Buscar

RESUMO PLACENTA E FORMAÇÃO DA FACE

Prévia do material em texto

PLACENTA
Formação da placenta:
Materna: 3 decíduas: basal, capsular, parietal; sendo que a basal que forma a parte materna da placenta. A decídua basal é a parte do endométrio mais distante do concepto
Fetal: porção extraembrionária do córion que se modifica formando projeções que migram em direção ao sincício, massas que serão invadidas por mesoderma e vasos sanguíneos – vilosidades coriônicas. Crescem em direção a decídua formando a placenta. 
Placenta = vilosidades + decídua. Está localizada em apenas uma parte do útero.
Vilosidades: cresce nas lacunas de sangue materno no sincício, ficando mergulhadas nesse sangue. Ambiente de troca de nutrientes e gases. Inicialmente elas têm uma capa de citotrofoblasto com massas de sincício, eixo de mesoderma, vasos sanguíneos fetais, e estão inseridas nas cavidades (lacunas do sincício – sangue + secreção continuamente renovados e supridos por estarem em contado com a decídua basal erodida pelo sincício). Não há contato sanguíneo, os nutrientes e gases são transportados por mecanismos de membrana. 
Com o tempo (decorrer da gestação), o eixo de mesoderma vai desaparecendo, e a capa de cito vai se estreitando. As lacunas que inicialmente são separadas, posteriormente se unem, formando um espaço interviloso da placenta. A decídua basal faz projeções para o espaço interviloso fazendo gomos (segmentação por septos) – cotilédones. Cada cotilédone tem 1 ou 2 vilosidades. Os capilares drenam todos para vasos maiores do córion, esses vasos por sua vez se convergem no cordão umbilical. A circulação é contínua dentro das lacunas -> sistema grande: sangue das veias chegam com alta pressão, gerando movimento do sangue que já está lá dentro. 
O conceito de barreira histológica não deve ser aplicado, visto que não há zônulas de oclusão que vedam a passagem de substâncias. Há apenas uma barreira física, que funciona separando a circulação fetal da materna. Passagem de substâncias e fármacos.
Funções da placenta: Capacidade de fazer trocas, e de síntese. 
Função no metabolismo: síntese de moléculas energéticas a partir da glicose;
Nutrição: transporte de nutrientes e gases; 
Imunização prévia: transfere anticorpos maternos IgG IgM; 
Secreção endócrina* (hormônios): ex. hCG. 
Não tem função de amortecer choques mecânicos, visto que, caso ocorra, há o risco de ela descolar-se – decídua pode se desprender.
 Por isso há, na placenta, a formação de cúpulas: algumas vilosidades (de ancoragem) se ligam ao cito, o qual se funde ao sincício que se liga à decídua, evitando o descolamento por traumas.
*com a aproximação do parto a produção diminui devido à fibrose e envelhecimento. 
Cavidade amniótica: localizada superior ao disco; quando acontece o dobramento ventral (o disco se encurva em direção à porção ventral), todas as estruturas extraembrionárias agregadas a ele irão sofrer reflexo, assim como a cavidade amniótica (sofre alongamento passa a envolver todo o corpo do embrião). 
As duas bordas da cavidade vão terminar por se fundir com as estruturas que estão na porção ventral: saco vitelino e pedículo mesodérmico. Embrião fica mergulhado na cavidade amniótica. 
O liquido que inicialmente era somente materno (plasma). A partir do momento que o sistema digestório e urinário do feto se desenvolve, ele passa a contribuir com a formação do liquido (engole e excreta).
Líquido amniótico – evita ressecamento; torna o ambiente propicio à movimentação fetal – garante desenvolvimento dos membros; mantém a temperatura corporal; amortecimento de choques; estimula desenvolvimento do sist. Urinário e digestório; nutrição.
 A bolsa amniótica: cresce junto com o feto. O celoma é obstruído e, posteriormente, o âmnio se apostando ao córion liso, formando uma membrana só (bolsa âmnio-coriônica). Cresce em direção a cavidade uterina e quase encosta na decídua parietal. 
Cordão umbilical: Saco vitelino + alantoide (derivado do pedículo mesodérmico – meso extra que não forma celoma, para haver comunicação).
Mesoderma extra (pedículo) é invadido por céls hipoblásticas, quando ocorre a formação do endoderma, passando a ter um eixo interno – alantoide. Quando o disco é dobrado ventralmente, o pedículo e o alantoide serão tracionados em direção ao saco vitelino, e esse sofre constrição (vesícula vitelínica).
Alantoide: eixo de mesoderma extra for fora com eixo de hipoblasto
Saco vitelino: Massa de mesoderma extra por fora com eixo de hipo.
Quando os dois tecidos são ajuntados na porção ventral, elas começam a se fundir pelo mesoderma. Enquanto isso, há modificação no interior saco vitelino: céls hipoblasticas começam a entrar em processo de morte. Alantoide: formação de vasos sanguíneos. 
Ao fim do processo de fusão: o hipoblasto do saco desapareceu, os vasos do alantoide desenvolvem, sendo revestidos pelo mesoderma. Prendendo tudo isso, há o epitélio amniótico elo de comunicação da placenta com o feto – cordão umbilical.
3 vasos: 2 artérias (maiores) e uma veia circulação trocada - artérias levam sangue do feto para a mãe (- oxigenado); e veia sangue da mae para o feto (+ oxigenado). Esses vasos são envoltos por massa de mesoderma que se diferencia em tecido conjuntivo mucoso (altamente hidratado – SFA).
ALTERAÇÃO/FORMAÇÃO DA FACE
Quando o embrião se dobra, ao final da quarta semana, há o concomitante crescimento do tudo neural na porção cefálica (anterior). As estruturas ventrais se alteram e começam a formar um grande conjunto de dobramentos de estruturas que posteriormente formará saliências que originarão a face.
As massas de tecido mesoderma (porção cefálica e lateral) que recobre o tubo e o ectoderma que recobre o mesoderma, cresce junto com ele (tubo neural) – formação de pregas laterais (meso dentro e ecto fora), que se projetaram na porção externa do embrião. Essas pregas são chamadas de arcos faríngeos (6 pares) – 5 e 6º par: rudimentares. Restante: estrutura da face externa e interna – fissuras.
Associada a essas pregas há grande quantidade de céls da crista neural que migraram pra região auxiliam no desenvolvimento e diferenciação das pregas.
1º par de arcos (lateral): após o crescimento e dobramento lateral associação à grande saliência do tudo neural na região anterior – formando uma face primordial. 
5 saliências derivam deles:
- 1 projeção crescimento do tubo - (superior e anterior): saliência frontonasal (FN) - nariz
- 1º arco se subdivide em dois assim que forma a saliência FN: abaixo e lateral à saliência frontonasal: 1º- saliência maxilar; 2º- saliência mandibular (mais ventral) X2
Proliferação e migração celular
Entre a FN, maxi e mandibular há um buraco que dá para a membrana orofaríngea – boca primitiva. Os processos começam a migrar para o estomodeu.
Nas laterais da saliência frontonasal as céls começam a se diferenciar de pavimentosas para altas (cilíndricas) placoides nasais. As céls das bordas do placoide proliferam (espessam), de modo que o placoide fique no fundo de um sulco (a placa de céls é encerrada dentro de um sulco pelo crescimento de suas bordas – formação de 2 processos) – depressão. Esses processos, são os processos nasais mais centrais: medial; mais laterais/pariféricos: lateral. Entre eles há o sulco do placoide nasal: fosseta nasal.
Todos esses processos tendem a migrar para o centro da face (estomodeu). Com a aproximação desses processos, o processo nasal medial de um lado encontra com o PN medial do outro, se fundindo. 
A partir da fusão, surge a região média da face: septo nasal, philtrum (depressão), e parte média do lábio superior. Os laterais estão separados dos mediais por um sulco, não conseguindo encontrar um com o outro, formando as estruturas lateral – asas do nariz; apesar disso, eles fazem conexão com o processo maxilar (originário do 1 arco) – o maxilar também se une ao nasal. Eles formam a maxila, bochecha e o restante do lábio. O processo mandibular também se une, mas tem uma migração menor 32. A linha frontonasal ficou restrita à testa e ao dorso do nariz.Os processos nasais e maxilares formam o palato (interno): responsável pela separação da cavidade oral da nasal, e estrutura anterior onde há inserção dos dentes. 
Há dois palatos: primário e secundário (origens embrionárias diferentes). O palato primário tem origem a partir do segmento intermaxilar que, por sua vez, origina-se do processo nasal medial (projeções interiores). Nesse palato é onde estão inseridos os 4 dentes incisivos (bem no centro da face). O restante do palato (2º) se forma a partir de 2 projeções laterais (processos palatinos laterais – origem nos processos maxilares, crescem para a região ventral- para baixo). 
Começa a surgir grande quantidade de músculo dentro da cavidade oral fazendo um grande volume: a língua. Assim, é necessário que os processos palatinos mudem de direção de crescimento, passando a ir em direção à porção dorsal, até se fundirem no teto da cavidade oral – curvatura que acomoda a língua).
Erros de fusão dos processos: fissuras
Não fusão dos processos externamente labial
Não fusão dos processos internamente (dentro da cavidade oral): fissuras/fendas palatinas
Processo nasal medial tem que fundir com o processo maxilar – não funde – fissura labial). Geralmente são acompanhadas de fissuras palatinas, ou seja, além de o processo maxilar não se fundir ao nasal medial, também não se funde o segmento intermaxilar aos processos palatinos laterais, ou ainda, não há fusão dos palatinos entre si (1º e 2º) – resulta em fissura de palato 2º. Ambos podem ocorrer só de um lado ou dos dois.
Raro: não há fusão do processo nasal lateral com a processo maxilar: além da fissura labial, há fissura nasolacrimal (exposição do ducto lacrimal). 
- dificuldades de sucção, dificuldade de desenvolvimento dos dentes, correção cirúrgica. Alimentação por sonda.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes