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Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 1 1 Prof. Eng. Luiz Gustavo Laval MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II AGLOMERANTES luiz.gustavo@imed.edu.br AGLOMERANTES DEFINIÇÃO: É o material que tem a finalidade de aglutinação de outros materiais (agregados). Influencia diretamente a resistência final do material. Em contato com a água, o aglomerante, forma uma pasta moldável e maleável, permitindo o fácil manuseamento do material. Ao juntar-se com areia forma argamassa, com a brita forma o concreto. É um material ativo, ligante, em geral pulverulento, com a principal finalidade é formar uma pasta que promove a união dos agregrados, utilizado na obtenção da argamassas e concretos. Nesta etapa da disciplina estudaremos os seguintes aglomerantes: � Cal; � Gesso; � Aglomerantes Especiais. Nas próximas etapas serão estudados os aglomerantes: Asfaltos e Cimento. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 2 AGLOMERANTES CAL – CAL AÉREA: Nome genérico de um aglomerante simples, resultante da calcinação de rochas calcárias. É composta principalmente por óxidos de cálcio e pequenas quantidades de impurezas (óxidos de magnésio, sílica, óxidos de ferro e óxidos de alumínio). O processo de fabricação consiste na extração da rocha e queima (calcinação) resultando na cal viva ou virgem. AGLOMERANTES CAL: PROCESSO DE FABRICAÇÃO: Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 3 AGLOMERANTES CAL: CLASSIFICAÇÃO: Normalmente são classificadas segundo dois critérios: composição química básica: � CAL CÁLCICA: composta por no mínimo 75% de óxidos de cálcio (CaO). Esse tipo de cal possui como caraterística a maior capacidade de sustentação da areia. � CAL MAGNESIANA: possui no mínimo 20% de óxidos de magnésio (MgO) em sua composição. Quando utilizada em argamassas, esse tipo de cal dá origem a misturas mais trabalháveis. AGLOMERANTES CAL: CLASSIFICAÇÃO: ... e rendimento da pasta: � CAL GORDA: possui rendimento superior a 1,82 (uma unidade de volume de cal dá origem a mais de 1,82 unidades de volume de pasta). A variedade cálcica é um exemplo de cal gorda. � CAL MAGRA: possui rendimento inferior a 1,82 (uma unidade de volume de cal dá origem a menos de 1,82 unidades de volume de pasta) A cal magnesiana é um exemplo de cal magra. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 4 AGLOMERANTES CAL: PROPRIEDADES: • Produto de cor branca; • Grãos de grande tamanho e estrutura porosa; • Boa plasticidade (facilidade de aplicação maior na cal magnesiana); • Cal cálcica possui maior capacidade de sustentação que magnesiana (retração); • Endurecimento lento – camadas espessas permanecem frágeis em seu interior por longo período de tempo. AGLOMERANTES CAL VIRGEM: Para o uso como aglomerante a cal precisa de adição de água: • em obra é chamada de extinção (produto resultante: cal extinta); • em fábrica tem-se a cal hidratada . A quantidade de água a ser adicionada deve ser o bastante para umedecer completamente o material. Após o inicio da reação adicionar água lentamente, sem qualquer agitação durante a extinção – somente após para homogeneizar a pasta. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 5 AGLOMERANTES CAL VIRGEM: Tempos para extinção (hidratação da cal – na obra): PASTA OBTIDA DA CAL EM PEDRA: 7 a 10 dias após a extinção (adição de água); PASTA OBTIDA DE CAL PULVERIZADA: 20 a 24 horas após a extinção (adição de água); PASTA OBTIDA DE CAL MAGNESIANA: Duas semanas após a adição de água (hidratação do óxido de magnésio é muito lenta). AGLOMERANTES CAL HIDRATADA: É um produto manufaturado que sofreu em usina o processo de hidratação. Este processo mecânico é realizado em três estágios: 1. A cal viva é moída ou pulverizada; 2. O material moído é completamente misturado com a quantidade de água necessária; 3. A cal assim hidratada é separada da não-hidratada e das impurezas, através dos processos de peneiramento, ar ou outro processo. É um material homogêneo e com a produção bem controlada. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 6 AGLOMERANTES CAL HIDRATADA: FLUXOGRAMA DE FABRICAÇÃO: AGLOMERANTES CAL HIDRATADA: Oferece vantagens quando comparada à cal virgem: � Facilidade de manuseio, transporte e armazenamento; � Produto pronto pra uso (elimina o processo de envelhecimento no canteiro de obras); � Maior facilidade de mistura na elaboração das argamassas; � Elimina o risco de incêndios durante o transporte e armazenamento. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 7 AGLOMERANTES CAL HIDRATADA: A cal hidratada pode ser encontrada em diversas embalagens: 8kg, 20kg, 25kg ou 40kg. Normalmente estão disponíveis no mercado três tipos de material: � CH – I: Cal hidratada especial (tipo I); � CH – II: Cal hidratada comum (tipo II); � CH – III: Cal hidratada com carbonatos (tipo III). As cales do tipo CHI e CHII (nível de pureza) são as mais empregadas na construção civil por possuírem maior capacidade de retenção de água e de areia, tornando-as mais econômicas. AGLOMERANTES CAL: APLICAÇÕES: Utilizado principalmente na composição de argamassas: AREIA + CAL HIDRATADO + CIMENTO PORTLAND + ÁGUA: � Assentamento de blocos cerâmicos; � Chapisco (aumenta a aderência do substrato com o emboço); Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 8 AGLOMERANTES CAL: APLICAÇÕES: Utilizado principalmente na composição de argamassas: AREIA + CAL HIDRATADO + CIMENTO PORTLAND + ÁGUA: � Emboço (“reboco grosso”); AGLOMERANTES CAL: APLICAÇÕES: Utilizado principalmente na composição de argamassas: AREIA + CAL HIDRATADO + CIMENTO PORTLAND + ÁGUA: � Emboço (“reboco grosso”); Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 9 AGLOMERANTES CAL: APLICAÇÕES: Utilizado principalmente na composição de argamassas: CAL HIDRATADO + ÁGUA: � Revestimento fino (“massa fina”, “reboco fino”, “calfino”); AGLOMERANTES CAL: OUTRAS IMPORTANTES APLICAÇÕES: � pinturas (possuem propriedades fungicidas e bactericidas), � misturas asfálticas, � estabilização de solos, � fabricação de blocos sílico-calcários, � indústria metalúrgica (utilizada para a separação da escória, que é um resíduo da fabricação de aço para a construção civil), � etc.. ARMAZENAGEM: Armazenado em pilhas de, no máximo, 20 sacos, em local fechado e sobre estrados ou chapas de madeira. Em obra deve-se evitar o recebimento da cal quando a embalagem estiver danificada e quando o material não deve ficar estocado por longos períodos. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 10 AGLOMERANTES CAL: VANTAGENS: A adição de cal às argamassas proporciona melhorias: � aumenta de trabalhabilidade da mistura; � tornar as argamassas mais econômicas pela possibilidade de aumento na quantidade de agregados; � custo reduzido da cal em relação ao cimento; � aumenta a retenção de água, o que melhora a aderência entre os elementos da construção, pois a argamassa cede água gradativamente para os elementos onde é empregada; � reduz a retração (fissuras). Os revestimentos de argamassa de cal e areia devem ser executados em camadas finas, com intervalo de aproximadamente 10 dias entre as camadas, possibilitando o endurecimento completo do material. AGLOMERANTES GESSO: O gesso é um aglomerante obtido a partir da eliminação parcial ou total da água de cristalização contida em uma rocha natural chamada gipsita, que ocorre na natureza em camadas estratificadas. É um aglomerante aéreo, não suporta contato com a água após endurecido. 94% das Jazidas de Gipsita encontram-se em Araripina-PEMateriais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 11 AGLOMERANTES GESSO: PROCESSO DE FABRICAÇÃO: A obtenção ocorre por meio de 3 etapas: � extração da rocha; � diminuição de tamanho (trituração e queima do material) � exposição da rocha a temperaturas que podem variar de 100 a 300ºC (calcinação), obtendo como resultado o gesso com desprendimento de vapor d’água (de acordo com a temperatura de queima podem resultar diferentes tipos de produtos) O processo de queima da gipsita normalmente é feito em fornos rotativos e pode ser resumido na equação química a seguir: AGLOMERANTES GESSO: PROPRIEDADES: � um pó branco, de elevada finura, comercializado principalmente em sacos de 1, 20, 40 ou 50 kg (usual); � densidade aparente entre 0,70 e 1,00 (diminui com o grau de finura), absoluta 2,7; � pega rápida – entre 15 e 20 minutos; � solúvel em água após endurecido; � resistência à tração 0,7 à 3,5 MPa; � resistência à compressão 5 à 15 Mpa; � resistência mecânica diminui com o teor de umidade; � grande coeficiente de dilatação térmica (2 x concreto); � baixa condutibilidade térmica (isolante); � aderência: boa (ao tijolo, pedra e ferro galvanizado) e ruim na madeira. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 12 AGLOMERANTES GESSO: PROCESSO DE FABRICAÇÃO PARA USO – PRODUTO FINAL: Misturado com água, o gesso torna-se plástico e enrijece rapidamente, retornando a sua composição original, produzindo uma fina malha de cristais de sulfato hidratado, interpenetrada, responsável pela coesão do conjunto (reação exotérmica: pega acompanhada de elevação de temperatura). Quantidade de água necessária para o amassamento do gesso: 50 a 70% O amassamento é feito com excesso de água para evitar uma pega muito rápida, tornando a pasta manuseável por tempo suficiente à aplicação. Perda de água = endurecimento > resistência. AGLOMERANTES GESSO: APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL: • Utilizado principalmente em revestimentos e decoração de interiores. • Uso para obtenção de superfícies lisas, podendo substituir a massa corrida e a massa fina (apenas misturado com água); • Quando misturado com areias, na forma de argamassas; • Sistema drywall - empregado em larga escala no formato de placas (paredes leves) ou chapas – forros, divisórias, acabamento em uma parede de alvenaria bruta ou em mal estado, melhoria nos índices de vedações térmicos ou acústicos do ambiente em que for empregado. Por ser um aglomerante aéreo, não se presta para a aplicação em ambientes externos devido à baixa resistência em presença da água. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 13 AGLOMERANTES GESSO EM PLACA (GESSO DE PARIS): Também conhecidas como placas gesso autoportante, são fabricadas no sistema de encaixe tipo “macho e fêmea”, em dimensões padronizadas (placa para forro: 60x60cm). MONTAGEM DO FORRO: Fixadas no teto com arames galvanizados (18 ou 16), as placas são chumbadas com estopa (juta cardada). AGLOMERANTES GESSO EM PLACA (GESSO DE PARIS): Juta cardada: Fibra natural de juta (erva lenhosa) produzida através de manejo orgânico. A Juta cardada é primeiro produto comercial obtido a partir da preparação das fibras. Emendas e juntas recebem acabamento da pasta obtida com a mistura de gesso e água. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 14 AGLOMERANTES GESSO EM PLACA (GESSO DE PARIS): CUIDADOS NA EXECUÇÃO DE FORRO DE GESSO: • Manter junta periférica do forro em relação as paredes (negativo, moldura); • Limitar o tamanho dos “panos” (prever juntas de dilatação, detalhes, etc..) • Cuidados especiais no nivelamento das placas e acabamento nas emendas; AGLOMERANTES GESSO EM PLACA (GESSO DE PARIS): Adquirido usualmente por m², necessita de mão de obra especializada para a sua execução. • Normalmente adquirido cru (sem sistema pintura); • Acabamentos (negativos, mudanças de níveis, sancas, molduras e detalhes encarecem bastante o valor do m² - usualmente cobrados por metro linear). Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 15 AGLOMERANTES GESSO EM PLACA (GESSO DE PARIS): PAREDES LEVES (DIVISÓRIA DE BLOCOS): De uso crescente – trata-se de uma parede composta de blocos moldados em gesso, com encaixe tipo “macho e fêmea”. As emendas são realizadas com o uso de pasta composta de gesso e água. AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO: Os painéis de gesso acartonado são produzidos em gesso e estruturados por cartões (folhas de papelão) aplicados em ambos os lados. � miolo de gesso e aditivos – rigidez, resistência à compressão; � Revestimento de ambas as faces com papel Kraft – trabalhabilidade, resistência à tração; Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 16 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO: As chapas são fabricadas por processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão. AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO: APLICAÇÕES: Somente para uso interno: � Paredes Divisórias; � Forros; � Revestimentos; Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 17 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO: VANTAGENS: � Leveza – baixo peso permite a redução no dimensionamento das estruturas e fundações das construções (parede 14cm = 42kg/m²); � Ganho de área útil – espessura das paredes inferior; � Estética – superfícies lisas e sem juntas aparentes, podendo ser planas ou curvas; � Versatilidade – pode receber qualquer tipo de revestimento/acabamento (pintura, papel de parede, azulejos, etc..); � Isolação Térmica e Acústica – espaço interno permite a colocação de lã mineral; � Facilidade na instalação – facilidade na montagem dos painéis e instalações; AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO: DESVANTAGENS: � Custo; � Cargas pontuais elevadas devem ser previstas com antecedência (> 35 kg); � Preconceito (construtor e consumidor) � Restrições a elevadas umidades � Baixo número de fornecedores Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 18 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO: TIPOS DE CHAPAS: � Chapas Standard (ST): Chapa de uso em áreas secas em geral (revestimento, forro e divisórias) – cor do cartão marfim/cinza; � Chapas Resistentes à Umidade (RU): Também conhecidas como "chapas verdes", possuem elementos hidrofugantes (silicone no gesso e no papel) e são indicadas para uso em áreas úmidas (banheiros, cozinhas, áreas de serviço, etc.). � Chapas Resistentes ao Fogo (RF): São as “chapas rosas”. Contêm retardantes de chama em sua fórmula (Fibra de vidro), sendo indicadas para uso em áreas especiais (saídas de emergência, escadas enclausuradas, etc..) AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO: TIPOS DE CHAPAS: Chapas acartonadas – dimensões: � L= 60,0 ou 120,0 cm � C = 240,0 ou 360,0 cm Espessuras: 7; 10; 12,5; 15, 20 e 25 mm Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 19 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: Drywall é o sistema para a construção de paredes e forros mais utilizado na Europa e USA. Por fora assemelha-se a uma parede de alvenaria convencional e por dentro trata-se de uma parede “técnica” (possibilita a passagem das instalações, isolantes termo- acústicos, etc.). É composta de estrutura em metal leve galvanizado e de placas de gesso acartonado. AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 20 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: PROJETO E ESPECIFICAÇÕES: O Projeto básico deve apresentar: � Planta baixa (espessura da parede e chapas, espaçamento entre montantes, etc..); � Elevação das divisórias com a localização das instalações (hidráulicas, elétricas, etc..); � Detalhesconstrutivos (juntas de movimentação, isolamento termo-acústico, fixação dos batentes, etc..); � Especificações dos materiais e acabamentos AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS: Ex.: Divisória de gesso acartonado, parede com placas padrão (standard) com espessura de 12,5mm; montantes em aço leve de 48 mm de largura, espaçados a cada 60 cm; e lã de vidro no “miolo” da parede. DIV STA BA 12,5 – D 73/48/600 LV 45 Placa padrão Espessura da Placa Espessura total parede Espessura Montante Espaçamento entre montantes Tipo de Isolamento termo-acústico Espessura do isolamento termo-acústico Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 21 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: DETALHES CONSTRUTIVOS: Prever no projeto básico: � Juntas de movimentação – tem objetivo evitar fissuração em paredes de grandes dimensões. � Nas paredes simples: uma junta a cada 50 m2 � Nas paredes duplas: uma junta a cada 70 m2 � Distancia máxima entre as juntas é de 15m (paredes simples ou duplas) � Detalhes da impermeabilização em ambientes molháveis � Fixação de batentes AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: DETALHES CONSTRUTIVOS: JUNTA SIMPLES (dimensões em mm) JUNTA FLEXIVEL (dimensões em mm) Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 22 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: DETALHES CONSTRUTIVOS: JUNTA PROTEGIDA, resistente ao fogo, isolada acusticamente (dimensões em mm) AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: PROCEDIMENTO EXECUTIVO: 1. Marcar no piso e no teto a localização das guias e pontos de referência; 2. Fixação das guias a cada 60 cm, com parafuso e bucha ou pino de aço com pistola (em situações especiais há a necessidade de colagem - consultar o fabricante; 3. Preparar os montantes com 5 mm de folga para o pé-direito; 4. Fixar o montante de partida nas paredes laterais e nas guias; 5. Fixar os demais montantes verticais no interior das guias, a cada 40 ou 60 cm (ver projeto); 6. Fixação das chapas de gesso com folga de 1 cm da altura do pé-direito; 7. Fixar as chapas de encontro aos montantes encostadas no teto e com a folga para o chão; Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 23 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: PROCEDIMENTO EXECUTIVO: 8. Espaçamento de 30 cm entre parafusos e >1cm da borda 9. Após a fixação das chapas em uma face da parede executar as instalações elétricas e hidráulicas (com teste de estanqueidade); 10. Colocação o isolamento termo-acústico (se especificado); 11. Fechamento da outra face 12. Tratamento das juntas • Aplicação de massa de rejuntamento entre as chapas; • Colocação da fita de papel reforçada no eixo da junta; • Impregnar com massa e apertar firmemente (a massa tem que facear a superfície); 13. Após secagem, fazer acabamento com fina camada de massa e desempenadeira metálica AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: PROCEDIMENTO EXECUTIVO: Itens a serem observados durante a construção do sistema: • Em paredes de ambientes molháveis somente utilizar placas hidrófugas, prevendo impermeabilização no encontro com o piso - revestimento com azulejo ou pintura impermeável; • Prever reforços estruturais internos (acrescentar perfis de aço leve ou madeira fixadas aos montantes) para receber cargas nas paredes (bancadas) que ultrapasse o limite do fabricante; • No caso de revestimento cerâmico, utilizar argamassa colante especial; • Texturas podem ser aplicadas diretamente; • No caso de pintura lisa, a tinta não deve ser diluída; Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 24 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: PROCEDIMENTO EXECUTIVO: AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: PROCEDIMENTO EXECUTIVO: Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 25 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: PROCEDIMENTO EXECUTIVO: AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: FERRAMENTAS: � Estilete e serrote (corte e acabamento das chapas); � Serrotes (comum e de ponta); � Tesoura (corte dos perfis); � Alavanca (posicionamento das placas de gesso); � Parafusadeira (fixação das chapas à estrutura metálica); � Espátula (plana, larga e em ângulo) e desempenadeira metálica (tratamento das juntas entre as chapas); � Nível, linha e prumo de face; � Serra-copo; � Agitador de massa (adaptável à furadeira); � etc.. Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 26 AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: COMO PENDURAR CARGAS NAS PAREDES: • Até 5 Kg – procedimento normal – utilização de ganchos e pregos fixados diretamente às placas – utilizar bucha plástica para gesso; • Até 30 kg – utilizar buchas metálicas de expansão ou basculantes – multiplicar os pontos de ancoragem, respeitando espaçamento mínimo de 40cm entre buchas; • Mais de 30kg – prever reforços na estrutura – Parede nova: fixar na estrutura reforços de madeira ou aço leve verticais, em numero adequado, observando os eixos dos esforços – Parede Existente: cortar a placa em uma das faces (abrindo uma “janela” para trabalho), fixar reforços de madeiras ou aço leve compatíveis com o material a ser pendurado, reconstruir a parede (preferencialmente o mesmo pedaço retirado), parafusando a cada 20 cm sobre a estrutura e o reforço (as juntas devem estar sempre alinhadas às estruturas AGLOMERANTES GESSO ACARTONADO – SISTEMA DRYWALL: MANUSEIO DAS PLACAS: � As chapas devem ser transportada na posição vertical, uma a uma, ou, quando cintadas, duas a duas; ESTOCAGEM: � Lugar plano, seco e abrigado; � Sobre apoios, com largura mínima 10cm, espaçados 40cm; � Pode-se compor cinco pilhas de placas (5,0m) Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 27 AGLOMERANTES GESSO LISO: Somente para uso interno, pode ser do tipo desempenado ou sarrafeado, e consiste na preparação de uma pasta composta de água e gesso com a finalidade de acabamento de paredes e forro sem o uso de argamassa convencional (areia + cal+ cimento + água). ATIVIDADE ACADÊMICA EFETIVA: Fazer a leitura do artigo GESSO LISO, seção revestimento, da revista Téchne, editora Pini, edição 99, de junho de 2005, pág. 36-38 – Disponível no portal AGLOMERANTES AGLOMERANTES ESPECIAIS: � CIMENTO SOREL (CIMENTO DE OXICLORETOS): Composto pela mistura de magnésia calcinada com cloreto de zinco e oxido de zinco com cloreto de magnésia – Pega < 24 Horas, material resultante especialmente duro e resistente a abrasão, com baixa resistência à água. � CIMENTOS RESISTENTES À AÇÃO DE ÁCIDOS: Produtos orgânicos, utilizados em ambientes com pH baixo – principais resinas furan (C4H4O), resinas fenólicas e resinas epóxi. � CAL POZOLÂMICA: Cal hidratada + Pozolana (25% - 45%) – Aglomerante em desuso Materiais de Construção II - AGLOMERANTES Engº Luiz Gustavo Laval 28 AGLOMERANTES AGLOMERANTES ESPECIAIS: � CAL METALÚRGICA: Cal hidratada + Escória de alto forno finamente pulverizada – Produto não utilizado no Brasil. � CAL HIDRÁULICA: Produto muito semelhante à cal aérea – material obtido a partir da calcinação de uma rocha calcária – diferença é o material de origem: uma rocha calcária que, natural ou artificialmente, contenha uma maior proporção de materiais argilosos. Não é um produto adequado para construções sob a água, possui pega muito lenta. Produto mais adequado a usos de menor agressividade, como na construção de alvenarias. LEITURA COMPLEMENTAR: Capitulo 2, item 2.5.5 (Cal hidráulica), pág. 32-33, da bibliografia básica: BAUER, L. A. F. Materiais de Construção – Volume 1. Editora LTC
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