Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CULTURA DA MACIEIRA Pyrus malus L. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco Docente: Sandro Bezerra Discentes: Diego Moura; Maria J. Moura; Nayara Rose; Victor Guedes Vitória de S. Antão 2017 Suscetível ao pulgão (Eriosoma lanigerum) Histórico e Situação Atual Iniciou em SP •1926 – Cultivar Ohio Beauty, fruta ruim (ideal para indústria) •1958 –IAC (Rigitano e Ojima) criam a cultivar •1960 –1,5 milhões de plantas em Valinhos. Não prosperou devido Porta –enxerto (Doucin) Cv. Brasil (1935 –Piedade –SP) Cv. Rainha (Golden x Valinhense) •SP –cultura abandonada por vários problemas: •Única vantagem para SP: Precocidade - produz no período de novembro à fevereiro. Histórico e Situação Atual Quebra de dormência Tratamentos fitossanitários Baixa qualidade das frutas Aspectos Econômicos, Utilização e Mercado Brasil: 1,7% (8ª posição no ranking mundial) 1,2 milhões toneladas Produção Mundial: 62 milhões de toneladas Continente Asiático e Europeu: 80% Fonte: Agrianual (2011) Aspectos Econômicos, Utilização e Mercado •Produção brasileira: varia em média de 15-30 t/ha •Bagaço: utilizado como adubo orgânico e ração animal. Aspectos Econômicos, Utilização e Mercado Produção brasileira: varia em média de 15-30 t/ha •70% comercializado como fruta fresca 30% industrializados 70% comercializado como fruta fresca Fonte: Revista Saúde é Vital (2010) Inibir o Crescimento de Células canceriginas Gera energia para a atividade celular A pectina evita a deposição de gorduras na parede arterial Benefícios da cultura •Desenvolvimento das espécies atuais iniciou-se há mais de 20.000 anos (final da última era glacial) Origem e Classificação Botânica Malus silvestrys; Malus malus; Malus communis e Pyrusmalus. Família: Rosaceae Subfamília: Pomoideae Espécie Botânica: Malus domestica (+ aceita). •Origem: Entre o Cáucaso e o Leste da China + 25 milhões de anos Brota na primavera (setembro/dezembro) Fatores climáticos e sua influência Planta de clima temperado Exige 800-1000 hs< 7,2ºC para superar a dormência Fica em dormência no Inverno (junho/setembro) Perdem as folhas no outono (março/junho) Frutificação e colheita no verão (dezembro/março) ↓ Tº 2-3 semanas após floração favorecem a elongação dos frutos, Fatores climáticos e sua influência Temperatura: afeta desenvolvimento e crescimento da macieira Fase vegetativa 18-23ºC ↓ Tº durante inverno : indispensáveis para reinicio de um novo ciclo vegetativo com brotação e floração normais ↓ Tº 2-3 semanas após floração favorecem a elongação dos frutos, ↑ Tº(>30ºC): queimadura nos frutos Fatores climáticos e sua influência •Água e Umidade Relativa Afetar o tamanho dos frutos, diferenciação de gemas floríferas para o ano seguinte. Períodos de estiagem: Excesso de umidade: eleva a incidência de doenças, prejudica a qualidade dos frutos e produção. •Ventos: Prejudicam os tratamentos fitossanitários redução no seu efeito Prejudicam a atividade dos insetos polinizadores ( no período de floração) Ocorre a queda de folhas e qualidade dos frutos (fotossíntese) pela interferência na formação de açúcares e na pigmentação da epiderme dos frutos em cultivares de película vermelha A qualidade (frutos apresentam feridas com manchas profundas) e produção (queda de frutos) Fatores climáticos e sua influência Radiação solar Granizo Formação da Gema Florífera Forma no ano anterior Diferenciação: (formação de sépalas, pétalas, estames e pistilo) – primavera – verão Dormência: inverno Antese (floração): Primavera Biótica – animais Polinização e Fertilização Abiótica – vento, água A flor é autoestéril, não se autofecunda, precisa de polinização cruzada Utiliza-se cultivares polinizadoras na proporção de 4 x 1 até 9 x 1 (cultivares que floresçam na mesma época). Cultivar polinizadora: precocidade de floração para evitar a falta de pólen nos primeiros anos da implantação do pomar. Rainha ou Brasil x Ohio Beauty Granny x Golden Fuji x Gala Relação entre cultivar produtora e polinizadora Bernardi e Hoffmann, 2007. Atividade dos insetos -Problemas: chuva, vento, Tº< 10ºC -Condições ideais • Partes mais protegidas;; 2 –4 Colmeias/ha; Colocar: 10 a 20 % de flores abertas; Abertura das colmeias direcionadas para exposição ao sol a direção da AGENTE POLINIZANTE: Temperatura: -Germinação dos grãos de pólen: 21 a 27ºC Fatores que interferem na polinização Estrutura da flor: alguns cultivares apresentam flores com as anteras acima ou abaixo dos estigmas dificuldade dos insetos em tocar os estigmas ↑ T ↓ UR no florescimento: dessecamento das substâncias secretadas pelo estigma(< aderência dos grãos de pólen, ↓germinação e afeta fecundação). T > 35ºC e < 5ºC: não ocorre germinação dos grãos de pólen Prejudica no deslocamento das abelhas Fatores que interferem na polinização Chuva: Provocar lavagem dos grãos de pólen (que se encontram na superfície do estigma) Geralmente não afetam a polinização porém alguns podem ser prejudiciais ou tóxicos às abelhas (fungicidas que afetam na germinação dos grãos de pólen) Vento: Tratamentos fitossanitários: •Brindilas (20-30 cm), finas podem frutificar na ponta •Esporões (5-10 cm) •Dardos (0,5 cm) •Bolsas (agrupamento de esporões) Frutificação em órgãos especializados Esporões Fuji Floração: Final de Setembro e Outubro; Podridão amarga Mais tempo no pomar; Maturação: Final de Março. de Maturação: final de janeiro fevereiro; VARIEDADES COPA Suscetíveis a mancha de colletotrichum e sarna; Floração: Setembro e Outubro- depende do clima; Gala Fuji Suprema Sem estrias; Mais Vermelha que a fuji; Maturação Final de Março; Belgolden, Golden B; Maturação- início o final de março; VARIEDADES COPA Golden Delicious Imperatriz Polinizadora do grupo Gala; Resistente a mancha foliar; Menos oídio e podridão amarga; Maturação - 25/01; Floração- Final de setembro; VARIEDADES COPA Resistente à sarna; Muito exigente em frio; Vigorosa; Catarina Condessa Precoce; Pouco exigente em frio; Maturação- início de janeiro; Floração – meados agosto; Sarna – pouco susceptível; Problemas de pegamento de frutos VARIEDADES COPA Julieta •Baixa exigência em frio baixa frio • > Resistência a pragas e doenças • + Precoce que a variedade Eva • Utilizada como polinizadora Variedade introduzida pelo IAC de Israel; Pouca exigência em frio; Matura maturação precoce (novembro); Plantada Norte do Paraná e SP; Fruto de consumo imediato (polpa farinhosa); Bons preços de mercado ANA VARIEDADES COPA 1ª OPÇÃO Produção de PE Mergulhia de cepa Enxertia de mesa f g -Plantio de porta-enxertos de macieira enraizados (a); Brotação e cobertura da base dos ramos com terra (b); Porta-enxertos enraizados (c); Corte e retirada dos porta- enxertos da planta matriz (d, e); Enxertia de mesa (f); Transplantio das mudas para recipientes (g). Produção de Mudas 2ªOPÇÃO ETAPAS: 1) Plantio de porta-enxertos de Marubano campo (obtidos de estaca e /ou mergulhia): 1 ano para enraizar.Produção de Mudas 2) Obtenção de estacas da variedade copa e filtro (de plantas matrizes mantidas em campo) logo após a poda. Produção de Mudas 3) Enxertia de mesa da variedade copa com o filtro M9 (garfagem em inglês simples) Produção de Mudas Poda dos porta-enxertos de Marubano campo. Produção de Mudas 5) Enxertia da combinação copa + interenxerto (M9) no porta-enxerto de Maruba pelo método de enxertia de garfagem por inglês complicado. Produção de Mudas 6) Muda pronta (retirada do campo + câmara fria). Produção de Mudas •Líder central e Pirâmide: Gala e Fuji. - Mais luz penetrando. - > Densidade. •Taça aberta: Golden. - Para evitar que o excesso de luz queime a casca do fruto. Condução do Pomar Nos primeiros 3-4 anos. Líder Central com Copa Estreita Tipos de Condução Líder Central Em Pirâmide Líder Central com Sistema de Apoio (A) Para limitar a altura da planta, o líder central pode ser dobrado e amarrado no poste. (B) Cortar o líder central em um ramo lateral com menor vigor, para formar um novo líder. Tipos de Condução Plantio Instalação do Pomar • Corte do Ponteiro As brotações nos primeiros 50cm, acima do solo, são eliminados . Nos 30 cm acima são deixados, para formar a primeira camadas de ramos. Instalação do Pomar Força brotação das gemas laterais • Condução do Líder Central Quanto ao Desenvolvimento da muda O broto oriundo da primeira gema abaixo do corte da continuidade ao líder O segundo broto abaixo do corte possui o mesmo vigor e compete. Elimina - se o primeiro broto logo abaixo do líder. Instalação do Pomar Caso surjam problemas de brotação: - Incisão anelar: corte 10 mm de comprimento 2 mm largura; - Distância de 4 a 5 mm acima da gema para forçar a Brotação. • Condução das brotações -Quando os ramos atingirem de 8 a 15 cm (palito de dente). -Ramos com comprimentos maiores (condutores plásticos). Instalação do Pomar • Sistema de Condução Instalação do Pomar • Retirada de ladrões. •Encurtamento de ramos laterais. •Desponte do líder. Podas Poda de Condução: Poda de renovação dos ramos: • Após 4-5 frutificações. • Se não podar, a produção vai se afastando e os esporões vão envelhecendo. •Maior tamanho. •Melhor qualidade e coloração. •Manter o vigor. - Manual: deixar de 1 a 2 frutos/ cacho floral ou 1 fruto a cada 10 cm de ramo. ↑custos com mão-de-obra Raleio dos Frutos • As pulverizações iniciam 1 mês após plena floração, sendo realizadas a cada 15 dias, até próximo a colheita. Adubação Feita com base na análise de solo, análise foliar e exportação de nutrientes. • O cálcio é o mais problemático. • Deficiência: aparecimento de distúrbios fisiológicos em pós- colheita, durante o armazenamento. •Correção do solo com Ca. PRINCIPAIS DOENÇAS •Agente causal: fungo Venturia inaequalis (Cke.) Wint. •Ciclo de vida constituído de duas fases: - Fase saprofítica ou sexuada: que ocorre no inverno durante o período de repouso da macieira (nas folhas caídas no chão). - Fase parasítica ou assexuada: que se manifesta durante o período vegetativo da macieira. • Controle: - Fungicidas protetores (captan, ditiocarbamatos) e sistêmicos (inibidores da biossíntese do ergosterol). SARNA DA MACIEIRA Sintomas de sarna nas folhas (A, B, C) e frutos (D, E,F) de macieira. PRINCIPAIS DOENÇAS SARNA DA MACIEIRA PODRIDÃO AMARGA DA MACIEIRA •Agente causal: fungo Colletotrichum acutatum (Penz.) Sacc.. •A infecção pode ocorrer logo após a floração, no início do desenvolvimento do fruto, que se torna mais suscetível à medida que amadurece. •Sintomas aparecem no campo ou durante o período de armazenamento; •O controle é realizado principalmente pela aplicação de fungicidas protetores. PRINCIPAIS DOENÇAS Ataque de podridão amarga em macieira PODRIDÃO AMARGA DA MACIEIRA PRINCIPAIS DOENÇAS PRINCIPAIS PRAGAS Mosca-das-frutas Anastrepha fraterculus Lagarta enroladeira Bonagota cranaodes Cochonilha escama vírgula Lepidosaphes ulmi L. Pulgão lanígero Eriosoma lanigerum PRINCIPAIS PRAGAS -Sólidos Solúveis -Firmeza da polpa -Peso dos frutos -Cor do fundo da epiderme -Coloração da polpa Colhe-se o fruto de vez Armazenamento COLHEITA PÓS - COLHEITA Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE MAÇÃ (ABPM). Informações estatísticas da produção de maçã. Disponível em: <http://www.abpm.org.br/informações.html > BENDER, R. J. Botânica e Fisiologia. In: Manual da cultura da macieira. Florianópolis, 1986. p. 27-46. BERNARDES, L. M.; GODOY,H. A Cultura da Macieira no Paraná. Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, n.50, p.11-18, 1988. PETRI, J.L., PALLADINI, L.A., SCHUCK, E. et al. Dormência e indução de brotação de fruteiras de clima temperado. Florianópolis: EPAGRI, 1996. 110p. (Boletim técnico, 75). Obrigado (a)!
Compartilhar