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Resumo para AP1 de Historia da Educacao 2019.1

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Resumo para AP1 de História da Educação (2019.1) 
Textos 1, 1.1 e 2. 
Texto 1: 
A História da educação como disciplina curricular e científica (p.1-24) 
Por que estudar História da Educação? 
Você estudará a História da Educação como disciplina curricular necessária 
à formação de professores e de pedagogos, mas também como disciplina 
cientifica, ou seja, como campo de conhecimento, de estudos e pesquisas da 
área de Educação, entendendo que a primeira não prescinde da segunda e 
vice e versa. 
É fundamental estudar a história da Educação, atentando-se para alguns 
pontos fundamentais no que se refere ao papel desempenhado pela Educação 
nas diferentes organizações da sociedade: a relação entre Estado e sociedade 
civil, o papel do Estado e sua representatividade, o modelo educacional 
desenvolvido para os trabalhadores e o modelo desenvolvido para as elites e 
o ideal de homem cidadão. [...] Por todas estas questões levantadas, 
entendemos que não faz sentido estudar a história da Educação como sendo 
algo descolado da realidade, distante e sem sentido para nossa atividade 
diária de educadores. 
A História da Educação tem se configurado como docência/ensino e como 
pesquisa científica. Como docência/ensino refere-se à História da Educação 
como disciplina de um curso como este que você está fazendo - de 
Licenciatura em Pedagogia. Como pesquisa científica, busca a interpretação 
das fontes para melhor conhecer o passado educacional, não para “copiá-lo 
ou negá-lo”, mas para ampliar nossos conhecimentos e a capacidade de 
análise crítica da Educação do tempo presente. Maria Lúcia de Arruda 
Aranha (2006, p.19). Destaca, o fenômeno educacional se desenrola no 
tempo e faz parte da nossa história. Portanto, a História da Educação não é 
apenas uma disciplina escolar presente no currículo de um curso, mas é 
também uma abordagem científica da realidade educacional na perspectiva 
histórica. 
Educação, História e História da Educação 
Dalarosa (1999, p.45) entende que, historicamente, cabe à Educação “o papel 
de socializar e formar o indivíduo para viver em sociedade”. Porém, para 
este autor, “o ser humano vive em condições históricas determinadas”, assim 
sendo, ao “mesmo tempo em que faz a história, é também, “feito” por ela”. 
Entende-se por história: 
“Os fatos ou acontecimentos, também, o campo de conhecimento que faz a 
narração metódica desses mesmos fatos: ainda, para designar o conjunto de 
conhecimentos sobre as transformações do passado; finalmente para referir-
se ao conjunto das obras referentes à história. (LOMBARDI, 2004, p.1) 
Quanto à História da Educação, Lombardi afirma que esta tem como “objeto 
de investigação - a Educação -, a partir dos métodos e teorias próprias à 
pesquisa e investigação da Ciência da História” (2004, p.7). 
 
História da Pedagogia e/ou História da Educação 
Para Aranha, (2006), conhecemos mais sobre a História da Pedagogia e de 
suas doutrinas pedagógicas do que propriamente das práticas de Educação. 
Vejamos o que explica Franco Cambi sobre a história da “História da 
Pedagogia” e a “História da Educação”: 
 A história da pedagogia no sentido próprio nasceu entre os séculos XVIII e 
XIX e desenvolveu-se no decorrer deste último como pesquisa elaborada por 
pessoas ligadas à escola, empenhadas na organização de uma instituição cada 
vez mais central na sociedade moderna (para formar técnicos e para formar 
cidadãos), preocupadas, portanto, em sublinhar os aspectos mais atuais da 
Educação-instrução e as ideias mestras que haviam guiado seu 
desenvolvimento. A história da pedagogia nascia como uma história 
idelogicamente orientada, que valorizava a continuidade dos princípios e dos 
ideais, convergia sobre a contemporaneidade e construía o próprio passado 
de modo orgânico e linear; pondo particular acento sobre os ideais e a teoria, 
representada, sobretudo, pela filosofia. Tratava-se de uma história 
persuasiva, por um lado, e teoreticista, por outro, sempre muito distante dos 
processos educativos reais, referentes às diversas sociedades, diferenciados 
por classes sociais, sexo, idade; distantes das instituições em que se 
desenvolviam (a família, a escola, a oficina artesanal e, em seguida, a fábrica, 
mas também o seminário ou o exército etc.); distante das práticas de 
Educação ou de instrução, das contribuições das ciências, sobretudo 
humanas, para o conhecimento dos processos formativos (em primeiro lugar, 
psicologia e sociologia). (...) (CAMBI, 1999, p.23-4). 
É a partir dos anos de 1970, que um novo modo de fazer a história dos 
eventos pedagógicos e educativos vai se consolidando, rompendo com o que 
então estava instituído. Dessa forma, vai se impondo uma pesquisa mais 
problemática e pluralista, podendo ser definida, então, como a História da 
Educação que toma “a noção de Educação, seja como conjunto de práticas 
sociais, seja como feixe de saberes”. (CAMBI, 1999, p.24). 
Desde a metade dos anos 70, a passagem da história da Pedagogia para uma 
mais rica e orgânica história da Educação tornou- -se explícita, insistente e 
consciente, afirmando-se como uma virada decidida e decisiva. E não se 
tratou de uma simples mudança de rótulo; pelo contrário: tratou-se de uma 
verdadeira e legítima revolução historiográfica que redesenhou todo o 
domínio histórico da Educação e todo o arsenal de sua pesquisa. 
Atividade 1: 
Com base nas considerações trazidas nesta aula, discorra sobre as diferenças 
e afinidades entre a História e a História da Educação. 
R: A diferença entre História e História da Educação é que esta última 
apresenta em seu nome o tema de estudo de seu objeto de investigação: a 
Educação. É um campo científico que estuda a Educação numa abordagem 
histórica. Para alguns autores, não existe história da Educação, já que a 
Educação é parte integrante da história, mas a história não é da Educação. 
Mas também não existe história nem Educação sem a ação humana. Sendo 
assim, historiadores e historiadores da Educação tratam da história tendo em 
vista a ação do homem no tempo, no caso do historiador da Educação - da 
ação do homem no tempo em relação à Educação. Dessa forma, há 
necessidade de uma convergência dos campos nos que diz respeito a teorias, 
métodos, abordagens, enfoques e fontes. 
História da Educação como disciplina escolar 
Conforme Vidal e Faria Filho (2005), em 1928, a disciplina História da 
Educação seria introduzida no currículo da Escola Normal do Distrito 
Federal (então Rio de Janeiro), no bojo da Reforma de Fernando Azevedo 
da instrução pública do Distrito Federal, iniciada em 1927, que, entre outras 
ações, reorganizou o curso de formação para o magistério. De acordo com 
esses autores, a disciplina História da Educação surgia: no contexto das 
reformas [educacionais] que, nos anos 1920, pretendiam modificar a 
Educação nacional, introduzindo princípios da escola ativa, posteriormente 
aglutinados em torno do ideal da Escola Nova, no ensino primário e elevando 
o preparo docente pela ampliação e especialização do curso Normal. 
(VIDAL; FARIA FILHO, 2005, p.88). 
Em 1932, outra reforma educacional, a empreendida por Anísio Teixeira, 
transformou a Escola Normal do Distrito Federal em Instituto de Educação, 
integrando a História da Educação à Filosofia da Educação como uma única 
disciplina curricular das escolas de formação para o magistério, denominada 
História e Filosofia da Educação. 
No período de (1947 -1951) Anísio Teixeira, construiu em Salvador o Centro 
Popular de Educação Carneiro Ribeiro (mais conhecido como Escola 
Parque), uma experiência de Educação integral. 
Os cursos normais e os cursos de Pedagogia incluíram a História da 
Educaçãoem seus currículos, unida à Filosofia da Educação, geralmente de 
responsabilidade de professores de orientação religiosa, como padres, 
seminaristas e cristãos em geral. 
Entretanto, na leitura de Dermeval Saviani (2013), não foi no decreto de 
criação do curso de Pedagogia, baixado por Capanema, em 1939, que a 
vinculação da História da Educação à Filosofia da Educação ocorreu 
efetivamente. 
Segundo Saviani, “pelo referido decreto, o currículo de Pedagogia incluía 
História da Educação no segundo e terceiro anos, 15 História da Educação e 
Filosofia da Educação apenas no terceiro ano, sendo, pois, tratadas como 
duas disciplinas distintas e autônomas entre si” (2013, p.158). 
Continua o autor dizendo que, somente pela instituição da Lei Orgânica do 
Ensino Normal, através do Decreto-lei nº 8.530, de 2 de janeiro de 1946, irá 
aparecer no currículo do curso normal a disciplina Lei Orgânica do Ensino 
Normal denominada História e Filosofia da Educação, sendo adotada 
também no curso de Pedagogia da Universidade de São Paulo – USP. 
O que foi a Lei Orgânica do Ensino Normal: 
 Em 1942, por uma iniciativa de Gustavo Capanema, iniciam-se as reformas 
de ensino, de níveis primário e secundário e do ensino técnico profissional: 
industrial, comercial, normal e agrícola, que ficaram conhecidas como “leis 
orgânicas do ensino” ou reformas Capanema, que se estendem até 1946. 
A trajetória da História da Educação como disciplina do curso de 
Licenciatura em Pedagogia, na modalidade presencial, da Unirio. 
Observe que a História da Educação irá se desdobrar em vários componentes 
curriculares ao longo do tempo. Eles se modificam, são extintos ou se 
ampliam de acordo com as necessidades impostas de conhecimento à 
formação do pedagogo, considerando as características do currículo de 
flexibilidade e atualização à medida que o próprio curso de Pedagogia vai se 
modernizando. O que se mantém é o seu objetivo principal: o ensino da 
História da Educação como um dos fundamentos da Educação. 
Apresentar as ementas de algumas disciplinas tem por objetivo que você 
percebe a gama de conhecimentos que a História da Educação pode oferecer 
nos seus diversos componentes curriculares, como também acontece no 
curso de pedagogia a distância. As mudanças ocorrem à medida que as 
pesquisas no campo da História da Educação se ampliam, provocando a 
produção de novos conhecimentos, ressignificando ou complementando os 
já existentes. 
A trajetória da História da Educação como disciplina do curso de 
Licenciatura em Pedagogia, na modalidade a distância, da Unirio. 
É importante que você conheça a história desta disciplina do seu currículo. 
Criado na Unirio, desde 2001, o Curso de Graduação em Pedagogia – 
Licenciatura para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, da Escola de 
Educação, é legalmente instituído pela Resolução nº 2642, de 16 de 
novembro de 2005 retroagindo esta ao segundo semestre de 2001. (Cf 
Boletim Interno, de novembro de 2005, p.3) 
Art. 1º Fica aprovada a criação do Curso de Graduação em Pedagogia – 
Licenciatura para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, da Escola de 
Educação, conforme matriz curricular anexa à presente Resolução. 
 Parágrafo Único – A criação de que 19 História da Educação trata o caput 
deste artigo está registrada na Ata da 212ª Sessão do Conselho de Ensino e 
Pesquisa, de 28 de junho de 2001, que aprovou a proposta de criação do 
Curso de Pedagogia a distância em Convênio com o Consórcio CEDERJ 
(Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro). 
Art. 2º Esta Resolução retroage ao segundo semestre de 2001. 
 
A História da Educação como disciplina científica: campo de estudos e 
pesquisas 
Conforme Aranha (2006), a partir das décadas de 1930 e 1940 foram criadas, 
no âmbito das mais recentes instituições de ensino superior no Brasil, as 
universidades, as faculdades de Educação. Isso proporcionou estudos e 
pesquisas e elaboração de monografias e teses decorrentes nesta área e mais 
especificamente na produção de uma história da Educação mais autônoma. 
No período da ditadura militar, a reforma universitária instituída pela Lei nº 
5.540, de 28 de novembro 1968, propiciou a criação dos cursos de Pós-
Graduação no Brasil, entre eles, os de Educação. A partir desses cursos, 
várias pesquisas foram realizadas, tendo em vista a elaboração de teses neste 
campo de estudos, entre as quais aquelas com abordagem histórica. Desta 
maneira, o ensino e a pesquisa em História da Educação passaram a se 
constituir como um campo articulado de conhecimento. Desses programas, 
o da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio foi o 
primeiro a se constituir em 1965, seguido do programa da PUC-SP, em 1969, 
e vários outros ao longo do tempo. O curso de pós-graduação em Educação 
na Unirio só irá surgir em 2004. 
Nessa trajetória, vão surgindo diversos grupos de estudo e pesquisa focados 
na História da Educação. Em 1984, é criado o grupo de trabalho “História da 
Educação” da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em 
Educação (Anped – entidade criada em 1976). Em 1986, sob a coordenação 
de Dermeval Saviani, é criado o grupo de estudos “Histó- ria, sociedade e 
Educação no Brasil (HISTEDBR), ligado ao Programa de Pós-Graduação da 
UNICAMP. O HISTEDBR tem como preocupação investigar a História da 
Educação pela mediação da Sociedade, buscando uma compreensão global 
da Educação em seu desenvolvimento. 
O que estuda o historiador da Educação e como ele pesquisa? 
O historiador da Educação estuda e pesquisa, por exemplo, a história das 
instituições escolares e educacionais, o próprio ensino de História da 
Educação, a história da Educação feminina, a história da formação docente, 
o ensino das disciplinas escolares, entre tantos outros exemplos. Para isso, é 
necessário que o historiador da Educação tenha direções metodológicas em 
busca de fontes documentais, sejam elas escritas ou não. 
Neste sentido, assim como o historiador, o historiador da Educação também 
se utiliza de fontes documentais: 
 • Escritas Textuais (manuscritas ou impressas) – como atas, leis e 
regulamentos, pareceres, cartas, memorandos, diários, biografias, jornais, 
revistas, discursos, mapas de notas, correspondência, cadernos escolares, 
relatórios, processos, dossiês de alunos e professores, entre tantas outras 
possibilidades; 
 • Iconográficas - carte de visite, daguerreotipo, negativo de vidro, cartão 
postal, fotografias, charges, caricaturas, desenhos, estampa, telas, incluindo 
também a documentação cartográfica como mapas, plantas, croquis; 
 • Documentação audiovisual – fonográfica, micrográfica, eletrônica, 
multimeios como filmes, discos, CD-Rom, DVD, fitas magné- ticas, 
microficha; 
• Fontes orais – por meio de entrevistas e depoimentos. 
De modo geral, documento é entendido na sua forma “clássica e genérica” 
como “qualquer elemento gráfico, iconográfico, plástico ou fônico” sendo 
“produzido por razões funcionais, jurídicas, científicas, culturais ou artísticas 
pela atividade humana”, nos explica Heloisa Liberalli Bellotto (1991, p.14). 
A documentação conservada em arquivos, entre estes os arquivos escolares, 
museus, bibliotecas, centro de documentação são ferramentas fundamentais 
para que a narrativa do historiador da Educação possua argumentos. 
Mas o historiador da Educação também tem-se utilizado do uso das 
tecnologias da informação e comunicação. Isso possibilita a consulta rápida 
a bancos de dados de bibliotecas, arquivos, museus e centros de 
documentação, disponibilizados via internet. Assim, é possível acessar 
fontes documentais, iconográficas, audiovisuais, entre outras. 
 O fenômenoeducacional se desenrola no tempo e faz parte da nossa história. 
Esse estudo não pode ser algo descolado da realidade, distante e sem sentido 
para a atividade cotidiana de ensino do professor. Para que o ensino aconteça, 
é necessário conteúdo e material como livros, artigos, manuais, material 
didático-pedagógico. Mas também a validade desse material pode ser 
“testada” nas atividades de ensino. Podemos dizer que o conteúdo, o ensino 
e a produção desse material são frutos das atividades de pesquisa. 
O historiador da Educação pesquisa sobre a história das instituições escolares 
e educacionais, o próprio ensino de História da Educação, a história da 
Educação feminina, as práticas pedagógicas, a história da formação docente, 
o ensino das disciplinas escolares, o material escolar, as técnicas e métodos 
de ensino, o currículo, utilizados no cotidiano escolar em seus diversos 
tempos e espaços.Esses estudos levam a repensar o ensino e, ao mesmo 
tempo, constitui material e conteúdo de ensino. 
 
O que é Historiografia da Educação? 
 Historiografia é arte de escrever a história. (...) 2. Estudo histórico e crítico 
acerca da história e dos historiadores” 
Para Lombardi, historiografia é: um campo de estudo que tem por objeto de 
investigação as produções históricas e por objeto de estudo o educacional. 
Apesar de ser um campo recente, a historiografia da Educação praticamente 
reproduziu as características da produção historiográfica, com trabalhos 
onde a produção no campo da história educacional é de caráter descritivo, 
com ênfase nos aspectos formais da produção (tema, período, fontes, etc.); 
mas também possuindo alguns trabalhos que fazem uma análise dessa 
mesma produção a partir de seus pressupostos metodológicos e teóricos”. 
(LOMBARDI, 2004, p.9) 
 “O Presentismo considera que o historiador é influenciado pela cultura, 
valores e referências da época em que vive, sendo, portando, relativo todo o 
conhecimento produzido sobre o passado. Na concepção presentista, o 
historiador observa o passado a partir do ponto de vista do presente”. Para os 
presentistas, não se deve temer o esgotamento da documentação. (Clark, 
Nascimento, Bonato. “Do presentismo ao hipercriticismo” 
 
Atividade 3 
Considerando-se que todos os tipos de fontes podem ser válidos para o 
entendimento do mundo e da vida dos homens, tem- -se que convir que o 
tipo de fonte a ser utilizada decorre, em grande medida, do objeto de 
investigação. Discorra acerca das fontes históricas para o trabalho do 
historiador e do historiador da Educação contemporâneos. 
R: 1. Ressaltar que é a fonte histórica que fundamenta e embasa o trabalho 
do historiador da Educação e do historiador, conferindo a credibilidade 
científica ao seu ofício de reconstrução do passado; 
 2. Assinalar que as fontes históricas são produtos da ação do homem no 
tempo, sendo produzidas com ou sem intencionalidade; 
3. Indicar que, a partir da ampliação dos objetos de investigação do trabalho 
historiográfico, demandam-se novas fontes documentais, ampliando-se 
mesmo o sentido da palavra documento, não mais restrito à palavra escrita: 
monumentos, registros orais, fotografias, filmes, quadros, enfim, tudo o que 
é produzido pelo ser humano em sociedade; 
 4. Evidenciar o papel ativo do historiador na escolha, organização e 
interpretação das fontes históricas, de acordo com o seu objeto de 
investigação. 
Resumindo, sabemos que a pesquisa é necessária para compreendermos as 
maneiras como, em tempos e espaços distintos, homens e mulheres 
organizaram e organizam seus modos de aprender e de transmitir seus 
fazeres e saberes. É importante que o futuro pedagogo estude (seja como 
disciplina escolar ou como atividade de pesquisa) a história da Educação, 
não para copiá-la ou negá-la, mas sim para ampliar as possibilidades de 
conhecimentos do passado, e assim pensar suas práticas pedagógicas e 
educacionais no presente, disponibilizando aos seus alunos uma prática 
pedagógica consistente. 
 
 
Texto 2: 
Educação no Mundo Moderno 
 O mundo moderno começa a ser construído a partir de alguns marcos 
históricos importantes: o Renascimento; o Humanismo; a ascensão da 
burguesia e o fortalecimento do modo de produção capitalista; a Reforma 
Protestante marcando a forte oposição da Igreja Católica; a Contrarreforma. 
 
Contextualização Histórica: os Principais Pressupostos da Modernidade 
De acordo ainda com Martins (2007), a partir do final do século XV e início 
do século XVI, observamos uma gradativa mudança de mentalidade, 
buscando-se valorizar o Homem. Nesse período surge um movimento 
cultural denominado Renascimento, caracterizado pela busca do 
rompimento com o mundo medieval, a compreensão do mundo dos homens 
e a valorização da cultura greco-romana. Desta forma, começa a se 
consolidar o Humanismo, tendo como “meta a construção de uma nova 
imagem de homem, a valorização da literatura greco-romana e a busca de 
ampliação dos conhecimentos.” (MARTINS, 2007, p.144). 
Era necessário mudar a linha cultural da educação, porque vinha surgindo 
lentamente um homem que precisava mudar o modo de trabalhar; passava-
se da produção artesanal para a manufatura; precisava ser instruído; a política 
deveria ser conduzida não apenas por aqueles que herdavam o poder por 
laços de sangue, mas por aqueles que demonstrassem astúcia e sagacidade 
na arte de comandar. A ignorância começa a ser vista como um mal que devia 
ser sanado, porque a prosperidade de um país dependia de homens instruídos. 
(MARTINS, 2007, p.146) 
A Modernidade representa uma ruptura geográfica, econômica, político, 
social, ideológica, cultural e pedagógica. 
Analisando as principais consequências ocorridas nesse período, destacamos 
o surgimento do sistema capitalista, marcando uma ruptura com o sistema 
feudal. Conforme Cambi (1999), este novo modo de produção vai ser 
responsável pela exploração de todo recurso natural, humano e técnico. 
Uma das principais rupturas políticas ocorridas foi a instituição do Estado 
Moderno centralizado, controlado pelo rei soberano e organizado com a 
racionalidade de eficiência e da prosperidade econômica. A nova classe 
social que surge com essas transformações é a burguesia, que além de nascer 
nas cidades e incentivar o nascente sistema capitalista de produção, concebe 
uma visão do mundo laica e racionalista. 
As transformações ideológicas e culturais produzidas pela Modernidade têm 
a função de modificar a mentalidade até então vigente e promover a história 
do homem com a nova visão de progresso e liberdade. Principalmente, tentar 
modificar a visão religiosa do mundo e dos saberes da razão, que existia 
anteriormente, promovendo uma visão mais analítica e experimental. 
Há um abalo nos fundamentos morais e políticos da sociedade feudal, o 
rompimento dos velhos poderes políticos e o advento da grande burguesia 
moderna, junto com as mudanças culturais que tudo isso implica. As velhas 
corporações artesanais se modificam, trazendo consigo as novas formas de 
produção do mundo capitalista. 
Procurava-se afastar o pensamento teocêntrico, Centrado em Deus, e 
valorizar os valores antropocêntricos, centrados no homem. Como exemplos, 
podemos citar os estudos da medicina que ampliaram os conhecimentos de 
anatomia. Outro exemplo importante foi o de Copérnico que através do 
sistema heliocêntrico, possibilitou uma nova imagem do mundo. 
A educação, por sua vez, vai procurar bases não religiosas, buscando a 
propagação dos valores burgueses. Essas transformações provocaram outras 
que envolveram: as grandes navegações, a Reforma Protestante, a 
Contrarreforma e a utilização das línguas nacionais, dentreoutras. 
 Os Estados Nacionais apoiaram não só a nova classe social em ascensão, a 
burguesia, como também a realização das transações comerciais, baseadas 
no Mercantilismo, fazendo parte do modo de produção capitalista nascente. 
Com o Renascimento, os negócios da burguesia europeia nascente 
ampliaram-se. 
 A Revolução Comercial do século XVI foi decorrência da decadência do 
feudalismo que retirava a riqueza da posse de terras. Para fortalecer o poder 
dos Estados Nacionais, a burguesia fez aliança com os reis, consolidando 
assim as monarquias absolutistas. 
Essas modificações produziram também uma revolução na educação e na 
pedagogia. A transformação ocorre através do sentido laico e racional que 
organiza os saberes e transforma a visão de mundo. O modelo imposto é o 
homo faber, ou seja, do sujeito como indivíduo que atua nas cidades e, 
posteriormente, no Estado. Logo, a função da Educação passa a ser formar 
indivíduos que sejam ativos na sociedade. 
Mudam também os meios educativos, a escola, por sua vez, torna-se o lugar 
central e funcional da sociedade, seja através da ordem e da produtividade, 
seja através da criação de competências necessárias ao novo modo de 
produção capitalista. As teorias pedagógicas, também mudam, levando em 
consideração a implicação histórica e empírica. Valoriza-se, o estudo 
analítico e experimental. Nesse período da Modernidade, nasce a Pedagogia 
não só como ciência, mas também como pedagogia social, cuja função é 
formar o homem-cidadão e produtor. 
Duas instituições educativas, em particular, sofrem uma profunda 
redefinição e reorganização na Modernidade: 
 A família e a escola, que se tornam cada vez mais centrais na experiência 
formativa dos indivíduos e na própria reprodução (cultural, ideológica e 
profissional) da sociedade. A ambas é delegado um papel cada vez mais 
definido e mais incisivo, de tal modo que elas se carregam cada vez mais de 
uma identidade educativa, de uma função não só ligada ao cuidado e ao 
crescimento do sujeito em idade evolutiva ou à instrução formal, mas 
também à formação pessoal e social ao mesmo tempo. 
Dessa forma, a família e a escola assumem um papel central na sociedade 
moderna, ampliando os seus âmbitos para o trabalho, através das novas 
fábricas, assim como o controle do tempo livre através do associacionismo. 
Os conteúdos escolares são procurados nas obras clássicas e o estudo do 
latim e do grego era necessário para novas descobertas. 
A institucionalização da escola na Idade Moderna tem como fatores 
determinantes as mudanças socioculturais, econômicas e políticas que 
ocorreram a partir do século XVI, já sinalizadas: a implantação do modo de 
produção capitalista, a Reforma protestante, a Contra-Reforma feita pela 
Igreja Católica Apostólica Romana e a instauração da visão humanista. 
Na Idade Moderna, a partir dos séculos XV e XVI, a instituição escolar 
começou a se preocupar com a divisão por idade nas classes tendo em vista 
uma mudança de mentalidade em relação à infância e à família. 
Gradativamente, a criança deixou de ser considerada como um adulto em 
miniatura, e por isso precisava ser educada moral e intelectualmente. Nessa 
direção, era preciso criar instituições que separassem as crianças do mundo 
adulto, formando-as por meio de uma disciplina rigorosa, com valores e 
saberes do mundo novo que se constituía. Era preciso formar esse novo 
Homem e os colégios passaram a ser espaços privilegiados para isso. Logo, 
o desenvolvimento da cultura moderna abrangerá as dimensões religiosas, 
científicas e políticas. 
 
Reforma Protestante e a Instituição da Escola Moderna 
Nasce o movimento Protestante que utilizará Princípios do Humanismo para 
questionar as crenças e práticas religiosas da Igreja Católica Apostólica 
Romana, entre elas o autoritário do poder papal. Foram três Movimentos 
principais que representaram a ruptura sustentada em interesses políticos 
nacionalistas e econômicos: luteranismo, calvinismo e anglicanismo. 
Segundo Lutero, povo não deveria ser somente depositário da catequese e da 
evangelização. Nesse sentido, a educação deveria ser laica e estatal, 
constituindo um avanço em direção à publicização e disseminação da 
educação formal. Podemos dizer que a Reforma Protestante envolveu um 
movimento político, social, econômico e religioso. Teve início na Alemanha 
com Lutero, em 1517, produzindo a separação de uma parte da Igreja 
Católica, que se tornou protestante. 
De acordo com Lutero, cada homem deveria interpretar as Sagradas 
Escrituras de acordo com a sua consciência. Ele reivindicava: 
• uma reforma educacional em todos os níveis de ensino, do elementar à 
universidade; 
 • uma educação que não fosse monacal, anti-mundana e rígida; 
• um sistema de ensino estatal; 
 • a obrigatoriedade do ensino, que teria como ponto central a formação 
religiosa (MARTINS, 2007, p.146) 
. “Ao dar iguais condições de leitura e interpretação da Bíblia a todos, a 
educação tornou-se importante instrumento para divulgação da Reforma” 
(ARANHA, 2006, p. 127). 
A propagação do Protestantismo ressaltou a necessidade de alfabetizar e de 
transmitir conhecimentos através da instrução devido a vários motivos: para 
os protestantes, todas as pessoas deviam ler e interpretar a Bíblia sem a 
mediação do clero; para os capitalistas, era preciso empregados com um 
mínimo de instrução, para que as tarefas fossem melhor executadas na 
manufatura e no comércio. 
Atividade 1: 
Baseado nas assertivas de Lutero, recortadas de Manacorda (2006), compare 
o que pensava o reformador sobre o trabalho manual e acerca do trabalho 
intelectual no seu tempo e estabeleça a relação com o pensamento burguês 
que se constituía. 
R: O pensamento de Lutero parte de uma visão religiosa que valoriza todo o 
tipo de trabalho necessário à condição humana. Assim, para ele, todo tipo de 
trabalho é importante, não cabendo que se pense que há uma supremacia de 
um sobre o outro, ou melhor dizendo, que há uma separação total no 
exercício de um ou outro. 
O movimento de disseminação da escola elementar e pública se efetivou, 
principalmente, nos países protestantes. Ainda no século XVI algumas 
cidades da Alemanha já reivindicavam um sistema de instrução popular. 
Lutero será um dos responsáveis no sentido de efetivar um novo sistema 
escolar na Alemanha. 
Atividade 2: 
Qual a importância da institucionalização da escola no mundo moderno? 
R: É importante compreender a importância do movimento cultural do 
Renascimento, da Reforma e da Contrarreforma para o processo de 
institucionalização da escola no mundo moderno. E que o modo de produção 
capitalista em ascensão vai criando caminhos para a consolidação da 
instituição escola tendo em vista a importância que a instrução escolar 
ganhou a partir do século XVI, ou seja, como possibilidade de formação 
desse novo Homem que se constituía por meio de uma disciplina rigorosa. 
Assim, era preciso separar crianças do mundo adulto para que não fossem 
influenciadas por uma concepção de mundo “atrasada”, apresentando 
valores e saberes do novo mundo que se constituía e nada melhor do que se 
criar uma instituição laica para isso – a escola. 
. Como principais avanços do período, podemos destacar a estruturação da 
Educação na escola primária pública e a imposição do ensino ser efetuado 
na língua nacional, em substituição ao latim, que era imposto anteriormente. 
No entanto, para o estrato social de trabalhadores, uma educação primária 
elementar; já para as camadas superiores da sociedade, um ensino médio e 
superior (ARANHA, 2006). 
Um outro avanço importante, proposto por Lutero, foi a defesa da educaçãouniversal e pública que deveria ser de competência do nascente Estado 
Nacional. Ele “criticava o recurso a castigos, bem como o verbalismo da 
Escolástica. Propôs jogos, exercícios físicos, música – seus corais eram 
famosos; valorizou os conteúdos literários e recomendava o estudo de 
história e das matemáticas” (ARANHA, 2006, p. 127). 
Manacorda (2006) discorre que, embora aqui não apareça claramente a 
exigência de uma cultura popular, é, porém, de grande importância histórica 
a tomada de consciência do valor laico, estatal da instrução, concebida não 
mais como algo reservado aos clérigos, mas como fundamento do próprio 
Estado. 
 
A Contrarreforma: a Reação da Igreja Católica e a Companhia de Jesus 
A Contrarreforma marca a forte oposição da Igreja Católica à propagação da 
Reforma Protestante. Foi instituído o Concílio de Trento (1545-1563) que 
dava as diretrizes educativas da Igreja Católica Apostólica Romana, como 
resposta ao Protestantismo. Propuseram a disseminação de seminários para 
a formação do clero e surgiram novas ordens religiosas que deveriam se 
espalhar pelo mundo para consolidar a evangelização católica. Neste sentido, 
entre as importantes deliberações, o Concílio permitiu o funcionamento da 
Companhia de Jesus, em 1540. 
Em 1599, foi publicada a Ratio Studiorum contendo um conjunto de normas 
instituídas pela Companhia de Jesus. O Ratio designava as diretrizes da ação 
pedagógica dos jesuítas conforme destaca Manacorda (2006). Os estudos 
denominados inferiores eram previstos em seis anos. Eram administrados 
cursos de Gramática, Humanidades ou Poesia e de Retórica. 
O estudo superior era de três anos e compreendia o estudo de Filosofia, 
abrangendo Lógica, Física, Ética e Metafísica, que abrangia Matemática e 
Fisiologia. Após tudo isso e um período de Prática de Magistério, passava- -
se quatro anos estudando Teologia. 
 
Principais Críticas ao Ensino Jesuítico 
Eles não se preocuparem com o ensino científico, privilegiando apenas o 
clássico religioso. Outra crítica é a não utilização do idioma nacional, o que 
facilitaria o entendimento dos estudantes. As normas rígidas eliminavam a 
espontaneidade, ou seja, a educação se dava de forma passiva. Este tipo de 
ensino foi importante para os filhos das elites, que eram preparados para as 
grandes universidades. No entanto, era muito pouco eficiente para os filhos 
das classes mais pobres do ensino elementar. “Quanto ao conteúdo, não 
houve inovação, os alicerces epistemológicos estavam ‘fincados’ na filosofia 
medieval de Santo Tomás de Aquino” (FRANCISCO FILHO, 2005, p. 135). 
A crítica principal ao ensino ministrado pela Companhia de Jesus era quanto 
à questão decadente e ultrapassada. O ensino que distanciava os alunos da 
vida prática, ou seja, da formação de um homem proveniente do saber na 
revolução nas ciências e nas técnicas para transformar o mundo. 
A Didática Magna de Comenius 
Nesse contexto, surgem propostas para a universalização do ensino 
elementar público e gratuito. É nesse século que se destaca a figura de 
Comenius. Para ele “o homem é um microcosmo que faz a interlocução entre 
a natureza e Deus” (BETTINI, 2006, p.91|). 
Segundo Aranha, o pedagogo pretendia: tornar a aprendizagem eficaz e 
atraente mediante cuidadosa organização das tarefas. Ele próprio se 
empenhava na elaboração dos manuais – uma novidade para a época – e 
minuciosamente detalhava o procedimento do mestre, segundo gradações 
das dificuldades e com ritmo adequado à capacidade de assimilação dos 
alunos. (2006, p.157) 
Desse modo, além de defender “a existência de um órgão central para 
acompanhar o processo educacional”, Comênio acreditava que a escola 
deveria ser “diferente para cada idade, onde todo o ensino devesse ser 
planejado, pensado, estudado...” (2005, p.143). Em Comênio, já se encontra 
a idade do homem dividida em períodos, a saber: a Infância, a Puerícia, a 
Adolescência e a Juventude. Assim, cada um desses períodos merecia um 
tipo de educação. 
Atividade final: 
Você aprendeu que protestantes e católicos, no mundo moderno, se 
interessaram pela ação pedagógica. Por que isso aconteceu? 
R: O movimento Protestante utilizará Princípios do Humanismo para 
questionar as crenças e práticas religiosas da Igreja Católica Apostólica 
Romana, entre elas: suas concepções e práticas educativas. Lutero 
reivindicava uma reforma em todos os níveis de ensino e uma educação não 
monacal e estatal, porém que propiciasse uma formação religiosa, abalando 
a hegemonia da Igreja e de suas escolas. Aliado a esse pensamento, por outro 
lado, para os capitalistas burgueses, era preciso empregados com um mínimo 
de instrução para que executassem da melhor forma possível o seu trabalho. 
A Igreja Católica reage ao Protestantismo com a Contrarreforma. O Concílio 
de Trento (1545-1563) apresentou novas diretrizes educativas da Igreja 
Católica Apostólica Romana, propiciando o surgimento da Companhia de 
Jesus, em 1540. Esse movimento recomendou ainda a criação de novas 
escolas e reorganizou as escolas católicas das catedrais, dos mosteiros e 
conventos. Autorizou o ensino da Gramática no nível secundário e que a 
instrução fosse gratuita aos alunos pobres, assim disseminando a catequese.

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