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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
Livro Eletrônico
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros ................................................................................. 4
Do Litisconsórcio ............................................................................................................................. 4
Da Denunciação da Lide ............................................................................................................... 14
Do Chamamento ao Processo ..................................................................................................... 18
Do Incidente da Desconsideração da Personalidade Jurídica ..............................................19
Questões de Concurso .................................................................................................................24
Gabarito ...........................................................................................................................................42
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
ApresentAção
Olá, distinto(a) estudante! Bom dia! (saúdo dessa forma, pois estou escrevendo esta aula 
pela manhã), mas a você, companheiro(a) virtual, desejo uma boa tarde, boa noite ou boa ma-
drugada! A depender do horário em que esteja desenvolvendo essa empreitada de se preparar 
para o concurso. Sei bem, como eterno estudante que sou, que às vezes o estudo só é possível 
nos horários possíveis!
Então, vamos lá, avante, para frente, assim como o nosso glorioso Processo Civil, com 
marcha à frente. Querido(a), é com enorme alegria e entusiasmo que inicio nosso bate papo 
de hoje com os estudos acerca do litisconsórcio e, posteriormente, tratarei da intervenção de 
terceiros.
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
LITISCONSÓRCIO E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Do Litisconsórcio
Querido, quando escrevi sobre a relação processual triangular (lembra-se do desenho que 
tenho feito em aulas anteriores?) no qual há autor (demandante), réu (demandado) e Juiz como 
participantes do processo...Bem, vamos relembrá-lo.
Juiz
Réu (parcial)Autor (parcial) 
Estimado(a), todas as vezes que faço um desenho aqui, fico eternamente grato pela cria-
ção do computador, porque o professor que aqui vos fala reprovou em massinha um na Edu-
cação Infantil... (rs) A coordenação motora fina nunca foi meu forte... Minha mão esquerda só 
consegue pegar o troco daquilo que eu compro... E ainda caem as moedas! Rs. É, amigo(a), 
ainda bem que a aula é de Processo Civil e não de desenhos!
Perdoe esse desvio de assunto... Esse desabafo! Vamos voltar a falar da relação triangular 
acima. No desenho, percebe-se que há um autor e um réu, porém, as relações jurídicas proces-
suais podem ser estabelecidas com a presença de mais pessoas no polo ativo da demanda e 
mais pessoas no polo passivo. Então, quando há pluralidade de sujeitos no polo ativo ou pas-
sivo diz-se que ocorre o litisconsórcio.
Posto isso, a figura ficará da seguinte forma:
Juiz
Réu(s)Autor(es)
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Então, posso dizer a você que em caso de litisconsórcio, ocorre uma reunião de duas ou 
mais pessoas, há pluralidade de sujeitos, figurando no polo passivo ou no polo ativo do proces-
so (há mais de um autor, réu, exequente e executado).
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passiva-
mente, quando:
Ok! Do ponto de vista didático, classificarei o litisconsórcio da seguinte forma:
Quanto às pessoas(posição processual):
• Ativo: consiste na presença de duas ou mais pessoas no polo ativo (autores, demandan-
tes);
Autores
• Passivo: quando há duas ou mais pessoas no polo passivo (réus, demandados);
Réus
• Misto: nesse caso, existem duas ou mais pessoas no polo ativo (autores, demandantes) 
e duas ou mais pessoas no polo passivo (réus, demandados).
Autores Réus
Quanto à obrigatoriedade na formação do litisconsórcio: existem situações nas quais a 
formação do litisconsórcio é facultada às partes, que podem optar por não figurarem em con-
junto com outras pessoas, isto é, segue-se um juízo de conveniência do litigante. Todavia, há 
casos em que as partes serão obrigadas a demandar em conjunto. Sendo assim, a formação 
do litisconsórcio poderá ser...
Facultativa: a formação do litisconsórcio é voluntária. Ocorrerá quando houver comunhão 
de direitos ou obrigações relacionadas ao litigio, caso exista conexão lembra do conceito? 
Quando houver identidade entre as causas seja pelo pedido ou pela causa de pedir, ou ocorrer 
afinidade de questões em ponto comum de fato ou de direito.
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
O artigo 113 do NCPC, prevê hipóteses de cabimento do litisconsórcio.
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passiva-
mente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III – ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
Veja que interessante!
Com base no artigo acima existem 3 tipos de litisconsórcio, são eles:
• Em razão da comunhão.
• Em razão da conexão.
• Em razão da afinidade.
Bem amigo(a) do Gran Cursos Online, diante de um processo com um número muito gran-
de de litisconsortes (nomenclatura utilizada para definir autores e réus em litisconsórcio), o 
Juiz poderá limitar o número de litigantes com vistas a dar celeridade ao processo (senão, ele 
se aproximará muito do conceito de eternidade!) ou poderá haver limitação quando o número 
elevado puder prejudicar a defesa. Imagine a situação na qual um réu tenha que se defender 
em uma demanda com 1000 autores!
Sério professor! É possível uma ação dessa natureza?
A resposta é afirmativa. Pense em um caso de desmoronamento de um prédio com 1000 
unidades habitacionais e todos os moradores resolvem ingressar em litisconsórcio para re-
paração de danos, pois o edifício fora construído com material de baixíssima qualidade, ao 
contrário do prometido, o que gerou danos diversos aos diversos proprietários.
Cumpre destacar que o requerimento para a limitaçãodo litisconsórcio interrompe o prazo 
para manifestação ou resposta da parte e tem como marco inicial a intimação da decisão. Essa 
possibilidade de o Juiz limitar o número de litisconsortes possui o intuito de conferir celeridade 
ao julgamento e não dificultar a defesa é aplicada ao litisconsórcio multitudinário (quando há 
um número excessivo de autores e réus na relação processual, há uma multidão de sujeitos).
Agora, atenção! Essa limitação ocorrerá apenas em casos de litisconsórcio facultativo e 
não é cabível no obrigatório, conforme a colação dos artigos abaixo.
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de co-
nhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução 
do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
Veja, a legislação deixa claro que é possível o desmembramento do litisconsórcio multi-
tudinário ativo, tanto na fase de conhecimento, quanto na fase de execução. Agora, a decisão 
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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judicial que aprecia o pedido de desmembramento é agravável, ou seja, cabível o recurso de 
agravo de instrumento.
§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeça-
rá da intimação da decisão que o solucionar.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
VII – exclusão de litisconsorte;
VIII – rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
Litisconsórcio obrigatório ou necessário: ocorrerá quando a lei impuser aos litigantes a 
reunião nos polos ou em razão de uma ligação, um nexo entre os litisconsortes (por exemplo, 
um casal em comunhão de bens num litígio de penhora do imóvel, veja que os dois estarão en-
volvidos, porquanto estão ligados pelo casamento). Lembro a você que, nesse caso, não pode-
rá haver separação de processos. Vejamos o que nos diz o artigo 114 do Código de Processo:
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da re-
lação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser 
litisconsortes.
O litisconsórcio será necessário por força de lei ou quando for unitário (com uma relação in-
cindível, indivisível). Segundo o Superior Tribunal de Justiça é possível o litisconsórcio ativo 
necessário (posição do Superior Tribunal de Justiça – nesse sentido, o REsp 1.222.822-PR).
Amigo(a), ressalto que a sentença proferida pelo Juiz sem integração do contraditório será 
nula quando deveria ser uniforme (uma forma) para os litisconsortes e ineficaz, nos demais 
casos quanto aos litisconsortes que não foram citados.
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I – nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo;
Veja, a sentença só é nula quando proferida contra o sujeito. Agora, se ela foi proferida a 
favor daquele que não foi citado, não há problema.
II – ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
Se o litisconsórcio necessário é simples, a sentença vale para aquele que foi citado, mas é 
ineficaz para o que não foi citado.
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que 
requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de 
extinção do processo.
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Ok, em linhas acima comentei que, conforme posição do Tribunal de Cidadania, existe litis-
consórcio ativo necessário. Mas agora pergunto: e se um dos litisconsortes que deve ocupar o 
polo ativo da demanda não quiser demandar, como esse problema poderia ser resolvido?
Bem, a resposta a essa pergunta retórica (pois eu pergunto e eu mesmo respondo em ra-
zão da natureza da nossa aula, rs), é a seguinte: conquanto algumas correntes de pensamento 
disputem o tema, farei um resumo em duas linhas de raciocínio:
• 1ª Corrente: ninguém será compelido, obrigado a propor demanda contra a própria von-
tade (o que se arvora no princípio da liberdade de demandar) e esse fato inviabilizaria a 
demanda;
• 2º Corrente: para essa linha de pensamento, o autor poderá propor a demanda e o reni-
tente (não quis integra-se) será citado para integrar a relação jurídica processual. Nesse 
sentido, valoriza-se o direito de acesso à justiça em vez de prestigiar o princípio da liber-
dade de demandar.
Bem, além das classificações expostas acima, pode-se dizer que o litisconsórcio poderá 
ser classificado quanto ao momento de formação em:
• Inicial ou originário: quando os litisconsortes se apresentam na relação processual no 
momento do ajuizamento da ação, por meio da petição inicial;
• Posterior, ulterior, incidental ou superveniente: ocorre após a propositura da ação. A 
título ilustrativo, seria o caso de herdeiros, os quais podem ingressar em momento pos-
terior na demanda, em razão de sucessão do de cujus (falecido).
Quanto aos efeitos, o litisconsórcio poder ser...
Unitário: nesse caso, o Juiz profere a mesma decisão para todos, isto é, a sentença será 
igual (única) para todos os litisconsortes. Cito o exemplo de uma ação proposta por coproprie-
tários de um imóvel, cuja sentença deverá ser a mesma para os proponentes.
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de deci-
dir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
No litisconsórcio unitário, os atos ou omissões de um litisconsorte não prejudicarão os 
outros, mas é possível beneficiá-los.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como liti-
gantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não 
prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Bem, a primeira parte do artigo acima regula o litisconsórcio simples. Já a segunda parte 
do dispositivo regula o litisconsórcio unitário. Perceba os atos de um litisconsorte só podem 
beneficiar os outros, mas nunca podem prejudicá-lo.
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Simples ou comum: nesse caso, o Magistrado poderá decidir de forma distinta para os di-
ferentes litisconsortes. Imagine, um acidente de trânsito em que duas pessoas foram atropela-
das por um mesmo motorista. Suponha, ainda, que uma delas tenha sofrido danos emergentes 
e a outra, além dos danos emergentes alega lucros cessante, pois não pode trabalhar. Nesse 
caso, o provimento deverá ser distinto.
Veja que interessante!
Embora haja uma relação entre o litisconsórcio necessário e unitário e litisconsórcio facul-
tativo e simples, devemos observar que essa relação será absoluta se o litisconsórcio neces-
sário for formado em razão de uma relação de direito material incindível.
Chamo sua atençãopara o fato de que se um dos litisconsortes interpuser recurso, esse 
aproveitará a todos os outros, salvo se distintos ou opostos os interesses entre eles.
Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou 
opostos os seus interesses.
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará 
aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.
Além do exposto, o parágrafo único do artigo 1.015 trata acerca do litisconsórcio entre de-
vedores solidários de modo que o recurso aproveita àquele que não recorreu exceto se versar 
sobre exceções pessoais pois, nesse caso, aproveitará o recorrente.
Amigo(a), quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores de escritórios dis-
tintos, todos os atos processuais terão os prazos contados em dobro, independentemente de 
requerimento (pedido), consoante o artigo 229 da Lei de Ritos.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia dis-
tintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou 
tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por 
apenas um deles.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
Querido(a), quando os autos forem eletrônicos, o famoso processo judicial eletrônico (PJE), 
não se aplica a regra do artigo 229, até porque as partes terão acesso aos autos por meio da 
internet de modo a não ser necessário proceder à carga do processo, a fim de examinar os 
autos, aos quais será franqueada vistas em ambiente virtual.
Conforme entendimento da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o advento 
do novo Código de Processo Civil, os litisconsortes com diferentes procuradores de escritórios 
distintos não terão prazo contado em dobro quando o processo for eletrônico. (STJ. 3ª Turma. 
REsp 1.488.590-PR. Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 14/4/2015 (Info 560)).
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Segundo a Súmula 641 do Supremo Tribunal Federal: “Não se conta em dobro o prazo para 
recorrer, quando só um dos litisconsortes haja sucumbido”.
Intervenção de Terceiros
Distinto(a) estudante, tratei, linhas acima, acerca da relação processual triangular, a 
qual possui em sua base autor (es) e réu (s), estrutura evidenciada de forma esquemática 
logo abaixo.
Juiz
Réu(s)Autor(es)
Certo, ocorre que o Código de Processo Civil possibilita a aplicação de um fenômeno pro-
cessual denominado de intervenção de terceiros, por meio do qual uma terceira pessoa evi-
dencia um interesse jurídico na causa, porquanto a sentença poderá beneficiá-la, ou, ao revés, 
prejudicá-la. Na intervenção de terceiro, uma terceira pessoa ingressa no processo em trâmite.
Antes de falar sobre as espécies de intervenção de terceiros, gostaria de apresentar a você 
um quadro comparativo entre as modalidades de intervenção existentes no código de 1973 e 
das modalidades presentes na codificação hodierna, encartadas na Lei n. 13.105 de 2015.
Código de 1973 Código de 2015
Assistência Assistência
Denunciação da lide Denunciação da lide
Nomeação à autoria Chamamento ao processo
Oposição Incidente de desconsideração da personalidade jurídica
---------------------------------------- Amicus curiae
Bem amigo(a), a tabela acima evidencia a diferença de tratamento entre a codificação de 
Buzaid e o Novo Código. A Lei de Ritos anterior possuía duas modalidades diferentes, quais 
sejam: nomeação à autoria (a qual não é mais considerada intervenção de terceiros, o que 
pode ser evocado é um incidente processual no momento da contestação na nova dinâmica, 
em consagração à concentração de atos, e indicação de um terceiro, em caso de ilegitimidade 
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
passiva e a oposição, tratada, nos tempos atuais, como um procedimento especial (artigos 
682 ao 686 do Novo Código).
Diante do exposto, percebe-se que as mudanças foram muito significativas. A oposição 
desaparece do rol das intervenções de terceiro, para se transformar em um procedimento es-
pecial, semelhante aos embargos de terceiro, a nomeação à autoria desaparece. Sendo assim, 
não há mais a nomeação à autoria como intervenção de terceiro. Em seu lugar, surgiram duas 
novidades com previsão nos artigos 338 e 339 do novo CPC:
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo 
invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substitui-
ção do réu.
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídi-
ca discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de 
indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
Veja que interessante!
Em lugar da nomeação à autoria surge um incidente de substituição do réu!
Veja como o assunto já foi cobrado!
001. (2018/PGR/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA) São inovações do CPC/2015 em rela-
ção ao Código de 1973:
I – A previsão da figura do amicus curiae em todos os graus de jurisdição.
II – A inserção de disposições gerais sobre cooperação jurídica internacional.
III – A tempestividade do ato praticado antes do seu termo inicial.
VI – O incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
Das proposições acima:
a) I e II estão corretas;
b) II e III estão corretas;
c) III e IV estão corretas;
d) Todas estão corretas.
Bem estimado(a) leitor(a) encartei essa questão para que pudéssemos reforçar que tanto a 
figura do amicus curie e o incidente de desconsideração da personalidade jurídica são novida-
des trazidas pelo Código de 2015 no que se refere à intervenção de terceiros, conforme havia 
consignado linhas acima. Além do exposto os itens II e III também são inovações trazidas pela 
Lei de Ritos. Feita essa diagnose diferencial e até mesmo um breve apanhado histórico entre 
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as codificações, trataremos, doravante, das modalidades de intervenção de terceiros, acosta-
das ao Código de 2015. Vamos lá!
Letra d.
Assistência
Quando me refiro à assistência, faço menção a um terceiro juridicamente interessado em 
uma sentença favorável a uma das partes, o qual poderá intervir no processo com a intenção 
de assisti-la. Trata-se forma voluntária de intervenção, mas também poderá ser provocada.
Imagine a seguinte situação: Félix celebra um contrato de locação com Azemar Júnior. En-
tretanto, Azemar decide sublocar o imóvel a Péricles, o qual passa a pagar o aluguel de forma 
mensal. Contudo, mesmo com o recebimento do numerário, Azemar não repassaa quantia 
combinada a Félix, que resolve ingressar na justiça com uma ação de despejo, pois imagina 
que o locatário com quem estabeleceu relação contratual (Azemar) reside no imóvel.
Veja, querido(a), a complexidade dessa novela! Péricles pode ser despejado por uma ação 
proposta por Félix em desfavor de Azemar. Nesse caso, Péricles poderá ingressar na relação 
jurídica com o escopo de assistir Azemar Júnior, haja vista ter interesse jurídico em uma sen-
tença favorável ao sublocador, afinal, será afetado com o despejo. Vejamos o dispositivo legal 
acerca do tema:
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em 
que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de 
jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
Em nosso sistema, apenas o interesse econômico não se mostra suficiente para a assis-
tência. No entanto, essa regra é arrefecida pela Lei n. 9.469 de 1997, artigo 5º, parágrafo único, 
cujo teor consigna o seguinte: “As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja 
decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica, intervir, independen-
temente da demonstração de interesse jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, 
podendo juntar documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria e, se for o caso, 
recorrer, hipótese em que, para fins de deslocamento de competência, serão consideradas par-
tes”. Diante desse cenário, percebe-se que poderá existir a intervenção das pessoas jurídicas 
de direito público com fundamento no interesse econômico. Posto isso, pode-se considerar, 
com base na doutrina, esse tipo de intervenção como anômala.
Prezado(a), a Lei de Ritos prevê que o assistente poderá ingressar no processo em qual-
quer procedimento e em todos os graus de jurisdição. Porém, essa a regra não é admitida pelo 
artigo 10 da lei 9.099/95, porquanto o juizado especial não possibilita a mencionada interven-
ção de terceiros. Vejamos o que a lei dos Juizados Especiais Cíveis nos diz:
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Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistên-
cia. Admitir-se-á o litisconsórcio.
Perceba que a restrição mencionada se refere à intervenção de terceiros e a assistência. 
No entanto, o litisconsórcio é admitido no âmbito dos Juizados Especiais Estaduais.
De volta ao Código de 2015, as partes podem impugnar a assistência no prazo de 15 dias, 
do contrário o pedido de assistência será deferido, salvo se houver rejeição liminar, conforme 
estabelece o artigo 120 do CPC.
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será defe-
rido, salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o 
juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.
002. (CESPE/2019/PGM/CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL) Maria comprou 
um imóvel de Joana e, imediatamente após a entrega das chaves, a nova proprietária passou a 
residir no bem adquirido. Alguns meses depois, Maria foi citada por um oficial de justiça, que a 
informou de que Joaquim estava promovendo uma ação reivindicatória em desfavor dela sob 
a alegação de ser ele o real proprietário do bem imóvel.
Acerca de intervenção de terceiros, julgue o item seguinte.
É admissível que Joana solicite o seu ingresso no processo como assistente, independente-
mente do procedimento ou do grau de jurisdição no qual esteja tramitando o processo, desde 
que demonstre seu interesse jurídico em que a sentença seja favorável à Maria.
Veja que a assertiva revela a possibilidade de assistência com lastro no artigo 119, cujo teor 
consigna o seguinte:
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em 
que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de 
jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
Certo.
A assistência é gênero, o qual possui duas espécies.
Assistência simples ou adesiva: por meio da qual o terceiro poderá auxiliar a parte prin-
cipal (autor ou réu integrantes do processo), exercerá os mesmos poderes e se sujeitará aos 
mesmos ônus processuais, sem, contudo assumir o polo da demanda, isto é, ser autor ou 
réu. Entretanto, se o assistido for omisso, o assistente poderá ser seu substituto processual. 
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É o caso de Péricles, citado linhas acima. Essa assistência não impede que a parte principal 
(assistido) reconheça o pedido, transija sobre os direitos controvertidos, desista da ação ou 
renuncie sobre o pleito do autor.
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em 
que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de 
jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes 
e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será con-
siderado seu substituto processual.
O Novo Código deixa claro que isso é só para assistência simples. Além disso, deixa claro que 
o assistente não é gestor de negócios, mas é substituto processual, clássico exemplo de legi-
timação extraordinária.
Saliento que o recurso do assistente simples supre, como substituto processual, a omis-
são do assistido. E com isso se resolve um problema antigo da jurisprudência sobre o destino 
do recurso do assistente simples, caso o assistido não tenha recorrido. Não ter recorrido é 
omissão que pode ser suprida pela atuação do assistente simples. É para isso que serve esse 
dispositivo. Se o assistido não recorre, o assistente simples pode recorrer e o recurso tem que 
prosseguir. Porém, se o assistido manifesta a vontade de não recorrer, isso vincula o assisten-
te. Se há negócios praticados pelo assistido, o assistente simples fica vinculado a eles. Se há 
omissões não negociais, aí não há problema do assistente simples ajudar. Por isso ele pode 
suprir a revelia, quanto a perda de prazo de um recurso. Essas são omissões não negociais.
Assistência litisconsorcial ou qualificada: Nesse caso, o assistente poderá figurar como 
parte na relação jurídica formada e nela influir, ou seja, é um litisconsórcio posterior ou ulterior 
(como no caso do condômino que ingressa no processo, a fim de auxiliar o outro morador em 
demanda que envolva coisa comum), o que interfere até nos prazos processuais, pois se hou-
ver diferentes procuradores de escritórios de advocacia distintos, os prazos serão contados 
em dobro, salvo quandoos processos forem eletrônicos (PJE).
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na 
relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
DA DenunciAção DA LiDe
Querido(a), esse é um fenômeno processual por meio do qual tanto autor como réu podem 
promover uma ação secundária em desfavor de um terceiro contra quem o demandado tenha 
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um direito de evicção ou de regresso. Esse instrumento processual ocorre no curso do pro-
cesso de conhecimento e não é cabível no processo de execução.
Vixe, professor! Deu um branco agora! O que é mesmo a evicção?
Acho que eu tive uma sandália com esse nome! Rs. Brincadeiras à parte, é sempre bom 
relembrar conceitos pertinentes com nossa disciplina, vamos lá! Imagine uma situação em que 
Félix compra uma imóvel de Azemar. Tempos depois, Félix recebe uma citação e perde o bem, 
pois o imóvel pertencia a Péricles. Nesse caso, diz-se que Félix tem direito de evicção contra 
Azemar, ou seja, pode exercer o direito de acionar o alienante (vendedor) primitivo em razão 
de ter sido demandado por terceiro estranho à relação de compra anterior, porquanto perdeu a 
coisa em razão de decisão judicial. Veja, a evicção é a perda do bem para outra pessoa.
Vejam o que o Código de Processo de 2015 estatui sobre o tema:
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I – ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, 
a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
Um ponto digno de nota é que não se admite a denunciação da lide per saltum, que é aque-
la em que o denunciante denuncia não aquele com quem ele mantém a ligação, mas pula e 
denuncia o outro sujeito que está no outro ponto da cadeia dominial.
Bem, além da hipótese autorizadora da denunciação supratranscrita, é possível evocar o 
instituto processual mencionado quando uma das partes tiver direito de regresso em relação 
a outrem, seja por lei ou por relação contratual.
“Regresso, professor! isso me lembra um filme!” Pois é, querido(a), a mim também... Mas 
imagine a seguinte situação: Marly, entretida no “zap”, colide no carro de Márcia e, com efeito, 
danifica o veículo. Márcia, inconformada com o estrago na pintura pink metálica, aciona Marly, 
a qual celebrara contrato com a seguradora Danos e Ci@. Diante do caso transcrito, Marly po-
derá denunciar a seguradora à lide, porquanto provavelmente irá sucumbir ao final do proces-
so. Vejamos como a Lei de Ritos aborda o tema:
II – àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo 
de quem for vencido no processo.
Veja que interessante!
Súmula n. 537 do STJ
Em ação de reparação de danos, a seguradora denunciada, se aceitar a denunciação ou 
contestar o pedido do autor, pode ser condenada, direta e solidariamente junto com o 
segurado, ao pagamento da indenização devida à vítima, nos limites contratados na apó-
lice.
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Embora a denunciação da lide seja um instrumento comumente utilizado pelo réu, ambas 
as partes poderão manejá-la. O código de 1973 trazia esse instituto como sendo de utilização 
obrigatória pelas partes. Todavia, houve uma desconstrução jurisprudencial acerca do aspecto 
compulsório, obrigatório da utilização dessa modalidade de intervenção, de modo que, nos 
tempos atuais, ela é facultativa, porquanto o autor ou réu podem ajuizar ação autônoma para 
reparação dos danos.
Bem, a celeridade é recomendável quando nos referimos ao processo, esse raciocínio en-
contra amparo nas normas fundamentais da nova processualística civil (razoável duração do 
processo). Sendo assim, a Lei de Ritos admite uma e apenas uma denunciação da lide, de-
nominada denunciação sucessiva. Vou explicar melhor, suponha que um milionário celebrou 
um contrato de seguro para seu iate com a empresa Lagoa Azul. Ocorre que, como o valor da 
apólice relativa à relação contratual era alta, Lagoa Azul contrata a empresa de seguros Mar 
Vermelho para subsidiar oitenta por cento do prêmio em caso de sinistro. Após uma colisão, 
o Iate é totalmente destruído, porquanto bateu em um navio cargueiro, o que gerou grande re-
percussão financeira.
Com base no exposto, o navio cargueiro propõe uma ação em desfavor do milionário, o 
qual alega não ter culpa na colisão. O milionário aciona a seguradora Lagoa Azul, a qual su-
cessivamente denuncia a empesa Mar Vermelho, que não poderá denunciar mais ninguém, 
no máximo poderá ingressar com ação autônoma em desfavor de outra empresa com a qual 
tenha celebrado contrato relativo ao seguro do Iate. O § 2º do artigo 125 disciplina o assunto.
§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu anteces-
sor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denun-
ciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será 
exercido por ação autônoma.
Querido(a), o dispositivo supramencionado deixa claro que a denunciação da lide não é obriga-
tória. Além disso, acabou a discussão sobre a possibilidade de denunciação da lide per saltum 
e houve o esclarecimento de que só se admite uma denunciação da lide sucessiva, ou seja, 
o processo só pode ter, no máximo, duas denunciações da lide, isto é, uma do denunciante e 
outra do denunciado.
Estimado(a) leitor(a), comentei que tanto o autor como o réu podem se valer do instituto 
processual em comento, o primeiro por meio da petição inicial e o segundo via contestação, 
peças próprias do autor e réu, respectivamente.
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do 
denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação 
do réu.
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Se o autor proceder à denunciação, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do 
denunciante, ou seja, ocupar o mesmo polo do autor!
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:
I – se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação 
principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado;
II – se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventual-
mente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
III – se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante po-
derá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da 
ação de regresso.
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o 
cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação destena ação 
regressiva.
Então veja, se o réu denunciar a lide, o denunciado poderá contestar o pedido do autor 
feito na inicial e ocupará o polo passivo da demanda (junto com o réu em litisconsórcio). Se 
ocorrer a revelia do denunciado (aquele que ingressou no processo), o denunciante (quem fez 
a denunciação) pode deixar de prosseguir com sua defesa e de recorrer e manejar uma ação 
regressiva, caso queira. Além disso, se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, o 
denunciante pode dar seguimento a defesa ou aderir ao reconhecimento e pedir a procedência 
da ação de regresso. Amigo(a), recomento uma leitura atenta dos dispositivos mencionados, 
porquanto muitas bancas cobram a literalidade do artigo.
Uma vez evocada a denunciação da lide, o Juiz pode indeferi-la, por entender não ser ca-
bível ao caso, ou admiti-la. Diante do indeferimento ou admissão da denunciação por parte do 
Julgador, é possível interpor o recurso de agravo de instrumento.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
Chamo sua atenção para o fato de que na denunciação da lide haverá uma ação principal 
(entre autor e réu) e uma secundária (entre denunciante e denunciado).Veja, se o denunciante 
for vencido na ação principal, no plano abstrato haverá o prejuízo em razão da ação judicial 
principal e o Julgador examinará a denunciação da lide a qual é passível de acolhimento ou 
rejeição. Noutro giro, acaso o denunciante seja vencedor não há de se falar em prejuízo e 
haverá, com efeito, uma prejudicialidade em relação à denunciação, a qual será extinta sem 
julgamento de mérito.
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denuncia-
ção da lide.
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Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido exa-
minado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência 
em favor do denunciado.
Se o denunciante for perdedor, a ação da denunciação terá o pedido analisado, tanto pelo pro-
vimento quanto para o indeferimento.
Do chAmAmento Ao processo
Querido(a), esse é um instrumento processual o qual, ao contrário da denunciação da lide, 
só poderá ser manejado pelo réu. Então, vamos imaginar uma situação muito corriqueira e 
devastadora de relacionamentos! É o caso daquele amigo ou parente que liga para você e lhe 
pede para ser fiador dele... uma figura jurídica tratada quando do estudo do direito obrigacio-
nal, a qual consiste em uma garantia fidejussória (pessoal) de alguém que, em uma relação en-
tre credor e devedor, garante ao primeiro o pagamento da dívida em caso de inadimplemento, 
não pagamento, do segundo.
O chamamento ao processo é uma intervenção provocada (coercitiva) pelo réu.
Então, amigo(a) do Gran Curso Online, na aludida relação obrigacional haverá, além do cre-
dor e devedor (afiançado, aquele que deve na relação principal) um fiador (aquele que figura 
em um contrato de locação, por exemplo) o qual garante o pagamento, acaso esse não seja 
pago, adimplido pelo afiançado.
Tá bom, professor! Até agora você só comentou conceitos afetos ao Direto Civil, mas o 
que isso tem a ver com o Direito Processual Civil?
Bem, a relação de pertinência é a seguinte: é cabível o chamamento ao processo, caso o 
fiador (que se torna réu na ação) seja demandado e o afiançado não. Ora, se eu sou fiador de 
alguém e o credor me aciona sem antes demandar o afiançado, posso acioná-lo, uma vez que 
existe uma relação de codevedores.
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
Saliento, estimado(a) estudante, que essa é uma das hipóteses de chamamento ao pro-
cesso, pois a Lei de Ritos traz outras duas, quais sejam: quando houver mais de um fiador e 
os outros não forem demandados (isso possibilita àquele fiador, integrante da relação jurídica 
processual, “chamar os demais” para integrarem o processo) e quando devedores solidários 
(aqueles que se obrigam de forma conjunta a cumprir uma obrigação) chamarem os demais 
a integrarem o processo quando o credor demandar um ou alguns devedores e deixar os de-
mais obrigados de fora. Vejamos as hipóteses abaixo:
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II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da 
dívida comum.
Bem, posto isso, a citação, em caso de litisconsórcio passivo, deverá ser feita pelo réu no 
momento da contestação, no prazo de trinta dias, sob o ônus de não ser mais possível o cha-
mamento. Porém, se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciária, ou 
em local incerto esse prazo será elastecido e passará a ser de dois meses.
Saliento que se a sentença for favorável quanto à procedência do chamamento, ela valerá 
como título executivo judicial favorável ao réu que adimplir a dívida, o qual poderá exigir o res-
sarcimento do devedor principal ou dos codevedores na proporção do que se obrigaram, ou 
seja, o réu se sub-roga em relação àquilo que pagou ao credor.
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a 
dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, 
a sua quota, na proporção que lhes tocar.
Do inciDente DA DesconsiDerAção DA personALiDADe JuríDicA
Agora, falarei acerca de uma intervenção de terceiros que não estava prevista no Código 
de Buzaid, mas que está disciplinada na Lei n º 13.105 de 2015, baseada na teoria de descon-
sideração da personalidade jurídica (disregard doutrine). Bem, esse é um assunto de suma 
importância e, por isso, é tratado, em sede de direito material, no Código Civil de 2002, Código 
de Defesa do consumidor (Lei 8.078/90), na Legislação Ambiental, no Direito Tributário, enfim, 
outros “ramos” jurídicos tratam dessa temática.
Veja, quando uma pessoa jurídica desenvolve suas atividades, constituí um acervo patri-
monial, contraí direitos e obrigações e regula sua situação financeira por meio de contabilidade 
própria. Em regra, as sociedades trabalham com o patrimônio da empresa de modo destacado 
do patrimônio dos sócios, ou seja, são sociedades limitadas, de modo a limitar qualquer res-
ponsabilidade afeta às atividades empresariais aos bens da própria empresa, o qual é distinto 
dos bens dos sócios e administradores. Isso significa que se uma empresa lesa alguém (seja 
um fornecedor com o qual tenha celebrado contrato ou um consumidor) a responsabilidade 
dela ficará adstrita ao patrimônio constituído, composto pelo conjunto de bens, direitos, capital 
(integralizado ou a integralizar).
Então, diante do exposto, se um consumidor contratou os serviços de uma empresa e essa 
não cumpriu com as obrigações advindas da relação avençada, em regra, ele terá que acioná-
-la no polo passivo da demanda. Ocorre que pode acontecer de uma empresa ter um pequeno 
acervo patrimonial ao passo que os sócios possuam um patrimônio milionário, que vai de uma 
mansão em Bervely Hills até uma peça intimade vinte mil dólares!
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Nossa, professor! Que imaginação fértil é essa? Tá bom, mas e aí? Como fazer?
É para casos como esses que existe a desconsideração, para que, de forma episódica (não 
é a regra), o lesado possa acionar no polo passivo os sócios da empresa ou administradores, 
a fim de que respondam com o patrimônio pessoal (a mansão, ok? Vamos deixar as peças 
íntimas fora dessa, rs).
Contudo, como a desconsideração é uma medida de exceção, será necessário demonstrar 
alguns requisitos para aplicação do aludido incidente. Se for uma relação civilista, deverão ser 
demonstrados os requisitos do artigo 50 do Código Civil, em caso de abuso da personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial. Vejamos o que o Có-
digo Civil de 2002 estabelece a respeito do tema, que foi objeto de recente alteração legislativa:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou 
pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe 
couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações 
de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa 
jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com 
o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei 
n. 13.874, de 2019)
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, 
caracterizada por: (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
I – cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-ver-
sa; (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
II – transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor propor-
cionalmente insignificante; e (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
III – outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações 
de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput 
deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei 
n. 13.874, de 2019)
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da 
atividade econômica específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
Essa é a denominada teoria maior da desconsideração, pois, ao contrário do Código de 
Defesa do Consumidor, estabelece mais dificuldade para a aplicação do incidente quando 
comparado com a legislação consumerista, a qual estatuí menos complexidade para aplicar 
essa incidente processual, conforme vemos da leitura do artigo 28 do Código de Defesa do 
Consumidor.
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Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento 
do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou vio-
lação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver 
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má 
administração.
Bem, feitas essas breves considerações, as quais não tem a menor pretensão de esgotar 
o tema, mas sim situá-lo(a), quanto à avaliação desse incidente processual, conferido pela Lei 
de Ritos, lhe digo que esse pedido pode ser feito pela parte ou pelo Ministério Público (quando 
couber ao Parquet intervir) e poderá ser aplicada de forma inversa, isso mesmo, o patrimônio 
da empresa pode ser alcançado por uma situação que envolva sócio.
Como assim, professor?
Veja, seria o caso de um sócio que está a se separar da esposa e, para ter vantagem pa-
trimonial, integraliza, de forma indevida, capital do casal na empresa, a fim de não ter de com-
partilhá-lo com a meeira. Diante disso, a companheira, que deve estar chateada, maneja a 
desconsideração.
Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da 
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos 
em lei.
§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade 
jurídica.
O incidente de desconsideração de personalidade jurídica será cabível em todas as fases 
do processo de conhecimento, cumprimento de sentença e na execução fundada em título 
executivo extrajudicial, consoante o artigo 134 da Lei de Ritos.
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimen-
to, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações 
devidas.
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for 
requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.
§ 4º O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para 
desconsideração da personalidade jurídica.
Veja que interessante!
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Nos Juizados Especiais há proibição expressa de intervenção de terceiros. Quanto à des-
consideração da personalidade jurídica, entretanto, será cabível nos juizados em razão de arti-
go que a admite nas Disposições finais e Transitórias do Novo Código.
Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo de com-
petência dosjuizados especiais.
Normalmente, as intervenções de terceiro podem ser provocadas até a resposta do réu. 
Essa é a regra. Por exemplo: chamamento ao processo, denunciação da lide. A desconsi-
deração da personalidade jurídica, assim como a assistência, é possível na fase recursal e 
na execução.
Em regra, esse incidente processual tem efeito suspensivo, exceto se for requerida na pe-
tição inicial, pois nesse caso, será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
Após a citação, o réu terá 15 dias para se manifestar acerca da desconsideração. Chamo 
sua atenção para o fato de que o incidente instaurado no primeiro grau tem natureza jurídica 
de decisão interlocutória, e, por conseguinte o recurso cabível será o agravo de instrumento. 
Vejamos os artigos do código de processo que tratam a respeito do tema:
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e reque-
rer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
IV – incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
Agora, cuidado, pois decisões oriundas do relator, em segundo grau de jurisdição, são com-
batidas por meio de agravo interno, aliás, um recurso hábil a rever decisões proferidas pelos 
Relatores dos Tribunais.
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.
Por fim, saliento que uma vez acolhida à desconsideração pelo Juiz, a alienação ou onera-
ção de bens havidas em fraude de execução será ineficaz em relação ao requerente, consoan-
te o artigo 137 da Lei de Ritos. Ou seja, se um credor requer a instauração da desconsideração 
e ela for acolhida, mas os bens do devedor foram alienados ou onerados em fraude à execu-
ção, essa alienação ou oneração não terá eficácia em relação a quem requereu o incidente.
Amicus Curiae
O Amicus Curiae ou amigo da corte, se caracteriza quando um terceiro é chamado a inter-
vir em um processo em razão de possuir conhecimentos acerca de uma matéria relevante, a 
qual tem como tema o objeto da demanda levada ao Judiciário, como, aconteceu no caso da 
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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utilização de células-tronco na medicina, em que foram convidados especialistas e igrejas para 
atuarem como amigos da corte.
Os amigos da corte (os quais podem ser pessoas físicas, jurídicas, órgão ou entidades 
especializadas com representação adequada), são admitidos pelo Juiz ou Relator quando eles 
entenderem que a relevância e repercussão da questão admite esse ingresso de terceiros. A 
participação deles será admitida no prazo de 15 (quinze) dias da sua intimação. Essa decisão 
no sentido de admitir o Amicus Curiae é irrecorrível. Os poderes conferidos a esses terceiros 
serão definidos pelo Julgador e, em regra, eles não podem recorrer de decisões, salvo quanto 
aos embargos de declaração e incidente de resolução de recursos repetitivos (IRDR). 
Por fim, o Código estatui que a admissão do Amicus Curiae não tem o condão de alterar 
competência para o julgamento da demanda.
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto 
da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a 
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de 
pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no 
prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a inter-
posição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3º.
§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes 
do Amicus Curiae.
§ 3º O Amicus Curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas 
repetitivas.
A figura do amigo da corte é cabível em qualquer processo!
A intervenção do Amicus Curiae não muda a competência. Se o Amicus Curiae for ente fe-
deral, não muda a competência da causa para a Justiça Federal. Se fosse assistente, mudaria 
a competência. O amigo da corte pode opor embargos de declaração e recorrer da decisão 
que julgar incidente de resolução de recursos repetitivos. Além disso, cumpre mencionar que o 
amicus curie pode atuar em primeiro grau de jurisdição.
Ok, prezado(a), feitas essas considerações, vamos fazer alguns exercícios para verificar 
como o examinador pergunta o assunto em provas. Venha comigo!
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
QUESTÕES DE CONCURSO
003. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Rober-
to ajuizou ação de indenização em desfavor de Lucas por danos materiais decorrentes de 
acidente de trânsito no qual os veículos de ambos haviam colidido. O réu, por sua vez, tinha 
contrato de seguro com determinada empresa, com garantia de ser por ela ressarcido em caso 
de colisão, dano ou avaria no automóvel ou ainda furto ou roubo do veículo.
Caso Lucas queira que a empresa integre a lide, isso poderá ser feito sob a modalidade de in-
tervenção de terceiros denominada
a) amicus curiae.
b) denunciação da lide.
c) assistência simples.
d) chamamento ao processo.
e) assistência litisconsorcial.
Veja, a questão se alinha com o que estabelece o artigo 125, II da Lei de Ritos. Nesse cenário, 
a assertiva B está correta e as demais incorretas.
Letra b.
004. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Litis-
consórcio no qual a eficácia de uma sentença dependa da citação de todos que devam ser 
litisconsortes, independentemente de a decisão ser uniforme para todos, é do tipo
a) ativo.
b) facultativo.
c) unitário.
d) necessário.
e) sucessivo.
Segundo o artigo 114 da Lei 13.105 de 2015: “O litisconsórcio será necessário por disposição 
de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depen-
der da citação de todos que devam ser litisconsortes.”
Letra d.
005. (CESPE/2019/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/REMO-
ÇÃO) Júlio, fiador de Vicente no contrato de aluguel de um imóvel, em certo dia recebeu cita-
ção por estar sendo demandado em processo referente ao bem resguardado pela fiança. Ao 
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Litisconsórcioe Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
perceber que Vicente, como devedor principal não compunha o polo passivo da ação, Júlio 
procurou um advogado para incluir Vicente na demanda.
Nesse caso, o procurador de Júlio deverá fazer um pedido de
a) denunciação da lide.
b) assistência simples.
c) assistência litisconsorcial.
d) chamamento ao processo.
e) amicus curiae.
A assertiva se alinha com o que estabelece o artigo 130 da Lei de Ritos. Veja o teor do dispo-
sitivo mencionado:
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
Letra d.
006. (CESPE/2018/TCE-MG/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO) Em um proces-
so judicial, o autor pleiteou a um dos devedores o pagamento da dívida comum. Em resposta, 
o réu requereu ao juiz que este determinasse a citação dos demais devedores para integra-
rem a lide.
Nessa situação hipotética, o réu requereu
a) a assistência litisconsorcial.
b) a inclusão de amicus curiae.
c) a denunciação da lide.
d) o chamamento ao processo.
e) a assistência simples.
Segundo o artigo 130 da Lei de ritos:
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da 
dívida comum.
Diante do exposto, percebe-se que a assertiva D está correta e as demais erradas.
Letra d.
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
007. (CESPE/2019/PGM/CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL) Maria comprou 
um imóvel de Joana e, imediatamente após a entrega das chaves, a nova proprietária passou a 
residir no bem adquirido. Alguns meses depois, Maria foi citada por um oficial de justiça, que a 
informou de que Joaquim estava promovendo uma ação reivindicatória em desfavor dela sob 
a alegação de ser ele o real proprietário do bem imóvel.
Acerca de intervenção de terceiros, julgue o item seguinte.
É admissível que Joana solicite o seu ingresso no processo como assistente, independente-
mente do procedimento ou do grau de jurisdição no qual esteja tramitando o processo, desde 
que demonstre seu interesse jurídico em que a sentença seja favorável à Maria.
Veja que a assertiva revela a possibilidade de assistência com lastro no artigo 119, cujo teor 
consigna o seguinte:
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em 
que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de 
jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
Observe que Joana, de fato, possui interesse jurídico na causa, haja vista que poderá ser res-
ponsabilizada por Maria no futuro.
Certo.
008. (CESPE/2018/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Considerando as 
disposições do CPC pertinentes aos sujeitos do processo, julgue o item a seguir.
A falta de citação de litisconsorte necessário simples tornará a sentença de mérito inválida, 
mesmo para aqueles que participarem do feito, tendo em vista a nulidade do ato judicante.
Veja, segundo o artigo 115 da Lei de Ritos: “A sentença de mérito, quando proferida sem a in-
tegração do contraditório, será: I – nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos 
que deveriam ter integrado o processo; II – ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não 
foram citados”.
Errado.
009. (2017/CESPE/TRF-1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Conforme 
o Código de Processo Civil vigente, julgue o item seguinte, a respeito da função jurisdicional, 
dos deveres das partes e de procuradores, do litisconsórcio e da assistência.
É lícito ao juiz limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de 
conhecimento, mas não por ocasião da execução da sentença.
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Amigo(a), vimos, com estribo no artigo 113, § 1º que o juiz pode limitar o litisconsórcio fa-
cultativo na liquidação e na execução, ou seja, não estará adstrito à fase de conhecimento. 
Relembre comigo:
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de 
conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solu-
ção do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
Errado.
010. (CESPE/2018/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Considerando as 
disposições do CPC pertinentes aos sujeitos do processo, julgue o item a seguir.
Em ação fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família, exige-se a forma-
ção de litisconsórcio passivo necessário de ambos os cônjuges.
Veja, esse é um exemplo de litisconsórcio necessário, porquanto a decisão deverá ser unifor-
me para ambos os cônjuges.
Certo.
011. (CESPE/2017/PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO/ADAPTADA) Com relação às nor-
mas processuais, ao litisconsórcio, à jurisdição e aos deveres das partes, julgue os seguintes 
itens, de acordo com o CPC.
A limitação do litisconsórcio facultativo multitudinário, quando realizada pelo juiz em razão de 
número excessivo de litigantes, pode ocorrer na fase de conhecimento, na liquidação de sen-
tença ou na execução.
A assertiva está em consonância com o que prevê o artigo 113, § 1º da Lei de Ritos.
Certo.
012. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/PROCURADORIA) À luz 
do Novo Código de Processo Civil, julgue o item seguinte, referentes aos prazos e aos atos 
processuais.
Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios distintos, terão prazos 
contados em dobro, incluindo os referentes a processos em autos eletrônicos.
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Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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De fato, litisconsortes com diferentes procuradores de escritórios distintos possuem prazo em 
dobro, exceto se os processos forem eletrônicos, consoante o artigo 229, § 2º da Lei de Ritos.
Errado.
013. (ANALISTA JURÍDICO/TCE/2016/CESPE) Maria e Fernanda são servidoras de determi-nado órgão público, e, em litisconsórcio ativo, propuseram demanda judicial para a obtenção 
de vantagem pecuniária supostamente devida em razão do cargo que cada uma delas ocupa.
Nessa situação hipotética, tem-se um litisconsórcio classificado como:
a) Facultativo e comum.
b) Facultativo e unitário.
c) Multitudinário.
d) Necessário e comum.
e) Necessário e unitário.
a) Certa. Amigo(a), trata-se de litisconsórcio facultativo e comum (simples), haja vista que 
compete as servidoras, com base em juízo de conveniência ingressarem ou não em litisconsór-
cio (facultativo), bem como a decisão proferida a uma delas não deve ser a mesma para outra 
(unitária) em razão da diferença entre os cargos ocupados.
b) Errada. Querido(a), a questão peca ao colocar que o litisconsórcio precisa ser unitário. Vi-
mos que não é necessário que o juiz decida de modo uniforme a demanda, portanto não se 
trata de litisconsórcio unitário. Questão ERRADA.
c) Errada. Conforme comentado durante a aula, quando a demanda contiver uma quantidade 
elevada de litisconsortes, poderá o juiz limitar o número de participantes. Essa situação se 
aplica ao litisconsórcio multitudinário.
d) Errada. A assertiva trata de litisconsórcio facultativo, o qual permite a existência de litiscon-
sortes, porém não obriga, como é o caso do litisconsórcio necessário, o qual é obrigatório por 
lei.
e) Errada. A questão acima não se relaciona ao litisconsórcio necessário, pois não há obri-
gatoriedade por lei ou pela natureza da situação que as servidoras demandem em conjunto, 
tampouco será o caso de sentença unitária, porquanto cada servidora possui uma situação 
jurídica.
Letra a.
014. (CESPE/2018/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Considerando as 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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O terceiro juridicamente interessado em determinada causa poderá intervir no processo como 
assistente, devendo, para tanto, requerer a assistência até o fim do prazo para a interposição 
de recurso contra a sentença.
Na verdade, segundo o parágrafo único artigo 119 da Lei de Ritos, o assistente poderá intervir 
em todos os graus de jurisdição e atuará no processo no estado em que estiver.
Errado.
015. (CESPE/2016/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA FISCALIZAÇÃO/DI-
REITO) No que se refere à intervenção de terceiros em processos e aos poderes, deveres e 
responsabilidade do juiz, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Terceiro juridicamente interessado requereu sua intervenção no processo 
na qualidade de assistente, mas uma das partes alegou que faltaria ao requerente o interesse 
jurídico para intervir. Assertiva: Nessa situação, o juiz deverá determinar a suspensão do pro-
cesso para decidir o incidente.
Consoante o artigo 120 da Lei de Ritos, o Juiz decidirá o incidente, sem suspender o processo.
Errado.
016. (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-
RAL) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o próximo item.
De acordo com o CPC, a ausência de denunciação da lide acarreta a perda do direito de regres-
so que o réu eventualmente possua contra aquele que estiver obrigado, por lei ou por contrato, 
a lhe ressarcir.
Vimos que se não houver a denunciação da lide, é possível o ingresso com uma ação de regres-
so contra aquele que estiver obrigado a ressarcir. Essa é uma faculdade processual, encartada 
no artigo 125, § 1º.
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indefe-
rida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
Errado.
017. (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Jul-
gue o próximo item, a respeito de litisconsórcio, intervenção de terceiros e procedimentos es-
peciais previstos no CPC e na legislação extravagante.
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Situação hipotética: Em ação indenizatória, o réu denunciou à lide terceiro que estava obri-
gado, por contrato, a ressarci-lo de forma regressiva. Assertiva: Nessa situação, em caso de 
procedência das demandas originária e regressiva, o autor da ação originária pode requerer o 
cumprimento da sentença também contra o denunciado, observadas possíveis limitações da 
condenação deste último.
Veja, segundo o parágrafo único do artigo 128 da Lei 13.105 de 2015, se o pedido da ação prin-
cipal for procedente, o autor poderá, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença contra 
o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva.
Certo.
018. (CESPE/2018/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Lucas, fiador 
de Sérgio e réu em um processo referente ao bem resguardado pela fiança, pretende que Sér-
gio também figure no polo passivo dessa demanda.
Nessa situação hipotética, a modalidade de intervenção de terceiros que Lucas deve requerer é
a) a assistência simples.
b) a denunciação da lide.
c) o chamamento ao processo.
d) o incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
e) o amicus curiae.
a) Errada. Na assistência simples o assistente auxilia a parte principal.
b) Errada. Na denunciação da lide, há o direito de exercer evicção ou regresso. É cabível para 
autor e réu.
c) Certa. No caso em tela, trata-se de um fiador e, com base no artigo 130, I, é possível o cha-
mamento ao processo.
d) Errada. A desconsideração é possível quando se quer ingressar no patrimônio de um sócio 
de pessoa jurídica, observados os dispositivos legais.
e) Errada. Quanto ao Amicus Curiae, é cabível esse tipo de intervenção em relação a demandas 
específicas ou de repercussão social da controvérsia.
Letra c.
019. (CESPE/2018/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/ÁREA PROCESSUAL) Julgue o item 
seguinte, a respeito da intervenção de terceiros e do processo de execução.
Deverá ser decidido pelo relator do processo o incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica, modalidade de intervenção de terceiros cabível em todas as fases do processo de 
conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução, quando for instaurado originaria-
mente no tribunal.
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