Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIESI – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAPIRA Vivian Cruz Motta RA: 31010005371 Carina Lopes da Silva RA: 31010003904 Marcos Roberto da Silveira RA: 31010004908 Gabriel Bologna Hara RA: 31010004722 Wyllian Santos de Oliveira RA: 31010002254 OTIMIZAÇÃO DE MOUSE-TRAP CAR ITAPIRA 2018 1 Vivian Cruz Motta RA: 31010005371 Carina Lopes da Silva RA: 31010003904 Marcos Roberto da Silveira RA: 31010004908 Gabriel Bologna Hara RA: 31010004722 Wyllian Santos de Oliveira RA: 31010002254 OTIMIZAÇÃO DE MOUSE-TRAP CAR Trabalho apresentado para a disciplina de Dinâmica dos Sólidos – 4º Semestre de Engenharia Civil, para complemento de nota semestral. Apresentado ao UNIESI Orientador: Prof. Daniel Oliveira ITAPIRA 2018 2 Vivian Cruz Motta RA: 31010005371 Carina Lopes da Silva RA: 31010003904 Marcos Roberto da Silveira RA: 31010004908 Gabriel Bologna Hara RA: 31010004722 Wyllian Santos de Oliveira RA: 31010002254 OTIMIZAÇÃO DE MOUSE-TRAP CAR Trabalho apresentado para a disciplina de Dinâmica dos Sólidos – 4º Semestre de Engenharia Civil, para complemento de nota semestral. Apresentado ao UNIESI Aprovado em: BANCA EXAMINADORA ___________________________/__/__ Prof. Me Daniel Oliveira Centro Universitário de Itapira 2 RESUMO Neste trabalho apresenta-se a parte teórica e planos utilizados para a montagem de um Mousetrap car ou, carro de ratoeira, que foi inventado por James Henry Atkinson na Inglaterra em 1897 e vem sendo usado por alunos de diversas escola e países para o aprendizado e entendimento de algumas grandezas. Movido pela energia potencial elástica contida na mola helicoidal de torção e transformada em energia cinética, o projeto consiste em desenvolver métodos eficazes de transformação de energia utilizando inicialmente as molas de uma ratoeira como propulsor. Serão analisadas as forças existentes, tais como, energia cinética, energia elástica, energia mecânica e força de atrito, neste projeto e a aplicação das soluções para que o projeto tenha o melhor desempenho possível. Palavras-chave: Energia cinética, Energia potencial, Transformação de energia, Corrida de ratoeira. 3 ABSTRACT This paper presents the theoretical part and plans used to assemble a Mousetrap car or mousetrap car, which was invented by James Henry Atkinson in England in 1897 and has been used by students from various schools and countries for learning and understanding of some greatnesses. Moved by the elastic potential energy contained in the torsion helical spring and transformed into kinetic energy, the project consists of developing effective methods of energy transformation by initially using the springs of a mousetrap as a propeller. Existing forces, such as kinetic energy, elastic energy, mechanical energy and frictional force, will be analyzed in this project and the application of the solutions so that the project has the best possible performance. Keywords: Kinetic energy, Potential energy, Energy transformation. 4 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5 1.1.Objetivo .............................................................................................................. 6 1.2.Descrição do trabalho ........................................................................................ 6 2.CONCEITOS BÁSICOS............................................................................................7 2.1. Teoria das grandezas envolvidas no Mousetrap car ...................................... 7 2.2. Aplicação dos conceitos para melhor desempenho do Mousetrap car ........... 9 3.MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 12 4.RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................... 15 4.1. Protótipo final............................................................................................... 15 4.2. Gráficos de desempenho.................................................................................17 4.3.Projeto finalizado..................................................................................................18 5. CONCLUSÃO .................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 20 5 1. INTRODUÇÃO O Mousetrap Car, ou carrinho de ratoeira, foi inventado por James Henry Atkinson na Inglaterra em 1897 e desde então vem sendo usado por escolas, universidades de muitos países. Existem hoje em dia duas modalidades: Distância Máxima Percorrida e Menor Tempo de Percurso. Para o trabalho que será realizado, será utilizado a modalidade de distância máxima percorrida. O projeto consiste em construir um carrinho que com a ajuda da mola de uma ratoeira irá tencionar um cabo conectado a um eixo sobre rodas e pela energia potencial elástica da mola o sistema transformará essa energia elástica em energia cinética. Para melhor compreendimento dessa transformação de energia, pensamos primeiramente em um sistema ideal, ou seja, sem perdas no decorrer do processo. Com o carrinho em repouso, ao armar a ratoeira, estaremos aumentando a energia elástica de zero, para um valor maior, pois, estaremos torcendo a mola que existe na ratoeira. Ao desarmar a ratoeira toda a energia elástica se transformará em movimento, energia cinética. Com o auxílio de um fio como conexão, fixar uma de suas extremidades em uma das hastes da mola helicoidal, enquanto a outra extremidade do fio será fixado ao eixo traseiro do carro. Ao enrolar o fio no eixo, ocorrera a deformação da mola, ou seja, um aumento do potencial elástico que por sua vez irá gerar uma força de tração no fio. Esse projeto tem como finalidade elaborar processos eficazes de transformação de energia potencial em cinética. Serão aplicados os conhecimentos para a construção de um carrinho utilizando uma ratoeira, onde seu movimento se dará apenas pela propulsão da ratoeira. A eficiência do veículo será muito importante pois vencerá o veículo que alcançar a distância maior. 6 1.1. Objetivo Foi desenvolvido um equipamento de baixo custo e com utilidade de expor na prática alguns conceitos físicos com seu uso. O carrinho de ratoeira é movido pela ratoeira, utilizando apenas a força do barbante que estará amarrado em sua haste. A otimização visa que cada grupo terá 3 tentativas, o carrinho não deve sair da pista que terá 1,5 m e o vencedor será o carrinho que obtiver a maior distância percorrida, considerando a variação em distância percorrida e estabilidade de tal forma que sua trajetória seja retilínea. 1.2. Descrição do trabalho O trabalho é composto de 5 etapas separadas em capítulos.A partir do capítulo 2, será apresentado os conceitos básicos e breves observações que deverão ser consideradas no momento de montar o projeto. O capítulo 3, está voltado para a apresentação dos materiais que serão utilizados na confecção do projeto, contendo fotos dos experimentos e a definição dos materiais, os cálculos usados para definição e calibragem do carrinho e como será realizado o projeto final. O capítulo 4, a apresentação dos resultados, questionamentos levantados no decorrer do trabalho e as definições para os questionamentos que surgiram. Finalizando, o capítulo 5 está dedicado para conclusão, fotos do projeto final e observações gerais. 7 2. CONCEITOS BÁSICOS Neste capítulo estão explicados os conceitos básicos que serão usados para os cálculos de calibragem do projeto, assim, como também, a relação dos tipos de materiais que poderão ser utilizados na sua confecção e a explicação do que se tratam as grandezas que estão envolvidas no desempenho do carrinho. O projeto expõe a relação da massa com a aceleração e a força aplicada sobre um corpo de acordo com as leis da Newton (Halliday; Fundamentos de Fisica Vol.1; 2002). De acordo com a terceira lei de Newton que diz “(...) dois corpos interagem quando empurram ou puxam um ao outro, ou seja quando cada um exerce uma força sobre o outro.(...)” (Halliday, 2002 pag.107) Partindo deste princípio, tem-se um sistema formado por uma mola helicoidal de torção, como fonte de energia. Um fio como conexão do sistema e um eixo sobre rodas que transformara a energia elástica em energia cinética. Por tanto em um sistema como este temos basicamente as seguintes grandezas físicas: Força Elástica, Energia Potencial Elástica, Força de Tração, Energia Cinética, Força Peso e as grandezas relacionadas ao Movimento. De acordo com Halliday (2002), Força é uma interação entre dois ou mais corpos. O conceito de força é algo intuitivo, mas para compreende-lo, pode basear em efeitos causado por ela, como: Aceleração: faz com que o corpo altere a sua velocidade, quando uma força é aplicada. Deformação: faz com que o corpo mude seu formato, quando sofre a ação de uma força. Força resultante: É a força que produz o mesmo efeito que todas as outras aplicadas a um corpo qualquer. Por tanto a força resultante será igual a soma vetorial de todas as forças aplicadas. 2.1. Teoria das grandezas envolvidas no Mousetrap car Baseando-se nas três leis de Newton, segundo Halliday (2002) Vol.1 podemos dizer que para o projeto é inevitável conhecer e entender esses conceitos. Como a primeira lei de Newton, que diz que um corpo em repouso tende a permanecer em repouso e um corpo em movimento tende a permanecer em 8 movimento. Ou seja, um corpo só altera seu estado de inércia se alguém ou alguma coisa aplicar nele uma força resultante diferente de zero. Já a segunda Lei de Newton, também conhecida como o Princípio Fundamental da Dinâmica, diz que a força resultante de um sistema é o produto da aceleração de um corpo pela sua massa, ou seja: (Equação 1) F=m*a sendo: F: Força resultante (N), m: Massa (Kg), a: Aceleração (m/s²) E por fim a terceira lei de Newton, também conhecida como o princípio da ação e ração, que diz que para toda força aplicada, há uma outra força com módulo e direção iguais, e sentidos opostos. A força de ação, esta é chamada força de reação, ou seja, as forças atuam sempre em pares, para toda força de ação existe uma força de reação. Para o presente projeto que consiste basicamente em uma mola de torção conectada a um fio que ao ser enrolado a um eixo sobre rodas, irá gerar uma força de tração no fio, que por sua vez causara a rotação do eixo sobre rodas, por tanto podemos concluir que para um sistema como este existem as seguintes grandezas físicas: Uma Força Elástica que irá gerar uma Força de Tração em um fio que por sua vez funcionara como uma fonte de Energia potencial elástica que se transformara em Energia Cinética, ou seja, o sistema irá gerar um Trabalho, por tanto haverá um deslocamento, consequentemente velocidade e aceleração. Abaixo temos algumas dessas grandezas físicas do sistema do projeto Mousetrap Car. De acordo com o site Só Física (Informação, 2008), a força elástica funciona da seguinte forma: uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação de nenhuma força) quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir, dependendo do sentido da fora aplicada). Porem um detalhe em relação a mola que usaremos no projeto, ela se trata de uma mola de helicoidal de torção. Molas como esta apresentam um formato como a maioria, helicoidal porem apresentam hastes em suas extremidades. As hastes podem ter conformação diversa, dependendo da 9 montagem a que foi projetada. São molas que tem a função de torcer e atender a uma determinada carga. (molas, Unicamp Apostila sobre). Segundo Halliday, 2002 Vol.1, ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada Lei de Hooke: (Equação 2) Fel = K*x sendo: F: Intensidade da força aplicada (N), K: Constante elástica da mola (N/m), X: Deformação da mola (m) Ainda, segundo Halliday, (2002) Vol.1, a força de tração surge quando uma corda é presa a um corpo e esticada, ao esticar a corda, será aplicada uma força T no corpo e orientada ao longo da corda. Essa força é chamada de Força de Tração pois a corda esta sendo tensionada (puxada). A tensão da corda é o modulo da força de tração exercida sobre o corpo. Por exemplo, se a força exercida pela corda ao corpo tem modulo x, a tensão da corda será igual a x. Com relação a força de atrito, Halliday 2002 Vol.1, diz que quando empurramos ou tentamos empurrar um corpo sobre uma superfície, a interação dos átomos da superfície faz com que haja uma resistência ao movimento. A resistência é considerada como uma única força F, que recebe o nome Atrito. Esta força é paralela a superfície e aponta no sentido oposto ao do movimento. Deve-se levar em conta que o material a ser utilizado para sua confecção é leve para que o projeto consiga se movimentar, caso contrário, o torque não conseguirá mover o carrinho. 2.2. Aplicação dos conceitos para melhor desempenho do Mousetrap car A estabilidade do carrinho é o ponto crucial para o sucesso. Alguns fatores como peso, atrito do eixo e usar uma forma alongada melhoram a mecânica do projeto. Uma roda mais larga quer dizer que o carro percorre um percurso maior em cada giro do eixo, conforme o apresentado no estudo de Ricardo Feitosa, 2010 sobre Definição de estabilidade dinâmica. 10 O tamanho do barbante a ser utilizado também interfere no percurso, por este motivo a barra deve ser alongada para que a alavanca execute uma distância maior do que a haste original da ratoeira. Aumentando o comprimento da linha, conserva- se energia, o carro move-se mais devagar, porém, por um período mais longo por usar a energia gerada de forma mais eficiente. Devido à variedade de materiais diferentes usados no projeto, conforme explicado pelo Instituto Nacional de Tecnologia por meio de encarte, deve-se considerar a energia limitada da mola e com isso, superar o atrito e usar a tração de forma eficaz. A segunda Lei de Newton menciona que a força é igual a massa multiplicada pela aceleração. Com isso temos a seguinte fórmula: Algunsmateriais possuem resistência e pouco peso, por sua resistência suporta as conexões para os eixos e servirá como corpo base para ligação de todos os itens do carrinho. Conforme observado, o atrito ocorre quando os dois corpos permanecem imóveis, ou seja, quando não há deslizamento, gerando uma maior força, segundo Halliday. Para calcular a força do atrito, utiliza-se a seguinte equação: (Equação 3) Fate = μe. N Sendo μe= coeficiente do atrito, N= força normal. A força de atrito nada mais é que a força contrária ao movimento de um corpo e considera-se alguns fatores para achar o desejável, como a rugosidade ou aspereza da superfície. Com isso, quanto maior a força normal, maior a força de atrito. Temos 2 tipos de atritos diferentes: Coeficiente de atrito dinâmico ou cinético: a partir do momento que o corpo se desloca. Coeficiente de atrito estático: quando o corpo está em iminência do movimento. A força de atrito estático é maior que a força de atrito dinâmico. Por essa razão serão usadas rodas maiores pois para uma mesma velocidade do eixo será imprimida uma velocidade menor na roda o que resulta em menor velocidade do centro de massa e por fim menor velocidade do carrinho, aumentando o atrito em relação ao chão. 11 Com base em todo o conteúdo estudado, foram definidos alguns pontos a serem seguidos para a construção do protótipo. Será usado uma polia onde o barbante será enrolado e servir como um eixo. O barbante irá passar pelas polias adaptadas com ganchos, imitando uma carioca, com isso ocorrerá o ganho de torque. A haste de 37 cm será o alongamento da ratoeira e também somará ao torque. Nas rodas serão colocados rolamentos que irão permitir o giro sem nenhum atrito desnecessário, onde os CDs irão absorver o impacto do solo, assim fazendo com que o carrinho ande uma distância maior. Para adicionar atrito do solo com as rodas, o material deve ser leve e poroso para que o solo onde o carrinho vai andar crie a quantidade necessária. Como, no caso, será um solo de cimento, lixa ou cola quente anexados nas partes exteriores dos cds ajudaram no atrito para o desempenho do carrinho. Isopor é um material bem leve e facilita a locomoção do carrinho, com isso será usado em algumas partes para servir de base onde as peças serão agregadas. Tabela 1 – Explicação dos materiais compatíveis com o projeto Qtdd RELAÇÃO DE MATERIAIS POSSÍVEIS 02 placas Isopor Leve e suporta perfeitamente os eixos que serão fixados na placa. Servirá como chassi da ratoeira. 02 unid CD Material leve e fino que proporciona fácil adaptação e aceita junção de outros materiais. 04 unid Rolamento Ajuda na leveza do giro aumentando o troque. 01 unid Lixa Para criar o atrito necessário com o chão de concreto. 01 bastão Cola quente Para criar o atrito necessário com o chão de concreto. 1 metro Barbante ou fio de nylon Quanto menor a massa do fio, ajuda no peso final do projeto. 1 dúzia Pregos, parafusos Serão usados para a sustentação do projeto. 01 peça Haste Para ajudar no aumento do torque. Será fixada na haste da ratoeira para agregar o tamanho. 02 peças Polia Para ajudar o fio a desempenhar melhor no momento que colocar o carrinho para andar. Outros materiais estão sendo estudados e possivelmente serão agregados a esta tabela. 12 3. MATERIAIS E MÉTODOS Nesta etapa encontram-se os materiais escolhidos para a confecção do carrinho, de acordo com o que o grupo concordou ser o melhor para alcançar o resultado proposto pela pesquisa. Para a decisão sobre as dimensões do carro, rodas, tamanhos e massas, foram realizados diversos testes para que o protótipo conseguisse realizar o necessário para participar da competição e as variáveis que melhor se encaixam foram as apresentadas abaixo. Tabela 2 – Dimensão de alguns materiais escolhidos Descrição Peso (gramas) Isopor 0,50 LP 180,0 CD 0,20 Rolamentos 0,03 Fio (barbante) Desconsiderável Régua de plástico 0,04 POLIA 0,035 Para o protótipo inicial foram consideradas observações feitas conforme o estudo sobre o que é o mousetrap e a escolha dos materiais adequados, com isso, alguns pontos ficaram como bases a serem equilibradas. a) Materiais b) Materiais Imagens 1: fotos dos materiais para confecção do carrinho No caso do eixo que transmite o torque através do fio, para que ele continuasse a ser leve mas com um comprimento maior, utilizamos de uma haste de madeira de pouca massa, rígido o suficiente para não ter o perigo de quebrar e de peso que não atrapalha no desempenho do carrinho. 13 Por meio de testes, chegamos ao resultado de que seria necessário pelo menos uma quantia aproximada de 13 a 16 voltas da roda para alcançar a distância pretendida, seria necessário por volta de 40 cm de fio acrescido de alguns centímetros a mais considerando suas amarrações e perdas. No caso das rodas, LPs nas rodas traseiras e cds nas rodas dianteiras foram utilizados considerando que o fio seria envolvido no eixo traseiro e se necessário no momento de ajustes, esse eixo poderá ser modificado. O tamanho do centro da ratoeira até o eixo dianteiro foi dimensionado em torno de 10cm para não ter riscos de contato entre as partes e as rodas dianteiras. Para os coeficientes de atrito, com base em consultas de algumas informações na internet, estimado os números de: 0,15 para atrito estático do solo de cimento com as rodas, desconsiderando o material das rodas, 0,09 para atrito estático dos rolamentos e 0,07 para atrito cinético em todos os pontos do carrinho. Quanto mais leve o protótipo, menor a força necessária que ele irá precisa para se locomover. Contudo, para este projeto, foi usado isopor. Por ser um material leve e de boa resistência, deixou o carrinho leve e estável, não apresentando nenhuma deformação e suportando a junção de todas as partes como eixos e ratoeira. A dimensão do isopor usado deixou o carrinho leve o suficiente para utilizar pouca energia para se colocar em movimento e não interferiu no desempenho final do trajeto, nem na velocidade nem na distância e suportou perfeitamente os esforços de tração e torque. A haste utilizada para aumentar o torque da ratoeira está diretamente ligada ao tamanho do fio utilizado. Para uma haste maior, a quantidade de fio aumenta e assim o tanto de ciclos que a roda fará também. Com isso, o caminho percorrido é maior. A haste de madeira utilizada e leve e resistente e tem como finalidade distribuir o esforço para os lados da ratoeira. Imagem 2: foto da haste de madeira 14 Os eixos usados são finos e resistentes o suficiente para aguentar o esforço necessário e para que ficassem mais leves no movimento, foram utilizados rolamentos mínimos para poupar energia e assim facilitar o movimento do carrinho. Para a otimização das rodas, foi observado que quanto maior do diâmetro da roda traseira, maior a distância percorrida. No caso do LP com 35cm de diâmetro, a distância percorrida para cada ciclo da roda será de aproximadamente 1mt. Para melhor aderência ao solo, foi aplicado uma camada fina de silicone em torno dos LPs. As rodas dianteiras confeccionadas de cds, não influenciarão no desempenho das rodas traseiras, sendo usadas apenas para o movimento do protótipo, a estabilidade e ajudar o carrinho a se mover em linha reta. a) rolamento b) eixo dianteiro c) eixo traseiro d) polias e) LP de vinile) silicone transparente Imagens de 3: Fotos da confecção dos eixos e rodas Como o protótipo usa uma velocidade muito baixa, a resistência do ar nesse caso e desprezada, pois, não interfere no seu desempenho e com isso não é necessário estudar a parte aerodinâmica da peça, podendo ser usado a forma básica, que no caso foi uma placa retangular de isopor. A distribuição de peso de todos os itens necessários para o funcionamento do carrinho se mostrou com um resultado de maior rendimento, estabilidade e direção. Com as massas equilibradas no projeto, o carrinho se mostrou mais alinhado e com menor chance de sair de sua rota. 15 Como o atrito foi minimizado com o uso de rolamentos nas rodas do carrinho, o trajeto foi mais retilíneo e constante, pois, os componentes mecânicos exigiram menor força para realizar o movimento. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO No capítulo a seguir serão apresentados os resultados obtidos com o estudo e coleta de dados realizado na etapa de materiais e métodos. 4.1. Protótipo final a) perspectiva lateral superior b) vista lateral esquerda c) perspectiva frontal superior Imagens 4: fotos do protótipo para testes pronto Dimensões finais do trabalho: Massa: 0,650 Kg Peso: 6,376 N Comprimento: 0,8705 M Tabela 3 – Resumo dos cálculos efetuados Teste 1 Teste 2 Teste 3 Teste 4 Teste 5 Distância 10 M 10 M 10 M 10 M 10 M Massa 0,650 Kg 0,650 Kg 0,650 Kg 0,650 Kg 0,650 Kg Tempo 16,27 S 16,94 S 17,13 S 17,05 S 16,87 S V.M. 0,614 m/s 0,590 m/s 0,583 m/s' 0,586 m/s 0,592 m/s EC 0,122 J 0,113 J 0,110 J 0,111 J 0,114 J Potência 0,007498 W 0,006670 W 0,006421 W 0,006510 W 0,006757 W 16 Sendo que para os resultados acima: a velocidade média usou-se: (Equação 4) Vm = S/t; sendo: Vm = velocidade média (M/s), S = distância (M), T = tempo (s). Energia Cinética usou-se: (Equação 5) Ec = m.V²/2; sendo: Ec = energia cinética M = Massa (Kg) V² = velocidade Potência usou-se: (Equação 6) Pot = Ec/t. sendo: Pot = potência Ec = energia cinética T = tempo Descrição Placa de isopor Polia pequena de 14mm Cd Polia grande de 44,7mm LP Parafusos Regua de plástico Cola tipo silicone Haste de madeira Cola tipo super forte Rolamentos Materiais de carpintaria Eixo Ferramentas de carpintaria Fio extensível Tinta e figuras para acabamento Tabela 4:Relação dos materiais usados para a confecção do protótipo: 17 Foram satisfatórios os resultados obtidos com o protótipo, pois, a distância percorrida alcançou uma marca de 10 metros mesmo antes das calibragens finais, calculado aproximadamente uma velocidade máxima de 0,59 m/s. O tempo executado do trajeto foi de 0,17” segundos com uma aceleração positiva e velocidade constante. 4.2. Gráficos de desempenho Seguem alguns gráficos gerados através dos cálculos feitos com base nos testes para calibragem do carrinho. Figura 1: Gráfico de Tempo x Velocidade Figura 2: Gráfico de Massa x Tempo 1 2 3 4 5 Tempo 16,27 16,94 17,13 17,05 16,87 V.M. 0,614 0,59 0,583 0,586 0,592 16,27 16,94 17,13 17,05 16,870,614 0,59 0,583 0,586 0,592 0,56 0,57 0,58 0,59 0,6 0,61 0,62 15,8 16 16,2 16,4 16,6 16,8 17 17,2 V E L O C ID A D E T E M P O Tempo x Velocidade Tempo V.M. 1 2 3 4 5 Massa 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 Tempo 16,27 16,94 17,13 17,05 16,87 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 16,27 16,94 17,13 17,05 16,87 15,8 16 16,2 16,4 16,6 16,8 17 17,2 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 T E M P O M A S S A Massa x Tempo Massa Tempo 18 Figura 3: Gráfico de Velocidade x Potência Figura 4: Gráfico de Distância x Tempo 4.3. Projeto finalizado a) medida entre eixos b) medida final do carrinho Imagem 5: Fotos do carrinho pintado e finalizado 1 2 3 4 5 V.M. 0,614 0,59 0,583 0,586 0,592 Potência 0,007498 0,00667 0,006421 0,00651 0,006757 0,614 0,59 0,583 0,586 0,592 0,007498 0,00667 0,006421 0,00651 0,006757 0,0058 0,006 0,0062 0,0064 0,0066 0,0068 0,007 0,0072 0,0074 0,0076 0,565 0,57 0,575 0,58 0,585 0,59 0,595 0,6 0,605 0,61 0,615 0,62 P O T Ê N C IA V E L O C ID A D E Velocidade x Potência V.M. Potência 10 10 10 10 10 Distância 10 Tempo 16,27 16,94 17,13 17,05 16,87 10 16,27 16,94 17,13 17,05 16,87 15,8 16 16,2 16,4 16,6 16,8 17 17,2 0 2 4 6 8 10 12 T E M P O D IS T Â N C IA Distância x Tempo Distância Tempo 19 Com a conclusão do carrinho e os alinhamentos finais, o carrinho desempenhou uma distância maior do que nos testes. A cola do tipo silicone que foi atribuída as rodas traseiras, ajudaram muito no desempenho sem deixar que os LPs escorregassem no piso. Um segundo ponto importante, após alguns testes, foi descoberto que se o fio extensível ficar em tamanho bem maior do que o preciso, o carrinho continua em movimento sem que a estrutura do projeto interrompa. 5. CONCLUSÃO Apesar o projeto parecer simples, muitas coisas foram observadas como fundamentais para o desempenho necessário do carrinho. Como já mencionado, algumas coisas agregadas no momento de calibragem do carrinho fizeram com que o desempenho fosse melhor do que nos testes Alguns exemplos são, a cola de tipo silicone nas rodas traseiras para que o carrinho não escorregasse, o tamanho do fio usado que ficou bem maior do que o necessário para que o carrinho não travasse e continuasse por inercia seu movimento e a lubrificação dos eixos para que nada enroscasse e diminuísse o desempenho. Concluísse que o trabalho foi finalizado com êxito e explorado todos os conhecimentos, pois, cada membro do grupo colaborou com ideias e soluções para o projeto. Tudo que foi observado com relação as forças envolvidas e os cálculos foram realizados com sucesso apesar de algumas partes complexas. A matéria foi aplicada de forma divertida e que inspirou a curiosidade pelo assunto e como funciona cada tipo de força envolvida. Após a confecção do protótipo e a calibragem para o projeto final, o trabalho alcançou o esperado e está pronto para suprir as exigências da competição final. 20 REFERÊNCIAS APOSTILA DE MOLAS. Disponível em: <HTTPS://www.fem.unicamp.br/~lafer/es690/arquivos/Apostilas%20Molas%201.pdf> Acessado em 02 de Setembro de 2018. BRASIL ESCOLA. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a- forca-tracao.htm> Acessado em 23 de Agosto de 2018. CALCULO DE MOTORES. Disponível em: < http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/176-automacao/automacao- industrial/3479-mec133> Acessado em 23 de Agosto de 2018. Definição de Estabilidade Dinâmica. Disponível em: <ricardofeitosaaguia.blogspot.com/2010/05/definicao-de-estabilidade-dinamica.html> Acessado em 23 de Agosto de 2018. HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. Walker Jearl. Fundamentos de física 1. Trad de José Paulo, Soares de Azevedo. 7ª Ed. Rio de Janeiro; LTC Editora;2002. HIBBELER, R.C.. Estática: Mecânica para Engenharia. 10ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Prentice Hall, 2005. INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA. Disponível em: < http://www.engbrasil.eng.br/ipa/aula25.pdf> Acessado em 23 de Agosto de 2018. MECÂNICA. Disponível em: < http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/corpos_rigidos/rotacoes/>Acessado em 23 de Agosto de 2018. PORTIFOLIO: MASSA, FORÇA E TORQUE. Disponível em: <ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM117/Cap-5-Rotacao-torque-potencia.ppt> Acessado em 23 de Agosto de 2018. SÓ FÍSICA. Disponível em: <https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/sistemas.php> Acessado em 23 de Agosto de 2018.
Compartilhar