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Chamamento ao Processo

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRASÍLIA - IESB 
 
 
 
 
 
 
 
CHAMAMENTO AO PROCESSO 
Responsabilização de um ou mais terceiros na solução de uma lide 
 
Geilton Gomes de Assis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maio – 2015 
Brasília - DF 
 
 
 
Sumário 
Introdução ............................................................................................................................................ 4 
Chamamento ao Processo ..................................................................................................................... 5 
Previsão no Novo Código de Processo Civil ........................................................................................... 6 
Admissibilidade ..................................................................................................................................... 8 
Denunciação da Lide x Chamamento ao processo ................................................................................10 
Impedimentos ......................................................................................................................................11 
Considerações Finais ............................................................................................................................13 
Referências Bibliográficas: ...................................................................................................................14 
 
 
 
 
3 de 14 
 
CHAMAMENTO AO PROCESSO 
 
 
Geilton Gomes de Assis1 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Dentre as várias mudanças do Novo Código de Processo Civil trazemos as novas 
regras do Chamamento ao Processo, até então previstos, nos artigos 77 ao 80 do 
atual Código. Frisa-se que as mudanças passarão a valer a partir de março de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALAVRAS CHAVE: 
Chamamento ao processo. Denunciação da Lide. Intervenção de terceiros. Devedor 
solidário. Lei 13.105/2015. 
 
1 Aluno do curso de Direito do Centro Universitário de Educação Superior de Brasília - IESB 
4 de 14 
 
Introdução 
 
O presente trabalho busca mostrar a modalidade de intervenção de uma 
terceira pessoa na solução de uma demanda. 
Por intermédio do réu, uma terceira ou mais pessoas poderão fazer parte do 
processo, todos solidários, interessados na solução da lide. 
Esses interessados, por muitas vezes não são responsabilizados por não 
serem de conhecimento do autor, mas que causaram prejuízo ao réu, a quem era de 
direito a dívida. O chamamento ao processo traz mais segurança e celeridade na 
resolução dessas causas. 
 
 
5 de 14 
 
Chamamento ao Processo 
 
É a intervenção, inclusão, de uma terceira parte provocada pelo réu, para 
fazer parte no polo passivo na relação processual para responsabilização a que se 
pede na demanda, a fim de que os coobrigados assumam a responsabilidade na 
conclusão do feito. 
Já nos ensina, em uma excelente definição, Humberto Theodoro Jr: 
“Chamamento ao processo é o incidente pelo qual o devedor 
demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados 
pela dívida, de modo a fazê-los também responsáveis pelo resultado do 
feito2” 
 
Salienta Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero que: 
“Chamamento ao Processo é hipótese de intervenção forçada de 
terceiro que tem por objetivo chamar ao processo todos os possíveis 
devedores de determinada obrigação comum a fim de que se forme 
título executivo que a todos apanhe.3” 
 
O réu, no prazo estabelecido em lei, pode chamar qualquer pessoa que possa 
fazer parte da ação para a solução da lide de forma pacífica, assim, o chamamento 
ao processo não só pressupõe que a terceira parte faça parte do polo passivo da 
ação, como impõe a alegação de existência de relação jurídica entre o chamante e o 
chamado, ou seja, as hipóteses de chamamento ao processo presume-se no 
envolvimento de interesses solidários entre devedores e fiadores. 
Bem nos ensina sobre o chamamento ao processo Nelson Nery: 
“O chamamento, do ponto de vista do credor, é desvantajoso, porque 
estende o processo a devedores com quem ele não quis demandar, 
 
2 THEODORO JR., Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral do direito 
processual civil e processo de conhecimento – vol. I – Rio de Janeiro: Forense, 2012, p. 159. 
3 MARINONI, Luiz e Mitidiero. Código de Processo Civil – 6º ed., Revista dos Tribunais, p. 151 
6 de 14 
 
além de retardar o andamento da causa com as discussões que 
podem surgir entre os codevedores, e que são sem interesse para 
o credor. Por esses motivos, o instituto enfraquece o direito de crédito, 
ao complicar e retardar os meios para sua exigência em juízo.”4 
 
Previsão no Novo Código de Processo Civil 
O caput do artigo 130 mostra as possibilidades de admissão do chamamento 
ao processo, deixando claro que fica facultado ao réu trazer uma terceira parte para 
compor a lide, observando, o prazo de trinta dias, na apresentação da contestação 
conforme o artigo 131 e ou parágrafo único do mesmo dispositivo. 
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: 
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; 
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; 
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou 
de alguns o pagamento da dívida comum. 
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio 
passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida 
no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o 
chamamento. 
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou 
subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) 
meses. 
Art. 130, I – Trata de instituto relativo às intervenções de terceiros, pelo qual o 
réu busca trazer ao polo passivo da demanda codevedores solidários ou o próprio 
devedor principal da obrigação pleiteada pelo autor. 
Art. 130, II - havendo vários fiadores, caso o autor tenha demandado somente 
um, podendo este trazer aos autos os demais cofiadores. 
 
4 Nery, Nelson, in, Código de Processo Civil Comentado, ed. RT, 10ª ed. P. 297) 
7 de 14 
 
Art. 130, III - é a de que se relaciona à solidariedade entre os devedores; 
tendo sido proposta a demanda somente em face de um deles, pode este chamar ao 
processo os demais codevedores, a fim de garantir o alcance de eventual coisa 
julgada desfavorável a seus interesses. 
O legislador buscou apaziguar a norma, definindo o prazo para interposição 
do terceiro interessado, uma vez que o objetivo do chamamento é fazer com que o 
magistrado possa declarar eventuais responsabilidades dos coobrigados, na mesma 
sentença em que irá proferir ao analisar o mérito principal que lhe fora demandada. 
Assim, não há que se falar de interposição de coobrigação após a 
condenação, uma vez que fica facultado ao réu o chamamento do corresponsável 
logo na lide, evitando, assim, agravos recursais e eventuais despesas com o 
judiciário, bem como o desgaste da apreciação da lide. 
O artigo 132 continua, em relação a decisão do magistrado, previsto no antigo 
artigo 80 do CPC. No Novo Código de Processo Civil, a sentença de procedência 
continuará a valer como como título executivo em favor do réu que satisfizer a 
dívida. O mesmo poderá exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um 
dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. 
A decisão no chamamento deve analisar a situação jurídica de todos oschamados simultaneamente. Caso seja procedente, o julgado valerá como título 
executivo contra todos os litisconsortes, podendo o demandante requerer o 
cumprimento da sentença contra qualquer um deles. 
Importante o esclarecimento de que ao demandado que cumprir a decisão, 
sub-roga-se no direito do demandante, podendo exigir a prestação dos demais 
proporcionalmente a responsabilidade de cada um, permitido a cobrança por inteiro 
do devedor principal. 
A Sentença que condenar o devedor solidário ao pagamento da integralidade 
da dívida ao credor, poderá, também, caso haja o chamamento ao processo do 
devedor principal, apurar as responsabilidade em relação ao fiador, que assumirá 
parte, se não a, totalidade da dívida. 
De forma mais explicativa funcionaria assim: 
8 de 14 
 
Se A deve R$ 100 (cem reais) a B, em um litígio entre A e B; 
A, no prazo de 30 (trinta) dias, chama C para fazer parte do litígio, 
alegando que ele é o verdadeiro devedor de B. 
Admitido o chamamento aos autos, o juiz proferirá a sentença no qual 
poderá reconhecer a dívida, sendo de C, de A ou de ambos. 
Caso uma das partes resolva liquidar a dívida com C, o outro passará a 
ser o devedor de quem fez a liquidação, sendo passível de 
ressarcimento. 
 
No exemplo exposto, fica claro que o chamamento ao processo, previsto no 
art. 130, III, NCPC e art. 77, III do atual, daria uma solução simples e pacífica ao 
litígio apresentado e que após o pagamento da dívida, haveria a sub-rogação dos 
direitos creditórios, que passariam a quem efetivou a amortização. 
 
Admissibilidade 
 
Feita a análise do Chamamento ao Processo, cabe explicar a possibilidade de 
admissibilidade desta faculdade. 
Bem salienta o Min. Humberto Gomes de Barros na decisão ao REsp. 
960.763/RS: 
“O chamamento ao processo só é admissível em se tratando de 
solidariedade legal” 
Como o instituto está relacionado à uma garantia simples, não se tratando de 
direito regressivo (o que configuraria caso de denunciação à lide5), logo será 
admitido ao chamamento ao processo o “afiançado, na ação em que o fiador for 
réu.” Art. 130, I do novo CPC. 
 
5 Denunciação é o ato pelo qual a parte, a fim de garantir seu direito de regresso, no caso de 
que acabe vencida na ação, chama à lide terceiro garantidor, a fim de este integre o processo. 
9 de 14 
 
Tanto à denunciação a lide quanto o chamamento ao processo são 
intervenções de terceiros previstos no Código de Processo Civil, que tem como 
garantia o direito de evicção ou de regresso. Tornam-se obrigatórios para aquele 
que estiver forçado pela lei ou por contrato a indenizar, por via de regresso, o 
prejuízo do que perder a demanda. 
Pode ocorrer chamamento no processo de conhecimento, procedimento 
comum ordinário e no procedimento comum sumário, nesse último caso desde que 
fundado em contrato de seguro. 
Haverá, também, chamamento ao processo na obrigação de prestar 
alimentos. Em sendo mais de uma pessoa obrigada a prestá-los, todas deverão 
concorrer na proporção de seus recursos; sendo proposta a ação em face de uma 
delas, as demais poderão ser chamadas a integrar a lide, ensina Sílvio de Salvo 
Venosa que: 
“se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em 
condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a 
concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a 
prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos 
recurso, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser 
chamadas a integrar a lide.”6 
 
Nos ensina o professor Fredie Didier que “só cabe chamamento ao processo 
se, em face da relação material deduzida em juízo, o pagamento da dívida pelo 
chamante dê a este o direito de reembolso, total, ou parcial, contra o chamado7”. 
Outra forma seria a responsabilização civil do fornecedor de produtos e 
serviços, previstos no Código de Defesa do Consumidor. 
O chamamento ao processo, em outras linhas, é cabível em todos os 
procedimentos, salvo na execução forçada e no processo cautelar, é 
direito privativo do réu na relação processual e que deve ser exercido 
 
6 Venosa, Sílvio de Salvo. Código Civil Interpretado, 3ª Ed.; 2013. Ed. Atlas, p. 1975 
7 DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: Introdução ao Direito Processual Civil e 
Processo de Conhecimento. Vol 1,14ª ed. Rev., ampl. E atual. Salvador: Ed. Juspodivm, 2012, p. 405. 
10 de 14 
 
no prazo para a contestação, por meio de uma petição de chamamento 
ao processo ou através de um capítulo da contestação. 
Citado o que foi chamado pelo réu para integra o processo sem que 
seja apresentada qualquer resposta ao juiz, será dado o 
prosseguimento ao processo, com a decretação da revelia dele, tal 
como ocorre na denunciação da lide, e, portanto, caberá ao réu 
originário o prosseguimento da defesa.8 
 
Denunciação da Lide x Chamamento ao processo 
 
A denunciação da lide ou litisdenunciação é forma de intervenção de terceiros 
coata, pois decorre de ato de vontade da parte, e não do terceiro, que vem a se 
tornar parte do processo ainda que assim não queira. Efetivada a citação do terceiro 
em relação ao primeiro litígio, este se torna assistente da parte que lhe haja 
denunciado a lide e, cumulativamente, réu na segunda demanda. Ou seja, teremos 
em um mesmo processo duas relações jurídicas processuais, uma instrução apenas 
e uma única sentença. 
A primeira demanda é prejudicial em relação à segunda, que somente poderá 
ser julgada procedente se houver necessidade de recomposição do patrimônio do 
denunciante, pela qual o terceiro seja responsável. Arruda Alvim destaca: 
Sendo feita a denunciação, teremos duas ações tramitando 
simultaneamente. Uma, a principal, movida pelo autor contra o réu; 
outra, eventual, movida pelo litisdenunciante contra o litisdenunciado. 
Diz-se que a segunda ação é eventual, porque somente terá resultado 
prático, se e quando o julgamento for desfavorável ao denunciante na 
primeira ação. Aí, então, é que se apreciará a sua procedência ou 
improcedência (art. 76) em si mesma: existe, ou não, o pretendido 
direito de regresso9. 
 
8Pinho, Humberto Dalla Bernadinha; Direito Processual Civil Conteporâneo,1 Teoria Geral do 
Processo, Ed. Saraiva, 4ª edição, 2012. Versão Eletrônica p. 244 
9 ALVIM, Arruda. Manual de Direito Processual Civil, vol. II. São Paulo, Editora Revista dos Tribunais. 
7ª edição, 2000, p. 169 
11 de 14 
 
Bem nos explica José Roberto dos Santos Bedaque a diferença entre 
denunciação a lide e chamamento ao processo: 
“Denunciação da lide e chamamento ao processo são modalidades 
diversas de intervenção de terceiros, muito embora haja certa confusão 
entre elas. A distinção deve ser feita à luz da relação material. No 
chamamento, os chamados passam a ocupar a posição de réus, visto 
que todos integram a mesma situação de vida e o pedido, embora 
formulado a um deles, diz respeito a todos. O chamante traz para o pólo 
passivo da demanda os demais co-responsáveis pela obrigação. Já na 
denunciação existe vinculo substancial apenas entre o denunciante, que 
exerce direito de regresso, e denunciado, obrigado pela garantia. 
Em síntese, na denunciação existe vínculo jurídico no plano material 
apenas entre denunciante e denunciado; no chamamento, os chamados 
são devedores do credor comum, não do chamado. 
A diferença entre ambos reside, pois, na existência ou não de vínculo 
direto, no plano material, entre o terceiro e a parte contrária àquela que 
provoca sua intervenção. Exatamente por isso, os chamados serão 
condenados perante o autor,já denunciado somente responde ao 
denunciante. Não parece possível, pois, ser o litisdenunciado 
condenado perante a parte contrária do denunciante. Inexiste, no plano 
jurídico-material, qualquer relação entre eles.”10 
 
Impedimentos 
 
Entende o Superior Tribunal de Justiça que “não pode o magistrado, ex 
offício, sem nenhum ato formal expresso, determinar a citação de terceiro para 
integrar a lide11”. 
Ainda sobre as impossibilidades, salienta Celso Agrícola Barbi que: 
 “várias razões de natureza processual podem ser invocadas para 
mostrar a inviabilidade da utilização do chamamento ao processo na 
execução, a começar pela inexistência de fase adequada para 
 
10 MARCATO, Antônio Carlos e outros. Código de Processo Civil Interpretado. Editora Atlas. 
São Paulo, 2004, p. 180 
11 STJ, 3ª T, REsp 49.180, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito. 
12 de 14 
 
discussão e decisão das divergências entre os vários co-devedores. A 
execução é procedimento do tipo de contraditório eventual, isto é, em 
que a impugnação pelo executado não é considerada como fase 
integrante do processo. Se ela surgir, o faz como incidente, em forma 
de embargos e não de contestação, e para autuação em apenso como 
dispõe o artigo 736 (...). O incidente de chamamento ao processo só 
usa expressões adequadas à ação condenatória, que é ação de 
conhecimento e não de execução; refere-se ao prazo da contestação, à 
figura do réu, à condenação dos chamados a pagarem o débito do 
autor. Seria impossível que nos embargos do executado, em que, como 
se já se disse, não há sentença condenatória, o juiz se abstivesse de 
condenar o executado inicial e fosse condenar os chamados por ele 
processo.”12 
Segundo o princípio da Demanda, também, conhecido como Princípio da 
vinculação do juiz ao pedido, o magistrado fica impedido de chamar aos autos 
aquele que o autor não pugna. 
Assim, aduz art. 141 do novo Código, o que não muda em nada em relação 
ao antigo 128 do CPC, que veda ao juiz decidir o mérito sem a propositura das 
partes, que inclui-se no mesmo entendimento as vedações dos artigos 2º e 492, 
ambos do novo CPC. 
Na fase executória, também é inadmissível o Chamamento, já que o deslinde 
da ação foi exaurido na decisão. 
Também inadmissível nos Juizados Especiais, por força normativa prevista no 
artigo 10 da lei 9.099/95, não se admite a intervenção de terceiros e a assistência, 
pois o procedimento adotado orienta-se pelos critérios da oralidade, simplicidade, 
informalidade, economia processual e celeridade bem como a conciliação como 
meio de resolução do mérito; e admitir uma nova pessoa aos autos poderia trazer 
mais complicação e menos celeridade a solução do litígio. 
Assim, o Juizado Especial só admite litisconsórcio os entes públicos definidos 
taxativamente em lei. 
 
12 Wagner Junior, Luiz Guilherme da Costa. Processo Civil Curso Completo, 2ª Ed., Del Rey 
Ed., p. 148 
 
13 de 14 
 
Considerações Finais 
A pesquisa buscou mostrar a eficiência de se trazer aos autos uma terceira 
pessoa como litisconsorte a fim de facilitar a resolução de um litígio. 
O instituto do chamamento ao processo, além de trazer mais celeridade e 
confiabilidade nos recebimento dos créditos devidos entre o fiador e o réu, traz uma 
forma de o réu ser ressarcido, caso perca a ação, pelo real devedor ou a quem 
deveria estar sendo responsabilizado. 
Cabível em três modalidades, prevista nos artigos 130 aos 132 do Novo CPC 
(arts. 77 a 80 do atual CPC), admitida apenas na fase inicial, no prazo de trinta dias 
conforme artigo 131 da lei 13.105/2015. 
 Concluímos que o instituto do Chamamento ao Processo é o direito de o réu 
trazer a demanda o suposto devedor, ou devedores, como solidário, a fim de se 
responsabilizar de forma rápida e pacífica o deslinde da ação. 
14 de 14 
 
Referências Bibliográficas: 
Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm 
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 202. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm 
THEODORO JR., Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral do 
direito processual civil e processo de conhecimento – vol. I – Rio de Janeiro: 
Forense, 2012. 
MARINONI, Luiz e Mitidiero. Código de Processo Civil – 6º ed., Revista dos 
Tribunais. 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Código Civil Interpretado, 3ª Ed.; 2013. Ed. Atlas. 
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: Introdução ao Direito 
Processual Civil e Processo de Conhecimento. Vol 1,14ª ed. Rev., ampl. E atual. 
Salvador: Ed. Juspodivm, 2012. 
PINHO, Humberto Dalla Bernadinha; Direito Processual Civil Conteporâneo Teoria 
Geral do Processo, Ed. Saraiva, 4ª edição, 2012. Versão Eletrônica. 
STJ. 3ª T, REsp 49.180, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito. 
WAGNER, Junior; LUIZ, Guilherme da Costa; Processo Civil Curso Completo, 2ª 
Ed., Del Rey Ed. 
ALVIM, Arruda. Manual de Direito Processual Civil, vol. II. São Paulo, Editora 
Revista dos Tribunais. 7ª edição, 2000. 
NERY, Nelson, in, Código de Processo Civil Comentado, ed. RT, 10ª ed. 
Sitio: http://www.direitocom.com/cpc-comentado/livro-i-do-processo-de-
conhecimento-do-artigo-1o-ao-artigo-565/titulo-ii-das-partes-e-dos-procuradores-do-
artigo-7o-ao-artigo-80/capitulo-vi-da-intervencao-de-terceiros-do-artigo-56-ao-
80/secao-iv-do-chamamento-ao-processo-do-artigo-77-ao-80/artigo-77

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