PRÉ-NATAL/ALTERAÇÕES%20EMOCIONAIS%20NO%20PERÍODO%20PRÉ-NATAL.docx%23_Toc84952883
 
 
4 
Hoje, os aspectos emocionais da gravidez, são amplamente 
reconhecidos; sendo que a maioria dos estudos converge para a ideia de ser 
esse período um tempo de grandes transformações psíquicas, de onde decorre 
uma importante transição existencial. 
O Pré-Natal Psicológico promove a saúde mental das gestantes em um 
trabalho transdisciplinar, onde diversas disciplinas que trabalham de forma 
cooperativa e colaborativa na atenção primária de saúde em um bairro com alta 
vulnerabilidade social. Segundo Delfino, (2016, p.41) “a saúde integral da 
gestante consiste em recursos individuais e coletivos num contexto social”, 
demonstrando assim a importâncias de ações educacionais voltadas tanto para 
a gestante de forma individual quanto grupal, pois a conscientização e 
informação científica possibilitam mudança de paradigmas para a gestante. 
A rede de apoio como relações familiares e afetivas é importante para 
ajudar, fortalecer e amparar a gestante, aumentando equilíbrio emocional e a 
saúde integral. A insuficiência desse apoio traz prejuízos à função materna, a 
insegurança e a sobrecarga podem acarretar transtornos emocionais. A Família 
fornece conhecimentos, estabilidade e apoio a maternidade. A estabilidade da 
relação conjugal auxilia adaptação a gestação, criando vínculo emocional e 
suporte de apoio (PICCININI, 2009). 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1978), A média de 
depressão pós- parto em países de baixa renda é de 19,8 por cento. A saúde 
mental não é avaliada no controle clínico médico, desencadeando problemas 
gestacionais e infantis. O fundamento de uma gestação saudável e um puerpério 
tranquilo começa na forma como a gestante vivencia os desconfortos associados 
ás adaptações fisiológicas e psicológicas da gestação (BERTOLLETI, 2007). 
A gravidez é um período crítico marcado por transformações físicas e 
componentes psíquicos que modificam o estado emocional. A dimensão física e 
alterações nas taxas hormonais contribuem para a oscilação mental. A mulher 
passa por uma grande mudança biopsicossocial que modifica o seu estado de 
humor e bem-estar. No momento da descoberta desse novo ser, surge um 
indivíduo com anseios, medos, responsabilidades e cobranças sociais e culturais 
 
 
5 
de todos os lados. A força das modificações psicológicas depende dos 
relacionamentos pessoais, familiares, sociais e a personalidade inerente a cada 
indivíduo. O papel social da mulher é transformado: de filha passa a ser mãe, de 
protegida passa a proteger e acalentar, surgindo uma nova identidade e função 
social. A gravidez é um momento de transformação pessoal e mudanças 
individuais e no papel social. (MALDONADO, 1984). 
O pré-natal psicológico se faz importante na prevenção dos problemas 
gestacionais e nos problemas psicológicos (BORTOLETTI, 2007). A cada 
período da gestação, uma tendência é notada. No primeiro período é a novidade 
da maternidade, e a preocupação em assumir o papel materno, ambivalência 
nos sentimentos (querer ou não a gestação), medo do aborto, mudanças no 
humor devido ao aumento dos níveis hormonais, mudanças corporais e algumas 
indisposições como enjoos, desejo e negação por alguns alimentos. No segundo 
trimestre é preocupação com a questão do crescimento normal do feto, a 
introspecção, alteração do desejo sexual, modificação acentuada dos contornos 
corporais e no terceiro trimestre é a questão da proximidade do parto, medo da 
dor e da morte e maiores desconfortos físicos como dores na região lombar e 
circulação sanguínea deficiente. (NASCIMENTO; SURITA 2013). 
Segundo Borsa (2007), para algumas mulheres, o primeiro sentimento 
depois da confirmação da gravidez é a dúvida, por isso a necessidade do pré-
natal psicológico pois ele analisa, orienta, faz diagnósticos e possibilita à 
gestante um espaço de discussão e abertura para as potencialidades dessa 
nova fase. Ser mãe é abrigar, proteger, descobrir-se. Cada mulher tem uma 
representação diferente sobre a maternidade e vive esse momento de acordo 
com seu histórico familiar e suas características de personalidade. No pré-natal 
psicológico a psicologia faz o acolhimento, é imparcial ao acolher a gestante, 
explica os assuntos sem distinção ou julgamento da gestante, prossegue a 
escuta terapêutica dessa mulher e encaminha ao atendimento individual quando 
necessário. Não tem grandes despesas e dispensa tecnologias (SAMPAIO, 
2013) 
 
 
 
 
6 
Importância da saúde mental 
 
Saúde mental é a dicotomia mente versus corpo, antes de tudo é a 
maneira como o sofrimento psíquico afeta o indivíduo (enfermo ou sadio) de 
forma singular. Cada um possui particularidades e reage ao cotidiano com 
estabilidade emocional ou a falta dela. A tríade cuidado-sofrimento-pessoa é o 
processo que fundamenta a saúde mental na atenção básica. Toda pessoa 
possui suas crenças pessoais e formas de reagir às mudanças, o sofrimentoacontece quando não conseguem lidar com as modificações, somatizando as 
dores, contrariedades em seu corpo, neste sentido o cuidado em psicologia seria 
a escuta terapêutica, ressignificação de emoções conflitantes, atendimento 
interdisciplinar. (PEREIRA; VIANNA, 2013) 
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a atenção à 
mulher no período pré-natal propicia uma gestação saudável e uma visão 
positiva sobre a gravidez, (YAN ASKEN, 2005). Para um pré-natal de qualidade 
é necessário seguir as recomendações para a humanização na atenção 
primária, que são: utilizar o mínimo de medicalização necessária( complexos 
vitamínicos sobre prescrição médica), diminuir o uso da tecnologia, ser baseada 
em evidências científicas, ser regionalizado, ou seja, respeitar a cultura local, ser 
multidisciplinar (enfermagem, nutrição, psicologia, assistente social, fisioterapia, 
medicina), ter cuidado integral (corpo e mente), ser centrado na família, 
possibilitar autonomia da mulher, respeitar a privacidade, sigilo e dignidade. 
(BRASIL, 2013). 
As intervenções psicológicas e o projeto terapêutico levam em conta o 
círculo familiar, acolhem a gestante, orientam sobre a saúde, acompanham o 
desenvolvimento gestacional, atuam na mudança de atitudes e visão da gestante 
sobre si mesma e o mundo ao redor. A gestação é um período de crise, com 
fatores conflitivos e decisões, onde o crescimento emocional e mudanças são 
aceleradas. Neste momento o acompanhamento psicológico pode determinar o 
estado de saúde físico e mental da mulher (MALDONADO, 1984). 
 
 
 
7 
 Os fatores emocionais durante a gestação 
 
Considerar a importância de entender a gestação e seus fatores 
emocionais para saúde da mulher deve ser levado em consideração para que 
novas evidências fossem descobertas e mostradas aos profissionais da saúde, 
para que criassem grupos de apoio voltado para as gestantes, tendo em vista 
ajuda-las a passar por esse momento. 
No que refere as emoções Nery, Santos e Almeida (2012) citam em que 
elas permeiam por meio das experiências, pois o núcleo das avaliações é regido 
de acordo com as experiências vivenciadas. As emoções possuem um papel 
significativo na gravidez uma vez que todo o relacionamento familiar é norteado 
por novas atitudes e responsabilidades, sendo estabelecidas no casal, as 
funções maternas e paternas. Os pais se percebem vulneráveis 
emocionalmente, sendo vivenciada uma mudança no papel social. 
Pesquisas revelam o quanto a depressão, ansiedade e a irritação tem sido 
maléfico para a saúde da gestante, suas relações intrafamiliares e inclusive com 
o neonato. Com isso, acaba ficando difícil estabelecer o vínculo entre a mãe e o 
bebê, o que desencadeia um prejuízo no desenvolvimento do bebê em diversos 
pontos (Cavalcante, Filho, França & Lamy, 2017). 
No que se refere a característica da ansiedade segundo o DSM-5 (2014) 
a ansiedade é o transtorno que possuem características de medo e ansiedade 
em excesso como perturbação nos comportamentos relacionados. O medo é 
emocional, posta como uma resposta a ameaça real ou mesmo percebida, já a 
ansiedade é o posto como uma antecipação de uma ameaça futura. Nestes dois 
estados o medo é frequente e permeia por um período que aumenta seja para 
luta ou mesmo par fuga, onde os pensamentos de perigo, onde a ansiedade está 
mais associada pela tensão muscular e um preparo por um perigo que venha a 
acorrer no futuro, onde a um comportamento de cautela. 
Já a característica da depressão segundo o DSM-5 (2014) “é a presença 
de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e 
 
 
8 
cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do 
indivíduo” (p.155). 
Ao comparar o estresse antes e depois do parto, as evidências nos 
mostram que o estresse é significativo e mais frequente por volta dos três últimos 
meses da gestação do que depois da fase do puerpério. Sendo que no puerpério 
as mulheres apresentam o estresse de forma menos acentuada do que na 
gestação, mas ainda assim um número significativo de gestantes se mostram 
estressadas (Rodrigues e Schiavo, 2011). 
 O estresse é definido por BVS (2015) como uma resposta normal do 
organismo, e que acontece quando experienciamos em ocasiões de risco. Esse 
recurso nos conduz para sermos cautelosos e atentos, desencadeando 
mudanças psíquicas e físicas. Essa resposta ao estresse é um comportamento 
orgânico imprescindível para a adequação a eventos novos. 
Uma das grandes ansiedades neste tempo está ligada à lactação, se terá 
ou não leite materno. A tranquilidade, segurança e equilíbrio ajudam no 
aleitamento, já o pavor, depressão, angústia, exaustão e ansiedade consegue 
gerar a frustação. Um espaço promissor que passe proteção e incentivo é 
importante à esta nova mãe (Rato, 1998). 
Segundo Costa e Colaboradores (2010) “as alterações fisiológicas 
ocorridas durante a gravidez sejam elas sutis ou marcantes, estão entre as mais 
acentuadas que o corpo humano pode sofrer, gerando medos, dúvidas, 
angústias, fantasias ou simplesmente curiosidade em relação as transformações 
ocorridas no corpo” (p.87). Como também, Rato (1998) destaca que, “durante o 
segundo e terceiro mês dá-se a formação da placenta que também gera algumas 
ansiedades (...). A ansiedade perante a percepção dos movimentos aparece 
conscientemente de várias maneiras: temor ao filho disforme, medo de morrer 
no parto (...)” (p. 406). 
Durante a gravidez, 10% a 15% de todas as mulheres vivenciam sintomas 
de ansiedade e depressão leves a moderados. Os sintomas, em geral, são 
semelhantes aos que ocorrem na depressão em qualquer outro período da vida 
da mulher, tais como falta de apetite e de energia e sentimentos de culpa. Além 
 
 
9 
do sofrimento para a própria mulher, essas manifestações podem interferir no 
processo adequado de desenvolvimento fetal, aumentam o risco de eventos 
adversos na gestação para mãe e o feto como pré-eclâmpsia, podendo associar 
se a resultados obstétricos desfavoráveis como parto prematuro e baixo peso ao 
nascer. A depressão pode persistir no período pós-parto comprometendo o 
comportamento parental, o relacionamento com o parceiro e familiares, o 
processo de formação do vínculo entre mãe e filho, o desenvolvimento cognitivo, 
motor e psicossocial da criança (Lima & Colaboradores, 2017, p. 40). 
Conforme o grau, as mudanças tendem a provocar graves prejuízos na 
relação sociável da mulher, surgindo questões sérias de convívio, prejudicando 
e, em alguns eventos, até afastar a grávida dos convívios sociais, por exemplo 
no emprego, podendo intervir em seu rendimento (Vieira & Parizotto, 2013). 
Para Rato (1998) um dos sintomas que inicialmente surge na grávida é a 
hipersonia: que é a necessidade em dormir mais que o normal, pois o 
prolongamento do sono revela como uma defesa em negação dos impulsos tanto 
interno quanto externo, propondo ao corpo um repouso a mais, sendo 
fundamental para este processo que está iniciando. Como também destacam 
Vieira e Parizotto (2013) que as mudanças físicas são existentes e variadas os 
seios aumentam, a ânsias de vômito, vontades, indisposição e formas alteradas 
do corpo. 
Para Nunes e Colaboradores (2018), é o virar mãe que faz com que a 
mulher comece a deixar esta condição, para participar da qual ela determinou 
para si, participando então de seus outros planos pessoais de mulher. Pois é 
neste momento em que precisa estar amparada pelo apoio grupal, que 
determina o estado e saúde da mulher, Rezende (2012) destaca que as 
atividades realizadas em grupos tendem a ter uma alteração na pessoa, que 
ocorrerá especialmente nas partes emocionais, em que os momentos são 
percebidos pela fala do corpo. 
Na atualidade, graças ao progresso científico, a puérpera tem a chance 
de estar mais amparada, principalmente quando se propõe o curso da 
elaboração do parto (Sevastano & Novo, 1981).10 
 
O vínculo entre a mãe-filho na gestação 
 
Nos primeiros três meses, a gestante passa por um turbilhão de 
sentimentos como dúvidas, felicidade, ansiedade, e algumas vezes se desfaz do 
bebê e da ideia de estar grávida. Na fase dos seis meses, a grávida já consegue 
sentir o feto movimentando-se, e assim tendo uma labilidade em suas emoções, 
pois então ela fica convicta de sua realidade e de que há uma vida ali dentro, 
que tem um vínculo muito forte com ela. Nos últimos meses a chegada da hora 
do nascimento do bebê quando a mãe fica mais ansiosa para a chegada, e junto 
vem as mudanças de hábitos decorrentes disso, como a vida sexual da mulher, 
a assistência e atenção que tem que dar para o recém-nascido, sua vida pessoal 
e todos os outros fatores como sociais e suas relações (Leite & Colaboradores, 
2014). 
Perante as exposições manifestadas e ocorridas durante o período 
gravídico, e diante do primeiro filho, Nunes e Colaboradores (2018) ressaltam 
que “há também alterações psicológicas, uma vez que a mulher gestante procura 
compreender sua nova imagem. Esse fato histórico é observado e bem 
evidenciado nas primigestas” (p. 917). Na maternidade ocorrem variações de 
sentimentos nos vínculos expostos na família, na alegria dos conjugues e das 
crianças (Camacho & Colaboradores, 2010). 
 Diante destas manifestações que ocorrem nesta fase da gestação Pirrelli, 
Zambaldi, Cantilino & Sougey (2016) esclarecem que, o vínculo que se 
estabelece entre mãe e bebê, são carências psíquicas e corporais dele, e que 
irão proporcionar ao bebê, aconchego e segurança. Com isso, entende-se que 
a mãe é a fonte mais segura para a criação das vinculações iniciais da criança, 
que refletirão posteriormente em suas relações com o meio. 
Em uma atribuição de Fonseca (2010), ele ressalta que o “vínculo afetivo 
(...) entre a mãe e o feto, na gestação, é fundamental. (...) tanto a mãe quanto o 
feto possuem necessidades de adaptação às mudanças (...), a construção do 
 
 
11 
vínculo materno-filial pode contribuir para a satisfação dessas necessidades” (p. 
42). 
O cuidado afetivo reflete ao bem-estar relacionado aos pensamentos e 
sonhos que contorna o bebê, ao convívio indireto e a relação com feto. A 
realidade da gestante em mostrar a alegria e a euforia por hábitos como acariciar 
a barriga e falar com o neném, indica o tamanho do cuidado materno-fetal 
(Alvarenga, Dazzani, Alfaya, Lordelo & Piccinini, 2012). 
Silva (2013) respalda que “a preparação da gestante para o parto, assim 
como o acompanhamento do desenvolvimento do ciclo gravídico, é 
extremamente importante para mãe e bebê, pois além de evitar problemas 
clínicos também pode atuar em nível de tratamento quando necessário” (p. 209). 
A saúde psíquica da criança recebe influência direta na qualidade do 
vínculo entre eles estabelecido. Por isso, a relação entre ambos tem que ser 
afetuosa, íntima, e de forma continuada, proporcionando satisfação e bem-estar 
para os dois. No entanto, não ocorre de forma imediata e impulsiva. É um 
desenvolvimento, que começa no período inicial da gravidez, que a criança a 
qual ela imagina faz parte cada vez mais da rotina da mãe, sendo formado por 
ilusões, anseios, sonhos e ideais de se tornar mãe. A maneira como a mãe 
entende seu apego com o bebê se reflete na maneira que ela entende e atende 
as carências dele. Sendo assim, as relações entre os pais influenciam na 
essência do vínculo construído pelo bebê desde seu nascer (Pirrelli & 
Colaboradores, 2016). 
A gestação é com certeza uma fase bem complicada na vida da mulher, 
sendo uma ocasião que se cerca de alterações profundas, que tem como 
características mudanças no corpo, na mente e no meio social. O momento pós-
nascimento do bebê é considerado como um período no qual o sofrer psíquico 
pode desencadear uma depressão, dando origem então à DPP (depressão pós-
parto), que evidencia-se de uma forma intensa e variável, sendo um fator 
dificultoso para a formação segura de um vínculo entre mãe-bebê, podendo 
então interferir futuramente nos seus convívios interpessoais (Moura, Pedrão, 
Souza & Boaventura, 2015). 
 
 
12 
 Sobre o foco de um bebê recém-nascido, sabe-se da importância do afeto 
e do contato constante vindo da mãe, que é a figura no qual o bebê formará suas 
primeiras relações de apego, e que podem garantir e propiciar a construção de 
seus aspectos biopsicoafetivos. Se opondo ao que se era discutido nos séculos 
passados, os bebês, ao nascer, não são carentes de experiências sensitivas; 
eles já nascem com uma certa quantidade de sistema comportamental, onde 
eles podem ficar evidentes através de estímulos, como o contato pelo tato, o 
contato visual, as conversas e o reconhecimento das vozes, o cheiro da mãe, e 
o momento da amamentação (Rosa & Colaboradores, 2010). 
Durante anos, houve uma necessidade de analisar a saúde mental das 
grávidas por meio sistematizado, onde atenção era quase nenhuma, pelo fato 
de haver uma convicção de que é uma fase gravídica do aconchego e por um 
reconhecimento dos especialistas de que os transtornos psicóticos ocorre no 
pós-parto, e assim tendo uma necessidade de internação (Lima & 
Colaboradores, 2017). 
É preciso que haja um reconhecimento antecipado de sinais depressivos 
diante da gestação, pois proporcionará uma ajuda para análise de risco e 
urgência de encaminhamento, oferecendo ações adequadas e soluções 
materno-infantil próprios (Lima & Colaboradores, 2017). 
As condições que surgem durante este período gestacional, ocorrem por 
motivos de diversos meios psicossociais, pois é nessa fase que há uma 
importância de um amparo por programas sociais, que contribui para uma melhor 
gestação e assim melhorar a qualidade em sua saúde. Assim, é viável que os 
programas atendam por meio de grupos de apoio as gestantes, atendimento 
esse voltado para a classe média e a comunidade em geral, onde existe uma 
necessidade de um amparo social. 
Ter um apoio social durante a vivência é essencial para amortecer tais 
acontecimentos que há no dia a dia, ainda mais no período que há 
transformações psicossociais, como também fisiológica, que é o fato da gravidez 
(Lima & Colaboradores, 2017). 
O apoio sendo um fator importante para a gestante, Esper e Furtado 
 
 
13 
(2010) ressaltam que “o apoio emocional do companheiro e o apoio familiar 
podem contribuir para reduzir os estressores e proporcionar gravidez mais 
tranquila. A qualidade do vínculo da gestante é muito importante e pode 
funcionar como amortecedor (...) decorrentes das mudanças dessa fase” (p. 
372). 
O companheiro ao aceitar o bebê é significativo para que haja o 
desenvolver do apego da mãe com o bebê. Sua contribuição se dá, por meio à 
mulher na harmonização dos conflitos ocorridos na infância e que envolve o meio 
maternal. Pois, é perante a gravidez, que o envolvimento do pai deve ser visado 
de um modo peculiar, sendo que este vínculo entre o lado paterno e o bebê é de 
forma indireta, pois à uma mediação feita pela mãe (Piccinini, Silva, Gonçalves, 
Lopes & Tudge, 2004). 
Como também Rezende (2012) ressalta, que os grupos de suporte como 
as reuniões de gestante, são evidenciadas através de especialistas e ocorrem 
por atividades estabelecidas, que se determinam com finalidade de grupo (...). É 
a transição de conteúdo, vivências e afetos que se vê a redução da ansiedade 
feita diante destas condições. 
O apoio às gestantes ocorre através do programa de humanização, pois 
é perante o pré-natal que há uma ajuda em uma melhoria na saúde das 
gestantes, Brasil (2013) ressalta que “a humanização privilegia o bem-estar da 
mulher e do bebê ao considerar os processos fisiológicos, psicológicos e o 
contexto sociocultural, caracterizado pelo acompanhamento contínuo de 
gestação e parturição” (par.30). 
A relação de um apoio social como ressalta Thiengo, Santos, Fonseca, 
Abelha e Lovisi (2012) que a melhor compreensãode suporte social e diversas 
causas com relação a depressão em gestantes, é de grande interesse na 
procura de métodos para a implantação de políticas de acompanhamento 
materno-infantil pelo Brasil. Assim, é importante compreender sobre esse 
conteúdo, através de pesquisas que ajudem melhorar a metodologia como a 
aplicação de instrumentos exclusivos e reconhecidos, para analisar ansiedade e 
a depressão, como também outras causas de riscos e índices representativos, 
 
 
14 
além de lugares onde é possível acolher gestantes com gravidez ameaçada, 
diminuindo os tipos de seleção. 
 
Pré-natal psicológico: os sentimentos durante a gravidez 
A partir do momento em que a mulher se descobre grávida iniciam-se 
transformações no corpo, na rotina, na casa e na vida pessoal e profissional, 
além de uma série de sentimentos e emoções que toma conta dela e de seus 
pensamentos. 
Alegria, satisfação, medo, insegurança, ansiedade, tudo ao mesmo tempo 
e com muita intensidade. Essa mistura de sentimentos somada às expectativas 
e incertezas a respeito do filho, e também da gestação em si, podem gerar uma 
ansiedade pouco saudável para a mulher – independentemente de ser a primeira 
ou a décima gravidez, afinal cada gestação é única. 
Além disso, cada fase da gravidez traz consigo uma nova gama de 
sentimentos e emoções. E, como nenhuma mulher é igual à outra, cada qual 
reage de um jeito diferente, algo que se relaciona também ao ambiente, 
experiências, relacionamento, alimentação e inclusive ao estilo de vida de cada 
uma. Porém, de modo geral, a maioria delas passa pelas mesmas mudanças 
emocionais. 
Para entender melhor como funcionam as emoções durante a gravidez, 
será apresentado a seguir de maneira breve em cada uma das etapas da 
gravidez, as emoções presentes. 
 
Primeiro trimestre 
Biologicamente, é no primeiro trimestre que as alterações hormonais são 
sentidas com maior intensidade. É, portanto, quando as taxas de estrogênio e 
progesterona se elevam bruscamente e a mulher começa a lidar com a ideia de 
ter um bebê se desenvolvendo em seu ventre. 
 
 
15 
Nos três primeiros meses é comum que a mulher sinta uma mistura de 
medo e preocupação muito grande, quase sempre somada à felicidade pela 
gravidez. Essa mistura é fruto das alterações hormonais próprias da gravidez, 
que fazem também com que muitas mulheres se sintam irritadas em função do 
cansaço, do sono e dos enjoos igualmente comuns à essa fase. 
Até que a mulher entenda que está tudo bem, que ela tem condições de 
continuar gestando essa vida, é um momento de bastante vulnerabilidade 
emocional. 
 
Segundo trimestre 
O segundo trimestre é uma etapa mais tranquila emocionalmente para a 
maioria das mulheres. É nele que a mulher começa a perceber os movimentos 
do bebê e passa a se sentir de fato grávida. 
Como o período de adaptação do próprio corpo para a gestação já 
passou, essa fase apresenta maior estabilidade nas emoções como um todo, o 
que favorece a conexão da mãe com o bebê. As mulheres sentem um alívio de 
finalmente sentirem o bebê se mover. Contudo, isso também pode causar certa 
ansiedade caso o bebê não se mexa tanto. De toda forma, a mulher sente essa 
fase como a mais agradável da gravidez. 
 
Terceiro trimestre 
Normalmente o terceiro trimestre é a fase em que a ansiedade fica muito 
intensa, principalmente, devido à proximidade do parto. É o momento em que 
vem também o medo de como vai ser o parto, se a mulher vai dar conta dos 
primeiros cuidados com o bebê, de como será a amamentação dentre outros 
tipos de inseguranças, são preocupações mais concretas, de modo geral.. 
Outro item a se destacar é a ambivalência afetiva. Trata-se de um aspecto 
que faz com que as mulheres se sintam felizes, realizadas e, ao mesmo tempo, 
 
 
16 
experimentem sentimentos contrários, como a tristeza e o medo. Todos esses 
sentimentos são naturais e, de certa forma, a gestação inteira terá altas e baixas 
de humor. 
No terceiro trimestre os níveis de ansiedades tendem a aumentar, devido 
as alterações físicas, podendo ocorrer também problemas dentários (devido a 
necessidade de cálcio do feto), dificuldades digestivas, sensação de pressão dos 
órgãos abdominais, alteração no andar e sentimentos ambíguos e a preparação 
para o parto. Neste trimestre a gestante está propensa passar pelos aspectos 
psicológicos de ansiedade, advindos, possivelmente pelas mudanças no 
cotidiano que poderão ocorrer após o nascimento, e medo, provavelmente, pela 
proximidade do momento do parto e da dor. 
Estando ciente destas características da gestante, o profissional 
psicólogo poderá estar mais apto para atuar junto ao apoio psicológico com ela. 
Já que tem como objetivo realizar o acompanhamento dos aspectos psicológicos 
que envolvem o período gestacional, buscando dar assistência às demandas 
identificadas a partir de cada paciente. 
 
Transtornos mentais e comportamentais 
O puerpério e o estado puerperal apresentam definições diferentes, sendo 
o puerpério período que vai do deslocamento e expulsão da placenta à volta do 
organismo da mulher às condições anteriores à gravidez e o estado puerperal é 
uma alteração temporária, que pode se caracterizar pela perda do senso moral, 
diminuição da capacidade de entendimento da realidade acarretando na 
agressão ao próprio filho, por vezes, chegando até o infanticídio (ANDRADE; 
VIANA; SILVEIRA, 2006). 
Cantilino et al. (2010) afirmam que os distúrbios mais comuns do período 
puerperal, são: melancolia da maternidade (baby blues), a depressão pós-parto, 
e a psicose puerperal. Outros transtornos como: ansiedade puerperal e o 
distúrbio de pânico pós-parto, começaram a ser considerados na clínica medica. 
 
 
17 
Melancolia da maternidade (baby blues) - é considerada a forma mais 
leve dos quadros depressivos puerperais e chega a acometer até 85% das 
mulheres. 
 Sintomas como choro fácil, labilidade afetiva, irritabilidade e 
comportamento hostil para com familiares e acompanhantes são transitórios e 
insuficientes para causar prejuízo funcional à paciente. Geralmente se iniciam 
nos primeiros dias após parto, atingem pico ao redor do quinto dia e remitem de 
forma espontânea em até duas semanas. 
Em alguns casos, poderá persistir além do período puerperal inicial, 
levando a um transtorno do humor mais grave. O oferecimento de adequado 
suporte emocional, compreensão e auxílio nos cuidados com o bebê deve ser 
intensificado para essas mulheres, principalmente por parte dos familiares 
(RUDÁ, 2010). 
Depressão pós-parto (DPP) - é um importante problema de saúde 
pública, pois afeta tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento do filho. Os 
sintomas mais comuns dessa patologia são desânimo persistente, sentimento 
de culpa, alterações do sono, ideias suicidas, temor de machucar o filho, 
diminuição do apetite e da libido, diminuição do nível de funcionamento mental 
e presença de ideias obsessivas ou supervalorizadas. Dentre os fatores 
associados à sintomatologia depressiva no período gravídico-puerperal, 
destacam- se as piores condições socioeconômicas (FAISAL-CURY; 
MENEZES, 2012). 
Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), 
atualmente a depressão encontra-se no quarto lugar entre as principais doenças 
que aumentam os custos com saúde. As proporções, até 2020, segundo a OMS, 
são de que, se a incidência continuar aumentando, a depressão chegará a 
segundo lugar em todo mundo (TOLENTINO; MAXIMINO; SOUTO 2016). 
Os fatores de risco para o desencadeamento de um quadro depressivo 
no pós-parto são estresse, episódio depressivo prévio, gravidez indesejada, 
dificuldade para lidar com o bebê, conflito marital ou familiar, baixo apoio social 
e dificuldades econômicas (FONSECA; SILVA; OTTA, 2010). 
 
 
18 
Psicose puerperal - é o transtorno psicótico mais grave que ocorre no 
puerpério. Seu início é rápido e sua sintomatologia aparece nosprimeiros dias 
até duas semanas do pós-parto. Os sintomas iniciais que a puérpera apresenta 
são: euforia, humor irritável, logorreia, agitação e insônia. Aparecem então, 
delírios, ideias persecutórias, alucinações e comportamento desorganizado, 
desorientação, confusão mental, perplexidade e despersonalização (COSTA; 
REIS, 2011). 
 É aconselhável que a família da gestante seja incluída nas consultas 
antes do nascimento do bebê, para que, se houver diagnóstico positivo para 
transtornos mentais nessa fase, a responsabilidade pelo bebê possa ser retirada 
da mãe. A mulher em surto não diferencia realidade das alucinações e delírios, 
por isso a importância dos parentes estarem cientes da situação pois existe risco 
de vida para ambos, mãe e filho (IACONELLI, 2005). Guimarães (2003) diz que 
com a gravidade e o risco de vida para mãe e bebê podem levar à intervenção 
hospitalar. 
 
Relacão familiar 
As ligações familiares possuem a capacidade de influenciar a forma com 
a qual os indivíduos percebem e vivenciam o processo saúde-doença. Nesse 
sentido, tanto a gestação quanto a maternidade podem ser fatores de risco para 
a depressão pós-parto, dependendo da dinâmica familiar. (ROMAGNOLO et al., 
2017). A título de ilustração, as relações da mulher com a própria mãe, são 
responsáveis por gerar modelos internos de maternidade incorporados desde a 
infância, com os quais a mulher tende a se identificar durante sua maternidade, 
os quais podem ser positivos ou negativos. Os modelos positivos transmitem à 
gestante a ideia de que gestar é uma experiência gratificante, feliz e 
enriquecedora; já os negativos passam a imagem de uma mãe como escrava, 
infeliz, sobrecarregada e danificada (CORRÊA, 2015). 
 Além disso, estudos sobre paternidade mostram a importância da 
participação do pai na prevenção da DPP. Um exemplo disso é a menor 
incidência de bebês com baixo peso quando a participação paterna é ativa no 
 
 
19 
período da gestação ao parto. O pai fornece apoio material e emocional à mãe, 
transmite segurança, auxilia nos cuidados com o bebê e consegue garantir um 
melhor desenvolvimento da criança, já que um dos sintomas da depressão faz 
com que a mulher não consiga atender as necessidades primordiais da criança 
de forma eficaz, assim o pai consegue suprir essa função, tirando essa 
sobrecarga da mãe (SILVA, 2018; ARRAIS, 2018). Ademais, o envolvimento 
paterno possibilita, além dos benefícios à mãe, um maior vínculo pai-filho, que 
fortalece o desenvolvimento do bebê e da estrutura familiar de maneira saudável 
(SILVA et al., 2016). 
Nesse sentido, quando há uma construção de “boa mãe” mental e 
representativamente, provavelmente a gestante, se sentirá mais segura no 
desempenho de sua função. Em contrapartida, quando os sentimentos 
predominantes são desconfiança e agressividade, a mulher pode sentir-se 
culpada e angustiada quando se tornar mãe e tiver que cuidar e instruir seu filho. 
Ademais, sente medo de fazer algum mal ao bebê, de não saber qual a melhor 
conduta em relação a ele, ou mesmo não saber lidar com seus sentimentos 
ambivalentes, que indicam conflitos com a maternidade e com a mãe 
internalizada (CORRÊA, 2015). 
Com isso, fica evidente que a afetividade é uma questão importante para 
o desenvolvimento global do ser humano. Receber afeto é primordial na 
constituição da personalidade, além de influenciar o desenvolvimento saudável. 
Os vínculos afetivos são condições essenciais para futuros relacionamentos 
harmoniosos e a falta deles pode acarretar prejuízos emocionais. No referido 
artigo, mulheres que tiveram as relações com as mães marcadas pela sensação 
de abandono foram analisadas e como conclusão, notou-se que elas não se 
sentiam acolhidas e protegidas por suas mães, o que influenciou diretamente na 
relação com seus filhos após seus respectivos processos de maternidade 
(CORRÊA, 2015). 
 
Complicações em gravidez atual/anterior 
Complicações na gestação como convulsões, sangramentos, hematomas 
 
 
20 
subcoriônicos e hipertensão são geralmente inerentes a gestantes de alto risco 
e exigem internação e paralisação das atividades de rotina. Assim, a mulher 
pode sentir medo da possibilidade do agravamento do quadro e a incerteza 
sobre futuras intercorrências no parto e com o bebê. Essa insegurança em 
relação às complicações geralmente influencia no desenvolvimento de 
transtornos mentais como a DPP e acaba deixando a mulher mais vulnerável 
durante o período gestacional e também na maternidade (ARRAIS, 2018). 
 Além dessas complicações, o não desejo ou não planejamento da 
gravidez também é um fator contribuinte para a DPP. O sentimento de angústia 
e desespero causam na gestante um tipo de estresse hormonal que acaba por 
afetar indiretamente o feto (SILVA, 2018). 
 
Depressão prévia 
A depressão pré-parto é um fator predisponente para o desenvolvimento 
de DPP (POLES et al., 2018). Assim, a triagem para mulheres que já possuem 
depressão no pré-natal é de suma importância. Isto permite um tratamento 
adequado e eficaz para as mães, para a relação mãe-recém-nascido e, mais 
tarde, para o equilíbrio psicológico da criança. Logo, o impacto na vida dos 
envolvidos requer um trabalho não só remediativo, mas também preventivo, a 
fim de evitar este transtorno que acomete tantas mães. 
Uma opção viável para o rastreamento de gestantes depressivas é o pré-
natal psicológico (PNP) que promove a integridade biopsicossocial da mulher por 
meio de um acompanhamento cuidadoso e integral da gestante e de sua família. 
O PNP é uma intervenção grupal que oportuniza espaço importante para que os 
futuros pais exponham suas vivências, medos, angústias, tristezas e alegrias 
advindas desse processo e troquem experiências com outras famílias. Os 
encontros têm como finalidade acolher, informar e orientar as mães para que a 
maternidade se dê da melhor maneira possível. Alguns temas trabalhados são 
amamentação, tipo de parto, relações conjugais, entre outros. Dessa forma, os 
riscos de DPP são reduzidos significativamente (ARRAIS, 2018). 
 
 
21 
 
Quebra de expectativa decorrente da idealização do bebê 
Tendo em vista o período de transição representado pela gravidez, fica 
evidente que a relação mãe-bebê passa por diferentes estágios, contendo em 
cada um deles fantasias, imaginações e projeções (SETTERBERG, 2017). 
Nesse sentido, estudando as fantasias e imaginações maternas, constatou-se 
um reflexo de algumas particularidades da mãe, como: relacionamento com os 
pais, relação com o parceiro e estado emocional. Por esse motivo, o bebê dito 
“imaginário”, tem como conceituação uma “pré-figuração de um bebê, resultante 
de experiências de filiação dos pais” (BORGES, 2018). 
Na visão de Daniel Stern, psiquiatra da década de 1990, durante o 
processo de gravidez é como se coexistissem três gestações: a atitude materna 
em seu psiquismo, o desenvolvimento físico do feto no útero e a formação do 
bebê imaginário em sua mente. O referido bebê imaginário consiste, em suma, 
na personificação dos desejos e fantasias da mãe que, quando psiquicamente 
analisados, correspondem a um prolongamento narcísico de si mesma. Contudo, 
ao nascimento do bebê algumas reestruturações necessitam ser realizadas de 
acordo com as características verdadeiras daquele indivíduo e, nesse sentido, 
as repercussões dessa reformulação de ideais pode repercutir tanto 
positivamente quanto negativamente para o psiquismo materno (BORGES, 
2018). 
A partir dos dados apresentados pelos fatores de risco evidencia-se uma 
relação direta entre as causas da DPP e suas consequências no puerpério 
(KROB et al., 2017). Pode haver maior influência dos acontecimentos pré-natais 
na saúde física e emocional do feto do que de fatores genéticos (LORETO, 
2018). A interação mãe-bebê começa no período pré-natal e tende a ser muito 
intensa pelo fato de estar apoiada nas expectativas da gestanteem relação a 
seu filho, ratificando a teoria do bebê imaginário. A comunicação primária entre 
os dois ocorre através da placenta que, além de transferir substâncias nutritivas, 
transfere neuro-hormônios que indicam a interferência dos estados afetivos da 
mulher, seus sentimentos e emoções na formação de seu filho (KROB et al., 
 
 
22 
2017; SILVA, 2018). 
Emoções positivas produzem no feto respostas como aumento da 
frequência cardíaca, da mesma forma que emoções negativas como temor, 
angústia e depressão produzem perturbações fisiológicas. O nível constante de 
estresse induz a uma diminuição da serotonina, responsável pela constante 
oscilação de humor e o aumento de fatores estressantes, como o cortisol, que 
participa do enrijecimento da artéria uterina, tornando menor a irrigação 
sanguínea na placenta, consequentemente, o feto recebe menor nutrição (KROB 
et al, 2017; SILVA, 2018). 
Nesse sentido, as boas relações familiares se tornam imprescindíveis 
para o suporte que a gestante necessita para atenuar o estresse emocional, 
físico e psíquico a qual está submetida nessa fase da vida, principalmente, 
quando se tratar de gravidez indesejada, incluída como uma complicação na 
gravidez (KROB et al., 2017; SILVA, 2018; ARRAIS, 2018). 
Quadro 1: Descrição dos fatores de riscos e suas consequências para a 
depressão pré e pós-parto 
 
 
 
23 
A Depressão Pós-Parto é uma doença e merece atenção e empenho 
familiar ao acompanhamento dessas pessoas. As mulheres com DPP 
apresentam diversos transtornos tanto orgânicos, quanto comportamentais e 
dessa forma, é importante notar que elas têm uma preocupação sobre o que a 
sociedade e/ou familiares pensam sobre a forma que elas conduzem a 
maternidade. Além disso, podemos observar que não somente a paciente, mas 
todas as pessoas envolvidas no processo são afetadas, demonstrando a 
necessidade de cuidados individualizados e integrados no pré e pós-natal. Com 
isso, deve-se entender a importância em se estudar não somente a dinâmica 
individual, mas toda a arquitetura familiar no convívio com a paciente. 
A DPP impacta a vida dos portadores, a medida em que impõe limites 
físicos e emocionais para a realização de atividades da vida diária, tendo 
repercussões negativas em vários aspectos como: na qualidade de vida da 
mulher, na dinâmica familiar, na relação mãe-bebê e no desenvolvimento 
cognitivo e afetivo da criança. Da mesma forma, a condição estudada impacta a 
vida de quem convive com a paciente, que apresentam níveis mais elevados de 
estresse quando comparados a população em geral. 
A abordagem do grupo de pré-natal psicológico 
 
O atendimento em grupo de gestantes, voltado apenas para mulheres ou 
para casais, é o principal instrumento do pré-natal psicológico, permitindo 
compartilhar uma mesma situação de vida – a gravidez - com as inquietações 
também comuns entre mulheres e casais, de forma a possibilitar a criação de 
um espaço de apoio mútuo. A composição do grupo e a frequência nas sessões 
variam de acordo com as características do contexto em que o grupo se realiza 
- instituição pública ou privada, consultório de psicologia ou de médicos 
(BORTOLETTI, 2007). 
Nesses grupos o número de sessões é geralmente pré-fixado, e a 
estrutura é diferenciada, uma vez que a coordenação fica sob responsabilidade 
de um psicólogo, que atua como facilitador na criação de um espaço para a troca 
de experiências, e no qual os participantes são encorajados a expressar e a 
 
 
24 
compartilhar seus conhecimentos, angústias, ansiedades, culpas, 
ambivalências, e outros assuntos que contemplam as diferenças e as 
identificações entre eles (MALDONADO, 2003). 
Entendido dessa forma, o pré-natal psicológico não se restringe ao 
atendimento de gestantes e casais que estejam passando por crises emocionais, 
mas a todos que tenham interesse em compreender ou aprimorar essa nova 
identidade familiar, uma vez que a construção do vínculo entre mãe-bebê-pai 
demanda tempo e elaboração (ARRAIS, 2005). 
As reflexões acerca dessas experiências ajudam os pais a desenvolver 
confiança em sua própria percepção e sensibilidade, dando-lhes autonomia, 
chamando a atenção para a importância do apoio familiar, social e profissional, 
e oferecendo apoio emocional e suporte cognitivo imediato (BORTOLETTI, 
2007), além de desmitificar representações sociais da maternidade e da 
paternidade que estão fortemente ancorados em estereótipos de gênero 
(ARRAIS, 2005). 
As mulheres e casais que buscam um acompanhamento especializado 
por meio do grupo de pré-natal psicológico são estimuladas a refletir sobre seus 
medos em relação à gestação, ao parto e pós-parto, sobre os mitos em torno da 
maternidade, sobre as dificuldades e exigências em aceitar o papel de mãe ou 
pai e a adotar uma postura mais ativa diante das recomendações médicas, a 
seguir uma alimentação adequada, a praticar atividades físicas, a conhecer os 
principais sinais do trabalho de parto, os tipos de parto e seus aspectos 
favoráveis e desfavoráveis, e a analisar criticamente alguns procedimentos 
médicos indicados (tricotomia, episiotomia, enema etc.), bem como aspectos 
ligados à amamentação e ao desmame gradual, entre outros. 
 
Aspectos afetivo-familiares no grupo de pré-natal psicológico 
 
Um dos temas prioritariamente estimulados no pré-natal psicológico trata 
da participação do pai em todo o ciclo gravídico-puerperal, pois nas nossas 
 
 
25 
sociedades de modelo ocidental vivenciamos um processo no qual os homens 
estão cada vez mais envolvidos com o nascimento e com a criação dos filhos, 
ultrapassando a imagem do pai como apenas provedor material da família, ou 
muitas vezes ausente. Com isso o pai passa a ter um importante papel em 
relação aos cuidados voltados ao bebê, no plano emocional e na própria relação 
familiar, com um reconhecimento especial de sua participação desde a gestação 
até o pós-parto. 
É importante lembrar que houve uma época em que os pais raramente 
entravam na sala de parto, situação alterada com a publicação da Lei 
11.108/2005, que garante que às parturientes tenham o direito à presença de 
um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto 
imediato. Mas, esta nova regulamentação acabou por criar, no limite, uma 
situação oposta, em que a mulher, a família ou até mesmo o círculo social de 
amigos criam uma expectativa que praticamente obriga o pai a assistir ao parto, 
desconsiderando sua vontade, e forçando-o a passar por uma experiência, por 
vezes, constrangedora, angustiante e/ou involuntária. 
Assim o “homem grávido” pode encontrar-se em situação tão específica 
quanto àquela da mulher: carece de apoio para poder expressar seus medos, 
anseios e inseguranças. Em alguns casos, o homem recorre a mecanismos de 
fuga, mergulhando no trabalho ou em relações extraconjugais, com reflexos 
sobre a situação fragilizada do período de gestação, parto e pós-parto. Por essas 
razões, muitas vezes eles se sentem sozinhos em suas vivências, imaginando 
que esses pensamentos, fantasias e temores tão estranhos não passam com 
mais ninguém. A reflexão sobre os mitos, a expressão e o compartilhar de 
sentimentos censurados em clima de aceitação e compreensão trazem um 
grande alívio a essas pessoas (MALDONADO, 2003), e o grupo do pré-natal 
psicológico pode propiciar esse importante espaço para o acolhimento das 
demandas. 
Conforme a pesquisa realizada por Piccinini, Silvia, Lopes, Gonçalves e 
Tudge (2004), que buscou avaliar e descrever o envolvimento paterno na 
gestação, a participação do pai não se resume a acompanhar a esposa em 
consultas, mas exige também um envolvimento emocional que inclui: a 
 
 
26 
participação nas atividades da gestante, nos preparativos para chegada do bebê, 
compartilhando as angústias, fantasias, idealizações e dúvidas, que são 
dimensões significativas para um bom desenvolvimentodo apego materno ao 
bebê, da relação pai-bebê e da relação mãe-pai-bebê. Nos casos em que o pai 
está presente nas consultas pré-natais, no momento do parto, na consulta pós-
parto e nos cuidados junto ao bebê e à própria puérpera, têm sido percebidas 
mudanças positivas no envolvimento e na auto-imagem da paternidade, que é 
demonstrada pela maior participação na educação dos filhos e melhora na 
relação familiar (BERTHERAT, 1997). 
Outra importante preocupação refere-se à fase do puerpério, período 
relativo aos primeiros dias após o parto, que são de intensa emoção: alívio ao 
ver o filho saudável, tranquilidade em ter “sobrevivido” ao parto, desconforto em 
função das dores (principalmente nos casos de intervenção cirúrgica), fragilidade 
(se conseguirá amamentar ou cuidar bem do bebê, principalmente quando é o 
primeiro filho), ansiedade quando não reconhece a necessidade do filho que 
chora sem cessar, cansaço físico, necessidade de apoio do marido e/ou família, 
falta de tempo e privacidade para se cuidar ou estar com o marido. Esta fase de 
adaptação exige muito da mulher/casal, sendo que o tipo de apoio, e os recursos 
emocionais e psíquicos envolvidos, podem influenciar positiva ou negativamente 
na adaptação. 
Nessa fase também é importante orientar a mulher sobre como o bebê é 
sensível à maneira como é manuseado pela mãe e que o contato físico entre 
eles (olhar, acariciar, falar, nutrir), favorece a consolidação do vínculo, pois ele 
reage a todos os estímulos aos quais é exposto. 
Assim, torna-se fundamental o trabalho do psicólogo no 
acompanhamento das emoções e comportamentos da mãe no pós-parto, 
permitindo um espaço de confiança no qual ela tenha liberdade de expressar 
como de fato está se sentindo, e permitindo ao profissional reconhecer e 
diferenciar patologias que podem surgir com frequência, tais como o baby blues, 
a depressão pós-parto, e a psicose puerperal. 
O baby blues (um estado considerado normal após o parto) é uma forma 
 
 
27 
mais leve dos quadros de depressão, também conhecida por tristeza materna, 
que se caracteriza por um estado de hipersensibilidade, sendo seus sintomas 
mais comuns: insônia, choro fácil, tristeza, irritabilidade e falta de energia, que 
surgem logo após o parto e duram por volta de duas semanas, desaparecendo 
espontaneamente sem causar prejuízos à mãe ou à relação mãe-bebê (ARRAIS, 
2005). 
Em relação à depressão pós-parto (cuja duração é maior que o baby blues 
e pode ter os sintomas agravados ao longo do tempo), a intervenção psicológica 
visa compreender as emoções, sentimentos, fantasias e temores decorrentes 
desse período de transição para aliviar as ansiedades presentes (ARRAIS, 
2005). A psicose puerperal é uma manifestação da depressão pós-parto 
exacerbada, que se caracteriza pelo repúdio total ao bebê: a mãe não quer vê-
lo, aterroriza-se com ele, permanece triste, afastada, ausente, sofre de insônia, 
inapetência, descuida-se da própria aparência. Muitas vezes, refere-se a 
alucinações auditivas, ou exprime ideias delirantes (ARRAIS, 2005). 
Entre os fatores que podem influenciar na vivência do puerpério ainda é 
preciso considerar a questão concernente ao tipo de parto desejado pela mãe: 
para além de uma simples tarefa de esclarecimento sobre as diferenças entre o 
parto normal e a cesariana, o pré-natal psicológico valoriza a elaboração do 
conceito de “parto escolhido”, ou seja, a gestante é estimulada a se colocar na 
posição de protagonista de sua história gestacional até no momento do parto. 
Dessa forma, se supera a dimensão unicamente técnica de uma escolha 
acerca do tipo de parto, e dos aspectos fisiológicos da gravidez, conferindo-se 
importância ao envolvimento emocional da mãe, que passa a perceber a equipe 
obstétrica que inclui o psicólogo de forma diferenciada, mais próxima e 
acolhedora. 
O intercruzamento desses fatores, desde o bom exercício da paternidade, 
até a definição autônoma e comprometida pelo tipo de parto, será essencial para 
uma eventual necessidade de recuperação de uma mãe deprimida, além de 
contribuir para a redução das chances do desenvolvimento da depressão pós-
parto (ARRAIS, 2005). 
 
 
28 
Nesse sentido a construção de uma rede de apoio à mulher também no 
grupo do pré-natal psicológico é um dos aspectos fundamentais para prevenir as 
ocorrências mórbidas que geralmente resultam do fato de que a maioria das 
gestações, embora desejadas, não são planejadas, e que muitas mulheres se 
sentem inseguras quanto a conseguirem ser boas mães, gerenciarem as 
mudanças na rotina de sua vida pessoal e social, estabelecerem novas 
prioridades, interromperem ou adiarem planos profissionais ou acadêmicos, 
mudarem de papel social (sua nova identidade de mãe) etc. 
Ao discutir e aprofundar essas questões junto às gestantes e aos casais 
grávidos, o grupo de pré-natal psicológico revela-se um instrumento capaz de 
potencializar a elaboração de identidades renovadas em relação à futura 
parentalidade, favorecendo o amadurecimento emocional diante da perspectiva 
de um grupo familiar ampliado, e a compreensão da situação de eventual 
fragilidade física e emocional da mulher diante dos desafios e dificuldades desse 
“novo mundo” da maternidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, M.C. ARRAIS, A.R. O Pré-natal psicológico como programa de 
prevenção à depressão pós-parto, Psicologia: Ciência e Profissão, v.36n4, 847-863 
out|dez.2016disponível em:< http://www.redalyc.org/html/2820/282048758006/> 
último acesso em dois de julho de 2017 
ALVARENGA, P., DAZZANI, M. V. M., ALFAYA, C. A. S., LORDELO, E. R., & 
PICCININI, C. A. (2012). Relações Entre a Saúde Mental da Gestante e o Apego 
Materno-fetal. Estudos de Psicologia. 17, (3), pp. 477-484. 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, et al. DSM-5: Manual diagnóstico e 
estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014. 
ANDRADE, L. H. S. G.; VIANA, M. C.; SILVEIRA, C. M. Epidemiologia dos 
transtornos psiquiátricos na mulher. Revista Psiquiatria Clínica, São Paulo, v.33 n. 
2 p. 43-54, jan./mar. 2006. 
ARRAIS, A. R. (2005). As configurações subjetivas da depressão pós-parto: para 
além da padronização patologizante. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, 
Universidade de Brasília, Brasília. 
ARRAIS, A.; ARAUJO, T. Fatores de Risco e Proteção Associados à Depressão 
Pós-Parto no Pré-Natal Psicológico. Psicologia: Ciência e Profissional, v. 38, n. 4, 
p. 711-729, 2018. 
BERTHERAT, M.; BERTHERAT, T. & BRUNG, P. (1997). Quando o Corpo 
Consente (p. 88). São Paulo: Martins Fontes. 
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE (BVS). (2015). Estresse. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2068-estresse baixado em 03/07/2019 
às 17:03pm. 
BORGES, A. “Olá bebê!” Do fantasmático ao imaginário e ao real. Psicologia. PT, 
2018. 
BORSA, J. C., A. C. G., Considerações acerca da relação mãe-bebê, da gestação 
ao puerpério, Revista Psicanálise e transdiciplinaridade, v.2, p. 310-21,2007. 
BORTOLETTI, F.F., Psicologia na prática obstétrica-abordagem interdisciplinar, 
Barueri- SP, ed. Manole, 2007. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica – Saúde Mental, 
Brasília, DF, 2013. Disponível em: 
http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab34 
 
 
30 
CAMACHO, K. G., VARGENS, O. M. C., PROGIANTI, J. M., & SPÍNDOLA, T. 
(2010). Vivenciando Repercussões e Transformações de uma Gestação: 
Perspectivas de Gestantes. Ciencia y Enfermeria, XVI, (2). pp.115-125. 
CANTILINO, A.; ZAMBALDI, C. F.; SOUGEY, E. B.; JR. J. R. Transtornos 
psiquiátricos no pós-parto. Revista Psiquiatria Clínica, São Paulo, v.37 n. 6 p. 278- 
284, nov./dez. 2010. 
CORRÊA, F.; SERRALHA, C. A Depressão Pós-Parto e a Figura Materna: Uma 
Análise Retrospectiva e Contextual. Acta Colombiana de Psicologia, v. 18, n. 1, p. 
113-123, 2015. 
COSTA. E.S, Alterações fisiológicasna percepção de mulheres durante a gestação, 
Repositório institucional, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, 2010 
disponível em: <http://repositorio.ufc.br/ri/handle/riufc/4380> 
DELFINO, M.M., Fisioterapia no suporte a parturientes, Revista científica da FEPI, 
v. 9, 2016, Coimbra, Portugal. 
ESPER, L. H., & FURTADO, E. F. (2010). Associação de eventos estressores e 
morbidade psiquiátrica em gestantes. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental 
Álcool e Droga. 6, pp. 368-86. 
FAISAL-CURY, A.; MENEZES, P.R.A. Depressão ante-natal prediz fortemente 
depressão pós-parto na atenção básica à saúde. Revista Brasileira de Psiquiatria, 
São Paulo, v. 34, n. 4, p. 446-450, dez. 2012. 
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E 
OBSTETRÍCIA (2007). Assistência pré-natal parte II. Rev. Assoc. Med. Bras., São 
Paulo, v. 53, n. 6, 2007. 
FONSECA, B. C. R. (2010). A Construção do Vínculo Afetivo Mãe-Filho na 
Gestação. Revista Cientifica Eletrônica de Psicologia. Para- 42. 
GUIMARÃES, R. O crime de infanticídio e a perícia médico-legal: uma análise 
crítica. Santa Catarina, 1 de maio de 2003. Disponível em: http://www.egov.ufsc.br 
IACONELLI, V. Depressão pós-parto, psicose pós-parto e tristeza materna. Revista 
Pediatria Moderna, São Paulo, v. 41, n. 4, p. 210-213, jul./ago. 2005. 
KROB, A., et al. Depressão na Gestação e no Pós-Parto e a Responsividade 
Materna Nesse Contexto. Revista Psicologia e Saúde, v. 9, n. 3, p. 3-16, 2017. 
LEITE, M. G., RODRIGUES, D. F., SOUSA, A. A. S., MELO, L. P. T., & FIALHO, A. 
V. M. (2014). Sentimentos Advindos da Maternidade: Revelações de um Grupo de 
Gestantes. 
 
 
31 
LIMA, M., et al. Sintomas depressivos na gestação e fatores associados: estudo 
longitudinal. Acta Paul Enferm, v. 30, n. 1, p. 39-46, 2017. 
LINS, J.A.B., Transformações pessoais e interpessoais com práticas meditativas – 
Estudo de caso do programa Atentamente do SUS, 2015. 
MALDONADO, M. T. & CANELLA, P. (2003). Recursos de relacionamento para 
profissionais de saúde. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores. 
MALDONADO, M.T. Psicologia da gravidez, parto e puerpério, São Paulo, pg 54-
65, Editora Saraiva,1984. 
MOURA, V. F. S., PEDRÃO L. J., SOUZA, A. C. S., & BOAVENTURA, R. P. (2015). 
A depressão em gestantes no final da gestação. 
NASCIMENTO, S.L. SURITA, F.G, Exercício físico e gestação, Revista Brasileira 
de Ginecologia e Obstetrícia, 36(9): 423-31, 2014. 
NERY, M. B. M., SANTOS, M. C. S., & ALMEIDA, A. M. D. A. (2012). Uma breve 
compreensão psicológica sobre as inconstâncias emocionais na gravidez e na 
maternagem. Interfaces Humanas – Humanas e Sociais. 1, (1), p. 63-72. 
NUNES, G. S., LEITE, K. N. S., Lima, T. N. F. A., Paulo, A. P. D. S., Souza, T. A., 
Nascimento, B. B., Neves, R. M., & Medeiros, F. K. F. (2018). Sentimentos 
Vivenciados por Primigestas. Revista de Enfermagem, (12), pp. 916-22. 
OMS, Conferência Internacional sobre aténcion Primaria de Salud, Alma-
Ata(URSS), 06-12 de setembro de 1978 
PEREIRA, A.A, VIANNA, M.C.P., Módulo do curso Saúde mental do curso Ágora, 
Belo Horizonte, Revista UFMG, 2013. 
PICCININI, Cesar Augusto; SILVA, Milena da Rosa; GONÇALVES, Tonantzin 
Ribeiro; LOPES, Rita de Cássia Sobreira; TUDGE, Jonathan. (2004). O 
Envolvimento Paterno Durante a Gestação. Psicologia Reflexão e Crítica, Porto 
Alegre - RS, v. 17, n. 3, 303-314. 
PIRRELLI, J. G. A., ZAMBALDI, C. F., CANTILINO, A., & SOUGEY, E. B. (2016). 
Instrumentos de avaliação do vínculo entre mãe e bebê. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v32n3/0103-0582-rpp-32-03-0257.pdf 
POLES, M., et al. Sintomas depressivos maternos no puerpério imediato: fatores 
associados. Acta Paul Enferm, v. 31, n. 4, p. 351-8, 2018. 
RATO, P. I. (1998). Ansiedades perinatais em mulheres com gravidez de risco e 
em mulheres com gravidez normal. Análise Psicológica. Vol. 3, nº XVI, p. 405 – 413. 
 
 
32 
REZENDE, C. B. (2012). Emoção, corpo e moral em grupos de gestantes. RBSE - 
Revista Brasileira de Sociologia da Emoção: Grupo de Pesquisa em Antropologia e 
Sociologia das Emoções. 11, (33), pp. 830-849. 
RODRIGUES, O. M. P. R., & SCHIAVO, R. A. (2011). Stress na Gestação e no 
puerpério: uma correlação com a depressão pós-parto. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032011000900006 
ROMAGNOLO, A., et al. A família como fator de risco e de proteção na gestação, 
parto e pós-parto. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 38, n. 2, p. 133-146, 
2017. 
ROSA, R., MARTINS, F. E., GASPERI, B, L., MONTICELLI, M., SIEBERT, E. R. C., 
& MARTINS, N. M. (2010). Mãe e filho: os primeiros laços de aproximação. 
Disponível em DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452010000100016 
RUDÁ, A. S. Limites temporais do estado puerperal nos crimes de infanticídio. 
Teresina, 18 de setembro de 2010. Disponível em: https://jus.com.br. 
SAMPAIO, L.F., O Papel do obstetra e do psicólogo na depressão pós-parto, 
Revista da faculdade de ciências médicas de Sorocaba, 2013, vol. 15, p. 180-183 
SCHIAVO, R. A., RODRIGUES, O. M. P. R., & PEROSA, G. B. (2018). Variáveis 
associadas à ansiedade gestacional em primigestas em multigestas. Vol. 26, (4). 
SETTERBERG, S. The fantasmatic and imaginary child of the pregnant woman. 
Shanghai Archives of Psychiatry, v. 29, n. 3, p. 161-170, 2017. 
SEVASTANO, H., & NOVO, D. P. (1981). Aspectos psicológicos da gestante sob o 
ponto de vista da teoria do núcleo do EU. Rev. Saúde Pública: São Paulo, (15), pp. 
101-10. 
SILVA, C., et al. Association between postpartum depression and the practice of 
exclusive breastfeeding in the first three months of life. Jornal de Pediatria, v. 93, n. 
4, p. 356-364, 2017. 
SILVA, E. A. T. (2013). Gestação e preparo para o parto: programas de intervenção. 
O Mundo da Saúde, 37, (2), pp.208-2015. 
SILVA, H., et al. Sintomas Psicofuncionais e Depressão Materna: Um Estudo 
Qualitativo. Psico-USF, v. 23, n. 1, p. 59-70, 2018. 
SOLIS-PONTON, L. (2004). A construção da parentalidade in Pereira da Silva, M. 
C. & Solis Ponton,L (org). Ser Pai, Ser Mãe: Parentalidade: Um desafio para o 
terceiro milênio. São Paulo: Casa do Psicólogo. 
THIENGO, D. L., SANTOS, J. F. C., FONSECA, D. L., ABELHA, L., & LOVISI, G. 
 
 
33 
M. (2012). Depressão durante a gestação: um estudo sobre a associação entre 
fatores de risco e apoio social entre gestantes. Caderno Saúde Coletiva. 20, (4), 
pp.416-26. 
TOLENTINO, E. C.; MAXIMINO, D. A. F. M. C.; SOUTO, G. V. Depressão pós-
parto:mconhecimento sobre os sinais e sintomas em puérperas. Revista Ciência 
Saúde Nova Esperança, João Pessoa, v.14 n.1 p.59-66, abr. 2016. 
VIEIRA, B. D., & PARIZOTTO, A. P. A. V. (2013). Alterações psicológicas 
decorrentes do período gravídico. Unoesc & Ciência – ACBS, 4, (1), pp.79-90. 
WINNICOTT. D. W. (2006). Os bebês e suas mães (p. 1-42). São Paulo: Martins 
Fontes.

Continue navegando